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ANEXO XXXVII – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS PROVÁVEIS IMPACTOS


AMBIENTAIS SOBRE OS ASPECTOS FÍSICOS, OS BIÓTICOS E OS SÓCIOS
ECONÔMICOS DECORRENTES DA INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
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IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS PROVÁVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste item são identificados e descritos os prováveis impactos ambientais, diretos e indiretos, a serem
gerados pelo empreendimento em estudo, nas fases de execução de obras e de operação, levando-se
em consideração a relação das atividades modificadoras com os elementos de análise (fatores
ambientais, processos, problemas e potenciais).

1. Introdução
A inserção de uma atividade potencialmente poluidora, independentemente do local onde será
implantada, poderá provocar alterações no meio ambiente, mesmo que esta região já se encontre
degradada. Os impactos ambientais poderão ocorrer de forma direta e indireta e positiva ou
negativamente.

No caso da implantação de um aterro sanitário, estes impactos podem ocorrer em quatro etapas distintas:
planejamento, implantação, operação e desativação.

A implantação de aterros sanitários, geralmente, não é bem aceita, em qualquer lugar que se pretenda
instalá-lo, mesmo que a população local saiba da sua necessidade e importância sanitária.

Como já mencionado anteriormente, a área do CTR Maquiné, onde será implantado o aterro sanitário
proposto, encontra-se inserida em uma zona predominantemente rural de Santa Luzia, havendo poucos
núcleos populacionais próximos às suas divisas, principalmente fazendas e chácaras. Logo, os possíveis
impactos que poderão ser gerados, incidirão diretamente sobre o meio físico e socioeconômico local.

2. Fase de planejamento
Os impactos ambientais, nesta fase, não ocorrem efetivamente. Nesta etapa os impactos ambientais nas
áreas de influência de onde será implantado o sistema são investigados, assim como é investigada junto
à população local a aceitação do empreendimento pela mesma.

A fase de planejamento e execução do projeto básico e estudo de Impacto Ambiental para implantação
do Aterro Sanitário é constituída pelas seguintes atividades:

o Planejamento das intervenções – serviços e obras;


o Divulgação de informações sobre o empreendimento.

Quanto à expectativa da implantação do empreendimento, a realização de estudos e de levantamentos


preliminares pode atrair a atenção da população, criando preocupações e dúvidas. Dentre as principais
expectativas, pode-se citar: a criação de novos empregos, a degradação do meio ambiente, o aumento
do risco de acidentes, desvalorização ou valorização de terras, dentre outras.
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A expectativa principal é a criação de empregos na construção civil, que poderá ser frustrada, caso a
mão-de-obra local não seja qualificada para a empreitada, ficando assim sem auferir os benefícios que
podem advir com a geração de novos empregos.

Durante essa fase de planejamento, a população também pode ficar apreensiva quanto à poluição do ar
e das águas, com riscos à saúde e possibilidade de ocorrência de acidentes. Este impacto é de natureza
negativa, direta, sua duração é temporária, localizada, ou seja, sua ocorrência restringe-se a uma
determinada área, no caso, a destinada à implantação do empreendimento e a área de influência direta,
em termos antrópicos. Sua ocorrência é imediata às ações, é reversível e de média magnitude.

Os impactos ambientais no meio físico, nesta etapa, não ocorrem em função de não haver atividades que
impliquem em mudanças na estrutura física e ambiental da área.

Nos itens seguintes, são caracterizados os impactos ambientais que podem decorrer das fases de
implantação e operação do Sistema ora proposto.

3. Fase de implantação
Os impactos ambientais decorrentes da implantação do aterro sanitário partiram da análise das
características ambientais da AII, AID e da ADA, do CTR Maquiné.

Em linhas gerais, pode-se dizer que nessa fase de implantação, basicamente, tem-se como atividades
com interferências ambientais mais relevantes a movimentação de terra no local de intervenção,
supressão de vegetação com retirada da camada superficial do solo, instalação de redes coletoras de
líquidos lixiviados, gases e águas superficiais, impermeabilização de solo, instalação de tanques para
armazenamento provisório de líquidos lixiviados, abertura de novas vias internas de acesso, instalação
de balança, construção de prédio de administração e controle, almoxarifado e etc. Neste momento toda
a estrutura administrativa, apoio operacional e demais edificações já estão instaladas bem como uma
célula de aterramento chamada Fase 1A e uma lagoa de armazenamento de percolados.

A movimentação de terra será feita em duas etapas: primeiramente, através da retirada de parte do
substrato de solo mais orgânico, caso haja e, posteriormente, o corte das elevações para criação da
camada de impermeabilização de fundo do aterro sanitário. Estas atividades irão provocar alguns
impactos ambientais.

Tais impactos estão associados aos incômodos decorrentes do aumento de ruídos e da emissão de
particulados e possibilidades de riscos de acidentes de trânsito e de trabalho. Por outro lado, há a geração
de novos empregos.
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A seguir são descritos, de forma detalhada, os impactos gerados na etapa de implantação do aterro
sanitário.

3.1 Operações preliminares


Após o planejamento das atividades e definição dos ajustes preliminares que se fazem necessários em
função do período de execução efetiva dos serviços e obras, serão iniciados os trabalhos de demarcação,
locação e limpeza da área do empreendimento.

A demarcação da área será realizada por meio da fixação de marcos de concreto padronizados em todos
os seus pontos notáveis, inclusive referências topográficas planialtimétricas fixas, dispostas em locais
(definidos no projeto) que não venham a ser afetados durante toda a vida útil do empreendimento
proposto.

A locação do empreendimento, no que se refere às obras a serem executadas em sua primeira etapa,
deverá ser feita com o emprego de estacas, de madeira de boa qualidade ou de metal, resistentes e
convenientemente fixadas ao solo, abrangendo todas as parcelas da gleba em que essas obras e serviços
devam ser realizados, exigindo a presença constante das equipes de engenharia e topografia, bem como
de trabalhadores braçais.

A limpeza do terreno deverá ser realizada por meio dos serviços de desmatamento, roçada, capina e
retirada da cobertura vegetal (gramíneas e arbustos), bem como remoção de resíduos existentes nas
áreas objeto das intervenções com a utilização de ferramentas manuais e de equipamentos mecânicos
de terraplenagem e transportes apropriados para esses tipos de serviços.

Como em determinados lugares da área, a inclinação do terreno é um pouco mais elevada, demandará
um cuidado maior com a cobertura destes solos, de forma a não favorecer a ação dos agentes erosivos.

No que diz respeito exclusivamente à questão da fauna, acredita-se, que os impactos relacionados ao
empreendimento, considerando a possibilidade de sua implantação, serão de natureza irreversível, face,
principalmente, à alteração topográfica definitiva, mas de baixa magnitude uma vez que as poucas
espécies encontradas podem se refugiar para as áreas de reserva legal, cinturão verde e APP .

3.2 Impactos decorrentes da etapa de implantação do empreendimento


Durante a fase de implantação do empreendimento, os primeiros impactos a serem observados serão as
atividades de retirada da cobertura vegetal, movimentação de terra (descaracterização da topografia
local) e drenagem do terreno, necessárias à implantação do aterro.

3.2.1. Remoção da vegetação

O local de implantação do aterro sanitário possui manchas de vegetação, que vão desde vegetação
rasteira até de médio porte, sendo, portanto, os impactos diretos incidentes sobre a cobertura nativa
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relevantes. Esta atividade já foi finalizada tendo em vista a existência da Autorização de Intervenção
Ambiental nº 1370.01.0006409/2022-78 emitida em 14/06/2022 pela Superintendência de Projetos
Prioritários.

Este impacto pode ser classificado como negativo, direto, irreversível, permanente, de curto prazo,
localizado e de baixa magnitude.

3.2.2. Drenagem superficial e erosões

Em decorrência do decapeamento do solo, pode-se ter a redução da taxa de infiltração de água no solo,
o que resultaria num aumento do volume de água que corre pela superfície do terreno. Como
consequência, ocorreria um maior carreamento de sólidos para as drenagens, ocasionando o seu
assoreamento e um aumento na turbidez da água e perda de sua qualidade. Esta situação é agravada em
função de outras situações decorrentes da implantação do empreendimento, tais como:

o Grande parte da água pluvial advinda da área decapeada flui para uma drenagem natural do
terreno. Caso não sejam implantadas medidas de contenção de sedimentos, o assoreamento de
drenagens será inevitável;
o Disposição inadequada de material proveniente do decapeamento do solo desprotegido da ação
das águas pluviais;
o Construção de canaletas de desvio da água pluvial, abertas diretamente no terreno e com
declividade inadequada.

Em função disso, podem–se originar processos erosivos e carreamento de partículas sólidas, que
certamente alcançarão as drenagens, promovendo o assoreamento dessas, aumentando a magnitude
dos impactos. Além destes impactos mencionados, o processo de decapeamento do solo gera, também,
poeiras e materiais particulados.

3.2.3. Ruídos

Tem-se também a geração de ruídos e a ocorrência de tráfego mais intenso nesta fase de implantação
do sistema, sendo que estes impactos serão gerados apenas pelas máquinas e caminhões responsáveis
pela terraplanagem.

Além dos impactos diretos relativos a ruídos provocados pelas atividades de remoção da cobertura
vegetal e movimento de terra, ocorrerão impactos indiretos representados pelo intenso trânsito de
veículos e pessoas, pela necessidade de equipamentos, máquinas e veículos de carga, e pela
possibilidade de ocorrência de acidentes.
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3.2.4. Visual

Na fase de implantação do empreendimento, a instalação do canteiro e a execução das obras civis


provocarão interferências visuais e alterarão a configuração cênica da paisagem natural local, tanto pela
movimentação de máquinas e pessoas, quanto pela inserção de novos elementos, ainda que a região
onde será implantado o empreendimento seja uma zona rural, com manchas de vegetação insignificantes,
como comentado anteriormente, e pequena porção de moradias com características, igualmente, rurais
(pequenos sítios, chácaras, etc.).

Os efeitos negativos sobre a paisagem natural que, a princípio, não podem ser evitados ou atenuados,
uma vez que acarretará na desconfiguração da paisagem local, contribuindo para que a beleza natural
desta paisagem seja descaracterizada, dando lugar a áreas decapadas. Destaca-se que este impacto
ocorre nas fases de implantação e operação do aterro perdurando até seu encerramento e implantação
de revegetação.

De outra parte, ainda que as implicações diretamente relacionadas às obras civis sejam, em grande parte,
temporárias e reversíveis, as consequências das demais ações podem ser interpretadas como
permanentes e irreversíveis, pela eliminação ou modificação de referenciais paisagísticos.

Apesar de transformar significativamente o uso do solo e a própria paisagem, este impacto está amparado
pelas normas legais vigentes que permitem o uso pretendido, em conformidade com as áreas vizinhas ao
empreendimento.

Em termos absolutos e relativos, estes resultados podem ser classificados como de pequena magnitude
e importância. Além disso, é de probabilidade certa, localizado, imediato, contínuo, de baixa
cumulatividade e sinergismo. Considerando-se que as diretrizes possíveis para a atenuação do impacto
foram aplicadas ao projeto, ou seja, foram incorporadas ações de prevenção do impacto, não se aplicam
outras ações de gestão.

3.2.5. Qualidade do ar

Durante a implantação do empreendimento poderá ocorrer alteração da qualidade do ar devido à geração


de material particulado em suspensão nas obras de instalação do aterro sanitário.

A alteração da qualidade do ar é decorrente do aspecto ambiental de emissão de poluentes atmosféricos,


que ocorre associado às atividades de limpeza do terreno, escavações, terraplenagem, pavimentação (se
houver), as quais poderão ocasionar a emissão de materiais particulados para a atmosfera; da mesma
forma, a circulação de caminhões, veículos e equipamentos utilizados nas obras irá contribuir para a
emissão de poluentes resultantes da queima de combustíveis para a atmosfera, bem como para a
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ressuspensão do material particulado depositado nas vias e superfícies das áreas das obras (pavimentos
do canteiro e de pátios e pilhas de depósitos de materiais etc.).

Como o material particulado gerado nestas atividades apresenta uma granulometria grosseira, sua
deposição (área de impacto) deve ocorrer muito perto da fonte, não ocorrendo dispersão para áreas
afastadas, fora da área diretamente afetada do empreendimento (ADA).

Com relação às emissões devido à queima de combustíveis no maquinário e veículos, estas apresentam
baixo potencial de impacto em função das baixas quantidades queimadas e do curto espaço de tempo
(enquanto durarem as obras).

Este impacto é de natureza negativa; direto; com probabilidade de ocorrência certa e abrangência local;
imediato; de duração temporária e reversível, pois cessa ao término das obras; descontínuo, pois não
tem frequência definida para ocorrer; de baixa magnitude, baixa significância e baixa cumulatividade e
sinergia.

Este impacto pode ser minimizado, por meio de medidas de controle de emissões atmosféricas, como:

o Umedecimento do material a ser movimentado (material terroso, pilhas de areia e pedra etc.);
o Umedecimento das vias de circulação dos veículos;
o O tráfego dos veículos vinculados às obras deverá ser feito em velocidade compatível com as
vias e sem excesso de carga;
o O transporte do material extraído, bem como do material que aporte ao local, deve ser feito em
caminhões cobertos com lona, principalmente no caso de transitarem em área urbana, para evitar
a formação de poeira, a queda e o espalhamento de terra ao longo do trajeto, e ainda, se
necessário, o material transportado deverá ser umectado;
o Os equipamentos, máquinas e veículos utilizados nas obras e serviços associados deverão
passar por manutenção regular e periódica, minimizando-se, assim, a emissão de gases
poluentes e de material particulado na atmosfera fora dos padrões estipulados;
o Treinamento para os trabalhadores da obra.

3.3 Implantação da infraestrutura provisória (canteiro de obras)


Em sequência, deverão ser implantados os platôs de infraestrutura fixa e as vias de acesso internas como:

o As instalações de apoio;
o A conformação dos platôs para implantação das instalações fixas do aterro sanitário e;
o A via do acesso interna à base do futuro aterro sanitário.
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Portanto, é previsível a movimentação, relativamente intensiva, de máquinas de terraplanagem e de


veículos de carga, para o transporte de terra e dos materiais necessários à edificação das instalações
temporárias (canteiro de obras).

As atividades inerentes ao desenvolvimento desta fase iniciarão o processo de modificação que imprimirá
nova configuração estética, paisagística e ambiental à área de forma direta e irreversível.

O fator ambiental mais atingido nessa etapa de implantação será a qualidade do ar no âmbito local
(impacto direto), que passará a receber uma quantidade maior de poluentes gasosos, oriundos da queima
dos combustíveis utilizados pelos equipamentos de terraplenagem, médios e pesados, e pelos veículos
de transporte de cargas e de materiais particulados (poeiras) decorrentes tanto do tráfego de veículos,
quanto dos serviços de terraplanagem e de outros equipamentos. Este é um impacto temporário à obra.

A emissão de ruídos, também temporária, será incrementada nessa fase igualmente em âmbito local,
embora seus impactos tenham pequeno significado, em função da inexistência de aglomerados
populacionais na vizinhança da área em que deverá ser localizado o empreendimento proposto. Destaca-
se que existem apenas algumas edificações esparsas como sedes de fazendas e chácaras.

3.4 Implantação da infraestrutura fixa


Logo após a implantação da estrutura provisória, inicia-se, enfim, a implantação da infraestrutura fixa,
abrangendo:

o Drenagem de líquidos lixiviados da área de projeção da primeira plataforma e do sistema de


impermeabilização;
o As obras de terraplanagem, referentes ao início da implantação da base do aterro sanitário para
o início da sua operação;
o Drenagem de águas pluviais, definitiva e provisória, inerentes à primeira plataforma de aterragem
de resíduos do aterro sanitário;
o As instalações fixas de suporte operacional do aterro sanitário (já existentes);
o O início da implantação, de jusante para montante, dos sistemas de captação e drenagem dos
efluentes líquidos e gasosos.

A drenagem de líquidos lixiviados, da área onde será implantado o aterro sanitário, será executada como
elemento de proteção do sistema de impermeabilização da base do aterro, contra sub-pressões advindas
do aumento do nível do lençol freático, mesmo que esta ocorrência seja improvável. Esta drenagem
receberá também a eventual surgência intermitente relatada pelo diagnóstico ambiental.

Os trabalhos de escavação (cortes do terreno para implantação do sistema de tratamento dos líquidos
lixiviados e dos trechos iniciais das primeiras plataformas da base do aterro) e reaterro compactado
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(conformação do dique de contenção do sopé do aterro sanitário; conformação da base impermeabilizada


do aterro sanitário e das lagoas de estabilização), bem como as operações de carregamento e descarga
dos veículos transportadores de solo, tenderão a aumentar os níveis de emissão de poluentes gasosos,
de materiais particulados (poeira) e de ruídos.

A paisagem tenderá a sofrer modificações mais significativas, principalmente, as decorrentes da


implantação de aterros, diques e taludes de contenção, em parcelas da gleba até então com topografia
relativamente preservada.

A drenagem superficial da área sofrerá significativo impacto, tendo em vista a remoção (localizada) da
cobertura vegetal existente (essencialmente gramíneas e arbustos) e da camada de solo sub-superficial
nos trechos objeto de intervenção, de modo a possibilitar a execução da infraestrutura essencial do
empreendimento proposto.

O projeto indicará, em detalhe e etapa por etapa, as posições das linhas de drenagem artificiais a serem
implantadas, de forma a promover a captação e o escoamento, ordenado e sob controle, das águas
pluviais incidentes à montante das áreas de jusante.

O novo sistema de drenagem superficial será suficientemente difuso e adequadamente calculado e


implantado, de modo a não produzir concentrações e/ou velocidades excedentes da água captada, que
possam causar problemas de erosão e carreamento do solo.

A concepção do empreendimento prevê a utilização, de maneira suplementar, do solo resultante das


escavações, como material de recobrimento dos resíduos durante a fase de operação do aterro sanitário
proposto. Essas escavações, por conseguinte, deverão ser feitas de maneira gradual, ao longo de toda a
vida útil do aterro, de montante para jusante, à exceção do trecho inicial da primeira plataforma, cujo
material escavado deverá ser empregado na conformação (igualmente progressiva) do dique de
contenção do aterro sanitário.

As referidas obras de terraplenagem poderão vir a causar impactos negativos nas áreas próximas a aquele
objeto da intervenção direta planejada, particularmente, no que diz respeito ao carreamento de materiais
capazes de provocar o assoreamento do córrego existente na área. Assim, durante a implantação do
projeto, a escavação de terra será adequadamente planejada e controlada, de maneira concomitante com
as obras de reaterro compactado e a minimizar a ocorrência de excedentes que não sejam utilizados em
curto prazo. Importância particular terá, desse ponto de vista, o início imediato da implantação do acima
referido dique de contenção do sopé do aterro, que, conforme poderá ser verificado no projeto,
promoverá o confinamento de toda a bacia do futuro aterro sanitário e, assim, possibilitará conter, em
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seu interior, os materiais soltos pelos serviços de terraplanagem à sua montante e, eventualmente,
carreada por chuvas incidentes sobre o trecho em obras, além do plantio de gramíneas.

3.5 Impactos no meio biótico

3.2.6. Impactos incidentes sobre a flora e a fauna

A implantação do empreendimento acarretará impactos sobre a flora e a fauna locais, uma vez que foi
necessária a supressão de espécies vegetais remanescentes, única formação ocorrente na Área
Diretamente Afetada (ADA). A eliminação da vegetação ocasionou a perda de partes de grupos de
espécies vegetais, que terão suas populações afetadas.

Da mesma forma, a fauna, que faz da vegetação local de abrigo, de forrageio, de nidação ou de corredor
entre fragmentos distantes, foi afetada em função da supressão desses elementos da paisagem e
também da atividade a ser implantada.

3.2.7. Identificação das Ações Potencialmente Geradoras de Impacto Aspectos Quantitativos

O impacto causado sobre a vegetação, em virtude da implantação do empreendimento, refere-se à perda


dos fragmentos florestais remanescentes. Em termos quantitativos, a ADA está sobre uma área
correspondente a 13 ha, Em termos representativos, estas formações correspondem à cerca de 12 % da
ADA, observados os limites da Fazenda São Sebastião do Maquiné.

As formações florestais impactadas diretamente correspondem àquelas em regeneração, em diversos


estágios sucessionais na ADA. Apresentavam, individualmente, áreas pouco expressivas, e na sua
totalidade, ainda sujeitas a intervenções antrópicas diversas antes da supressão, em especial, a extração
de lenha e a captura de aves e pequenos mamíferos pelas comunidades vizinhas.

3.2.8. Aspectos Qualitativos

A perda destes fragmentos de vegetação mencionados representa um impacto significativo em termos


ambientais pelas seguintes razões:

o Os fragmentos suprimidos, apesar de não caracterizarem áreas de mata contínua, ainda assim,
constituíam local de pouso e nidificação para a avifauna, bem como área de refúgio e fonte de
alimentação para outros grupos faunísticos;
o Embora a perda das formações remanescentes não represente risco direto para as espécies
identificadas, visto que populações da flora e da fauna ainda ocorram em diversos pontos dos
biomas caracterizados na AII, AID e na ADA, este impacto representa perda da diversidade
genética existente;
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o Salienta-se, por fim, como efeito indireto do impacto sobre os fragmentos arbóreos, a perda do
material lenhoso, recurso escasso e ainda de ampla utilização como fonte de energia e uso para
diversos fins, principalmente, pelas populações interioranas.

4. Fase de operação
A fase de operação do aterro sanitário proposto diz respeito às atividades inerentes à disposição e
aquelas relacionadas ao controle e monitoramento, as quais poderão promover impactos ambientais.

As atividades a serem desenvolvidas no aterro, em sua maioria e por sua própria natureza, potencialmente
se constituem em unidades geradoras de impactos diversos. De maneira geral, os impactos da operação
são:

o Descaracterização do perfil topográfico;


o Remoção dos solos;
o Acústicos, por meio da produção de ruídos;
o Atmosféricos, por meio da alteração da qualidade do ar pela possível emissão de poeiras e de
gases;
o Hidrológicos e hidrogeológicos, por meio da possível contaminação das águas subterrâneas e
superficiais pelos efluentes advindos da disposição de resíduos;
o Descarga dos efluentes líquidos tratados;
o Alteração da paisagem (impacto visual);
o Atração de espécies da avifauna ao local;
o Proliferação de vetores;
o Riscos à saúde humana.

É necessário o conhecimento do potencial de comprometimento que a implantação do aterro sanitário


propiciará ao meio ambiente, tendo em vista evitar a ocorrência de problemas decorrentes de uma
concepção e/ou implantação inadequadas do empreendimento e durante a sua operação, visando à
eliminação ou atenuação daqueles impactos que seja possível.

4.1 Aterragem de resíduos


A aterragem de resíduos sólidos urbanos diz respeito à disposição final adequada destes em células
diárias devidamente preparadas, conforme descrito no Volume I - Tomo I do EIA/RIMA, no aterro sanitário.
Esta atividade também gera alguns impactos que são previsíveis:

o A movimentação de máquinas e veículos causará a emissão de ruídos e suspensão de materiais


particulados, sejam eles ocasionados pelo movimento destes equipamentos, sejam eles advindos
da queima do combustível dos veículos (descarga);
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o As atividades de movimentação de terra (corte, aterro e cobertura dos resíduos) também


constituem uma atividade impactante e acarretará modificação da topografia local, podendo
comprometer o sistema de drenagem natural, assim como carrear solo para o sistema de
drenagem artificial, obstruindo-o;
o Tem-se também os impactos decorrentes da geração de efluentes do sistema de tratamento, os
quais podem causar danos ao meio ambiente, por meio de sua infiltração no terreno. Isto pode
comprometer, principalmente, as águas subterrâneas, além das águas superficiais.

4.2 Descaracterização topográfica


Os impactos observados são a remoção da cobertura vegetal, movimentação de terra, trânsito de
veículos e pessoas, ruídos gerados pelos equipamentos e máquinas empregados na operação do
sistema.

A descaracterização da topografia local, proporcionada pela implantação do empreendimento, é


inevitável e irreversível, sendo considerada como um impacto definitivo. Este impacto pode ser
considerado de média magnitude.

4.3 Descarga dos efluentes líquidos tratados


Está prevista a implantação de um sistema de tratamento de líquidos lixiviados para o empreendimento,
sendo que a descarga desse efluente tratado será lançada no Córrego Maquiné, localizado na área interna
do empreendimento. Os possíveis impactos ambientais previstos do lançamento desses efluentes são:

o Aumento do volume de água no córrego;


o Possível alteração da qualidade das águas superficiais e/ou subterrâneas.

Sobre a qualidade das águas subterrâneas não há previsão de ocorrência de impactos, já que será
instalado um sistema de impermeabilização composto por uma camada de argila compactada e
geomembrana de PEAD.

4.4 Emissão de gases


Uma possível operação geradora de impactos ambientais será o lançamento, na atmosfera, dos gases
gerados durante o processo de disposição da fração orgânica biodegradável dos resíduos sólidos
urbanos dispostos no aterro. Através deste processo, são liberados, principalmente, o gás carbônico e o
metano, ambos de grande importância ambiental, pois contribuem para o efeito estufa. O H2S, ou gás
sulfídrico, entre os gases produzidos no aterro, também merece maior atenção, não tanto pela sua
toxicidade (que não é significativa nas concentrações esperadas no empreendimento), mas com relação
ao odor. Os impactos ambientais previsíveis deste lançamento serão:

o Ocorrência de odores;
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o Potencial aumento da poluição do ar;


o Risco de ocorrência de incêndios e explosões;
o Risco potencial para a saúde humana e para o meio biológico.

4.5 Aumento do nível de ruído


Uma das características da poluição sonora causada pelos ruídos é o seu imediatismo. Este impacto é
gerado pela movimentação de máquinas na área de intervenção do empreendimento e pela
movimentação de caminhões com resíduos e/ou transporte de solo na área de influência do
empreendimento.

Assim sendo, esse impacto é direto e negativo, bem como atuará de forma imediata somente na área de
intervenção do empreendimento. Como a sua intensidade será baixa, terá uma importância pequena
dentro da análise global dos possíveis impactos ambientais.

4.6 Aumento dos processos erosivos


Como a forma de disposição dos resíduos sólidos será por meio de plataformas, esse impacto negativo
direto estará presente, em virtude da própria conformação dos taludes e da área em si.

No entanto, o mesmo se manifestará com pequena abrangência, sendo facilmente revertido com medidas
de controle geotécnico de fácil implementação.

4.7 Alteração da paisagem (impacto visual)


Impacto que se manifestará em virtude da altura total das plataformas de disposição de resíduos do
empreendimento (85 metros) o que implica uma maior exposição externa devido à visibilidade. Este
impacto está previsto para o aterro sanitário como um todo, sendo irreversível e de baixa magnitude.

4.8 Atração de espécies da avifauna ao local


Pela própria natureza do aterro sanitário, com a disposição de resíduos sólidos, é considerado de
potencial alto de fonte de alimentos para diversos animais, principalmente as espécies da avifauna.
Destaca-se, nesse contexto, a atração de animais específicos, como os urubus (Coragyps atratus),
pombos (Columba livia) e gaviões (Carcará - Polyborus Plancus), que são animais que não fazem parte
da avifauna local, podendo provocar um desequilíbrio à fauna local.

Assim sendo, esse impacto assume elevada importância dentro desta avaliação de impactos ambientais,
tendo em vista os problemas decorrentes desse componente tanto na implantação do empreendimento,
como na sua operação.

Deve-se considerar que a possível atração de aves representa um impacto negativo, uma vez que pode
trazer, ainda que em pequena escala, prejuízos ao tráfego aéreo regional.
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4.9 Proliferação de vetores


Esse impacto negativo direto poderá eventualmente ocorrer devido à própria natureza do
empreendimento em questão, onde serão manipulados resíduos com presença de vetores de doenças,
resultantes da existência de resíduos comuns.

Vale salientar que a proliferação de vetores, tais como roedores e insetos, está intimamente associada a
práticas inadequadas no manejo e disposição dos resíduos e nas centrais de tratamento de resíduos.

4.10 Riscos de acidentes e agravos à saúde humana


A proposta do projeto é criar um ambiente sustentável, não gerando distúrbios ambientais que possam
aumentar o quadro de doenças da região, no entanto, em se tratando de atividade que manipulará
resíduos sólidos, esse impacto poderá se manifestar.

O ambiente de trabalho poderá proporcionar situações de risco, de maneira que a saúde humana possa
ser prejudicada. Isso porque os resíduos sólidos, mesmo que bem manipulados, acabam por atrair
vetores de doenças e animais, devido à disponibilidade de abrigo, que podem se transformar em fonte
de doenças para os trabalhadores. Esse impacto é negativo, de longo prazo e reversível.

Tem-se também o fato de que, devido aos trabalhos de terraplanagem, incluindo movimento de terra,
para alterações no terreno e da construção das instalações de infraestrutura, que acarretará o aumento
do fluxo de veículos, o risco de acidentes de trânsito aumentará. Esse impacto pode ser considerado,
pela sua natureza, negativo, de incidência indireta e de ocorrência a longo prazo, tendo caráter reversível.

Do mesmo modo, a fase de implantação do empreendimento favorecerá riscos de acidentes de trabalho,


o que resultará em impacto de natureza negativa, incidência direta, abrangência local, ocorrência longo
prazo, duração temporária, caráter reversível, pequena magnitude e média importância.

4.11 Incômodo à população


Esse impacto não estará presente na Área de Influência Direta, cuja população é extremamente reduzida.
Ainda assim, deve-se considerar que serão mantidas intactas as matas ciliares no entorno do córrego
Maquiné e o cinturão verde será enriquecido naquelas áreas onde a vegetação nativa não for suficiente
para atenuar os impactos gerados (visual, ruído, poeiras e odores) pelo empreendimento, garantindo a
qualidade ambiental para a vizinhança e protegendo todo o entorno do aterro sanitário.

Assim sendo, o impacto é de baixa magnitude e grande importância. Este impacto está previsto para todo
o aterro sanitário.

4.12 Atmosféricos (emissão de poeiras)


Este impacto de alteração da qualidade do ar é causado pelas emissões atmosféricas geradas na
operação do aterro sanitário.
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Os impactos pela possível emissão de poeiras estão presentes no empreendimento em avaliação, uma
vez que haverá como descrito anteriormente, uma grande movimentação de máquinas e veículos e,
também, atividades de movimentação de solo (corte, aterro e cobertura dos resíduos), que poderão
provocar suspensão de materiais particulados, constituindo uma atividade impactante, podendo trazer
incômodos à população circunvizinha ao empreendimento, ainda que esta seja pequena.

Tal fato pode-se agravar, em função dos ventos, que podem atuar em todas as direções, além daquela
preferencial. Conforme descrito em Prudente et al (s.d.)., na região metropolitana de Belo Horizonte, os
ventos predominam na direção E (Leste) e a velocidade dos ventos varia entre 4,3 e 6,1 m/s.

No entanto, como no empreendimento, na direção E, não se verifica a presença de moradores nas divisas
da área onde o mesmo será implantado, acredita-se que um eventual transporte de particulados, pelos
ventos, não causará nenhum impacto à população residente na região.

Deve-se considerar, também, que, geralmente ventos com esta velocidade não carreiam os particulados
por uma distância superior a 500 a 700 m.

Assim sendo, o impacto é de baixa magnitude e grande importância. Este impacto está previsto para todo
o Aterro Sanitário.

4.13 Impacto no trânsito local de veículos


Esse impacto será decorrente do aumento do fluxo de veículos na área, oriundo dos caminhões de coleta
e transporte de RSU e, eventualmente, dos caminhões utilizados no transporte de terra para a
implantação do empreendimento. Localmente, esse impacto poderá ser relevante devido ao incremento
do tráfego.

Os estudos de impacto de trânsito, geralmente, têm por objetivo primordial identificar impacto que o
empreendimento acarretará junto a vizinhança e ao trânsito e, se identificado os impactos, deve- se
apresentar medidas mitigadoras que sejam implantadas com o objetivo de minimizar os referidos
impactos.

No empreendimento em questão, os impactos provenientes da implantação do aterro sanitário resultam


da relação entre o tamanho e a localização do empreendimento (BR 381), juntamente com a interação
entre as demandas de viagens e o tráfego veicular produzido pelo empreendimento com a oferta das
suas instalações internas, dos acessos e das infraestruturas viárias e de transporte.

Assim, no caso do aterro sanitário, existem duas possibilidades de impacto: na área do entorno e nas
vias de acesso.
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Em relação aos impactos na área do entorno do empreendimento, este será mínimo, uma vez que o
mesmo é circundado por uma estrada vicinal, como cerca de 3,0 km de extensão, por onde transitam
poucos veículos, e aqueles que vierem aportar ao empreendimento proposto, não transitarão por estas
vias, já que as portarias do empreendimento se situam na parte baixa deste, próximo à BR 381, e as vias
internas, que permitirão o acesso às áreas de carga e descarga, abrigarão apenas o trânsito interno, além
da estar previsto uma área de estacionamento interno para que os veículos não estacionem na área
externa do empreendimento.

Deve-se considerar que melhorias já veem sendo realizadas nesta estrada, como alargamento no trecho
inicial da mesma e construções de bueiro para melhorar o tráfego de veículos sobre o córrego Maquiné.
Destaca-se que, antes da intervenção, existia apenas uma ponte de madeira, em condições precárias.

Quanto aos impactos nas vias de acesso, notadamente a BR 381, a princípio, deve-se considerar a
capacidade do empreendimento produzir viagens, volume de tráfego, relação volume/capacidade e
condições geométricas das vias, o que acarretará entrada e saída de veículos do empreendimento. O
empreendimento se localiza no km 294, em Santa Luzia.

Entretanto, considerando o atual fluxo de veículos da BR 381, que, segundo o Departamento de Estradas
de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), 43% da economia mineira, 20% de toda a produção do parque
industrial de Minas e de São Paulo, cerca de 60% da produção nacional de ferro -gusa e
aproximadamente 3 milhões de toneladas da produção agrícola mineira passam pela BR -381,
representando uma circulação média de mais de 15 mil veículos - entre ônibus, caminhões e automóveis
por dia, é de se esperar que a previsão diária de aproximadamente 150 veículos (caminhões e veículos
particulares) que aportarão ao aterro sanitário, não venha causar impactos significativos no trânsito desta
rodovia.

Além da duplicação das pistas de rolamento principais da rodovia, ainda está previsto a implantação de
vias marginais e passagens de nível próximo ao empreendimento.

Logo, não é de se esperar que esse impacto se manifeste de forma intensa, mas será de longa duração,
pois abrangerá todo o período de vida do aterro. Isso porque, como comentado, a quantidade veículos
e, consequentemente, o número de viagens que realizarão por dia não é significativo.

Dessa forma, as maiores contribuições para a mitigação dos efeitos negativos desse impacto que a
empresa responsável pelo aterro sanitário pode oferecer são: manter as vias locais de tráfego em boas
condições de uso e limpas; aspergir água nessas vias para reduzir a emissão de particulados; exigir que
os veículos que vierem a aportar o aterro possuam boas condições mecânicas de tráfego e de coleta de
resíduos; no caso dos veículos empregados na coleta regular, fornecer treinamento em relação à
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educação ambiental e para o trânsito junto aos motoristas e propiciar um serviço eficiente de disposição
final.

5. Fase de encerramento
A fase de encerramento do aterro sanitário proposto diz respeito às atividades inerentes ao fechamento
e descomissionamento da unidade, assim como àquelas relacionadas ao controle e monitoramento, as
quais poderão promover impactos ambientais. De maneira geral, os impactos desta fase são:

o Descarga dos efluentes líquidos tratados;


o Emissão de gases;
o Redução do nível de ruído;
o Impacto visual;
o Avifauna ao local;
o Redução na proliferação de vetores;
o Incômodo à população (ruído e poeiras);
o Redução no trânsito local de veículos;
o Drenagem de águas pluviais.

A seguir são descritos estes impactos e sua importância/significância para o empreendimento.

5.1 Descarga dos efluentes líquidos tratados


Este impacto continuará a existir, até que não seja mais observado o escoamento destes líquidos pelo
sistema de drenagem do aterro. Os possíveis impactos ambientais previstos do lançamento desses
efluentes são:

o Aumento do volume de água no córrego (com redução gradual do volume descartado, ao longo
do tempo);
o Possível alteração da qualidade das águas superficiais e/ou subterrâneas.

5.2 Emissão de gases


Os gases gerados continuarão a serem lançados na atmosfera, pois, mesmo o aterro deixando de receber
resíduos, a digestão anaeróbia da fração orgânica biodegradável dos resíduos sólidos urbanos dispostos
no aterro continuará a existir. Os impactos ambientais previsíveis deste lançamento encontram-se
descritos a seguir e far-se-á presentes enquanto o processo de digestão anaeróbia se fizer presente neste
aterro sanitário:

o Ocorrência de odores;
o Potencial aumento da poluição do ar;
o Risco de ocorrência de incêndios e explosões;
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o Risco potencial para a saúde humana e para o meio biológico.

5.3 Redução do nível de ruído


Com o encerramento das operações do aterro sanitário, este impacto será eliminado, pois não mais se
observará uma grande movimentação de máquinas e veículos na área do empreendimento.

Assim sendo, esse impacto é direto e positivo, de baixa intensidade e grande importância dentro da
análise global dos possíveis impactos ambientais.

5.4 Impacto visual


Com a realização da cobertura final (cobertura com solo e vegetação) do aterro sanitário, o impacto
causado pela alteração topográfica e remoção da cobertura vegetal nas fases anteriores, será
minimizado. Este impacto é direto e positivo, de baixa intensidade e grande importância dentro da análise
global dos possíveis impactos ambientais.

5.5 Avifauna ao local


Com o encerramento das atividades de disposição de resíduos, poderá haver modificações na avifauna
local, uma vez que se observará uma redução considerável de ruídos, emissão de particulados e, ainda,
propiciar-se-á a implantação de uma cobertura vegetal sobre todo o maciço do aterro sanitário.

Caso, ao longo da vida útil do empreendimento se observe a presença de aves que não fazem parte da
avifauna local, principalmente como os urubus (Coragyps atratus), pombos (Columba livia) e gaviões
(Carcará - Polyborus Plancus), é de esperar que os mesmo deixem o local, pois os possíveis fatores que
os atraíriam para a região, serão eliminados (ex: fonte de alimentação).

Assim sendo, esse impacto assume elevada importância dentro desta avaliação de impactos ambientais,
tendo em vista os problemas decorrentes desse componente tanto na implantação do empreendimento,
como na sua operação.

Deve-se considerar que a possível modificação da avifauna local representa um impacto positivo e de
grande importância dentro da análise global dos possíveis impactos ambientais.

5.6 Redução na proliferação de vetores


Esse impacto negativo direto poderá, eventualmente, ser eliminado, já que não mais ocorrerá a disposição
de resíduos, eliminando a possibilidade de presença de fonte de alimento e abrigo para os mesmos. Este
impacto é positivo e de grande importância dentro da análise dos possíveis impactos ambientais

5.7 Incômodo à população (ruído e poeiras)


Esses impactos serão reduzidos nesta etapa de encerramento do empreendimento, haja visto que, como
comentado anteriormente.
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Os ruídos decorrentes da operação do aterro sanitário deverão ser reduzidos significativamente, uma vez
que não mais haverá disposição de resíduos.

No entanto, no decorrer das ações de execução da cobertura final do aterro sanitário (cobertura com solo
e vegetação), estes impactos ainda far-se-ão presentes, uma vez que haverá grande movimentação de
máquinas e equipamentos. Este impacto é de grande magnitude e importância.

5.8 Redução no trânsito local de veículos


Esse impacto será decorrente do encerramento das atividades do empreendimento, que implicará na
redução do fluxo de veículos (caminhões de coleta e transporte de RSU e, eventualmente, dos caminhões
utilizados no transporte de terra para a implantação do empreendimento), notadamente na BR 381.

Tal situação, poderá contribuir, ainda que em pequena escala, para a melhoria do trânsito local nesta
Rodovia. Este impacto é direto e positivo, sendo de grande relevância.

5.9 Drenagem de águas pluviais


Ao final das atividades de operação do aterro sanitário, o sistema de drenagem de águas pluviais estará
totalmente implantado, o que poderia resultar no lançamento de uma grande quantidade (volume) de
águas pluviais, pontualmente, no Córrego Maquiné, o que também poderia ocasionar impactos relevantes
neste curso d´água.

Destaca-se que este lançamento de fato ocorrerá, porém, como o mesmo irá ocorrer paulatinamente ao
longo da vida útil do aterro sanitário, é de esperar que na fase de encerramento, estes impactos já tenham
sido absorvidos pelo Córrego Maquiné.

Contudo, este pode ser considerado um impacto de média intensidade e de grande importância na
análise dos impactos decorrentes da presença do empreendimento.

6. Matriz de avaliação de impactos ambientais


A seguir é apresentada uma avaliação dos impactos ambientais considerando a influência da implantação
do empreendimento sobre o meio físico, biótico e antrópico, bem como o seu grau de importância.
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Tabela 1. Matriz de avaliação dos impactos ambientais do Aterro Sanitário


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