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Aulas 2 A 5 - Tecnologia Dos Materiais

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Aulas 2 A 5 - Tecnologia Dos Materiais

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Operador de Máquinas de

Usinagem Convencionais
Qualificação
Tecnologia dos Materiais
Objetivo Geral
Compreender a classificação e
características dos diferentes materiais,
bem como seus processos de obtenção e
aplicações industriais.

2
Tecnologia dos Materiais
Vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=0VRKkmKHSpY
3
Debate: qual a origem dos
materiais?

MM/AA

4
Introdução
Você já pensou na quantidade de materiais
de diversos tipos que são usados na
confecção do motor de um carro?
Esse materiais são selecionados de acordo
com a propriedade e aplicação de cada um.
Mas o que são materiais?

5
Definição de materiais
Materiais são uma parte da matéria do universo.
São as substâncias cujas propriedades as tornam utilizáveis na
fabricação de estruturas, de máquinas, de dispositivos e de produtos
consumíveis.
Nessa lista podemos incluir os metais, os produtos cerâmicos, os
semicondutores, os supercondutores, os polímeros (plásticos), vidros,
fibras, madeira, areia e vários outros combinados.

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Tecnologia dos Materiais
Os materiais podem ser visualizados como que fluindo num vasto
ciclo de oportunidades, num sistema global de transformações
regenerativas.

Prof. Paulo Coutinho Tec. Dos Materiais


7
Tecnologia dos Materiais
Os materiais no estado bruto são extraídos da terra por diversas
formas para servirem de matéria prima para produtos de base.

Eles podem ser transformados em materiais de engenharia, como um


fio condutor, um perfil estrutural de aço, concreto, componentes
plásticos, atingindo assim o produto final que utilizamos.

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Tecnologia dos Materiais
Os metais são os materiais mais usados na construção mecânica.
Deles, o ferro é o mais importante pois esse metal oferece
condições peculiares que o tornam insubstituível para a maioria dos
empregos na indústria mecânica.
Suas propriedades intrínsecas, sua relativa abundância na crosta
terrestre e seu baixo custo de extração e processamento fornecem
ao ferro essa posição.

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Tecnologia dos Materiais
Um aspecto importante revelado pelo ciclo de materiais é a forte
interação destes com a energia e o meio ambiente.
O alumínio primário é um exemplo dessa interação pois pode ser
produzido a partir de minério bruto ou através de sucata reciclada.
Produzido a partir da reciclagem,
gasta-se apenas 5% da energia
exigida pela primeira opção, além
de menor influência sobre a terra,
visto que não serão gastos recursos
com exploração.

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Tecnologia dos Materiais
O ferro puro não apresenta boas características mecânicas, sendo
necessário um processo de inclusão de pequenas partículas de
carbono, visando produzir o aço e o ferro fundido.

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Classificação dos materiais
Cada material tem sua importância e empregos definidos em função
de suas características e propriedades. Segue classificação:

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Materiais Metálicos
Os materiais metálicos são divididos em dois grupos distintos, são
eles:
• Ferrosos
• Não ferrosos

13
Tecnologia dos Materiais
Metais Ferrosos
As ligas ferrosas são aquelas onde o Ferro é o constituinte principal.
Os materiais ferrosos são de grande importância na construção
mecânica.
Os mais importantes são:
• O aço – liga de Ferro (Fe) e Carbono (C), com C menor que 2 %.
É um material tenaz, de excelentes propriedades, de fácil trabalho,
podendo também ser forjado.
• O ferro fundido – liga de Fe e C com teor de carbono entre 2
e 5 % amplamente empregado na construção mecânica, e que,
mesmo não possuindo a resistência do aço, pode ser substituído em
diversas aplicações.

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Tecnologia dos Materiais
Metais não-ferrosos
Denominam-se metais não ferrosos os metais em que não haja ferro
ou em que o ferro esta presente em pequenas quantidades. São
todos os demais metais empregados na construção mecânica.
Podem substituir os materiais ferrosos em várias aplicações, mas
nem sempre podem ser substituídos pelos ferrosos.
São divididos em dois tipos em função da densidade:
• Metais pesados (P maior que 5kg/dm cubico) – cobre, bronze,
estanho, zinco, chumbo, platina etc.

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Tecnologia dos Materiais
Metais não-ferrosos
• Metais leves ( P menor que 5kg/dm3 ) – alumínio, magnésio,
titânio etc.

16
Tecnologia dos Materiais
Metais não-ferrosos

Normalmente os materiais não


ferrosos tem um custo mais
elevado, por isso não devem ser
usados em locais onde os ferrosos
podem ser aplicados.

Os não ferrosos são utilizados


em grande escala em peças
sujeitas a oxidação, dada sua
resistência.

17
Tecnologia dos Materiais
Metais não-ferrosos
São também utilizados em componentes elétricos por serem, na
grande maioria, bom condutores.

Nos últimos anos, o emprego dos materiais leves tem ganhado


espaço na construção de navios, nas construções aeronáuticas e
navais e na mecânica de precisão pois têm-se conseguido ligas
metálicas de alta resistência e menor peso.

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Tecnologia dos Materiais
Metais não-metálicos
Os materiais não metálicos são aqueles que não tem metal em sua
estrutura e podem ser divididos em:
• Naturais – madeira, couro, fibras etc.

• Artificiais ou sintéticos – baquelite (resina sintética), celuloide,


acrílico etc.

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Tecnologia dos Materiais
Questionário 1
1. Como são selecionados os materiais?
2. Qual a definição de material? Cite três exemplos.
3. Onde são encontrados os materiais em seu estado bruto?
4. Defina o ciclo dos materiais.
5. Qual a importância da reciclagem dos materiais? Cite um exemplo.
6. Qual o minério mais importante para indústria mecânica? Por que?
7. O que é feito para melhorar as características mecânicas do ferro
mencionado na questão anterior?
8. Qual a classificação dos materiais?
9. Qual a principal diferença entre aço e ferro fundido?
10. O que são materiais não metálicos? Cite exemplos.

20
Propriedades dos
Materiais
As propriedades de um material
originam-se da sua estrutura interna.
Observando essa estrutura e trabalhando
continuamente com diversas opções de
materiais, conseguimos chegar a algumas
propriedades especificas, diretamente
relacionadas ás ligações químicas
presentes.

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Tecnologia dos Materiais
Propriedades dos materiais
São propriedades essenciais dos materiais: dureza, fragilidade,
resistência, impermeabilidade, condutibilidade, flexibilidade,
elasticidade etc.
Cada uma dessas propriedades deve ser cuidadosamente considerada
na fabricação de qualquer produto.
Para melhor compreensão, as propriedades foram divididas em
quatro grupos principais:
• Físico
• Químico
• Mecânico
• Térmico
22
Tecnologia dos Materiais
Propriedades físicas
Esse grupo de propriedades determinam o comportamento do
material em todas as circunstâncias do processo de fabricação e de
utilização.
As propriedades físicas aparecem quando o material está sujeito a
esforços de natureza mecânica.

Isto quer dizer que essas propriedades


determinam a maior ou menor
capacidade que o material tem para
transmitir ou resistir a esforços
aplicados.

23
Resistência

Dá-se o nome de resistência a


maior ou menor capacidade
que o material tem de resistir
a um determinado tipo de
esforço, como tração,
compressão, flexão,
cisalhamento, torção e
flambagem.

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Deformação
É a capacidade que o material deve ter de se deformar quando
submetido a um esforço, e de voltar ou não a forma original quando
o esforço terminar.
A deformação pode ser classificada em plástica ou elástica.

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25
Deformação plástica
Ao ser submetido a um esforço, o material é capaz de se deformar e
manter um determinado aspecto. Quando o esforço desaparecer, ele
deve permanecer deformado.
Essa propriedade é importante para os processos de fabricação que
exigem conformação mecânica, como a prensagem para fabricação
de partes da carroceria de veículos.

Prof. Paulo Coutinho Tec. Dos Materiais


26
Tecnologia dos Materiais
Deformação elástica
Nesse caso, a deformação não é permanente. Uma vez cessados os
esforços, o material volta à sua forma original.
Uma mola deve ser elástica. Sob carga, deve deformar-se e voltar a
posição quando cessada essa carga que atua sobre ela.

27
Fragilidade
Materiais muito duros tendem a se quebrar com facilidade, não
suportando choques, enquanto materiais menos duros resistem
melhor aos choques.
Os materiais que possuem baixa resistência ao choque são chamados
de frágeis. Como exemplo podemos citar o vidro, o ferro fundido
etc.

28
Tecnologia dos Materiais
Ductilidade ou ductibilidade
É uma deformação de caráter plástico que ocorre até o ponto
anterior àquele em que o material não suporta determinado esforço
e rompe-se.
Pode-se dizer que ductibilidade é o oposto de fragilidade. Assim os
materiais de alta resistência ao choque são chamados de dúcteis.

O cobre (Cu) é um bom exemplo.

29
Tecnologia dos Materiais
Ductibilidade - Exemplo
Se pegarmos um fio de cobre com aproximadamente 300 mm de
comprimento, prendermos uma das extremidades e puxarmos a
outra, esse fio se esticará até aproximadamente 450 mm sem
romper-se. O cobre possui boas qualidades de ductibilidade.

30
Tecnologia dos Materiais
Tenacidade
Se um material é resistente e possui boas características de
alongamento para suportar um esforço considerável de torção,
tração e flexão sem romper-se, é chamado de tenaz.
Uma chave Allen tem de ser feita de uma material tenaz para
suportar os esforços em que é submetida.

31
Dureza
É a resistência do material à penetração, à deformação plástica e ao
desgaste. Em geral, os materiais duros são também frágeis.
As ferramentas de corte devem ser duras para que não se desgastem
e possam penetrar em um material menos duro.
A dureza é, portanto, a resistência que um material opõe a
penetração de outro corpo.

32
Tecnologia dos Materiais
Fluência
É a deformação que vem com o tempo. Resultado de aplicações
prolongadas de tensão. É considerada de produção lenta e ocorre
principalmente em três tipos de material:
• Materiais submetidos a tensão sob temperaturas próximas ao
ponto de fusão.
• Materiais susceptíveis a umidade (que, por exemplo, expandem
com a umidade) são passiveis de exibir fluência relacionada ao
escoamento da umidade no material.
• Materiais fibrosos. A fluência nesse materiais pode resultar do
escorregamento da fibra na matriz.

33
Fadiga
Rupturas por fadiga resultam de aplicações repetidas de tensão.
A ruptura em muitos materiais ocorre com tensões bem abaixo da
tensão de ruptura se o carregamento for aplicado repetidamente.
Se dobrarmos um arame metálico repetidas vezes vamos romper esse
mesmo arame por fadiga.

A musculação, feita de uma forma


descontrolada, nos mostra alguns
exemplos de fadiga muscular.

34
Propriedades químicas
As propriedades químicas são aquelas que se manifestam quando o
material entra em contato com outras substâncias ou com o
ambiente (corrosão).
O Ferro quando em contato com o ar oxida, enferruja, não possuindo
boa resistência a corrosão.

A necessidade de utilizar
metais em condições de
ambiente agressivo e em
temperaturas elevadas, levou
ao desenvolvimento de ligas
especiais, resistentes a
corrosão e ao calor.

35
Tecnologia dos Materiais
Propriedades químicas
Além da modificação dos elementos químicos (ligas especiais), os
materiais convencionais também podem ser sujeitos a tratamentos
superficiais que vão atuar somente na superfície do material, sem
alterar sua estrutura interna, permitindo assim um aumento de sua
resistência a oxidação e corrosão.

36
Propriedades mecânicas
As propriedades de um material associada com a capacidade que ele
tem de resistir a força mecânica são denominadas propriedades
mecânicas.
É possível expressar matematicamente o comportamento dos
materiais e utilizar os dados obtidos na determinação ou escolha
deles.
Vamos entender melhor as propriedades, é necessário conhecer a
definição de tensão (σ), deformação (Ɛ) e módulo de elasticidade
(E).

37
Tensão (σ)
É a quantidade de energia absorvida pelo material durante o
processo e deformação.
Sua unidade padrão é Pascal (N/m²), calculada pela seguinte
fórmula:

38
Tecnologia dos Materiais
Tensão (σ)
A carga que determinada peça suporta depende do material de que é
constituída, bem como da área resistente.

A tensão é calculada levando


em consideração a área
resistente. Neste caso, o
componente A tem maior
tensão.

39
Deformação relativa (Ɛ)
É um valor que expressa a quantidade de deformação ocorrida num
material devido a ação de forças, dividido pelo comprimento do
mesmo.
Não possui uma unidade específica (é adimensional) e pode ser
reversível, desde que não ultrapasse o regime elástico do material.

40
Tenacidade
É o valor da quantidade de energia absorvida pelo material (energias
plásticas mais energias elásticas) que foram somadas durante o
tempo em que o material esteve tensionado ou tracionado.
A tenacidade de um material reflete sua capacidade de absorver
energia de impacto.

46
Resiliência
Essa propriedade é similar a tenacidade e esta relacionada a
absorção de energia. Entretanto, neste caso, a energia deve ser
absorvida elasticamente.
Materiais resilientes podem ter um longo trecho elástico – borracha é
um bom exemplo.
Aços de alta resistência são resilientes, apesar de poderem
apresentar ruptura frágil se super tensionados.

47
Tecnologia dos Materiais
Propriedades Térmicas
Para analisar com mais apuro as propriedades térmicas dos
materiais, é preciso estabelecer a diferença entre calor e
temperatura.
Calor e Temperatura
Temperatura é o nível de atividade térmica, enquanto calor é a
energia térmica.
Calor é a energia térmica em trânsito, ou seja, ela é uma energia
que é transferida de um corpo para outro seguindo o fluxo: Corpo
com maior temperatura para corpo com menor temperatura. Já a
temperatura, é uma grandeza física que permite medir o quanto um
corpo está frio ou quente.
Em engenharia são duas as escalas usadas para medir temperatura:
escala Fahrenheit e a Celsius.
48
Os cálculos são mais fáceis com a escala Celsius, e um numero
crescente de processos industriais esta passando a utiliza-la.
Uma conversão direta de uma escala para outra pode ser feita
através das seguintes relações:

49
Para qualquer componente químico de um material, o ponto de fusão
e o ponto de ebulição são temperaturas importantes, pois
correspondem a transição entre diferentes arranjos estruturais dos
átomos no material.

Ponto de fusão é a Ponto de ebulição refere-se a


temperatura a qual uma ao período onde o liquido sofre
substância passa do estado mudança de fase reduzindo sua
sólido para o estado liquido. fração liquida e aumentando sua
fração gasosa.

50
Vários calores de transformação são importantes no estudo dos
materiais.
Os mais conhecidos são o calor latente de fusão e o calor latente de
vaporização, que são os calores requeridos, respectivamente para
fusão e vaporização.
Cada um desses processos envolve uma mudança interna no material
que passa de um arranjo atômico para outro.

51
Coeficiente de dilatação linear
Corresponde a variação sofrida pela unidade de comprimento quando
sua temperatura varia uma unidade.
São unidades de coeficiente de dilatação linear o ºC-¹ e K-¹.

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Tabela – Coeficientes de Dilatação Linear
Tecnologia dos Materiais
Coeficiente de dilatação cúbica
(ou volumétrica)
Corresponde a variação sofrida pela unidade de volume quando sua
temperatura varia uma unidade.
São unidades de coeficiente de dilatação volumétrica o ºC-¹ e K-¹.

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Tecnologia dos Materiais
Massa específica (densidade)
Corresponde a massa desse material em cada unidade de volume.
A unidade do sistema métrico é kg/m³. Outras unidades muito usadas
são g/cm³ e t/m³.
Quando se diz que a densidade do alumínio é 2,7 g/cm³, se quer
dizer que em cada 1 cm³ de alumínio há uma massa de 2,7 g.

55
Calor específico (ou capacidade
térmica específica)
Corresponde a quantidade de calor que se deve fornecer (ou retirar)
da unidade de massa do material para que sua temperatura aumente
(ou diminua) em um Kelvin.
A unidade do sistema internacional é o kj/kg.
Uma unidade de calor específico ainda muito usada é a cal/gºC
(caloria por grama, em graus Celsius).

56
Tecnologia dos Materiais
Condutividade térmica
Corresponde a quantidade de calor que flui, por unidade de tempo,
desde uma superfície até outra a ela paralela e dela distante uma
unidade de comprimento, quando entre estas superfícies se
estabelece uma diferença de temperatura de uma unidade.
A unidade SI é o w/mk (watts por metro por Kelvin). Outra unidade
de medida da condutividade térmica é o cal/s.cm.ºC (calorias por
segundo por centímetros Celsius).

57
Ponto de fusão
Corresponde a temperatura em que o material derrete (funde) nas
condições normais de pressão.
A temperatura de fusão do chumbo é 327ºC.

58
Tecnologia dos Materiais
Ponto de ebulição
Corresponde a temperatura em que um liquido passa a vapor com
pressão de vapor igual a pressão atmosférica normal (1 bar).
O ponte de ebulição da água nas condições normais de pressão é de
100ºC.

59
Calor de fusão específico
Corresponde à quantidade de calor que se deve fornecer à unidade
de massa desse material para passa-la integralmente ao estado
liquido, na temperatura de fusão.
A unidade SI é J/kg. Usa-se ainda cal/g.

60
Calor de vaporização específico
Corresponde à quantidade de calor que se deve fornecer à unidade
de massa desse material para transforma-la em vapor, na
temperatura de abolição.
A unidade SI é J/kg. Usa-se ainda cal/g.

61
Questionário 2
1. As propriedades encontradas nos materiais foram divididas em quatro grupos
distintos. Quais são eles?
2. Cite quatro propriedades físicas dos materiais.
3. Defina propriedade química de um material. Cite um exemplo de sua
manifestação.
4. Defina deformação plástica e deformação elástica. Exemplifique.
5. O que é módulo de elasticidade?
6. Um material qualquer, ao sofrer uma determinada impacto, se deforma.
Esse material é frágil ou tenaz? Justifique sua resposta.
7. Qual a diferença entre calor e temperatura?
8. Defina ponto de fusão e ponto de ebulição. Cite um exemplo para cada
definição.
9. Defina sublimação. Cite um exemplo.
10. Qual a diferença entre dilatação linear e dilatação volumétrica.
62
Ferro e aço
Processo de obtenção
Os materiais mais usados na indústria mecânica são o ferro fundido e
o aço, devido as qualidades existentes neles.
Para sua produção necessitamos de ferro gusa ou ferro fundido de 1º
fusão, que se constitui num material duro e frágil, não forjável e que
não se pode soldar.
O gusa é obtido no alto-
forno por meio de
minério de ferro com
adição de coque e
calcário.

63
Do alto forno a peça acabada
O alto forno é um forno vertical destinado a redução (retirada de
oxigênio) do minério de ferro e sua transformação em gusa.
Para facilitar o estudo, o processo foi dividido em oito etapas que
vamos identificar a seguir.

64
Tecnologia dos Materiais
Etapa 1
O carregamento deposita na parte superior do forno uma carga
constituída de minério de ferro a reduzir, de coque ou de carvão
vegetal e de um fundente, para fluidificar as impurezas e formar
uma escória mais facilmente fusível.
As matérias primas sólidas são trazidas a parte superior do forno
através de carrinhos, elevadores ou correias transportadoras, sendo
a ultima mais utilizada.

65
Etapa 2
Já dentro do forno, a carga fica
disposta em camadas sucessivas,
formando uma espécie de sanduiche.
Na parte inferior do forno, logo acima
do cadinho, é injetado ar quente, por
meio de ventaneiras, para alimentar a
combustão do carvão e melhorar o
rendimento do forno.
Nesta fase, os óxidos de ferro sofrem
um processo conhecido como redução
(perda de oxigênio) e carbonetação
(incorporação de carbono no ferro
liquido).

66
Tecnologia dos Materiais
A redução acontece a medida em que o minério, o carvão e os
fundentes descem na contracorrente.
Após essa reação, o gusa goteja dentro do cadinho, indo para o fundo
do forno, e a escória , que flutua sobre o gusa e os gases..
Os dois primeiros são
retirados por orifícios
adequados, já os gases que
são ricos em CO, saem pela
parte superior e são
recolhidos para sua utilização
como combustível.

67
Etapa 3
Logo após saírem do forno, os gases passam por uma instalação
purificadora que retira sua poeira.
Logos após a limpeza dos gases, os mesmos podem ser aproveitados
no próprio forno, ou como combustíveis em outros equipamentos.

Etapa 4
A quarta etapa consiste no transporte
do gusa para fornos de refino que
pode ser feito por carros especiais ou
por vagões tipo torpedo revestidos de
refratário.

68
Tecnologia dos Materiais

69
Tecnologia dos Materiais
Etapa 5
Nas aciarias, o metal passa por um processo de refinamento, que irá
transforma-lo em aço ou ferro fundido. Além da incorporação de
elementos de liga quando se fizer necessário.
O equipamento responsável por esse processo é chamado de
Conversor.
Os tipos de conversor mais utilizados são:
• Thomas-Bessemer ou conversor básico.
Aços comuns de qualidades inferior aplicados nas construções
mecânicas, normalmente barras, chapas e perfilados em geral com
teor de carbono que varia de 0,05 a 0,5%.

70
Thomas-Bessemer ou conversor
básico

71
• Conversor de oxigênio puro (LD)
Nesses conversores são fabricados 50% da produção mundial do aço,
sendo também amplamente utilizado no Brasil.
Obtêm aços de melhor qualidade como também com viabilidade
econômica.

Os lingotes são
transformados em produtos
semiacabados, aços para
cementação e confecção de
ferramentas de baixa liga.

72
Tecnologia dos Materiais
• Conversor Siemens-Martin
Possui vantagem de fundir a sucata, seus produtos são aços
carbonos ligados, aços de baixa liga, ferramentas que não exigem
alta qualidade e aços para cementação.

73
• Forno elétrico
Tecnologia dos Materiais
Produz aço com alto grau de pureza, podendo-se dar qualidades
especiais, por adição de cromo, molibdênio, níquel, vanádio etc.
conseguindo assim aços para ferramentas e aços especiais (aços
ligas).

Nessa etapa o ferro gusa liquido é


misturado a ligas metálicas específicas,
recebendo injeção de oxigênio, que
funciona como catalisador na
elaboração do aço.

74
Etapa 5
O aço é refinado e transportado ao lingotamento contínuo, onde é
vazado em um distribuidor que o leva a diversos canais (veios).
Em cada veio, o aço líquido passa por moldes de resfriamento para
solidificar-se na forma de tarugos.
Os tarugos ficam armazenados em pátios e recebem identificação
segundo sua procedência e composição química.

75
Tecnologia dos Materiais

Lingotamento continuo

Lingotes de chapa

76
Etapa 7
Consiste na preparação para laminação. Os tarugos são aquecidos
novamente a uma temperatura entre 1000 e 1200º C.
Ao alcançarem a temperatura desejada dentro do forno, os tarugos
vão sendo expulsos por meio de um empurrador e começam a
percorrer um caminho composto de gaiolas (conjuntos de cilindros
deformadores)
• Gaiola de desbaste – proporciona as primeiras deformações no
tarugo;
• Gaiola intermediária – executa conformação a nível médio dos
tarugos;
• Gaiola do acabador – tem a função de atingir a forma final do
produto e suas respectivas tolerâncias dimensionais.
77
Etapa 8
O produto final pode ser apresentado em forma de chapas, barras ou
rolos de arame.
Quando em forma de barras o material sai da gaiola direto para um
leito de resfriamento para ser cortado no tamanho comercial e ser
devidamente amarrado.

78
Tecnologia dos Materiais
Quando na forma de rolos, o bloco recebe o tarugo laminado das
gaiolas intermediárias produzindo o conhecido fio-maquina.
As bobinas de fio-maquina passam pelo processo conhecido como
trefilação que consiste na transformação mecânica feita a frio no
material, reduzindo seu diâmetro conforme especificação do cliente.

79
Características do ferro gusa
O ferro gusa é uma liga ferro-carbono contendo 2,5 a 5% de carbono
e as impurezas normais como enxofre (S), fósforo (P), manganês (Mn)
e silício (Si). Possui peso específico de 7,0 a 7,5 Kg/dm3 e ponto de
fusão em 1.300 ºC.

80
Tecnologia dos Materiais
O ferro gusa em seu estado líquido ou sólido é matéria prima para
obtenção do ferro fundido ou do aço, pois, em função das suas
propriedades , não é aplicado diretamente em estruturas mecânicas.

81
Ferro fundido
O ferro fundido é um material metálico refinado em forno próprio,
chamado de Forno Cubilot.
Compõe-se, na sua maior parte, de ferro, pequena quantidade de
carbono e de manganês, silício, enxofre e fósforo.
Define-se ferro fundido como sendo uma liga de ferro-carbono que
contém carbono em sua estrutura de 2,5 a 5%.
Ele é obtido na fusão do gusa, portanto é um ferro de segunda fusão.

82
Ferro fundido
As impurezas do minério de ferro e do carvão deixam no ferro
fundido pequenas porcentagens de silício, manganês, enxofre e
fósforo.
O silício favorece a formação de ferro fundido cinzento e o
manganês favorece a formação do ferro fundido branco.
O silício e o manganês melhoram a qualidade do ferro fundido.
No caso do enxofre e do fósforo as porcentagens tem que ser as
menores possíveis para não prejudicar a qualidade.

83
Ferro fundido cinzento
• O carbono, neste tipo, apresenta-se quase todo no estado livre,
sob a forma de palhetas pretas e grafita.

• Quando quebrado a parte fraturada é escura, devido a grafita.


• Apresenta elevadas porcentagens de carbono (3,5 a 5%) e de
silício (2,5%)

84
Ferro fundido cinzento
• É muito resistente a compressão. Não resiste bem a tração.

• Fácil de ser trabalhado pelas ferramentas manuais e de ser


usinado nas máquinas. Seu peso específico é 7,8 Kg/dm3.
• Funde-se a 1.200°C, apresentando-se muito líquido, que é a
melhor condição para uma boa moldagem de peças.

85
Ferro fundido cinzento
Pelas suas características, presta-se a fabricação de várias peças e
máquinas, sendo assim o mais importante do ponto de vista da
fabricação mecânica.

86
Ferro fundido cinzento
Para melhorar a resistência a tração é necessário adicionar alguns
elementos especiais, como níquel, cromo, molibdênio, vanádio e
titânio.

Esses ferros fundidos especiais tem resistência tração superior a 50


kg/mm2 (490 Mpa) e são empregados para fabricação de anéis
elásticos, cilindros laminadores, eixos de distribuidores, etc.
São resistentes a corrosão a altas temperaturas.

87
Ferro fundido cinzento comum
Apresentam características variáveis em função da composição,
sistema de fabricação e tratamentos térmicos.
Uma das características que servem para classificar o tipo de ferro
fundido é a carga de ruptura, conforme a tabela norte americana
ASTM-A48, onde constam 7 tipos de ferro fundido que apresentam
cargas de rupturas variáveis entre 14 e 43 kg/mm2.

American Society for Testing and Materials (Sociedade Americana de Testes e


Materiais)
88
Ferro fundido cinzento maleável
Normalmente o ferro fundido não é maleável, porém pode-se mudar as
características com tratamentos oportunos.
Na Europa se obtém o ferro fundido maleável de interior branco. O
tratamento usado para esse tipo é a Cementação Oxidante. É empregado
na fundição de peças de pequenas espessuras.
Com o tratamento chamado de Grafitização do Carbono, obtém-se o ferro
fundido maleável de interior preto “americano”. Por seu elevado nível de
usinabilidade, é usado para construção de armas, chaves para fechaduras,
peças de máquinas agrícolas e ferroviárias, dentre outras.

89
Ferro fundido esferoidal
A presença da grafita, em forma de lâmina de ferro fundido comum,
causa fragilidade e pouca resistência mecânica.
Com oportuno tratamento a grafita toma forma esferoidal,
Apresentando menor superfície em volume igual. O material se torna
mais resistente, dúctil e tenaz.
A formação de esferas de grafita é
provocada pela introdução de ligas
de magnésio.
Os ferros fundidos esferoidais
apresentam ótimas características
mecânicas e a carga de ruptura
varia em torno de 60 a 70 kg/mm2 .

90
Ferro fundido esferoidal
Após o tratamento de recozimento, ficam semelhantes aos ferros
fundidos maleáveis:
• São temperáveis;
• Soldáveis;
• Tenazes;
• Resistem a altas temperaturas.

91
Ferro fundido branco
O carbono nesse tipo é inteiramente combinado com o ferro,
constituindo um carboneto de ferro (cementita).
Quando quebrado a parte fraturada é brilhante e quase branca, tem
baixo teor de carbono, variando entre 2,5 a 3%, e de silício menor
que 1%.
Muito duro, quebradiço e difícil de ser usinado. Se peso específico é
de 7,1 g/dm3.

Funde-se a 1160 °C, mas é


bom para moldagem porque
permanece pouco tempo no
estado líquido.

92
Tecnologia dos Materiais

93
Influência dos elementos de liga
O que são Elementos de liga?
Elementos químicos adicionados a uma matriz visando a formação
de ligas metálicas.
Os metais são geralmente utilizados na forma de ligas metálicas, ou
seja, consistem em misturas de dois ou mais materiais dos quais
pelo menos um é metal.
A liga mantém as propriedades metálicas.
O carbono é o principal elemento de liga do aço, cuja influência é
decisiva para a resistência, a forjabilidade, a soldabilidade e a
temperabilidade.

94
Influência dos elementos de liga
Excelentes propriedades para forjar e soldar, boa usinabilidade, boa
têmperabilidade, resistência a grandes esforços e elevadas
temperaturas.
Todas essa propriedades podem ser conseguidas escolhendo
devidamente os produtos que entram na composição do material –
como o carbono, o manganês, o silício, o enxofre, o fósforo – e por
meio de diversos processos de trabalhos a frio, a quente ou de
tratamentos (têmpera).

95
Aços
Os aços podem ser divididos em duas grandes categorias, a saber:
• Aços ao carbono;
• Aços especiais.

96
Tabela - Códigos de Aços
Tipos de Aço Denominação SAE
Aços Carbono 1XXX
Simples(Mn 1,00%, máximo) 10XX
Ressulfurado 11XX
Ressulfurado e refosforado 12XX
Com adição de Nióbio 14XX
Com Mn maior que 1% 15XX
Aços - Manganês 13XX
Aços - Níquel 2XXX
Aços - Níquel - Cromo 3XXX
Aços - Molibdênio 4XXX
Aços - Cromo 5XXX
Aços - Cromo - Vanádio 6XXX
Aços - Tungstênio - Cromo 7XXX
Aços - Níquel - Cromo - Molibdênio 8XXX
Aços - Silício - Manganês 92XX
Aços com Boro XXBXX
Aços com Chumbo XXLXX
Aços ao carbono
São ligas de Fe-C que tem como elementos fundamentais o ferro e o
carbono, apresentando pequenas porcentagens de outros elementos,
como silício, manganês, fósforo, enxofre, cobre etc.
Tais elementos não foram introduzidos na liga, mas se encontram
nela como resíduos do processo de fabricação.
Os aços ao carbono podem ser classificados em razão da quantidade
(teor) de carbono que contêm.

98
Aços ao carbono
Aços extra doces (< 0,15% C) (SAE ou ABNT 1010 e 1015)
• Apresentam elevada resiliência, mas pouca dureza e resistência
mecânica.
• Contêm de 0,10 a 0,15 % de carbono.
• São empregados para construção de pinos, tubos e rebites.
Aços doces (0,15 – 0,20% C) (SAE ou ABNT 1020)
• Apresentam média resistência mecânica (40 a 55 kg/mm2 ) e
resiliência suficiente.
• Contêm de 0,15 a 0,20 % de carbono.
• São utilizados na fabricação de engrenagens a ser cementadas.
99
Aços ao carbono
Aços meio-doces (0,30 – 0,40% C) (SAE ou ABNT 1030 a 1040)
Aços semiduros (0,40 – 0,60% C) (SAE ou ABNT 1040 a 1060)
• A resistência a tração pode chegar a 80 kg/mm2 e uma dureza
Brinell de até 240 kg/mm2.
• O teor de carbono vai de 0,40 a 0,60 % sendo usado para
fabricação de peças destinadas ao tratamento de beneficiamento
tais como engrenagens, eixos e pinos.
Aços duros (0,60 – 0,70% C) (SAE ou ABNT 1060 a 1070)
• Apresentam notável resistência mecânica a tração (90 kg/mm2) e
elevada dureza Brinell (270 kg/mm2) mas pouca resiliência e
tenacidade. São destinados a fabricação de molas e engrenagens.

100
Aços ao carbono
Aços extra duros (0,70 – 1,20% C) (SAE ou ABNT 1070 a 1095)
• Apresentam resistência mecânica que pode chegar a 110 kg/mm2,
porém são muito frágeis e empregados para construção de
cilindros, estampas, matrizes, ferramentas, punções, molas, etc.

101
Aços ao carbono
Os aços com teores superiores a 0,95% de carbono são considerados
aços ao carbono especiais.
Para fins de aplicação industrial e de tratamentos térmicos, os aços
ao carbono, resumidamente, são conhecidos da seguinte forma:
• Aços de baixo teor de carbono = 1010 a 1035
• Aços de médio teor de carbono = 1040 a 1065
• Aços de alto teor de carbono = 1070 a 1095

102
Aços-liga ou aços especiais
São ligas de ferro mais carbono que além dos elementos básicos do
ferro ao carbono (silício, manganês, enxofre e fósforo) tem
adicionados a sua composição de forma intencional outros
elementos como o níquel (Ni), cromo (Cr), tungstênio (W), vanádio
(V), cobalto (Co), molibdênio (Mo), com a finalidade de melhorar as
propriedades mecânicas e tecnológicas.

103
Aços-liga ou aços especiais
Essas propriedades são:
• Resistência mecânica, resistência ao calor, resistência ao
desgaste, resistência ao corte e resistência a corrosão;
• Propriedades elétricas e Magnéticas;
• Resiliência;
• Elasticidade;
• Temperabilidade.

104
Influência dos elementos nos aços-liga
• Alumínio (Al) – É considerado um importante desoxidante na
fabricação do aço.
• Boro (B) – Melhora a temperabilidade, a penetração de têmpera,
a resistência a fadiga, as características de laminação, o
forjamento e a usinagem
• Chumbo (Pb) – Melhora consideravelmente a usinabilidade sem
prejudicar qualquer uma de suas propriedades mecânicas.

Al B Pb
105
Influência dos elementos nos aços-liga
• Cobalto (Co) – Confere aos aços uma granulação finíssima, com
grande capacidade de corte e resistência ao calor. Influi nas
propriedades magnéticas. Precisa ser usado em ligas com outros
metais, sozinho não melhora o aço.
• Cobre (Cu) – Aumenta o limite de escoamento mas diminui o
alongamento. Seu principal efeito é o aumento da resistência a
corrosão atmosférica.
• Cromo (Cr) – Aumenta a resistência ao desgaste, a dureza e
moderadamente a capacidade de corte. Aumenta ainda a
penetração da têmpera.

106

Co Cu Cr
Influência dos elementos nos aços-liga
• Enxofre (S) – É prejudicial ao aço pois o torna frágil e quebradiço.
• Fósforo (P) – É uma impureza normal existente no aço. É prejudicial.
Sua única ação benéfica é a de aumentar a usinabilidade dos aços de
corte fácil.
• Manganês (Mn) – Baixa a temperatura de têmpera e diminui as
deformações produzidas por ela. Dificulta a usinagem por ferramentas
cortantes. Os aços apresentam boa solvabilidade e fácil forjamento.

S P Mn
107
Influência dos elementos nos aços-liga
• Molibdênio (Mo) – proporciona aços com granulação fina. Junto com o
cromo, da aos aços cromo-molibdênio, grande resistência
principalmente aos esforços repetitivos. Proporciona aços rápido
empregados na construção de estampas, matrizes e laminas de corte.
• Níquel (Ni) – Proporciona o aumento de cargas de ruptura, da
tenacidade e do limite de elasticidade do aço. Oferece boa
ductilidade e boa resistência a corrosão. Permite grande penetração
da têmpera. Os aços-níquel apresentam grande tenacidade e alta
resistência mecânica também em altas temperaturas.

Mo Ni

108
Influência dos elementos nos aços-liga
• Silício (Si) – É usado em geral em ligas de manganês, molibdênio
e cromo. Ele aumenta a temperatura e a penetração da têmpera,
além da elasticidade e da resistência dos aços. Melhora também a
resistência a corrosão atmosférica.
• Tungstênio (W) – Da aos aços maior capacidade de corte e maior
dureza. Aços com ligas de tungstênio conservam o fio de corte
mesmo quando aquecidos ao rubro.
• Vanádio (V) – É um excelente desoxidante. Possuem maior
capacidade de forja, estampagem e usinagem. O vanádio entre
em quase todas as ligas que compõe os aços rápidos.

Si W V

109
Questionário 3 - A
1. Quais os materiais mais usados na indústria mecânica?
2. Quais são os materiais usados para produção do gusa?
3. Qual a função do fundente dentro do alto forno?
4. O que são os processos de redução e de carbonetação?
5. Qual a principal função da Aciaria?
6. Quais as características do ferro gusa?
7. Qual a porcentagem de carbono encontrada no ferro fundido?
8. Qual a porcentagem de carbono encontrada no aço?
9. Qual as vantagens do ferro fundido cinzento?
10. Para melhorar a resistência a tração do ferro fundido cinzento
são adicionados alguns elementos especiais. Quais são eles?
11. Qual norma que rege os tipos de ferro fundidos?
12. Qual a definição de elementos de liga?
110
Questionário 3 - B
13. Qual a designação do aço 1020, 1045 e 4340?
14. Quais as características dos aços doces?
15. Quais as características dos aços duros?
16. O que são aços de ligas especiais?
17. Qual a influência que os materiais descritos abaixo terem ao
serem adicionados como elementos de liga ao aço?
a) Níquel
b) Molibdênio
c) Cromo

111
Aplicações dos aços
A escolha conveniente do aço esta intimamente ligada a função em
que o elemento de máquina estará submetido. Deverá obedecer a
critérios de ordem técnica e econômica.
As propriedades mecânicas mais comumente utilizadas para
caracterização do aço e para dimensionamento estático das peças
são:
• Limite de resistência;
• Limite de escoamento;
• Alongamento;
• Dureza.

112
Normatização do aço
Entre as designações em vigor mais conhecidas e utilizadas temos a
SAE (Sociedade de Engenheiros Automotivos), a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) e a AISI (Instituto Americano de Ferro
e Aço), que estabelecem normas que indicam a composição e
classificação dos aços.

113

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