O que é equilíbrio entre vida
pessoal e profissional?
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional abrange a forma que a
força de trabalho de uma empresa prioriza as atividades pessoais e
profissionais. Falar sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional
é importante, pois a tecnologia empregada na realização das tarefas
no serviço podem acabar interrompendo a rotina diária das pessoas
fora do horário de trabalho.
Cada colaborador define o equilíbrio ideal em sua rotina, dependendo
dos compromissos com a família, prioridades no trabalho, saúde e
lazer.
Uma breve história sobre o equilíbrio
entre vida pessoal e profissional
Até o início do século XX, os trabalhadores manuais tinham uma carga horária semanal
entre 70 e 100 horas durante a Revolução Industrial.
Henry Ford, pioneiro na indústria automobilística, criou o horário comercial na década
de 1920 para que seus funcionários pudessem equilibrar o tempo de trabalho com o
tempo pessoal. As empresas acabariam adotando esse modelo ao decorrer das duas
décadas seguintes e o governo dos Estados Unidos da América tornaria lei a carga
horária de trabalho de 40 horas semanais. Nesse período, a imprensa descreveu o tempo
entre o trabalho e a casa como equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
A relação entre trabalho e casa evoluiu ainda mais no último quinquênio do Século XX,
com a introdução de novas tecnologias e a mudança das prioridades comerciais rumo ao
valor do acionista. Agora, os colaboradores podem estar ligados ao trabalho fora do
escritório através de e-mails e mensagens de texto. Como as barreiras de antigamente
não existem mais, o conceito de equilíbrio entre vida pessoal e profissional foi criado.
Como o equilíbrio entre vida pessoal e
profissional mudou ao longo dos anos?
O equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal continua mudando até os dias de
hoje, os colaboradores procuram arranjos de trabalho mais flexíveis que apoiem seus
estilos de vida. As empresas responderam à essa necessidade, oferecendo auxílios
creche, plano de saúdes para idosos e programas de benefícios aos colaboradores. O
destaque dessas iniciativas impulsionou o recrutamento e o fundo de comércio de
algumas empresas.
A pandemia de COVID-19 aumentou o diálogo sobre o equilíbrio entre vida pessoal e
profissional. À medida que os trabalhadores mudavam para as configurações remotas,
cumprindo também as responsabilidades familiares, os funcionários se sentiam cada vez
mais estressados. Em resposta, as empresas atualizaram suas ofertas de benefícios
expandindo os serviços existentes do programa de assistência aos colaboradores,
oferecendo acesso a aconselhamento em saúde mental, programas de saúde e bem-estar,
salário de escritório doméstico e horas de trabalho flexíveis.
Integração entre vida profissional e
pessoal vs. equilíbrio entre vida pessoal
e profissional: Qual é a diferença?
A integração entre vida profissional e pessoal e o equilíbrio entre vida pessoal e
profissional muitas vezes são usadas como sinônimos, mas existem algumas diferenças
entre eles.
A integração entre vida profissional e pessoal acontece quando os colaboradores
misturam as tarefas pessoais e profissionais durante o dia. Por exemplo, o
colaborador pode estar fazendo alguma tarefa doméstica enquanto participa de uma
reunião pelo Zoom, ou, ainda, levar o filho para o escritório quando as escolas
estiverem fechadas. Quando os colaboradores implementam com sucesso a
integração da vida profissional em suas vidas, eles desfrutam de um nível mais alto
de flexibilidade que permite a coordenação de horários, levando a uma maior
satisfação.
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional acontece quando os colaboradores
priorizam as tarefas pessoais e profissionais de forma equilibrada. Nesse modelo, um
limite claro é estabelecido por meio de cronogramas explícitos para apoiar os
esforços de cada colaborador nos dois âmbitos. Esse equilíbrio pode ser difícil de
gerenciar, especialmente em ambientes híbridos quando a separação entre casa e
trabalho não é nítida. Além disso, podem surgir dificuldades quando os
colaboradores precisarem de horas extras para uma apresentação, projeto ou evento,
exigindo recálculo regular desse saldo.
Os dois sistemas procuram um equilíbrio entre as rotinas pessoais e profissionais de
cada colaborador. Os colaboradores devem avaliar suas prioridades e necessidades em
suas vidas, em seguida, adotar as prioridades que ajudem a reduzir o estresse e aumentar
o bem-estar.
Como as empresas podem melhorar o
equilíbrio entre vida pessoal e
profissional?
Você pode melhorar esse aspecto de diversas formas. Os níveis de estresse variam com
o setor de atuação. Veja a seguir algumas maneiras que as empresas podem seguir para
apoiar esse equilíbrio na vida dos seus colaboradores:
Crie ambientes de trabalho adaptáveis: Os seus colaboradores ficam mais felizes
quando conseguem gerenciar seu próprio tempo. Em um ambiente de confiança,
oferecer acordos de trabalho flexíveis permite que colaboradores se sintam
valorizados sabendo que podem concluir seu trabalho e lidar com outras áreas de sua
vida, conforme necessário.
Incentive pausas frequentes: o trabalho pode ser estressante e você pode obter mais
de seus colaboradores, incentivando a aptidão física, demonstrando a importância da
saúde mental e incentivando o uso de folgas remuneradas.
Avalie os benefícios existentes: Em quais benefícios seus colaboradores encontram
mais valor? Avalie os benefícios oferecidos e faça os ajustes necessários com a ajuda
de feedbacks.
Faça check-in com os colaboradores: cada colaborador tem uma história para ser
contada. Você iniciar a conversa e perguntar o que eles precisam para ter sucesso é
um bom começo, seja revisando sua carga de trabalho ou discutindo desafios
contínuos.
Como melhorar o equilíbrio entre vida
pessoal e profissional?
Veja a seguir algumas formas de melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional:
Aprenda a definir limites: Incentivar a sua força de trabalho a comunicar seus
limites é uma das chaves para o sucesso no local de trabalho. Com tantas solicitações
e demandas de colegas, os colaboradores devem saber como articular prioridades, o
que libera tempo para se concentrar em tarefas importantes. Da mesma forma, os
limites também são importantes após o horário de trabalho.
Pratique o autocuidado: Durante o dia, seus funcionários devem fazer intervalos
regulares, o que pode melhorar sua concentração, reduzir o estresse e ajudar a manter
o foco. Rotinas diárias de apoio, como meditação, exercício e prática de gratidão,
podem criar um hábito de autocuidado. Seus funcionários devem começar do básico,
então não há desculpa para não fazer isso.
Pratique a autocompaixão: O trabalho nem sempre é fácil e não é fácil deixar de
ser perfeccionista. Os colaboradores devem reconhecer que não vão acertar logo na
primeira tentativa e devem se concentrar nas lições aprendidas. Essa abordagem
consciente promove um nível de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e reduz o
crítico interno que pode aumentar a pressão.
Priorize o tempo de qualidade e fazer a contagem de finais de semana: Um bom
equilíbrio entre vida pessoal e profissional inclui dedicar tempo nos hobbies fora do
trabalho. Com tanto para fazer malabarismos durante a semana, é fácil para sua força
de trabalho esquecer suas próprias aspirações. Incentivá-los a fazer algo diferente no
fim de semana - e até mesmo passar esse tempo como se fosse férias - aumenta o
tempo de descanso e o relaxamento para a semana seguinte.
Reduza o consumo de mídia: Tentar acompanhar as notícias pode ser estressante e
passar por feeds de notícias de mídia social também não ajuda. Incentive a sua força
de trabalho a limitar e preservar seu equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Como a tecnologia afeta o equilíbrio
entre vida pessoal e profissional?
A tecnologia pode cultivar ou prejudicar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal
da sua força de trabalho.
No trabalho, as ferramentas digitais ajudam sua força de trabalho a fazer o trabalho,
incluindo automatizar tarefas de rotina, fornecer canais de comunicação e melhorar a
colaboração. Esses recursos são especialmente úteis para equipes que trabalham no
meio virtual ou híbrido. Além disso, a tecnologia pode impulsionar o equilíbrio entre
vida pessoal e profissional, ajudando seus colaboradores a manter o foco e organizar seu
dia. Com mais estrutura, os colaboradores podem planejar seus dias e deixar o trabalho
em um horário gerenciável.
As ferramentas digitais também podem tornar o equilíbrio entre vida pessoal e
profissional mais elusivo do que nunca porque a capacidade de trabalhar de qualquer
lugar pode fazer com que seus funcionários sintam que precisam estar sempre
disponíveis. Se não for abordada com cuidado, a invasão da tecnologia em suas vidas
pessoais pode levar ao esgotamento, baixo desempenho e desgaste do trabalhador.
Abordar como a tecnologia afeta o equilíbrio entre vida pessoal e profissional de seus
colaboradores começa com uma conversa entre sua liderança e os funcionários.
Saiba como criar uma experiência do funcionário que seja exemplo em sua área.
Eleve a experiência do funcionário
de boa para ótima
O ambiente de trabalho mudou, e os funcionários agora estão no
commando. As pessoas redefiniram o significado de sucesso e estão
priorizando a saúde mental e o bem-estar, o crescimento e o
equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Parte integrante do Oracle Fusion Cloud HCM, o Oracle ME ajuda as
empresas a criar experiências de suporte personalizadas para os
colaboradores, que os atendam onde eles estejam e os levem para
onde desejam estar. Abaixo, você encontrará ideias e insights para
transformar sua experiência do funcionário para te ajudar a atrair e
reter talentos.
Trabalhe enquanto eles dormem? Tô
fora! - Equilíbrio entre vida pessoal e
profissional
Recentemente, o assunto sobre equilíbrio entre vida pessoal e
profissional ficou muito em alta após a participação de um
empresário em um podcast, onde entre as suas falas, ele
destacou que exige muita dedicação de seus funcionários, com
uma carga horária de 70 a 80 horas semanais. Além de
citar que: “quem não trabalha de 14 a 16 horas por dia “não vai
conseguir nada na vida””.
Essa situação nos leva ao seguinte questionamento: até
que ponto ter uma carga horária de trabalho excessiva é
sinônimo de um trabalho de qualidade e sucesso?
Infelizmente, não são muitas as empresas que entendem que
uma pessoa colaboradora que consegue administrar e ter
um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, tem
mais chances de ser produtiva e ter um trabalho com
mais qualidade. E essa cobrança pela “dedicação em tempo
integral”, ao invés de trazer um retorno positivo, faz
exatamente o oposto. Ela gera uma sobrecarga física e
emocional que pode prejudicar a saúde da pessoa colaboradora.
Segundo um estudo feito pela Randstad, 81% dos brasileiros
têm o desejo de alcançar esse equilíbrio. Isso está muito
relacionado ao momento de pandemia vivido em 2020, que fez
as pessoas terem uma nova visão tanto sobre carreira, quanto
também sobre as suas prioridades.
Não espanta que este tema esteja sendo tão discutido. De fato,
as pessoas estão mais conscientes de que a vida não pode se
resumir ao trabalho.
Por muito tempo se reproduziu a frase: trabalhe enquanto eles
dormem, como uma romantização do trabalho em excesso. Essa
frase, que é carregada de uma pressão tão grande, pode gerar
péssimas consequências para uma empresa como:
Uma cultura de esgotamento - uma rotina de trabalho
exaustiva pode levar ao esgotamento a qualquer
momento.
Redução da produtividade - quando se orienta a falta
de descanso, o que é essencial para a produtividade e
bem-estar ao longo do tempo, você incentiva que a pessoa
trabalhe cansada, física e mentalmente, o que resulta em
uma baixa produtividade e perda de eficiência.
Tornar o trabalho em equipe competitivo ao invés
de cooperativo - ela faz as pessoas se sentirem
pressionadas a trabalhar mais para “não ficar para trás”.
Home Office: Quando o trabalho também
é casa
O trabalho remoto, que cresceu exponencialmente durante a
pandemia, é visto por muitos como uma oportunidade
maravilhosa. Ele oferece um pouco mais de qualidade de
vida, a partir do momento que você não precisa enfrentar
longos trajetos de deslocamento, além da possibilidade de
conciliar outras atividades no dia a dia, como a prática de
exercícios físicos.
Mas a verdade é que o Home Office tem as suas
dificuldades. Se por um lado você tem mais liberdade por estar
em casa, por outro lado, em muitos momentos, é difícil de “se
desligar” do trabalho. Lidar com a organização, administração
das demandas e os momentos de “solidão” também são
algumas dificuldades vividas neste modelo de trabalho.
A questão da flexibilidade é um fator que costuma chamar a
atenção no trabalho remoto, afinal, poder ajustar o fluxo de
trabalho com a rotina é algo positivo quando pensamos
no equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Porém,
administrar essa flexibilidade ainda é um desafio muito grande
para algumas empresas, que não encontraram o melhor jeito de
lidar com cargas de horário flexível , e criar uma cultura que
incentive a responsabilidade e gerenciamento de demandas.
Dados apontam que a satisfação das pessoas colaboradoras vai
além do modelo de trabalho, a flexibilidade está sendo cada
vez mais valorizada, como mostra a pesquisa “Tendências e
Perspectivas do Trabalho - Report WeWork LatAm 2023”, onde
81% das pessoas gostariam de ter ou já possuem um benefício
destinado à flexibilidade.
O que você pode fazer?
Para melhorar a rotina do Home Office e conseguir separar a
vida pessoal da profissional, você pode experimentar:
Trabalhar em lugares diferentes e sair um pouco de casa.
Definir horário para começar e parar de trabalhar.
Fazer pequenas pausas para esticar o corpo e descansar a
vista.
Criar rotinas de trabalho para que você não se perca nos
processos.
Estabelecer um espaço de trabalho.
Foco no equilíbrio: dica boa é dica
compartilhada!
Perguntamos para algumas pessoas o que elas fazem para
alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Veja o
que elas falaram abaixo:
Como o RH pode incentivar este
equilíbrio
Como citamos, cada vez mais a satisfação das pessoas
colaboradoras está relacionada à flexibilidade e à
possibilidade de investir também no seu bem-estar
pessoal. De acordo com a pesquisa da International Labour
Organization (ILO), mais de 60% dos trabalhadores globais
relatam sentir-se sobrecarregados pelo trabalho. Isso destaca o
quanto é necessário que as empresas comecem a abordar essa
questão e incentivar a gestão do tempo e equilíbrio.
As equipes de Recursos Humanos precisam olhar com atenção
para esse fator que pode influenciar nos negócios, uma vez que
ele impacta na retenção e engajamento das pessoas
colaboradoras. Dentre as ações que podem incentivar este
equilíbrio estão:
Comunicar os limites e expectativas com clareza.
Acompanhar de perto e oferecer feedbacks.
Instruir sobre a gestão de tempo.
Monitorar o tempo de trabalho para evitar os
excessos.
Incentivar as lideranças a serem um exemplo.
A tecnologia e a inteligência artificial podem ser grandes aliados
para as equipes de RH conseguirem incentivar uma cultura
saudável de trabalho, além de ajudar os próprios profissionais
de RH a conciliar a vida pessoal e profissional.
O papel do RH no equilíbrio entre
vida pessoal e profissional
Faculdade Phorte24/08/2023
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Falta de foco, irritabilidade, dificuldade em tomar decisões e resolver
problemas. Esses são alguns dos sintomas do profissional que não tem
equilíbrio entre a vida pessoal e a laboral. Balancear esses dois aspectos
é um desafio para a maioria das pessoas. Nesse contexto, o papel do
RH no equilíbrio entre vida pessoal e profissional é imprescindível na
promoção de um ambiente de trabalho positivo, que possibilita bem-
estar para todos e permite que o funcionário consiga fazer esse
balanceamento.
Para melhorar a vida do colaborador e garantir que a empresa também
se beneficie disso, o RH tem um importante papel na implementação de
arranjos de trabalho, na criação e manutenção da cultura organizacional
e na verificação da carga de trabalho, entre outras atribuições.
Com tudo bem definido estrategicamente, os profissionais de RH
capacitam os funcionários a conciliarem suas vidas pessoais e
profissionais de forma eficaz. Como consequência, é possível que os
funcionários tenham uma maior satisfação no trabalho, maior
produtividade e redução do esgotamento.
Neste artigo, abordaremos como o RH pode promover o equilíbrio entre
vida pessoal e profissional e explicaremos o motivo de ele ser essencial
para o sucesso dos funcionários e das organizações. Então, para saber
mais sobre o assunto, continue a leitura.
O problema da falta de equilíbrio entre trabalho
e vida pessoal para os funcionários
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é essencial para o bem-estar e
a felicidade dos funcionários, porém continua sendo um desafio. Em
2019, a pesquisa The State of Work Life Balance apontou que 26% do
trabalho era feito fora das horas regulares, ou seja, muitas horas extras.
A mesma pesquisa revelou que mais de 40% dos funcionários usavam o
computador para trabalhar após as 22h.
Além disso, há o problema da sobrecarga de trabalho. Com equipes
reduzidas e, muitas vezes, com sobrecarga laboral, o trabalhador se vê
responsável por funções em excesso. Por conseguinte, a vida no
trabalho recebe mais atenção do que a vida fora dele.
Devido a isso, os funcionários podem ficar doentes, seja física, seja
mentalmente. No entanto, essa situação não afeta apenas o funcionário,
mas a empresa também. Isso acontece porque o colaborador passa a se
dedicar menos, a não ter o desempenho esperado, e isso afeta a
produtividade da organização.
Por conseguinte, o aumento de erros e retrabalhos pode ser mais
frequente. Isso gera custos para a empresa e afeta a confiança do
colaborador.
Assim, tendo em vista o mundo competitivo em que todas as empresas
estão inseridas, ter funcionários com problemas mentais e físicos por
falta de conciliação entre vida pessoal e profissional é extremamente
prejudicial para ambos.
O papel do RH no equilíbrio entre vida pessoal
e profissional dos colaboradores
Quando os funcionários têm tempo adequado para cuidar de suas
necessidades pessoais, como família, hobbies e saúde, eles se sentem
mais satisfeitos e motivados em suas vidas profissionais.
Esse equilíbrio também contribui para a saúde mental e física dos
funcionários, evitando o esgotamento, aumentando a resiliência e
reduzindo as chances de burnout. Além disso, o equilíbrio entre trabalho
e vida pessoal permite que os funcionários tenham tempo para se
recarregar e relaxar, o que resulta em maior criatividade e
produtividade no trabalho.
Nesse sentido, se os colaboradores se sentem apoiados em suas
necessidades pessoais, eles ficam mais engajados e comprometidos
com suas tarefas profissionais, o que beneficia tanto os funcionários
quanto as organizações.
Os benefícios do equilíbrio entre trabalho e vida
pessoal para os empregadores
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal não é apenas satisfatório para
os funcionários, mas também para os empregadores. Ao longo dos
anos, as empresas notaram que cuidar do bem-estar dos colaboradores
não é um benefício, mas uma estratégia.
A estratégia está relacionada a diversos fatores, como retenção de
talentos e evitar o desperdício de recursos em processos de seleção e
treinamento constantes. Isso porque, quando se tem uma rotatividade
de pessoas muito alta, perde-se qualificação, pois a empresa terá um
curto espaço de tempo para formar um profissional tão capaz quanto
aquele que saiu.
Por isso, o papel do RH no equilíbrio entre vida pessoal e profissional é
imprescindível na promoção de meios para que os funcionários tenham
qualidade de vida. Com a atuação do RH, eles provavelmente
conseguirão o equilíbrio com mais facilidade, com menos probabilidade
de faltar ao trabalho devido a problemas pessoais. Por conseguinte, há
redução do absenteísmo e aumento da continuidade das operações.
Além disso, funcionários com um equilíbrio saudável também estão
mais propensos a permanecer na empresa a longo prazo, reduzindo a
rotatividade e economizando custos.
Portanto, investir em programas que promovam o equilíbrio entre
trabalho e vida pessoal é um investimento estratégico para os
empregadores, resultando em uma força de trabalho mais engajada e
produtiva. E esse é o papel do RH no equilíbrio entre vida pessoal e
profissional.
O papel do RH na promoção do equilíbrio entre
trabalho e vida pessoal
Como visto, a promoção do equilíbrio entre esses dois aspectos é
fundamental para a felicidade do profissional e para o sucesso da
empresa. Por estar no centro dessa relação, o RH desempenha um
papel crucial na promoção do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
dentro das organizações.
Assim, esse profissional é responsável por desenvolver políticas e
programas que atendam às necessidades dos funcionários, além de
garantir que a cultura organizacional promova um ambiente de trabalho
saudável e balanceado. Desse modo, o RH deve entender o que os
colaboradores mais precisam e privilegiam e, dentro do possível,
oferecer isso a eles.
Além disso, é papel do RH refletir sobre algumas questões importantes,
como a mudança geracional. Atualmente, a geração mais jovem
privilegia a flexibilidade de horário, por exemplo, mas isso é um ponto
muito sensível para várias organizações. Dessa forma, o RH tem a
função de garantir que pontos essenciais para as empresas e para os
funcionários não entrem em conflito.
Programas de bem-estar, palestras sobre saúde física e mental,
reconhecimento por meio de recompensas e apoio em momentos de
dificuldade também são formas de garantir qualidade de vida para o
colaborador. Isso mostra o compromisso da organização com o
equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, promovendo um ambiente
saudável e equilibrado para todos os funcionários.
Estratégias para a implementação de
programas de equilíbrio entre trabalho e vida
pessoal
A implementação de programas de equilíbrio entre trabalho e vida
pessoal requer uma abordagem estratégica por parte dos recursos
humanos. Aqui estão algumas estratégias eficazes para implementar
programas de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal:
1. Focar na comunicação interna: realizar pesquisas e avaliações
para entender as necessidades dos funcionários em relação ao
equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Isso pode ser feito por
meio de pesquisas anônimas ou grupos de discussão.
2. Metas e objetivos bem claros e definidos: fazer uma
administração interna do tempo, desenvolvendo políticas que
apoiem o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, como horários
flexíveis, trabalho remoto e licença parental remunerada.
3. Promover uma cultura de trabalho saudável: incentivar os
gerentes a respeitar os limites de trabalho dos funcionários e
garantir que o trabalho fora do horário de expediente, sempre
que possível, seja evitado.
4. Oferecer programas de bem-estar: inclui – mas não se limita a –
sessões de meditação, programas de condicionamento físico e
workshops sobre gerenciamento de estresse.
5. Reconhecer o funcionário: o colaborador precisa saber que seu
trabalho é visto e que ele está no caminho certo. Esse
reconhecimento pode vir tanto por meio de benefícios materiais
quanto de recompensas subjetivas.
Ao adotar estratégias como essas, o RH pode criar um ambiente de
trabalho que valorize o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e
promova o bem-estar geral dos funcionários.
Seja o profissional de RH responsável por esse
equilíbrio
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal se tornou uma prioridade para
os funcionários e as organizações, e o papel crucial na promoção desse
equilíbrio é desempenhado pelos recursos humanos. O RH tem a
responsabilidade de criar um ambiente de trabalho saudável e
equilibrado, implementando programas e políticas que atendam às
necessidades dos funcionários.
Devido a essa necessidade, é importante que o profissional de RH tenha
uma formação que considere esses aspectos de modo completo, e é por
isso que a Faculdade Phorte oferece a graduação em Recursos
Humanos, com uma grade curricular totalmente adaptada às novas
necessidades do mercado de trabalho. Para visualizar nossa
grade, clique aqui.
Pirâmide de Maslow: entenda a hierarquia das
necessidades
A Pirâmide de Maslow é um esquema que ilustra a sua famosa Teoria da
Hierarquia das Necessidades Humanas, uma das ideias da psicologia que
mais influenciaram disciplinas da Administração. Entenda as raízes desse
conceito e como ele pode ser trabalhado em diferentes áreas da gestão,
marketing e vendas.
A Pirâmide de Maslow ou Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas é
um conceito da Psicologia que se tornou uma das dinâmicas mais difundidas
da gestão de Recursos Humanos.
Ela se baseia no princípio de que as necessidades humanas apresentam
uma relação hierárquica capaz de direcionar a motivação dos indivíduos
para diferentes tipos de satisfação.
Embora seja frequentemente utilizada para definir estratégias
de marketing dentro e fora das empresas, um dos seus benefícios essenciais é
o lembrete de uma verdade, por vezes, despercebida por gestores e
vendedores: estamos lidando com pessoas! Pessoas essas com desejos,
urgências e inspirações distintas.
Neste post, você fará um verdadeiro mergulho pelas profundezas da motivação
humana para compreender as essências que regem o nosso comportamento e
entenderá como as ideias de Maslow podem — e devem — ser usadas para
desenvolver colaboradores e atrair mais clientes para o seu negócio. Vamos
lá?
O surgimento da teoria de Maslow
As camadas da Pirâmide de Maslow
A teoria de Maslow aplicada à gestão de pessoas
A teoria de Maslow aplicada ao marketing e às vendas
Críticas à teoria de Maslow
O surgimento da teoria de Maslow
A famosa teoria das necessidades humanas foi desenvolvida e apresentada
pelo psicólogo norte-americano Abraham Maslow, uma das mais marcantes
autoridades da chamada Psicologia Humanista, área dedicada ao estudo do
comportamento humano e das forças que o influenciam.
As primeiras observações de Maslow foram feitas com macacos. O psicólogo
percebeu que estes animais alteravam radicalmente o seu comportamento de
acordo com determinadas necessidades fisiológicas. Aqueles que não
recebiam comida, por exemplo, eram muito mais agressivos, mas se tornavam
dóceis logo após saciarem sua fome.
Seus estudos também englobaram pesquisas sobre sexualidade e dominância
em macacos e humanos, e as conclusões foram divulgadas em sua
obra Theory of Human Motivation (Teoria da Motivação Humana), de 1954,
na qual a sua famosa Pirâmide das Necessidades Humanas é ilustrada pela
primeira vez.
As camadas da Pirâmide de
Maslow
A Pirâmide de Maslow é uma representação brilhante do seu conceito,
organizado de uma maneira didática e funcional.
Todas as necessidades humanas essenciais são descritas, desde as
fisiológicas, que constituem a base da pirâmide, até as mais abstratas, em seu
topo. Observe logo abaixo!
Base: necessidades fisiológicas
As necessidades fisiológicas são aquelas atreladas à nossa
sobrevivência, como respiração, repouso, alimentação, hidratação e sexo.
São as mais profundas carências humanas e, quando não supridas, recebem
toda a atenção e energia do indivíduo.
Segunda camada: necessidades de
segurança
Atendidas as suas necessidades básicas, a motivação do indivíduo será focada
em sua segurança e autopreservação. Nesse grupo, se encaixam a proteção
física, a busca por abrigo, estabilidade, conforto, cuidados com a saúde, entre
outros.
Terceira camada: necessidades sociais
No centro da Pirâmide de Maslow se encontram as necessidades sociais e, a
partir daqui, as carências psicológicas começam a predominar.
Supridas as suas necessidades básicas e de proteção, as pessoas se voltam,
então, para as suas relações amorosas, familiares, conjugais, entre amigos,
colegas de trabalho etc.
Quarta camada: necessidades de estima
Sobre as necessidades sociais, está a motivação pela aceitação,
reconhecimento, respeito, prestígio, autoridade etc. Nessa fase, as pessoas
buscam meios de se sentirem valorizadas, seja na vida pessoal, seja na
vida profissional.
Topo: necessidades de autorrealização
Por fim, no topo da pirâmide, estão as necessidades relacionadas à
autorrealização, ou seja, a conquista de desejos pessoais, como liberdade,
sabedoria, independência, superação, autocontrole, entre outros.
De acordo com a teoria de Maslow, a satisfação das necessidades citadas em
um andar da pirâmide instiga o indivíduo a sentir as necessidades da camada
superior com mais intensidade.
Por outro lado, basta que uma das necessidades da camada inferior não esteja
sendo atendida para que, instantaneamente, as motivações do indivíduo se
voltem para ela.
Hierarquicamente, portanto, temos as necessidades fisiológicas como a nossa
carência mais forte, seguida pela autopreservação, socialização, autoestima e
autorrealização.
Isso implica dizer, por exemplo, que uma pessoa cujas necessidades
fisiológicas não estejam sendo atendidas, não dará muita importância a
qualquer outro tipo enquanto não suprir essas carências.
A teoria de Maslow aplicada à
gestão de pessoas
Partindo da premissas de Maslow, o que se espera de um empresário ou
gestor é que, antes de cobrar motivação ou produtividade dos seus parceiros e
colaboradores, ele compreenda as suas necessidades.
Observe que metas e promoções, por exemplo, se encaixam no topo da
pirâmide, ou seja, são necessidades de autorrealização.
Nesse caso, se os anseios anteriores do colaborador não estiverem sendo
devidamente trabalhados, dificilmente ele se empenhará ao máximo para que o
seu trabalho ou carreira na empresa evolua.
Acompanhando esse raciocínio, podemos adaptar as informações descritas na
Pirâmide de Maslow para o contexto profissional. Nesse caso, poderíamos
listar necessidades como:
base: descanso físico, tranquilidade mental, salário suficiente, horários
confortáveis para necessidades básicas como alimentação, pausas e higiene;
segunda camada: local, ambiente e condições de trabalho seguros e
acolhedores, estabilidade, salários mais altos;
terceira camada: relações saudáveis com colegas e líderes, clima
organizacional favorável, respeito mútuo, amizades no trabalho;
quarta camada: reconhecimento profissional, valorização por resultados,
poder de opinião, aumentos, bônus, premiações;
topo: participação em projetos que considera importantes, autonomia em suas
decisões, atuar em uma área que gosta, exercer sua criatividade, ter mais
flexibilidade etc.
É claro que existem várias necessidades que fogem do controle da gestão da
companhia, afinal, as pessoas têm seus conflitos e desafios pessoais. Porém,
ainda que não possa intervir diretamente, uma postura compreensiva do líder
pode fazer toda a diferença. Esse é um dos pilares de uma gestão
humanizada.
A maior dificuldade de muitas empresas é o rompimento dos muros entre a
liderança e as equipes de trabalho. Para conseguir identificar as necessidades
das pessoas que dividem espaço em uma organização, é fundamental
adotar estratégias de comunicação interna mais claras, abertas e horizontais.
A teoria de Maslow aplicada ao
marketing e às vendas
Os princípios de Maslow são mais explorados por empresas que trabalham
com regime de vendas complexas e estratégias de comunicação de longo
prazo, como o Marketing de Conteúdo.
Ainda assim, suas ideias podem auxiliar todos os tipos de negócio quando
consideramos o seu potencial para esclarecer os interesses do público. Veja
só!
Entenda as motivações do público
Se o seu público está focado em necessidades de segurança, por exemplo,
não é interessante trabalhar a sua comunicação com argumentos que
contemplem apenas as necessidades sociais.
Da mesma forma, não há como trabalhar a autorrealização de um colaborador
se ele está lutando para sobreviver.
Como você vê, esse conhecimento nos ajuda a orientar melhor as nossas
estratégias e nosso trato com as pessoas, sejam elas prospects e clientes,
sejam gestores ou colaboradores.
Ao conhecermos seus verdadeiros anseios, conseguimos nos aproximar
das pessoas e oferecer soluções que realmente farão diferença para elas.
Compreenda o comportamento do
consumidor
Ao compreender as necessidades que motivam os consumidores, é
possível definir os melhores momentos para atraí-los ou abordá-los,
sempre levando em conta o fato de que as pessoas estão sempre tentando
satisfazer as suas necessidades atuais para “alcançar” níveis mais altos na
pirâmide.
Exceto em casos muito específicos, uma empresa que trabalha com a venda
direta de garrafas de água ou pequenos refrescos, por exemplo, não terá muito
sucesso criando campanhas excessivamente motivacionais, pois seu cliente
ideal é aquele que deseja apenas saciar a sede rapidamente e sem muitos
rodeios.
Alinhe estratégias de marketing e vendas
Se há algo que Maslow realmente deixa claro para as áreas de marketing e
vendas é que argumentos puramente racionais não são suficientes. As
emoções das pessoas sempre terão um peso maior em seu comportamento e
decisões.
As estratégias, portanto, precisam ser idealizadas com base nas necessidades
e na resposta emocional do público. Em outras palavras, não podemos nos
prender ao que o cliente vê — é preciso entender também o que ele sente
ao se deparar com seu conteúdo, sua oferta ou seu produto.
Desenvolva produtos e serviços desejáveis
Alinhando as características dos seus produtos e serviços com os principais
anseios do público da marca, as chances de sucesso são muito
maiores. Surpreender um cliente é ótimo, mas atender às suas
expectativas é fundamental.
Essencialmente, o que empresas e profissionais entregam não são produtos ou
serviços, mas soluções. Se você não tem conhecimento sobre as verdadeiras
necessidades da sua persona, dificilmente conseguirá oferecer uma solução
capaz de despertar o interesse das pessoas e motivá-las a comprar.
Críticas à teoria de Maslow
Os conceitos de Maslow continuam sendo válidos e amplamente utilizados em
diversas áreas do conhecimento, em especial, na gestão de pessoas.
Entretanto, há teóricos que questionam a solidez apresentada em seu
esquema.
De fato, não existem evidências claras que comprovem uma hierarquia tão bem
definida das necessidades humanas e, por isso, alguns críticos modernos
defendem uma visão mais flexível do conceito, na qual as prioridades
motivacionais variam de um indivíduo para outro.
A teoria continua sendo uma referência importante para estudos acadêmicos e
para definição de estratégias de marketing, vendas e gestão. Só não devemos
cometer o equívoco de trabalhar os seus princípios de maneira muito
rígida.
A Pirâmide de Maslow é apenas um dos conceitos capazes de fazer a sua
empresa se relacionar melhor com todos os seus públicos, entretanto, há
várias outras ideias que também podem contribuir para o sucesso do seu
negócio.