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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - CSHNB
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MAURÍCIO GONÇALVES DOS SANTOS

GUIA ILUSTRADO DAS ESPÉCIES BOTÂNICAS DA CAATINGA, NO MUNICÍPIO


DE FRANCISCO SANTOS, PIAUÍ.

PICOS
2024
2

MAURÍCIO GONÇALVES DOS SANTOS

GUIA ILUSTRADO DAS ESPÉCIES BOTÂNICAS DA CAATINGA, NO MUNICÍPIO


DE FRANCISCO SANTOS, PIAUÍ.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Coordenação do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas da Universidade Federal
do Piauí, campus Senador Helvídio Nunes de
Barros, como requisito para obtenção do grau
de Licenciado em Ciências Biológicas.

Orientador (a): Dra. Maria do Socorro


Meireles de Deus
3

MAURÍCIO GONÇALVES DOS SANTOS

GUIA ILUSTRADO DAS ESPÉCIES BOTÂNICAS DA CAATINGA, NO MUNICÍPIO


DE FRANCISCO SANTOS, PIAUÍ.

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC,


apresentado à Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas da
Universidade Federal do Piauí, campus
Senador Helvídio Nunes de Barros, para
obtenção do grau de Licenciado em Ciências
Biológicas.

Aprovado em: _____ /_____ /_____

Banca Examinadora:

___________________________________________________________________
Profª Dra. Maria do Socorro Meireles de Deus (UFPI)
Orientadora

___________________________________________________________________
Membro

___________________________________________________________________
Membro

___________________________________________________________________
Suplente

PICOS
2024
4

AGRADECIMENTOS
5

RESUMO

ABSTRACT
6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 07
2 REFÊRENCIAL TEÓRICO 05
3 METODOLOGIA 08
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 09
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A:
3

1 INTRODUÇÃO

O nome “caatinga” vem do tupi-guarani e significa “mata branca” (caa = mata e


tinga = branca), no período seco as folhas caem e ganham um tom esbranquiçado dando a
impressão que a vegetação está morta, por esse motivo os indígenas a batizaram com esse
nome (Alves, 2020). Abrangendo uma área de 844. 453 Km² e localizada entre os paralelos 3°
e 17°S e meridianos 35° e 45°W, com aproximadamente 20 milhões de pessoas, sendo a
região semi-árida que concentra o maior número de habitantes do planeta, o bioma caatinga
tem sua distribuição restrita ao Brasil, ocupando 9,92% do território (Franca-Rocha et al.,
2007).
A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro localizado na região Nordeste, com
exceção do estado do Maranhão, com uma área que extravasa a região Nordeste, adentrando o
norte do estado de Minas Gerais, caracterizada pelas chuvas irregulares, a paisagem mais
comum da caatinga é dominada por árvores baixas, espinhosas e de folhas pequenas, com
uma variedade de espécies, dentre elas: Suculentas, Bromeliáceas, Cactáceas e Euforbiáceas
(Fernandes; Queiroz, 2018).
Segundo Rodal; Martins; Sampaio (2008), a caatinga nordestina possui em seus
extratos, diferentes tipos de fitofisionomias, caracterizadas como: caatinga arbórea, caatinga
arbórea aberta, caatinga arbustivo aberta (Seridó), caatinga irreversivelmente degradada e
caatinga arbustiva arbórea. O domínio fitogeográfico das caatingas está inserido em um
conjunto de outras áreas semelhantes distribuídas pelo mundo, denominadas de Florestas e
Arbustais Tropicais Sazonalmente Secos (FATTS), onde a caatinga nordestina, dentre todos
esses biomas globais, é a que apresenta a maior diversidade de espécies de plantas, sendo em
sua grande maioria endêmicas (23%), além disso, 29 gêneros são restritos à caatinga
(Fernandes; Queiroz, 2018).
A família botânica que apresenta o maior número de espécies endêmicas da Caatinga
é a Fabaceae, com cerca de 80 espécies, seguida pela família Cactaceae com 41 espécies.
Outras famílias que apresentam um número relevante de espécies são: Scrophulariaceae,
Malpighiaceae e Asteraceae. Muitas das plantas que compõem as paisagens das Caatingas,
perdem as folhas na estação seca e a floração ocorre de forma intensa e rápida no início do
período chuvoso, assim rapidamente completam seu ciclo de vida Zanella (2014). Outro
estudo com resultado semelhante é o feito por Leal et al. (2005), mencionam 932 espécies de
plantas registradas na caatinga, onde 380 são endêmicas. Giulietti et al. (2004), listou 42
4

famílias, 18 gêneros e 318 espécies endêmicas, onde a família mais representativa também foi
a Fabaceae com 80 espécies.
De todos os biomas brasileiros a caatinga é de longe o menos preservado, cerca de
45% da cobertura original já foi degrada. Bahia, Piauí e Ceará são respectivamente os estados
que possuem as maiores áreas de caatinga, desses o Piauí é o que detém a maior área
protegida totalizando cerca de 10% do seu território, são áreas de Proteção Integral (PI) e de
Uso Sustentável (US). De maneira geral, apenas 7,7% do Domínio Caatinga esta preservado
em unidades de conservação (UCs), sendo que 80% desse valor é de unidades de Uso
Sustentável (Oliveira; Silva; Moura, 2019).
A baixa incidência de chuva resultante das zonas de pressão atmosférica presentes na
região, a composição do solo, na sua maioria por sedimentos cristalinos, ineficiente no
armazenamento de água, em uma região onde a temperatura média chega a 28 °C, com um
período de estiagem variando de 7 a 9 meses, esses fatores tiveram importante influência na
vegetação e adaptação das espécies, tanto de vegetais como de animais (Sena, 2011).
Sua flora é muito utilizada pelas comunidades locais para a alimentação, tratamentos
medicinais e comercialização de madeira. Em um levantamento, foram identificadas as
famílias Cactaceae, Anacardiaceae e Fabaceae, como as mais utilizadas para o consumo Silva
et al. (2016). Outro estudo realizado em dois fragmentos de caatinga preservada concluiu que
as famílias mais frequentemente registradas foram Anacardiaceae, Burseraceae, Sapotaceae,
Bignoniaceae, Bombacaceae, Apocynaceae e Euphorbiaceae onde as espécies possuem
diversos usos especialmente medicinal, energético e alimentício (Trovão et al., 2004).
O estado do Piauí apresenta fitofisionomias das Caatingas, Cerrado e de Carrasco
cercados por faixas de transição, no entanto, ressalta-se a baixa quantidade de estudos
relacionados a flora dessas áreas, seja de levantamentos florísticos, fitossociológicos ou
taxonômicos, para se conhecer a diversidade florística nos seus diferentes extratos
vegetacionais, bem como o potencial de uso pelas comunidades locais (Oliveira et al., 1997).
Provavelmente esse uso limitado seja resultado da falta de conhecimento das
potencialidades da flora da Caatinga pela maior parte da população local, portanto é
necessário que estudos sejam potencializados ampliando o conhecimento da população sobre
a importância econômica, medicinal e ecológica das espécies que compõem a flora desse
bioma.
Para o estado do Piauí, esses estudos se resumem em Check Lists e levantamentos
taxonômicos (Moraes; Araújo; Conceição, 2021; Carvalho et al., 2017; Rocha; Luz; Abreu,
5

2017; Lemos; Rodal, 2002). Por tanto nos propomos elaborar um álbum ilustrado com as
espécies de uma área de Caatinga, no município de Francisco Santos –PI, considerando o
hábito, tipo de habitat, distribuição e o potencial econômico e medicinal das espécies listadas
neste trabalho.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro. Além do Brasil, em outros países


da América do Sul existem regiões com vegetações semiáridas semelhantes as encontras em
nosso território, sendo elas; a Guajira que se estende desde a Venezuela até a Colômbia e
diagonal seca do Cone Sul que abrange a Argentina, Chile e Equador Ab’Sáber (1999). São
áreas semiáridas com baixos níveis de pluviosidade anual Passos (2020). Onde a influência
direta do clima e solo na vegetação dessas regiões faz com que predominem os arbustos e em
menor quantidade árvores de pequeno porte, além das interferências antrópicas que alteraram
significativamente a paisagem dessas regiões (Filho, 2011).
O Domínio das Caatingas cobre 70% da região e se caracteriza como a floresta seca
que com a maior diversidade de angiospermas do mundo, dispondo de algo em torno de 3.150
espécies, 950 gêneros agrupados em 152 famílias, com aproximadamente 1.000 espécies já
descritas, as famílias mais representadas são Fabaceae e Euphorbiaceae representando 23%
das espécies da Caatinga incluindo 29 gêneros endêmicos (Kiill, 2011; Fernandes; Queiroz,
2018).
Silva et al. (2019), em um levantamento florístico registrou 120 espécies distribuídas
em 101 gêneros e 46 famílias, com Fabaceae como a família mais representativa (21 spp.),
seguida por Euphorbiaceae (11 spp.), Fabaceae também chamou atenção por possuir ampla
distribuição pelas caatingas e junto com Euphorbiaceae apresentam vários tipos de hábitos de
vida, como: arbóreo, arbustivo, subarbustivo e herbáceo, na caatinga a família Euphorbiaceae
apresenta um número significativo de táxons aproximadamente 230 espécies, sendo que 145
são endêmicas, isso mostra a riqueza dessa família e como ela se adaptou ao clima semiárido.
Pereira et al. (2014) um trabalho etnobotânico e florístico de espécies medicinais de
hábito arbustivo-arbóreos usadas pelas populações locais, foram coletadas por meio de
entrevista 38 espécies listadas como de uso medicinal agrupadas em 16 famílias, sendo
Fabaceae (12 spp.) com o maior número de indivíduos, seguida por Anacardiaceae e
Euphorbiaceae com (4 spp.) cada, somando um total de 52,6% das espécies coletadas, já o
6

levantamento florístico realizado, totalizou 3.495 exsicatas distribuídas em 15 famílias, 16


gêneros e 37 espécies que foi considerado um número baixo para uma área de caatinga, as
espécies com o maior número de ocorrência foram Croton rhamnifolioides Pax & K. Hoffm.,
Croton sonderianus Müll.Arg., Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud., Caesalpinia pyramidalis
Tul., Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth., que correspondem a um total de 75,68% das
espécies, as famílias mais representadas foram Fabaceae (8 spp.), Euphorbiaceae (6 spp.),
Anacardiaceae (3 spp.), Annonaceae e Cactaceae (2 spp.) as famílias restantes obtiveram uma
espécie cada.
Trovão et al. (2004) realizou um levantamento onde foram registradas 14 spp.,
pertencentes a 9 famílias, o uso indiscriminado de algumas espécies para fim medicinal tem
contribuído com o desaparecimento de Cnidoscolus phyllacanthus (Müll.Arg.) Fern. Casas
(Faveleira), Myracrodruon urundeuva M. Allemão (Aroeira), Bauhinia ungulata var.
obtusifolia (Ducke) Vaz (Quixabeira), Bauhinia forticata Link (Mororó), o autor menciona
que a Baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl) e a Aroeira (Myracrodruon urundeuva) estão na
lista de espécies ameaçadas de extinção. Essa última também é mencionada como ameaçada
por (Rocha; Luz; Abreu, 2017; Pereira et al. 2014).
De acordo com (Amorim; Sampaio; Araújo, 2005) em um componente arbóreo de
Caatinga, identificou 15 espécies, 15 gêneros distribuídos em 10 famílias, onde as famílias
Fabaceae, Caesalpiniaceae e Euphorbiaceae foram as mais representativas em número de
espécies. Resultado semelhante ao obtido por Guedes et al. (2012). No estudo de Ramalho et
al. (2009) e seus colaboradores para o extrato arbóreo-arbustivo registraram 96 espécies, com
a família Euphorbiaceae a com maior abundância de espécies. Conceição; Giulietti (2002)
destacam no seu estudo as famílias Poaceae (26 spp.), Asteraceae (17 spp.), Orchidaceae (10
spp.), Bromeliaceae (9 spp.) como as mais representativas, mesmo com a predominância de
Fabaceae é possível encontrar áreas de caatinga com números significativos de outras famílias
e até uma predominância de determinados grupos.
Albuquerque; Andrade (2002), identificou 108 espécies, as quais classificou conforme
os usos empregados, como, por exemplo: Spondias tuberosa Arruda (umbuzeiro) espécie
frutífera; Myracrodruon urundeuva M. Allemão (aroeira); Anadenanthera colubrina (Vell.)
Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul (angico) uso medicinal; Erythrina velutina Willd.
(mulungu) cultivada para fornecer sombra e frutos, Opuntia ficus-indica Mill. (Palma) espécie
forrageira de grande importância para o semiárido, Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret (jurema-
preta), além de medicinal, é empregada em construções civis, extração de madeira e lenha.
7

Ribeiro et al. (2014) enfoca em seu trabalho que apesar da abundante quantidade de espécies
exóticas usadas na medicina, as espécies nativas Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud, e
Ximenia americana L., foram mencionadas como utilizadas como tratamento de múltiplas
enfermidades.
Souza; Rodal (2010), em estudo em área de vegetação ciliar identificaram 78
espécies e 39 famílias. A família Fabaceae como em outros trabalhos já citados anteriormente
apresentou a maior abundância, seguida por Euphorbiaceae Asteraceae. No que se refere ao
hábito as herbáceas representaram 43,6% das espécies identificadas. Fabaceae e
Euphorbiaceae também são citadas como predominantes em estudo realizado por Reis et al.
(2021), os autores também destacam uma elevada diversidade de gêneros e espécies
pertencentes a família Cactaceae, como sendo nativas para o estado do Ceará Pilosocereus
chrysostele subsp. Cearensis P.J. Braun & Esteves, são endêmicas para esse estado. Em
afloramentos rochosos localizados no Ceará, Araújo; Oliveira; Verde, (2008) identificaram 77
espécies distribuídas em 36 famílias das quais as cinco famílias mais representativas foram
Fabaceae (11 spp.), Poaceae (10 spp.), Euphorbiaceae (5 spp.), Asteraceae e Convovulaceae
(4 spp.). A nível de gênero o destaque foi Portulaca L. (3 spp.), os demais foram
Campomanesia Ruiz et Pav., Croton L., Cyperus L., Digitaria Haller., Evolvulus L., Mimosa
L., Paspalum L. e Pilosocereus Byles & Rowley todos registraram duas espécies.
Para o estado do Piauí destacam-se os trabalhos de Oliveira et al. (1997), que em
uma área de Caatinga com influência de Cerrado, no município Serra Velha, registrou 81
espécies e as famílias mais representativas foram Fabaceae (14 spp.) e Cactaceae (6 spp.).
Rocha; Luz; Abreu, (2017) em levantamento florístico do componente arbóreo, no povoado
Gameleira dos Rodrigues em Picos–PI identificaram 37 espécies pertencentes a 34 gêneros e
18 famílias, os gêneros que mais se destacaram foram Hymenaea L. e Piptadenia Benth. (2
spp.) cada, quanto as famílias melhor representadas foram: Fabaceae a mais abundante,
Anacardiaceae e Sapindaceae. O estudo ainda menciona a baixa representatividade da família
Euphorbiaceae (1 spp.) pois ao lado de Fabaceae é uma das famílias mais abundantes da
Caatinga, ao comparar os levantamentos realizados em outros estados da região Nordeste,
como Ceará e Pernambuco, os autores observaram a ocorrência para os três estados, das
espécies: Myracrodruon urundeuva M. Allemão; Annona leptopetala (R. E. Fr.) H. Rainer;
Aspidosperma pyrifolium Mart.; Libidibia ferrea (Mart.) L. P. Queiroz; Mimosa tenuiflora
(Willd.) Poiret; Piptadenia moniliformis Benth. e Ziziphus joazeiro Mart.
8

Lemos; Rodal (2002) em uma área no Parque Nacional Serra da Capivara coletaram
56 espécies lenhosas, distribuídas em 19 famílias, onde mais uma vez a família Fabaceae se
destacou em número de espécies, seguida Caesalpiniaceae, Myrtaceae, Bignoniaceae,
Euphorbiaceae e Mimosaceae a vegetação da área é comum a áreas sedimentares, cristalino e
cerrados do semiárido nordestino.
Moraes; Araújo; Conceição, (2021), listaram as angiospermas de afloramentos
rochosos no Parque Estadual do Cânion do Rio Poti localizado no Piauí, que dispõe de
aproximadamente 24.772, 23 hectares, o parque é uma importante Unidade de Conservação
da biodiversidade da caatinga, a amostragem do levantamento obteve 96 spp., 82 gêneros
distribuídos em 34 famílias Fabaceae, Apocynaceae, Cactaceae, Bignoniaceae e
Euphorbiaceae responsáveis por 71,9% das espécies na área de estudo, além de 8 novos
registros de espécies para o Piauí, 14 espécies endêmicas da caatinga e outros 5 novos registro
para o bioma.
9

3 MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo
O município de Francisco Santos está localizado na região centro-sul do estado do
Piauí, a uma latitude 06º59'34" sul e a uma longitude 41º08'16" oeste, estando a uma altitude
de 270 metros. Com uma área total de 492,191 km², estima-se uma população de
aproximadamente 8.237 habitantes, com densidade demográfica de 16,74 habitantes/km². Os
municípios limítrofes com Francisco Santos do Piauí são a norte: Pimenteiras, leste:
Monsenhor Hipólito e Campo Grande do Piauí, sul: Jaicós, a oeste: Geminiano e Santo
Antônio de Lisboa (IBGE, 2022). O clima predominante é o tropical semiárido quente. A
temperatura média anual varia de 28 a 30 °C. A Precipitação anual 600 a 800 mm, com
duração do período seco de 7 a 8 meses. Por todo o seu perímetro são encontrados solos
aluviais eutróficos, associados a latossolos vermelho-amarelo e solos indiscriminados
concrecionários tropicais. A vegetação predominante é a Caatinga arbórea e arbustiva.

Coleta de dados
Os dados foram coletados a partir do registro fotográfico do material vegetal,
principalmente das partes reprodutivas (flor e fruto), através de caminhadas aleatórias nas
áreas de Caatinga, no município de Francisco Santos. O material fotografado foi identificado
seguindo a nomenclatura botânica adotada na Lista de Espécies da Flora do Brasil (2024).
Para origem, endemismo, distribuição geográfica e domínio fitogeográfico, será utilizado o
Flora do Brasil, (2024), além de outras bibliografias especializadas. As espécies foram
organizadas, alfabeticamente, de acordo com sua família botânica. A identificação ao nível de
família seguiu o sistema de classificação APG IV (2016). Para cada espécie foi apresentado
um pequeno texto onde consta informações como: características morfológicas, origem,
endemismo, distribuição geográfica, domínio fitogeográfico, nome popular a elas atribuídos,
bem como uso medicinal e importância econômica. As características morfológicas foram
buscadas a partir de consultas a bibliografia especializada e atualizada, como livros ilustrados
(Ribeiro et al., 2023; Drumond et al., 2016; Silva; Prata; Mello, 2014; Cavalcante; Teles;
Machado, 2013; Kill; Terão; Alvarez, 2013; Castro; Cavalcante, 2010; Costa et al., 2002)
com a flora brasileira, artigos de revisão taxonômica, dissertações, teses, material de herbários
e coleções botânicas.
10

4 RESULTADOS E DISCURSSÃO

O levantamento florístico das espécies herbáceas e arbustivo-arbóreas do município


de Francisco Santos, Piauí. Registraram 115 táxons distribuídos em 87 gêneros e 31 famílias
botânicas (Tabela 1), das quais 102 foram identificadas ao nível de espécie e 13 até o nível
genérico. As famílias que mais se destacaram foram Fabaceae com (17 gêneros e 25
espécies), seguida por Malvaceae (5 gêneros e 11 espécies), Poaceae (8 gêneros e 10
espécies), Bignoniaceae (5 gêneros e 8 espécies), Convovulaceae (5 gêneros e 7 espécies),
Asteraceae (6 gêneros e 6 espécies), Cactaceae (4 gêneros e 6 espécies) e Amaranthaceae (4
gêneros e 5 espécies). As oito famílias juntas concentraram 78 espécies, o que equivale a
67,8% do total registrado, as outras 37 ficaram distribuídas entre as 23 famílias restantes.

TABELA 1: Famílias/Espécies registradas pelo levantamento florístico no município de Francisco Santos, Piauí,
Brasil. Legenda: ARB – Arbusto; ÁRV – Árvore; ERVA – Erva; LIA – Liana; SUBA – Subarbusto.

Família/Espécie Nome popular Hábito

ACANTHACEAE
Justicia triloba (Lindau) E.C.O. Chagas & Costa-Lima Colherzinha Arb
AMARANTHACEAE
Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze perpétua-do-mato Erva
Amaranthus deflexus L. Bredo Erva
Froelichia humboldtiana (Roem. & Schult.) Seub Ervaço Erva
Gomphrena sp. -------- Erva
Gomphrena elegans Mart. perpétua-do-mato Erva
AMARYLLIDACEAE
Zephyranthes sylcatica (Mart.) Baker lírio-da-caatinga Erva
ANACADIACEAE
Anacardium occidentale L. Cajueiro Árv
Astronium urundeuva (M. Allemão) Engl. Aroeira Árv
Spondias tuberosa Arruda Imbuzeiro Árv
APOCYNACEAE
Allamanda blanchetii A. DC. Viúva-alegre Arb
Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton Algodão-da-praia Arb
ASTERACEAE
Bidens subalternans DC. Picão Erva
Blainvillea acmella (L.) Philipson Picão-grande Erva
Centratherum punctatum Cass. Perpétua roxa Erva
Lepidaploa chalybaea (Mart. ex DC.) H. Rob. Balaio-de-velho Suba
Stilpnopappus sp. Orelha de onça Erva
11

Tridax procumbens L. Erva-de-touro Erva


Continuação da Tabela 1
BIGNONIACEAE
Adenocalymma candolleanum (Mart. ex DC.) L.H. -------- Lia
Fonseca & L.G. Lohmann
Adenocalymma sp. Moita-de-cutia Arb
Anemopaegma sp. Cipó Lia
Anemopaegma sp. -------- Lia
Godmania dardanoi (J.C. Gomes) A.H. Gentry Chifre-de-bode Árv
Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex DC.) Mattos. Ipê-roxo Árv
Handroanthus serratifolius (Vahl) S.O. Grose Ipê-amarelo Árv
Mansoa paganuccii M. M. Silva-Castro Cipó Lia
BIXACEAE
Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng. Algodão-do-mato Árv
BORAGINACEAE
Varronia leucocephala (Moric.) J.S. Mill. Moleque-duro Arb
BROMELIACEAE
Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f. Macambira Erva
Neoglaziovia variegata (Arruda) Mez Croá Erva
CACTACEAE
Arrojadoa rhodantha (Gürke) Britton & Rose Rabo-de-raposa Arb
Cereus albicaulis (Britton & Rose) Luetzelb. Rabo-de-cachorro Arb
Cereus jamacaru P. DC. Mandacaru Árv
Melocactus zehntneri (Britton & Rose) Luetzelb. Coroa-de-frade Suba
Tacinga inamoena (K. Schum.) N. P. Taylor & Stuppy Quipá Suba
Tacinga subcylindrica M. Machado & N.P. Taylor Quipá-miúdo Suba
CLEOMACEAE
Tarenaya longicarpa Soares Neto & Roalson Mussambê Arb
COMBRETACEAE
Combretum leprosum Mart. Mufumbo Arb
COMMELINACEAE
Commelina benghalensis L. Trapoeraba Erva
CONVOVULACEAE
Cuscuta racemosa Mart. Cordão-de-ouro Erva
Distimake aegyptius (L.) A.R. Simões & Staples Corda-de-viola Lia
Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult. Salsa Lia
Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. & Schult. Jetirana Lia
Jacquemontia gracillima (Choisy) Hallier f. Jetirana Erva
Jacquemontia tamnifolia (L.) Griseb. Amarra-cachorro Lia
Operculina macrocarpa (L.) Urb. Batata-de-purga Lia
CORDIACEAE
Cordia rufescens A.DC. Grão-de-galo Arb
CYPERACEAE
12

Continuação da Tabela 1
Cyperus aggregatus (Willd.) Endl. Tiririca Erva
Cyperus iria L. Três-quinas Erva
EUPHORBIACEAE
Euphorbia hirta L. Erva-de-santa-luzia Erva
Cnidoscolus urens (L.) Arthur Cansanção Arb
Jatropha gossypiifolia L. Pião-roxo Arb
FABACEAE
Acacia sp. Unha-de-gato Árv
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Pata-de-vaca Árv
Cenostigma macrophyllum Tul. Canela-de-velho Árv
Centrosema brasilianum (L.) Benth feijão-bravo Lia
Centrosema pascuorum Mart. ex Benth. -------- Lia
Copaifera sp. -------- Arb
Cratylia mollis Mart. ex Benth. Feijão-camaratu Arb
Hymenaea courbaril L. Jatobá-de-porco Árv
Libidibia ferrea (Mart. Ex Tul.) L.P. Queiroz Pau-ferro Árv
Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke Pau-mocó Árv
Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet Feijão-bravo Erva
Mimosa camporum Benth. Maliça-dormideira Erva
Mimosa candollei R. Greather Maliça Erva
Mimosa invisa Mart. ex Colla Maliça Arb
Mimosa modesta Mart. Var. modesta Malícia Erva
Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W. Rama-de-bezerro Árv
Pterodon emarginatus Vogel Sucupira Árv
Senegalia bahiensis (Benth.) Seigler & Ebinger Unha-de-gato Árv
Senna sp. Amargoso Suba
Senna sp. -------- Arb
Senna sp. Canafistula Arb
Senna trachypus (Benth.) H.S. Irwin & Barneby Quebra-faca Arb
Stylosanthes angustifolia Vogel Estilosantes Suba
Stylosanthes viscosa (L.) Sw. Melosa Suba
Zornia reticulata Sm. Dente-de-leão Suba
HELIOTROPIACEAE
Heliotropium indicum L. Crista-de-peru Erva
MALPIGHIACEAE
Banisteriopsis schizoptera (A. Juss.) B. Gates Crista-de-galo Arb
Peixotoa reticulata Griseb. Cipó-ouro Arb
MALVACEAE
Helicteres heptandra L.B.Sm. Semente-de-macaco Arb
Pavonia cancellata (L.) Cav. Corda-de-viola Erva
Sida acuta Burm.f. Vassourinha Suba
Continuação da Tabela 1
13

Sida angustissima A.St.-Hil. Vassoura Suba


Sida ciliares L. Guanxuma Suba
Sida cordifolia L. Malva Suba
Sida galheirensis Ulbr. Malva-branca Suba
Sida glomerata Cav. Guanxuma Suba
Sida vallsii Krapov. Malva Suba
Sidastrum micranthum (A.St.-Hil.) Fryxell Malva-preta Arb
Waltheria indica L. Malva Branca Suba
OXALIDACEAE
Oxalis sp. -------- Erva
PASSIFLORACEAE
Passiflora cincinnata Mast. Maracujá-do-mato Lia
Passiflora foetida Maracujazinho Lia
POACEAE
Cenchrus ciliaris L. Capim-bufel Erva
Cenchrus echinatus L. Carrapicho Erva
Chloris gayana Kunth Capim-pé-de-galinha Erva
Dactyloctenium aegyptium (L). Willd. Capim-mão-de-sapo Erva
Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K. Simon & S.W.L. Capim-colonião Erva
Jacobs
Melinis repens (Willd.) Zizka Capim-favorito Erva
Panicum brevifolium L. Capim Erva
Paspalum sp. Capim Erva
Paspalum paniculatum L. Capim Erva
Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen Capim-rabo-de- Erva
raposa
PORTULACACEAE
Portulaca mucronata Link Beldroega Erva
RUBIACEAE
Hexasepalum apiculatum (Willd.) Delprete & J.H. -------- Erva
Kirkbr.
Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. Poaia-branca Erva
Staelia virgata (Link ex Roem. & Schult.) K.Schum. -------- Erva
SOLANACEAE
Physalis pubescens L. Camapu Erva
Solanum lycocarpum A.St.-Hil. Jurubeba Árv
TURNERACEAE
Piriqueta sidifolia (Cambess.) Urb. var. sidifolia -------- Suba
Tunera sp. -------- Arb
Turnera subulata Sm. Chanana Erva
VERBENACEAE
Lantana camara L. Chumbinho Arb
Continuação da Tabela 1
VIOLACEAE
14

Pombalia calceolaria (L.) Paula-Souza Papaconha Erva


Fonte: Do autor (2024).

A família Fabaceae foi a que registrou o maior número de espécies, seguida por
Malvaceae, Poaceae, Bignoniaceae, Convovulaceae, Asteraceae, Cactaceae e Amaranthaceae
respectivamente essas famílias representam mais da metade do número de espécies registradas
(Figura 1). Comparado a outros levantamentos florísticos em áreas de Caatinga (Rocha; Luz;
Abreu, 2017; Pereira et al. 2014; Souza; Rodal, 2010; Ramalho et al. 2009; Araújo; Oliveira;
Verde, 2008; Amorim; Sampaio; Araújo, 2005; Trovão et al. 2004; Lemos; Rodal, 2002), o
número de espécies coletadas no presente estudo se mostrou superior. Já comparado a outros
trabalhos (Sousa et al. 2021; Silva et al. 2019; Albuquerque; Andrade, 2002), que obtiveram
resultados semelhantes.

Figura 1: Gráfico de distribuição das famílias botânicas e o respectivo número de espécies.

Grafico do número de espécies

25

11
10
8
7
6 6
5
3 3 3 3
2 2 2 2 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e
ae ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea ea e a ea ea ea ea ea ea
a ce ac ac iac lac tac rac ac iac iac iac rac iac iac ac rac rac ac cac ac tac ac ac ac ac iac iac ac lac ac ac
b l P o n v u ac ste n th rb u b rd n e el g h y n p e lo lan la llid re g in n th Bix o m rd o p en io lin lid
v o
Fa M a g n v o C A ar a p h
o R ca u r o m p i o c y sif So rtu ry b
m o r a ca e o tr r b V m e x a
Bi o n n a T Br al Ap C Pas a Cl C lio Ve m O
m u Po m Co B A e
C A E A M A H Co

Fonte: Do autor (2024).

Foram encontradas na área de coleta um total de 17 gêneros e 24 espécies (Figura 1),


os gêneros que mais se destacaram foram Senna Mill. com (4 spp.), Mimosa L. que registrou
(3 spp.), seguido por Stylosanthes Sw., e Centrosema (DC.) Benth. com (2 spp.), os outros
gêneros tiveram uma espécie cada.
A família Fabaceae é a terceira maior família do mundo 770 gêneros e 19.500 espécies
de plantas vasculares, exercem um papel de dominância em relação as outras espécies em seus
15

locais de ocorrência, além diante do exposto, a capacidade de se adaptar aos mais diversos
ambientes tropicais, planícies temperadas e desertos, o que é um claro exemplo de sucesso e
diversificação evolutiva, mundialmente do ponto de vista econômico fica atras apenas da
família Poaceae (Aguilar; Léon; Mejía, 2021; LPWG, 2017).
Além de ser representada em quase que todos os tipos de formações vegetacionais, no
território brasileiro já foram registradas 2.807 espécies e 222 gêneros dentre eles 15
endêmicos da caatinga Amorim et al. (2016). Está família é importante para o Nordeste, pois
é uma fonte de recursos medicinais, energéticos e forrageiros, sendo uma das principais fontes
de alimentos para os animais selvagens e domésticos nos períodos de seca. Os hábitos de vida
da família foram variados, o componente arbóreo registrado foi de 38,2%, os arbustos
representaram 17,6%, subarbustos e lianas 11,7%, as ervas herbáceas tiveram 20,5% do total
amostrado. Houve uma predominância das espécies arbóreas. Os hábitos herbáceos e
arbóreos, também são mencionados como sendo os principais na família por (Costa; Marinho,
2016).
Malvaceae com (11 spp.), foi o segundo maior número de espécies coletadas. O
gênero que mais se destacou foi o Gênero Sida L. com sete espécies (Tabela 1), o habito de
vida subarbustivo foi predominante, dados esses semelhantes aos obtidos no presente
levantamento foram os de Sousa et al. (2021), que coletou 8 sp., em um levantamento na
chapada do Araripe.
Malvaceae Juss., essa família no Brasil é encontrada em todos os estados e biomas,
com 72 gêneros e 778 espécies registradas, além de 9 spp. endêmicas do nosso território,
comumente são arbustos, subarbustos, arvores, trepadeiras e herbáceas (Marques et al, 2017).
Para o Piauí Malvaceae é de suma importância especialmente para abelhas do gênero
(Apis) o que mostra o estudo de Silva; Bastos; Sobreira (2014), afim de inventariar as espécies
melíferas da macrorregião de Picos, registrou 35 espécies e 19 famílias chamando atenção
para Malvaceae com (6 spp.), com o maior número de representantes, seguida por
Euphorbiaceae e Fabaceae com (quatro spp.) cada, mostrando o potencial econômico desta
família na caatinga. Vasconcelos et al, (2021), também obteve resultados semelhantes com
33 espécies, 28 gêneros e 20 famílias mencionadas como melíferas em uma área de ecotono
cerrado-caatinga no norte do Piauí, Fabaceae, Euphorbiaceae e Malvaceae com
predominância das espécies herbáceas.
16

Com relação a Poaceae (10 spp.) foram registradas, os gêneros Cenchrus L.,
Paspalum L. com duas espécies cada foram os mais representativos. Maciel; Alves (2011),
em seu trabalho cita o gênero Paspalum L. como o mais representativo na sua área de estudo.
Poaceae é uma família amplamente distribuída pelo domínio caatinga isso se deve a
sua alta produção de sementes e sua importância econômica como uma espécie forrageira
usada para alimentação de animais, além de ser a família, mais cultivada no mundo (LPWG,
2017; Silva; Coelho; Medeiros 2008). As espécies Cenchrus echinatus L., Setaria parviflora
(Poir.) Kerguélen, Paspalum paniculatum L. foram citadas como nativas pelo (LEFB, 2024).
Bignoniaceae obteve 8 espécies coletadas no presente levantamento Adenocalymma
candolleanum (Mart. ex DC.) L.H. Fonseca & L.G. Lohmann, Adenocalymma sp.,
Anemopaegma sp. (duas espécies), Godmania dardanoi (J.C. Gomes) A.H. Gentry,
Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex DC.) Mattos., Handroanthus serratifolius (Vahl) S.O.
Grose Mansoa paganuccii M.M. Silva-Castro.
Bignoniaceae Juss., é uma família Pantropical encontrada especialmente nas América
do Sul e África que são os dois centros de distribuição da família no mundo, possui cerca de
840 espécies e 112 gêneros, a família é dividida em 8 tribos das quais 3 são registradas no
Brasil, com um total de 420 espécies e 34 gêneros já identificados, desse total 213 são
endêmicos do Brasil (Rodrigues et al. 2024; Andrade; Nascimento, 2020; Sscudeller 2004).
Para o estado do Piauí são registradas 26 gêneros e 156 espécies, representando um
alto valor econômico pela sua madeira nobre e seu porte arbóreo imponente o que leva a
extração desordenada de seus recursos, os trabalhos sobre esta família são amplos (Rodrigues
et al. 2024; Lemos, 2004).
A família Convovulaceae formada por espécies anuais de hábito trepador foi bem
representada com (7 spp.), os gêneros Ipomoea L., Jacquemontia Choisy com duas espécies,
cada um. Esses gêneros foram os mais abundantes no levantamento de Delgado; Buril; Alves
(2014).
Convovulaceae Juss., é uma família tropical com 1.880 espécies e 58 gêneros os
biomas com os maiores números de espécies são cerrados, caatinga e mata atlântica com 147,
128 e 104 respectivamente, três gêneros são dominantes Ipomoea L., Jacquemontia Choisy e
Evolvulus L., o Brasil de todos os países do novo mundo é o que detém da maior quantidade
de espécies dessa família 22 gêneros e 403 spp., (Staples, 2010; Moreira; Pigozzo, 2016;
Austin; Cavalcante, 1982).
17

Para o estado do Piauí o destaque vai pra o Primeiro registro de Cuscuta racemosa
Mart., como sendo a primeira ocorrência da espécie no estado e bioma, até então os registros
para a região se concentravam na mata atlântica da Bahia e Pernambuco (Delgado; Buril;
Alves 2014).
A família Cactaceae de hábito suculento com (6 spp.) Arrojadoa rhodantha (Gürke)
Britton & Rose (Rabo-de-raposa), Cereus albicaulis (Rabo-de-cachorro), Cereus jamacaru P.
DC. (Mandacaru), Melocactus zehntneri (Britton & Rose) Luetzelb. (Coroa-de-frade),
Tacinga inamoena (K. Schum.) N. P. Taylor & Stuppy (Quipá), Tacinga subcylindrica
(Palma-mirim), em sua maioria endêmicas e adaptada aos tipos de solo pedregosos, cristalinos
e com baixa capacidade de armazenamento de água, graças a fotossíntese do tipo MAC que
possibilitou o sucesso dos cactos no domínio caatinga, são conhecidos por formarem uma
vegetação rala, espinhenta e de porte arbustivo se destacam as cactáceas do gênero Cereus
Mill., pelo seu porte arbóreo (Fernandes; Queiroz, 2018; Alves, 2009).
Asteraceae com seis espécie e seis gêneros foi um destaque Bidens subalternans
DC., Blainvillea acmella (L.) Philipson, Centratherum punctatum Cass., Lepidaploa
chalybaea (Mart. ex DC.) H. Rob., Stilpnopappus sp., Tridax procumbens L. A família tem
importância medicinal e ornamental, no Brasil existem catalogadas 2. 070 espécies, para a
caatinga está entre as famílias mais representativas com 290 espécies e 109 gêneros (Amorim;
Bautista, 2016).
No que diz respeito ao hábito (Figura 2). Das 115 espécies coletadas na área de estudo
ouve a predominância das Ervas (43 spp. ou 37,3%), arbustivas (24 spp. ou 20,8%), arbóreas
(18 spp. ou 15,6%) subarbustos (17 spp. ou 14,7%) e lianas (13 spp. ou 11,3%). Para o estado
do Piauí o levantamento florístico das angiospermas no parque estadual do Rio Poti coletou
96 espécies e o habito de vida mais observados foi arbóreo, seguido por arbustivo, herbáceo,
subarbustivo em menor quantidade lianas Moraes; Araújo; Conceição, (2021). O componente
herbáceo tem um papel fundamental nos ecossistemas da caatinga seu ciclo de vida curto que
depende das chuvas para o seu desenvolvimento. Dito isso o presente exposto é reforçado por
Silva; Araújo; Ferraz, (2009), onde seu levantamento florístico do componente herbáceo em
uma área de caatinga no estado de Pernambuco, mostrou a diversidade de espécies e a
influência direta dos tipos de solos nesse componente herbáceo.
O componente arbustivo e arbóreo não é homogêneo em determinados locais as
arvores formam copas que sobreiam totalmente o solo logo a baixo, por outro lado a
predominância dos arbustos é indiscutível formando populações densas senário que está cada
18

vez mais escasso por pressões antrópicas. Em um estudo do componente arbustivo-arbóreo


em áreas de caatinga concluiu se que em uma área antropizada o número de espécies foi
maior se comparado a uma área preservada, isso pode ser explicado pela maior competição
por espeço das espécies que estão se estabelecendo no local, onde a vegetação é intocada as
espécies de maior porte tendem a sufocar a vegetação de crescimento lento. (Ferraz et al.
2014).
O componente herbáceo (Figura 2), se mostrou dominante no local de estudo foram
coletadas 43 spp., as famílias onde esse habito de vida foi mais frequente foram Poaceae,
Amaranthaceae, Asteraceae e Rubiaceae. Essas famílias possuem o habito herbáceo na
maioria das espécies e sua predominância na caatinga é de suma importância para a
manutenção do bioma. Os dados obtidos corroboram com Carvalho et al. (2022), que aponta
que as espécies herbáceas anuais da caatinga são importantes na recuperação de ecossistemas
degradados em vegetações de caatinga, apontando a família Poaceae como predominante.

Figura 2: Gráfico das espécies quanto ao hábito de vida.

50
Grafico das espécies quanto ao hábito
45 43

40

35
Erva
30 Arbusto
Árvore
25 24
Subarbusto
Liana
20 18
17
15 13

10

Fonte: Do autor (2024).

A Caatinga possui espécies frutíferas de importância econômica sendo uma das


principais fontes de renda em alguns períodos do ano, se destacando Anacardium occidentale
L. (Anacardiaceae), Spondias tuberosa Arruda (Anacardiaceae), Cereus jamacaru P. DC.
19

(Cactaceae), Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f. (Cactaceae), Hymenaea


courbaril L. (Fabaceae), Passiflora cincinnata (Passifloraceae). Apesar das espécies da
Caatinga possuírem um grande potencial frutífero observa-se que ainda são pouco exploradas
Santos; Júnior; Prata (2012). S. tuberosa Arruda (Imbuzeiro) e P. cincinnata Mast. (Maracujá-
do-mato) são as espécies nativas da Caatinga, mais usada para a alimentação encontradas em
feiras ao ar livre e supermercados locais (Queiroz, 2011).
Vale mencionar que muitas espécies são usadas na arborização de praças, ruas e
avenidas, entre as mais frequente estão os ipês Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex DC.)
Mattos. (Ipê-roxo), Handroanthus serratifolius (Vahl) S.O. Grose (Ipê-amarelo), possuindo
flores belas e vistosas na época de floração e sombra na maior parte do ano. Outras espécies
são Libidibia ferrea (Mart. Ex Tul.) L.P. Queiroz (Pau-ferro), Bauhinia cheilantha (Bong.)
Steud. (Pata-de-vaca), Allamanda blanchetii (Viúva-alegre). As bromeliáceas e cactáceas
também são muito utilizadas para fins decorativos por possuírem flores chamativas e darem
um toque peculiar a paisagem, entre as mais frequentes estão Bromelia laciniosa Mart. ex
Schult. & Schult.f. (Macambira), Cereus jamacaru P. DC. (Mandacaru), Tacinga inamoena
(K. Schum.) N. P. Taylor & Stuppy (Quipá). A retirada de espécies para fins decorativos sem
controle pode causar o desaparecimento de algumas espécies, caracterizando um problema
ambiental grave. A importância do potencial ornamental da caatinga foi mencionada em um
trabalho na região localizada no baixo médio do Rio São Francisco Cavalcante et al. (2017),
outros autores vão na mesma linha e desenvolveram estudos voltados exclusivamente para o
uso e manejo de espécies nativas com potencial paisagístico em áreas urbanas (Alvarez; Kiill,
2013; Alvarez et al. 2012).
Segundo Ribeiro et al. (2014) na medicina popular as espécies são amplamente
usadas como medicinais no tratamento e prevenção de diversos males. Entre as espécies mais
frequentes estão Anacardium occidentale L., Myracrodruon urundeuva, Hymenaea courbaril
L., Libidibia ferrea (Mart. Ex Tul.) L.P. Queiroz que auxiliam no combate de dores de
barriga, controle do diabetes, dores na coluna, tratamento de cânceres. Carvalho et al. (2017)
registrou 110 espécies, 95 gêneros e 47 famílias mencionadas como medicinais no semiárido
piauiense se destacando as espécies usadas no tratamento de doenças digestórias e
respiratórias.
Deve se ressaltar a importância de estudos voltados a conhecer melhor as espécies
desse bioma que ainda é tão pouco conhecido (Pereira et al. 2014).
20

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APENDICE 1

Álbum ilustrado com as espécies da Caatinga ocorrentes no município de Francisco


Santos.

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