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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS - CESC


CURSO DE CIÊNCIAS NATURAIS – LICENCIATURA

LETICIA COSTA GAIDO

Abordagens Metodológicas no Ensino de Botânica na Educação Básica: Uma


análise Bibliográfica

Caxias - MA
2023
LETICIA COSTA GAIDO

Abordagens Metodológicas no Ensino de Botânica na Educação Básica: Uma


análise Bibliográfica

Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado ao Curso de Ciências
Naturais, da Universidade Estadual do
Maranhão, para obtenção do grau de
Licenciatura em Ciências Naturais.

Orientador: Prof. Dr. Gonçalo Mendes da


Conceição

Caxias - MA
2023
LETICIA COSTA GAIDO

Abordagens Metodológicas no Ensino de Botânica na Educação Básica: Uma


análise Bibliográfica

Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado ao Curso de Ciências Naturais,
da Universidade Estadual do Maranhão, para
obtenção do grau de Licenciatura em Ciências
Naturais.

Orientador: Prof. Dr. Gonçalo Mendes da


Conceição.

Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA

_________________________________________
Prof. Dr. Gonçalo Mendes da Conceição- UEMA
(Orientador)

_________________________________________
Prof. Msc. Anastácia dos Santos Gonçalves
(Membro)

_________________________________________
Prof. Msc. Alexandre Fernando Rodrigues
(Membro)

_________________________________________
Prof. Dr. Elmary da Costa Fraga
(Suplente)
Dedicatória

Dedico este trabalho a Deus e à minha família,


cujo amor, empenho e apoio constante foram
fundamentais ao longo de toda a minha jornada
acadêmica.
AGRADECIMENTOS

Gostaria de dedicar este espaço para expressar minha gratidão a todas as pessoas
que contribuíram de forma significativa para a conclusão deste trabalho. Suas
palavras encorajadoras, apoio e orientação foram fundamentais para o meu sucesso
acadêmico.
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a Deus, cuja misericórdia e bondade
infinitas me permitiram realizar este sonho e me guiaram em cada passo desta
jornada.
Ao meu orientador Prof. Dr. Gonçalo Mendes da Conceição, pela sua paciência,
conhecimento e orientação valiosa ao longo de todo o processo. Sua orientação
especializada foi essencial para moldar este trabalho e aprimorar minha
compreensão do assunto.
À minha família, em especial aos meus pais Maria Cleide e Francisco, por seu amor,
incentivo e apoio incondicional ao longo de toda a minha jornada acadêmica. Suas
palavras de encorajamento e crença em mim me deram a força necessária para
superar desafios e alcançar meus objetivos.
Agradeço também aos meus amigos e colegas de classe, que estiveram ao meu
lado durante esses anos de estudo. Suas discussões, ideias e suporte mútuo foram
inestimáveis para o meu crescimento acadêmico e pessoal.
Expresso minha gratidão a Universidade Estadual do Maranhão e todos os
profissionais e pesquisadores que, em algum momento, foram meus professores e
contribuíram para a minha formação.
RESUMO

Aprender Botânica requer a realização de atividades práticas, pois permitem que os


alunos experimentem na prática o conteúdo teórico ensinado pelos professores.
Nesse sentido, é importante que os educadores estejam cientes da falta de interesse
pela Botânica e se esforcem para tornar as aulas mais atraentes, despertando o
interesse dos alunos pelo
mundo das plantas de uma Frase motivadora
“O cientista não é o homem que fornece as
perspectiva científica. As verdadeiras respostas; é quem faz as
dificuldades no processo de verdadeiras perguntas”. (Claude Lévi-Strauss)

ensino-aprendizagem em
Botânica tornam esse
problema ainda mais evidente,
tanto para os estudantes
quanto para os professores. O
objetivo deste estudo foi analisar o ensino de Botânica na educação básica, realizar
uma revisão bibliográfica de estudos e pesquisas relacionados ao ensino de
botânica e analisar como o ensino de Botânica pode ser melhorado nas escolas de
ensino fundamental anos finais. Como estratégia metodológica, optou-se por uma
pesquisa qualitativa, na qual foram analisadas pesquisas recentes. No processo de
levantamento bibliográfico, foram selecionados e analisados 10 trabalhos entre o
ano de 2013 a 2019, nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Os
trabalhos analisados foram conduzidos nas turmas do 7º ano do ensino fundamental
II e 2º ano do ensino médio, sendo 40% desses para o ensino fundamental e 60%
para o ensino médio. Buscou-se identificar, de forma subjetiva em cada estudo, os
principais problemas didáticos encontrados, os recursos de ensino utilizados e os
resultados obtidos. O estudo revelou que as escolas precisam melhorar o ensino de
Botânica, o que exige a capacitação contínua dos professores e a criação de novos
materiais pedagógicos. Tanto para alunos quanto para professores, é crucial
promover uma variedade de disciplinas no processo de ensino. O professor deve
abandonar a ideia de que o estudo da Botânica é monótono, desinteressante e sem
importância. Portanto, cabe ao professor encontrar maneiras claras, relevantes e
realistas de apresentar o conteúdo aos alunos, indo além do uso exclusivo de livros
didáticos como ferramenta para orientar o ensino teórico e prático.
Palavras-chave: Estratégia de Ensino, Botânica interessante, Aprendizagem
significativa.

ABSTRACT

Learning Botany requires practical activities, as they allow students to experience in


practice the theoretical content taught by teachers. In this sense, it is important that
educators are aware of the lack of interest in Botany and strive to make classes more
attractive, awakening the students' interest in the world of plants from a scientific
perspective. The difficulties in the teaching-learning process in Botany make this
problem even more evident, both for students and teachers. The objective of this
study was to analyze the teaching of Botany in basic education. As a methodological
strategy, we opted for a qualitative research, in which recent research was analyzed.
We tried to identify, in a subjective way in each study, the main didactic problems
found, the teaching resources used and the results obtained. The study revealed that
schools need to improve their teaching of Botany, which requires the continuous
training of teachers and the creation of new teaching materials. For both students
and teachers, it is crucial to promote a variety of subjects in the teaching process.
The teacher must abandon the idea that the study of Botany is monotonous,
uninteresting, and unimportant. Therefore, it is up to the teacher to find clear,
relevant, and realistic ways to present the content to students, going beyond the
exclusive use of textbooks as a tool to guide theoretical and practical teaching.
Keywords: Teaching, Botany, Learning.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Metodologias utilizadas com base em trabalhos publicados na literatura. 25


Tabela 2. Principais resultados obtidos por meio da aplicação de metodologias
diferenciadas por trabalhos publicados na literatura voltados ao Ensino de Botânica
na Educação Básica. 25
LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Números de trabalhos selecionados e analisados sobre Ensino de


Botânica na Educação Básica. 23
Quadro 2. Trabalhos selecionados para análise por meio de revisão sistemática da
literatura, organizados em ordem alfabética. 23
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Roleta do jogo “passa ou repassa”. 37


Figura 2. Folhas simples e compostas. 38
Figura 3. Jogo da memória das plantas. 39
Figura 4. Dado da morfologia. 40
Figura 5. Variedades de folhas. 41
Figura 6. Exemplos de flores. 42
LISTA DE SIGLAS

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


BNCC - Base Nacional Comum Curricular
MEC - Ministério da Educação e Cultura
SciELO - Scientific Electronic Library Online
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 15
1.1 OBJETIVOS 16
1.1.1 Objetivo Geral 16
1.1.2 Objetivos Específicos 16
2 REVISÃO DE LITERATURA 17
2.1 ENSINO DE BOTÂNICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA 17
2.2 O ENSINO DE BOTÂNICA NO BRASIL 19
3 MATERIAL E MÉTODOS 22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 23
5 DISCUSSÃO 26
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 29
REFERÊNCIAS 30
ANEXOS 36
15

1 INTRODUÇÃO

No mundo, o Brasil é um dos países mais importantes para a


biodiversidade vegetal. Na região geopolítica do Brasil, tem-se seis diferentes
biomas, sendo os mais ricos em espécies vegetais: floresta amazônica, mata
atlântica, cerrado, caatinga, pantanal e pampas, sendo mata atlântica e cerrado
classificados como altamente biodiversos e ameaçadas pela degradação antrópica
(BICALHO E MIRANDA, 2015). Por outro lado, temos notórias dificuldades no
ensino da botânica no ensino fundamental brasileiro. Esses dados levantam a
questão: como isso chegou a tal ponto?
Simplificar a construção do conhecimento botânico, usando estratégias de
ensino dinâmicas que permitem que os alunos relacionem o conteúdo com a vida
cotidiana e se esforcem para aproveitar ao máximo, o conhecimento existente para
fornecer pensamento lógico e coerente. Para isso, os alunos devem ter contato
direto com o objeto a ser estudado, o que estimulará sua curiosidade e os motivará a
construir seu próprio conceito sobre o assunto (SILVA et al., 2016).
Para Amadeu (2010), o motivo pelo qual o ensino da botânica não é bem
tratado pelos professores da turma, terá a ver com a forma como é tratado no exame
e com a utilização do termo botânica difícil de compreender para os alunos. E outra
barreira que dificulta o processo de ensino da disciplina, é a aplicação dos
conteúdos para despertar os alunos, não envolvendo a realização de atividades
práticas e a não adoção de material didático que desperte o interesse dos alunos
pelos assuntos que estão ou irão ser abordados (MELO et al., 2012).
Segundo Krasilchik (2004), para aprender o conteúdo de Botânica é
necessário a realização de atividades práticas, pois permitem ao aluno vivenciar o
conteúdo teórico aplicado pelo professor. Para Araújo (2011), os temas abordados
no ensino de Botânica podem ser relacionados tanto à teoria quanto à prática, por
meio da prática de conhecimentos prévios, separando-os da memorização, tornando
o conteúdo real, tangível e compreensível. Ao mesmo tempo, o mesmo autor
argumenta que o fato de os professores não terem feito a aula prática se deve ao
fato de grande parte dos professores ver isso como um atraso na aula teórica, além
da falta de tempo, que isso implica. Devido à falta de recursos, prática e local para
realizar a atividade.
16

Considerando como a botânica é ensinada, pergunta-se: qual é a maneira


mais eficaz de ensinar botânica? Que métodos podem gerar mais interesse e
participação dos alunos? O que aconteceria com os resultados de aprendizagem se
os alunos não tivessem interesse em estudar botânica nas condições atuais?
Portanto, com base nos trabalhos publicados na literatura, essa pesquisa teve como
objetivo analisar o processo educacional da botânica na educação Básica.
17

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Analisar o processo educacional da botânica na educação básica.

1.1.2 Objetivos Específicos


18

● Realizar uma revisão bibliográfica de estudos e pesquisas relacionados ao


ensino de botânica;

● Analisar como o ensino de Botânica pode ser melhorado nas escolas de


ensino fundamental anos finais.
19

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ENSINO DE BOTÂNICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

A palavra "botânica" vem da palavra grega botánē, que significa "planta",


e do verbo boskein, "nutrir". Sabe-se desde o início da humanidade que os seres
humanos têm uma relação direta ou indireta com a botânica. O mesmo vale para
alimentos, necessidades diárias, produtos farmacêuticos e até mesmo para a
fabricação de roupas (RAVEN et al, 2014).

Esse ramo da biologia iniciou com o estudo das plantas medicinais,


considerando que os primeiros registros sobre plantas estão escritos nos livros dos
templos egípcios: Livro dos Mortos e Livro dos Vivos. No primeiro, há descrições de
plantas e suas aplicações no embalsamamento de cadáveres; no segundo, há
descrições e usos de plantas no combate a diversas doenças. Além dos egípcios, os
gregos também deixaram registradas observações bem primitivas sobre plantas. À
medida que o conhecimento das plantas crescia, era preciso organizá-lo
(GEMTCHÚJNICOV, 1976).

Considerando que há desde os primórdios, uma estreita relação do


homem com o meio ambiente, era de se esperar que a botânica fosse considerada
uma ciência de maior entendimento e aceitação em sala de aula, porém não é isso
que percebemos( RAVEN et Al, 2014)

Os vegetais são de extrema importância para os seres humanos, não


somente porque fornecem alimentos, mas porque são utilizados na indústria de
roupa, papel, móveis, farmacêutica, além de serem responsáveis pela liberação de
oxigênio para a respiração (EVERT; EICHHORN, 2014).

Dessa maneira, as plantas são utilizadas pelo ser humano há milhares de


anos, sua presença é incontestável e marcante na vida do Homo sapiens, daí a
importância de o estudo da Botânica estar presente no currículo do ensino básico.
No entanto, reforça-se o pensamento de que sua abordagem deve sair do campo da
apresentação meramente descritiva – com apresentação de nomes científicos e
citações de “botânicos famosos” – para uma apresentação contextualizada, com o
objeto de estudo presente nas aulas, para que os alunos possam manipular,
observar, levando-os a não serem apenas memorizadores de informações sem
sentido (SANTOS, 2006).
20

De um modo geral, o ensino de botânica não costuma atrair muitos


apreciadores, principalmente por usar uma rica e complexa nomenclatura específica
que na prática não se aplica ao dia a dia das pessoas, considerando que estas não
vivenciam essa relação com as plantas, como vivenciam mais com os animais, por
exemplo, e assim, terminam conhecendo-as apenas por meio das concepções
teóricas apresentadas nos livros didáticos (SANTOS, 2016; ROCKENBACH, 2012;
WANDERSEE, SCHUSSLER, 2001).

Essa maneira das pessoas verem as plantas é conhecida como “cegueira


botânica”, expressão que está relacionada à inabilidade das pessoas em perceber a
existência das plantas em seu próprio ambiente, levando-as à incapacidade de
reconhecer a importância das mesmas para o meio e consequentemente para si
próprio (WANDERSEE, SCHUSSLER, 2001).

Nesse sentido, a cegueira botânica deve servir de alerta para os


educadores no desafio de tornar as aulas de Botânica prazerosa, possibilitando uma
abordagem que possa atrair os alunos para o mundo das plantas da perspectiva
científica. É preciso partir da importância desses seres no equilíbrio ecológico e para
a sobrevivência de outros seres vivos, a fim de dar maior significância e atenção e
“despertar o interesse por importantes conceitos como o de vida (com seus
diferentes ritmos), de equilíbrio ecológico e até mesmo de alimentação saudável”
(MACHADO; AMARAL, 2015).

Inclusive, a consequência da cegueira botânica encontra-se em um


círculo vicioso no Brasil e em outros países, pois a formação insuficiente em
Botânica dos professores não gera entusiasmo por parte dos alunos, que, como
consequência não demonstra interesse pelo assunto. E, desses jovens que mais
tarde podem vir a serem professores, muito provavelmente não conseguirão
desenvolver e motivar os futuros alunos no desenvolvimento da biologia vegetal.
Nesse sentido, é preciso ser revisto o ensino de Botânica em todos os níveis de
escolaridade (SALATINO; BUCKERIDGE, 2016).

Na coleção biologia moderna (AMABIS; MARTHO, 2016), destinada


exclusivamente para escolas públicas, traz o conteúdo de botânica no volume 2,
distribuído em três partes: diversidade das plantas, onde destaca as principais
características gerais e evolutivas dos grandes grupos de plantas; reprodução e
21

desenvolvimento das angiospermas, unidade em que descreve e ilustra os ciclos


reprodutivos dos grupos, a germinação da semente e fala de maneira resumida e
combinada da histologia e morfologia vegetal; os autores encerram o conteúdo de
plantas discorrendo sobre a fisiologia vegetal.

Considerando que, muitas vezes a abordagem da botânica nos livros


didáticos seja superficial, estritamente teórica e descontextualizada, faz-se
necessário que professores sejam capazes de adequar e acrescer as informações
contidas nos livros didáticos a partir das realidades e potencialidades locais e
globais (COUTINHO, 2012).

2.2 O ENSINO DE BOTÂNICA NO BRASIL


No Brasil, os padrões de ensino nacionais estabelecem alguns objetivos
para o ensino fundamental, entre os quais: que os alunos conheçam as
características do país, respeitando e valorizando a diversidade sociocultural,
prezando pelo patriotismo, percebendo-se como parte integrante, dependente e
transformadora do ambiente e contribuindo, assim, para a melhoria do meio
ambiente, como influente direto nesse sistema (MEC/SEF, 1998). Dentre esses
padrões de ensino, tem-se um denominado “Vida e Ambiente”, que busca promover
a ampliação do conhecimento sobre a diversidade e dinâmica da vida no tempo e
espaço (MEC/SEF, 1998), no qual comporta o ensino de botânica, mais
especificamente considerando-se as aulas de diversidade vegetal (PIRANI
GHILARDI-LOPES; NASCIMENTO SILVA, 2012).
O ensino de botânica caracteriza-se como muito teórico, desestimulante
para os alunos e bem espesso dentro do ensino de ciências e biologia, as aulas
ocorrem dentro de uma estrutura do saber acabado, sem uma certa
contextualização histórica. O ensino é centrado na aprendizagem de nomenclaturas,
definições, regras etc. Ou seja, bem superficial e sem riqueza de conhecimento
direcionado (KINOSHITA et al., 2006).
As dificuldades do processo de ensino-aprendizagem em botânica,
tornam esse problema mais evidente, tanto entre os estudantes quanto professores.
A aquisição do conhecimento em Botânica é prejudicada não somente pela falta de
estímulo em observar e interagir com as plantas, como também pela falta de
22

investimentos, precariedade de equipamentos, métodos e tecnologias que possam


ajudar no aprendizado (ARRUDA & LABURÚ, 1996; CECCANTINI 2006).

As tecnologias de informação e comunicação, em especial os aplicativos


e as redes sociais massificados na internet, fazem parte do dia a dia dos alunos e
dos professores, onde tais ferramentas oferecem recursos para potencializar os
processos na área de educação abrindo novas possibilidades para complementar o
ensino formal. Esses novos instrumentos vêm ampliando a interatividade e a
flexibilidade de tempo no processo educacional de forma rápida, por isso é de
grande relevância e significativo, fazer uso das redes sociais para contribuir no
processo de ensino-aprendizagem, pois os alunos já estão familiarizados com as
redes sociais, o que torna mais fácil poder explorar esse campo como estratégia de
ensino (PAULESKY JULIANI et al., 2012).
Destarte, é fundamental que o professor se adeque a sociedade da
informação, faz-se necessário inovar e acompanhar essas tecnologias para não ficar
ultrapassado, pois a tecnologia na educação exige um olhar mais ampliado, e uma
adaptação grotesca, envolvendo novas formas de ensinar e de aprender
compatíveis com o modelo da sociedade do conhecimento, o qual caracteriza-se
pelos preceitos da diversidade, da integração, da mudança e da complexidade
(MARIA; FERREIRA, 2012).
A aprendizagem sobre a diversidade da vida pode ser bastante
promissora aos alunos através de oportunidades de contato e interação com as
inúmeras espécies no qual, possam observar, direta ou indiretamente, em ambientes
reais, analisando-as como um dos componentes de sistemas mais amplos.
Entretanto, além do fato das aulas práticas de botânica nas escolas brasileiras
serem escassas, os equipamentos, métodos e tecnologias também são precários e
ausentes, desestimulando alunos e professores (KINOSHITA et al., 2006;
MENEZES et al, 2014).
Apesar da pesquisa em educação apontar para a necessidade de
mudança dos métodos tradicionais de ensino, onde o professor, comprometido mais
com a transmissão de conceitos do que com o aprender, ainda sim é o mais
presente no sistema escolar, desde a escola básica até a universidade
(MALDANER, 2000).
23

Atualmente o ensino de Botânica utiliza, e sua maioria, de listas, termos


complexos e incomuns, nomes científicos e palavras dissociadas da realidade para
definir conceitos, os quais nem sempre são compreendidos pelos alunos e
professores da educação básica. Os grupos de estruturas e fenômenos botânicos,
quando não interpretados por meio de conhecimentos prévios de nomenclaturas
latinas e gregas, tornam-se expressões abstratas, sem vínculo com a realidade da
natureza vegetal (SILVA, 2008).
Os trabalhos científicos e propostas publicadas para a melhoria do ensino
de botânica ainda são incipientes, são poucos os estudos relacionados aos vegetais
que abordam a temática do ensino, ao passo que as pesquisas desenvolvidas na
educação apresentam discussões sobre didática, e raramente estas são
relacionadas diretamente à Botânica (MELO, 2012).
Por isso é necessário criar métodos de ensino diferenciados e despertar o
interesse dos alunos pela botânica. Essa experiência mostrou que, em geral, os
professores dependem da atualização contínua para realizar mudanças em suas
práticas educativas. Nesse sentido, parece que a maioria dos professores assume o
uso de metodologia tradicional e decorativa no ensino de botânica (LOGUERCIO;
DEL PINO, 1999), o que leva as aulas a serem desagradáveis e cansativas, o que
ameaça o ensino e a aprendizagem.
Relacionado a isso, está a intensificação e as dificuldades do trabalho dos
professores, que dificultam o controle do conhecimento desses exercícios Braga e
Martins (1999) e Moura e Vale (2001) confirmaram a opinião dos alunos sobre os
métodos de ensino adotados por seus professores nas aulas de botânica e
constataram a necessidade de mudança, enfatizando a importância da
implementação de aulas práticas. Embora muitos professores afirmem reconhecer a
importância e a necessidade de atividades práticas em sala de aula, muitas vezes
isso não acontece (MEGID NETO; FRACALANZA, 2003).
Os professores dizem ter enfrentado muitos obstáculos para criar aulas
menos tradicionais, desde a falta de estrutura física da escola até a falta de material
didático e turmas muito pequenas para muitos alunos por turma. Os locais, se
precisarem de alguém para ajudá-los com sua educação, organização de sessões
para equipes de laboratório (MEGID NETO; FRACALANZA, 2003; NASCIMENTO et
al., 2017).
24

Mesmo que se considere o uso de atividades práticas como uma


ferramenta positiva para o ensino, é necessário que se atente também para a
formação dos profissionais de educação, adaptados a essa nova era de
conhecimento, totalmente flexíveis dotados de conhecimentos novos sobre, tais
conceitos citados aqui, no contexto de ensino de botânica, deixando de lado os
métodos mais tradicionais e obsoletos, pois muitas vezes, falta a familiarização com
os assuntos, a mediação pedagógica e o questionamento dos velhos paradigmas
educacionais. Todos esses problemas, se não forem repensados e modificados,
contribuem para que não sejam elaboradas atividades inovadoras, fazendo com que
se mantenha a forma mecânica como os conteúdos dos livros didáticos são
transmitidos (CECCANTINI, 2006; SILVA; GHILARDI-LOPES, 2014).

3 MATERIAL E MÉTODOS

Para se identificar de que forma o ensino de botânica tem sido trabalhado


na educação Básica foi feita uma pesquisa de carácter qualitativo, onde se analisou
pesquisas recentes, buscando identificar de modo subjetivo dentro de cada estudo,
das quais foram identificados os principais problemas didáticos, os meios didáticos
utilizados e de ensino aprendizagem levantada pelos mesmos e principais
resultados obtido.
As buscas por trabalhos foram realizadas em dois bancos de dados, o
Portal de Periódicos CAPES/MEC, acessado através do endereço eletrônico
<https://www-periodicos-capes-gov-br.ezl.periodicos.capes.gov.br/> e a plataforma
SciELO, acessada através do endereço eletrônico <https://www.scielo.org/>. Os
termos botânica, educação e aprendizagem foram utilizados para as buscas na
plataformas de pesquisas.
O período 2013-2019 foi selecionado para obter dados mais recentes
sobre o ensino de botânica na educação básica. Realizada a busca, na plataforma
SciELO CAPES/MEC surgiram 19 trabalhos e no portal de periódicos CAPES/MEC
surgiram 163 trabalhos. Após isso, foram lidos os resumos de todos os trabalhos e
selecionamos apenas aquelas que:
1. Tratassem do assunto “ensino de botânica” no âmbito da educação básica no
Brasil (82 obras não se relacionavam com a educação básica brasileira e foram
excluídos da pesquisa);
25

2. Estivessem disponíveis para acesso na internet em sua completude de


informação e estrutura (90 trabalhos estavam indisponíveis para consulta e foram
excluídos da pesquisa).
Ao todos foram selecionandos 10 artigos que se relacionavam com a
botânica e a educação básica (Quadro 1)

Quadro 1. Números de trabalhos selecionados e analisados sobre Ensino de Botânica na Educação


Básica.
Portal de Periódicos Plataforma
da Capes SciELO

Número de trabalhos disponíveis nas plataformas de 163 19


busca através das palavras-chave
Número de trabalhos selecionados por análise de
10 9
título e resumo
Seleção final da busca
10
Fonte: Autor/2023

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No processo de levantamento bibliográfico, foram selecionados e


analisados 10 trabalhos entre o ano de 2013 a 2019, nos anos finais do ensino
fundamental e ensino médio. Os trabalhos foram conduzidos nas turmas do 7º ano
do ensino fundamental II e 2º ano do ensino médio, sendo 40% desses para o
ensino fundamental e 60% para o ensino médio. No quadro abaixo está descrito os
trabalhos analisados, seguido com o nome do autor, ano de publicação e título dos
trabalhos (Quadro 2).

Quadro 2. Trabalhos selecionados para análise por meio de revisão sistemática da literatura,
organizados em ordem alfabética.
Referências Ano Títulos dos trabalhos

(1) Anjos (2016) Contribuições da exposição “descobrindo os


segredos das flores do lavrado” como organizador
prévio no ensino do conceito de flor
(2) Bini (2019) Caça ao tesouro: uma aprendizagem pela
descoberta
(3) Carneiro (2019) O ensino-aprendizagem de botânica a partir de
metodologias ativas com o uso de tecnologias
digitais
26

(4) Inada (2016) Ensino de botânica mediado por recursos


multimídia: as contribuições de um software de
autoria para o ensino dos ciclos reprodutivos dos
grupos vegetais
(5) Kull (2018) Problematizar situações de ensino e desenvolver
habilidades cognitivas: estudo sobre a importância
das folhas para a planta e o ambiente
(6) Lazzari et al. (2017) Trilha ecológica: um recurso pedagógico no ensino
da Botânica
(7 ) Matos et al. (2015) Recursos didáticos para o ensino de botânica: uma
avaliação das produções de estudantes em
universidade sergipana
(8) Rodrigues (2019) Coleções botânicas e suas contribuições para o
ensino de sistemática e morfologia vegetal no
ensino médio
(2013) O jogo como ferramenta didática para o ensino de
(9)Serra, Freitas e Lira-da-Silva botânica
(10)Souza (2015) Botânica no cotidiano: experiências vivenciadas por
alunos do ensino
Fonte: Elaboração própria.

Os estudos analisados oferecem várias opções de estratégias


metodológicas para lidar com a botânica em sala de aula como se observa na
Tabela 1. É importante ressaltar que os autores em um mesmo estudo puderam
utilizar mais de uma estratégia. Os métodos mais utilizados foram os jogos
interativos e didáticos e aulas práticas (Tabela 1).
Ao comparar os resultados por artigos, foram usadas diferentes atividades
de aprendizagem em botânica como se observa na Tabela 2. A maioria dos artigos
indicaram que essa metodologia aumentou muito o engajamento, o interesse e a
motivação dos alunos durante as aulas (Tabela 2).
Como resultados, uma alta ficou associada a melhor compreensão dos
conteúdos de botânica, seguida de melhor aprendizado, e aulas mais atrativas,
dinâmicas e prazerosas. Dentre os resultados, houveram também resultados baixos,
que foram associados a falta de estímulo à curiosidade ligada a botânica, e a falta
de conexão da botânica com a realidade do aluno nas atividades em sala de aula
(Tabela 2).

Tabela 1. Metodologias utilizadas com base em trabalhos publicados na literatura.

Metodologia utilizada Abordagem nos


trabalhos
selecionados
Jogos interativos e didáticos 40%
Aulas práticas (em laboratório e em sala) 30%
27

Aulas de campo (visitas em jardins, praças, 7%


entorno escola)
Vídeos (documentários, videoaulas, 3%
animações e produção)
Construção de mapa conceitual 2%
Construção e utilização de exsicatas e 7%
modelos didáticos
Exposições e Feira de ciências 2%
Registros fotográficas 2%
Desenhos 2%
Utilização de software (site/blog/website) 2%
Apresentação com Slides 2%
Trilha ecológica 1%
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 2. Principais resultados obtidos por meio da aplicação de metodologias diferenciadas por
trabalhos publicados na literatura voltados ao Ensino de Botânica na Educação Básica.

Principais resultados Abordagem nos


trabalhos
Selecionados
Melhoria na participação/engajamento/ 30%
motivação e interesse dos alunos.
Evolução e compreensão de conceitos 30%
botânicos.
Aprendizagem com mais significado. 10%
Aulas mais atrativas, dinâmicas e 20%
prazerosas.
Estímulo à curiosidade. 5%
Conexão da botânica com a realidade. 5%

Fonte: Elaboração própria.


28

Todos os autores da análise, sem exceção, afirmam que o ensino da


botânica não é de fácil aprendizagem. Bini e carneiro (2019) relatam que os alunos
aprendem botânica em um nível superficial, incapacidade de relacionar o conteúdo
com a vida cotidiana. Anjos (2016) defende o uso do novo método porque aprender
é útil.
Uma abordagem vegana para a sala de aula pode e deve fazer com que
ambos os parceiros se sintam à vontade, professores e alunos, porque ensiná-los
não requer recursos intensivos, até mesmo espécimes botânicos podem ser
encontrados no campus. Sim, para algumas pessoas o motivo da falta de confiança
do professor ao explicar o assunto e expressar sua insatisfação, quando um aluno
diz não se interessar por plantas, deve-se buscar alternativas para torná-las temas
mais interessantes.
Ao ingressar nos primeiros anos de estudos, com base no Currículo
Nacional Comum (BNCC) aprovado em 2017 basicamente os alunos já possuem
experiências e conhecimentos que precisam ser valorizados. Nesse ponto,
mecanismos devem ser propostos.
Assim, estimulam a curiosidade e a participação no processo de
aprendizagem (BRASIL, 2018). Na forma educacional a documentação diz que o
conteúdo é processado na próxima cadeia, sempre seguindo as etapas anteriores, é
necessário fortalecer todas as etapas para a formação integral dos alunos. A BNCC
durante a fase de implantação nas escolas de ensino fundamental, a partir de 2021,
o processo também foi iniciado no ensino médio, e que no futuro pesquisas são
necessárias para verificar o impacto no aprendizado universitário ações baseadas
nas novas diretrizes.
Segundo os autores, para diminuir as dificuldades do ensino de botânica,
era necessária uma mudança de ensino e conceitos totalmente baseados em livros
didáticos. A tabela 1, elaborada a partir da pesquisa de implementação, elenca
diversas opções de abordagens diferenciadas que os professores podem utilizar o
conteúdo de Botânica no ensino fundamental e uma contribuição importante para
este estudo. Esses métodos em geral, um bom contexto pode incentivar a
participação ativa dos alunos no processo de ensino, portanto, o aprendizado mais
importante.
29

Conforme apontado por Lazarri et al. (2017), processo de ensino é uma


característica relacionada ao conteúdo de botânica é a introdução teórica à
distância. Alunos insatisfeitos tornam isso menos valioso e não se interessam pela
biologia. muitas vezes essa redução pode ser observada não só nas escolas
primárias e secundárias, mas também dentro das universidades, quando não há
professores qualificados, não usam adjetivos que estimulem a aprendizagem ou
estilos de aprendizagem diferentes e que oriente os professores em treinamento na
aplicação de seus próprios alunos de treinamento.
No ensino de botânica, problemas frequentes impedem o bom ensino o
desenvolvimento de pesquisas, onde a maioria dessas questões está relacionada à
aula ministrada. Pois muitos dos métodos coletados podem ser usados nos
diferentes trabalhos que foram analisados na íntegra (Tabela 1), essa é a realidade
da maioria das escolas públicas brasileiras, mesmo em escolas que não possuem
infraestrutura tecnológica adequada. Pode-se destacar feiras de ciências, cultivo de
plantas com pomares, cartografia e educação de campo/passeio ambiental escolar
(tabela 1). Esses métodos podem potencializar e desmistificar o ensino da botânica,
incentivando a participação e a motivação dos alunos para o conteúdo. Portanto, é
preciso comprometimento do professor e comprometimento da equipe gestora da
escola.
Jogos interativos, educativos e aulas práticas são os métodos mais
citados nos trabalhos analisados (tabela 1). Brincar é claramente uma importante
ferramenta de ensino na educação. No entanto, os professores nem sempre têm
tempo para jogos. Mas existem repositórios de recursos educacionais gratuitos,
como eduCAPES (https://educapes.capes.gov.br/handle/1884/36898), em que os
professores podem acessar e baixar produtos treinamento que atende as
expectativas esperadas.
Os jogos são um recurso interessante porque nos permitem trabalhar
juntos, você tem planejamento de conteúdo, habilidades como foco, foco em atingir
metas, trabalho em equipe, argumentar e assim por diante. No caso de cursos
práticos, não envolvem necessariamente laboratórios e equipamentos caros, isso
pode ser feito em sala de aula, com materiais que professores e alunos trazem de
casa, ou ainda pode ser reaproveitado e pode ser reutilizado. Por exemplo, os
professores podem trazer amostras de plantas para a aula e dar aos alunos a
oportunidade de fazê-la identificação e manipulação de diferente parte da planta,
30

assim aproximando os alunos do conteúdo transmitido. Cursos práticos trabalhos


que envolvem a atenção, o interesse e o desenvolvimento dos alunos no que eles
aprendem habilidades diferentes (KRASILCHIK, 2004; SILVA et al., 2015).
Dar sentido à formação do aluno significa que os conhecimentos
adquiridos dão sentido à vida, que é entenda conceitos, reflita sobre eles e visualize
o que você aprende na prática. É importante ressaltar que faz sentido para o ensino,
não existe um método único (como mostram os dados da Tabela 1). Usando
diferentes estratégias, isto é útil para melhorar a qualidade do ensino ao longo do
ano letivo (KULL, 2018). Embora muitos autores enfatizando que o uso de métodos
diferenciados é eficaz na promoção da aprendizagem intencional, Rodrigues (2019)
afirma que “facilitar a aprendizagem intencional depende mais de novas direções de
ensino, orientação educacional, não novos métodos, nem mesmo as modernas
tecnologias de informação e comunicação", o que sugere o papel dos professores na
busca de uma educação de qualidade vai além da utilização de diferentes métodos.
Em geral, os trabalhos analisados mostram resultados positivos com uma
abordagem diferente.
A pesquisa mostrou maior engajamento, envolvimento, motivação e maior
interesse dos alunos. Pode-se dizer que ao mudar a dinâmica da sala de aula e
quebrar o tradicional “quadro, giz, bloco de notas”, tem havido certo consenso,
"Ensinar”, que aumenta o comprometimento dos alunos, gera paixão e motivação
por algo diferente que antes não era conhecido. Sabe-se que melhorar a qualidade
da educação e do ensino envolve vários fatores com diferentes escalas, que aqui irá
ser focar. (autor) ressalta que em um ambiente de Sala de Aula, pequenas
mudanças podem ajudar no processo. Os resultados apresentados na Tabela 2
também enfatizam a necessidade de envolver os alunos nas atividades, incentivar o
estímulo à curiosidade, relacionando os conteúdos com a realidade e promovendo a
independência. Esses são os pontos é muito apreciado pelos professores. Uma das
dificuldades para o ensino e aprendizagem da botânica que tem sido destacada em
diferentes trabalhos é a falta de relações conhecer a real situação dos alunos.
Mesclando botânica com questões ambientais e biodiversidade local ao nível
nacional, é muito importante aprender a usar as plantas para decoração,
alimentação e saúde dar total atenção à sua importância e fazer com que os alunos
entendam que a botânica faz parte da vida.
31

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aprendizagem e o ensino são influenciados pela interação do professor


com o aluno, considerando que ambos estão imersos em um ambiente escolar que
passa por mudanças sociais. O envolvimento criativo, motivador e descontraído do
estudante com o conhecimento proporciona satisfação no processo de estudar e
aprender, resultando na criação de ambientes de aprendizagem com significado.
Essa abordagem previne a acomodação, a falta de motivação e o desinteresse pelos
estudos.
Precisa-se descontruir a concepção de que aprender sobre Botânica é
tedioso e que essa matéria não possui valor ou importância. É fundamental
encontrar maneiras de ensinar os conteúdos relacionados a essa área de forma
mais conectada, prazerosa e adaptada à realidade do aluno, não se limitando ao
livro didático como única ferramenta para orientar os aspectos teóricos e práticos
Os pesquisadores constataram que é mais eficaz ensinar botânica em
todos os níveis ao adotar estratégias que despertem o interesse do aluno,
contribuindo para a construção e desenvolvimento de conceitos. Isso ajuda a
diminuir a resistência atual em relação ao ensino e aprendizado de conteúdos
relacionados às plantas.
Estudos indicam que as escolas precisam aprimorar o ensino de botânica,
o que requer a capacitação contínua dos professores e a criação de novos recursos
pedagógicos. Para alunos e professores, é fundamental promover uma variedade de
disciplinas no processo de ensino. Dessa forma, o professor deve abandonar a ideia
de que o estudo da botânica é monótono e desinteressante, e um tema sem
importância. Portanto, é responsabilidade do professor encontrar maneiras de
apresentar o conteúdo de forma clara, relevante e realista para os alunos, indo além
do uso exclusivo de livros didáticos como ferramenta para orientar o ensino teórico e
prático.
Os professores valorizam a diversidade de abordagens e incorporam
atividades em sua prática de ensino, embora nem todos os alunos demonstrem
interesse nessas aulas. No entanto, este estudo demonstra que o uso de uma
abordagem diversificada beneficia o processo educacional da botânica, conferindo
significado aos conceitos botânicos e aprofundando a familiaridade dos alunos com
o conteúdo, mesmo que alguns deles manifestem pouco interesse.
32

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