AVICULTURA
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO................................................................................ 3
2. SISTEMA DE CRIAÇÃO ................................................................. 4
2.1. EXTENSIVO ................................................................................ 4
2.2. SEMI-INTENSIVO ....................................................................... 5
2.3. INTENSIVO ................................................................................. 6
3. SISTEMA CAGE FREE .................................................................. 7
4. SISTEMA CAIPIRA......................................................................... 9
5. SISTEMA FREE RANGE .............................................................. 10
6. SISTEMA ORGÂNICO ................................................................. 12
7. MANEJO DA INCUBAÇÃO .......................................................... 13
7.1. MANEJO DO OVO INCUBÁVEL .................................................... 14
7.2. PONTOS-CHAVE NO ARMAZENAMENTO DE OVOS .................. 17
7.3. ÓTIMAS CONDIÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO DE OVOS .. 18
7.4. EFEITOS DO ARMAZENAMENTO DE OVOS ............................... 19
7.5. INCUBAÇÃO DOS OVOS .............................................................. 20
7.6. MOMENTO DE INCUBAÇÃO ......................................................... 21
7.7. OPERAÇÃO DA MÁQUINA INCUBADORA ................................... 21
7.7.1. VENTILAÇÃO .............................................................................. 22
7.7.2. CONTROLE DE TEMPERATURA ............................................... 23
7.7.3. UMIDADE .................................................................................... 23
7.7.4. VIRAGEM .................................................................................... 24
7.7.5. TRANSFERÊNCIA DOS OVOS................................................... 24
7.7.6. DISPOSIÇÃO DO LIXO DO INCUBATÓRIO ............................... 25
7.7.7. TRANSPORTE DE PINTINHOS .................................................. 26
7.7.8. MANUTENÇÃO ........................................................................... 27
7.8. AUTOMATIZAÇÃO DO INCUBATÓRIO ......................................... 28
7.9. PROGRAMA SANITÁRIO DO INCUBATÓRIO .............................. 29
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 31
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NOSSA HISTÓRIA
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.
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1. INTRODUÇÃO
Figura 1: Sistema de criação de aves de postura e corte.
Fonte: http://www.agenciaalagoas.al.gov.br/noticia/item/23595-governo-incentiva-
criacao-de-aves-caipiras-como-alternativa-para-agricultura-familiar
A exploração de aves caipira é uma das atividades agropecuárias com
perfil mais apropriado para os agricultores familiares. Além de enraizada na
tradição cultural dos produtores da região, requer baixos investimentos,
proporciona boa lucratividade, é ecologicamente correta e tem uma importância
fundamental para a segurança alimentar das famílias rurais do semi-árido
(OLIVEIRA, et al. 2008).
As criações domésticas de galinha caipira, praticadas nas unidades
agrícolas familiares, se caracterizam pela sua forma de exploração extensiva, na
qual geralmente não existem instalações, como também as práticas de manejo
adotadas não contemplam eficientemente os aspectos reprodutivos, nutricionais
e sanitários. Tal fato resulta em baixos índices de fertilidade, natalidade e
produtividade (SAGRILO, 2003).
Dentre outros fatores, esta realidade pode ser atribuída pela ausência de
informações aos pequenos agricultores. Com isso, abordaremos os temas mais
relacionados com a realidade das pequenas propriedades rurais, numa tentativa
de repassar técnicas que melhorem a produtividade da atividade e garanta uma
renda satisfatória para melhoria social das famílias rurais.
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A criação de aves caipiras tem grande aceitação entre os pequenos
produtores, principalmente, devido a resistência das aves, menores índices de
mortalidade e boa produtividade.
No caso do sistema de produção da avicultura industrial, o investimento é
alto, a margem de lucro é pequena e o risco é considerável. Isto cria uma
oportunidade comercial, e garante que a produção caipira ocupe um nicho de
mercado deixado pelas empresas avícolas, oportunizando ao pequeno produtor,
condições de ingressar na atividade avícola com investimentos iniciais bem
menores, poucos riscos e considerável lucratividade.
2. SISTEMA DE CRIAÇÃO
Podemos diferenciar três sistemas de exploração para criação de aves:
extensivo, semi-intensivo e intensivo.
2.1. EXTENSIVO
Figura 2: Sistema extensivo de criação.
Fonte: https://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/principais-sistemas-de-
criacao-de-frango-e-galinha-caipiras/
É um sistema de produção onde as aves são criadas soltas e alimentadas
em regime de pastejo ou pelo fornecimento de verde picado. Esse sistema tem
como objetivos principais o aproveitamento de espaços ociosos dentro da
propriedade, além da obtenção de carne e de ovos de boa qualidade para
consumo familiar, a comercialização do excedente da produção (a preços
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maiores do que os produtos industriais), a diversificação das atividades
na propriedade rural e a produção e comercialização de pintinhos de raça.
Dentro do conceito caipira, o sistema extensivo é o que oferece as
melhores condições para se criar galinhas, pois as aves podem ficar
completamente soltas no pasto. Além disso, pode-se dispor de galpões para
abrigá-las à noite, sendo esta uma medida de maior controle sobre as aves, por
oferecer abrigo da chuva e de predadores, principalmente nos primeiros dias de
vida. Nesse sistema, em geral, as aves de ambos os sexos podem ser criadas
soltas, em grupos de até 10 aves.
Esse tipo de criação é o mais comum entre os agricultores familiares do
semi-árido.
2.2. SEMI-INTENSIVO
Figura 3: Sistema Semi intensivo de criação.
Fonte: https://executivedigest.sapo.pt/cientista-alerta-que-virus-proveniente-de-
galinhas-podera-matar-mais-que-o-coronavirus/
Este sistema requer maiores recursos em insumos e de manejo, como
programas de vacinação, ração balanceada, piquetes, poleiros entre outros, pois
é voltado para a obtenção de lucros. Além disso, é necessário um galpão, para
que a as aves possam se abrigar. A fim de reduzir os custos, o pecuarista pode
utilizar, na construção do galpão, restos e sobras de materiais já existentes na
propriedade.
O sistema semi-intensivo é o mais indicado para a criação de frangos e
de galinhas caipiras e sua principal característica é a mescla da criação em
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galpão com a criação solta, utilizando-se para isso piquetes. O manejo de criação
neste sistema é mais sofisticado, com a utilização de programas de vacinações,
rações balanceadas, piquetes e gaiolas para pastejo. Na incubação, são
utilizados métodos artificiais (incubadoras) para a chocagem dos ovos.
Na fase inicial, as aves são alojadas em abrigos (instalações) visando à
proteção contra intempéries climáticas (chuvas e ventos) e predadores,
recebendo rações balanceadas. Nas fases juvenil e adulta, as aves são soltas
durante o dia, tendo à disposição ração e acesso à área para pastejo e/ou ração
verde. Esse sistema busca a obtenção de lucros com a venda de ovos para
consumo e incubação, carnes e aves vivas. A criação de aves neste sistema vem
apresentando melhores resultados entre os pequenos agricultores, sendo este o
foco principal desta publicação.
2.3. INTENSIVO
Figura 4: Sistema intensivo de criação.
Fonte: http://www.idam.am.gov.br/criacao-de-aves-caipiras-e-tema-de-excursao-
em-tefe/
Esse sistema se assemelha muito com a criação industrial, onde se deve
fornecer as condições necessárias para o desenvolvimento das aves. Nele as
aves são criadas em galpões por todo o ciclo de produção, ou seja, em
confinamento total, desde um dia de vida até o dia do abate. Por isso, é essencial
que o lote seja mantido saudável e a cama sempre em condições adequadas,
sempre seca e na altura ideal e utilizando sempre material apropriado.
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Deve-se evitar introduzir uma densidade maior do que a capacidade do
galpão; equipamentos como bebedouros, comedouros e ventiladores devem ser
em número suficiente para atender às necessidades ideais de manejo; deve-se
realizar o controle de pragas e de doenças bem como o programa de vacinação.
Estas são medidas que garantem uma boa produtividade nesse sistema de
criação.
3. SISTEMA CAGE FREE
Figura 5: Sistema Cage Free.
Fonte: https://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/principais-sistemas-de-
criacao-de-frango-e-galinha-
É o sistema de criação em que as aves são criadas soltas e não têm
acesso ao pasto, ficando somente dentro dos galpões. A criação exige o
cumprimento de padrões estabelecidos pela HFAC (Humane Farm Animal Care).
A norma para a criação desse tipo de galinha poedeira é a base para a
certificação pelo programa Certified Humane, que garante ao consumidor que os
ovos realmente foram produzidos atendendo o bem-estar-animal.
As exigências estabelecidas na norma são aplicáveis a todas as fases de
vida das galinhas. No entanto, algumas regras foram estabelecidas para a fase
de recria, como a densidade máxima, que é determinada de acordo com a idade
e o peso das aves, além disso, os animais devem ter acesso a poleiros a partir
da 4a semana de idade, com espaço mínima de 7,5cm/ave.
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Nesse sistema de alojamento cage free pode haver o risco de
canibalismo. Embora as normas da ABNT não tratem do assunto, as regras para
a obtenção do selo de bem-estar animal “Certified Humane” proíbem a
debicagem, e a única medida permitida é o aparo de bico, desde que realizado
antes dos 10 dias de idade, como medida preventiva.
A dieta deve ser balanceada de acordo com a idade, fase de produção e
linhagem das aves. Fica proibido o uso de ingredientes de origem animal na
ração, antibióticos preventivos ou promotores de crescimento, incluindo os
coccidiostáticos. O uso da vacina nessa criação é permitido, e os antibióticos são
liberados apenas para tratar doenças. Muda forçada através da privação de
alimento também é proibida.
O galpão para alojar as aves deve ser bem conservado e sem saliências
que possam ferir os animais. Para manter o ambiente adequado, devem ser
controladas: a ventilação, temperatura e concentração de amônia. Deve fornecer
o mínimo de 6 horas contínuas de escuro e 8 horas contínuas de luz, sendo a
luz artificial desligada de maneira gradual.
Neste sistema alternativo, os ninhos devem estar disponíveis em uma
proporção de 1 para cada 5 galinhas, quando for do tipo individual; ou 0.8 m2 de
espaço de ninho coletivo para cada 100 aves. Os poleiros também são
obrigatórios, com espaço correspondente a 15cm por ave.
Para galpões com piso único, a densidade animal deve ser de 0.14
m²/ave (ou 7,1 ave/m²); com piso ripado (slat), a densidade máxima é de 0.11
m²/ave (ou 9,1 aves/m²); e para aviários com fileiras verticais, a densidade
máxima é de 0.09 m²/ave (ou 11,1 aves/m²), assim as aves ficam livres para
caminhar e expressar comportamentos naturais.
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4. SISTEMA CAIPIRA
Figura 6: Sistema Caipira.
Fonte: https://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/principais-sistemas-de-
criacao-de-frango-e-galinha-
Para a criação do sistema caipira, todos os critérios citados no
sistema cage free devem ser cumpridos, além dos requisitos adicionais
determinados pela Norma Técnica da ABNT NBR 16437:2016. A densidade
dentro dos galpões para esse tipo de criação não pode ser superiora a 7 aves/m².
Apesar do descanso, a nidificação e a alimentação ocorrerem, usualmente,
dentro do galpão, porém os sistemas caipiras dão às aves a oportunidade de se
exercitar ao ar livre.
De acordo com a Norma ABNT NBR 16437:2016, é o sistema de produção
de ovos comerciais oriundos de galinhas caipiras (espécie Gallus gallus
domesticus), com acesso a áreas de pastejo em sistema semiextensivo. Se as
condições climáticas permitirem, elas devem ter acesso aos piquetes durante
toda a fase de produção, serem soltas pela manhã e recolhidas ao final da tarde.
A densidade máxima nesses locais é de 0.5 m²/ave.
A área externa deve conter bastante vegetação e áreas cobertas para
proteger as aves de predadores. A altura mínima da cerca em volta do galpão
deve ser de 1m, com afastamento mínimo entre ambos de 5m. A tela deve conter
malha de pelo menos 2.54cm, protegendo o galpão do exterior.
Por legislação, a alimentação deve ser toda de origem vegetal, sem a
utilização de óleos vegetais reciclados, e sem corantes e pigmentos sintéticos
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que costumam ser utilizados para acentuar a cor da gema nas criações
convencionais, além disso, isenta de melhoradores de desempenho e
anticoccidianos profilaticamente. Não é permitida a produção de alimentos para
ruminantes no mesmo local em que se produz o alimento para as aves.
5. SISTEMA FREE RANGE
Figura 7: Sistema Free Range
Fonte: https://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/principais-sistemas-de-
criacao-de-frango-e-galinha-
Quando criadas no sistema free range, se aplicam todas as exigências
do cage free, porém, as aves ficam soltas no galpão e devem ter acesso diário
a uma área externa, ao ar livre, por pelo menos 6 horas durante o dia, sempre
que o clima permitir. O galpão serve de abrigo para que as aves se protejam do
mau tempo e tenham um espaço seguro para dormir sem serem ameaçadas por
predadores.
No galpão, estão disponíveis: alimentação, água, ninhos, poleiros e
saídas laterais (com pelo menos 46cm de altura e 53cm de largura) para as áreas
de pastejo. A densidade máxima é de 0.19 m²/ave, sendo que a distância
máxima que a galinha deve andar a partir do perímetro da cerca até o alojamento
deve ser de 366 metros.
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As normas de bem-estar animal determinam que o piso seja coberto com
materiais como: maravalha, pó de pinus ou casca de arroz, apropriados para que
as aves possam expressar seus comportamentos naturais, como tomar seus
banhos de areia. Exigem também o equivalente a 15 centímetros de poleiros
para cada ave nos galpões de postura.
Os piquetes devem ser manejados visando evitar a sua degradação ou
contaminação. Coberturas como: arbustos, árvores ou estruturas artificiais,
devem estar distribuídas na área externa para reduzir as reações de medo das
aves a predadores aéreos.
As aves se alimentam com os nutrientes do pasto, que contêm alta
quantidade de pigmentos naturais, os chamados “carotenóides”, desta forma, as
aves põem ovos com gemas de cor mais intensa, o que agrada muito o
consumidor.
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6. SISTEMA ORGÂNICO
Figura 8: Sistema orgânico.
Fonte: https://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/principais-sistemas-de-
criacao-de-frango-e-galinha-
O sistema de produção orgânico para aves produtoras de ovos é definido
pela lei nº 10.831, de 23/12/2003 (BRASIL, 2003) e regulamentado
principalmente pelas IN nº46 de 06/10/11 (BRASIL, 2011) e IN n°17 de
18/06/2014 (BRASIL, 2014) do MAPA.
A principal diferença entre os ovos caipiras e os orgânicos é a
alimentação. A legislação permite que o produtor coloque até 20% de produtos
convencionais na formulação da ração, mas não podem ser transgênicos e ainda
é preciso pedir autorização do órgão certificador para poder utiliza-lo. Para as
demais matérias-primas da ração (suplemento vitamínico/mineral, sal, calcário,
fosfato, corantes, etc.) é necessário que o fornecedor esteja credenciado a
alguma certificadora, como forma de controle.
Promotores de crescimento e antibióticos também não são permitidos em
nenhuma hipótese, para garantir que o ovo chegue ao consumidor sem nenhum
resíduo químico. Não é permitido procedimentos como a debicagem.
De modo geral, a criação de ovos em sistema orgânico exige um
investimento inicial maior, quando comparado aos demais sistema de produção
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de ovos, porém tem tido um retorno considerável devido ao aumento da procura
por alimentos sustentáveis e saudáveis.
Para aprovação do selo orgânico, o produtor deve apresentar certificado
emitido por uma entidade certificadora terceirizada que segue parâmetros
ditados pelo Ministério da Agricultura como, por exemplo, a “IBD Certificações”,
uma empresa 100% brasileira que desenvolve atividades de inspeção e
certificação agropecuária, de processamento e de produtos extrativistas,
orgânicos e biodinâmicos.
7. MANEJO DA INCUBAÇÃO
Figura 9: Manejo da incubação
Fonte: https://avicultura.info/pt-br/ovo-fertil-na-granja-manejo/
A medida do sucesso de qualquer incubatório é o número de pintinhos de
primeira qualidade produzidos. Este número representa uma porcentagem sobre
o total de ovos colocados nas máquinas durante uma incubação.
O nascimento é influenciado por vários fatores. Alguns destes fatores são
de responsabilidade do granjeiro e outros são de responsabilidade do
incubatório. A fertilidade é um ótimo exemplo de um fator inteiramente
influenciado pela granja; o incubatório não consegue modificar a fertilidade do
ovo; porém, vários outros fatores podem ser influenciados por ambos, granja e
incubatório.
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Como as incubadoras não exercem influência sobre a fertilidade do ovo,
é importante também considerar a eclodibilidade dos ovos férteis, além do
nascimento. A eclodibilidade dos ovos férteis leva em consideração tanto a
fertilidade do lote como também o nascimento; calcula-se a porcentagem de
nascimento dividida pela porcentagem da fertilidade, multiplicado por 100.
As vantagens de se fazer o registro de nascimento dos ovos férteis são:
1. Separar os problemas de fertilidade dos problemas do incubatório;
2. Permitir focar no problema;
3. Fornecer um guia para a resolução de problemas.
7.1. MANEJO DO OVO INCUBÁVEL
Figura 10: Manejo do ovo incubável.
Fonte: https://www.pasreform.com/pt/knowledge/64/cuidados-com-o-ovo-do-
ninho-a-granja
Somente se conseguem ótimos nascimentos e pintinhos de boa qualidade
quando se mantém o ovo em ótimas condições, desde a postura até a colocação
na máquina incubadora. Lembremos que o ovo contém muitas células vivas.
Uma vez posto o ovo, o potencial de nascimento pode, na melhor das hipóteses,
ser mantido, mas nunca melhorado. Se o manejo for insatisfatório, o potencial
de nascimento pode se deteriorar rapidamente.
1. O uso de ovos de chão reduz o nascimento. Eles devem ser recolhidos e
acondicionados separadamente dos ovos produzidos nos ninhos e
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claramente identificados. Caso sejam utilizados para incubação, eles
devem ser manuseados separadamente. Evite grietas en los huevos
manejándolos cuidadosamente en todo momento.
2. Prevenir rachaduras: sempre manusear os ovos com cuidado.
3. Colocar os ovos incubáveis com cuidado na bandeja da máquina
incubadora ou bandeja de transporte; a extremidade mais fina deve ser
colocada para baixo.
4. Tomar cuidado ao selecionar os ovos. Durante o início de produção,
conferir regularmente o peso dos ovos para selecioná-los para incubação.
5. Guardar os ovos numa câmara separada, com controle de temperatura e
umidade.
6. Manter a sala de ovos do galpão limpa e em ordem. Manter controle estrito
de animais daninhos no local. Rejeitar bandejas e carrinhos sujos do
incubatório e mantê-los em bom estado na propriedade.
Figura 11: Ovos de boa qualidade
Fonte: https://www.revistarural.com.br/2020/04/15/boa-suplementacao-mineral-
garante-a-qualidade-dos-ovos/
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Remover e descartar os ovos não aptos para incubação, como:
• Sujos
• Quebrados
• Pequenos (de acordo com a Política do Incubatório)
• Ovos de tamanho muito grande ou de gema dupla
• Qualidade de casca frágil; entretanto, qualquer cor de casca é aceitável
para incubar
• Ovos grosseiramente deformados
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7.2. PONTOS-CHAVE NO ARMAZENAMENTO DE OVOS
Figura 12: Armazenamento do ovo.
Fonte: https://www.petersime.com/pt-BR/departamento-de-desenvolvimento-do-
incubatorio/armazenamento-de-ovos-boas-praticas/
Os ovos devem ser recolhidos dos galpões e enviados para o incubatório
no mínimo duas vezes por semana. Existem três áreas de armazenamento:
depósito de ovos no galpão, transporte, e depósito de ovos no incubatório. É
importante que todos estes ambientes tenham condições semelhantes para
evitar mudanças bruscas na temperatura e umidade que possam ocasionar a
condensação (transpiração) dos ovos ou resfriamento e/ou aquecimento dos
mesmos. Além disso, devem-se evitar flutuações de temperatura durante o
transporte e o estoque. A redução da temperatura deve ser suave e gradual,
quando estamos promovendo o resfriamento dos ovos desde o galpão de
produção à sala de ovos do incubatório, da mesma forma como deve também
ser gradual o aquecimento dos ovos que passam da sala de ovos do incubatório
para a máquina incubadora.
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Figura 13: Fluxo de temperatura dos ovos.
Fonte:
https://wp.ufpel.edu.br/avicultura/files/2012/04/Guia_incuba%C3%A7%C3%A3o_Cobb.pdf
7.3. ÓTIMAS CONDIÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO DE
OVOS
Existe uma relação entre o tempo de armazenamento e o controle da
temperatura e umidade para uma melhor taxa de nascimento. Geralmente,
quanto mais tempo os ovos ficam estocados, mais baixa deve ser a temperatura,
e vice-versa.
Figura 14: Temperatura ideal para armazenagem de ovos.
Fonte:
https://wp.ufpel.edu.br/avicultura/files/2012/04/Guia_incuba%C3%A7%C3%A3o_Cobb.pdf
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7.4. EFEITOS DO ARMAZENAMENTO DE OVOS
Os principais efeitos do armazenamento de ovos são:
1. O estoque prolonga o tempo de incubação. No geral, para cada dia de
armazenamento, adicionar uma hora ao tempo de incubação. Isto deve
ser levado em consideração quando os ovos são colocados na máquina,
isto é, ovos frescos e ovos de estoque devem ser programados em
tempos diferentes.
2. A eclodibilidade diminui conforme se prolonga o tempo de
armazenamento. Esse efeito aumenta à medida que se estende o tempo
de armazenamento. Após o período de 6 dias, resulta na perda de 0,5 a
1,5% diário, com um aumento na porcentagem de perda à medida que os
dias passam.
3. A qualidade do pintinho será comprometida e, conseqüentemente, o peso
do frango de corte que resultará deste pintinho, cujo ovo ficou
armazenado por 14 dias ou mais.
A troca de gases através dos poros da casca do ovo, ocorre durante o
armazenamento. O dióxido de carbono se dispersa para fora do ovo e sua
concentração diminui rapidamente durante as primeiras 12 horas após a postura.
Os ovos também perdem umidade durante o armazenamento. A perda de
dióxido de carbono e umidade contribui para a diminuição do nascimento e da
qualidade do pintinho após o estoque.
As condições do armazenamento devem ser definidas com a finalidade de
minimizar essas perdas. A maioria dos ovos é colocada em caixas abertas ou
em carrinhos; porém, alguns são colocados em caixas fechadas. Disponibilize
tempo suficiente para que esses ovos esfriem e sequem completamente antes
de serem encaixotados, evitando assim a condensação e a conseqüente
proliferação de fungos.
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7.5. INCUBAÇÃO DOS OVOS
Figura 15: Incubação dos ovos.
Fonte: http://www.fornariindustria.com.br/avicultura/incubacao-de-ovos/
Para evitar o choque térmico do embrião e a conseqüente condensação
na casca, os ovos devem ser retirados da sala de ovos e pré aquecidos antes de
incubar. O ideal seria pré aquecer os ovos em uma sala destinada para esta
finalidade, sob temperatura de 24-27 ºC (75–80°F) de modo que todos os ovos
possam atingir a temperatura desejada.
A circulação eficiente de ar e a temperatura correta nesta sala são
essenciais para o preaquecimento uniforme dos ovos. O preaquecimento
realizado de maneira desuniforme aumenta a diferença no tempo de incubação,
justamente o oposto da finalidade do preaquecimento.
Mesmo com boa circulação de ar, são necessárias 6 horas para que os
ovos no carrinho atinjam 25 ºC, indiferente da temperatura inicial. Com má
circulação de ar, esse processo pode demorar até duas vezes mais. Portanto, a
recomendação é:
• Propiciar boa circulação de ar ao redor dos ovos.
• Permitir 6 a 12 horas de preaquecimento.
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7.6. MOMENTO DE INCUBAÇÃO
Três fatores influenciam o tempo total de incubação dos ovos:
1. Temperatura da máquina: normalmente, é a mesma para todas as
incubadoras; entretanto, para conseguir fazer a retirada de pintinhos em
um determinado tempo, pode-se modificar o tempo no qual os ovos são
incubados, dependendo da idade e tamanho dos mesmos.
2. Idade dos ovos: ovos que foram submetidos ao armazenamento
necessitam levam mais tempo de incubação. Para ovos armazenados por
mais de 6 dias é preciso adicionar 1 hora para cada dia a mais de estoque.
3. Tamanho do ovo: ovos grandes necessitam de mais tempo de incubação.
7.7. OPERAÇÃO DA MÁQUINA INCUBADORA
Figura 16: Máquina incubadora de ovos.
Fonte: https://portuguese.alibaba.com/p-detail/1056-ovos-de-galinha-
m%C3%A1quina-incubadora-frango-autom%C3%A1tica-para-venda-pre%C3%A7os-
incubadoras-de-ovos-de-aves-900002115424.html
Na hora de projetar uma máquina incubadora, o consumo de energia, a
mão de obra, a durabilidade, a manutenção e o custo devem ser levados em
consideração. As condições físicas ideais para o sucesso no crescimento de
qualquer embrião de frango são:
• Temperatura correta
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• Umidade correta
• Troca de gases adequada
• Viragem freqüente dos ovos
Os sistemas comerciais de incubação são classificados em três principais
categorias:
• Prateleira fixa de estágio múltiplo
• Carga de carrinho com estágio múltiplo
• Carga de carrinho com estágio único
A capacidade de ovos de cada máquina por incubação, a freqüência de
incubação, (uma ou duas vezes por semana) e a posição dos ovos dentro da
máquina variam dependendo do fabricante. Siga o manual de instruções de uso
da máquina recomendado pelo fabricante. Não a utilize indevidamente.
7.7.1. VENTILAÇÃO
1. As máquinas de incubação extraem ar fresco da própria sala de
incubação. Esse ar fresco fornece a umidade e o oxigênio necessários
para manter a correta umidade relativa. O ar que sai da máquina remove
o excesso de dióxido de carbono e de calor produzido pelos ovos.
2. O ar fornecido para as máquinas incubadoras deve ser no mínimo 8 pés
cúbicos por minuto para cada 1000 ovos ou 13,5 m3 /hora/1000 ovos. Veja
tabela na página seguinte (ventilação da incubadora-regulagem
apropriada).
3. Toda máquina incubadora possui um sensor capaz de controlar vários
níveis de umidade relativa. O ar fornece, relativamente, pouca umidade;
por isso, para evitar a sobrecarga do sistema interno de controle de
umidade, o ar que entra na máquina é pré-umidificado até um nível muito
similar à umidade relativa interna. A temperatura deste ar deve ficar em
torno de 24-27 ºC (76-80 ºF).
4. Máquinas de múltiplo estágio necessitam de um suprimento constante de
ar. Estas devem ser calibradas de tal forma que os níveis de dióxido de
carbono no interior das máquinas não excedam 0,4%. A maioria das
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máquinas com prateleiras fixas funcionam com um nível de 0,2-0,3% e as
com carrinhos, de 0,3-0,4%. No entanto, estes níveis elevados de CO2
não são exigidos.
7.7.2. CONTROLE DE TEMPERATURA
A temperatura determina o grau de velocidade do metabolismo do embrião e,
conseqüentemente, seu grau de desenvolvimento.
1. Em máquinas de múltiplos estágios, a temperatura deve ser mantida
constante. A temperatura ideal, tanto para nascimento quanto para a
qualidade do pinto, depende do modelo de máquina. Temperaturas acima
ou abaixo do recomendado pelo fabricante implicam aumento ou
diminuição da velocidade do desenvolvimento e, conseqüentemente, a
redução de nascimentos.
2. Em máquinas de estágio único, a temperatura pode ser alterada a fim de
alterar o crescimento do embrião e estimular o aumento de produção de
calor animal, começando com temperaturas mais altas e reduzindo em
diferentes etapas até a transferência.
3. Uma grande variação na temperatura pode ocorrer quando uma máquina
de múltiplo estágio não é carregada de forma equilibrada ou uniforme.
Máquinas parcialmente carregadas acabam não atingindo a temperatura
desejada, prolongando assim o tempo de incubação, enquanto que
máquinas sobrecarregadas podem ocasionar superaquecimento. Em
ambos os casos, os efeitos serão desfavoráveis, tanto para o nascimento
quanto para a qualidade do pinto.
7.7.3. UMIDADE
1. Durante o processo de incubação, o ovo perde umidade através dos poros
da casca. A rapidez com que o ovo perde umidade depende do número e
tamanho dos poros da casca, e também da porcentagem de umidade no
ambiente ao redor do ovo. Para obter melhores taxas de nascimento, um
ovo deve ter perdido 12% do seu peso no 18º dia de incubação.
2. Devido às diferenças na estrutura da casca e, conseqüentemente, na
condução de gases, quando o ovo é incubado sob uma mesma condição
de umidade, ocorrerá uma variação na perda de umidade. Em ovos de
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matrizes, essa variação normalmente não altera de forma significativa o
nascimento. Porém, quando fatores como idade, nutrição ou doenças
reduzem a qualidade do ovo, será eventualmente necessário ajustar, na
máquina, a umidade relativa para manter ótimas condições de nascimento
e qualidade do pinto.
7.7.4. VIRAGEM
1. Ovos devem ser virados durante o processo de incubação. Isto deve ser
feito para prevenir a aderência do embrião à membrana da casca do ovo,
principalmente durante a primeira semana da incubação. A viragem
também ajuda no desenvolvimento das membranas embrionárias.
2. A medida que o embrião se desenvolve e aumenta sua capacidade de
produzir calor, a viragem constante ajuda na circulação do ar e auxilia na
redução da temperatura.
7.7.5. TRANSFERÊNCIA DOS OVOS
Aos 18 ou 19 dias, os ovos são transferidos da máquina incubadora para
as bandejas do nascedouro. Isto é feito por duas razões. Uma porque os ovos
são deixados de lado para facilitar o movimento livre do pintinho ao nascer e, a
outra, porque ajuda na higiene durante o nascimento, quando se produz grande
quantidade de penugem que, se estiver contaminada, poderia espalhar-se ao
redor do incubatório.
Quando os ovos são transferidos precoce ou tardiamente, o embrião é
exposto a condições não tão favoráveis, diminuindo assim os nascimentos. Tudo
isso deve ser levado em consideração quando se altera o momento da
transferência. O momento da transferência irá variar dependendo do tipo de
máquina (em geral é realizado entre 18 ou 19 dias).
1. A transferência deve ser feita de forma cuidadosa e rápida, evitando o
resfriamento dos ovos, o que resultará em atraso do nascimento.
2. Ao transferir os ovos, pode ser feita a ovoscopia, separando os ovos
claros (inférteis e embriões mortos, ovos estragados e outros) para contá-
los e descartá-los.
24
3. Neste estágio, a casca do ovo é mais frágil devido ao embrião retirar cálcio
da casca para a formação do seu esqueleto. Sendo assim, extremo
cuidado é necessário durante sua transferência para evitar a quebra do
ovo. O manuseio incorreto dos ovos durante esta fase pode ocasionar
hemorragias e rupturas. As transferências automatizadas permitem a
realização mais cuidadosa deste processo do que se consegue
manualmente.
4. As bandejas devem estar limpas e secas no momento da transferência.
Ovos colocados em bandejas molhadas esfriam quando a água se
evapora. Os Nascedouros devem estar secos e na temperatura adequada
antes da transferência dos ovos.
5. Ovos podres e estragados devem ser colocados em um recipiente com
desinfetante.
6. Atualmente, encontra-se à disposição o sistema de vacinação in-ovo, que
pode ser utilizado na proteção contra a doença de Marek, bem como para
administração de outras vacinas. As recomendações do fabricante devem
ser seguidas.
7.7.6. DISPOSIÇÃO DO LIXO DO INCUBATÓRIO
Com uma média de 85% de nascimentos dos ovos, 15% dos ovos serão inférteis
ou apresentarão embrião morto. Estes ovos, juntamente, com as cascas
restantes após a retirada dos pintinhos, constituem o lixo do incubatório.
Atualmente, em alguns países a reutilização/ reaproveitamento são proibidos por
lei. A reutilização deste material como subproduto na ração aumenta o risco de
propagação de organismos patogênicos. Existem poucas alternativas lucrativas
para estes subprodutos, que a maioria dos incubatórios descarta como lixo.
1. Ovos não nascidos na bandeja de incubação devem ser triturados para
destruir os embriões não nascidos. Ovos bicados e pintinhos de descarte
devem ser eliminados usando dióxido de carbono ou qualquer outro
método aceitável na região.
2. Restos e fragmentos no piso podem ser retirados para um silo ou
contêiner fechado por meio de um aspirador a vácuo, para depois realizar
a devida disposição, segundo leis ambientais e a prática local e/ou do
país.
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7.7.7. TRANSPORTE DE PINTINHOS
Veículos com instalações adequadas, com controle de ambiente, devem ser
utilizados para o transporte dos pintinhos do incubatório até seu destino final: a
granja de recria.
1. O veículo deve estar equipado com um sistema de aquecimento auxiliar,
mas pode eventualmente usar o ar fresco externo para o resfriamento. No
entanto, se durante a época de verão as temperaturas ultrapassarem 30
ºC (86 ºF), é necessário um sistema de ar condicionado.
2. Na cabine do veículo deve estar instalado um controle de temperatura do
compartimento de carga, para que o motorista possa conferir a
temperatura e ajustar os ventiladores caso necessário.
3. Os pintinhos encaixotados devem estar a uma temperatura de mais ou
menos 32 ºC (90 ºF) dentro das caixas. Essa temperatura pode ser
atingida com a temperatura de 24 ºC (75 ºF) do compartimento de carga,
com caixas plásticas, ou 20 ºC (71 ºF) com caixas de papelão.
4. Quando utilizadas caixas de plástico para o transporte, é necessário um
maior cuidado com os pintinhos, uma vez que estas caixas se aquecem e
resfriam mais rapidamente do que as de papelão. Certificar-se de que o
veículo possua um sistema adequado de aquecimento e ar-condicionado
para o transporte de caixas plásticas.
5. As caixas devem ser corretamente empilhadas, deixando espaços entre
as mesmas para a circulação do ar. Cada fileira deve ser fixada com uma
barra que atravessa toda a largura do veículo evitando o deslocamento
das caixas durante o transporte.
6. Pode ser providenciada uma cortina plástica na traseira do veículo para
uso durante a descarga, ajudando na retenção de ar quente durante este
processo.
7. O motorista deve ser treinado corretamente e estar consciente da sua
função. Cada motorista deve começar o dia com roupa limpa e trocar de
macacão/botas após cada entrega. De preferência não permitir a entrada
dos motoristas dentro dos galpões.
8. Lavar a jato com detergente/desinfetante cada vez que o veículo utilizado
para o transporte retornar ao incubatório. O veículo deve estar equipado
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com um spray/desinfetante para desinfetar rodas e pneus entre uma
granja e outra, caso haja entregas múltiplas no mesmo dia para diferentes
granjas.
9. Caixas de pintinhos que retornam para o incubatório representam alto
risco sanitário. Essas caixas devem permanecer separadas e devem ser
completamente lavadas/desinfetadas antes de serem reutilizadas.
7.7.8. MANUTENÇÃO
Com incubadoras cada vez maiores e mais automatizadas, a necessidade
de manutenção preventiva se torna crucial. Seguem algumas sugestões:
1. Obter recomendações do fabricante no que diz respeito a serviços e
manutenção rotineiros.
2. Realizar regularmente a manutenção segundo as recomendações do
fabricante e sua própria experiência.
3. Fazer, uma vez ao ano, uma minuciosa limpeza e inspeção nas máquinas
de incubação de múltiplo estágio.
4. Os ciclos são muito rápidos nas máquinas nascedouros, deixando pouco
tempo para serviços e reparos. Manter à disposição uma máquina de
reserva para possibilitar reparos indispensáveis, caso necessário.
5. Manter em estoque as peças mais usadas. Manter um minucioso
inventário de uso e compra de peças.
6. Os funcionários que operam as máquinas incubadoras e nascedouros
devem fazer o treinamento adequado e estarem familiarizados com o
funcionamento das mesmas, além dos procedimentos a seguir em caso
de falha.
7. Garantir a adoção de medidas de segurança adequadas. Providenciar a
placa de proteção necessária e interruptores de segurança. Assegurar
que todo o processo de trabalho esteja dentro das especificações de
segurança do Ministério do Trabalho. Isto é de responsabilidade da
gerência.
27
7.8. AUTOMATIZAÇÃO DO INCUBATÓRIO
1. Devido à existência de incubatórios maiores e aumento no custo da mão-
de- obra, existe a oportunidade de automatizar vários processos que
demandam mão-de-obra dentro do incubatório.
2. Com relação aos funcionários, a norma geral é um funcionário para cada
milhão de pintinhos/ano (não incluídos motoristas), quando a unidade não
é automatizada, ou um funcionário para cada dois milhões de
pintinhos/ano, com automatização.
3. Existem máquinas disponíveis para:
a. Classificar os ovos antes da incubação
b. Fazer a ovoscopia e transferência com 18 dias de incubação
c. Administrar a vacinação in-ovo
d. Separar pintinhos dos fragmentos da casca de ovo
e. Fazer a contagem dos pintinhos
f. Fornecer vacinação em spray e encaixar pintinhos
g. Remover o lixo
Encontram-se à disposição diferentes tipos de esteiras rolantes,
elevadores e carrosséis para a aceleração dos processos de seleção e
sexagem e outras operações efetuadas manualmente.
4. Muitos destes equipamentos são de alta precisão e muito caros; só um
incubatório de grande porte pode justificar seu uso. Porém, incubatórios
menores podem beneficiarse de equipamentos como máquina de
transferência por vácuo e carrosséis de classificação de pintinhos, que
são relativamente baratos e com os quais se consegue consideráveis
benefícios na produtividade.
5. Melhoramento na produtividade se consegue com:
a. Maior cuidado no manuseio dos ovos para reduzir quebra
b. Vacinação mais rigorosa dos pintinhos
c. Contagem mais apurada dos pintinhos
d. Redução do cansaço dos operadores e a criação de um melhor
ambiente de trabalho
Ao escolher os equipamentos, atentar para que os mesmos sejam
eficientes, e permitam desinfecção fácil e rápida. Os equipamentos que
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ficam em contato com ovos e pintinhos não devem ser fonte de
contaminação cruzada entre ovos nem entre pintinhos.
7.9. PROGRAMA SANITÁRIO DO INCUBATÓRIO
1. Um programa sanitário deve ser elaborado para o controle de
contaminação, e os resultados do programa devem ser conferidos
regularmente usando processos-padrão de monitoração bacteriológica
(Placa de Agar e Swab de contato).
2. As fontes de contaminação, além de ovos contaminados e penugem dos
pintinhos, podem ser: ar; pessoas (tanto funcionários como visitantes);
animais, como ratos e camundongos; pássaros e insetos; e
equipamentos, como caixas, bandejas e carrinhos.
3. Assegurar que todos os funcionários e visitantes usem roupas adequadas
(macacão) de proteção. O uso de macacões de diferentes cores é uma
boa prática, de acordo com os diferentes locais de trabalho dentro do
incubatório (parte limpa ou suja do incubatório) ou de acordo com cada
função. Isso ajuda a identificar o deslocamento incorreto de funcionários
dentro do incubatório e na prevenção de contaminação cruzada.
4. Antes da utilização de qualquer desinfetante, é importante a retirada de
todo material orgânico. Por exemplo, as máquinas nascedouros devem
de ser lavadas por inteiro com água e detergente antes de serem
desinfetadas.
5. Os desinfetantes devem ser usados seguindo exatamente as
recomendações e instruções do fabricante. Nem todos os desinfetantes
são compatíveis; a maioria deles é tóxica e todos os desinfetantes devem
ser manuseados com cuidado.
6. Assegurar que os funcionários estejam cientes das exigências de
armazenamento, manuseio e mistura correta dos desinfetantes usados.
Obter dos fabricantes informações sobre os desinfetantes e seguir
cuidadosamente as instruções. Vários aspectos relacionados à segurança
seguem vários códigos de prática e normas de segurança. É de
responsabilidade do gerente do incubatório estar familiarizado com tais
códigos e normas de segurança; é preciso certificar-se de que os
funcionários entendam e sigam tais códigos e normas. O treinamento
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específico de funcionários em relação ao uso correto dos desinfetantes é
essencial.
7. Os desinfetantes usados devem estar de acordo com as regulamentações
governamentais.
8. Efetuar testes de sensibilidade contra os desafios sanitários do
incubatório para determinar qual é o desinfetante mais efetivo para o
incubatório.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Avicultura – Produção,
classificação e identificação do ovo caipira, colonial ou capoeira. (NBR
16437). Rio de Janeiro: ABNT, 2016.
CRIAÇÃO de aves sistema cage-free. Brasil, 2018. Disponível
em: https://www.ebah.com.br/content/ABAAABIwAAH/criacao-aves-sistema-
cage-free?part=2.
GUIA digital para criação de galinha poedeiras. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível
em: http://materiais.certifiedhumanebrasil.org/guia-digital-para-criacao-de-
galinhas-poedeiras.
HUMANE FARM ANIMAL CARE. Padrões da HFAC para a Criação de
Galinhas Poedeiras (2018).
Sites:
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