Avaliação de Impacto
Avaliação de Impacto
Neste item são identificados e descritos os prováveis impactos ambientais, diretos e indiretos, a serem
gerados pelo empreendimento em estudo, nas fases de execução de obras e de operação, levando-se
em consideração a relação das atividades modificadoras com os elementos de análise (fatores
ambientais, processos, problemas e potenciais).
1. Introdução
A inserção de uma atividade potencialmente poluidora, independentemente do local onde será
implantada, poderá provocar alterações no meio ambiente, mesmo que esta região já se encontre
degradada. Os impactos ambientais poderão ocorrer de forma direta e indireta e positiva ou
negativamente.
No caso da implantação de um aterro sanitário, estes impactos podem ocorrer em quatro etapas distintas:
planejamento, implantação, operação e desativação.
A implantação de aterros sanitários, geralmente, não é bem aceita, em qualquer lugar que se pretenda
instalá-lo, mesmo que a população local saiba da sua necessidade e importância sanitária.
Como já mencionado anteriormente, a área do CTR Maquiné, onde será implantado o aterro sanitário
proposto, encontra-se inserida em uma zona predominantemente rural de Santa Luzia, havendo poucos
núcleos populacionais próximos às suas divisas, principalmente fazendas e chácaras. Logo, os possíveis
impactos que poderão ser gerados, incidirão diretamente sobre o meio físico e socioeconômico local.
2. Fase de planejamento
Os impactos ambientais, nesta fase, não ocorrem efetivamente. Nesta etapa os impactos ambientais nas
áreas de influência de onde será implantado o sistema são investigados, assim como é investigada junto
à população local a aceitação do empreendimento pela mesma.
A fase de planejamento e execução do projeto básico e estudo de Impacto Ambiental para implantação
do Aterro Sanitário é constituída pelas seguintes atividades:
A expectativa principal é a criação de empregos na construção civil, que poderá ser frustrada, caso a
mão-de-obra local não seja qualificada para a empreitada, ficando assim sem auferir os benefícios que
podem advir com a geração de novos empregos.
Durante essa fase de planejamento, a população também pode ficar apreensiva quanto à poluição do ar
e das águas, com riscos à saúde e possibilidade de ocorrência de acidentes. Este impacto é de natureza
negativa, direta, sua duração é temporária, localizada, ou seja, sua ocorrência restringe-se a uma
determinada área, no caso, a destinada à implantação do empreendimento e a área de influência direta,
em termos antrópicos. Sua ocorrência é imediata às ações, é reversível e de média magnitude.
Os impactos ambientais no meio físico, nesta etapa, não ocorrem em função de não haver atividades que
impliquem em mudanças na estrutura física e ambiental da área.
Nos itens seguintes, são caracterizados os impactos ambientais que podem decorrer das fases de
implantação e operação do Sistema ora proposto.
3. Fase de implantação
Os impactos ambientais decorrentes da implantação do aterro sanitário partiram da análise das
características ambientais da AII, AID e da ADA, do CTR Maquiné.
Em linhas gerais, pode-se dizer que nessa fase de implantação, basicamente, tem-se como atividades
com interferências ambientais mais relevantes a movimentação de terra no local de intervenção,
supressão de vegetação com retirada da camada superficial do solo, instalação de redes coletoras de
líquidos lixiviados, gases e águas superficiais, impermeabilização de solo, instalação de tanques para
armazenamento provisório de líquidos lixiviados, abertura de novas vias internas de acesso, instalação
de balança, construção de prédio de administração e controle, almoxarifado e etc. Neste momento toda
a estrutura administrativa, apoio operacional e demais edificações já estão instaladas bem como uma
célula de aterramento chamada Fase 1A e uma lagoa de armazenamento de percolados.
A movimentação de terra será feita em duas etapas: primeiramente, através da retirada de parte do
substrato de solo mais orgânico, caso haja e, posteriormente, o corte das elevações para criação da
camada de impermeabilização de fundo do aterro sanitário. Estas atividades irão provocar alguns
impactos ambientais.
Tais impactos estão associados aos incômodos decorrentes do aumento de ruídos e da emissão de
particulados e possibilidades de riscos de acidentes de trânsito e de trabalho. Por outro lado, há a geração
de novos empregos.
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A seguir são descritos, de forma detalhada, os impactos gerados na etapa de implantação do aterro
sanitário.
A demarcação da área será realizada por meio da fixação de marcos de concreto padronizados em todos
os seus pontos notáveis, inclusive referências topográficas planialtimétricas fixas, dispostas em locais
(definidos no projeto) que não venham a ser afetados durante toda a vida útil do empreendimento
proposto.
A locação do empreendimento, no que se refere às obras a serem executadas em sua primeira etapa,
deverá ser feita com o emprego de estacas, de madeira de boa qualidade ou de metal, resistentes e
convenientemente fixadas ao solo, abrangendo todas as parcelas da gleba em que essas obras e serviços
devam ser realizados, exigindo a presença constante das equipes de engenharia e topografia, bem como
de trabalhadores braçais.
A limpeza do terreno deverá ser realizada por meio dos serviços de desmatamento, roçada, capina e
retirada da cobertura vegetal (gramíneas e arbustos), bem como remoção de resíduos existentes nas
áreas objeto das intervenções com a utilização de ferramentas manuais e de equipamentos mecânicos
de terraplenagem e transportes apropriados para esses tipos de serviços.
Como em determinados lugares da área, a inclinação do terreno é um pouco mais elevada, demandará
um cuidado maior com a cobertura destes solos, de forma a não favorecer a ação dos agentes erosivos.
No que diz respeito exclusivamente à questão da fauna, acredita-se, que os impactos relacionados ao
empreendimento, considerando a possibilidade de sua implantação, serão de natureza irreversível, face,
principalmente, à alteração topográfica definitiva, mas de baixa magnitude uma vez que as poucas
espécies encontradas podem se refugiar para as áreas de reserva legal, cinturão verde e APP .
O local de implantação do aterro sanitário possui manchas de vegetação, que vão desde vegetação
rasteira até de médio porte, sendo, portanto, os impactos diretos incidentes sobre a cobertura nativa
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relevantes. Esta atividade já foi finalizada tendo em vista a existência da Autorização de Intervenção
Ambiental nº 1370.01.0006409/2022-78 emitida em 14/06/2022 pela Superintendência de Projetos
Prioritários.
Este impacto pode ser classificado como negativo, direto, irreversível, permanente, de curto prazo,
localizado e de baixa magnitude.
Em decorrência do decapeamento do solo, pode-se ter a redução da taxa de infiltração de água no solo,
o que resultaria num aumento do volume de água que corre pela superfície do terreno. Como
consequência, ocorreria um maior carreamento de sólidos para as drenagens, ocasionando o seu
assoreamento e um aumento na turbidez da água e perda de sua qualidade. Esta situação é agravada em
função de outras situações decorrentes da implantação do empreendimento, tais como:
o Grande parte da água pluvial advinda da área decapeada flui para uma drenagem natural do
terreno. Caso não sejam implantadas medidas de contenção de sedimentos, o assoreamento de
drenagens será inevitável;
o Disposição inadequada de material proveniente do decapeamento do solo desprotegido da ação
das águas pluviais;
o Construção de canaletas de desvio da água pluvial, abertas diretamente no terreno e com
declividade inadequada.
Em função disso, podem–se originar processos erosivos e carreamento de partículas sólidas, que
certamente alcançarão as drenagens, promovendo o assoreamento dessas, aumentando a magnitude
dos impactos. Além destes impactos mencionados, o processo de decapeamento do solo gera, também,
poeiras e materiais particulados.
3.2.3. Ruídos
Tem-se também a geração de ruídos e a ocorrência de tráfego mais intenso nesta fase de implantação
do sistema, sendo que estes impactos serão gerados apenas pelas máquinas e caminhões responsáveis
pela terraplanagem.
Além dos impactos diretos relativos a ruídos provocados pelas atividades de remoção da cobertura
vegetal e movimento de terra, ocorrerão impactos indiretos representados pelo intenso trânsito de
veículos e pessoas, pela necessidade de equipamentos, máquinas e veículos de carga, e pela
possibilidade de ocorrência de acidentes.
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3.2.4. Visual
Os efeitos negativos sobre a paisagem natural que, a princípio, não podem ser evitados ou atenuados,
uma vez que acarretará na desconfiguração da paisagem local, contribuindo para que a beleza natural
desta paisagem seja descaracterizada, dando lugar a áreas decapadas. Destaca-se que este impacto
ocorre nas fases de implantação e operação do aterro perdurando até seu encerramento e implantação
de revegetação.
De outra parte, ainda que as implicações diretamente relacionadas às obras civis sejam, em grande parte,
temporárias e reversíveis, as consequências das demais ações podem ser interpretadas como
permanentes e irreversíveis, pela eliminação ou modificação de referenciais paisagísticos.
Apesar de transformar significativamente o uso do solo e a própria paisagem, este impacto está amparado
pelas normas legais vigentes que permitem o uso pretendido, em conformidade com as áreas vizinhas ao
empreendimento.
Em termos absolutos e relativos, estes resultados podem ser classificados como de pequena magnitude
e importância. Além disso, é de probabilidade certa, localizado, imediato, contínuo, de baixa
cumulatividade e sinergismo. Considerando-se que as diretrizes possíveis para a atenuação do impacto
foram aplicadas ao projeto, ou seja, foram incorporadas ações de prevenção do impacto, não se aplicam
outras ações de gestão.
3.2.5. Qualidade do ar
ressuspensão do material particulado depositado nas vias e superfícies das áreas das obras (pavimentos
do canteiro e de pátios e pilhas de depósitos de materiais etc.).
Como o material particulado gerado nestas atividades apresenta uma granulometria grosseira, sua
deposição (área de impacto) deve ocorrer muito perto da fonte, não ocorrendo dispersão para áreas
afastadas, fora da área diretamente afetada do empreendimento (ADA).
Com relação às emissões devido à queima de combustíveis no maquinário e veículos, estas apresentam
baixo potencial de impacto em função das baixas quantidades queimadas e do curto espaço de tempo
(enquanto durarem as obras).
Este impacto é de natureza negativa; direto; com probabilidade de ocorrência certa e abrangência local;
imediato; de duração temporária e reversível, pois cessa ao término das obras; descontínuo, pois não
tem frequência definida para ocorrer; de baixa magnitude, baixa significância e baixa cumulatividade e
sinergia.
Este impacto pode ser minimizado, por meio de medidas de controle de emissões atmosféricas, como:
o Umedecimento do material a ser movimentado (material terroso, pilhas de areia e pedra etc.);
o Umedecimento das vias de circulação dos veículos;
o O tráfego dos veículos vinculados às obras deverá ser feito em velocidade compatível com as
vias e sem excesso de carga;
o O transporte do material extraído, bem como do material que aporte ao local, deve ser feito em
caminhões cobertos com lona, principalmente no caso de transitarem em área urbana, para evitar
a formação de poeira, a queda e o espalhamento de terra ao longo do trajeto, e ainda, se
necessário, o material transportado deverá ser umectado;
o Os equipamentos, máquinas e veículos utilizados nas obras e serviços associados deverão
passar por manutenção regular e periódica, minimizando-se, assim, a emissão de gases
poluentes e de material particulado na atmosfera fora dos padrões estipulados;
o Treinamento para os trabalhadores da obra.
o As instalações de apoio;
o A conformação dos platôs para implantação das instalações fixas do aterro sanitário e;
o A via do acesso interna à base do futuro aterro sanitário.
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As atividades inerentes ao desenvolvimento desta fase iniciarão o processo de modificação que imprimirá
nova configuração estética, paisagística e ambiental à área de forma direta e irreversível.
O fator ambiental mais atingido nessa etapa de implantação será a qualidade do ar no âmbito local
(impacto direto), que passará a receber uma quantidade maior de poluentes gasosos, oriundos da queima
dos combustíveis utilizados pelos equipamentos de terraplenagem, médios e pesados, e pelos veículos
de transporte de cargas e de materiais particulados (poeiras) decorrentes tanto do tráfego de veículos,
quanto dos serviços de terraplanagem e de outros equipamentos. Este é um impacto temporário à obra.
A emissão de ruídos, também temporária, será incrementada nessa fase igualmente em âmbito local,
embora seus impactos tenham pequeno significado, em função da inexistência de aglomerados
populacionais na vizinhança da área em que deverá ser localizado o empreendimento proposto. Destaca-
se que existem apenas algumas edificações esparsas como sedes de fazendas e chácaras.
A drenagem de líquidos lixiviados, da área onde será implantado o aterro sanitário, será executada como
elemento de proteção do sistema de impermeabilização da base do aterro, contra sub-pressões advindas
do aumento do nível do lençol freático, mesmo que esta ocorrência seja improvável. Esta drenagem
receberá também a eventual surgência intermitente relatada pelo diagnóstico ambiental.
Os trabalhos de escavação (cortes do terreno para implantação do sistema de tratamento dos líquidos
lixiviados e dos trechos iniciais das primeiras plataformas da base do aterro) e reaterro compactado
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A drenagem superficial da área sofrerá significativo impacto, tendo em vista a remoção (localizada) da
cobertura vegetal existente (essencialmente gramíneas e arbustos) e da camada de solo sub-superficial
nos trechos objeto de intervenção, de modo a possibilitar a execução da infraestrutura essencial do
empreendimento proposto.
O projeto indicará, em detalhe e etapa por etapa, as posições das linhas de drenagem artificiais a serem
implantadas, de forma a promover a captação e o escoamento, ordenado e sob controle, das águas
pluviais incidentes à montante das áreas de jusante.
As referidas obras de terraplenagem poderão vir a causar impactos negativos nas áreas próximas a aquele
objeto da intervenção direta planejada, particularmente, no que diz respeito ao carreamento de materiais
capazes de provocar o assoreamento do córrego existente na área. Assim, durante a implantação do
projeto, a escavação de terra será adequadamente planejada e controlada, de maneira concomitante com
as obras de reaterro compactado e a minimizar a ocorrência de excedentes que não sejam utilizados em
curto prazo. Importância particular terá, desse ponto de vista, o início imediato da implantação do acima
referido dique de contenção do sopé do aterro, que, conforme poderá ser verificado no projeto,
promoverá o confinamento de toda a bacia do futuro aterro sanitário e, assim, possibilitará conter, em
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seu interior, os materiais soltos pelos serviços de terraplanagem à sua montante e, eventualmente,
carreada por chuvas incidentes sobre o trecho em obras, além do plantio de gramíneas.
A implantação do empreendimento acarretará impactos sobre a flora e a fauna locais, uma vez que foi
necessária a supressão de espécies vegetais remanescentes, única formação ocorrente na Área
Diretamente Afetada (ADA). A eliminação da vegetação ocasionou a perda de partes de grupos de
espécies vegetais, que terão suas populações afetadas.
Da mesma forma, a fauna, que faz da vegetação local de abrigo, de forrageio, de nidação ou de corredor
entre fragmentos distantes, foi afetada em função da supressão desses elementos da paisagem e
também da atividade a ser implantada.
o Os fragmentos suprimidos, apesar de não caracterizarem áreas de mata contínua, ainda assim,
constituíam local de pouso e nidificação para a avifauna, bem como área de refúgio e fonte de
alimentação para outros grupos faunísticos;
o Embora a perda das formações remanescentes não represente risco direto para as espécies
identificadas, visto que populações da flora e da fauna ainda ocorram em diversos pontos dos
biomas caracterizados na AII, AID e na ADA, este impacto representa perda da diversidade
genética existente;
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o Salienta-se, por fim, como efeito indireto do impacto sobre os fragmentos arbóreos, a perda do
material lenhoso, recurso escasso e ainda de ampla utilização como fonte de energia e uso para
diversos fins, principalmente, pelas populações interioranas.
4. Fase de operação
A fase de operação do aterro sanitário proposto diz respeito às atividades inerentes à disposição e
aquelas relacionadas ao controle e monitoramento, as quais poderão promover impactos ambientais.
As atividades a serem desenvolvidas no aterro, em sua maioria e por sua própria natureza, potencialmente
se constituem em unidades geradoras de impactos diversos. De maneira geral, os impactos da operação
são:
Sobre a qualidade das águas subterrâneas não há previsão de ocorrência de impactos, já que será
instalado um sistema de impermeabilização composto por uma camada de argila compactada e
geomembrana de PEAD.
o Ocorrência de odores;
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Assim sendo, esse impacto é direto e negativo, bem como atuará de forma imediata somente na área de
intervenção do empreendimento. Como a sua intensidade será baixa, terá uma importância pequena
dentro da análise global dos possíveis impactos ambientais.
No entanto, o mesmo se manifestará com pequena abrangência, sendo facilmente revertido com medidas
de controle geotécnico de fácil implementação.
Assim sendo, esse impacto assume elevada importância dentro desta avaliação de impactos ambientais,
tendo em vista os problemas decorrentes desse componente tanto na implantação do empreendimento,
como na sua operação.
Deve-se considerar que a possível atração de aves representa um impacto negativo, uma vez que pode
trazer, ainda que em pequena escala, prejuízos ao tráfego aéreo regional.
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Vale salientar que a proliferação de vetores, tais como roedores e insetos, está intimamente associada a
práticas inadequadas no manejo e disposição dos resíduos e nas centrais de tratamento de resíduos.
O ambiente de trabalho poderá proporcionar situações de risco, de maneira que a saúde humana possa
ser prejudicada. Isso porque os resíduos sólidos, mesmo que bem manipulados, acabam por atrair
vetores de doenças e animais, devido à disponibilidade de abrigo, que podem se transformar em fonte
de doenças para os trabalhadores. Esse impacto é negativo, de longo prazo e reversível.
Tem-se também o fato de que, devido aos trabalhos de terraplanagem, incluindo movimento de terra,
para alterações no terreno e da construção das instalações de infraestrutura, que acarretará o aumento
do fluxo de veículos, o risco de acidentes de trânsito aumentará. Esse impacto pode ser considerado,
pela sua natureza, negativo, de incidência indireta e de ocorrência a longo prazo, tendo caráter reversível.
Assim sendo, o impacto é de baixa magnitude e grande importância. Este impacto está previsto para todo
o aterro sanitário.
Os impactos pela possível emissão de poeiras estão presentes no empreendimento em avaliação, uma
vez que haverá como descrito anteriormente, uma grande movimentação de máquinas e veículos e,
também, atividades de movimentação de solo (corte, aterro e cobertura dos resíduos), que poderão
provocar suspensão de materiais particulados, constituindo uma atividade impactante, podendo trazer
incômodos à população circunvizinha ao empreendimento, ainda que esta seja pequena.
Tal fato pode-se agravar, em função dos ventos, que podem atuar em todas as direções, além daquela
preferencial. Conforme descrito em Prudente et al (s.d.)., na região metropolitana de Belo Horizonte, os
ventos predominam na direção E (Leste) e a velocidade dos ventos varia entre 4,3 e 6,1 m/s.
No entanto, como no empreendimento, na direção E, não se verifica a presença de moradores nas divisas
da área onde o mesmo será implantado, acredita-se que um eventual transporte de particulados, pelos
ventos, não causará nenhum impacto à população residente na região.
Deve-se considerar, também, que, geralmente ventos com esta velocidade não carreiam os particulados
por uma distância superior a 500 a 700 m.
Assim sendo, o impacto é de baixa magnitude e grande importância. Este impacto está previsto para todo
o Aterro Sanitário.
Os estudos de impacto de trânsito, geralmente, têm por objetivo primordial identificar impacto que o
empreendimento acarretará junto a vizinhança e ao trânsito e, se identificado os impactos, deve- se
apresentar medidas mitigadoras que sejam implantadas com o objetivo de minimizar os referidos
impactos.
Assim, no caso do aterro sanitário, existem duas possibilidades de impacto: na área do entorno e nas
vias de acesso.
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Em relação aos impactos na área do entorno do empreendimento, este será mínimo, uma vez que o
mesmo é circundado por uma estrada vicinal, como cerca de 3,0 km de extensão, por onde transitam
poucos veículos, e aqueles que vierem aportar ao empreendimento proposto, não transitarão por estas
vias, já que as portarias do empreendimento se situam na parte baixa deste, próximo à BR 381, e as vias
internas, que permitirão o acesso às áreas de carga e descarga, abrigarão apenas o trânsito interno, além
da estar previsto uma área de estacionamento interno para que os veículos não estacionem na área
externa do empreendimento.
Deve-se considerar que melhorias já veem sendo realizadas nesta estrada, como alargamento no trecho
inicial da mesma e construções de bueiro para melhorar o tráfego de veículos sobre o córrego Maquiné.
Destaca-se que, antes da intervenção, existia apenas uma ponte de madeira, em condições precárias.
Quanto aos impactos nas vias de acesso, notadamente a BR 381, a princípio, deve-se considerar a
capacidade do empreendimento produzir viagens, volume de tráfego, relação volume/capacidade e
condições geométricas das vias, o que acarretará entrada e saída de veículos do empreendimento. O
empreendimento se localiza no km 294, em Santa Luzia.
Entretanto, considerando o atual fluxo de veículos da BR 381, que, segundo o Departamento de Estradas
de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), 43% da economia mineira, 20% de toda a produção do parque
industrial de Minas e de São Paulo, cerca de 60% da produção nacional de ferro -gusa e
aproximadamente 3 milhões de toneladas da produção agrícola mineira passam pela BR -381,
representando uma circulação média de mais de 15 mil veículos - entre ônibus, caminhões e automóveis
por dia, é de se esperar que a previsão diária de aproximadamente 150 veículos (caminhões e veículos
particulares) que aportarão ao aterro sanitário, não venha causar impactos significativos no trânsito desta
rodovia.
Além da duplicação das pistas de rolamento principais da rodovia, ainda está previsto a implantação de
vias marginais e passagens de nível próximo ao empreendimento.
Logo, não é de se esperar que esse impacto se manifeste de forma intensa, mas será de longa duração,
pois abrangerá todo o período de vida do aterro. Isso porque, como comentado, a quantidade veículos
e, consequentemente, o número de viagens que realizarão por dia não é significativo.
Dessa forma, as maiores contribuições para a mitigação dos efeitos negativos desse impacto que a
empresa responsável pelo aterro sanitário pode oferecer são: manter as vias locais de tráfego em boas
condições de uso e limpas; aspergir água nessas vias para reduzir a emissão de particulados; exigir que
os veículos que vierem a aportar o aterro possuam boas condições mecânicas de tráfego e de coleta de
resíduos; no caso dos veículos empregados na coleta regular, fornecer treinamento em relação à
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educação ambiental e para o trânsito junto aos motoristas e propiciar um serviço eficiente de disposição
final.
5. Fase de encerramento
A fase de encerramento do aterro sanitário proposto diz respeito às atividades inerentes ao fechamento
e descomissionamento da unidade, assim como àquelas relacionadas ao controle e monitoramento, as
quais poderão promover impactos ambientais. De maneira geral, os impactos desta fase são:
o Aumento do volume de água no córrego (com redução gradual do volume descartado, ao longo
do tempo);
o Possível alteração da qualidade das águas superficiais e/ou subterrâneas.
o Ocorrência de odores;
o Potencial aumento da poluição do ar;
o Risco de ocorrência de incêndios e explosões;
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Assim sendo, esse impacto é direto e positivo, de baixa intensidade e grande importância dentro da
análise global dos possíveis impactos ambientais.
Caso, ao longo da vida útil do empreendimento se observe a presença de aves que não fazem parte da
avifauna local, principalmente como os urubus (Coragyps atratus), pombos (Columba livia) e gaviões
(Carcará - Polyborus Plancus), é de esperar que os mesmo deixem o local, pois os possíveis fatores que
os atraíriam para a região, serão eliminados (ex: fonte de alimentação).
Assim sendo, esse impacto assume elevada importância dentro desta avaliação de impactos ambientais,
tendo em vista os problemas decorrentes desse componente tanto na implantação do empreendimento,
como na sua operação.
Deve-se considerar que a possível modificação da avifauna local representa um impacto positivo e de
grande importância dentro da análise global dos possíveis impactos ambientais.
Os ruídos decorrentes da operação do aterro sanitário deverão ser reduzidos significativamente, uma vez
que não mais haverá disposição de resíduos.
No entanto, no decorrer das ações de execução da cobertura final do aterro sanitário (cobertura com solo
e vegetação), estes impactos ainda far-se-ão presentes, uma vez que haverá grande movimentação de
máquinas e equipamentos. Este impacto é de grande magnitude e importância.
Tal situação, poderá contribuir, ainda que em pequena escala, para a melhoria do trânsito local nesta
Rodovia. Este impacto é direto e positivo, sendo de grande relevância.
Destaca-se que este lançamento de fato ocorrerá, porém, como o mesmo irá ocorrer paulatinamente ao
longo da vida útil do aterro sanitário, é de esperar que na fase de encerramento, estes impactos já tenham
sido absorvidos pelo Córrego Maquiné.
Contudo, este pode ser considerado um impacto de média intensidade e de grande importância na
análise dos impactos decorrentes da presença do empreendimento.