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IMC Não Deve Ser Único Parâmetro para Definir Obesidade

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Você já parou para pensar em como profissionais de


saúde diagnosticam a obesidade e sobrepeso? A forma
mais comum de classificar sobrepeso e obesidade em
adultos é por meio do Índice de Massa Corporal (IMC),
que é a divisão do peso (em kg) pela altura ao
quadrado (em metros)1.

A métrica, criada no século 19 por um matemático, foi


adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no
final dos anos 1990 como um indicador de categorias
de peso1.

Entretanto, a Associação Médica Americana (AMA)


publicou, em junho de 2023, uma diretriz em que
recomenda aos profissionais de saúde a não se
basearem apenas no IMC para diagnosticar e classificar
sobrepeso e obesidade2.

Segundo a instituição, a métrica não deve ser o único


parâmetro porque não leva em consideração outras
variantes, como distribuição de gordura pelo corpo,
massa muscular, densidade óssea, faixa etária e
diferenças de etnia e de gênero2.

A medida é considerada imprecisa se utilizada


isoladamente, porque uma pessoa com muito músculo
e pouca gordura pode ter o mesmo IMC de uma
pessoa com obesidade. O índice também não leva em
consideração a distribuição da gordura: quando o
excesso está localizado na parte superior do corpo,
mais precisamente na região abdominal, há um maior
risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 do
que quando a gordura se acumula nos quadris e nas
coxas2.

De acordo com um estudo norte-americano


apresentado no congresso de endocrinologia ENDO
2023, 36% dos quase 10 mil participantes tinham
obesidade, segundo o cálculo do IMC. Porém, ao
analisar as medidas de percentual de gordura corporal
total, esse índice saltou para 74%3.

Por isso, segundo a AMA, é importante que a avaliação


do excesso de peso seja realizada de forma individual e
leve em consideração aspectos mais abrangentes,
como medidas de gordura visceral, índice de
adiposidade corporal, circunferência da cintura, fatores
genéticos e metabólicos, entre outros2.

Como praticar: miniguia para


iniciantes
A fórmula para calcular o IMC é a divisão do peso pela
altura ao quadrado, ou seja:

Como exemplo, uma pessoa que pesa 90 kg e possui


uma altura de 1,60 m possui o IMC de
aproximadamente 35. A conta para se chegar a esse
resultado foi a seguinte:

O resultado indica em que faixa a pessoa se encontra


de acordo com a classificação do IMC, conforme a
imagem abaixo. Nesse exemplo, o IMC de 35,15
representa obesidade grau II.

18,5 ou menos – Abaixo do normal


Entre 18,5 e 24,9 – Normal
Entre 25,0 e 29,9 – Sobrepeso
Entre 30,0 e 34,9 – Obesidade grau I
Entre 35,0 e 39,9 – Obesidade grau II
Acima de 40,0 – Obesidade grau III

Outras formas de avaliação


O IMC é, geralmente, o primeiro passo no diagnóstico
de sobrepeso e obesidade. Outras formas de avaliação
também podem ser consideradas. Confira algumas
delas:

Circunferência abdominal: Idealmente, a medida da


circunferência abdominal não deve ultrapassar 88 cm
nas mulheres e 102 cm nos homens, porém a OMS
alerta que se o índice for superior a 80 cm em
mulheres e 94 cm em homens, já há um risco maior de
doenças ligadas ao coração5.

Relação cintura-quadril: O índice é obtido pela divisão


da circunferência da cintura pela estatura e, se for
maior de 0,85, representa gordura acumulada na
região central do corpo. Homens que possuem esse
índice acima de 1,0 e mulheres acima de 0,85 têm
maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo
2 e câncer2.

Bioimpedância: o exame de composição corporal,


chamado bioimpedância, calcula o percentual de
gordura, massa magra, água, densidade óssea, entre
outros6-7.

Medição de dobras cutâneas: As medidas de dobras


cutâneas, feitas com um aparelho chamado
adipômetro, são usadas para caracterizar a espessura
da gordura subcutânea em várias regiões do corpo.
Esses valores são somados para definir o percentual de
gordura e de massa magra2.

Exames laboratoriais e de imagem: Alguns exames


laboratoriais são importantes para avaliar o estado de
saúde da pessoa com obesidade, como colesterol,
triglicérides, glicemia, funcionamento da tireoide,
gordura do fígado, entre outros. Entre os exames de
imagem, estão ultrassonografia abdominal e a
densitometria de corpo inteiro (que estima o
percentual de gordura corporal total)2-6-7.

Circunferência do pescoço: A circunferência do


pescoço também pode ser medida para avaliar se
existe um maior risco de desenvolver doenças como
hipertensão, diabetes tipo 2 ou apneia do sono
(distúrbio que faz com que a respiração pare e retorne
algumas vezes enquanto a pessoa está dormindo)6-7.

Tratamento
Por ser uma doença crônica, a obesidade precisa de
tratamento de longo prazo, que inclui mudanças de
hábitos, como alimentar-se de forma balanceada e
praticar exercícios físicos com frequência. Pode ainda
envolver o uso de medicamentos e, até mesmo, a
cirurgia bariátrica.

A jornada de perda de peso tem um melhor resultado


quando é acompanhada por uma equipe
multidisciplinar, composta por profissionais da
medicina, nutrição, psicologia e educação física, que irá
avaliar o estado de saúde como um todo e indicar o
melhor caminho a ser percorrido8.

Referências: 1. Komaroff M. For researchers on obesity: historical


review of extra body weight definitions. J Obes. 2016;2016:2460285. 2.
American Medical Association (AMA). Report of the council on science
and public health. Disponível em https://www.ama-
assn.org/system/files/a23-handbook-refcom-d.pdf#page=65. Acesso em
junho de 2023. 3. Visaria A, et al. Discordance between body mass index
and dual-energy x-ray absorptiometry-based adiposity measures among
United States adults. ENDO 2023; Abstract OR10-01. 4. Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).
Calculadora de IMC. Disponível em https://abeso.org.br/obesidade-
esindrome-metabolica/calculadora-imc/. Acesso em junho de 2023. 5.
World Health Organization (WHO). Waist-circumference and waist-hip
ratio: report of a WHO expert consultation. Disponível em
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44583/978924150149
1_eng .pdf. Acesso em junho de 2023. 6. Blocker WP Jr, Ostermann HJ.
Obesity: evaluation and treatment. Dis Mon. 1996 Dec;42(12):829-73. 7.
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome
Metabólica (Abeso). Diretrizes Brasileiras de Obesidade 2016. Disponível
em https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-
Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf. Acesso em
junho de 2023. 8. Mendes AA, Ieker ASD et al. Multidisciplinary
programs for obesity treatment in Brazil: A systematic review. Rev. Nutr.
2016 Nov-Dec; 29(6):867-884.

BR23OB00085 – Agosto/2023

Saiba mais:
Obesidade em números

O IMC como ferramenta para o diagnóstico da


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