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EC - ROTEIRO DE ESTUDO 05 - Mediunidade

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CENTRO ESPÍRITA ALLAN KARDEC

QUARTO ANO – ESTUDOS COMPLEMENTARES

ROTEIRO DE ESTUDO

Tema: 05- MEDIUNIDADE: AUTOCONHECIMENTO E O PAPEL DOS MÉDIUNS

Objetivos

Compreender:
1) A importância do autoconhecimento para o médium;
2) O papel do médium nas comunicações.

Questões

1) Qual a finalidade do autoconhecimento para o médium?


2) Como os médiuns podem reproduzir coisas que não conhecem? (línguas, músicas, desenhos)
3) Qual é o papel do médium nas comunicações? Deve ser totalmente passivo?

Bibliografia

LM – caps. XVII, XIX, XX e XXXII


LE – Livro II, cap.X; Livro III, cap.XII e Conclusão (item VIII)
ESE – cap. XXVIII (item 9)

Bibliografia complementar (ilustrativa):


“Mediunidade e Autoconhecimento” – Espírito Augusto (por Clayton Levy)

Laboratório: Qual a causa do abandono do médium pelos Espíritos?


MEDIUNIDADE: AUTOCONHECIMENTO E O PAPEL DOS MÉDIUNS

1- REVISÃO DE CONCEITOS
ESE- cap.XXVIII –item 9

 O QUE SÃO OS MÉDIUNS?


“Os médiuns são os intérpretes incumbidos de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos; ou melhor, são
os órgãos materiais de que se servem os Espíritos para se expressarem aos homens por maneira inteligível.
Santa é a missão que desempenham, visto ter por fim rasgar os horizontes da vida eterna. “

 A MISSÃO DOS ESPÍRITOS


“Os Espíritos vêm instruir os homens sobre seus destinos, a fim de os reconduzirem à senda do bem e não para
o pouparem ao trabalho material que lhe cumpre executar neste mundo, tendo por meta o seu adiantamento,
nem para lhe favorecerem a ambição e a cupidez. Aí têm os médiuns o de que devem compenetrar-se bem,
para não fazerem mau uso de suas faculdades. “

 OBJETIVO DAS COMUNICAÇÕES ESPIRITUAIS


“Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos a
fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade.
Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra e a mediunidade se revela
em pessoas de todas as idades e de todas as condições, nos homens como nas mulheres, nas crianças como nos
velhos. É um dos sinais de que chegaram os tempos preditos.
Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da natureza material, outorgou Deus ao
homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais. Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas
profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no
mundo invisível, Deus lhe deu a mediunidade. “ (grifos nossos)

• MEDIUNISMO: denominação dada por Aksakof às manifestações gerais da mediunidade.

• MEDIUNATO: missão providencial dos médiuns. Palavra foi criada pelos Espíritos.
(Do vocabulário espírita do LM –cap.XXXII)

O Espiritismo mostra os inevitáveis efeitos do mal e, por conseguinte, a necessidade do bem... reconduzindo a
sentimentos melhores, neutralizando as más tendências. O futuro não é mais incerto, não é uma simples
esperança, é uma verdade que se compreende, que se explica, quando se veem e quando se ouvem, aqueles que
nos deixaram, se lamentar ou se felicitar do que fizeram sobre a Terra. Quem quer que disso é testemunha,
reflete e sente a necessidade de se conhecer, de se julgar e de se corrigir. (LE – Conclusão VIII) - (grifos nossos)

2- MEDIUNIDADE E AUTOCONHECIMENTO

- Qual é o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal?
R: Um sábio da antiguidade vos disse: “Conhece-te a ti mesmo”.

-Compreendemos toda a sabedoria desta máxima, porém, a dificuldade está precisamente em se conhecer a si
mesmo; qual é o meio de o conseguir?
R: Fazei o que eu fazia de minha vida sobre a Terra: ao fim da jornada, eu interrogava minha consciência, passava
em revista o que fizera, e me perguntava se não faltara algum dever, se ninguém tinha nada a se lamentar de
mim...
(LE-919)

“A faculdade mediúnica reside no organismo; independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que
pode ser bom ou mau, de acordo com as qualidades do médium. “ (LM –cap.XX –item 226-1)
Mediunidade é missão?
“O médium comum, cumprindo o dever que lhe cabe, de intermediar o plano espiritual, exerce função digna,
providencial, necessária. Mas não é missionário. Sua atividade se limita ao seu grupo de trabalho e beneficia
pequeno número de pessoas. O verdadeiro missionário, médium ou não, “se reconhece pelas grandes coisas que
opera, pelos progressos a cuja realização conduz seus semelhantes. “ (LE -575)

“Qual seria o médium que se poderia chamar de perfeito?


Perfeito, ah! Bem sabeis que a perfeição não está sobre a Terra, de outro modo não estaríeis nela. Dizei, pois, bom
médium, e isso já é muito, porque são muito raros. O médium perfeito seria aquele ao qual os maus Espíritos não
tivessem jamais ousado fazer uma tentativa para enganá-lo. O melhor é aquele que, não simpatizando senão com
os bons Espíritos, foi enganado menos vezes. “ (LM –cap.XX –item 226-9)

 “MEDIUNIDADE E AUTOCONHECIMENTO” (Espírito Augusto – médium Clayton Levy)

1) Os resultados da prática mediúnica estão diretamente ligados à vida interior dos medianeiros, às condições
fluídicas que oferece ao intercâmbio.
As relações fluídicas necessárias ao intercâmbio não se estabelecem de forma instantânea, logo nas primeiras
tentativas e exercícios. Obter um bom entrosamento vai requerer tempo, disciplina, estudo e paciência.

“O médium é passivo quando não mistura suas próprias ideias com as do Espírito que se comunica, mas nunca
é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre necessário, como o de um intermediário, mesmo quando se trata
dos chamados médiuns mecânicos. “ (LM -cap.XIX -Item 223-10)
“... o médium transmite o pensamento dos Espíritos pelos meios mecânicos de que dispõe...”
(LM –cap.XIX -item 224)

O intercâmbio mediúnico requer equilíbrio espiritual e sinceridade de propósitos, “vontade séria, perseverante,
sustentada com firmeza, sem impaciência nem ansiedade. ” (LM -cap. XVII – item 204)

2) O médium deve:
a) Cultivar a fé raciocinada, para ter percepção e entendimento corretos da realidade espiritual;
b) Estudar a teoria da mediunidade para conhecer o mecanismo e a natureza do fenômeno.
“Eis porque o estudo prévio da teoria é indispensável se o médium pretende evitar os inconvenientes
inseparáveis da falta de experiência” (LM –cap.XVII –item 211);
c) Procurar conhecer a si mesmo.
Para conhecer a si mesmo, procure o médium fazer o autoexame no campo das emoções, pensamentos,
tendências, ideais, para avaliar as condições fluídicas que oferece ao intercâmbio.
Faça esse autoexame de forma tranquila e consciente, reconhecendo os próprios limites, mas em esforço
perseverante para melhorar.
“Observando com cuidado a si mesmo, facilmente reconhecerá nos escritos (ou no que transmite
falando) muitas coisas que não lhe pertencem, que são mesmo contrárias aos seus pensamentos, prova
evidente de que não procedem de sua mente. Que continue, pois, e a dúvida se dissipará com a
experiência. ” (LM –cap.XVII –item 214)

- Atitude mental do médium no momento do intercâmbio


1) Abrir-se para receber
2) Receber para transmitir
3) Transmitir para auxiliar

Estando imbuído de fé sincera e de objetivos elevados, o médium atrairá para si, de forma natural, a presença de
amigos espirituais que o circundarão em suas atividades, conferindo-lhe segurança e orientação.
 O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. XXVIII – item 9

- “Como intérpretes do ensino dos Espíritos, têm os médiuns de desempenhar importante papel na
transformação moral que se opera. Os serviços que podem prestar guardam proporção com a boa diretriz que
imprimam às suas faculdades. ”
- “Aquele que, médium, compreende a gravidade do mandato de que se acha investido, o desempenha
religiosamente. Sua consciência lhe censuraria, como ato sacrílego, utilizar como divertimento ou distração, para
si ou para outros, faculdades que lhe são concedidas para fins sérios e que o põem em comunicação com os seres
de além túmulo. “

- “O médium que queira gozar sempre da assistência dos bons Espíritos deve trabalhar pelo seu próprio
aprimoramento. ”
- “O que deseja que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça tem de se engrandecer moralmente e de se
abster de tudo o que possa concorrer para desviá-la do seu fim providencial. ”
- “Os que enveredam por mau caminho são mais nocivos do que úteis à causa do Espiritismo. Pela má impressão
que produzem, mais de uma conversão retardam. Terão, por isso mesmo, de dar contas do uso que hajam feito
de um dom que lhes foi concedido para o bem de seus semelhantes. ”
- “Se, às vezes, os Espíritos bons se servem de médiuns imperfeitos, é para dar bons conselhos, com os quais
procuram fazê-los retomar a estrada do bem. ”
- “Prova a experiência que, da parte dos que não aproveitam os conselhos que recebem dos bons Espíritos, as
comunicações, depois de terem revelado certo brilho durante algum tempo, degeneram pouco a pouco e acabam
caindo no erro, na vertigem, ou no ridículo, sinal incontestável do afastamento dos bons Espíritos. “

 O LIVRO DOS MÉDIUNS


- “Uma vez desenvolvida a faculdade, o essencial para o médium é não abusar dela. “ (LM-cap.XVII –item 217)
- “...a finalidade é esclarecê-los (médiuns) a respeito do assunto constantemente repetido, ou corrigi-los de certos
defeitos. “ (LM-cap.XX –item 226-4)

- “Qual a causa do abandono do médium pelos Espíritos? “


R: O uso que ele faz da mediunidade é o que mais influi sobre os Espíritos bons. “ (LM-cap.XVII –item 220-3)

Se, porém, topam com corações endurecidos e se suas advertências não são escutadas, afastam-se, ficando
livre o campo aos maus Espíritos.

- “Por que um médium dotado de boas qualidades transmite respostas falsas ou grosseiras?
R: Conheces todos os segredos de sua alma? Além disso, sem ser vicioso, ele pode ser leviano e frívolo. E pode
também necessitar de uma lição, para que se mantenha vigilante. ” (LM-cap.XX -226-6)
“...por melhor que seja o médium, jamais é tão perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser
atacado. “
(LM-cap.XX -226-10)

Acautele-se o médium contra os que lhe podem excitar o orgulho.


“Necessário lembrar ainda que o orgulho é quase sempre excitado no médium pelos que dele se servem.“
(LM-cap.XX –item 228)

- “Conseguir a assistência dos bons Espíritos, afastar os Espíritos levianos e mentirosos, tal deve ser a
meta para onde convirjam os esforços constantes de todos os médiuns sérios.
- Sem isso, a mediunidade se torna uma faculdade estéril, capaz mesmo de redundar em prejuízo
daquele que a possua, pois pode degenerar em perigosa obsessão.

- O médium que compreende o seu dever, longe de se orgulhar de uma faculdade que não lhe pertence,
visto que pode lhe ser retirada, atribui a Deus as boas coisas que obtém.
- Se as suas comunicações receberem elogios, não se envaidecerá com isso, porque as sabe
independentes do seu mérito pessoal; agradece a Deus o haver consentido que por seu intermédio
bons Espíritos se manifestassem.

- Se dão lugar à crítica, não se ofende, porque não são obra do seu próprio Espírito. Ao contrário,
reconhece no seu íntimo que não foi um instrumento bom e que não dispõe de todas as qualidades
necessárias a obstar a interferência dos Espíritos maus. Cuida, então, de adquirir essas qualidades e
suplica, por meio da prece, as forças que lhes faltam. “

3- O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES

“...os médiuns têm um papel de extrema importância e nunca seria demasiada a atenção dada ao
estudo de todas as causas que os podem influenciar, e isto não só em seu próprio interesse, como
também no daqueles que, deles se servem de intermediários. ”
(Revista Espírita – Março de 1859 – “Estudo sobre os médiuns”)

 Influência do Espírito pessoal do médium


No momento que exerce sua faculdade, o médium frequentemente está num estado que não difere muito
do estado normal, mas algumas vezes está num estado de crise mais ou menos pronunciado, é isso que o
fadiga, e é por isso que necessita de repouso. (LM –cap.XIX -item 223-1)

O Espírito que se comunica, sempre o faz através do espírito do médium que, neste caso, faz o papel de
intérprete. Porque é ele que está ligado ao corpo que vai falar e é necessário um laço entre nós (corpo) e os
espíritos estranhos que se comunicam. Como exemplo, podemos imaginar a comunicação de um repórter
através de um telefone para redação do seu jornal, que então a transcreve e edita para nossa leitura.

- “Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium ou do Espírito estranho?


R: Pela natureza das comunicações. Estudai as circunstâncias e a linguagem, e distinguireis...
Nota: Quando uma pessoa nos fala, nós distinguimos facilmente o que vem dela, ou o que não é senão o eco;
ocorre o mesmo com os médiuns. ” (LM –cap.XIX -item 223-3)

O Espírito do médium sempre exerce uma influência sobre as comunicações que deve transmitir. Se o Espírito
estranho não lhe é simpático, pode alterar suas respostas, e as assimilar às suas próprias ideias e suas
tendências, mas, não influenciam os Espíritos comunicantes, eles mesmos: é apenas um mau intérprete.
Os Espíritos sempre procuram o intérprete que melhor simpatize com eles, e que exprime o mais exatamente
os seus pensamentos.
Os Espíritos explicam que sempre para uma comunicação inteligente há necessidade de um intermediário
inteligente. Isto vale para todas as comunicações, inclusive a de objetos inertes, que, apesar de parecer ter
uma inteligência própria, sempre é com a participação de um médium, mesmo que este não esteja consciente
de sua participação.

“O fato de, muitas vezes, não ter retido no cérebro as lembranças relacionadas à comunicação, não significa
que o médium estivesse alheio ao episódio”, esclarece o espírito Augusto, e pede para não confundirmos
inconsciência com indisciplina. (Mediunidade e Autoconhecimento – Augusto /Clayton Levy)

Sem dúvida nenhuma, há mais garantia de independência no médium mecânico para certas comunicações,
onde um médium mecânico é preferível. Porém, é muito raro encontrarmos médiuns mecânicos.
Por isso a Doutrina Espírita recomenda o estudo constante da Doutrina e em relação a si mesmo, para que
as interferências sejam as menores possíveis.
 Sistemas dos médiuns inertes:

Seria racional considerar uma variedade de médiuns e, atribuir inteligência aos objetos inertes, ou seja, chamá-
los de “médiuns inertes”?
Seria o mesmo que aceitar que o Espírito tivesse transmitido a inteligência às cestas ou às mesas, e que,
ganhando vida, escreviam tudo sozinhas...

Quando os objetos exprimem cólera ou afeição, através de seus movimentos, existe ali um Espírito que, através
da manipulação dos fluidos, faz com que os objetos se movimentem, escrevendo ou dando respostas
inteligentes através das batidas. E o nome que se dá aos objetos pouco importa, é uma questão de palavras.
(LM –cap.XIX – item 223 -12, 13 e 14)

 Aptidão de certos médiuns para as coisas que não conhecem: as línguas, a música, o desenho, etc...
Os Espíritos utilizam a linguagem do pensamento, linguagem universal que todos os Espíritos conhecem,
estejam encarnados ou desencarnados. Podem se exprimir por via mediúnica, em língua que eles mesmos não
conheceram em nenhuma de suas existências terrenas, mas que é familiar ao médium, porque o Espírito estará
emitindo o pensamento e o médium “traduzindo” em um dos idiomas terrestre que conheça.

De mesma forma, o Espírito poderá fazer que o seu pensamento seja reproduzido pelo médium em um idioma
que não lhe seja familiar, nem nesta nem em outra encarnação. Importante frisar que nem todos os médiuns
são igualmente próprios para esse gênero de exercício, além dos Espíritos não se prestarem a isto senão
acidentalmente ou quando julgam ser útil. Para as comunicações usuais e de certa extensão, os Espíritos
preferem uma língua familiar ao médium.
A aptidão de certos médiuns para escreverem em línguas que não lhe são familiares pode ser por tê-la
conhecido em existência anterior; mas também pode ocorrer um esforço do Espírito para superar a dificuldade
do médium, momentaneamente.
A mesma resistência encontrará o Espírito, quando quiser escrever através de um médium analfabeto ou
desenhar por um médium que não possua aptidão ou técnica para isso.

Um médium pouco inteligente poderia transmitir comunicação de uma ordem mais elevada (a faculdade
mediúnica independe da inteligência ou qualidades morais), mas, como o médium interpreta o pensamento
do Espírito, se não compreender seu significado não o poderá reproduzir com fidelidade e, ao misturar com as
suas ideias, deformará o comunicado. O Espírito só se utilizará de um médium inapto para comunicações de
ordem mais inteligente se precisar dar a comunicação e lhe faltar, no momento, um instrumento melhor.

As aptidões, de um modo geral, bem como o conhecimento de outras línguas que não se conhece nesta
encarnação, podem ter sido adquiridas em existências anteriores, uma vez que os conhecimentos adquiridos
não são, jamais, perdidos.

Então, a expressão do pensamento pela poesia, pelo desenho ou pela música, depende algumas vezes do
médium (pelos conhecimentos adquiridos nesta encarnação), algumas vezes do Espírito (pelos conhecimentos
em existências anteriores). Os Espíritos superiores têm todas as aptidões, os inferiores têm conhecimentos
limitados.

O desenvolvimento de uma aptidão em nós, normalmente começa numa existência e vai se aperfeiçoando nas
seguintes; mas, às vezes, uma faculdade transcendente pode adormecer para deixar que outra se desenvolva
mais livremente. Voltaremos a dispor delas mais tarde, porém, mesmo agora, existe em nós alguns traços seus
ou uma vaga intuição, pois estão em nosso espírito.
(LM –cap.XIX – item 223 -15 a 23)
 CONCLUSÃO:

- Toda ideia não é passada diretamente pelo Espírito comunicante, mas utiliza o cérebro do médium para
transmiti-la, assim, há interferência do médium em toda comunicação inteligente.

- Quanto mais conhecimento o médium possua nesta existência ou em existências anteriores, mais facilidade
o Espírito comunicante terá para reproduzir suas ideias.

- “Por isso é que gostamos de achar médiuns bem adestrados, bem aparelhados, munidos de materiais prontos
a serem utilizados, numa palavra: bons instrumentos, porque, então, o nosso perispírito, atuando sobre o
perispírito daquele a quem mediunizamos, nada mais tem que fazer senão impulsionar a mão que nos serve
de lapiseira, ou caneta, enquanto que, com os médiuns insuficientes, somos obrigados a um trabalho análogo
ao que temos, quando nos comunicamos mediante pancadas, isto é, formando letra por letra, palavra por
palavra, cada uma das frases que traduzem os pensamentos que vos queiramos transmitir. ”
Erasto e Timóteo
(LM –cap.XIX –item 225-7)

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