0% acharam este documento útil (0 voto)
21 visualizações9 páginas

Gestão Escolar

Enviado por

Sr Braga
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOC, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
21 visualizações9 páginas

Gestão Escolar

Enviado por

Sr Braga
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOC, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 9

GESTÃO ESCOLAR

Processo histórico:

Segundo Libâneo (2007) a gestão escolar é um “sistema que une pessoas,


considerando o caráter intencional de suas ações e as interações sociais que
estabelece entre si e com o contexto sócio-político, nas formas democráticas
de tomada de decisões”

O caráter jurídico dos escritos do período colonial até o início do século XX, e
esses registros foram influenciados pelo direito romano e pela execução das
práticas curriculares sedimentadas, homogeneizantes. Assim, a administração
escolar seguia as regras da manutenção da ordem e direcionava suas ações
ao alcance do progresso, ela se dava em um modelo reducionista de condução
das práticas de administração escolar.

Escola Nova:

Se traduz em um movimento pedagógico, cujo objetivo era dar novos


contornos às práticas educativas no país, a visibilidade da administração da
escola também se refez. Esse marco escolanovista pretendia reconfigurar
todo o processo de ensino e aprendizagem nas unidades escolares. As
reflexões da Escola Nova refutavam toda e qualquer prática tradicional de
escolarização.

seria necessária a descentralização da figura do professor como único detentor


do conhecimento. Dessa forma, as aprendizagens ocorreriam considerando o
estudante como protagonista, e não mais o professor seria o centro do
processo de aprendizagem.

Nome importante, Anísio Teixeira, Querino Ribeiro e Lourenço Filho marcos


do debate educacional {(surgimento de uma racionalidade pedagógica
estruturada no viés de outras ciências. Ex: Aporte teórico (sociologia,
antropologia e psicologia).}

Começa a se fazer presente no Brasil a ideia da Reconstrução social pela


Reconstrução educacional.

Administração escolar: A administração é excessivamente hierárquica,


burocratizada e controladora, privilegiando a uniformidade, a disciplina e a
homogeneidade e dificultando qualquer aspecto que privilegie a criatividade, ou
se traduz em práticas de programas empresariais que regulam as ações com
foco no resultado imediatista.

O manifesto dos pioneiros

CF 88:
A CF 88 trás a luta dos movimentos populares para o alcance desses objetivos,
implicando na reorganização dos currículos escolares, na formação dos
professores e, principalmente, na abordagem e no surgimento da Gestão
Democrática.

Gestão Escolar:

Se conecta aos ideais associados a um contexto plural, de ações


interconectadas, de amplo alcance para todos que fazem parte do cenário
educacional, como por exemplo, são as que preveem o desenvolvimento da
cidadania, da democracia, dos valores humanos, e atividades que consideram
o sentido mais amplo da palavra política e o gerenciamento social. Neste
sentido, a palavra gestão em sua lógica "é caracterizada pelo reconhecimento
da importância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas
decisões sobre a orientação, a organização e o planejamento do trabalho"

Nos dias atuais, o cenário educacional necessita ser visto como espaço para a
criação, contradição, surgimento de novos conhecimentos, sem deixar de lado
sua ligação com o cenário político, social, econômico e cultural do nosso país.

CF 88 artigo 206 ensino ministrado segundo os princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e
o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da
lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos da lei federal (CF, 1988).

A CF de 1988 define sobre PNE, em seu artigo 214:


A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o
objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração
e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para
assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos
níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes
públicos das diferentes esferas federativas (CF, 1988).

O primeiro PNE foi aprovado e vigorou entre os anos de 2001 a 2011, com a
promulgação da Lei 10.172/2001. Em seguida, também com vigência decenal
até o ano de 2024, o atual PNE apresenta 20 metas e diversas estratégias para
o alcance da qualidade educacional em nosso país.
Cabe aos estados e aos municípios uma articulação com a União para prever
meios de implementação dessa qualidade na Gestão Democrática.
LDB(96):

Art. 14- Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do


ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.

Art. 15- Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas


de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de
direito financeiro público (LDB, 1996)

Estratégias do PNE:

19.1) priorizar o repasse de transferências voluntárias da União na área da


educação para os entes federados que tenham aprovado legislação específica
que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a
legislação nacional, e que considere, conjuntamente, para a nomeação dos
diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem
como a participação da comunidade escolar;

19.2) ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos
conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de
alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às)
representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de
políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço
físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede
escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;

19.3) incentivar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a constituírem


Fóruns Permanentes de Educação, com o intuito de coordenar as conferências
municipais, estaduais e distrital bem como efetuar o acompanhamento da
execução deste PNE e dos seus planos de educação;

19.4) estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o


fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-se-
lhes, inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas
e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio
das respectivas representações;

19.5) estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e


conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e
fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas
de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento
autônomo;
19.6) estimular a participação e a consulta de profissionais da educação,
alunos (as) e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos,
currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares,
assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores
escolares;

19.7) favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de


gestão financeira nos estabelecimentos de ensino;

19.8) desenvolver programas de formação de diretores e gestores escolares,


bem como aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de
critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser
utilizados por adesão.

Descentralização e autonomia da Gestão Escolar: formação cidadã e ética

Envolve os conceitos de descentralização e autonomia num conjunto de


práticas que se voltam a esses pressupostos educacionais mais amplos, como
a formação cidadã e ética nos espaços formais de educação.

Gadotti (2014): A participação popular e a gestão democrática fazem parte da


tradição das chamadas “pedagogias participativas”, sustentando que elas
incidem positivamente na aprendizagem. Pode-se dizer que a participação e a
autonomia compõem a própria natureza do ato pedagógico. Formar para a
participação não é só formar para a cidadania, é formar o cidadão para
participar, com responsabilidade, do destino de seu país; a participação é um
pressuposto da própria aprendizagem (GADOTTI, 2014).

Participação Social se dá nos espaços e mecanismos do controle social como


nas conferências, conselhos, ouvidorias etc. São os espaços e formas de
organização e atuação da Participação Social.

Participação Popular corresponde às formas mais independentes e


autônomas de organização e de atuação política dos grupos das classes
populares e trabalhadoras e que se constituem em movimentos sociais,
associações de moradores, lutas sindicais etc. A Participação Popular
corresponde a formas de luta mais direta, por meio de ocupações, de marchas,
de lutas comunitárias etc.

Fórum Nacional de Educação: A partir das discussões na Conferência


Nacional de Educação (CONAE) no ano de 2010, foi deliberada a criação
desse FNE, e também do Plano Nacional de Educação (PNE).
Uma das atribuições do FNE estabelecida pelo seu regimento interno é o
acompanhamento das ações do PNE.
Conselho Nacional de Educação (CNE): O órgão de articulação das ações e
políticas públicas voltadas ao âmbito educacional. O CNE tem função
normativa, deliberativa e de assessoramento ao Ministro de Estado da
Educação (MEC).
Permite a participação dos estados e dos municípios na gerência,
implementação e avaliação dos assuntos educacionais pertinentes a cada um
dos entes, zelando pela qualidade do ensino, se perfazendo como elemento
crucial que assegura a participação da sociedade para o aprimoramento do
processo de ensino e de aprendizagem no país.
Conselhos Estaduais e Municipais de Educação: cada estado e cada
município também pode criar seu próprio conselho e articular suas ações com
os mesmos propósitos de criar legislações próprias e deliberar sobre matérias
educacionais em suas redes de atuação.
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed):
Como membros dessa associação estão os secretários estaduais de educação.
Fundado em 1986, o Consed possui caráter filantrópico, ou seja, sem fins
lucrativos, e promove a integração das redes educacionais a nível dos entes
estaduais, por meio de suas respectivas secretarias e do Distrito Federal. Em
consonância com o CNE, o Consed se articula para a tomada de decisões
tanto a nível dos estados, bem como estabelecendo diálogos com os
municípios que estão sob sua jurisprudência.
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime): Tem sua
fundação no ano de 1986, sendo caracterizada como uma associação civil sem
fins lucrativos. Os principais objetivos dessa associação também é a
participação dos dirigentes/gestores municipais nas discussões sobre as
diversas temáticas concernentes ao meio educacional.
Projeto político-pedagógico (PPP): Um dispositivo que organiza todo o
processo educativo.
o PPP traduz a função social da escola, que apresenta em suas dimensões
todo o percurso necessário à garantia das aprendizagens e de todo o
desenvolvimento do processo educativo, inerente a cada unidade escolar.
As ações de elaboração e implementação do PPP consideram a participação,
descentralização e autonomia previstas nos princípios da gestão democrática.
Corroborando tais ideias Luckesi (2007, p.15), observa que “Uma escola é o
que são os seus gestores, os seus educadores, os pais dos estudantes, os
estudantes e a comunidade. A cara da escola decorre da ação conjunta de
todos esses elementos”. Assim, o PPP surge com esse intuito de formalizar as
ideias, as projeções, as aprendizagens e a formação humana ali pretendidas,
em cada realidade cultural, social, econômica e geográfica das escolas.
Cabe à gestão escolar essa articulação e o olhar criterioso quanto às ações do
PPP e ao trabalho efetivo para inserir e executar todas as metas e atividades
previstas por toda a comunidade escolar.
Grêmio Estudantil: Para os autores, os grêmios estudantis são entidades
historicamente presentes e atuantes nas discussões de questões políticas,
sociais e econômicas, relativas à formação da realidade brasileira.
É na escola, e no Grêmio, que o jovem, em contato com colegas e professores,
desenvolve o senso crítico e participativo; torna-se responsável por seu próprio
aperfeiçoamento; socializa-se de maneira livre e espontânea; identifica
aspirações, anseios e desejos; compreende que só em conjunto e de maneira
organizada conseguirá atuar numa sociedade democrática (LUZ, 1998, p. 47).

Conselho Escolar: Esse órgão colegiado possui em seu cerne esse modelo
de organização democrática, constituição paritária e participativa dos diversos
segmentos da comunidade escolar, cujos membros são eleitos por seus pares
para um mandato periódico a ser acordado, respeitando sempre o Estatuto da
escola. Assim, a quantidade de membros, o processo eleitoral e demais
encaminhamentos são regidos por regras próprias à unidade escolar.
Nesse sentido, cabe aos conselhos escolares:
 deliberar sobre as normas internas e o funcionamento da escola;
 participar da elaboração do Projeto Político-Pedagógico;
 analisar e aprovar o Calendário Escolar no início de cada ano letivo;
 analisar as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da
escola, propondo sugestões;
 acompanhar a execução das ações pedagógicas, administrativas e
financeiras da escola e;
 mobilizar a comunidade escolar e local para a participação em
atividades em prol da melhoria da qualidade da educação, como prevê a
legislação.
Para encerrar: Gestão democrática centrada no modelo de sociedade justa,
equitativa e plural.

Módulo II
o objetivo é compreender como o processo avaliativo pode favorecer e orientar
as políticas públicas educacionais e a tomada de decisões nas instituições
escolares.
Gestão educacional, escolar, pedagógica e dos processos de
aprendizagem

democracia como um “Regime que se baseia na ideia de liberdade e de


soberania popular; regime em que não existem desigualdades e/ou privilégios
de classes: a democracia, em oposição à ditadura, permite que os cidadãos se
expressem livremente”.
cultura como um “Conjunto dos hábitos sociais e religiosos, das manifestações
intelectuais e artísticas, que caracteriza uma sociedade: cultura inca; a cultura
helenística”.
educação como “Ação ou efeito de educar, de aperfeiçoar as capacidades
intelectuais e morais de alguém: educação formal; educação infantil”.
política como “Ciência do governo dos povos”.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/1996), a educação é
"inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho."
Para Luck (2009), o gestor deve ter em sua jornada uma visão sistêmica e
abrangente de escola, mobilizando os talentos, desenvolvendo as
competências, habilidades e atitudes dos participantes da comunidade escolar,
na promoção de educação de qualidade.
um gestor deve entrelaçar os múltiplos conhecimentos ao seu dia a dia,
visando uma atuação mais segura na condução dos trabalhos e no alcance dos
objetivos.

Freire (2019):
Comparar: exercita a observação de diferenças e semelhanças. Busca elementos que
coincidem e os que não. Observa o que há em um e o que falta em outro. Possibilita a
construção de critérios para a operação de "classificação".
Classificar: exercita a análise e a observação para, segundo os critérios,
agrupar objetos, ideias, acontecimentos. Quando classificamos, pomos em
ordem nossa experiência, segundo os critérios que têm significados para nós.
Sintetizar: implica em abstrair, analisar, ordenar por em
uma sequência e sintetizar. Sintetizar é estabelecer de modo breve
condensado A Essência das ideias centrais como cisão sem omissão de pontos
importantes.
Interpretar exercita a leitura de significados. Quando interpretamos um fato,
um acontecimento, um comportamento explicamos a partir do significado que
lemos. Interpretar, portanto, é ação de dar e extrair significados. Interpretamos
lendo significados, de nossa experiência e dos demais, construindo nossa
hipótese de leitura. Ler a realidade significativa do grupo demanda muito mais
exercício desta operação mental (FREIRE, 2019, p. 50-51).
Nesse sentido, podemos pensar em uma escola com o viés da democracia,
partindo do princípio de que a gestão escolar também estabelece práticas
fundadas na garantia dos direitos de aprendizagem e de desenvolvimento das
crianças e adolescentes brasileiros.
O objetivo maior da comunidade educacional revela-se, portanto, o de se
estabelecer uma comunidade de ensino efetivo, onde persevere,
coletivamente, não somente o ideal de ensinar de acordo com o saber
produzido socialmente, mas o de aprender, em acordo com os princípios de
contínua renovação do conhecimento, criando-se um ambiente de contínuo
desenvolvimento para alunos, professores, funcionários e é claro, os gestores
(LUCK, 2009, p.16).
Avaliação dos indicadores educacionais internos e externos

Você também pode gostar