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Disfunção Erétio

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DISFUNÇÃO

ERÉTIL
Rommel P Regadas
Professor de Disciplina de Urologia
Universidade Federale Estadual do Ceará (UFC)
Supervisor da Residência de Urologia do Hospital das Clínicas da UFC
Objetivo

• Identificar os fatores de risco


• Realizar uma adequada avaliação do paciente
• Conhecer as formas de tratamento
História e
Epidemiologia
Anatomia e
Fisiologia da Ereção

Fisiopatologia da
DE

Fatores de Risco

Investigação
Diagnóstica e
Conduta
Terapêutica
Definição

Incapacidade de atingir e manter uma


ereção peniana adequada para uma
performance sexual satisfatória. Esta
incapacidade deve perdurar por mais de
três meses para caracterizar a disfunção
erétil
Disfunções Sexuais

Fases do Ciclo de Disfunções Femininas Disfunções Masculinas


Resposta
Desejo Perturbações do desejo Perturbações do desejo
sexual hipoativo sexual hipoativo
Aversão sexual Aversão sexual

Excitação Perturbação da Disfunção erétil no


excitação sexual na homem
mulher
Orgasmo Perturbação do orgasmo Perturbação do
na mulher orgasmo no homem
Ejaculação prematura
Dor Dispareunia Dispareunia
Vaginismo

(DSM IV, 2000)


A atividade sexual é importante
para o homem?

• Sustenta a autoestima
• Melhora a qualidade de vida
• Reduz a depressão
• Melhora a vida conjugal e da parceira

Hulting C. Spinal Cord 200; 38: 363-70


OMS, 2002
Prevalência

• (1995) - 150 milhões de homens no mundo


• (2025) - 322 milhões
• 40-70 anos - 40% dos brasileiros
• Um milhão de novos casos / ano

Moreira, 2001/02
Ayta, 1999
Disfunção Erétil

• Alta prevalência
• Afeta qualidade de vida do homem

Tratamento
Efetivo
Doença dos tempos atuais?
História
Papiros egípcios (2000 a.C.) - 02 causas: natural e
sobrenatural
Aristóteles (384-322 a.C.) - fluxo de ar, devido energia
carregadas pelos nervos
Leonardo da Vinci - sangue em homens enforcados
Hipócrates (460-377 a.C.) - montaria
Ambroise Pare (1585) - Primeira descrição detalhada
da anatomia peniana e o conceito de ereção
Lue 2002, Brenot 1994
O Coito
Anatomia e
Fisiologia da
Ereção
Anatomia do Pênis
Ereção Peniana - Fisiopatologia

• Estímulo sexual adequado


• Liberação de neurotransmissores
• Redução dos sinais inibitórios
• Aumento dos sinais excitatórios parassimpáticos
• Relaxamento da Musculatura Peniana
Ereção Peniana - Fisiopatologia

FONTE: Campbell˜s Urology


Ereção Peniana - Fisiopatologia

• Aumento de Fluxo Arterial


• Bloqueio da Drenagem Venosa
• Contração dos músculos bulboesponjosos e
bulbocavernosos
FONTE: Campbell˜s Urology
Fases da Ereção

• Flácida
• Latente
• Tumescência
• Ereção Completa
• Ereção Rígida
• Detumescência
IMPORTANTE
FISIOPATOLOGIA
E DIAGNÓSTICO
Tipos de Disfunção Erétil

• Psicogênica

• Orgânica

• Mista
Fisiopatologia da Disfunção
Erétil Orgânica
• Arterial
• Neurológico
• Endócrina
• Fator tecidual peniano
• Disfunção Erétil secundária a drogas
Diagnóstico

• Anamnese detalhada
• Aplicação de questionários (IIEF)
• Análises laboratoriais e hormonal
Anamnese

• Tempo de sintomatologia
• Disfunção primária e secundária
• Investigar o(a) parceiro (a)
• Disfunção generalizada e situacional
• Afastar outros transtornos associados.
FONTE: Rosen, 2002
Fatores de Riscos

• Maus hábitos de vida (alcoolismo, uso de drogas,


tabagismo, obesidade, sedentarismo)

• Fatores Psicossociais (stress, depressão)

• Medicamentos (antihipertensivos, antidepressivos


e hipoglicemiantes)
Fatores de Riscos

• Alterações hormonais

• Doenças sistêmicas

• Cirurgias prévias (urológicas, coloproctológicas,


vasculares)
Fator de Risco Risco de DE
Idade 60-69 anos 3x
> 70 anos 6x
< 5 anos de educação 2x
LUTS 1,5x
HAS 2x
DM 4x
Depressão 2x
Desemprego 2x

Morillo, L- Int J Import Res 2002


Diabetes Mellitus (DM) é mesmo o
principal fator?
• Principal fator de risco
• 50 – 75% - algum grau de DE
• 10 anos de diagnóstico - 50%
• 30- 40 anos de idade -15%

Neuropatia
Doença Vascular Periférica
Níveis baixos de Testosterona
Lesão Endotelial e do Músculo Liso
Depressão pode causar DE?

• Pode acompanhar o envelhecimento


• A prevalência de depressão nos diabéticos é dobro
da população em geral
• O tratamento da DE com IPDE-5, em pacientes
deprimidos, melhora os sintomas depressivos
• Tratamento da DE resulta em 14% de aumento
da aderência ao tratamento antidepressivo

Seidman SN. Am J Psych, 2001; 158:1623-30


Rosen R. Am J Psych, 2006; 163:79-87
Doença Coronariana
é fator de risco?

• Apresentam os mesmos fatores de riscos


• Coronariopatia é portanto fator de risco
para DE
• DE pode ser um sinal subclínico de doença
coronariana aguda subclínica
Feldman HA. J Urol, 1994; 151:54-61
Distúrbio Androgêncio do Envelhecimento
Humano (DAEM)

• Diminuição progressiva nos níveis de


testosterona

• Após 40 anos

• Impacto na função erétil, composição corporal,


humor
Avaliação Laboratorial

• Hemograma
• Glicemia
• Colesterol Total Auxíliar
• Triglicerídeos no diagnóstico
e
• Testosterona no
tratamento
• Prolactina
• TSH e T4 livre
Outros Exames
Avaliação
Hemodinâmica

• Injeção drogas intracavernosas + US


doppler colorido
• Cavernosometria e cavernosografia
• Arteriografia – quando se pensa em
revascularização

(Morales, 1990)
(Lue, 1985)
TRATAMENTO
Opções de Tratamento
• Psicológico + mudanças no estilo de vida
• Drogas Orais
• Drogas Intracavernosas
• Drogas Intrauretrais
• Dispositivos a Vácuo
• Cirurgias Arteriais e Venosas
• Próteses
Avaliação Psicológica

• Questionários para avaliar personalidade,


depressão, relacionamento familiar

• Terapias de casais
Terapia Comportamental

• Melhorar alimentação
• Diminuir bebidas alcoólicas e outras drogas
• Eliminar tabagismo
• Atividade física

Colesterol
Triglicerídeos
Glicemia
HAS e DM
Testosterona
Drogas Orais

• Sildenafila, Vardenafila e Tadalafila


• Efetivas
• Seguras
• Eficácia e segurança semelhantes
• Primeira opção do tratamento da DE
AUA Guidelines, 2015
EUA Guidelines, 2015
Tratamento
farmacocinético
T meia vida Tmáx

Sildenafila 3-5 h < 1h

Vardenafila 4-5 h < 1h

Tadalafila 17,5 h 2h

Morales, 2002
Efeitos Colaterais

( 25, 50, 100 mg)

(5, 10, 20 mg)

(20 mg)
Contra-Indicação
• Em caso de infarto, não
fazer nitroglicerina se uso
de sildenafil ou
vardenafil por 24h ou
tadalafil por 48h.
Cautela também

• Cardiopatas
• Neuropatia óptica isquêmica
• Hepatopatas
• Renais crônicos
Disfunção Endotelial e Neuronal

• Deficiência na produção endógena de Óxido


Nítrico

• Hipertensão arterial e diabetes

• DE secundária a grandes cirurgias pélvicas

RENDELL et al, 1999


Disfunção Endotelial e Neuronal

FONTE: Campbell˜s Urology


Eficácia

• Geral: 70-80%
• Hipertensos: 70 %
• Diabéticos: 57%
• Pós- prostatectomia radical: 43%

RENDELL et al, 1999


Tratamento Oral – outras opções

• Ioimbina (ant a-adrenérgico)

• Trazodona (seratomimérgico)

• Apomorfina (Agonistas dopaminérgicos)


Deve-se repor testosterona
em pacientes com DAEM?
Terapias de Substituição
Exógena
• Preparações injetáveis
• Preparações transdérmicas

Undecilato de
Testosterona
Testosterona
tópica
Drogas Intracavernosas

• Segunda linha de tratamento


• Na falha da drogas orais
• Impossibilidade do uso das drogas orais

AUA Guidelines, 2015


Drogas Intracavernosas

• Papaverina (AMPc e PDE – inespecífico)


• Fentolamina (alfa-adrenergico)
• Alprostadil (PGE 1 -AMPc)
• Bimix (papaverina + fentolamina)
• Trimex (PG + Fentolamina + Papaverina)
FONTE: Campbell˜s Urology
FONTE: PEC-EAD SBU, 2004
FONTE: PEC-EAD SBU, 2004
FONTE: PEC-EAD SBU, 2009
Efeitos Indesejados

• Dor, fibrose e priapismo


• Alta taxa de abandono a longo prazo
Drogas Locais

• Cremes ( Nitrogl, papaverina,)


• Intrauretrais (PG - Muse)
Drogas
Intrauretrais

FONTE: PEC-EAD SBU, 2009


Dispositivos a
Vácuos
Dispositivos a Vácuos

• Pouco espontâneos
• Rigidez não é boa
• Não deve ultrapassar 20 min
• Não são bem aceitos atualmente
FONTE: PEC-EAD SBU, 2009
Cirurgia
Venosa
• O diagnóstico da disfunção caverno-oclusiva
é polêmico e controverso

• Alternativa terapêutica abandonada


Cirurgia Arterial
• Casos muito específico, com lesões focais e
pacientes jovens (queda a cavaleiro,
Síndrome de Leriche)
• Difícil avaliar a eficácia
• Efeito placebo (20-60%)
• Futuro com cirurgia endovascular (estenose
de artéria cavernosa) ???
Prótese Peniana
• Terceira linha de tratamento
• Falha em tratamentos menos invasivo
• Rigidez satisfatória a penetração
- 96% satisfeitos
- 91% parceiras satisfeitas
- 90% indicariam tratamento para
outros homens
Complicações – infecção , mal funcionamento,
destruição de tecido cavernoso
Prótese Peniana

• Semirígida
• Inflável de 02 compartimentos
• Inflável de 03 compartimentos
Prótese Peniana
Semirígida

FONTE: PEC-EAD SBU, 2004

FONTE: PEC-EAD SBU, 2004


Prótese Peniana
Semirígida
• Fio de prata revertido por silicone
• Boa rigidez peniana
• Alta taxa de sucesso
• Mais baratas
• Maioria dos cirurgiões é capaz de
implantar
• Não há flacidez / rigidez
Prótese Peniana
Inflável

• Cilindro, reservatório
• Imita um penis natural FONTE: PEC-EAD SBU, 2009

• Flacidez e rigidez muito boa


• Permite procedimento endoscópico no
futuro
Prótese Peniana
Inflável

FONTE: PEC-EAD SBU, 2014


Prótese Peniana
Inflável
FUTURO
Futuro

• Drogas de ação central (acão dopaminérgica


e serotomimérgica)

• Células tronco e terapia genética


Conclusão

• Afeta qualidade de vida


• Aumentando a prevalência
• Causas: diabetes e outras co-morbidades, idade, estilo de
vida, medicações, cirurgias
• Diagnóstico
• Tratamento efetivo
• Mudanças de estilo de vida
• Drogas orais
• Drogas injetáveis
• Próteses

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