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Aparelho Digestório - SEMIOLOGIA

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INíCIO / SEMIOLOGIA I, II E III / EXAME FíSICO /

Aparelho Digestório
INTRODUÇÃO AO EXAME DO ABDOME
INSPEÇÃO
Regiões abdominais e projeção de órgãos na parede
abdominal
Procedimento:
>> Antes e após examinar um paciente lave as mãos
1. Solicite ao seu paciente para se deitar em decúbito dorsal e
exponha cuidadosamente o abdome dele.
2. Explique o procedimento ao seu paciente.
3. Faça a ectoscopia do abdome e anote os dados que julgar
importante.
4. Identifique as regiões abdominais e a projeção dos órgãos
nas paredes torácica e abdominal.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: abdome plano, sem
abaulamentos, cicatrizes ou hérnias.
AUSCULTA ABDOMINAL
Procedimento:
1. Deve ser realizada logo após a inspeção abdominal, para
que as manobras de palpação e percussão não influenciem no
peristaltismo.
2. Usa-se o diafragma do estetoscópio, colocado nas diversas
regiões do abdome.
3. Devem-se ouvir ruídos hidroaéreos a cada 5-10 segundos,
de localização variável e inesperada. No silêncio abdominal,
deve-se auscultar pelo menos um minuto.
4. Os ruídos podem ser aumentados (ex: diarréia), peristaltismo
de luta (obstrução intestinal) ou diminuído e abolido (íleo
paralítico).
REGISTRO DO EXAME NORMAL: peristaltismo (ou ruídos
hidro-aéreos ou borburinho) presente e fisiológico.
PALPAÇÃO DO ABDOME
Procedimento:
I. Palpação Superficial
1. Com uma mão espalmada, inicie a palpação superficial do
abdome, observando atentamente, mas de forma discreta, a
fácies do seu paciente.
2. Inicie em um ponto do abdome e vá progredindo a palpação
de forma contígua e uniforme, até examinar toda a superfície
do abdome e terminando no ponto onde iniciou a palpação.
3. Avalie a defesa abdominal para distinguir contratura
abdominal voluntária da involuntária: para cessar a contração
voluntária, desvie a atenção do paciente: converse outros
assuntos, solicite que inspire e expire de forma rítmica ou
peçalhe para flexionar as pernas. Empregue a manobra bi
manual para localizar defesa localizada da parede abdominal
(com ambas as mãos espalmadas e colocadas
longitudinalmente, uma de cada lado e paralelas à linha alba, ir
palpando em sentido craniocaudal. Enquanto uma das mãos
palpa uma região suspeita, a outra palpa a região contralateral
equivalente, em movimentos alternados e comparativamente). O
abdome sem defesa é dito livre.
4. Identifique e examine os pontos dolorosos abdominais:
xifoidiano, epigástrico, cístico ou biliar, esplênico, ureterais,
apendicular ou de McBurney.
5. Verifique o sinal de Murphy: ao comprimir o ponto cístico,
pede-se ao paciente para inspirar profundamente. Nesta hora, o
diafragma abaixará o fígado, fazendo com que a vesícula biliar
alcance a extremidade do seu dedo. Nos casos de colecistite,
esta manobra induz dor intensa obrigando ao paciente
interromper subitamente a inspiração. Este sinal não é
patognomônico de doença na vesícula biliar.
II. Palpação profunda
6. Repita o procedimento iniciando no mesmo ponto em que
começou a palpação superficial, desta vez aprofundando mais a
mão e tentando identificar órgãos e massas (ou tumorações).
7. Utilize uma ou duas mãos (uma sobre a outra) para a
palpação.
8. Ao encontrar órgãos e massas, observe se há dor e as suas
características semiológicas.
III. Palpação do fígado
9. Garanta que o seu paciente fique relaxado o máximo
possível
10. Posicione sua mão no umbigo e vá aproximando-a do
rebordo costal, palpando o epigástrio e o flanco e o hipocôndrio
direitos.
11. A seguir coordenar a palpação com a respiração. Peça ao
paciente para inspirar e expirar profundamente. À expiração,
ajuste a mão à parede abdominal. Na próxima inspiração,
enquanto o examinador tenciona a parede abdominal, sua mão
é empurrada para cima, buscando detectar a borda hepática
com as faces ventrais e polpas digitais dos dedos mínimo,
médio e anular ou com a face radial do indicador.
12. Pode-se ainda colocar a mão esquerda no nível da loja
renal direita forçandoa para cima e aproximando o fígado da
parede anterior do abdome.
13. Outra forma de palpação é colocar o paciente em decúbito
semi-lateral esquerdo. O examinador se volta para os pés do
paciente, colocando a mão ou as mãos em garra sobre o
hipocôndrio direito e coordenando a palpação com a respiração
como anteriormente descrito.
IV. Palpação do baço
14. Procede-se da mesma forma que descrito para o fígado, só
que no quadrante superior esquerdo.
V. Manobras especiais
>> Manobra da descompressão súbita ou sinal de Blumberg.
15. Solicita-se ao paciente para observar atentamente em qual
dos momentos ele sente mais dor: se quando ―apertaǁ ou
quando ―soltaǁ. Em crianças ou pacientes que não falam,
observar os sinais de dor na fácies do paciente. Esta
observação também serve para você ―checarǁ a resposta do
paciente. 16. Comprime-se lenta e progressivamente um ponto
do que tenha se mostrado doloroso à palpação geral do
abdome. Ao atingir o máximo de compressão possível,
aguardar alguns segundos e a seguir retirar rapidamente a
mão. Quando a dor é maior à descompressão descreve-se
como sinal POSITIVO e indica peritonite.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: abdome livre, indolor à
palpação superficial e profunda, sem massas ou
visceromegalias. Blumberg negativo.
PERCUSSÃO ABDOMINAL
Procedimento:
1. Utilizando a técnica dígito-digital, ir percutindo todas as
regiões do abdome, de forma contígua.
2. Observar tanto o som (macicez, submacicez, timpanismo e
hipertimpanismo – espaço de Traube) quanto à
presença/ausência de dor á palpação.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: timpanismo fisiológico.
PERCUSSÃO DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR
Punho percussão renal (Sinal de Giordano)
Procedimento:
1. Coloque o paciente assentado e com as pernas fletidas e
para baixo na lateral do leito.
2. Com a mão fechada ou espalmada, com a face ulnar da mão
vá golpeando, levemente, a parede posterior do abdome, á
direita e à esquerda da coluna, a partir do rebordo costal e em
direção à crista ilíaca, primeiro um lado depois o outro.
3. A reação de dor é chamada de sinal de Giordano positivo e
indica inflamação renal.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Sinal de Giordano ausente
ou negativo.
Um abdome normal pode ser descrito como: ―abdome plano,
livre (ou indolor à palpação superficial e profunda), sem massas
ou visceromegalias palpáveis e com timpanismo e peristaltismo
fisiológicos. Giordano negativo.ǁ

Referências:
PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a prática
médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
LÓPEZ, Mario; LAURENTYS-MEDEIROS, José de. Semiologia
médica: as bases do diagnóstico clínico. 5. ed. Rio de Janeiro:
Revinter, 2004.
MOORE, Keith L.. Anatomia orientada para a clínica. 4. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, ©2001.

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