Apostila de Treinamento em Manutenção Elétrica Industrial - Bunge Alimentos - ZR Engenharia
Apostila de Treinamento em Manutenção Elétrica Industrial - Bunge Alimentos - ZR Engenharia
Rua das Hortências, 219 – Cassino – Rio Grande/RS – CNPJ 53.572.774/0001-53 – Plantão (53) 99123-7025
1 INTRODUÇÃO
Podemos definir baixa, média e alta tensão de acordo o nível de tensão que a energia
elétrica se encontra. Além disso, cada nível de tensão tem um uso específico e está ligada à
capacidade de fornecer potência para o consumidor.
Ao tratar de corrente alternada, tem-se a seguinte classificação:
Baixa tensão (BT): tensão igual ou inferior a 1000V (Volts). Tensão presente nas linhas
de distribuição urbanas e algumas linhas de distribuição rurais. Responsável pelo abastecimento
de residências, comércios de pequeno porte e na maioria dos consumidores finais.
Média tensão (MT): tensão superior a 1000V e inferior a 69kV (ou 69000V). Tensão
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presente em linhas de distribuição rurais e algumas linhas de distribuição urbanas, responsável
pelo abastecimento de indústrias e comércios de médio porte.
Alta tensão (AT): tensão igual ou superior a 69kV. Tensão presente nas linhas de
transmissão. É utilizada com o objetivo de transmitir uma elevada potência, através de grandes
trechos, com pequenas perdas e utilizando cabos com bitolas menores. Abastece também
grandes indústrias e grandes empreendimentos.
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Nessa faixa de tensão, também conhecida como alta tensão, a energia elétrica está apta
a ser transmitida por longas distâncias e com perdas reduzidas, através das redes de transmissão.
Em locais afastados, podemos ver essas linhas de transmissão (aquelas torres de
alta tensão com cabos mais grossos).
Ao entrar em centros urbanos ou em empreendimentos que necessitam ser
atendidos em alta tensão (grande demanda de potência), a energia elétrica é submetida a um
transformador de potência, que transforma essa energia elétrica de alta tensão para média tensão
novamente. Assim, é possível fornecer energia elétrica suficiente para alimentar grandes
indústrias, fábricas, grandes empreendimentos e também ser transportada pelas linhas de
distribuição.
Em centros urbanos e localidades rurais, a energia elétrica em média tensão segue
pelas linhas de distribuição até os consumidores que necessitam de potências não tão elevadas.
Esses consumidores correspondem a indústrias de médio porte, empresas, hospitais, entre outros.
Nesses locais, há uma subestação própria, que atende a demanda do empreendimento. Essa
subestação possui transformadores que reduzem o nível de tensão para baixa tensão, a fim de
atender aos equipamentos do local.
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3 SUBESTAÇÕES: TIPOS, EQUIPAMENTOS E PROTEÇÃO
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Subestação Interna ou Abrigada: É aquela em que os equipamentos são
instalados ao abrigo do tempo, podendo tal abrigo consistir de uma edificação e de uma câmara
subterrânea.
Subestações abrigadas podem consistir de cubículos metálicos, além de subestações
isoladas a gás, tal como o hexafluoreto de enxofre (SF6).
Equipamentos de Transformação
• Transformador de força
• Transformadores de instrumentos (transformadores de corrente e
transformadores de potencial capacitivos ou indutivos)
Equipamentos de Manobra
• Disjuntores
• Chaves seccionadoras
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Equipamentos para Compensação de Reativos
Equipamentos de Proteção
• Pára-Raios
• Relés
• Fusíveis
O pára-raios é um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os valores dos surtos 6
de tensão transitantes que, de outra forma, poderiam causar severos danos aos equipamentos
elétricos.
Eles protegem o sistema contra descargas de origem atmosféricas e contra surtos de
manobra.
Os relés têm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo através da
atuação sobre disjuntores, o isolamento dos trechos de localização das faltas.
O fusível se destina a proteger o circuito contra curtos, sendo também um limitador da
corrente de curto. Muito utilizado na indústria para a proteção de motores.
Equipamentos de Medição
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5 RISCOS E CUIDADOS EM UMA SUBESTAÇÃO
Por se tratar de uma área energizada, com altos níveis de tensão, as subestações podem
apresentar riscos maiores, devido ao estado dos seus equipamentos de manobra e proteção,
assim como pela sua conservação e limpeza.
Uma subestação elétrica abrigada, como as presentes na grande parte das instalações
industriais, independente do nível de tensão, mantém em sua instalação diversos painéis,
equipamentos e dispositivos elétricos, com a finalidade de proteger, monitorar, seccionar ou
distribuir a energia elétrica através de circuitos elétricos na instalação.
A simples existência destes painéis, equipamentos e dispositivos elétricos energizados
instalados na subestação é suficiente para criação de campos elétricos e magnéticos, que em
alguns casos é inclusive responsável pelo funcionamento dos equipamentos (como o fluxo
magnético inerente à magnetização de um núcleo de transformador). Estes campos dos
equipamentos inclusive se influenciam mutuamente, razão pela qual a adoção de medidas de
proteção para promover a compatibilidade eletromagnética entre eles se fazem necessárias.
È de nosso conhecimento que em qualquer condutor energizado (através do qual flui uma
corrente elétrica alternada) é formado um campo magnético em seu entorno.
Neste ínterim, mesmo uma simples inspeção visual ou visita técnica na subestação
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representa por si só risco para o observador ao entrar na sala elétrica, pois, há perigos inerentes
à própria instalação existente, mesmo que a própria ação não compreenda riscos adicionais por
não ser prevista a intervenção nas instalações elétricas.
Um exemplo deste perigo da instalação é a existência de um barramento energizado não
blindado que alimente eletricamente um transformador de potência; este condutor ioniza o ar,
alterando as propriedades dielétricas do mesmo ao seu derredor, favorecendo a ocorrência de
arcos elétricos. Essa é inclusive uma das razões pelas quais é proibido acessar salas elétricas
portando quaisquer adornos metálicos, que funcionam como uma extensão – condutora – do seu
corpo (como chaves, correntes, brincos, argolas, relógios, adereços metálicos nos cabelos, anéis,
pulseiras). Usar botas isolantes ao adentrar salas elétricas é essencial.
Cuidados comportamentais adicionais ao adentrar uma subestação são igualmente
necessários, como evitar apontar para instalações e equipamentos; isso porque num condutor, as
cargas tendem a se espalhar uniformemente pela superfície, e em especial em regiões
pontiagudas, a densidade superficial das cargas elétricas é maior do que em regiões planas ou
arredondadas, o que é conhecido como PODER DAS PONTAS, e é o princípio básico da
operação dos para-raios. Outro cuidado importante é não tocar na carcaça metálica dos
equipamentos, mesmo julgando-os aterrados.
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Como já citado, existe o risco real de formação de arco no ar, principalmente uma vez
que suas propriedades dielétricas estejam comprometidas, como em dias mais úmidos. As
ocorrências de pequenos arcos no interior dos equipamentos são previstas na sua operação
normal, sobretudo nas partes onde ocorrem seccionamento de contatos elétricos, como câmaras
de extinção de arco de disjuntores de média tensão; nestas seções do equipamento, geralmente
imersas em meio isolante, como SF6, vácuo, óleo isolante ou até mesmo o ar, ocorrem as
chamadas DESCARGAS PARCIAIS, pois quando é aplicada uma tensão aos terminais de uma
carga isolada, irão ocorrer “descargas” na abertura do disjuntor em carga ou em curto-circuito.
Até mesmo quando tratamos de condutores elétricos é necessário ter cautela, como os
cabos elétricos com isolação em EPR/HEPR/PVC/XLPE; é sabido que a disposição física dos
condutores altera o fluxo magnético das linhas de campo inerentes ao condutor (em caso de
dobras em cabos, enrolamentos de cabos), assim como as interações eletromagnéticas entre eles
(no caso de não estarem dispostos em trifólio, ou com espaçamento regular). Além disso,
descontinuidades ou falhas na isolação dos cabos podem representar perigo adicional se houver
contato inadvertido com partes elétricas energizadas.
Ainda em se tratando de cabos, devido à influência de fatores ambientais como umidade
e contato com produtos químicos, ocorre nestes o fenômeno chamado ARBORESCÊNCIA
ELÉTRICA que compreende a degradação das propriedades isolantes dos condutores.
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Mesmo para os casos em que estejam implementadas na prática as condições de
equipotencialização e aterramento de massas metálicas, pelo fato de não haver como assegurar,
numa visita técnica local, a continuidade e integridade destas conexões, não há garantia absoluta
que ao tocar estas massas não há o risco do choque elétrico. Por isso a premissa de segurança
da ENERGIA ZERO, sempre será IMPRESCINDÍVEL e válida.
Além de todos esses perigos, embora menos frequente, tem-se o de choque elétrico por
tensão de passo, que compreende a passagem de corrente pelo corpo devido à diferença de
potencial elétrico formada entre os dois pés do indivíduo, quando no solo há a formação curvas
equipotenciais de níveis diferentes, por descargas elétricas absorvidas pela malha de aterramento
da subestação devido a descargas atmosféricas ou curto-circuitos no sistema elétrico.
O conhecimento dos raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre, previstos
na NR-10 é imprescindível, mesmo que na subestação não haja a informação visual destes limites
no piso. É importante manter sempre uma distância segura dos equipamentos, transitando pela
área livre (na prática, a partir de 1,4 m da fonte de risco, para níveis de tensão até 15 kV, é uma
distância segura).
Por fim, mesmo em casos de acesso à subestação com a finalidade de realizar uma
inspeção visual ou visita técnica, é necessário adotar uma postura prevencionista, cujas ações em
resumo são:
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• Retirar adornos metálicos;
• Não tocar em ou encostar em superfícies metálicas de painéis e equipamentos e
carcaças metálicas não destinadas à condução de corrente;
• Usar botas de couro sem biqueira de aço;
• Não usar celular no interior da subestação;
• Respeitar as delimitações de zonas de risco, controlada e livre;
• Uso dos EPIs conforme recomendações de segurança.
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Equipamentos de Proteção
Para a realização das manobras em subestações, desde que as mesmas sejam locais, é
necessário que o profissional, além de ter o conhecimento das instalações, procedimentos de
manobras e diagrama unifilar de distribuição, em mãos, esteja utilizando os EPI´S adequados,
assim como tenha sua disposição os EPC´S necessários a realização segura destas manobras.
O risco de arco elétrico do ar, é mais provavel em subestações que não sejam equipadas
com cubículos de manobra blindados, pois estes matém o ar interno seco, e portanto com uma
rigidez dielétrica, maioir, mas assim mesmo é possível que acidentes aconteçam.
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A subestação que será manobrada, deverá estar equipada com os seguintes EPC´S:
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OBS: Sempre em uma manobra de subestação, o eletricista deve estar acompanhado de
uma pessoa habilitada a utilizar o bastão de resgate, caso necessário, e esta deve estar com os
EPI´S adequados, da mesma forma que o executante.
Para que possamos entender a forma funcional de uma subestação, assim como nos
possibilitar a realização de ensaios e testes, que garantam a integridade funcional dos
equipamentos que equipam uma subestação, estaremos explanando de forma simplificada, os
principios de funcionamento, acessórios e testes básicos de cada um deles.
São máquinas elétricas “estacionárias” que servem para transformar valores de tensões
e correntes elétricas, podendo elevar ou abaixar essas grandezas, servindo também como isolador
de circuitos elétricos.
O uso dos transformadores é bastante disseminado na distribuição de energia CA. Pois
com essa máquina podemos transportar um valor considerado de potência a uma distância
bastante considerada.
O transformador funciona baseado no princípio de indução mútua, onde no mínimo duas
bobinas estão dispostas de modo que uma delas fica submetida ao campo magnético criado pela
a outra. Este é constituído basicamente de um núcleo de ferro laminado onde são enroladas duas
bobinas, uma chamada de bobina indutora ou primária e a outra de bobina induzida ou secundária.
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A bobina indutora faz parte do circuito primário, que é aquele energizado pela fonte CA e
a bobina induzida ao circuito secundário, de onde retira-se a tensão que foi induzida, no qual
geralmente fica ligada a uma carga.
O acoplamento (ligação magnética) entre as duas bobinas ocorre pela geração de um
fluxo magnético variável no núcleo (material de ferro laminado) do transformador produzido pela
bobina primária a qual foi aplicada uma tensão CA. Esse fluxo corta a bobina secundária induzindo
nessa uma tensão elétrica.
A potência que é consumida pelo transformador é igual a oferecida pelo mesmo a uma
carga. Assim desconsiderando as perdas (efeito joule e outras) a potência aparente no primário
(S1) do transformador é igual a potência aparente em seu secundário (S2).
– TIPOS DE TRANSFORMADORES:
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Acessórios e Componentes de um transformador de potencia:
Fixação e advertências:
O termômetro deve ser fixado de maneira a evitar vazamentos.
O capilar não pode ser dobrado demasiadamente e nem esticado com força.
O mostrador é hermeticamente fechado, e, portanto, sua tampa não pode ser retirada.
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– Termômetro de imagem térmica (ITE): A imagem térmica é a técnica comumente
utilizada para se medir a temperatura no enrolamento do transformador.
Ela é denominada imagem térmica por reproduzir indiretamente a temperatura do
enrolamento, sendo que a temperatura do enrolamento, que é a parte mais quente do
transformador, nada mais é do que a temperatura do óleo acrescida da sobre-elevação da
temperatura do enrolamento (t) em relação ao óleo.
O sistema é composto de uma resistência de aquecimento e um sensor de temperatura
simples ou duplo, ambos encapsulados e montados em um poço protetor, e imersos em uma
câmara de óleo.
O conjunto é instalado na tampa do transformador, equalizando-se a temperatura do topo
do óleo, indicando assim a temperatura no ponto mais quente do enrolamento e, dependendo dos
ajustes pré-definidos, aciona contatos para controle de dispositivos e para comando de alarme
e/ou desligamento do transformador.
A resistência de aquecimento é alimentada por um transformador de corrente associado
ao enrolamento secundário do transformador principal.
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Desempenham diversas funções de controle e acionamento de contatos, sendo que
através do teclado frontal podemos configurar os parâmetros de sua atuação e ler os valores
medidos e setados.
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– Dispositivo de alívio de pressão: Os dispositivos de alívio de pressão (figuras 6a e
6b) são instalados em transformadores imersos em líquido isolante com a finalidade de protegê-
los contra possíveis deformações ou ruptura do tanque, em casos de defeito interno, com
aparecimento de pressão elevada.
O princípio de funcionamento baseia-se em uma válvula com mola, provida de um sistema
de amplificação instantânea da força de atuação. fecha-se automaticamente após a operação,
impedindo, assim, a entrada de qualquer agente externo no interior do transformador. Não
necessita ser isolada do tanque quando este é submetido a vácuo.
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Para gradientes de pressão superiores a 0,2 atm/s a válvula opera instantaneamente,
mas não opera devido a mudanças lentas de pressão próprias do funcionamento normal do
transformador, nem em casos de perturbações do sistema (raios, sobre-tensão de manobra ou
curto-circuito), a menos que estas produzam danos que gerem variação súbita da pressão interna.
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– Conservador de óleo: O conservador de óleo (figura 8) é um acessório destinado a
compensar as variações de volume de óleo decorrentes das oscilações de temperatura e da
pressão.
Tem a forma cilíndrica, com o seu eixo disposto na horizontal e instalado a uma altura
suficiente que possa assegurar o nível mínimo de óleo necessário para as partes que têm de ficar
imersas. sua construção é em chapa de aço e possui resistência mecânica para vácuo pleno. É
fixado através de suporte em perfis de aço estrutural.
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Possui tubos flangeados para as conexões das tubulações do secador de ar e do relé de
gás, para as conexões do indicador de nível de óleo e válvulas para enchimento e drenagem de
óleo.
O conservador é geralmente embalado separado do tanque principal e sem óleo. todas
as suas tubulações são fechadas com flanges.
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– Secador de ar (Desumidificador de ar): Para manter elevados índices dielétricos do
líquido isolante dos transformadores, estes são equipados com secadores de ar (figura 10), os
quais, devido a capacidade de absorção de umidade, secam o ar aspirado que flui para a parte
interna do transformador.
O secador de ar é composto de um recipiente metálico, no qual está contido o agente
secador (vide item 4.1.8), e uma câmara para óleo, colocada após o recipiente (que contém o
agente) isolando-o da atmosfera. Durante o funcionamento normal do transformador, o óleo
aquece e dilata, expulsando o ar do conservador através do secador.
Havendo diminuição da carga do transformador ou da temperatura ambiente, também
haverá baixa da temperatura do óleo, acompanhada da respectiva redução do volume. forma- se,
então, uma depressão de ar no conservador e o ar ambiente é aspirado através da câmara e do
agente secador, o qual absorve a umidade contida no ar, que entrará em contato com o óleo.
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– Sílica-gel: O agente secador, denominado sílica-gel, é vítreo e duro, quimicamente
quase neutro e altamente higroscópico.
É um silício (95% sio2), impregnado com um indicador (5%), podendo ser laranja, azul
ou branco, quando em estado ativo.
Devido a absorção de água, sua cor altera-se, devendo, então, ser substituído, mas pode
ter a sua vida prolongada, por processo de secagem, que pode ser aplicado algumas vezes,
podendo ser reutilizado.
A higroscopicidade da sílica-gel pode ser restabelecida pelo aquecimento em estufa na
temperatura de 80° a 100ºC, evaporando desta maneira, a água absorvida. A fim de acelerar o
processo de secagem, convém mexê-la constantemente, até a recuperação total de sua cor
característica.
Seu contato com óleo, ou com os menores vestígios do mesmo, deve ser evitado a todo
custo para que não perca sua cor inicial, tingindo-se de marrom ou preto, tornando-se inutilizável.
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– Relé de gás (tipo Buchholz): O relé de gás tipo buchholz (figura 12) tem por finalidade
proteger aparelhos elétricos que trabalham imersos em líquido isolante (geralmente
transformadores). Enquanto sobrecargas e sobrecorrentes são fenômenos controláveis por meio
de relés de máxima intensidade de corrente, defeitos tais como perda de óleo, descargas internas,
isolação defeituosa dos enrolamentos, do ferro ou mesmo contra a terra, ocorridos em
transformadores equipados apenas com relé de máxima, podem causar avarias de grandes
proporções caso o defeito permaneça desapercebido do operador durante algum tempo.
O relé buchholz é instalado em transformadores justamente para, em tempo hábil, indicar
por meio de alarme ou através do desligamento do transformador, defeitos como os acima citados
e, deste modo, possibilitar sua recuperação.
O relé normalmente é instalado entre o tanque principal e o tanque de expansão do óleo
do transformador (conservador). antes da energização do transformador, devem-se proceder as
seguintes verificações:
• Verificar a correta montagem do relé, em relação ao fluxo do óleo, o qual deverá estar
com a seta direcionada ao tanque de expansão.
• Verificar possíveis vazamentos decorrentes da montagem do relé no transformador.
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• Purgar o ar (sangria) do relé através da válvula localizada na tampa.
• Retirar a tampa do dispositivo de teste e travamento de bóias do relé, pino trava,
retirar o inserto e recolocar a tampa.
A carcaça do relé é de ferro fundido, possuindo duas aberturas flangeadas e ainda dois
visores providos de uma escala graduada indicativa do volume de gás. Internamente encontram-
se duas bóias montadas uma sobre a outra. Quando do acúmulo de uma certa quantidade de gás
no relé, a bóia superior é forçada a descer. se, por sua vez, uma produção excessiva de gás
provoca uma circulação de óleo no relé, é a bóia inferior que reage, antes mesmo que os gases
formados atinjam o relé. Em ambos os casos, ao sofrerem o deslocamento, as bóias acionam um
contato elétrico. Caso o alarme atue sem que o transformador seja desligado, deve-se desligá-lo
imediatamente e, em seguida, fazer o teste do gás contido no interior do relé.
Neste caso, a origem do defeito pode ser avaliada de acordo com o resultado do teste do
gás, ou seja:
Gás combustível (presença de acetileno): neste caso, provavelmente, há um defeito a
ser reparado na parte elétrica;
Gás incombustível (sem acetileno): neste caso temos o ar puro. o transformador
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poderá ser ligado novamente, sem perigo, após a desaeração (sangria) do relé.
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MIN, que corresponde ao nível mínimo;
25ºC, que corresponde à temperatura ambiente de referência (25ºC);
Max, que corresponde ao nível máximo.
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6.1.1 MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES COM ÓLEO ISOLANTE:
Para uma correta manutenção, os aspectos preventivos devem ser observados de forma
constante, desde a qualidade do líquido isolante, conservação física do equipamento, e ensaios e
testes funcionais periódicos. Um dos principais aspectos a serem observados, está ligado a
qualidade do fluido isolante do equipamento.
– Óleo mineral isolante: Um dos primeiros e mais utilizados isolantes líquidos é o óleo
mineral obtido da destilação do petróleo.
Três tipos de óleos são comumente utilizados: naftênico, parafínico e o aromático.
O óleo naftênico, derivado do petróleo naftênico, reúne as melhores propriedades como
líquido isolante, devendo ser preferida sua utilização, mas devido à escassez do petróleo
naftênico, (3 a 4% das reservas mundiais), foram desenvolvidos aditivos de forma a melhorar as
características dos óleos parafínicos, principalmente no que se refere à fluidez, para poderem ser
utilizados em regiões de inverno rigoroso (não congelarem).
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– Características dos óleos minerais isolantes:
Cor – A cor do óleo isolante é determinada pela comparação da luz emitida com cores
padrões estabelecidos e numerados. Um óleo novo tem cor amarelo-pálido transparente. Uma
alteração rápida da cor é uma indicação de deterioração, contaminação ou de ambas.
Ponto de Fulgor – É a menor temperatura a que o óleo precisa ser aquecido para que
vapores liberados, ao misturar-se com o ar, resultem inflamáveis ao contato com a chama.
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O método de esferas é preferido, em virtude de sua maior sensibilidade para teste de
óleos novos e de boa qualidade. O método de discos é mais adequado para testes de óleo usado
e de qualidade inferior. Uma rigidez dielétrica alta indica alta capacidade do óleo de resistir a
esforços elétricos sem falhar.
Índice de Acidez – A ASTN D-974 define o índice de acidez como a quantidade de base,
expressa em miligramas de hidróxido de potássio, necessária para neutralizar os constituintes
ácidos contidos em uma amostra de óleo mineral. A formação de acidez inicia-se logo após o óleo
ser colocado no tanque do transformador. O efeito de agitação, produzido pela vibração
eletromagnética, pancadas, e, especialmente o calor, acelera a deterioração em função do tempo.
As diminutas partículas de água colaboram para a oxidação e formação de ácidos. Essa reação é
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catalisada pelo cobre dos enrolamentos.
Nota: Outra fonte de água procede de reações químicas da celulose dos enrolamentos.
Uma isolação com 80% de envelhecimento pode ter produzido uma quantidade de água
equivalente a 2% do peso dos isolantes sólidos.
A água livre pode ser retirada facilmente por filtragem através de papéis absorventes. A
água dissolvida apenas pode ser detectada por testes elétricos e análises químicas e só pode ser
extraída por aquecimento e vácuo.
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6.1.1.2 Influência dos gases dissolvidos no óleo:
O óleo tem a propriedade de dissolver os gases com os quais mantém contato direto. A
solubilidade é inversamente proporcional à viscosidade.
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Filtro Desidratador Termo-vácuo
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As falhas incipientes, ou seja, do início, usualmente levam a baixa concentrações de
gases e, portanto, o acompanhamento por meio de análises periódicas pode evitar danos mais
sérios ao equipamento elétrico.
Os gases que devem ser analisados, de acordo com a NBR 7070 são:
HIDROGÊNIO;
OXIGÊNIO;
NITROGÊNIO;
METANO;
MONÓXIDO DE CARBONO;
DIÓXIDO DE CARBONO;
ETILENO, ETANO E ACETILENO.
Ainda realiza-se outros tipos de análises, não obrigatórias, como para a determinação de
furfuraldeído, que é considerado o principal composto da decomposição do papel isolante,
podendo-se avaliar as condições do papel na isolação do transformador. Mais especificamente, o
teor de furfuraldeído permite estimar o grau de polimerização do papel isolante, podendo, a
princípio, prever quando seria o fim de sua vida útil sem necessidade de amostrar uma porção
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desse papel, o que só seria possível fazer com o transformador desenergizado.
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As amostras coletadas em vidro escuro (âmbar), geralmente são utilizadas nas análises
Físico-quimicas, mas parte desta amostra, com algumas perdas não significantes, podem ser
utilizadas em caso de emergência, para as análises cromatográficas.
Neste caso o vidro deve ser escuro, com capacidade para um litro e preparado de acordo
com o procedimento a ser descrito.
OBS: A coleta sempre deverá ser realizada no ponto inferior de conexão do óleo do
equipamento, utilizando-se mangueira e niple apropriados.
Nota: No lugar da água comum pode ser utilizada solução sulfocrômica diluída em água,
nas proporções indicadas pelo fabricante.
– Procedimento para coleta da amostra: A coleta das amostras deve ser feita,
preferencialmente, com tempo seco, evitando, assim, possível contaminação externa.
Quando o equipamento estiver em operação, a temperatura do líquido na hora da
amostragem deve ser anotada.
Este requisito é particularmente necessário, quando o conteúdo de água ou as
características dependentes deste devem ser verificadas.
IMPORTANTE:
Sempre os resultados mais fiéis das análizes, correspondem a sua coleta com
equipamentos energizados e a plena carga, mas para transformadores selados ou com
conservador de óleo (tanque de expansão) que estejam energizados, o operador deverá respeitar
as normas de segurança quando da coleta de amostras de óleo.
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As coletas de óleo, por motivo de segurança, e levando-se em conta que as perdas são
irrelevantes, se comparadas aos riscos a que o eletricista estará exposto durante a coleta
energizada, opta-se que as coletas devam ser feitas, preferencialmente, com o transformador
desenergizado.
B) Remover toda a sujeira e poeira visível da válvula com um tecido limpo e sem fiapos;
29
D) Abrir a válvula e deixar fluir, vigorosamente, no mínimo três vezes o volume da
tubulação; Nota: Este procedimento não se aplica ao equipamento com pequeno volume
de óleo. Nestes casos, o volume a ser retirado deve levar em consideração o nível de
óleo do equipamento;
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OBS: As amostras serem coletadas para realização de análise CROMATOGRÁFICA do
óleo, devem ser realizadas com a utilização de seringas de vidro, estas, dotadas de válvula de
três vias, para retirada de 100% do ar contido na amostra. A conexão da seringa é realizada
conforme a especificação utilizada para a coleta com vidro, porém o óleo será inserido na mesma
por pressão interna do equipamento, não devendo o embolo da seringa, ser acionado.
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Tabela 4 - Recomendações em caso de problema no óleo isolante
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• Medição da relação de transformação, resistência ôhmica, saturação e polaridade
dos tC´s de buchas, caso aplicável;
• Medição de corrente elétrica dos motoventiladores, caso aplicável;
• Medição da resistência ôhmica nos enrolamentos dos motoventiladores, caso
aplicável;
• Verificar as tensões e isolação dos circuitos auxiliares antes de sua energização;
• Verificar sentido de rotação dos motoventiladores, caso aplicável;
Nota: os valores obtidos nos ensaios acima deverão ser comparados com os valores de
fábrica, ou valores obtidos em ensaios anteriores.
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– Inspeções visuais: Devem ser feitas inspeções visuais SEMANAIS, seguindo-se um
roteiro previamente estabelecido, que deve abranger todos os pontos assinalados.
Estes desligamentos devem ser efetuados no menor prazo possível, dentro das
condições operativas do sistema:
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6.2 TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA A SECO:
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6.2.1 MANUTENÇÃO:
– Itens de Manutenção:
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6.2.2 INSPEÇÕES PERIÓDICAS:
Alguns dos defeitos mais comuns de serem detectados nos transformadores a seco, e
suas medidas corretivas, estão dispostos a seguir:
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– Limpeza: Um importante fator para um melhor funcionamento deste tipo de
transformador é a constante e eficiente limpeza do mesmo para que não ocorra prejuízo de
importantes características do transformador.
Procedimento 04: A finalização deverá sempre ser feita com um pano limpo e seco,
devendo-se limpar toda a superfície, principalmente na região dos terminais de ligação.
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7 DISJUNTORES:
Componentes de um disjuntor:
Contato Fixo: Peça condutora que possui uma superfície de contato praticamente imóvel
em relação a estrutura do disjuntor.
Contato Móvel: Peça condutora que possui uma superfície de contato que pode
aproximar e afastar de um contato fixo correspondente.
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Contatos de Arco: Contato destinado a conduzir corrente do circuito principal do
disjuntor, durante as operações de abertura e fechamento, transferindo para si o arco que se
formaria nos arcos principais.
Câmara de Extinção do Arco: Parte do disjuntor destinada a confinar e dirigir o arco até
a sua extinção.
Mecanismo de operação: Conjunto de peças que por meio das quais se acionam os
contatos principais.
Pólo de Corte Único: Quando em cada pólo a abertura e fechamento do circuito principal
se fazem em um único ponto (01 câmara de extinção por pólo).
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Pólo de Corte Múltiplo: Quando em cada pólo a abertura e fechamento do circuito
principal se fazem em vários pontos (mais de uma câmara de extinção por pólo).
Tempo de Arco: Tempo que decorre entre o instante de separação dos contatos de arco
dos disjuntores e a extinção completa do arco em todos os pólos.
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Freqüência Nominal (Hz): Corresponde a freqüência nominal do sistema para o qual o
disjuntor é previsto. Freqüência Nominal: 60 Hz (Brasil).
Corrente Nominal (A): Os valores da corrente nominal devem ser escolhidos entre os
seguintes: 400 - 600 - 630 - 800 - 1200 - 1250 - 1600 - 2000 - 3000 - 4000 - 5000 - 6300 A.
A corrente nominal corresponde ao valor eficaz da corrente de regime contínuo que o
disjuntor deve ser capaz de conduzir indefinidamente à freqüência nominal, sem se deteriorar e
sem que a elevação da temperatura das suas diferentes partes exceda os valores especificados.
40
Os disjuntores em geral, dependem de um meio isolante para a realização da extinção
dos. arcos voltaicos internos, por este motivo o princípio de funcionamento que será exposto a
seguir, pode ser utilizado em todos os tipos de disjuntores ( sopro de ar, à óleo isolante, à vácuo
ou à gás ).
O ponto inicial para a operação de um disjuntor, é o fechamento do mesmo, que parte
podendo ser do carregamento das molas de fechamento por catracas mecânicas, impulsionada
por manivela ou motor elétrico ou por um sistema hidráulico pressurizado por motobomba e com
acumuladores de nitrogênio.
O ponto limite de carregamento será dado por uma trava mecânica ou limitador de curso
mecânico ou hidráulico (pressostatos) ajustados para cada tipo de equipamento. O carregamento
das molas de abertura é realizado durante a operação de fechamento do equipamento,
automaticamente, pois não dependem de acionamento externo para o seu carregamento e do
sistema hidráulico é carregado quando a pressão após a operação atinge a pressão ajustada no
estágio do pressostato.
Ao acionar o fechamento do equipamento, o eixo principal de acionamento, provocará o
deslocamento dos contatos móveis paralelamente, de maneira a que no menor espaço de tempo
possível os mesmos atinjam o batente junto aos contatos fixos.
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Durante o trajeto percorrido pelos contatos, o óleo isolante, ou gás SF6 será pressionado
no interior do pólo, de forma a fluir com uma vazão acentuada pelos orifícios da câmara de
extinção, sendo direcionado este jato de óleo ou gás que está sendo formado, para o ponto de
conexão externa entre os contatos fixo e móvel.
Na abertura de um disjuntor, o ciclo é reverso mas mantém as mesmas características de
propulsão do óleo ou gás isolante para o ponto de extinção do arco voltaico. Por este motivo nos
disjuntores á óleo, o estado de conservação do óleo isolante é de vital importância, principalmente
o nível interno do mesmo e a sua rigidez dielétrica e o gás se mantenha com a umidade permitida
e que não esteja demasiadamente degradado.
Um isolante com baixa rigidez pode agravar o arco voltaico, ao invés de extingui-lo, pois
passaria a “alimentar" o mesmo com um caminho de baixa isolação. Quanto ao nível de óleo, o
mesmo não pode apresentar-se alto, nem tampouco baixo, porque o nível alto não deixará
internamente no equipamento, espaço suficiente para a dissipação dos gases gerados durante a
abertura pela queima do óleo isolante, e o nível baixo não fornecerá óleo suficiente para a extinção
adequada do arco voltaico e quanto ao gás SF6, a pressão interna de gás deverá ser a
estabelecida, pois se não houver o volume de gás suficiente, poderá afetar suas propriedades
dielétricas e a velocidade do disjuntor.
Salientamos que o nível interno de óleo e a pressão de gás de um disjuntor, deve sempre
41
apresentar-se de maneira igual em todos os seus pólos, visto que por ser um dispositivo mecânico,
variações de nível acentuadas entre os pólos, provocam diferenças nos tempos de abertura de
cada uma das fases, podendo provocar defeitos mecânicos no equipamento, visto que o
amortecimento da abertura e do fechamento do equipamento está ligado diretamente ao nível do
óleo e do gás isolante.
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Segurança
Antes de iniciar os serviços de manutenção, verificar as normas de segurança e ter
certeza que todas as linhas (controle, ar comprimido, circuito hidráulico etc.) estão desligadas ou
bloqueadas, as buchas desenergizadas e o barramento aterrado. Atenção especial será dada ao
manuseio de molas carregadas, pois as mesmas poderão ser inadvertidamente descarregadas
com eminente perigo.
• Tensão de comando;
• Motor de carregamento das molas;
• Relés auxiliares;
• Circuito de fechamento e abertura;
• Gaxetas;
• Registros (bujões);
• Nível de óleo;
• Conexões externas;
• Isoladores, buchas.
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É necessário também:
Inspeções mensais:
• Verificar o nível do óleo dos pólos; o mesmo deverá estar compreendido entre as
marcas de máximo e mínimo do indicador de nível. Levar em consideração a
temperatura do equipamento. Com temperatura muito baixa, o óleo poderá ficar
abaixo da marca de nível mínimo e vice-versa com temperaturas muito altas;
normalmente, não tem maiores conseqüências.
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Inspeções anuais:
• Verificar o sistema de proteção primaria, injetando corrente no circuito primário.
• Verificar nas curvas de funcionamento dos relés se o tempo de operação
corresponde ao esperado.
• Provocar a atuação do disjuntor, via circuito de proteção, por simulação da
atuação dos relés.
• Simular a atuação dos relés de bloqueio e alarmes local e remota.
• Verificar a existência de vazamentos (gaxetas ressecadas, buchas rachadas).
• Verificar a lubrificação do mecanismo, resistência de aquecimento.
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• Medir o isolamento das hastes de acionamento, câmaras e isoladores, contra
terra;
• Verificar as perdas dielétricas das hastes, câmaras de extinção e buchas para
tensões de 15 kV e acima.
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IMPORTANTE: Após a interrupção de um curto-circuito franco, é recomendável que,
antes da energização do disjuntor, sejam feitos testes de isolamento e resistência de contato
particularmente em disjuntores a óleo.
A verificação do estado de conservação dos contatos de um disjuntor é realizado através
do ensaio de resistência de contatos do mesmo, onde devemos tirar um comparativo entre os
valores encontrados no ensaio, e os valores nominais do catálogo do fabricante. Alterações
acentuadas nestes valores não significam obrigatoriamente que os contatos apresentem de na
sua camada de metalização (prata), apenas indicam que por um motivo qualquer (contatos
frouxos, óleo carbonizado entre contato e carcaça ou penetração), houve uma elevação deste
valor de resistência de contato.
Sempre que estes valores forem detectados nos testes, será obrigatória a abertura do
pólo e a retirada dos contatos para inspeção visual, com limpeza dos pontos de conexão dos
contatos com o assentamento do pólo do disjuntor. Caso a camada de metalização apresente
elevada deterioração na sua camada de metalização, a mesma deverá ser recuperada ou o
contato de dedo defeituoso, substituído.
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CONTAT
O TUBO
DE ISOLANTE
ARCO
VÁLVULA
DE
PINÇAS
DO
SUPORT
E CONTATO
MÓVEL
DA
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CÂMARA DE
COMPRESSÃO
CÂMARA DE COMPRESSÃO
CONTATO FIXO
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PINÇAS DO
CONTATO
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PINÇAS DO
CONTATO FIXO
CONTATO FIXO
DE ARCO
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Uma característica importante dos TCs de medição é que em caso de curto-circuito
a corrente em seu secundário não irá aumentar na mesma proporção que a corrente no
primário em função do efeito de saturação do núcleo magnético, onde essa saturação
ocorre dentro da faixa de quatro vezes a sua corrente nominal.
Outro fator importante a ser observado em transformadores de corrente para medição é
a classe de exatidão referente ao percentual máximo de erro que um TC de medição pode
apresentar no fornecimento de sua medição. As classes de exatidão mais usais são 0,3; 0,6; e
1,2%.
Os transformadores de corrente para proteção são fabricados e destinados à aplicação
onde poderão ocorrer correntes de curto-circuito ou sobrecargas de alta magnitude, sendo que o
TC tem a capacidade de transformar esses determinados eventos em valores compatíveis para
uso no sistema de proteção.
Ao contrário dos TCs utilizados para medição, os TCs utilizados para proteção têm
como principal característica a não saturação do secundário quando submetidos a
elevados valores de corrente em seu primário.
Uma carga padronizada ligada ao secundário dos TCs de proteção permitirá que o
secundário apresente um nível de saturação elevado igual a vinte vezes a corrente a sua corrente
nominal.
48
Após essa comparação é possível compreender a finalidade exercida pelos dois modelos
de transformador de corrente, onde em hipótese alguma é indicado o uso de TCs de medição para
fazer a função de proteção.
Nesse sentido, através da Figura a seguir, é possível verificar a diferença de saturação
existente entre esses dois modelos de TCs.
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Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015), na norma 6856, a classe
de exatidão dos TCs de proteção deve ser de 5 a 10%, garantida ente valores de 1 até 20 vezes
a corrente nominal em qualquer carga compreendia entre o valor inferior ou igual a nominal.
Um fato relevante é que os TCs de proteção são ordenados pela classe referente à
impedância de seu enrolamento secundário. Os TCs de classe “B” apresentam em seu secundário
reatâncias que podem ser desprezadas, já os TCs de classe “A” apresentam reatâncias em seu
secundário que devem ser consideradas.
Transformadores de corrente de AT e MT
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Os transformadores de potencial do tipo indutivo são fabricados na maioria das vezes
para utilização até 138 kV, possuem um enrolamento primário envolvendo um núcleo de ferro-
silício que é comum ao enrolamento secundário, funcionando pelo princípio da conversão
eletromagnética de energia.
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2018), na norma 6855, a
fabricação dos transformadores de potencial deve respeitar três categorias de acordo com os três
tipos de ligação.
Os grupos existentes são:
a) grupo 1 – projetados para suportar de forma continuada, 10% da sua tensão nominal.
São conectados entre fases no circuito a ser medido;
b) grupo 2 – projetados para ser conectados entre fase e neutro de sistemas aterrados;
c) grupo 3 – projetados para ser conectados entre fase e neutro onde, porém, não se
garanta a eficácia de um aterramento.
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10 RELÉS DE PROTEÇÃO
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A seguir, serão abordadas as principais características dos relés de proteção multifunção
utilizados na modernização da proteção elétrica, nosso objetivo principal.
Outra característica importante em relés de proteção multifunção é que diferentemente
de seus antecessores que necessitavam de um equipamento (relé) para cada função de proteção
a ser executada, os relés digitais multifunção concentram em um único equipamento várias
funções de proteção.
Transformadores de potencial e corrente auxiliam na captação das informações de
campo, as informações de corrente e tensão são coletadas do meio externo pelos TPs e TCs e
convertidas em sinais digitais, disponibilizadas ao microprocessador do equipamento, que por sua
vez, roda os algoritmos das funções de proteção armazenados na memória do relé. De acordo
com os valores de corrente e tensão medidos e os ajustes das referidas funções, o relé comanda
a atuação dos contatos de saída.
Os relés digitais ainda dispõem de outras funções como medições de grandezas elétricas,
leituras de sensores de temperatura, posicionamento de disjuntores, intertravamentos diversos,
comunicação em diversos protocolos, possibilidade de programação através de computador e
interface homem máquina (IHM). Sendo assim é essencial também conhecer algumas das
principais características dos relés digitais para que seja possível usufruir, da melhor maneira, de
sua utilização nos sistemas elétricos.
52
Geralmente os valores de corrente são provenientes de TC’s e variam de 1 A ou 5 A. Já
as tensões utilizam valores derivadas do secundário dos TP’s e trabalham com valores de 100,
110 ou 115 Vca.
Para os relés de proteção atingirem o seu melhor desempenho possível, se faz
necessário que uma parametrização seja feita. A parametrização leva em conta todas as funções
de proteção, definidas no momento do projeto, ou de um estudo de Coordenação e Seletividade
das proteções, baseado em um estudom incial de curto circuito das instalações. A parametrização
também leva em consideração, possíveis lógicas externas para o correto funcionamento, pois
mesmo parametrizado o relé dependerá de outros equipamentos corretamente configurados para
cumprir com o seu principal objetivo que é a proteção de um determinado circuito ou sistema.
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Relés de proteção PRIMÁRIOS/ELETRÔNICOS E MULTIFUNÇÕES
A norma ANSI estabelece uma codificação das funções dos diferentes dispositivos
empregados na proteção, comando e sinalização de sistemas elétricos sendo utilizada
mundialmente por fabricantes, projetistas e montadores. Os relés funcionam monitorando os
valores de corrente e tensão. Esse monitoramento é feito em zonas, caso ocorra uma falta dentro
de uma zona protegida, o relé atua isolando essa zona do restante do sistema. Portanto, para a
utilização dos relés de proteção é necessário conhecer os valores de corrente ou tensão para
53
diversos tipos de faltas em vários pontos do sistema.
Existem diversas funções de proteção, como função de sobrecarga, subfrequência,
subtensão, sobretensão etc.
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10.1 TIPOS DE PROTEÇÃO MAIS UTILIZADOS:
Os ajustes dos relés são definidos para operar o mais rápido possível para o maior valor
de falta e também é verificado se essa operação é satisfatória também para o menor valor de falta 54
esperado. No método de coordenação definido pela temporização, cada relé que controla o
disjuntor de cada ponto do sistema é ajustado para um determinado tempo de operação garantindo
que o disjuntor mais próximo da falta abra primeiro.
Existem diversas curvas de tempo-inverso para proteção de sobrecorrente, são curvas
apresentadas em um gráfico com escalas logarítmicas que relacionam o tempo de operação, na
vertical, com a corrente de curto-circuito, na horizontal.
A IEC 60255 (International Electrotechnical Commission) tem como padrão as seguintes
curvas:
• Normal inversa;
• Muito inversa;
• Extremamente inversa.
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Pela análise das curvas é possível perceber que para valores de corrente menores, a
curva normal inversa possui um tempo de operação menor se comparado as outras duas curvas.
Já em casos de valores de correntes superiores, a curva extremamente inversa possui um tempo
de operação muito menor que o das outras duas curvas.
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10.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA:
Para se efetuar a manutenção em qualquer relé de proteção deve-se ter mãos o estudo
de seletividade do sistema, onde são definidos os valores a serem ajustados nos relés. O
instrumento básico para se realizar os testes em relés de proteção é a caixa de calibração. Trata-
se basicamente de uma fonte de corrente e tensão, que pode ser monofásica ou trifásica e que
conta com um sistema de contagem e registro do tempo de atuação dos relés sob teste.
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IMPORTANTE: Deve-se atentar para a periodicidade das intervenções de manutenção
em relés eletromecânicos, não é incomum ocorrer o “travamento” de partes móveis internas devido
à falta de limpeza dos relés por longos períodos. Lembra-se que estes equipamentos em situações
normais do sistema que protegem ficam com todas as suas peças praticamente imóveis e pode
haver acúmulo de poeira e outros contaminantes em suas peças. A PERIODICIDADE vai
dependar do grau de contaminação da área, e, se os relés possuem amostecimento
fluidodinâmicos (óleo).
Com isso, além dos testes de suas funções de proteção, deve ser previsto um programa
57
de manutenção mais completo nesses equipamentos. Para os relés eletrônicos podemos destacar
os seguintes serviços e ensaios:
• Ajustes dos parâmetros de proteção conforme estudo de seletividade;
• Configuração dos parâmetros gerais de leitura de grandezas elétricas, tais como
relação de transformação dos TC’s e TP’s, frequência, forma de medição das
correntes e/ou tensões de faltas para a terra etc.;
• Configuração das entradas e saídas digitais conforme projeto elétrico do painel;
• Configuração da lógica interna de operação dos relés, conforme projeto lógico da
subestação;
• Verificação do funcionamento das teclas frontais, display, led’s e portas de
comunicação;
• Verificação da comunicação dos relés com redes de supervisão.
Para se realizar os ensaios completos nos relés eletrônicos, é recomendável se utilizar uma
caixa de calibração trifásica (ou ainda hexafásica para relés diferenciais de transformador), onde se
pode realizar a maior parte das verificações de forma automática, já que contam com softwares
onde se é possível programar rotinas de teste, apresentando resultados detalhados em padrões de
relatórios previamente definidos.
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IMPORTANTE: A PERIODICIDADE de manutenção ou serviços de ensaios destes relés,
vai depender de fatores como, DESARME POR ATUAÇÃO (correta ou indevida), ALTERAÇÃO
DOS ESTUDOS DE COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE (por alteração de cargas), ALTERAÇÃO
DE LÓGICA FUNCIONAL, ou outro aspecto que altere qualquer das características do sistema,
mas, o período normalmente utilizado é ANUAL.
A) Verificar se houve disparo de alguma das curvas de proteção (pick-up), pois indica que
o equipamento detectou uma corrente inicial a sua zona de proteção, iniciando mas não
completando o TRIP do equipamento sob proteção.
NOTA: Caso detectado este disparo, deve-se acessar a área de eventos do relé, e anotar
a corrente indicada na curva, fazer registro fotográfico do valor verificado, e, então
58
somente, resetar o equipamento, apagando a indicação da curva, mas não o valor
memorizado. No caso de relés multifuncionais, os eventos tem data e hora gravados,
possibilitando a investigação do motivo da elevação da corrente e o quase disparo do
TRIP do equipamento. De posse do estudo de proteções, dece-se verificar se o valor
apurado na inspeção, está de acordo com o mesmo, ou seja, se a parametrização está
correta.
NOTA: Caso detectada esta situação, existe o indicativo de que o equipamento poderá
estar com a saída de TRIP, desabilitada, ou com defeito. Como no caso anterior, deve-
se deve-se acessar a área de eventos do relé, e anotar a corrente indicada e qual o tipo
de atuação aconteceu, fazer registro fotográfico do valor verificado, e, então somente,
resetar o equipamento, apagando a indicação da curva, mas não o valor memorizado.
Neste caso devemos realizar a INTERVENÇÃO IMEDIATA no equipamento, pois o
mesmo está sem função de proteção atuante.
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C) Verificar e anotar os valores de tensão e corrente, medidos pelo equipamento, para cada
fase, criando um histórico comparativo de valores.
SEGURANÇA: A inspeção dos relés poderá ser realizada por somente um profissional,
mas caso sejam detectados, quaisquer um dos problemas listados, o mesmo deverá estar
acompanhado no momento das medidas corretivas, e impreterivelmente deverá estar de posse do
MANUAL DE OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO, estar em mão com a SENHA DE ACESSO, caso
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o equipamento esteja protegido por senha, E ESTAR COM OS EPÍS APROPRIADOS A
EXECUÇÃO.
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Os ajustes determinados para cada relé pelo estudo das proteções, basea-se no
conhecimento da correta distribuição das correntes e tensões em diferentes partes do circuito
devido às possíveis faltas. Os valores limites de corrente em qualquer um dos pontos, também
deverão são conhecidos e considerados para a determinação das faltas.
Mesmo que um sistema elétrico de potência tenha um excelente projeto e que seja
empregado o que há de melhor no mercado, ainda assim o sistema estará exposto a eventos dos
mais diversos e imprevisíveis podendo aparecer falhas em pontos aleatórios. As correntes de
curto-circuito atingem na maioria das vezes valores de grande magnitude porém, atenuadas em
frações de segundos, mas que em muitos casos em função de uma proteção deficiente, mal
projetada ou com erro de parametrização, o curto-circuito causa a destruição de vários
equipamentos, como barramentos, painéis, cabeamentos e até mesmo em toda a instalação.
60
As falhas em sistema elétrico de potência são inúmeras, na maioria dos casos ocorrem
devido à:
a) falhas de isolação – geralmente as tensões de barramentos ou condutores são
elevadas e rupturas para terra ou entre fases ocorrem, seja pela aplicação inadequada de
isoladores ou até mesmo a isolação dos equipamentos, defeitos de fabricação ou material de má
qualidade ou até mesmo envelhecimento do material;
b) falhas mecânicas – são provocadas na maioria das vezes por fenômenos naturais,
como vendavais, contaminação por água, quedas de objetos e também por deficiência na
montagem de equipamentos que podem provocar seu desprendimento;
c) falhas elétricas – são ocasionados na maioria dos casos por descargas atmosféricas,
surtos de chaveamento (manobra), sobretensões, sobrecorrentes e falhas na proteção de
equipamentos de supervisão;
d) falhas de manutenção – manutenções mal planejadas ou a inexistência dela podem
deixar um sistema elétrico vulnerável e provocar falhas. A substituição de peças ou equipamentos
inadequados, bem como a falta de inspeções periódicas, contribuem para falhas de manutenção.
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Conclue-se, portanto, que em caso ATUAÇÃO E DESARME, de um relé de proteção, que
esteja corretamente operando, com a parametrização correta, e que nas inspeções, não
apresentou anomalias, EXISTE ALGUM PROBLEMA NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO.
No caso de atuação da proteção de sobrecarga (51), a maior probabilidade é de um
defeito transitório, como um problema em um motor de grande potência (principalmente na
partida), uma fuga em um cabo de MT, que está prestes a romper a isolação, ou simplesmente
uma elevação de carga que não havia sido considerada no estudo das proteções.
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11 INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS
Vários são os instrumentos utilizados pelos técnicos para efetuar medições elétricas na
análise de funcionamento de circuitos, sendo alguns dedicados a ensaios e testes de Média e
Alta tensão. Estes equipamentos são necessários as investigações de faltas elétricas, porém a
sua operação e principalmente a interpretação dos resultados, precisa ser correta.
– Megôhmetro (Megger)
A resistência de isolamento pode ser determinada pela lei de Ohm, aplicando uma tensão
de corrente contínua e medindo a corrente que circula pelo galvanômetro ou circuito conversor
interno ao equipamento.
Um dos ensaios e testes mais importantes, pois nos possibilita saber as condições de
isolamento de um equipamento. Realizando periodicamente esta medição, pode- se acompanhar
a vida útil do equipamento comparando os resultados obtidos com as informações dos fabricantes
62
ou com outro teste já anteriormente realizado.
O megôhmetro é um instrumento portátil que permite realizar medições de resistências
de isolação com tensões de prova de até 10kV. Proporciona medições confiáveis de resistências
de isolação de até 2.000.000MΩ com quatro tensões de prova: 1kV, 2kV, 5kV e 10kV. As leituras
se realizam em um indicador analógico ou digital com escala ampliada e de fácil leitura.
Para uma melhor compreensão e análise dos ensaios de resistência de isolamento, é
necessário que se tenha um conhecimento básico sobre os fenômenos que surgem num meio
dielétrico, quando submetido a um potencial contínuo.
Antes de se energizar uma máquina nova ou que esteve parada muito tempo, é boa
norma medir-se a resistência de isolamento dos enrolamentos. Desta maneira verifica-se uma das
condições mínimas para a sua energização.
Um valor alto de resistência de isolamento é uma condição necessária, mas não suficiente
para garantir que não existam imperfeições no isolamento, que possam causar falhas quando da
energização.
O termo resistência de isolamento é a relação existente entre a tensão CC aplicada a um
isolante e a corrente resultante em um determinado instante, após a aplicação da tensão. Devido
ao fenômeno da polarização do dielétrico e à capacidade dos condutores contra as partes
metálicas adjacentes, a definição acima se torna algo imprecisa, mas válida para fins práticos.
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Pela análise dos valores da resistência de isolamento obtidos nos ensaios, comparados
aos registrados anteriormente, podemos avaliar o processo de degradação do isolamento.
Esta análise pode representar uma economia substancial, seja pela garantia de
continuidade operativa, seja pela redução de custos de reparos devidos a falhas de maiores
proporções.
63
Megôhmetro Eletrônico de Alta Tensão 10kv e Megôhmetro Analógico de Alta Tensão - 5kv
– Microhmímetro:
O Microhmímetro é um ohmímetro digital ou analógico inteligente, portátil, destinado a
medir com alta precisão resistências muito baixas de contato de disjuntores de alta tensão, chaves
seccionadoras, barramentos, enrolamentos de transformadores e motores, etc., com correntes
desde 1mA até 200A. Utiliza a topologia de Kelvin (4 terminais) para evitar erros na medição
provocados pelos cabos auxiliares e as suas resistências de contato.
Nos dispositivos de Alta e média tensão, é um dos ensaios usuais é o de valor de
resistência ôhmica, seja em enrolamentos ou em contatos de dispositivos de proteção.
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No caso de medição de enrolamentos, aplica-se em todos os tipos de transformadores,
sejam eles de potência, potencial ou corrente, com a função de determinar o grau de
envelhecimento da isolação interna do dispositivo, continuidade de enrolamentos equalização de
valores entre enrolamentos de diferentes fases, fechamento de contatos de comutação e em
alguns casos determinação de relação de transformação.
A medição da resistência ôhmica entre contatos (resistência de contato de disjuntores,
chaves secionadoras e comutadores), tem como finalidade a determinação do estado da camada
de metalização (prata) dos contatos fixos e móveis, bem como visualizar o valor de resistência
existente entre as conexões do equipamento até o barramento de alimentação. Nestes casos os
valores devem estar compreendidos na faixa de microôhms, visto que a potência dissipada nestes
pontos é diretamente proporcional ao valor de resistência dos mesmos. Valores altos de
resistência de contato provocam o surgimento de pontos quentes, e consequentemente ocorre à
aceleração da deterioração da camada de metalização, gerando um efeito cascata até danificar o
equipamento.
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‘ Microhmímetro de 200 A
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Na prática é sabido que valores de resistência superiores a 120μΏ em disjuntores à óleo,
podem dar início a pontos quentes internos, claro que sua intensidade e grau de crescimento
estará ligado diretamente a característica da carga que o mesmo alimenta, bem como, a sua
capacidade nominal de corrente. Para uma avaliação da necessidade de abertura de um disjuntor,
é necessário que o mesmo seja submetido a testes periódicos de resistência de contato,
percebendo-se variações ou acréscimos dos valores de ensaio.
– Hi-Pot:
É o equipamento utilizado para o teste de tensão aplicada ao dielétrico e consiste em uma
fonte de corrente alternada ou contínua, de alta tensão e baixa corrente, utilizada para medições
de correntes de fuga de meios isolantes.
Os equipamentos que trabalham com corrente alternada, possuem uma restrição de
aplicação, visto a característica do meio isolante em comportar-se como um capacitor. Devido a
este fato, os mesmos restringem-se ao uso de isoladores, separadores, câmaras de extinção de
disjuntores de MT a AT, buchas convencionais de transformadores (desconectadas) e como
simulador de descargas parciais para pára-raios.
O equipamento possui dois cabos externos, sendo um deles o cabo de geração de AT, e
o outro o cabo de medição da corrente de fuga.
65
Para estes tipos de ensaios, deve-se sempre realizar anteriormente e posteriormente ao
teste de “Tensão aplicada ao Dielétrico”, um teste de “Resistência de Isolamento” com um Megger,
para certificar de que o teste com Hi-pot, não afetou a isolação final do cabo, mufla, disjuntor,
secionadora, motor elétrico ou painel elétrico, principalmente em equipamentos usados.
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HI-POT 5 KV HI-POT 100 KV
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– TTR – Teste De Relação De Transformação:
O medidor tipo TTR é um instrumento usado para medir a relação de transformação em
transformadores de força e transformadores de potencial que tenham relação até 330:1.
67
12 MANUTENÇÃO DE PAINÉIS ELÉTRICOS:
– Inspeção Visual: Verificar a posição física (layout) dos equipamentos dentro do painel,
a disposição física dos barramentos de força, aterramento, reaperto das conexões, isoladores
quanto a trincas, estado geral do mesmo quanto à pintura e corrosão e grau de proteção quanto
ao acúmulo de pó e entrada de água.
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12.1.1 ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO:
– Procedimentos: Isolar a área com fita zebrada, cerkit, e pôr placas de advertência,
abrir e ou extrair qualquer tipo de equipamento de manobra (disjuntor, secionadora, fusíveis, etc.),
realizar teste de energia ZERO, colocar os devidos bloqueios elétricos.
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• Repetir os mesmos procedimentos (8 ao 12) para a operação do megôhmetro,
porém na configuração S x TR+TERRA;
• Repetir os mesmos procedimentos (8 ao 12) para operação do megôhmetro,
porém na configuração T x RS+TERRA;
• Conectar a ponteira preta (R- do megôhmetro) na barra de terra do painel e a
ponteira vermelha (BORNE DE TENSÃO do megôhmetro) num dos pontos da
fiação interligada;
• Repetir os mesmos procedimentos (8 ao 12) para a operação do megôhmetro; 17-
Reconectar todos os fusíveis, cabos e fiação solta.
Tabela A:
Classe de tensão do equipamento (kV) Tensão aplicada pelo megôhmetro (kV)
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12.2 – CUBÍCULO DE MÉDIA TENSÃO: Parâmetros e procedimentos conforme NBR
6978 e NBR 6979
– Procedimentos: Isolar a área com fita zebrada, cerkit, e pôr placas de advertência,
abrir e ou extrair qualquer tipo de equipamento de manobra (disjuntor, secionadora, fusíveis, etc.),
realizar teste de energia ZERO, colocar os devidos bloqueios elétricos.
• Se houver TP’s em gaveta de extração, a mesma deve ser extraída e caso os TP’s
forem fixos, sacar os fusíveis de proteção da alta tensão (H1 e H2) dos mesmos;
• Se houver TC’s, deve-se desconectar os cabos dos secundários (S1 e S2) dos
mesmos e interligá-los com a barra de terra;
• Interligar os barramentos das fases S e T com a estrutura (massa) ou com a barra
de terra do cubículo e conectar a ponteira preta (R- do megôhmetro) na mesma,
conectar a ponteira vermelha (BORNE DE TENSÃO do megôhmetro) no
barramento da fase R (figura 5);
• Selecionar uma tensão de ensaio do megôhmetro, conforme classe de tensão do
cubículo, descritas na tabela abaixo (tabela A);
• Selecionar o botão do megôhmetro na menor escala (escala A), acionar o botão
LIGA e observar a deflexão do ponteiro;
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• Caso o ponteiro defletir acima de 10 na escala A, mudar para a escala B; caso
defletir acima de 100 na escala B, mudar para a escala C; se defletir acima de
1000 na escala C, mudar para a escala CX10 e aguardar 01 (um) minuto para a
estabilização do mesmo;
• Na seqüência, após se obter o valor de leitura, multiplicar pelo multiplicador de
escalas do megôhmetro e juntamente com a temperatura ambiente e a umidade
relativa do ar, anotar o valor em M na ficha de ensaios. Esse valor tem que ser
no mínimo 1M por kV;
• Finalizando o ensaio, desligar o megôhmetro e aguardar até o descarregamento
do mesmo no qual é sinalizado por um led vermelho. Em seguida desconectar
ponteiras.
• Repetir os mesmos procedimentos (6 ao 10) para a operação do megôhmetro,
porém na configuração S x TR+TERRA;
• Repetir os mesmos procedimentos (6 ao 10) para a operação do megôhmetro,
porém na configuração T x RS+TERRA.
Tabela A:
Classe de tensão do equipamento (kV) Tensão aplicada pelo megôhmetro (kV) 71
– INTRODUÇÃO:
– CATEGORIAS DE SEGURANÇA:
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Ao medir a tensão no lado de entrada de um painel de disjuntor em uma residência, a
proteção volta para o poste da empresa de energia ou para a subestação. Esses disjuntores
carregam milhares de ampéres antes de abrir e demoram muito mais para abrir, se comparados a
um disjuntor de circuito ramificado. Portanto, quando você deixa acidentalmente os condutores
nos conectores de corrente e coloca os condutores do medidor em uma dessas fontes de tensão
sem um testador que tenha uma proteção adequada de fusíveis, você coloca a sua vida em grave
risco.
Nessa situação, o curto representado pelo fusível errado (ou pelo fio colocado em torno
das conexões do fusível) e pelas pontas de prova é alimentado por uma quantidade quase ilimitada
de energia. O elemento metálico do fusível (ou o fio) esquenta muito rapidamente e começa a
vaporizar, causando uma pequena explosão.
No caso do fusível errado, o encapsulamento do mesmo pode estourar devido à força da
explosão, encontrando uma quantidade ilimitada de oxigênio para abastecer a "bola de fogo" de
plasma. Além disso, as pontas de prova também podem começar a derreter; logo você terá fogo
e metal quente nas mãos, no braço, no rosto e na roupa. O tempo que a energia permanece
74
aplicada ao testador, o oxigênio disponível e a presença de equipamentos de segurança, como o
escudo facial e as luvas, determinam a gravidade das lesões.
Tudo isso ocorre em mili-segundos, e não há tempo para reagir ao erro. Se você tiver
sorte, poderá ser jogado para longe dos fios e do testador, quebrando o circuito. Porém, não se
pode contar com a sorte, principalmente quando você pode evitar o problema por completo,
usando o fusível adequado.
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Se você pegar um medidor CAT III 1000 V com as pontas de prova nos conectores de
corrente, terá uma resistência em série de aproximadamente 0.1 ohms (0.01 para o shunt, 0.04
para os condutores de teste e 0.05 para o fusível e os condutores da placa de circuito) entre os
condutores. Quando você coloca acidentalmente os condutores em uma fonte de 1.000 volt, de
acordo com a Lei de Ohm, você gera uma corrente de 10.000 ampéres (E/R=I, 1.000/0,1 = 10.000).
Você precisa de um fusível que quebre a corrente - e rápido. Além de ter um elemento de fusível
especial, o fusível de alta energia é cheio de areia. A areia não só ajuda a absorver a energia do
choque - por meio da explosão do elemento; além disso, as altas temperaturas (até 10.000 °F)
geradas pela energia derretem a areia, transformando-a em vidro. O vidro reveste o elemento e
suaviza a bola de fogo, cortando o oxigênio disponível, evitando danos a você e ao testador.
Como se pode perceber, nem todos os fusíveis com o mesmo valor de tensão e corrente
são iguais. Para a sua própria segurança, é necessário se certificar de que os fusíveis que você
usa são os que foram projetados para o testador.
Sempre consulte o manual ou o fabricante do testador para se certificar de que o fusível
que você usa é o correto.
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Não se arrisque em áreas de CAT III e IV sem as pontas de prova corretas e seus EPIs
– O SISTEMA DE TESTE:
As pontas de prova não servem apenas para conectar o testador ao circuito - eles também
o protegem contra possíveis riscos que você talvez nem imagine. Esse artigo explica as diversas
características que afetam a capacidade da ponta de prova para proteger você contra os perigos
inerentes à medição elétrica.
Provavelmente você já ouviu a frase "A qualidade de um sistema é igual à qualidade do 76
elo mais fraco!". Essa frase é muito adequada para designar o uso seguro do seu equipamento de
teste.
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– QUAL É A DIFERENÇA DAS PONTAS DE PROVA?
Nem todas as pontas de prova são iguais. O fato de acumular pontas de prova ao longo
dos anos e misturá-los com as pontas de prova mais novas e fortes que temos na atualidade é
muito comum. As pontas de prova, assim como os próprios testadores, foram atualizadas para se
adequar aos novos padrões estabelecidos para os ambientes elétricos atuais. Esses padrões
exigem que o isolamento entre o material condutor da ponta de prova e os seus dedos tenham
uma distância mínima para afastar os riscos existentes no ambiente em que você trabalha.
Também deve haver uma proteção para os dedos na parte externa ponta de prova que
estabeleça a distância adequada entre os seus dedos e as partes metálicas da haste que ficam
expostas. As distâncias e os valores de isolamento foram predeterminados para cada categoria
de instalação e valor de tensão.
Depois de identificar a categoria de instalação e a tensão com a qual você irá trabalhar,
é fácil escolher o testador adequado para o ambiente.
77
Entretanto, certifique-se de a capacidade das pontas de prova que você usará com o
testador seja igual ou superior à capacidade do testador. Por exemplo: se você pretende medir um
circuito de 600 V, pode usar um multímetro digital nessa medição. Todos os produtos dessas
séries têm classificação dupla 1000 V CAT III (o ambiente do exemplo) e 600 V CAT IV.
Embora o equipamento tenha uma indicação clara da classificação de segurança, as
pontas de prova têm a mesma classificação? Se a classificação das pontas de prova do
equipamento não for igual ou superior à classificação do testador, você está colocando o testador
(e, mais importante, você mesmo) em perigo.
As pontas de prova que você acumulou em anos anteriores podem não ter sido projetados
com a espessura de isolamento necessária para os ambientes elétricos atuais. Além disso, as
pontas de prova sofrem desgaste e mau uso, que podem facilmente danificar o isolamento. Por
exemplo: pontas de prova que foram prensadas em uma porta de painel ou torcidas por causa de
curvas acentuadas têm a capacidade de isolamento reduzida, são pontos de desgaste. Pontas de
prova rachadas, prensadas ou muito sujas devem ser descartadas e trocadas por pontas de prova
novas.
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– EVITANDO OS ERROS COMUNS AO TESTAR ELETRICIDADE:
A pressão para terminar o trabalho dentro do prazo ou fazer com que um equipamento
de missão crítica volte à atividade pode provocar descuidos e erros incomuns até mesmo dos
eletricistas mais experientes. A lista a seguir foi feita para servir como um lembrete rápido daquilo
que não se deve fazer ao medir eletricidade.
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– Deixar de usar procedimentos adequados de lockout (bloqueio)/tagout (colocação de
avisos);
– Menosprezar as pontas de prova;
As pontas de prova são um componente importante da segurança do equipamento. Além
disso, certifique-se de que as pontas de prova correspondam ao nível de categoria do trabalho.
Procure pontas de prova com isolamento duplo, conectores de entrada reforçados, proteção para
os dedos e superfície que não escorrega.
O que é NR 10?
A Norma Regulamentadora 10 da Portaria 3.214 de 1978, é um conjunto de medidas e
instruções técnicas que estabelece os parâmetros mínimos de segurança que devem ser adotadas
ao realizar atividades que interajam com sistemas elétricos ou instalações elétricas, com o intuito
de prevenir acidentes e promover a saúde e segurança dos trabalhadores.
79
Objetivo da NR 10
A NR 10 tem por objetivo a preservação da segurança e saúde ocupacional de
trabalhadores expostos a riscos de choque elétrico através da adoção de medidas de controle que
reduzam ou eliminem os riscos da atividade.
Aplicação da NR 10
A NR 10 aplica-se a todas as atividades que envolvam a utilização de eletricidade, desde
a geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção,
montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas
suas proximidades.
Obrigações do Empregador
É de responsabilidade do empregador manter os trabalhadores informados sobre os
riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra
os riscos elétricos a serem adotados.
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Obrigações dos Trabalhadores
Os trabalhadores devem:
• realizar as atividades com zelo pela sua segurança e a de outras pessoas que
estejam no ambiente.
• cumprir todas as disposições e procedimentos internos de segurança ao realizar
as atividades;
• informar o superior responsável imediatamente ao constatar qualquer risco a
segurança.
Certificado NR 10
Todas as atividades que envolvam sistemas ou instalações elétricas só podem ser
realizadas por profissionais devidamente qualificados, capacitados ou autorizados.
Desta forma, os profissionais devem realizar um curso especifico sobre a NR 10, no qual,
sendo que o curso básico deve conter:
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Neste curso deve conter:
• Carga mínima de 40 horas;
• Organização do Sistema Elétrico de Potência – SEP;
• Riscos típicos no SEP e sua prevenção;
• Organização do trabalho;
• Aspectos comportamentais;
• Condições impeditivas para serviços;
• Técnicas de análise de Risco no SEP;
• Procedimentos de trabalho, análise e discussão;
• Técnicas de trabalho sob tensão;
• Equipamentos e ferramentas de trabalho;
• Sistemas de proteção coletiva e equipamentos de proteção individual;
• Posturas e vestuários de trabalho;
• Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos;
• Sinalização e isolamento de áreas de trabalho;
• Liberação de instalação para serviço, operação e uso;
• Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados;
• Acidentes típicos, análise, discussão, medidas de proteção; 81
• Responsabilidades.
Resumo da NR 10
A NR 10 é um conjunto de normas técnicas e medidas de segurança, com o intuito de
estabelecer parâmetros mínimos a serem adotados sempre que for realizado uma atividade que
envolva energia elétrica, seja ela na geração, transmissão, distribuição ou consumo.
Devem ser adotadas medidas de controle com caráter preventivo em todas as instalações
elétricas, utilizando técnicas de análise de risco, com o intuito de garantir a segurança e saúde
dos trabalhadores.
Nas atividades em que exista o risco de choque elétrico, deve-se priorizar a adoção das
medidas de controle coletiva, sendo sua implementação de acordo com os procedimentos da
atividade.
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O primeiro passo a ser adotado é a desernegização de todo o sistema. Porém, nem
sempre é possível desligar totalmente, desta forma, devem ser utilizadas outras medidas que
garantam a execução segura da atividade, tais como o isolamento de partes vivas, adicionar
barreiras e obstáculos, sinalização, bloqueio, religamento automático e seccionamento.
Deve ser adotado o uso das proteções individuais nas situações aonde as medidas de
controle coletiva não seja o suficiente para eliminar totalmente o risco da atividade.
É proibido o uso de qualquer tipo de adorno, como anéis, correntes, pulseiras, entre
outros.
Sempre que for elaborado um projeto de instalações elétricas, deve-se reservar um
espaço seguro dentro do seu dimensionamento.
Todos os circuitos devem ser sinalizados e identificados separadamente, de acordo com
a sua utilização.
A instalação só deverá ser reenergizada após autorização, que deve seguir determinados
procedimentos de segurança, como:
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Todos os procedimentos registrados das atividades devem conter o objetivo, campo de
aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de
controle e orientações finais.
Todas as empresas devem manter um plano de ação de emergência, que contenha
métodos de resgate adequado para ocorrências em instalações ou serviços que envolvam
eletricidade.
Todo trabalhador que constatar riscos graves a sua segurança deve recusar a atividade,
comunicando seu superior imediatamente das causas e riscos, para que o mesmo possa elaborar
medidas cabíveis.
Deve-se manter disposto as fiscalizações, em caráter permanente, todas as
documentações que envolvam a implementação da NR 10.
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b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramentos elétricos;
O PIE deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente
designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas
84
instalações e serviços em eletricidade. É definido como um sistema organizado de informações
pertinentes às instalações elétricas e aos trabalhadores que organiza o conjunto de
procedimentos, ações, documentações e programas que toda empresa deverá possuir, a fim de
se obter as melhores condições operacionais e de segurança para o sistema elétrico operacional.
Para a criação e manutenção do PIE, podemos tomar como referência o check list a
seguir, onde podemos avaliar a real condição do prontuário:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
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