MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
CMP – 11ª RM
11º DEPÓSITO DE SUPRIMENTO
DEPÓSITO MARECHAL MARIO TRAVASSOS
PLANO DE SESSÃO DATA: Conforme QTS
OM: 11º D Sup
Nº /2024 HORA: Conforme QTS
CURSO: CFST
TURMA: Alunos CFST.
PERÍODO: Básico
MATÉRIA: Observação e Orientação
UNIDADE DIDÁTICA: B 107
ASSUNTO: Busca e apreensão.
OBJETIVOS:
Executar uma busca e apreenção.
LOCAL DA INSTRUÇÃO: 2ª Cia Sup.
TÉCNICA(S) DE INSTRUÇÃO:
a. Prática Controlada
MEIOS AUXILIARES: Material individual.
INSTRUTORES: MONITOR: AUXILIARES:
TODOS OS CABOS E SOLDADOS
2° TEN ROCHA A ESCALAR ENVOLVIDOS NA EQUIPE DE
INSTRUÇÃO.
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: Preparar o local de instrução.
MEDIDAS DE SEGURANÇA: Se algum militar passar mal durante a instrução o mesmo será
encaminhado para a SEC SAU da OM, em casos mais graves, será encaminhado ao HMAB.
FONTES DE CONSULTA: Manuais dos armamentos abordados na instrução.
VISTO VISTO VISTO
____________________ ____________________ ____________________
2° Ten Rocha Cap Consoni Cap Paulo Juan
Instrutor Chefe Ch da 3ª Seç Cmt Cia Instr
Horário Distribuição do Assunto MAI
1. INTRODUÇÃO
A. Importância do assunto
B. Apresentação dos objetivos da sessão.
Iniciando a nossa instrução sobre orientação em campanha, citarei agora os
objetivos da nossa instrução:
a. Relembrar os processos de orientação expedita noturna;
b. Relembrar os aspectos referentes à aferição do azimute da bússola;
c. Relembrar os aspectos referentes à aferição do passo duplo;
d. Relembrar os aspectos referentes à equipe de navegação;
e. Executar um percurso de orientação noturna.
C. Apresentação do sumário
Para atingirmos os objetivos anteriormente citados, seguiremos o seguinte
sumário:
a. Orientação Expedita em Campanha;
b. Bússola;
c. Navegação; e
d. Prática.
D. Motivação dos instruendos
O militar deve prestar o máximo de atenção nessa instrução que será de grande Carta Terreno
180 min valia nos acampamentos e até mesmo em combate.
2. DESENVOLVIMENTO
A orientação é importantíssima, pois tem grande aplicação em todos os
momentos de combate ou mesmo durante os exercícios, um homem perdido
pode cair nas mãos do inimigo, só por falta de saber orientar-se. A finalidade
é determinar uma direção no terreno qualquer que seja e sob quaisquer
condições de tempo.
A. Orientação Expedita em Campanha
1) Generalidades
Todo militar deve saber orientar-se. Todos estamos sujeitos,
independentes de Arma, Quadro ou Serviço, em uma situação de combate, ter
nosso material de orientação danificado. Para tanto existem alguns processos
expeditos de orientação que nos permitem uma orientação básica através da
obtenção de um ou mais pontos.
2) Orientação
Norte(N): Marca a direção do Polo Norte geográfico da Terra. Existem
dois sinônimos: setentrional e boreal. O referencial astronômico mais
importante é a Estrela Polar.
Sul(S): Marca a direção do Polo Sul geográfico da Terra. Existem dois
sinônimos: meridional e austral. O referencial astronômico mais conhecido é
o Cruzeiro do Sul.
Leste(L): O referencial genérico aproximado é o “nascer do Sol”. Como a
Terra gira de oeste para leste, visualiza-se a nascente a leste. Durante o dia,
Horário Distribuição do Assunto MAI
tem-se a impressão de que o Sol cruza o céu de leste (onde nasce) para oeste
(onde se põe), constituindo o movimento aparente do Sol, O sinônimo mais
conhecido é a palavra oriente.
Oeste(O): O referencial genérico aproximado é o “pôr do Sol”. O
sinônimo mais difundido é a palavra ocidente.
Os pontos cardeais não são suficientes para nos orientarmos precisamente
sobre a superfície da Terra e, por isso, é necessário utilizarmos também os
pontos colaterais, que se situam entre dois pontos cardeais. Veja como
encontrá-los:
Entre o Oeste e o Norte, há o ponto colateral noroeste (NO);
Entre o Oeste e o Sul, há o ponto colateral sudoeste (SO);
Entre o Leste e o Sul, há o ponto colateral sudeste (SE);
Entre o Leste e o Norte, há o ponto colateral nordeste (NE).
Também podemos encontrar os pontos sub-colaterais. Por exemplo,
entre oeste e noroeste, encontramos o ponto oes-nordeste (ONO). Observe a
representação dos pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais por meio
09h20min da Rosa dos Ventos ou Rosa dos Rumos.
até
10h50min
Figuras 1 e 2: Pontos cardeais e colaterais
4) Outros meios
A observação de vários fenômenos naturais também permite o
conhecimento, a grosso modo, da direção N-S. Assim, os caules das árvores,
a superfície das pedras, os mourões das cercas etc., são mais úmidos na parte
voltada para o sul. Entretanto, pela dificuldade de penetração da luz solar, não
será comum na selva a observação desses fenômenos.
Os animais, de modo geral, procuram construir seus abrigos com a entrada
voltada para o norte, protegendo-se dos ventos frios do Sul e recebendo
diretamente o calor e a luz do sol.
Acidentes Geográficos: Um monte afastado e que se destaca na região, a
orla de um bosque, a direção geral dos cursos d’água e outros acidentes do
terreno podem ser usados para auxiliar na orientação.
Fogos de metralhadoras, morteiros e artilharia: Caso se conheça a situação
geral, a direção dos fogos das metralhadoras, morteiros e artilharia podem
Horário Distribuição do Assunto MAI
servir para auxiliar na orientação.
Orientação pela coloração das folhas das árvores e pelo musgo: O sol, no
hemisfério sul, durante a maior parte do ano tem sua trajetória aparente
deslocada para o Norte. Em consequência, as folhas das árvores tomam cores
mais vivas no lado Norte. Outro fenômeno é o aparecimento de musgo no
lado Sul dos troncos das árvores, pedras e moirões de cerca, dado a menor
incidência de raios solares. A análise de tais fatos nos dá precárias condições
de orientação. Esta observação é mais nítida quanto mais ao Sul se esteja.
Para o hemisfério Norte o processo é inverso.
B. Bússola
1) Generalidades
A bússola é sem dúvida o instrumento mais conhecido dos Descobrimentos, pois
foi provavelmente o mais importante. Indicando sempre o Norte, é uma ajuda
preciosa para todo e qualquer navegador. As bússolas atuais variam um pouco
entre si, mas tê
Figura 6: Funcionamento da bússola
2) Bússola
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e à
orientação da carta e orientação no terreno;
É um goniômetro no qual a origem de suas medidas é determinada por
uma agulha imantada que indica, por princípio da física terrestre, uma direção
aproximadamente constante, que é o norte magnético;
Comumente uma bússola compõe-se de uma caixa acrílica ou de metal em
cujo interior existe um limbo graduado. No fundo e no centro desta caixa
existe um pino de aço, denominado quício, sobre o qual gira a agulha
imantada;
Mede-se o azimute magnético para o ponto, realizando-se para maior
precisão três leituras deste azimute.
Horário Distribuição do Assunto MAI
Figura 7: Bússola de limbo móvel
Aferição
Para que uma bússola possa ser empregada, deve satisfazer um conjunto
de condições, as quais devem ser verificadas previamente por meio de
operações preliminares:
CENTRAGEM: verifica -se esta condição lendo as graduações indicadas
pelas duas pontas da agulha sobre as diversas partes do limbo. A diferença
entre essas leituras deve ser constante e igual a 180º ou 3.200'’’. No caso
contrário, o instrumento estará mal centrado e teremos de forçar ligeiramente
o quício a fim de retomar sua posição normal.
SENSIBILIDADE: Comprova-se esta circunstância aproximando um
objeto imantado e afastando-o. Nota-se que a agulha sofrerá um desvio e
voltará à sua posição após algumas oscilações, na ordem de 25º.
EQUILÍBRIO: Uma bússola está em perfeito equilíbrio quando colocada
na posição horizontal, a agulha conserva-se nessa posição. Caso uma das
pontas da agulha fique mais baixa, não permitindo sua livre rotação sobre o
quício, é necessário pôr um contrapeso, procurando o equilíbrio da agulha.
Azimute
São ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros
do relógio, a partir do NM, do NV e do NQ.
Figura 8: Azimute de quadrícula ou lançamento
É necessário, portanto, que se conheça o ângulo QM, o qual poderá
encontrar-se em duas situações.
Horário Distribuição do Assunto MAI
Figura 9: Azimute magnético
Determinação de um azimute
A leitura de um azimute com a bússola depende do tipo deste aparelho: se
de limbo móvel, de se de limbo fixo. E, mais, do sentido de sua graduação:
NESO ou NOSE;
Entretanto uma regra prática resolve todos os problemas criados pelos
diversos tipos de aparelhos, evitando possíveis dúvidas, qualquer que seja a
bússola e sua graduação. Giramo-la para a direita, se a graduação aumenta ele
nos dá o azimute diretamente, no caso contrário, o valor do azimute será igual
a 360º menos a graduação lida.
Determinação de um azimute (Limbo Móvel)
Para obter melhor precisão e facilitar a utilização da bússola, é importante
que sejam seguidos os seguintes passos:
a) Colocar a bússola na palma da mão, mantê-la na altura do peito e na
horizontal, para não impedir o livre movimento da agulha imantada
b) Apontar a seta de navegação para a direção do objetivo a ser atingido;
c) Girar o anel graduado até a agulha imantada coincidir com a seta de
orientação;
d). Após esta operação, verificar o azimute que está registrado na bússola.
A graduação da bússola, geralmente, é numerada de 20 em 20 graus e
dividida de 2 em 2 graus.
3) Precauções
Além da variação causada pela declinação magnética, uma bússola é
afetada pela presença do ferro, magnetos, fios condutores de eletricidade e
aparelhos elétricos.
Certas áreas geográficas possuem depósitos de minério (como ferro) que
podem tornar imprecisa uma bússola situada próximo deles.
Consequentemente, todas as massas visíveis de ferro ou campos elétricos
devem ser evitados quando se emprega a bússola.
Distâncias de objetos metálicos:
● Linhas de alta tensão: 60 m
● Canhão de campanha: 20 m
● Carros de Combate: 20 m
● Cerca de Arame: 10 m
Horário Distribuição do Assunto MAI
● Fuzil: 03 m
● Capacete Balístico: 01 m
Outras precauções:
● Não friccionar a tampa de vidro da bússola;
● Visar sempre pontos bem definidos e notáveis no terreno;
● Executar uma visada inversa;
● Não conservar a bússola em ambiente úmido;
● Evitar que a bússola sofra choques violentos;
● Limpar de vez em quando as partes externas da bússola; e
● Nunca desmontar o aparelho, o que só pode ser feito por pessoa
especializada.
C. Navegação
Navegação é o termo que se emprega para designar qualquer movimento
terrestre ou fluvial, diurno ou noturno;
Não se dispondo de bússola, a navegação terá de ser feita como for
possível. Se houver um guia, normalmente chamado “mateiro”, conhecedor
da região, não haverá maiores problemas; em caso contrário, a navegação
será difícil;
Quando se encontrar uma trilha aberta por ser humano, geralmente ela
conduzirá a um lugar de salvação;
Se a trilha for de animal difícil de identificar por quem desconhece a
região, mas provavelmente ela conduzirá a um local de água (bebedouro);
Equipe de Navegação
Teoricamente uma equipe de navegação é composta de 04 homens:
HOMEM PONTO: será aquele lançado à frente para servir de ponto de
referência; portará um facão para abrir a picada e uma vara ou bastão
descascado e, à noite, uma lanterna velada ou material fosforescente
(Cyalume);
HOMEM BÚSSOLA: será o portador da bússola e deslocar-se-á
imediatamente à retaguarda do homem-ponto. Deverá manter a bússola
amarrada ao corpo para não a perder;
HOMEM PASSO: será aquele que se deslocará atrás do homem-bússola,
com a missão de contar os passos percorridos e transformá-los em metros.
Para desempenhar esta função, deverá ter passo aferido com antecedência. É
conveniente que todos os integrantes da equipe de navegação tenham o passo
aferido e que realizem a contagem dos passos por ocasião dos deslocamentos;
HOMEM CARTA: É o chefe da equipe. Será o que conduzirá a carta (se
houver) e auxiliará na identificação de pontos de referência, ao mesmo tempo
que nela lançará outros que mereçam ser locados. É interessante que o
homem-carta procure sempre o deslocamento através da “linha seca”, pois
isto evitará o desgaste próprio e/ou do grupo no sobe e desce dos socavões.
Horário Distribuição do Assunto MAI
Aferição do Passo
Em terreno irregular, medir e marcar, aleatoriamente, a distância de 300
metros, sendo 100 metros em terreno plano, 100 metros em descida e 100
metros em subida. Percorrer esta distância contando o número de passos
duplos para cada trecho de 100 metros. Obter a média e concluir: 100 metros
são percorridos em P passos simples.
D. Prática
Para a prática da instrução, será realizada uma pista de orientação diurna. A
pista deverá ser preparada no interior da 2º CIA, com o intuito de proporcionar
rápida assistência aos instruendos para realizar a localização dos pontos. A
montagem das pistas conta com 12 pontos espalhados pela 2º CIA.
A realização das pistas será feita por grupamentos. Os instruendos receberão
uma carta com a localização dos pontos a serem encontrados. O percurso estende-se
pela região da companhia, começando e terminando na região do tapiri.
A previsão para a realização da pista é de 1h a 2h de duração. Finalizada a
pista, os instruendos irão ter em mãos as anotações de pontos e todas as palavras
anotadas.
3. CONCLUSÃO:
A. Retirada de dúvidas;
B. Demonstração;
C. Prática.