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Significado e Importância da Ceia do Senhor

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1- A NATUREZA DA ORDENAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

1Co 11:23-26
23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus,
na noite em que foi traído, tomou pão; 24 e, havendo dado graças, o partiu e disse:
Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice
é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em
memória de mim.
26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis
anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.

plena expressão da morte do Senhor, ou a exposição da unidade do corpo,


ou a compreensão clara da vinda do Senhor.

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2. AS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE FOI INSTITUÍDA A CEIA DO SENHOR

“na noite em que foi traído, tomou o pão” (1Co 11.23). Que amor mais
desinteressado! “

o trigo moído e a uva esmagada combinam-se para dar forças e alegria ao


coração:

Graças a Deus que não existe nada que se pareça com um pacto entre Deus e
nós. O pão e o vinho, na Ceia, falam de uma verdade profunda e extraordinária:
fala do corpo p.23 oferecido e do sangue derramado do Cordeiro de Deus - o
Cordeiro provido pelo próprio Deus. Aqui a alma pode descansar
perfeitamente satisfeita; trata-se do NOVO TESTAMENTO NO SANGUE DE
CRISTO, e não de um pacto entre Deus e o homem. O concerto do homem

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falhou de forma notória, e o Senhor Jesus teve que deixar passar de Si o cálice
do fruto da vide (símbolo de gozo na Terra). O mundo não tinha para Ele
nenhuma alegria - Israel havia se tornado “uma planta degenerada, de vide
estranha” (Jr 2.21). Por conseguinte só podia dizer: “Porque vos digo que já não
beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus” (Lc 22.18). Um período
longo e sombrio teria que vir sobre Israel, antes que o seu Rei pudesse
encontrar algum gozo na sua condição moral; porém durante este período, a
“Igreja de Deus” devia fazer “a festa” dos asmos, em todo o seu significado e
poder moral, pondo de lado “o fermento velho... da maldade e da malícia” (1 Co
5.8) como resultado da comunhão com Aquele cujo sangue purifica de todo o
pecado.
Contudo, o fato da Ceia do Senhor ter sido instituída imediatamente após a
Páscoa, nos ensina um mui valioso princípio de verdade, a saber, que os

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destinos da Igreja e de Israel estão inseparavelmente ligados com a cruz do
Senhor Jesus Cristo. É verdade que a Igreja tem um lugar mais elevado,
identificada, até, com sua Cabeça ressuscitada e glorificada; todavia, tudo se
baseia na Cruz. Sim, foi na cruz que o puro feixe de trigo foi moído e o suco da
videira viva espremido pela mão do próprio Jeová, para conceder força e alegria
aos corações do Seu povo celestial e terrenal, para todo o sempre. O Príncipe
da Vida tomou da justa mão de Jeová o cálice da ira, cálice de horror, e bebeu-
o até o fim, a fim de poder colocar nas mãos do Seu povo o cálice da salvação,
cálice do amor inefável de Deus, para que eles pudessem beber dele e esquecer
a sua pobreza, e da sua miséria não se lembrarem mais. A Ceia do Senhor
expressa tudo isso. Ali o Senhor preside; ali os redimidos deveriam se reunir em
santa comunhão e amor fraternal, para comer e beber na presença do Senhor;
e enquanto fazem isto, podem olhar para trás, para a noite de profunda angústia

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do seu Senhor, e olhar para diante, para o Seu dia de glória - essa “manhã sem
nuvens” (2 Sm 23.4), “quando vier para ser glorificado nos Seus santos, e para
Se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (2 Ts 1.10).

3- PARA QUEM FOI INSTITUÍDA A CEIA DO SENHOR

Devemos considerar agora, em terceiro lugar, as pessoas para quem, e para


quem p.24 somente, a Ceia do Senhor foi instituída. A Ceia do Senhor, portanto,
foi instituída para a Igreja de Deus - a família dos redimidos. Todos os membros
dessa família deveriam estar presentes; porque ninguém pode estar ausente
sem incorrer na culpa de desobediência à ordem clara de Cristo e do Seu
apóstolo inspirado; e a conseqüência desta desobediência certamente será
declínio espiritual e um fracasso completo no testemunho para Cristo. Contudo,

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tais conseqüências são somente o resultado da ausência deliberada à mesa do
Senhor.

a. A participação ou não da Mesa reflete a expressão do nosso coração.


b. A asência pode demostrar despreso ou cisma.
c. Não deve ser uma participação religiosa, mas uma participação com
discernimento.

Existem circunstâncias que, em certos casos, podem representar um obstáculo


intransponível, embora possa haver o mais ardente desejo de se estar presente
à celebração da ordenança, o que, aliás, acontecerá sempre com aquele que é
espiritual. Todavia podemos estabelecer, como um imutável princípio da
verdade, que ninguém que se ausente voluntariamente da mesa do Senhor
poderá fazer progresso na vida espiritual. “TODA a congregação de Israel” era
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convidada a celebrar a Páscoa (Êxodo 12). Nenhum membro da congregação
podia ausentar-se impunemente. “Quando um homem for limpo, e não estiver
de caminho, e deixar de celebrar a Páscoa, tal alma dos seus povos será
extirpada: porquanto não ofereceu o oferta do Senhor a seu tempo determinado;
tal homem levará o seu pecado”. (Nm 9.13).

Julgo que seria uma contribuição realmente valiosa à causa da verdade, e


promover os interesses da Igreja de Deus, se pudéssemos despertar a atenção
para este assunto tão importante. Há muita indiferença e leviandade na idéia
que muitos cristãos têm acerca da freqüência à mesa do Senhor; e, onde não
existe essa indiferença, há a má vontade que se origina em opiniões imperfeitas
sobre a justificação. Tanto um como o outro destes empecilhos, embora tão
diferentes em seu caráter, derivam de uma e mesma origem, ou seja, do
egoísmo. Todo aquele que é indiferente quanto a este assunto deixará,
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egoisticamente, que circunstâncias insignificantes interfiram com a sua
freqüência à Ceia: será impedido por compromissos familiares, amor próprio ou
comodidade pessoal, condições do tempo, coisas sem importância, ou, como
acontece frequentemente, indisposições físicas imaginárias - coisas, aliás, que
passam despercebidas ou não têm importância alguma, quando se trata de se
atingir algum objetivo nas coisas deste mundo. Quantas vezes acontecem que
homens, que não têm energia espiritual suficiente para fazê-los sair de casa no
dia do Senhor, encontram força bastante para levá-los a andar alguns
quilômetros para compromissos nas coisas deste mundo na segunda-feira.
Como isto é, infelizmente, verdade! Como é triste pensarmos que os interesses
materiais p.25 exercem uma influência muito mais poderosa no coração do
crente do que a glória de Cristo e o bem-estar da Igreja! Pois é este o modo
como devemos encarar a questão da Ceia do Senhor. Quais seriam os nossos

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sentimentos, na glória do reino vindouro, se pudéssemos recordar que,
enquanto estávamos no mundo, uma feira ou mercado, ou qualquer outro
atrativo mundano, tivesse ocupado o nosso tempo e as nossas energias,
enquanto a assembléia do povo do Senhor, em redor da Sua mesa, fora
negligenciada?

Amado leitor cristão: Se você tem o hábito de se ausentar da assembléia de


cristãos, rogo-lhe que pondere o assunto diante do Senhor, antes de voltar
a ausentar-se. Pense em todos os efeitos nocivos da sua ausência. Você
está falhando no seu testemunho por Cristo; você está prejudicando as
almas dos seus irmãos, e você está impedindo o progresso da sua própria
alma em graça e conhecimento.

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1 Timóteo 3:14-15
14 Escrevo-te estas coisas, embora esperando ir ver-te em breve,
15 para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de
Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade.
(Testemunho)

Não pense que suas ações não tenham influência em toda a Igreja de Deus:
neste exato momento você está, ou ajudando, ou atrapalhando cada membro
desse corpo sobre a Terra. “Se um membro padece, todos os membros
padecem com ele” (1 Co 12.26). Este princípio não deixou de ser verdadeiro,
apesar de os crentes professos terem se dividido em tantas seitas diferentes.
Pelo contrário, trata-se de algo tão divinamente verdadeiro, que não existe um
único crente sobre a Terra que não esteja sendo um auxílio ou um empecilho

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para o corpo de Cristo em sua totalidade; e se há alguma verdade no princípio
já apontado (isto é, que a assembléia dos cristãos, e o partir do pão, em qualquer
localidade são, ou deveriam ser, a expressão da unidade de todo o corpo), você
não pode deixar de reconhecer que, com a ausência nessa assembléia ou sua
recusa em unir-se aos demais para dar expressão a esta unidade, você está
causando um sério dano a todos os seus irmãos, bem como à sua própria alma.
Gostaria de deixar estes comentários entregues ao seu coração e à sua
consciência, em nome do Senhor, esperando que Ele os torne convincentes.*

2 Co. 4:12
12 De modo que em nós opera a morte, mas em vós a vida.

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*Nota: Eu só posso sentir-me responsável a estar presente na assembléia
quando ela estiver reunida no correto fundamento da Igreja, isto é, o fundamento
que foi colocado no Novo Testamento. As pessoas podem se reunir, e se
intitularem a Igreja de Deus, em qualquer localidade, mas se não mostrarem as
características e princípios da Igreja de Deus, como nos são apresentados na
Sagradas Escrituras, não posso considerá-las. Caso se recusem a julgar o
mundanismo, a carnalidade, ou falsas doutrinas, ou se lhe falta poder espiritual
para fazê-lo, é evidente que não se encontram sobre o correto fundamento da
Igreja: são meramente uma comunidade religiosa, a qual, no seu caráter
coletivo, não tenho responsabilidade alguma, perante Deus, de reconhecer.
Portanto, o p.26 filho de Deus necessita de muito poder espiritual e submissão
à Palavra de Deus para poder conduzir-se através de todas as sinuosidades da
Igreja professa nestes dias particularmente difíceis e maus.

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