Estatuto Servidor Montes Claros
Estatuto Servidor Montes Claros
DEFINITIVO CONCURSOS
O Povo do Município de Montes Claros, por seus representantes, aprovou e eu, Prefeito
Municipal, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Montes
Claros, Estado de Minas Gerais, instituído pela Lei nº 1.035, de 25 de março de 1974 e suas
alterações.
Art. 2º - Servidor Público, para os efeitos desta Lei, é a pessoa legalmente investida em cargo
público, em caráter efetivo ou em comissão, ou detentora de função pública.
Art. 4º - Função Pública é o conjunto de atribuições que, por sua natureza ou suas condições
de exercício, não caracterizam cargo público e são cometidas a detentor de função pública nos
casos e forma previstos em lei.
Art. 7º - Função gratificada é a instituída em lei para atender ao exercício de atividades que
não justifiquem a criação de cargos específicos.
Parágrafo único - As funções gratificadas são todas de recrutamento limitado.
Art. 8º - É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 13 - Enquanto houver candidato aprovado em concurso público anterior, cujo prazo de
validade ainda não se tenha expirado, não poderá haver nomeação de aprovado em outro
concurso para o mesmo cargo.
SEÇÃO III
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 14 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório pelo período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua
aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguintes fatores:
I - assiduidade e pontualidade;
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II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V - responsabilidade;
VI - respeito e compromisso para com a instituição;
VII - aptidão funcional;
VIII - relações humanas no trabalho.
§ 1º - Doze meses antes de findo o estágio probatório, a avaliação de desempenho do servidor,
realizada de acordo com o que dispuser o regulamento, será submetida à homologação da
autoridade competente, sem prejuízo da continuidade da apuração dos fatores enumerados
nos incisos deste artigo.
§ 2º - Uma vez demonstrada aptidão funcional, no prazo de que trata o parágrafo anterior, o
servidor, 4 (quatro) meses antes do término do estágio, será submetido a avaliação final e,
aprovado, terá homologado o estágio probatório.
§ 3º - A avaliação de desempenho será promovida por Comissão Especial instituída para essa
finalidade.
§ 4º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, assegurando ao servidor o contraditório e a
ampla defesa.
CAPÍTULO III
PROMOÇÃO
Art. 15 - A promoção é disciplinada em lei que disponha sobre Quadro de Pessoal, Plano de
Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Município de Montes Claros.
CAPÍTULO IV
DA REINTEGRAÇÃO
CAPÍTULO V
DA RECONDUÇÃO
Art. 17 - Recondução é o retorno do servidor efetivo e estável ao cargo anteriormente ocupado
e decorrerá de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo.
Parágrafo único - Se o cargo anteriormente ocupado estiver provido, o servidor será colocado
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até a ocorrência de
vaga.
CAPÍTULO VI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
CAPÍTULO VII
DA REVERSÃO
Art. 22 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado por invalidez reingressa no serviço público,
após verificação por junta médica oficial de que não subsistem os motivos determinantes da
aposentadoria.
§ 1º - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício.
§ 2º - O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de 70 (setenta) anos de
idade.
§ 3º - Será cassada a aposentadoria do servidor que, após a reversão, não entrar em exercício
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação do respectivo ato.
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Art. 24 - O servidor que retornar à atividade, após a cessação dos motivos que causaram a sua
aposentadoria por invalidez, terá direito à contagem do tempo relativo ao período de
afastamento para todos os fins, salvo para promoção.
CAPÍTULO VIII
DOS ATOS COMPLEMENTARES
SEÇÃO I
DA POSSE
Art. 25 - Posse é o ato que investe o cidadão no cargo público para o qual foi nomeado.
§ 1º - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo e preenchimento dos requisitos
exigidos para o provimento do cargo a ser ocupado.
§ 2º - O cidadão prestará, no ato da posse, o compromisso de cumprir fielmente os deveres e
atribuições inerentes ao cargo.
§ 3º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de
nomeação, podendo esse prazo ser prorrogado por igual período, mediante solicitação
fundamentada do interessado e despacho da autoridade competente.
§ 4º - A posse poderá ocorrer mediante procuração específica.
§ 5º - No ato da posse, o cidadão apresentará declaração de bens que constituam seu
patrimônio e declarará o exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 6º - Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nos prazos previstos
no § 3º deste artigo e nos parágrafos do artigo 26 desta Lei.
SEÇÃO II
DO EXERCÍCIO
Art. 27 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.
§ 1º - É de 10 (dez) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contado da data da posse,
no caso de nomeação, e da data de publicação do ato, nos demais casos de provimento.
§ 2º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no
parágrafo anterior.
§ 3º - Cabe à autoridade competente do órgão para onde for designado o servidor dar-lhe
exercício.
Art. 28 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no
assentamento individual do servidor.
TÍTULO III
DA MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DA REMOÇÃO
Art. 30 - Remoção é o deslocamento do servidor de uma para outra secretaria ou de uma para
outra unidade dentro da mesma secretaria, a pedido ou de ofício, podendo dar-se sob a forma
de permuta.
§ 1º - Ao servidor efetivo em estágio probatório e ao detentor de função pública não se
concederá remoção a pedido.
§ 2º - A remoção do servidor de uma secretaria para outra, dar-se-á por ato do Secretário
Municipal de Administração, ouvidos os titulares das respectivas pastas.
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CAPÍTULO III
DA REDISTRIBUIÇÃO
CAPÍTULO IV
DA DISPOSIÇÃO
Art. 32 - Disposição é a cessão do servidor para ter exercício, por prazo determinado, em
órgão ou entidade diversa do quadro em que se encontrar lotado seu cargo, observada a
conveniência do serviço.
CAPÍTULO V
DA READAPTAÇÃO
TÍTULO IV
DO TEMPO DE SERVIÇO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 36 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Parágrafo único - Serão computados os dias de efetivo exercício, à vista de documentação
própria, especialmente registro de freqüência e folha de pagamento.
Art. 37 - São considerados de efetivo exercício os afastamentos do servidor por motivo de:
I - férias regulamentares;
II - casamento, por 8 (oito) dias consecutivos;
III - falecimento do cônjuge ou companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,
menor sob guarda ou tutela, por 5 (cinco) dias consecutivos;
IV - falecimento de sogro, sogra, genro e nora, irmãos, avós e netos, por 3 (três) dias
consecutivos;
V - exercício de cargo em comissão em órgãos do Poder Executivo Municipal;
VI - exercício de cargo em comissão em órgãos ou entidades dos poderes da União e do
Estado;
VII - convocação para serviço militar;
VIII - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
IX - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
X - licença ao servidor acidentado em serviço ou acometido de doença profissional,
XI - licença para tratamento de saúde;
XII - licença à gestante, à adotante e em razão da paternidade;
XIII - missão ou estudo de interesse da administração, em outros pontos do território nacional
ou no exterior, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Prefeito
Municipal, com ônus para os cofres públicos municipais;
XIV - no dia do seu aniversário;
XV - por 1 (um) dia ao mês, em caso de doação de sangue;
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Parágrafo único - Na hipótese dos incisos VI, VII e IX, o tempo de serviço não será considerado
para promoção.
CAPÍTULO II
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 43 - Salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento, é vedado dispensar
o servidor do registro diário do ponto, abonar faltas ou reduzir-lhe a jornada de trabalho.
Parágrafo único - A infração do disposto no artigo anterior determinará a responsabilidade da
autoridade que tiver expedido a ordem ou que a tiver consentido, sem prejuízo da ação
disciplinar cabível.
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TÍTULO V
DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 45 - A vacância de cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - aposentadoria;
V - posse em outro cargo inacumulável;
VI - falecimento.
CAPÍTULO II
DA EXONERAÇÃO
CAPÍTULO III
DA DEMISSÃO
Art. 48 - A demissão será aplicada como penalidade, observado o disposto nesta Lei.
CAPÍTULO IV
DA APOSENTADORIA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 51 - A aposentadoria compulsória terá vigência a partir do dia imediato àquele em que o
servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo.
Art. 52 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do
respectivo ato.
§ 1º - No caso de aposentadoria voluntária, é assegurado ao servidor afastar-se da atividade, a
partir da data do requerimento da aposentadoria, e sua não-concessão importará a reposição
do período de afastamento.
§ 2º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença para tratamento de saúde e a
publicação do ato de aposentadoria por invalidez será considerado como de prorrogação da
licença.
SEÇÃO II
DA RENÚNCIA À APOSENTADORIA
CAPÍTULO V
DA PENSÃO
Art. 55 - Por morte do servidor ou do aposentado, os seus dependentes fazem jus a pensão
mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do
óbito.
§ 1º - O direito ao benefício da pensão por morte não prescreverá, mas prescreverão as
prestações respectivas não reclamadas no prazo de 5 (cinco) anos contados da data em que
forem devidas.
§ 2º - A pensão distingue-se, quanto à sua natureza, em vitalícia e temporária, e se extinguirá,
em ambos os casos, com a cessação do motivo que lhe tenha dado causa, conforme disposto
em lei específica.
Parágrafo único - A pensão vitalícia é devida ao cônjuge ou ao dependente incapaz, e a
pensão temporária é devida aos demais dependentes.
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TÍTULO VI
DOS DIREITOS, DAS VANTAGENS E DAS CONCESSÕES
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 56 - Vencimento é a retribuição pecuniária fixada em lei, a que tem direito o servidor pelo
exercício de cargo público.
Parágrafo único - A fixação dos padrões de vencimento observará a natureza, o grau de
responsabilidade, a complexidade, os requisitos para investidura e as peculiaridades dos
cargos.
Art. 57 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes ou temporárias estabelecidas em lei.
§ 1º - O vencimento do cargo e emprego público é irredutível, observado o disposto no art. 37,
inciso XV da Constituição Federal e no § 2º do artigo 23 da Lei Complementar nº 101, de 4 de
maio de 2000.
§ 2º - A remuneração dos servidores somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica,
assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Art. 59 - Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração ou provento.
Parágrafo único - Poderá haver consignação em folha de pagamento, mediante autorização do
servidor, nos termos de regulamento.
Art. 61 - O débito com o erário, de servidor que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua
aposentadoria ou disponibilidade cassadas, será deduzido de seu crédito financeiro com o
Município, devendo o saldo devedor, se houver, ser quitado dentro de 60 (sessenta) dias, sob
pena de sua inscrição em dívida ativa.
Art. 63 - Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, pelo exercício do cargo ou função,
vencimento inferior ao salário mínimo vigente no País, observada a jornada normal de trabalho.
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
SEÇÃO II
DAS INDENIZAÇÕES
SUBSEÇÃO I
DAS DIÁRIAS
SUBSEÇÃO II
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 70 - O servidor que, a serviço, afastar-se da sede do Município fará jus às passagens
necessárias para o seu deslocamento.
Parágrafo único - Poderá ser concedida indenização ao servidor que realizar despesas com
transporte para a execução de serviços fora da sede, em situações inadiáveis e excepcionais,
conforme se dispuser em regulamento.
SEÇÃO III
DO ABONO-FAMÍLIA
Art. 73 - Quando pai e mãe forem servidores públicos, o abono-família será pago a um deles,
e, se separados, as cotas a que faziam jus serão atribuídas àquele a cujo cargo ficar a guarda
do dependente.
Parágrafo único - Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto e a madrasta, e, na falta deles, os
representantes legais dos incapazes.
Art. 74 - O abono-família não está sujeito a quaisquer tributos, nem servirá de base para
qualquer contribuição, inclusive para a seguridade social.
SEÇÃO IV
DAS GRATIFICAÇÕES
SEÇÃO V
DOS ADICIONAIS
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SUBSEÇÃO II
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 81 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por
cento) em relação ao valor da hora normal de trabalho.
§ 1º - Somente será permitido serviço extraordinário mediante autorização do Prefeito, através
de Portaria, para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo
de 2 (duas) horas diárias, podendo ser prorrogado por igual período, diante de situações
inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízos irreparáveis.
§ 2º - O adicional por serviço extraordinário não integra a remuneração, nem serve de base de
cálculo para nenhum efeito, salvo nos casos em que a lei dispuser em contrário.
§ 3º - Não poderá receber gratificação por serviço extraordinário:
I - o ocupante de cargo em comissão ou função gratificada;
II - o servidor que, por qualquer motivo, não se encontre no exercício do cargo.
SUBSEÇÃO III
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 82 - O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de
um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora normal de trabalho acrescido de
25% (vinte e cinco por cento).
Legislação Municipal 20
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SUBSEÇÃO IV
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
Art. 83 - Será pago ao servidor, por ocasião das férias, adicional correspondente a 1/3 (um
terço) da remuneração mensal.
SEÇÃO VI
DE OUTRAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS
Art. 84 - O servidor poderá receber, além das previstas nesta Lei, as seguintes vantagens
pecuniárias, de acordo com regulamento:
a) pelo exercício de docência ou de função auxiliar em programa de desenvolvimento de
recursos humanos, desde que não correspondam às atribuições específicas do cargo ocupado;
b) pela elaboração de trabalhos técnicos de especial interesse do serviço público municipal,
desde que não correspondam às atribuições específicas do cargo ocupado;
c) pela participação em órgão de deliberação coletiva.
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS
Art. 85 - O servidor gozará, por ano, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos de férias,
sem prejuízo da remuneração.
Art. 86 - O pagamento do adicional de 1/3 (um terço) de que trata o artigo 83 desta Lei, será
efetuado juntamente com a remuneração relativa ao mês imediatamente anterior ao do gozo
das férias.
Art. 87 - O servidor que opere, direta e permanentemente, com raio X ou substância
radioativa, gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias por semestre de atividade profissional,
proibida em qualquer hipótese a acumulação.
Art. 88 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de superior interesse
público.
Art. 89 - O servidor transferido quando em gozo de férias não será obrigado a apresentar-se
antes de terminá-las.
Art. 90 - Em caso de exoneração ou demissão do servidor, ser-lhe-á paga a remuneração
correspondente ao período de férias, cujo direito tenha adquirido.
CAPÍTULO IV
DOS AFASTAMENTOS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO
Art. 92 - O servidor investido em cargo de provimento em comissão da administração direta,
fica automaticamente afastado do exercício de seu cargo efetivo ou função pública, enquanto
durar o comissionamento.
SEÇÃO III
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
Art. 93 - Ao servidor público da administração direta, autárquica ou fundacional investido em
mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato federal ou estadual, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador:
Legislação Municipal 22
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SEÇÃO IV
DO AFASTAMENTO PARA ATIVIDADE POLÍTICO-PARTIDÁRIA
Art. 94 - O afastamento do servidor que se candidatar a cargo eletivo observará o que dispuser
a legislação eleitoral.
Parágrafo único - Configurada fraude no afastamento de que trata o artigo, o servidor devolverá
aos cofres públicos a remuneração que tenha recebido durante o afastamento, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis.
CAPÍTULO V
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 100 - Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, por motivo de
doença, acidente em serviço ou moléstia profissional, a pedido ou de ofício, com base em
perícia médica, sem prejuízo da remuneração, e pelo prazo indicado no laudo ou atestado
médico oficiais.
§ 1º - Em qualquer hipótese, é indispensável, para a concessão da licença, a inspeção médica.
§ 2º - Estando o servidor impossibilitado de locomover-se, a inspeção médica será realizada
em sua residência ou no hospital onde esteja em tratamento.
§ 3º - O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer
atividade remunerada, sob pena de ter cassada a licença.
§ 4º - O exame para a concessão da licença será feito por médico credenciado pelo Município.
§ 5º - O atestado ou laudo passado por médicos do trabalho só produzirá efeitos depois de
homologado pela Secretaria Municipal de Administração.
§ 6º - As licenças superiores a 15 (quinze) dias dependerão de exame do servidor por médico
do Instituto de Previdência ao qual estiver vinculado.
§ 7º - No curso da licença, poderá o servidor requerer exame médico, caso se julgue em
condições de reassumir o exercício.
§ 8º - Considerado apto em exame médico, o servidor licenciado assumirá o exercício de suas
funções, sob pena de se apurarem, como faltas injustificadas, os dias de ausência.
§ 9º - A licença a servidor acometido de doença prevista no § 9º do art. 49 desta lei será
concedida com base nas conclusões da medicina especializada, quando o exame médico não
concluir pela concessão imediata da aposentadoria.
SEÇÃO III
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 102 - O servidor poderá obter licença por motivo de doença na pessoa de pai, mãe, filho,
enteado, irmão, cônjuge ou companheiro, mediante laudo médico oficial e comprovação da
necessidade de sua assistência pessoal e permanente.
§ 1º - A licença de que trata este artigo será concedida sem remuneração.
Legislação Municipal 24
DEFINITIVO CONCURSOS
§ 2º - Havendo mais de um servidor da mesma família com direito à licença de que trata o
artigo, esta será concedida a apenas um deles ou, alternadamente, a um e outro.
§ 3º - Quando a pessoa da família do servidor se encontrar em tratamento fora do Município
permitir-se-á o exame médico por profissionais pertencentes ao quadro de servidores federais,
estaduais ou municipais da localidade.
§ 4º - O servidor que obtiver a licença prevista neste artigo somente poderá obter nova licença
decorridos 12 (doze) meses do término da anterior.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA LICENÇA-PATERNIDADE
Art. 103 - Será concedida licença à servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
§ 1º - A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação
por prescrição médica.
§ 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a contar do parto.
§ 3º - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a
exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 4º - No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de
licença remunerada.
Art. 104 - Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de
5 (cinco) dias consecutivos.
Art. 105 - Para amamentar o próprio filho até a idade de seis meses, a servidora lactante terá
direito, durante a jornada de trabalho, a intervalo de 30 (trinta) minutos por turno.
Art. 106 - À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade
serão concedidos 60 (sessenta) dias de licença remunerada.
Parágrafo único - No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano e
menos de 6 (seis) anos de idade, o prazo de que trata este artigo será de 15 (quinze) dias.
SEÇÃO V
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
Art. 107 - Ao servidor que for convocado para o serviço militar e outros encargos da
segurança nacional será concedida licença com vencimentos ou remuneração integrais.
§ 1º - A licença será concedida mediante comunicação, por escrito, do servidor ao chefe ou
diretor da repartição de lotação, acompanhada de documento oficial que comprove a
incorporação.
§ 2º - Dos vencimentos ou remuneração, descontar-se-á a importância que o servidor perceber
na condição de incorporado, salvo se optar pelo soldo do serviço militar.
Legislação Municipal 25
DEFINITIVO CONCURSOS
Art. 108 - Ao servidor oficial da reserva das forças armadas será também concedida licença,
com vencimentos ou remuneração integrais, durante os estágios previstos nos regulamentos
militares, quando não perceber qualquer vantagem pecuniária pela convocação.
Parágrafo único - Quando o estágio for remunerado, assegurar-se-á ao servidor o direito de
opção.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 109 - Ao servidor estável poderá ser concedida, a critério da Administração, licença sem
remuneração, para tratar de interesses particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos
consecutivos, prorrogável por igual período.
§ 1º - Protocolado o requerimento, devidamente instruído, o servidor deverá aguardar em
exercício, por 15 (quinze) dias consecutivos, a concessão da licença.
§ 2º - Vencido o prazo previsto no parágrafo anterior e não publicado o respectivo ato, o
servidor será liberado, sem remuneração, pelo período solicitado.
Art. 110 - A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no
interesse do serviço.
Art. 111 - A concessão de nova licença somente ocorrerá após decorrido período de efetivo
exercício igual ou superior ao da licença anterior.
Art. 112 - Não se concederá licença ao servidor:
I - que esteja sujeito a indenização ou devolução aos cofres públicos;
II - na condição de ocupante de cargo de provimento em comissão, salvo se requerer
exoneração;
III - que esteja respondendo a processo administrativo disciplinar.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE OU COMPANHEIRO
Art. 113 - Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar o cônjuge ou
companheiro que, servidor público, for mandado servir, independentemente de solicitação, em
outro ponto do Estado, do território nacional ou no exterior, ou quando for cumprir mandato
eletivo.
§ 1º - A licença será concedida sem remuneração, mediante pedido devidamente instruído, e
vigorará pelo prazo de até 2 (dois) anos.
Legislação Municipal 26
DEFINITIVO CONCURSOS
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO SINDICAL OU REPRESENTAÇÃO
Art. 114 - É assegurado ao servidor o direito à licença para o exercício de mandato eletivo em
diretoria de entidade sindical da categoria do servidor público de âmbito municipal, sem
prejuízo da remuneração de seu cargo, na forma de regulamento.
§ 1º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção nas referidas
entidades, até o máximo de 2 (dois) por entidade.
§ 2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de
reeleição.
CAPÍTULO VI
DA ESTABILIDADE
CAPÍTULO VII
DAS CONCESSÕES
Art. 118 - Ao servidor estudante poderá ser concedido horário especial, quando comprovada a
incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício das
atribuições do cargo, obedecidas as seguintes condições:
I - deverá apresentar ao Setor de Pessoal atestado fornecido pelo estabelecimento de ensino,
comprovando a matrícula e declarando o horário das aulas;
II - deverá apresentar, mensalmente, atestado de freqüência, fornecido pelo estabelecimento
de ensino;
III - manterá em dia e em boa ordem os trabalhos que lhe forem confiados.
TÍTULO VII
DO DIREITO DE PETIÇÃO E DOS RECURSOS
CAPÍTULO I
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 119 - É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de
direito ou interesse legítimo.
Art. 120 - O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado
por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 121 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a primeira decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo único - O prazo para interposição do pedido de reconsideração é de 15 (quinze) dias
a contar da publicação ou da ciência da decisão.
Art. 125 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
CAPÍTULO II
DOS RECURSOS
Art. 129 - O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade
competente, caso em que, provido, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 130 - São improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Título, salvo motivo de força
maior.
TÍTULO VIII
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS RESPONSABILIDADES
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 131 - São deveres do servidor, além dos que lhe cabem em virtude de seu cargo ou
função e dos que decorrem, em geral, da sua condição de agente público:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 135 - O servidor que acumular licitamente 2 (dois) cargos, empregos ou funções, quando
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos, podendo optar pela
remuneração destes ou a do comissionamento.
Art. 136 - O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto se já for
ocupante de um deles, situação em que poderá ser designado para exercer, interinamente,
outro cargo em comissão, sem prejuízo de suas atribuições, devendo optar pela remuneração
de um dos cargos, durante o período de interinidade.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 137 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.
Art. 138 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na
forma prevista no artigo 61 na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela
via judicial.
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda
Pública, em ação regressiva.
§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada,
até o limite do valor da respectiva herança.
Art. 139 - A sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo
independentes entre si.
Legislação Municipal 32
DEFINITIVO CONCURSOS
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 141 - São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão ou função gratificada.
Art. 142 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
§ 1º - São circunstâncias atenuantes:
I - o bom desempenho anterior dos deveres funcionais;
II - a confissão espontânea da infração;
III - a prestação de serviços considerados relevantes por lei;
IV - a provocação injusta de superior hierárquico.
§ 2º - São circunstâncias agravantes:
I - a reincidência da infração;
II - a acumulação de infrações;
III - o cometimento da infração durante o cumprimento de pena disciplinar;
IV - a combinação com outros indivíduos para a prática da infração.
§ 3º - Outros atenuantes e agravantes não previstos nos parágrafos anteriores poderão ser
considerados na aplicação das penalidades, a critério da autoridade competente.
Art. 143 - A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do artigo 132, incisos I a VIII, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 144 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência ou de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder a 60 (sessenta) dias.
Legislação Municipal 33
DEFINITIVO CONCURSOS
Art. 153 - Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao serviço por
mais de 30 (trinta) dias consecutivos, ou 90 (noventa) intercalados em um ano.
Art. 154 - Considera-se desidiosa a conduta reveladora de negligência no desempenho das
atribuições e a transgressão habitual dos deveres de assiduidade e pontualidade.
Art. 155 - O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa
da sanção disciplinar.
Art. 156 - As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Prefeito Municipal, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade de servidor vinculado a órgão abrangido por esta Lei;
II - pelo Secretário Municipal de Administração, quando a aplicação da penalidade decorrer de
processo administrativo que tenha tramitado pela Corregedoria;
III - pelo Secretário Municipal, quando se tratar de suspensão superior a 15 (quinze) dias,
ressalvado o disposto no inciso anterior;
IV - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquela mencionada
no inciso III, quando se tratar de advertência ou suspensão de até 15 (quinze) dias, excetuada
a hipótese prevista no inciso II;
V - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão.
Art. 157 - A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares
capituladas também como crime.
§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a
prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
§ 4º - Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que
cessar o motivo que lhe tenha dado causa.
Legislação Municipal 35
DEFINITIVO CONCURSOS
TÍTULO IX
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 158 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
providenciar a sua apuração imediata, mediante comunicado ao órgão correicional, para fins de
instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado
ampla defesa.
Art. 159 - Como medida cautelar e a fim de que não venha a influir na apuração da
irregularidade, o servidor, por solicitação do titular do órgão correicional, poderá ser afastado
do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão
os seus efeitos, ainda que não concluído o processo ou encerrada a sindicância.
Art. 161 - Ao titular do órgão correicional e aos membros das comissões processantes é
assegurada ampla garantia no exercício de suas atribuições, incorrendo em falta grave,
passível de suspensão ou demissão, o servidor que, por qualquer meio, obstar-lhes
dolosamente o andamento dos trabalhos ou incorrer em atitude de ofensa ou desrespeito em
relação a qualquer deles.
CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA
Art. 164 - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em
comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
Art. 165 - Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar como peça informativa da
instrução.
Parágrafo único - Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está
capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao
Ministério Público, independentemente da instauração do processo disciplinar.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 169 - O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores
estáveis, designados pelo titular do órgão correicional, que indicará, dentre eles, o seu
presidente.
§ 1º - Da comissão de que trata o artigo, não poderão participar cônjuge, companheiro ou
parente do indiciado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
§ 2º - O titular do órgão correicional poderá requisitar servidores estáveis para integrar
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, sem prejuízo da remuneração.
Art. 171 - Os membros da comissão dedicarão todo o seu tempo aos trabalhos da mesma,
ficando, por isso, automaticamente dispensados do serviço de sua repartição, sem prejuízo da
remuneração decorrente do exercício, até entrega do relatório final.
Art. 172 - O prazo para conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias,
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação
por mais 30 (trinta) dias por motivo de força maior.
Art. 175 - O presidente da comissão mandará citar o indiciado para prestar depoimento
pessoal, em dia e hora designados.
§ 1º - A citação se fará pessoalmente, ou por via postal com aviso de recebimento.
§ 2º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado
por 3 (três) vezes no órgão oficial, no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 3º - Entre a expedição da carta de citação e o depoimento pessoal mediará prazo não inferior
a 15 (quinze) dias.
Art. 176 - Prestado o depoimento pessoal, abrir-se-á vista ao indiciado, pelo prazo de 15
(quinze) dias, para, querendo, apresentar defesa prévia.
Parágrafo único - Na defesa prévia poderá o indiciado, sob pena de preclusão:
I - arrolar testemunhas até o número de 3 (três);
II - juntar documentos;
III - requerer perícia;
IV - requerer diligências que entender necessárias.
Legislação Municipal 38
DEFINITIVO CONCURSOS
Art. 177 - Será dado defensor dativo, de preferência bacharel em direito, ao indiciado que não
comparecer para o depoimento pessoal ou que, comparecendo, assim o requerer, procedendo-
se de conformidade com o disposto no artigo anterior.
Art. 178 - Apresentado o rol de testemunhas, estas serão chamadas a depor mediante carta de
intimação, expedida pelo presidente da comissão, cuja segunda via será anexada aos autos.
§ 1º - Se a testemunha for servidor público, a intimação será comunicada à sua chefia imediata,
com a indicação do dia e hora marcados para o depoimento.
§ 2º - A testemunha que, servidor público, não atender, injustificadamente à intimação para
depor, perderá a remuneração do dia, sem prejuízo da penalidade a que se sujeitar, em virtude
da infrigência do disposto no inciso V, da alínea "c" do artigo 133 desta Lei.
Art. 179 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, vedado à testemunha
trazê-lo por escrito.
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, facultando-se ao procurador do
indiciado ou a seu defensor dativo reinquiri-las por intermédio do presidente da comissão.
§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios, poderá o presidente da comissão, de ofício
ou a requerimento do indiciado, proceder à acareação entre os depoentes.
Art. 180 - Concluída a instrução, o indiciado será intimado para, no prazo de 10 (dez) dias,
oferecer razões finais de defesa.
Art. 181 - Após as razões finais de defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, em que
resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar
a sua convicção.
§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§ 2º - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou
regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
§ 3º - Se a conclusão do relatório não se der por unanimidade, o voto vencido poderá ser a ele
anexado.
§ 4º - A comissão deverá, no relatório, sugerir quaisquer providências que lhe pareçam de
interesse público.
Art. 182 - O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade
competente, para julgamento.
Art. 183 - Ressalvada a carta de citação de que trata o artigo 175, as intimações previstas
neste Título se farão na pessoa do procurador constituído, do defensor dativo ou do indiciado.
Legislação Municipal 39
DEFINITIVO CONCURSOS
Art. 184 - O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido,
ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da
penalidade, acaso aplicada.
CAPÍTULO IV
DO JULGAMENTO
Art. 186 - Recebido o relatório, a autoridade julgadora poderá acatá-lo ou, motivadamente,
agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar de responsabilidade o indiciado.
Art. 188 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro
do fato nos assentamentos individuais do servidor.
Parágrafo único - A autoridade julgadora que der causa à extinção da punibilidade pela
prescrição será responsabilizada na forma da lei.
CAPÍTULO V
DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 189 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido do
interessado, desde que se aduzam fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do punido, a revisão do processo
poderá ser requerida pelo cônjuge ou qualquer parente em linha ascendente, descendente ou
colateral, até terceiro grau.
§ 2º - No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo
curador.
Art. 191 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
TÍTULO X
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
CAPÍTULO I
DA CONTRATAÇÃO DE CARÁTER EXCEPCIONAL
Art. 196 - Para atender a necessidade de excepcional interesse público, poderá haver,
mediante autorização do Prefeito, contratação de pessoal por prazo determinado, sob a forma
de contrato de direito administrativo, caso em que o contratado não será considerado servidor
público.
Art. 197 - Consideram-se de necessidade de excepcional interesse público as contratações
que visem a:
I - combater surtos epidêmicos;
II - fazer recenseamento;
III - atender a situações de calamidade pública;
IV - permitir a execução de serviços técnicos por profissional de notória especialização,
inclusive estrangeiro;
V - suprir necessidades excepcionais, transitórias e inadiáveis que, por sua natureza e
interesse público relevante, possam gerar situações de calamidade ou prejuízo ao cidadão, em
Legislação Municipal 41
DEFINITIVO CONCURSOS
CAPÍTULO II
DOS ESTAGIÁRIOS
Art. 199 - Para o desempenho de atividades auxiliares, poderá o Município admitir estagiários,
por prazo de 12 (doze) meses, prorrogável por igual período, mediante convênio com
instituições educacionais.
§ 1º - Os estagiários deverão estar matriculados em escolas oficiais ou reconhecidas pelo
governo.
§ 2º - Os estudantes de nível médio poderão estar cursando qualquer ano, sendo que os
estudantes de nível superior deverão estar matriculados e cursando um dos 3 (três) últimos
anos do respectivo curso.
Art. 200 - Ficam criadas 200 (duzentas) vagas para a admissão de estagiários, sendo 80
(oitenta) destinadas a estudantes de ensino médio e 120 (cento e vinte) destinadas a
estudantes de nível superior.
Art. 201 - O exercício das funções dos estagiários deve guardar correlação entre a área de
estudo e as atividades próprias das unidades administrativas de designação.
Art. 202 - Os estagiários serão indicados pelas instituições educacionais e poderão ser
submetidos a teste seletivo, a ser aplicado pela Secretaria Municipal de Administração e
Recursos Humanos.
Legislação Municipal 42
DEFINITIVO CONCURSOS
Art. 203 - A jornada de trabalho para o desempenho das atividades auxiliares será de 4
(quatro) horas, sendo que o horário de expediente será acertado entre o estagiário e a
administração, observada a compatibilidade com o horário escolar.
Art. 204 - A administração municipal poderá conceder aos estagiários auxílio financeiro, a título
de bolsa complementar educacional.
Parágrafo único - O auxílio financeiro, calculado sobre o menor vencimento pago pela
municipalidade, a título de bolsa complementar educacional será:
I - estagiário de ensino de nível superior, 100% (cem por cento);
II - estagiário de ensino de nível médio, 60% (sessenta por cento).
Art. 205 - O Município poderá conceder o auxílio transporte ao estagiário nos termos do
regulamento.
Art. 207 - Aplicam-se aos estagiários, durante o período de estágio, os deveres, proibições e
normas disciplinares a que estão sujeitos os servidores públicos municipais.
Art. 208 - A admissão do estagiário será firmada por Termo de Compromisso de Estágio, com
a interveniência da escola, e não caracteriza vínculo empregatício com o Município na
definição da Lei Federal nº 6.494/77, com a redação dada pela Lei nº 8.859/94.
Art. 209 - O estagiário poderá ser dispensado a qualquer tempo por ato do Secretário
Municipal de Administração, a pedido, ou mediante representação motivada do Secretário
Municipal da Pasta onde estiver em exercício.
Art. 210 - Ao término do estágio, será expedido certificado pelo Secretário Municipal de
Administração, quanto ao período, desempenho e assiduidade do estagiário.
Legislação Municipal 43
DEFINITIVO CONCURSOS
CAPÍTULO III
DA RESERVA DE VAGAS PARA AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA
Art. 211 - Em todos os Concursos Públicos para provimento de cargo de provimento efetivo do
quadro de pessoal da Administração Direta e Indireta do Município de Montes Claros serão
reservados 10% (dez por cento) do número de vagas para as pessoas portadoras de
deficiência, salvo quanto aos cargos para os quais a Lei exija aptidão plena.
Art. 212 - Considera-se pessoa portadora de deficiência, para os fins desta Lei, aquela que
apresenta, em caráter permanente, perda ou anormalidade de natureza psicológica, fisiológica
ou anatômica, que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão
considerado normal para o ser humano, desde que conceituada na medicina especializada de
acordo com os padrões mundialmente estabelecidos.
Art. 213 - Os órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo aplicarão provas
especiais para o preenchimento das vagas reservadas, nos termos desta Lei.
§ 1º - No ato da inscrição, o candidato portador de deficiência é obrigado a declará-la e, em
caso de declaração falsa, confirmada em qualquer fase do concurso, poderá sofrer
conseqüências legais decorrentes.
§ 2º - O candidato deficiente, no ato da inscrição, caso seja necessário, deverá solicitar
condições especiais para se submeter às provas e demais exames previstos no Edital.
Art. 214 - Os candidatos portadores de deficiência, aprovados em concurso público, terão seus
nomes publicados em lista à parte.
Art. 215 - Caso o número de candidatos portadores de deficiência aprovados seja menor do
que o número de vagas reservadas aos mesmos, as remanescentes serão ocupadas pelos
demais concorrentes, obedecida a ordem de classificação.
CAPÍTULO IV
DOS TÍTULOS PARA FINS DE CONCURSO PÚBLICO
Art. 219 - Aos servidores públicos do Município de Montes Claros considerados estáveis, nos
termos do artigo 19, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal, serão atribuídos 20 (vinte) pontos, para efeito de classificação, a Título de
Estabilidade, desde que tenham conseguido o mínimo de pontos exigidos para aprovação no
concurso.
Art. 220 - O tempo de serviço público prestado à administração direta ou indireta da União,
Estados e Municípios será contado como Título de Experiência, para efeito de classificação em
concurso público, aos candidatos não alcançados pelo disposto no artigo anterior, observado o
seguinte:
I - o tempo de serviço na função específica do cargo ou emprego a que estiver concorrendo
será contado à base de 4 (quatro) pontos por ano completo de efetivo exercício ou fração
superior a seis meses, até o limite de 20 (vinte) pontos.
II - o tempo de serviço em função diferente do cargo ou emprego a que estiver concorrendo
será contado à base de 3 (três) pontos por ano completo de efetivo exercício ou fração superior
a seis meses, até o limite de 20 (vinte) pontos.
Parágrafo único - A um mesmo candidato poderão ser atribuídos pontos pelos dois critérios dos
incisos anteriores, respeitado, todavia, o limite de 20 (vinte) pontos, para fins tão-somente de
classificação.
Art. 221- Ao candidato a cargo ou emprego público de nível superior, detentor de diploma de
Pós-Graduação na área específica a que concorrer, serão atribuídos pontos a título de Pós-
Graduação, observado o seguinte:
I - Pós-Graduação "lato sensu" - Especialização: 5 (cinco) pontos;
II - Pós-Graduação "stricto sensu" - Mestrado: 10 (dez) pontos;
III - Pós-Graduação "stricto sensu" - Doutorado: 15 (quinze) pontos.
Parágrafo único - Os pontos atribuídos de acordo com os critérios deste artigo obedecerão ao
limite máximo de 15 (quinze) pontos, podendo, todavia, ser acumulados com os dos Títulos de
Estabilidade e de Experiência, para fins tão somente de classificação no concurso.
Art. 223 - Será considerado aprovado o candidato que alcançar o mínimo de 50% (cinqüenta
por cento) do total de pontos possíveis na prova de conhecimentos.
TÍTULO XI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 225 - A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
Art. 226 - O Município manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e seus
dependentes, assegurando a aposentadoria e pensão, nos termos do art. 40 da Constituição
Federal e da Lei Municipal nº 2.101/1993 - Instituto de Previdência dos Servidores do Município
de Montes Claros.
Art. 227 - Para atender ao disposto no artigo anterior, o Município instituirá contribuições dele
próprio e do servidor, para o custeio dos benefícios assegurados.
Art. 228 - Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas
que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.
Parágrafo único - Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união
estável como entidade familiar.
Art. 229 - O servidor investido em cargo de direção ou chefia poderá ter substituto indicado na
forma de regulamento.
Parágrafo único - O substituto fará jus à remuneração atribuída ao cargo em que se der a
substituição.
Art. 230 - Será assegurado ao servidor, quando no exercício do mandato de Prefeito Municipal,
o direito de optar pelo seu vencimento.
Art. 231 - Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição da República e da
Lei Orgânica do Município, o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos, dentre
outros delas decorrentes:
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto a
pedido;
Legislação Municipal 46
DEFINITIVO CONCURSOS
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das
mensalidades e contribuições definidas em assembléia geral da categoria, observado o
disposto no parágrafo único do artigo 59 desta Lei.
Art. 232 - É facultado ao Prefeito Municipal delegar competência para a prática de atos
administrativos.
Art. 233 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não
poderá ser privado de quaisquer direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem se
eximir do cumprimento de seus deveres.
Art. 234 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o
prazo que se iniciar ou vencer em dia em que não haja expediente.
Art. 235 - O Prefeito Municipal baixará, por Decreto, os regulamentos necessários à execução
da presente Lei.
Art. 236 - Fica garantida a contagem de tempo pra fins de concessão dos benefícios de
adicionais por tempo de serviço e de férias-prêmio, até 31 de dezembro de 2003.
Parágrafo Único - Ao servidor já efetivado, na data da publicação desta Lei, fica assegurado o
direito à percepção de adicional equivalente à sexta-parte do seu vencimento base, ao
completar 25(vinte e cinco) anos de serviço público municipal.
Hora do treino
QUESTÃO 01
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/COTEC FADENOR/2022
A Lei n.º 3.175, de 23 de dezembro de 2003, que aprovou o Estatuto do Servidor Público do
Município de Montes Claros (MG), estabelece que os cargos públicos de provimento em
comissão são de recrutamento amplo ou limitado.
Fonte: MONTES CLAROS. Lei n.º 3.175, de 23 de dezembro de 2003.
QUESTÃO 03
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/COTEC FADENOR/2022
Com base no direito de férias previsto na Lei 3.175/2003, que dispõe sobre o Estatuto do
Servidor Público do Município de Montes Claros, marque a afirmativa INCORRETA.
A) O servidor que opere, direta e permanentemente, com raios X ou substância radioativa,
gozará de 20 (vinte) dias consecutivos de férias por semestre de atividade profissional,
proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.
B) O servidor transferido, quando em gozo de férias, não será obrigado a apresentar-se antes
de terminá-las.
C) Uma vez iniciadas as férias não poderão ser interrompidas por motivo algum, ainda que haja
interesse público.
D) Em caso de exoneração ou demissão do servidor, ser-lhe-á paga a remuneração
correspondente ao período de férias, cujo direito tenha adquirido.
QUESTÃO 04
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/COTEC FADENOR
Com relação aos procedimentos legais para revisão do processo administrativo, descritos na
Lei 3.175/2003, que dispõe sobre o Estatuto do Servidor Público do Município de Montes
Claros, marque a alternativa INCORRETA.
A) No processo revisional, o ônus da prova caberá ao requerente quando a alegação for de
injustiça na aplicação da penalidade.
B) Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do punido, a revisão do processo
poderá ser requerida pelo cônjuge ou qualquer parente em linha ascendente, descente ou
colateral até o terceiro grau.
C) No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo
curador.
D) O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido do interessado, desde
que se aduzam fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou
a inadequação da penalidade aplicada.
Questão 05
INEDITA
Com base na Lei 3.175/2003, que dispõe sobre o Estatuto do Servidor Público do Município de
Montes Claros, marque a afirmativa CORRETA.
A) Servidor público: pessoa legalmente investida em cargo público municipal, em caráter de
contrato ou em comissão, ou detentora de função pública;
B) cargo público: conjunto de atribuições, responsabilidades, grau de escolaridade, com
denominação própria e número certo e respectivo vencimento, criado por lei.
Legislação Municipal 49
DEFINITIVO CONCURSOS
QUESTÃO 08
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/COTEC FADENOR/2022
Em uma conversa entre dois candidatos ao Processo Seletivo da Prefeitura Municipal de
Montes Claros para Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate à Endemia, com o
intuito de revisar a matéria já estudada, várias afirmativas foram realizadas sobre o Estatuto do
Servidor Público de Montes Claros (MG).
C) Pode o servidor público tomar posse por procuração com poderes específicos para a prática
do ato.
D) Pode o servidor aposentado por invalidez reingressar no serviço público, desde que não
subsistam mais os motivos para a aposentadoria.
E) Será de 24 (vinte e quatro) meses o prazo para avaliação do desempenho do servidor em
estágio probatório.
QUESTÃO 17
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/COTEC FADENOR/2020
Entende-se por readaptação:
Alternativas
A) A cessão de servidor para outro órgão ou ente federativo.
B) A atribuição ao servidor municipal de encargo compatível com a limitação física sofrida,
atendidas às especificações da Lei.
C) A redistribuição do servidor em razão da extinção de cargo público, por exemplo.
D) O deslocamento do servidor de uma para outra secretaria, ou de unidades entre a mesma
secretaria.
E) A aprovação do servidor para um segundo cargo acumulável.
QUESTÃO 18
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/COTEC FADENOR/2020
A penalidade administrativa de demissão NÃO se aplica:
Alternativas
A) Em caso de reincidência em falta penalizada com advertência.
B) Em razão de insubordinação grave em serviço.
C) Por força de acumulação ilegal de cargos.
D) Pela prática de ato lesivo à honra de particular, estando o servidor no exercício do cargo.
E) Em razão de aplicação irregular de verbas públicas.
QUESTÃO 19
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/COTEC FADENOR/2020
Em relação aos deveres dos servidores públicos municipais, NÃO se pode afirmar:
Alternativas
A) Tem o servidor dever de lealdade à instituição a que servir.
Legislação Municipal 54
DEFINITIVO CONCURSOS
Resolução Comentada
QUESTÃO 01
GABARITO = LETRA D
A questão exige letra da lei. Vejamos o que diz o art. 6°
Art. 6º - Os cargos públicos de provimento em comissão são de recrutamento amplo ou
limitado.
§ 1º - Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração.
§ 2º - Os cargos em comissão de recrutamento limitado e as funções gratificadas são providos
por servidor público efetivo ou detentor de função pública estável.
§ 3º - Os cargos em comissão de recrutamento amplo são providos por qualquer pessoa que
preencha os requisitos estabelecidos em lei.
§ 4º - Os cargos em comissão destinam-se, exclusivamente, às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.
Analisando cada item podemos concluir que:
I - Os cargos em comissão de recrutamento limitado e as funções gratificadas são providos por
servidor público contratado ou detentor de função pública estável. (FALSO)
O item I ficou errado, pois a lei fala de servidor público efetivo.
II - Os cargos em comissão de recrutamento amplo são providos por qualquer pessoa que
preencha os requisitos estabelecidos em lei. (CORRETO)
Exatamente o que diz a lei.
III - Os cargos em comissão destinam-se, exclusivamente, às atribuições de direção, chefia e
assessoramento. (CORRETO)
Exatamente o que diz a lei.
Logo as alternativas II e III estão corretas.
QUESTÃO 02
GABARITO = LETRA E
Veja o que diz a lei no art. 14
§ 4º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, assegurando ao servidor o contraditório e a
ampla defesa.
QUESTÃO 03
GABARITO = LETRA C
Lembre-se que o interesse público e sempre maior que o interesse privado
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QUESTÃO 09
GABARITO = LETRA A
Art. 70 - O servidor que, a serviço, afastar-se da sede do Município fará jus às passagens
necessárias para o seu deslocamento.
Parágrafo único - Poderá ser concedida indenização ao servidor que realizar despesas com
transporte para a execução de serviços fora da sede, em situações inadiáveis e excepcionais,
conforme se dispuser em regulamento.
QUESTÃO 10
GABARITO = LETRA D
Art. 14 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório pelo período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua
aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguintes fatores:
§ 4º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, assegurando ao servidor o contraditório e a
ampla defesa.
QUESTÃO 11
GABARITO = LETRA C
A Remoção é a mudança do servidor para outro local de trabalho, nesse caso não gera
vacância.
QUESTÃO 12
GABARITO = LETRA E
Art. 31 - Dar-se-á a redistribuição para ajustamento de quadro de pessoal às necessidades dos
serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão.
Parágrafo único - Nos casos de extinção de órgão, os servidores estáveis que não puderem ser
redistribuídos na forma deste artigo serão colocados em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu aproveitamento na forma prevista nesta Lei.
QUESTÃO 13
GABARITO = LETRA B
Art. 27 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.
§ 1º - É de 10 (dez) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contado da data da posse,
no caso de nomeação, e da data de publicação do ato, nos demais casos de provimento.
§ 2º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no
parágrafo anterior.
Legislação Municipal 59
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QUESTÃO 14
GABARITO = LETRA D
Art. 25 - Posse é o ato que investe o cidadão no cargo público para o qual foi nomeado.
§ 1º - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo e preenchimento dos requisitos
exigidos para o provimento do cargo a ser ocupado.
§ 2º - O cidadão prestará, no ato da posse, o compromisso de cumprir fielmente os deveres e
atribuições inerentes ao cargo.
§ 3º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de
nomeação, podendo esse prazo ser prorrogado por igual período, mediante solicitação
fundamentada do interessado e despacho da autoridade competente.
QUESTÃO 15
GABARITO = LETRA C
Art. 27 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.
A questão cobrou o conceito de Exercício.
QUESTÃO 16
GABARITO = LETRA E
Art. 14 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório pelo período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua
aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguintes fatores:
QUESTÃO 17
GABARITO = LETRA B
Art. 35 - Readaptação é o cometimento, ao servidor, de encargo compatível com a limitação
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica oficial e
específica.
QUESTÃO 18
GABARITO = LETRA A
Art. 144 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência ou de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder a 60 (sessenta) dias.
Art. 146 - A demissão será aplicada nos casos de:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - desídia no desempenho das respectivas funções;
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IV - improbidade administrativa;
V - incontinência de conduta na repartição ou fora dela, quando em serviço;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ato lesivo da honra ou ofensa física em serviço, a servidor ou a particular, salvo em
legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo de que se tenha o servidor apropriado em razão de suas atribuições;
X - lesão aos cofres públicos, ou dilapidação do patrimônio público;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos;
XIII - transgressão dos incisos IX a XIII do artigo 132.
QUESTÃO 19
GABARITO = LETRA D
Art. 131 - São deveres do servidor, além dos que lhe cabem em virtude de seu cargo ou função
e dos que decorrem, em geral, da sua condição de agente público:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por
sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações
de interesse pessoal;
c) às requisições dos órgãos de correição e de fiscalização e para defesa da Fazenda Pública;
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tenha ciência em
razão do cargo;
VII - zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da Prefeitura;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
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