NBR 8762
NBR 8762
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CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:020.05 - Comissão de Estudo de Cabos de Baixa Tensão (Tensão
nominal < 1 000 V)
NBR 8762 - Extra flexible cables for arc welding electrode and other aplications
Descriptors: Electric cable. Flexible cable. Arc welding equipment
Esta Norma substitui a NBR 8762:1985
Válida a partir de 29.09.1997
© ABNT 1997
Todos os direitos reservados
soldar
Sumário 1 Objetivo
Prefácio
1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis na aceitação e/ou
2 Referências normativas recebimento de cabos extraflexíveis, isolados e/ou
3 Definições cobertos com camada extrudada de composto termofixo
4 Requisitos gerais ou termoplástico, utilizados na ligação do terminal de saída
5 Requisitos específicos da fonte de energia ao eletrodo da máquina de soldar a
6 Inspeção arco, ou em outras aplicações em que seja necessário o
7 Aceitação e rejeição uso de cabos extraflexíveis
ANEXOS
2 Referências normativas
A Tabela de características do condutor
B Tabelas para isolação e/ou cobertura As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
C Tabela de amostragem ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
D Figuras esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
E Tabela para ensaio de flexibilidade estática momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
Prefácio com base nesta que verifiquem a conveniência de se
usarem as edições mais recentes das normas citadas a
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, em um dado momento.
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês NBR 5111:1985 - Fios de cobre nu de seção circular
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização para fins elétricos - Especificação
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo
(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, NBR 5368:1981 - Fios de cobre mole estanhados
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros para fins elétricos - Especificação
(universidades, laboratórios e outros).
NBR 5410:1990 - Instalações elétricas de baixa ten-
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito são - Procedimento
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e proce-
associados da ABNT e demais interessados. dimentos na inspeção por atributos - Procedimento
NBR 6242:1980 - Verificação dimensional para fios São previstas duas categorias de cabo:
e cabos elétricos - Método de ensaio
a) cabos para uso até 100 V: estes cabos são para
NBR 6244:1980 - Ensaio de resistência à chama para aplicação exclusiva em máquinas de soldar a arco.
fios e cabos elétricos - Método de ensaio Possuem apenas cobertura e não necessitam de
marcação da tensão de isolamento na cobertura;
NBR 6881:1981 - Fios e cabos elétricos de potência Os cabos podem ser designados por meio de uma sigla,
ou controle - Ensaio de tensão elétrica - Método de formada por símbolos alfanuméricos, conforme a
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NBR 7312:1982 - Rolos de fios e cabos elétricos - 4.2 Condições em regime de operação
Características dimensionais - Padronização
A temperatura de operação, no condutor, não deve
ultrapassar 70°C ou 90°C, dependendo do composto
NBR 9311:1986 - Cabos elétricos isolados - De-
utilizado.
signação - Classificação
3.3 comprimento nominal: Comprimento padrão de fabri- 4.3.6 Para produtos acondicionados em carretéis, admite-
cação e/ou comprimento que conste na ordem de compra. se, quando não especificado diferentemente pelo com-
prador, que o comprimento efetivo em cada unidade de
3.4 lance irregular (quanto ao comprimento): Lance com expedição seja diferente do comprimento nominal em
comprimento diferente, em mais de 3%, do comprimento no máximo 3%. Para efeitos comerciais, o fabricante,
nominal, com no mínimo 50% do referido comprimento. neste caso, deve declarar o comprimento efetivo.
NBR 8762:1997 3
4.3.7 Para complementar a ordem de compra, admite-se f) comprimento total a ser adquirido, em metros;
que até 5% dos lances de um lote de expedição sejam
irregulares quanto ao comprimento (ver 3.4), devendo o g) tipo de acondicionamento.
fabricante declarar o comprimento efetivo de cada unidade
de expedição. 5 Requisitos específicos
4.3.8 Os carretéis devem possuir dimensões conforme a
5.1 Condutor
NBR 11137 e os rolos conforme a NBR 7312.
5.1.1 O condutor deve ser constituído por fios de cobre de
4.3.9 As extremidades dos cabos acondicionados em car-
retéis devem ser convenientemente seladas com capuzes seção circular, com ou sem revestimento metálico, têm-
de vedação, ou com fita auto-aglomerante, resistentes às pera mole, encordoados em feixe ou em formação
intempéries, a fim de evitar a penetração de umidade du- composta.
rante o manuseio, transporte e armazenagem.
5.1.2 A superfície dos fios componentes do condutor en-
4.3.10 Externamente, os carretéis devem ser marcados, cordoado não deve apresentar fissuras, escamas, re-
nas duas faces laterais, em lugar visível, com caracteres barbas, asperezas, estrias ou inclusões. O condutor pronto
legíveis e indeléveis, com as seguintes indicações: não deve apresentar falhas de encordoamento.
a) dados do fabricante (razão social, endereço, CGC 5.1.3 Os fios componentes do condutor encordoado, antes
e inscrição estadual); de serem submetidos a fases posteriores de fabricação,
devem atender aos requisitos físicos da NBR 5111 ou
b) indústria brasileira; NBR 5368, para condutores de cobre nu ou revestido,
respectivamente.
c) tipo de material (cabo flexível) e seção nominal do
condutor, em milímetros quadrados; 5.1.4 As características do condutor devem estar conforme
anexo A, tabela A.1.
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h) massa bruta, em quilogramas; 5.3.1 Os compostos devem atender aos requisitos pre-
vistos nesta Norma e, adicionalmente, satisfazer aos re-
i) número de série do carretel; quisitos físicos da NBR 6251 (a menos da resistividade
volumétrica e constante de isolamento, quando apli-
j) seta no sentido de rotação para desenrolar.
cáveis). Os tipos previstos e as respectivas classes tér-
micas constam no anexo B, tabela B.1.
4.3.11 Os rolos devem conter uma etiqueta com as in-
dicações de 4.3.10, com exceção dos itens i) e j).
5.3.2 A camada de material da isolação e/ou cobertura
4.3.12 É facultado ao fabricante incluir o nome comercial deve ser contínua e uniforme, ao longo de todo o com-
do seu produto na etiqueta dos rolos ou na marcação das primento do cabo.
bobinas.
5.3.3 Quando não previsto separador, a isolação ou co-
4.4 Descrição para aquisição dos cabos bertura deve estar justaposta sobre o condutor, porém
facilmente removível e não aderente a ele.
O comprador deve indicar, necessariamente em sua con-
sulta e posterior ordem de compra para aquisição dos 5.3.4 A espessura nominal mínima da isolação e/ou co-
cabos, os seguintes dados fundamentais: bertura deve estar de acordo com o anexo B, tabela B.2,
em função da seção do condutor.
a) tensão de isolamento (Vo/V), em volts (ver 4.1.1);
NOTA - As espessuras indicadas na tabela B.2 são orientativas
b) seção nominal do condutor, em milímetros qua- e devem ser analisadas em função dos novos ensaios de tipo
drados; previstos nesta Norma. Espessuras nominais maiores podem
ser necessárias.
c) material da isolação e/ou cobertura;
d) número desta Norma; 5.3.5 Quando for adotada construção em dupla camada,
a camada interna deve ter aderência suficiente à externa,
e) comprimento das unidades de expedição e res- de modo a cumprir os requisitos mecânicos desta Norma,
pectiva tolerância; caso não sejam fixados, adotam- e deve corresponder a aproximadamente 1/3 da es-
se o comprimento padrão do fabricante e tolerância pessura total. As espessuras das camadas interna e
conforme 4.3.3 a 4.3.7; externa não devem ser medidas separadamente.
4 NBR 8762:1997
5.3.6 A espessura média (total, no caso de dupla camada) b) verificação dimensional da isolação e/ou co-
não deve ser inferior ao valor nominal estabelecido e a bertura, conforme 6.3.2;
espessura mínima, em um ponto qualquer de uma seção
transversal, pode ser inferior ao valor nominal esta- c) ensaio de resistência elétrica, conforme 6.3.3;
belecido, contanto que a diferença não exceda
0,2 mm + 20% do valor nominal. d) ensaio de centelhamento, conforme 6.3.4;
5.3.7 As espessuras média e mínima da isolação e/ou co- e) ensaio de tensão elétrica, conforme 6.3.5.
bertura devem ser medidas conforme a NBR 6242.
6.1.1.4 O critério de amostragem para os ensaios de rotina
5.4 Marcação na superfície externa do cabo (R), exclusive para o ensaio de centelhamento, deve ser
baseado na NBR 5426, com nível de inspeção (NI) e ní-
5.4.1 A marcação deve estar conforme a NBR 6251, con- vel de qualidade aceitável (NQA) a serem acordados
tendo no mínimo as seguintes informações: entre fabricante e comprador.
e) número desta Norma. 6.1.1.6 Os ensaios especiais (E) solicitados por esta Norma
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são:
5.4.2 É facultado incluir o nome comercial do produto,
preferencialmente após o nome do fabricante. a) ensaios mecânicos na isolação, antes e após en-
velhecimento, conforme a NBR 6251;
6 Inspeção
c) ensaio de alongamento a quente na isolação e/ou
6.1 Ensaios e critérios de amostragem cobertura, conforme a NBR 6251, quando aplicável.
Os ensaios previstos por esta Norma são classificados 6.1.1.7 Os ensaios especiais devem ser feitos para ordens
em: de compra que excedam 10 km de cabos de mesma seção
e materiais. Para ordens de compra com vários itens de
a) ensaios de recebimento (R e E); mesmos materiais componentes, tendo apenas seções
diferentes, os ensaios especiais podem ser realizados
b) ensaios de tipo (T); em um único item, preferencialmente o de maior compri-
mento. Para ordens de compra com comprimentos de
c) ensaios de controle.
cabos inferiores ao estabelecido anteriormente, o fabri-
cante deve fornecer, se solicitado, um certificado onde
6.1.1 Ensaios de recebimento (R e E)
conste que o cabo cumpre os requisitos dos ensaios
6.1.1.1 Os ensaios de recebimento constituem-se de:
especiais desta Norma.
a) verificação da construção do condutor, conforme 6.1.2.2 Estes ensaios devem ser realizados, de um modo
6.3.1; geral, uma única vez para cada projeto de cabo.
NBR 8762:1997 5
6.1.2.3 Após a realização dos ensaios de tipo (T), deve 6.2 Condições gerais de inspeção
ser emitido um certificado pelo fabricante ou por entidade
reconhecida pelo fabricante e comprador, o qual deve 6.2.1 Todos os ensaios de recebimento e verificações de-
ser válido para as seções efetivamente ensaiadas e todas vem ser executados nas instalações do fabricante,
as demais. devendo ser fornecidos ao inspetor, ou representante do
comprador, todos os meios que lhe permitam verificar se
6.1.2.4 A validade do certificado, emitido conforme 6.1.2.3, o produto está de acordo com os requisitos desta Norma.
condiciona-se à emissão de um documento de aprovação
6.2.2 Os ensaios de tipo podem ser executados em labo-
do mesmo por parte do comprador. Este documento só
ratórios independentes, reconhecidos pelo comprador.
pode ser utilizado pelo fabricante para outros compra-
dores com autorização do emitente. 6.2.3 No caso de o comprador dispensar a inspeção, o
fabricante deve fornecer, se solicitado, cópia dos resul-
6.1.2.5 Os ensaios de tipo (T) solicitados por esta Norma tados dos ensaios de rotina e especiais e certificado dos
são: ensaios de tipo, de acordo com os requisitos desta Norma.
a) verificação da construção do cabo, conforme 5.1 a 6.2.4 Todos os ensaios previstos por esta Norma devem
5.4; ser realizados às expensas do fabricante.
b) ensaio de resistência elétrica, conforme 6.3.3; 6.2.5 Quando os ensaios de tipo, já certificados pelo
fabricante, forem solicitados pelo comprador, para uma
c) ensaio de tensão elétrica, conforme 6.3.5, somente determinada ordem de compra, o importe deles deve ser
para cabos com tensão de isolamento 450 V/750 V; objeto de acordo comercial.
d) ensaio de resistência de isolamento à temperatura 6.3 Descrição dos ensaios e seus requisitos
máxima de operação, conforme 6.3.6, somente para
6.3.1 Verificação da construção do condutor (R e T)
cabos com tensão de isolamento 450 V/750 V;
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6.1.2.6 A amostra deve ser constituída por comprimento 6.3.4 Ensaio de centelhamento (R)
suficiente de cabo completo e a seção de condutor
preferencial é 70 mm2. 6.3.4.1 Este ensaio deve ser realizado somente para cabos
com tensão de isolamento de 450 V/750 V.
6.1.3 Ensaios de controle
6.3.4.2 Os cabos, no processo de extrusão da isolação ou
6.1.3.1 Estes ensaios são realizados normalmente pelo
em processos posteriores de fabricação, devem ser
fabricante, com periodicidade adequada, em matéria- submetidos ao ensaio de centelhamento, ao longo de
prima e semi-elaborados, bem como durante e após a toda a produção.
produção do cabo, com o objetivo de assegurar que os
6.3.4.3 O ensaio pode ser realizado com tensão elétrica
materiais e processos utilizados atendam aos requisitos
contínua ou alternada. Os valores de tensão devem estar
de projetos cobertos por esta Norma.
de acordo com o anexo B, tabela B.2. No caso de indicação
de falta pela aparelhagem de ensaio, o trecho cor-
6.1.3.2 Todos os ensaios elétricos e não elétricos previstos
respondente do cabo deve ser removido, não sendo per-
por esta Norma compreendem o elenco de ensaios de mitidos reparos.
controle disponíveis ao fabricante, que, a seu critério e
necessidade, utiliza para determinada ordem de compra 6.3.4.4 A fim de permitir a adoção de amostragem para o
ou lote de produção. ensaio de tensão elétrica, o ensaio de centelhamento
deve ser necessariamente realizado durante o processo
6.1.3.3 Após a realização dos ensaios de controle, os de acondicionamento final, comprovado por relatório de
resultados devem ser registrados adequadamente pelo ensaio emitido pelo fabricante e podendo ser auditado
fabricante, sendo parte integrante de seu sistema de pelo comprador.
garantia da qualidade. Esta documentação deve estar
disponível ao comprador em caso de auditoria de sistema 6.3.4.5 O ensaio deve ser realizado conforme a
ou de produto. NBR 10537.
6 NBR 8762:1997
6.3.5 Ensaio de tensão elétrica (R e T) isolação e/ou cobertura, de forma a permitir o contato
elétrico do condutor com a massa do equipamento e a
6.3.5.1 Este ensaio deve ser realizado somente para cabos terra.
com tensão de isolamento de 450 V/750 V.
6.3.7.2 O conjunto para o ensaio deve ser constituído por:
6.3.5.2 O cabo deve ficar imerso em água, por um tempo
não inferior a 2 h antes do ensaio, e a tensão elétrica de- a) equipamento que possibilite a compressão
ve ser aplicada entre o condutor e a água. do corpo-de-prova com uma velocidade de
(10 ± 1) mm/min e que permita a adaptação de uma
6.3.5.3 O cabo não deve apresentar perfuração, quando placa e um mandril;
submetido à tensão elétrica alternada de 2 500 V, de
freqüência 48 Hz a 62 Hz, pelo tempo de 5 min. b) placa plana de aço, com 50 mm de lado, colocada
horizontalmente;
6.3.5.4 Em alternativa, o requisito de 6.3.5.2 pode ser veri-
ficado com tensão elétrica contínua de 6 000 V, pelo tempo c) mandril metálico, com 19 mm de diâmetro, colocado
de 5 min. paralelamente à placa;
6.3.5.5 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6881. d) dispositivo de sinalização, para verificar a ocor-
rência de contato da placa e/ou mandril com o
6.3.6 Ensaio de resistência de isolamento à temperatura condutor, utilizando-se sistema sonoro ou luminoso
máxima de operação (T) adequado.
6.3.6.1 Este ensaio deve ser realizado somente para cabos 6.3.7.3 Os corpos-de-prova devem ser ensaiados in-
com tensão de isolamento de 450 V/750 V. dividualmente, colocando-os na posição horizontal entre
a placa de aço e o mandril metálico, e perpendiculares a
6.3.6.2 A resistência de isolamento do cabo, à temperatura este último. A placa e o mandril devem estar ligados
máxima de operação, referida a um comprimento de 1 km, eletricamente à massa do equipamento e à terra.
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estar ligados eletricamente com a terra e o dispositivo de 6.3.10.3 O aparelho de ensaio deve ser similar ao indicado
sinalização ligado em série entre o condutor e o mandril no anexo D, figura D.2, com duas braçadeiras, A e B, lo-
e entre o condutor e o bloco. O ensaio deve ser realizado calizadas a 1,5 m, no mínimo, acima do nível do solo. A
à temperatura ambiente. braçadeira A é fixa e a braçadeira B é móvel horizon-
talmente, no mesmo nível da braçadeira A.
6.3.8.4 Após ligar o circuito elétrico do dispositivo de
sinalização, deve-se deixar cair livremente o bloco de 6.3.10.4 As extremidades do corpo-de-prova devem ser
aço, de uma altura suficiente para se obter a energia de fixadas verticalmente e mantidas na posição vertical,
60 J, devendo cada corpo-de-prova ser ensaiado uma durante o ensaio. A braçadeira móvel deve ser colocada
única vez. à distância l = 0,20 m da braçadeira fixa A, tomando o
cabo aproximadamente a forma indicada, em linhas
6.3.8.5 A resistência ao impacto é considerada satisfatória
pontilhadas, no anexo D, figura D.2.
quando, no ponto de impacto, o condutor não ficar visível
com o possível rompimento da isolação e/ou cobertura e
se não houver contato elétrico do condutor com o mandril 6.3.10.5 A braçadeira móvel B deve então ser afastada da
e/ou bloco de aço em nenhum dos corpos-de-prova braçadeira fixa A, até a posição do cabo tomar a forma de
ensaiados. U, contido entre duas linhas de prumo tangenciais às
geratrizes externas do cabo, como indicado na figura D.2,
6.3.9 Ensaio de abrasão (T) em linhas contínuas. O ensaio deve ser realizado duas
vezes, devendo, na segunda operação, o cabo sofrer uma
6.3.9.1 O corpo-de-prova, medindo 380 mm de compri- rotação de 180o nas braçadeiras.
mento, deve ser obtido de amostra retirada de cabo
completo. 6.3.10.6 A média das distâncias l’ deve ser obtida entre as
duas linhas de prumo.
6.3.9.2 O conjunto para o ensaio deve ser constituído por:
6.3.10.7 A média das distâncias l’ (ver figura D.2) não deve
a) placa plana de aço, para apoiar e fixar o corpo-de-
exceder os valores indicado no anexo E, tabela E.1.
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prova;
b) lâmina maciça de aço, com uma das faces com 6.3.10.8 Se os resultados dos ensaios não forem satis-
três dentes retos e paralelos conforme anexo D, figu- fatórios, o corpo-de-prova deve ser condicionado, en-
ra D.1; rolando-o e desenrolando-o quatro vezes, em um carretel
com diâmetro de aproximadamente 20 vezes o diâmetro
c) contador de número de ciclos; do cabo; neste caso, o corpo-de-prova deve sofrer uma
rotação de 90° em cada operação de enrolamento. Após
d) equipamento que possibilite realizar um movi- esse condicionamento, o corpo-de-prova deve ser subme-
mento harmônico simples, a 30 ciclos/min, com des- tido novamente ao ensaio descrito, devendo satisfazer
locamento de 150 mm. aos requisitos estabelecidos.
6.3.9.3 O corpo-de-prova deve ser colocado reto e fixado 6.3.11 Ensaio de auto-extinção da chama (T)
sobre uma placa plana de aço. A lâmina deve ser mon-
tada na posição central, e verticalmente, sem tocar o corpo-
6.3.11.1 Os corpos-de-prova devem ser constituídos por
de-prova, com os dentes horizontais e perpendiculares
comprimento suficiente de cabo completo.
ao eixo longitudinal deste.
6.3.9.4 O ensaio deve ser iniciado com a placa, onde está 6.3.11.2 Quando submetido ao ensaio, a chama no corpo-
colocado o corpo-de-prova, na posição final do mo- de-prova deve auto-extinguir-se e a parte carbonizada
vimento e o contador de ciclos zerado. Se necessário, não deve atingir a região correspondente a 50 mm da ex-
devem ser adicionados pesos à lâmina, de modo a se tremidade inferior do grampo de fixação superior.
obter a força de (13,3 ± 0,3) N. A lâmina deve ser abaixada
suavemente, até atingir o corpo-de-prova, e o movimento 6.3.11.3 O ensaio deve ser realizado conforme a
da placa iniciado imediatamente. Um observador deve NBR 6244.
estar presente, para verificar o desgaste e limpar,
eventualmente, o material acumulado na lâmina, ao longo 6.3.12 Ensaios físicos nos compostos da isolação e/ou
do ensaio. cobertura (E e T)
6.3.10.1 Este ensaio só é aplicável aos cabos com co- NOTA - Quando não forem exeqüíveis os ensaios físicos, sepa-
bertura termofixa, de seções superiores a 10 mm2 ou radamente na isolação e na cobertura, devido à aderência entre
inferiores ou iguais a 95 mm2. elas, deve ser realizado alternativamente o ensaio de dobramento,
conforme previsto na NBR 6238, adotando-se para o envelhe-
6.3.10.2 O corpo-de-prova deve ser obtido retirando-se cimento a menor das temperaturas de ensaio previstas para os
um comprimento de 3 m de cabo completo. compostos em avaliação.
8 NBR 8762:1997
7.1.2 Podem ser rejeitadas de forma individual, e a critério 7.2.2 Ensaios especiais (E)
do comprador, as unidades de expedição que não cum-
prirem essas condições. 7.2.2.1 Sobre as amostras obtidas conforme critérios es-
tabelecidos em 6.1.1.5 a 6.1.1.9, devem ser aplicados os
7.2 Ensaios de recebimento (R e E) ensaios especiais (E) estabelecidos nessas mesmas se-
ções. Devem ser aceitos os lotes que satisfizerem aos re-
7.2.1 Ensaios de rotina (R) quisitos especificados.
7.2.1.1 Sobre as unidades de expedição que tenham cum- 7.2.2.2 Se, nos ensaios especiais, resultarem valores que
prido o estabelecido em 7.1, devem ser aplicados os en- não satisfaçam aos requisitos especificados, o lote do
saios de rotina (R) dados em 6.1.1.2 ou 6.1.1.3, conforme qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado, a critério
o tipo de cabo, aceitando-se somente os lotes que satis- do comprador.
fizerem aos requisitos especificados.
7.3 Recuperação de lotes para inspeção
7.2.1.2 Podem ser rejeitadas de forma individual, e a critério
do comprador, as unidades de expedição que não cum- O fabricante pode recompor um novo lote, por uma única
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prirem os requisitos dos referidos ensaios. vez, submetendo-o a uma nova inspeção, após terem
sido eliminadas as unidades de expedição defeituosas.
7.2.1.3 Nos ensaios de verificação da construção do Em caso de nova rejeição, são aplicadas as cláusulas
condutor e de verificação dimensional da isolação e/ou contratuais pertinentes.
/ANEXO A
NBR 8762:1997 9
Anexo A (normativo)
Tabela de características do condutor
/ANEXO B
10 NBR 8762:1997
Anexo B (normativo)
Tabelas para isolação e/ou cobertura
Tabela B.1 - Temperatura máxima de operação em função dos materiais de isolação e/ou cobertura
Isolação Cobertura
Tipo de material
PVC/A EPR ST1 SE1/B
Temperatura máxima de 70 90 70 90
operação
o
C
mm 2 mm c.a. c.c.
/ANEXO C
NBR 8762:1997 11
Anexo C (normativo)
Tabelas de amostragem
Até 10 0
> 10 - 30 1
> 30 - 50 2
> 50 - 70 3
> 70 - 90 4
Para cada 20 km adicionais +1
/ANEXO D
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12 NBR 8762:1997
Anexo D (normativo)
Figuras
/ANEXO E
NBR 8762:1997 13
Anexo E (normativo)
Tabela para ensaio de flexibilidade estática
16 45
25 45
35 50
50 50
70 55
95 60
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