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Apostila de Treinamento em Manutenção Elétrica Industrial - Bunge Alimentos - ZR Engenharia

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Apostila de Treinamento em Manutenção

Elétrica Industrial (0,6 a 69 KV)

Rua das Hortências, 219 – Cassino – Rio Grande/RS – CNPJ 53.572.774/0001-53 – Plantão (53) 99123-7025
1 INTRODUÇÃO

Este treinamento, visa Apresentar de maneira simples e dedicada, os tipos de


instalação, equipamentos, manobras e procedimentos de segurança, adequados aos sistemas de
Média e Alta Tensão, utilizados nas unidades industriais.

2 CONCEITOS DE ALTA, MÉDIA E BAIXA TENSÃO

Podemos definir baixa, média e alta tensão de acordo o nível de tensão que a energia
elétrica se encontra. Além disso, cada nível de tensão tem um uso específico e está ligada à
capacidade de fornecer potência para o consumidor.
Ao tratar de corrente alternada, tem-se a seguinte classificação:

Baixa tensão (BT): tensão igual ou inferior a 1000V (Volts). Tensão presente nas linhas
de distribuição urbanas e algumas linhas de distribuição rurais. Responsável pelo abastecimento
de residências, comércios de pequeno porte e na maioria dos consumidores finais.

Média tensão (MT): tensão superior a 1000V e inferior a 69kV (ou 69000V). Tensão
2
presente em linhas de distribuição rurais e algumas linhas de distribuição urbanas, responsável
pelo abastecimento de indústrias e comércios de médio porte.

Alta tensão (AT): tensão igual ou superior a 69kV. Tensão presente nas linhas de
transmissão. É utilizada com o objetivo de transmitir uma elevada potência, através de grandes
trechos, com pequenas perdas e utilizando cabos com bitolas menores. Abastece também
grandes indústrias e grandes empreendimentos.

Como a Energia Elétrica chega aos consumidores?

Podemos pensar em um circuito, onde o ponto de partida é a usina de geração de


energia elétrica e o ponto de chegada é a sua industria, comércio ou residência. Durante esse
circuito ocorrem processos de geração, transmissão e distribuição, os quais são responsáveis pelo
transporte da energia elétrica de maneira segura, com a menor perda possível e entregando o
nível de tensão correta para cada empreendimento/localidade.
A energia elétrica é gerada, usualmente, na faixa de tensão de 6 kV a 25 kV (média
tensão), mas devido ao longo trajeto que essa energia deve percorrer, com o intuito de reduzir as
perdas nos cabos e utilizar cabos de seções menores, ela passa por uma subestação elevadora
logo após a sua geração, ficando com tensão entre 138 kV e 765 kV.

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Nessa faixa de tensão, também conhecida como alta tensão, a energia elétrica está apta
a ser transmitida por longas distâncias e com perdas reduzidas, através das redes de transmissão.
Em locais afastados, podemos ver essas linhas de transmissão (aquelas torres de
alta tensão com cabos mais grossos).
Ao entrar em centros urbanos ou em empreendimentos que necessitam ser
atendidos em alta tensão (grande demanda de potência), a energia elétrica é submetida a um
transformador de potência, que transforma essa energia elétrica de alta tensão para média tensão
novamente. Assim, é possível fornecer energia elétrica suficiente para alimentar grandes
indústrias, fábricas, grandes empreendimentos e também ser transportada pelas linhas de
distribuição.
Em centros urbanos e localidades rurais, a energia elétrica em média tensão segue
pelas linhas de distribuição até os consumidores que necessitam de potências não tão elevadas.
Esses consumidores correspondem a indústrias de médio porte, empresas, hospitais, entre outros.
Nesses locais, há uma subestação própria, que atende a demanda do empreendimento. Essa
subestação possui transformadores que reduzem o nível de tensão para baixa tensão, a fim de
atender aos equipamentos do local.

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3 SUBESTAÇÕES: TIPOS, EQUIPAMENTOS E PROTEÇÃO

Definição Básica de uma Subestação

Uma subestação (SE) é um conjunto de equipamentos de manobra e/ou transformação


e ainda eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir o fluxo de energia em
sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de rotas alternativas, possuindo
dispositivos de proteção capazes de detectar os diferentes tipo de faltas que ocorrem no sistema
e de isolar os trechos onde estas faltas ocorrem.

Classificação das SE’s

As subestações podem ser classificadas quanto à sua função e a sua instalação.

Função no sistema elétrico:

Subestação Transformadora: É aquela que converte a tensão de suprimento para um


nível diferente, maior ou menor, sendo designada, respectivamente, SE Transformadora
4
Elevadora e SE Transformadora Abaixadora.
Geralmente, uma subestação transformadora próxima aos centros de geração é uma SE
elevadora. Subestações no final de um sistema de transmissão, próximas aos centros de carga,
ou de suprimento a uma indústria é uma SE transformadora abaixadora.

Subestação Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento: É aquela que


interliga circuitos de suprimento sob o mesmo nível de tensão, possibilitando a sua multiplicação.
É também adotada para possibilitar oseccionamento de circuitos, permitindo sua energização em
trechos sucessivos de menor comprimento.

Modo de instalação dos equipamentos em relação ao meio ambiente:

Subestação Externa ou Ao Tempo: É aquela em que os equipamentos são


instalados ao tempo e sujeitos portanto às condições atmosféricas desfavoráveis de temperatura,
chuva, poluição, vento, etc., as quais desgastam os materiais componentes, exigindo portanto
manutenção mais freqüente e reduzem a eficácia do isolamento.

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Subestação Interna ou Abrigada: É aquela em que os equipamentos são
instalados ao abrigo do tempo, podendo tal abrigo consistir de uma edificação e de uma câmara
subterrânea.
Subestações abrigadas podem consistir de cubículos metálicos, além de subestações
isoladas a gás, tal como o hexafluoreto de enxofre (SF6).

4 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAÇÃO E SUAS FUNÇÕES

Equipamentos de Transformação

• Transformador de força
• Transformadores de instrumentos (transformadores de corrente e
transformadores de potencial capacitivos ou indutivos)

Sem os transformadores de força seria praticamente impossível o aproveitamento


econômico da energia elétrica, pois a partir deles foi possível a transmissão em tensões cada vez
mais altas, possibilitando grandes economias nas linhas de transmissão em trechos cada vez mais
5
longos.
Já os transformadores de instrumentos (TC’s e TP’s) têm a finalidade de reduzir a
corrente ou a tensão respectivamente a níveis compatíveis com os valores de suprimento de relés
e medidores.

Equipamentos de Manobra

• Disjuntores
• Chaves seccionadoras

Os disjuntores são os mais eficientes e mais complexos aparelhos de manobra em uso


de redes elétricas, destinados à operação em carga, podendo sua operação ser manual ou
automática.
As chaves seccionadoras são dispositivos destinados a isolar equipamentos ou zonas de
barramento, ou ainda, trechos de linhas de transmissão. Somente podem ser operadas sem carga,
muito embora possam ser operadas sob tensão.

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Equipamentos para Compensação de Reativos

• Reator derivação ou série


• Capacitor derivação ou série
• Compensador síncrono
• Compensador estático

Desses equipamentos o que é utilizados com mais freqüência nas SE’sreceptoras de


pequeno e médio porte é o capacitor derivação. Assim, a abordagem se concentrará neste
equipamento que tem porfinalidade básica corrigir o fator de potência do sistema elétrico.

Equipamentos de Proteção

• Pára-Raios
• Relés
• Fusíveis

O pára-raios é um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os valores dos surtos 6
de tensão transitantes que, de outra forma, poderiam causar severos danos aos equipamentos
elétricos.
Eles protegem o sistema contra descargas de origem atmosféricas e contra surtos de
manobra.
Os relés têm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo através da
atuação sobre disjuntores, o isolamento dos trechos de localização das faltas.
O fusível se destina a proteger o circuito contra curtos, sendo também um limitador da
corrente de curto. Muito utilizado na indústria para a proteção de motores.

Equipamentos de Medição

Constituem os instrumentos destinados a medir grandezas tais comocorrente, tensão,


freqüência, potência ativa e reativa, etc.

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5 RISCOS E CUIDADOS EM UMA SUBESTAÇÃO

Por se tratar de uma área energizada, com altos níveis de tensão, as subestações podem
apresentar riscos maiores, devido ao estado dos seus equipamentos de manobra e proteção,
assim como pela sua conservação e limpeza.
Uma subestação elétrica abrigada, como as presentes na grande parte das instalações
industriais, independente do nível de tensão, mantém em sua instalação diversos painéis,
equipamentos e dispositivos elétricos, com a finalidade de proteger, monitorar, seccionar ou
distribuir a energia elétrica através de circuitos elétricos na instalação.
A simples existência destes painéis, equipamentos e dispositivos elétricos energizados
instalados na subestação é suficiente para criação de campos elétricos e magnéticos, que em
alguns casos é inclusive responsável pelo funcionamento dos equipamentos (como o fluxo
magnético inerente à magnetização de um núcleo de transformador). Estes campos dos
equipamentos inclusive se influenciam mutuamente, razão pela qual a adoção de medidas de
proteção para promover a compatibilidade eletromagnética entre eles se fazem necessárias.
È de nosso conhecimento que em qualquer condutor energizado (através do qual flui uma
corrente elétrica alternada) é formado um campo magnético em seu entorno.
Neste ínterim, mesmo uma simples inspeção visual ou visita técnica na subestação
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representa por si só risco para o observador ao entrar na sala elétrica, pois, há perigos inerentes
à própria instalação existente, mesmo que a própria ação não compreenda riscos adicionais por
não ser prevista a intervenção nas instalações elétricas.
Um exemplo deste perigo da instalação é a existência de um barramento energizado não
blindado que alimente eletricamente um transformador de potência; este condutor ioniza o ar,
alterando as propriedades dielétricas do mesmo ao seu derredor, favorecendo a ocorrência de
arcos elétricos. Essa é inclusive uma das razões pelas quais é proibido acessar salas elétricas
portando quaisquer adornos metálicos, que funcionam como uma extensão – condutora – do seu
corpo (como chaves, correntes, brincos, argolas, relógios, adereços metálicos nos cabelos, anéis,
pulseiras). Usar botas isolantes ao adentrar salas elétricas é essencial.
Cuidados comportamentais adicionais ao adentrar uma subestação são igualmente
necessários, como evitar apontar para instalações e equipamentos; isso porque num condutor, as
cargas tendem a se espalhar uniformemente pela superfície, e em especial em regiões
pontiagudas, a densidade superficial das cargas elétricas é maior do que em regiões planas ou
arredondadas, o que é conhecido como PODER DAS PONTAS, e é o princípio básico da
operação dos para-raios. Outro cuidado importante é não tocar na carcaça metálica dos
equipamentos, mesmo julgando-os aterrados.

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Como já citado, existe o risco real de formação de arco no ar, principalmente uma vez
que suas propriedades dielétricas estejam comprometidas, como em dias mais úmidos. As
ocorrências de pequenos arcos no interior dos equipamentos são previstas na sua operação
normal, sobretudo nas partes onde ocorrem seccionamento de contatos elétricos, como câmaras
de extinção de arco de disjuntores de média tensão; nestas seções do equipamento, geralmente
imersas em meio isolante, como SF6, vácuo, óleo isolante ou até mesmo o ar, ocorrem as
chamadas DESCARGAS PARCIAIS, pois quando é aplicada uma tensão aos terminais de uma
carga isolada, irão ocorrer “descargas” na abertura do disjuntor em carga ou em curto-circuito.
Até mesmo quando tratamos de condutores elétricos é necessário ter cautela, como os
cabos elétricos com isolação em EPR/HEPR/PVC/XLPE; é sabido que a disposição física dos
condutores altera o fluxo magnético das linhas de campo inerentes ao condutor (em caso de
dobras em cabos, enrolamentos de cabos), assim como as interações eletromagnéticas entre eles
(no caso de não estarem dispostos em trifólio, ou com espaçamento regular). Além disso,
descontinuidades ou falhas na isolação dos cabos podem representar perigo adicional se houver
contato inadvertido com partes elétricas energizadas.
Ainda em se tratando de cabos, devido à influência de fatores ambientais como umidade
e contato com produtos químicos, ocorre nestes o fenômeno chamado ARBORESCÊNCIA
ELÉTRICA que compreende a degradação das propriedades isolantes dos condutores.
8
Mesmo para os casos em que estejam implementadas na prática as condições de
equipotencialização e aterramento de massas metálicas, pelo fato de não haver como assegurar,
numa visita técnica local, a continuidade e integridade destas conexões, não há garantia absoluta
que ao tocar estas massas não há o risco do choque elétrico. Por isso a premissa de segurança
da ENERGIA ZERO, sempre será IMPRESCINDÍVEL e válida.
Além de todos esses perigos, embora menos frequente, tem-se o de choque elétrico por
tensão de passo, que compreende a passagem de corrente pelo corpo devido à diferença de
potencial elétrico formada entre os dois pés do indivíduo, quando no solo há a formação curvas
equipotenciais de níveis diferentes, por descargas elétricas absorvidas pela malha de aterramento
da subestação devido a descargas atmosféricas ou curto-circuitos no sistema elétrico.
O conhecimento dos raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre, previstos
na NR-10 é imprescindível, mesmo que na subestação não haja a informação visual destes limites
no piso. É importante manter sempre uma distância segura dos equipamentos, transitando pela
área livre (na prática, a partir de 1,4 m da fonte de risco, para níveis de tensão até 15 kV, é uma
distância segura).
Por fim, mesmo em casos de acesso à subestação com a finalidade de realizar uma
inspeção visual ou visita técnica, é necessário adotar uma postura prevencionista, cujas ações em
resumo são:

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• Retirar adornos metálicos;
• Não tocar em ou encostar em superfícies metálicas de painéis e equipamentos e
carcaças metálicas não destinadas à condução de corrente;
• Usar botas de couro sem biqueira de aço;
• Não usar celular no interior da subestação;
• Respeitar as delimitações de zonas de risco, controlada e livre;
• Uso dos EPIs conforme recomendações de segurança.

Segurança é um compromisso de todos. Não adentre locais restritos sem autorização ou


com desconhecimento dos perigos da instalação. Informe-se com o Setor de Segurança e Saúde,
que está à disposição para assessorar a força de trabalho nestas questões e NA DÚVIDA,
ABSTENHA-SE.

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

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Equipamentos de Proteção

Para a realização das manobras em subestações, desde que as mesmas sejam locais, é
necessário que o profissional, além de ter o conhecimento das instalações, procedimentos de
manobras e diagrama unifilar de distribuição, em mãos, esteja utilizando os EPI´S adequados,
assim como tenha sua disposição os EPC´S necessários a realização segura destas manobras.
O risco de arco elétrico do ar, é mais provavel em subestações que não sejam equipadas
com cubículos de manobra blindados, pois estes matém o ar interno seco, e portanto com uma
rigidez dielétrica, maioir, mas assim mesmo é possível que acidentes aconteçam.

Para a realização de manobras elétricas, são impresindíveis os seguintes EPI´S:

• Vestimenta NR-10, Risco 4, com ATVP aferido de 43 cal/cm², completa com


balaclava e capuz com capacete e viseira;
• Luvas e mangas isolantes de borracha, aferidas para a classe de tensão
adequada as instalações, sendo as luvas de borracha, protegidas
mecânicamente, por luvas de cobertura em raspa de couro;
• Sapato isolante, sem biqueira de aço ou cadarços.

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A subestação que será manobrada, deverá estar equipada com os seguintes EPC´S:

• Tapete de borracha, adequado a classe de tensão da mesma;


• Medidor de tensão sem contato;
• Bastão para medição de tensão;
• Conjunto de aterramento temporário;
• Bastão universal para manobras;
• Bastão de resgate.

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OBS: Sempre em uma manobra de subestação, o eletricista deve estar acompanhado de
uma pessoa habilitada a utilizar o bastão de resgate, caso necessário, e esta deve estar com os
EPI´S adequados, da mesma forma que o executante.

6 EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAÇÃO


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Para que possamos entender a forma funcional de uma subestação, assim como nos
possibilitar a realização de ensaios e testes, que garantam a integridade funcional dos
equipamentos que equipam uma subestação, estaremos explanando de forma simplificada, os
principios de funcionamento, acessórios e testes básicos de cada um deles.

6.1 TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA:

São máquinas elétricas “estacionárias” que servem para transformar valores de tensões
e correntes elétricas, podendo elevar ou abaixar essas grandezas, servindo também como isolador
de circuitos elétricos.
O uso dos transformadores é bastante disseminado na distribuição de energia CA. Pois
com essa máquina podemos transportar um valor considerado de potência a uma distância
bastante considerada.
O transformador funciona baseado no princípio de indução mútua, onde no mínimo duas
bobinas estão dispostas de modo que uma delas fica submetida ao campo magnético criado pela
a outra. Este é constituído basicamente de um núcleo de ferro laminado onde são enroladas duas
bobinas, uma chamada de bobina indutora ou primária e a outra de bobina induzida ou secundária.

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A bobina indutora faz parte do circuito primário, que é aquele energizado pela fonte CA e
a bobina induzida ao circuito secundário, de onde retira-se a tensão que foi induzida, no qual
geralmente fica ligada a uma carga.
O acoplamento (ligação magnética) entre as duas bobinas ocorre pela geração de um
fluxo magnético variável no núcleo (material de ferro laminado) do transformador produzido pela
bobina primária a qual foi aplicada uma tensão CA. Esse fluxo corta a bobina secundária induzindo
nessa uma tensão elétrica.
A potência que é consumida pelo transformador é igual a oferecida pelo mesmo a uma
carga. Assim desconsiderando as perdas (efeito joule e outras) a potência aparente no primário
(S1) do transformador é igual a potência aparente em seu secundário (S2).

– TIPOS DE TRANSFORMADORES:

Elevador – é aquele no qual a tensão do secundário é maior do que a do primário.

Abaixador - é aquele no qual a tensão do secundário é menor do que a do primário.

Isolador - é aquele no qual geralmente a tensão do secundário é igual a do primário.


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Utilizado para isolação elétrica entre circuitos.

Auto-transformador - é aquele que possui apenas um enrolamento, podendo apresentar


várias derivações de saída.

– COMPONENTES DE PROTEÇÃO E MANOBRA:

Os transformadores devem ser protegidos contra sobrecargas, curto-circuito, surtos de


tensão, vazamentos etc. Normalmente usam-se chaves fusíveis, disjuntores, secionadoras, pára-
raios etc. todos esses componentes deverão ser adequadamente dimensionados para serem
coordenados com o transformador e testados antes de fazer as conexões.
Devem ser instalados tão próximos quanto possível dos transformadores. Os elos
utilizados nas chaves-fusíveis devem estar de acordo com a demanda e potência do
transformador. O aterramento dos pára-raios deve ser feito com cabos independentes do
aterramento do neutro do transformador.

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Acessórios e Componentes de um transformador de potencia:

– Termômetro do óleo (ITO): O termômetro é utilizado para indicação da temperatura


do óleo. Existindo dois tipos, Termômetro com haste rígida (figura 3a), usado com mais freqüência
nos transformadores de média tensão; e o Termômetro com capilar (figuras 3b, 3c), utilizado em
transformadores de alta tensão.

O termômetro possui na extremidade um bulbo que é colocado no ponto mais quente do


óleo, logo abaixo da tampa.
O termômetro (figura 3a) possui, além do ponteiro de indicação de temperatura
instantânea, dois ou três ponteiros controláveis externamente para ligação do sistema de proteção
e ventilação forçada (Vf, alarme e desligamento) e um ponteiro de arraste para indicação de
temperatura máxima do período. a seguir apresentamos a temperatura de regulagem
recomendada para os ponteiros de ligação.

Ponteiro indicador de temperatura máxima do período: após a inspeção periódica do 13


termômetro, voltar o ponteiro indicador até encostá-lo no ponteiro principal, através do controle
externo.

Fixação e advertências:
O termômetro deve ser fixado de maneira a evitar vazamentos.
O capilar não pode ser dobrado demasiadamente e nem esticado com força.
O mostrador é hermeticamente fechado, e, portanto, sua tampa não pode ser retirada.

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– Termômetro de imagem térmica (ITE): A imagem térmica é a técnica comumente
utilizada para se medir a temperatura no enrolamento do transformador.
Ela é denominada imagem térmica por reproduzir indiretamente a temperatura do
enrolamento, sendo que a temperatura do enrolamento, que é a parte mais quente do
transformador, nada mais é do que a temperatura do óleo acrescida da sobre-elevação da
temperatura do enrolamento (t) em relação ao óleo.
O sistema é composto de uma resistência de aquecimento e um sensor de temperatura
simples ou duplo, ambos encapsulados e montados em um poço protetor, e imersos em uma
câmara de óleo.
O conjunto é instalado na tampa do transformador, equalizando-se a temperatura do topo
do óleo, indicando assim a temperatura no ponto mais quente do enrolamento e, dependendo dos
ajustes pré-definidos, aciona contatos para controle de dispositivos e para comando de alarme
e/ou desligamento do transformador.
A resistência de aquecimento é alimentada por um transformador de corrente associado
ao enrolamento secundário do transformador principal.

Abaixo seguem alguns modelos mais utilizados. (figuras 4a, 4b).

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– Controladores microprocessados de temperatura: Os controladores eletrônicos de


temperatura foram desenvolvidos para substituir, com vantagens da tecnologia microprocessada,
os termômetros de óleo e enrolamento tradicionais, utilizados em transformadores e reatores de
potência.
Este equipamento recebe o valor da resistência de um sensor, geralmente Pt100 (figura
5a), e o transforma, através de um transdutor incorporado em temperatura equivalente, a qual é
vista no monitor de temperatura (figura 5b), com painel frontal digital.

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Desempenham diversas funções de controle e acionamento de contatos, sendo que
através do teclado frontal podemos configurar os parâmetros de sua atuação e ler os valores
medidos e setados.

Os modelos de monitores de temperatura, geralmente utilizados, estão descritos abaixo:

TM1: (figura 5b), controlador, normalmente chamado de monitor de temperatura; possui


entrada para sensor de temperatura. Normalmente este sensor é um Pt100 (figura 5a), mas pode
ser feito em Cu10. Também possui entrada para um sinal de TC, utilizado para compensação da
temperatura do enrolamento, ou seja, entre outras funções, fornece a temperatura do óleo e do
enrolamento;
TM2: (figura 5c), serve para indicar apenas a temperatura de dois enrolamentos e não
possui entrada para sensor da temperatura do óleo. Portanto, deve ser usado em conjunto com o
TM1;
PT100: (figura 5a), é construído com sensor de platina que permite a leitura da
temperatura de – 25°C até 850°C. Quando há variação de temperatura, sua resistência ôhmica
muda (gráfico 1), permitindo desta forma a conversão desta resistência em temperatura através
do transdutor de temperatura.
15
Devem-se observar periodicamente os contatos e condições físicas do bulbo e fiação do
PT100.

Os controladores microprocessados são necessários quando existe a necessidade de


indicação digital de temperatura no transformador, podendo ainda possuir saídas analógicas para
transdutores ou indicadores instalados remotamente, e ainda protocolo de comunicação RS 485
(modelo padrão, DNP 3.0 opcional).

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– Dispositivo de alívio de pressão: Os dispositivos de alívio de pressão (figuras 6a e
6b) são instalados em transformadores imersos em líquido isolante com a finalidade de protegê-
los contra possíveis deformações ou ruptura do tanque, em casos de defeito interno, com
aparecimento de pressão elevada.
O princípio de funcionamento baseia-se em uma válvula com mola, provida de um sistema
de amplificação instantânea da força de atuação. fecha-se automaticamente após a operação,
impedindo, assim, a entrada de qualquer agente externo no interior do transformador. Não
necessita ser isolada do tanque quando este é submetido a vácuo.

16

– Relé de pressão súbita: O relé de pressão súbita (figura 7) é um acessório de proteção


que visa detectar variações rápidas de pressão no centro do tanque.
Normalmente é montado em uma das paredes laterais do tanque do transformador, no
espaço entre o nível máximo do líquido isolante e a tampa. Entretanto, é aceitável também a
montagem horizontal, sobre a tampa do transformador. É projetado para atuar quando ocorrem
defeitos no transformador que produzem pressão interna anormal, sendo sua operação
ocasionada somente pelas mudanças rápidas da pressão interna, independentemente da pressão
de operação do transformador.
Quando o transformador é transportado cheio de líquido isolante ou é enchido no campo
sob vácuo, é importante tomar as providências para evitar a entrada de líquido isolante no orifício
equalizador de pressão ou no interior do relé. Normalmente o flange ao qual se aplica o relé é
fornecido com tampa para vedação, sendo esse acessório fornecido em separado, devendo ser
montado depois de concluída a instalação do transformador e seu enchimento com líquido
isolante.

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Para gradientes de pressão superiores a 0,2 atm/s a válvula opera instantaneamente,
mas não opera devido a mudanças lentas de pressão próprias do funcionamento normal do
transformador, nem em casos de perturbações do sistema (raios, sobre-tensão de manobra ou
curto-circuito), a menos que estas produzam danos que gerem variação súbita da pressão interna.

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– Conservador de óleo: O conservador de óleo (figura 8) é um acessório destinado a
compensar as variações de volume de óleo decorrentes das oscilações de temperatura e da
pressão.

Tem a forma cilíndrica, com o seu eixo disposto na horizontal e instalado a uma altura
suficiente que possa assegurar o nível mínimo de óleo necessário para as partes que têm de ficar
imersas. sua construção é em chapa de aço e possui resistência mecânica para vácuo pleno. É
fixado através de suporte em perfis de aço estrutural.

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Possui tubos flangeados para as conexões das tubulações do secador de ar e do relé de
gás, para as conexões do indicador de nível de óleo e válvulas para enchimento e drenagem de
óleo.
O conservador é geralmente embalado separado do tanque principal e sem óleo. todas
as suas tubulações são fechadas com flanges.

– Conservador com bolsa de borracha: A bolsa de borracha utilizada nos


conservadores de óleo dos transformadores é um acessório opcional. Tem como objetivo evitar o
contato do líquido isolante com a atmosfera, preservando-o da umidade e oxidação. A ligação da
bolsa com a atmosfera é feita através do secador de ar com sílica-gel, que mantém o ar seco em
seu interior, permitindo que a bolsa se encha e esvazie com as variações de volume do líquido
isolante.
O ar existente entre a bolsa de borracha e suas adjacências, deverá ser eliminado no
local da instalação, durante o enchimento de óleo. o óleo devidamente preparado é introduzido no
tanque até a bolsa de borracha ficar vazia.
Exceto quando houver determinação especial, a temperatura deverá estar entre 5 e 35oC,
e a umidade relativa do ar entre 45 e 85%, durante os ensaios. além disso, deverá ser evitada
corrente de ar para que não haja variação de temperatura e umidade relativa, prejudicando assim
18
os resultados.
Deverá resistir ao ensaio de estanqueidade com colocação de ar seco a pressão de
0,1kgf/cm2. Não deverá apresentar nenhum vazamento durante o ensaio.

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– Secador de ar (Desumidificador de ar): Para manter elevados índices dielétricos do
líquido isolante dos transformadores, estes são equipados com secadores de ar (figura 10), os
quais, devido a capacidade de absorção de umidade, secam o ar aspirado que flui para a parte
interna do transformador.
O secador de ar é composto de um recipiente metálico, no qual está contido o agente
secador (vide item 4.1.8), e uma câmara para óleo, colocada após o recipiente (que contém o
agente) isolando-o da atmosfera. Durante o funcionamento normal do transformador, o óleo
aquece e dilata, expulsando o ar do conservador através do secador.
Havendo diminuição da carga do transformador ou da temperatura ambiente, também
haverá baixa da temperatura do óleo, acompanhada da respectiva redução do volume. forma- se,
então, uma depressão de ar no conservador e o ar ambiente é aspirado através da câmara e do
agente secador, o qual absorve a umidade contida no ar, que entrará em contato com o óleo.

Para a instalação do secador de ar, proceder conforme segue:


• Retirar o tampão localizado na ponta do tubo apropriado, localizado no
conservador de óleo (não é necessário retirar o óleo do tanque);
• Retirar a tampa superior do secador de ar e introduzir a sílica-gel no seu interior;
• Recolocar a tampa do secador de ar;
19
• Fixar o secador de ar no tubo com o visor voltado para a posição de inspeção;
• Após fixá-lo, retirar a parte inferior de vidro do secador de ar e colocar o mesmo
óleo do transformador até a indicação em vermelho;
• Recolocar, cuidadosamente, a parte de vidro do secador de ar;
• Certificar-se da perfeita fixação do mesmo, de modo a evitar penetração de
umidade no transformador.

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– Sílica-gel: O agente secador, denominado sílica-gel, é vítreo e duro, quimicamente
quase neutro e altamente higroscópico.
É um silício (95% sio2), impregnado com um indicador (5%), podendo ser laranja, azul
ou branco, quando em estado ativo.
Devido a absorção de água, sua cor altera-se, devendo, então, ser substituído, mas pode
ter a sua vida prolongada, por processo de secagem, que pode ser aplicado algumas vezes,
podendo ser reutilizado.
A higroscopicidade da sílica-gel pode ser restabelecida pelo aquecimento em estufa na
temperatura de 80° a 100ºC, evaporando desta maneira, a água absorvida. A fim de acelerar o
processo de secagem, convém mexê-la constantemente, até a recuperação total de sua cor
característica.
Seu contato com óleo, ou com os menores vestígios do mesmo, deve ser evitado a todo
custo para que não perca sua cor inicial, tingindo-se de marrom ou preto, tornando-se inutilizável.

Comparativo de sílica-gel cor laranja:

20

– Relé de gás (tipo Buchholz): O relé de gás tipo buchholz (figura 12) tem por finalidade
proteger aparelhos elétricos que trabalham imersos em líquido isolante (geralmente
transformadores). Enquanto sobrecargas e sobrecorrentes são fenômenos controláveis por meio
de relés de máxima intensidade de corrente, defeitos tais como perda de óleo, descargas internas,
isolação defeituosa dos enrolamentos, do ferro ou mesmo contra a terra, ocorridos em
transformadores equipados apenas com relé de máxima, podem causar avarias de grandes
proporções caso o defeito permaneça desapercebido do operador durante algum tempo.
O relé buchholz é instalado em transformadores justamente para, em tempo hábil, indicar
por meio de alarme ou através do desligamento do transformador, defeitos como os acima citados
e, deste modo, possibilitar sua recuperação.
O relé normalmente é instalado entre o tanque principal e o tanque de expansão do óleo
do transformador (conservador). antes da energização do transformador, devem-se proceder as
seguintes verificações:

• Verificar a correta montagem do relé, em relação ao fluxo do óleo, o qual deverá estar
com a seta direcionada ao tanque de expansão.
• Verificar possíveis vazamentos decorrentes da montagem do relé no transformador.

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• Purgar o ar (sangria) do relé através da válvula localizada na tampa.
• Retirar a tampa do dispositivo de teste e travamento de bóias do relé, pino trava,
retirar o inserto e recolocar a tampa.

A carcaça do relé é de ferro fundido, possuindo duas aberturas flangeadas e ainda dois
visores providos de uma escala graduada indicativa do volume de gás. Internamente encontram-
se duas bóias montadas uma sobre a outra. Quando do acúmulo de uma certa quantidade de gás
no relé, a bóia superior é forçada a descer. se, por sua vez, uma produção excessiva de gás
provoca uma circulação de óleo no relé, é a bóia inferior que reage, antes mesmo que os gases
formados atinjam o relé. Em ambos os casos, ao sofrerem o deslocamento, as bóias acionam um
contato elétrico. Caso o alarme atue sem que o transformador seja desligado, deve-se desligá-lo
imediatamente e, em seguida, fazer o teste do gás contido no interior do relé.

Neste caso, a origem do defeito pode ser avaliada de acordo com o resultado do teste do
gás, ou seja:
Gás combustível (presença de acetileno): neste caso, provavelmente, há um defeito a
ser reparado na parte elétrica;
Gás incombustível (sem acetileno): neste caso temos o ar puro. o transformador
21
poderá ser ligado novamente, sem perigo, após a desaeração (sangria) do relé.

– Indicador de nível de óleo: Os indicadores magnéticos de nível têm por finalidade


indicar com precisão o nível do líquido isolante e, ainda, quando providos de contatos para alarme
ou desligamento, servirem como dispositivos de proteção do transformador.
Os indicadores magnéticos de nível (figuras 13a e 13b) possuem carcaça em alumínio
fundido, sendo que a indicação de nível é feita por ponteiro acoplado a um ímã permanente, de
grande sensibilidade, o que o torna bastante preciso.
O mostrador dos indicadores magnéticos de nível possui três indicações, conforme a
seguir:

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MIN, que corresponde ao nível mínimo;
25ºC, que corresponde à temperatura ambiente de referência (25ºC);
Max, que corresponde ao nível máximo.

22
6.1.1 MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES COM ÓLEO ISOLANTE:

Para uma correta manutenção, os aspectos preventivos devem ser observados de forma
constante, desde a qualidade do líquido isolante, conservação física do equipamento, e ensaios e
testes funcionais periódicos. Um dos principais aspectos a serem observados, está ligado a
qualidade do fluido isolante do equipamento.

– Óleo mineral isolante: Um dos primeiros e mais utilizados isolantes líquidos é o óleo
mineral obtido da destilação do petróleo.
Três tipos de óleos são comumente utilizados: naftênico, parafínico e o aromático.
O óleo naftênico, derivado do petróleo naftênico, reúne as melhores propriedades como
líquido isolante, devendo ser preferida sua utilização, mas devido à escassez do petróleo
naftênico, (3 a 4% das reservas mundiais), foram desenvolvidos aditivos de forma a melhorar as
características dos óleos parafínicos, principalmente no que se refere à fluidez, para poderem ser
utilizados em regiões de inverno rigoroso (não congelarem).

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– Características dos óleos minerais isolantes:

Cor – A cor do óleo isolante é determinada pela comparação da luz emitida com cores
padrões estabelecidos e numerados. Um óleo novo tem cor amarelo-pálido transparente. Uma
alteração rápida da cor é uma indicação de deterioração, contaminação ou de ambas.

Ponto de Fulgor – É a menor temperatura a que o óleo precisa ser aquecido para que
vapores liberados, ao misturar-se com o ar, resultem inflamáveis ao contato com a chama.

Ponto de Fluidez – É a temperatura mais baixa a qual, sob condições estabelecidas, o


óleo isolante escoa. O ponto de fluidez não é muito significativo como indicativo de contaminação
ou deterioração do óleo, mas é útil na identificação do tipo do óleo.

Densidade – A densidade do óleo isolante não é significativa como fator determinante da


qualidade; no entanto, poderá ser útil em determinadas situações para usos específicos. Em
regimes com invernos sumamente rigorosos, com temperaturas abaixo de zero grau. A densidade
dos óleos isolantes a 1,5 °C oscila em torno de 0,9.

Viscosidade – É a resistência que oferece ao escoamento contínuo sem turbulência,


23
inércias ou outras forças. A viscosidade é normalmente medida pelo tempo que uma determinada
quantidade leva para ser escoada através de um orifício com dimensões determinadas. A
viscosidade não tem valor significativo na determinação das condições de contaminação do óleo;
entretanto, tem importância significativa na determinação do tipo de óleo.

Tensão Interfacial – A tensão interfacial mede a força e atração entre as moléculas de


óleo e água na superfície de contato. Essa força se expressa, normalmente em dinas/cm. A tensão
interfacial é um ótimo detector da existência de contaminantes dissolvidos no óleo. Uma
diminuição acentuada é um indicativo de contaminação ou deterioração do óleo.

Rigidez Dielétrica – É a propriedade de um dielétrico de se opor a uma descarga


disruptiva; é medida pelo gradiente de potencial sob o qual se produz essa descarga. O teste de
rigidez dielétrica revela a presença no óleo de agentes contaminantes tais como a água, sujeira e
partículas condutoras.

Existem dois métodos para testar a rigidez dielétrica:


• O de discos (NBR– 6869 e ASTM – D877);
• O de esferas (ASTM – D1816).

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O método de esferas é preferido, em virtude de sua maior sensibilidade para teste de
óleos novos e de boa qualidade. O método de discos é mais adequado para testes de óleo usado
e de qualidade inferior. Uma rigidez dielétrica alta indica alta capacidade do óleo de resistir a
esforços elétricos sem falhar.

Fator de Potência – O fator de potência é definido como o quociente entre as perdas


consumidas em watts e os volt-ampéres, quando testados com tensão senoidal em condições
determinadas. Incrementos elevados do fator de potência indicam contaminação ou deterioração
por água, oxidações, partículas em suspensão, etc. Uma vez que as perdas aumentam com a
temperatura, os testes de fator de potência devem ser referenciados a uma mesma temperatura.
(20°C).

Índice de Acidez – A ASTN D-974 define o índice de acidez como a quantidade de base,
expressa em miligramas de hidróxido de potássio, necessária para neutralizar os constituintes
ácidos contidos em uma amostra de óleo mineral. A formação de acidez inicia-se logo após o óleo
ser colocado no tanque do transformador. O efeito de agitação, produzido pela vibração
eletromagnética, pancadas, e, especialmente o calor, acelera a deterioração em função do tempo.
As diminutas partículas de água colaboram para a oxidação e formação de ácidos. Essa reação é
24
catalisada pelo cobre dos enrolamentos.

6.1.1.1 Influência da umidade nas características do óleo:

As propriedades elétricas dos isolantes diminuem com o passar do tempo. O fator


principal, nos transformadores antigos, é a umidade que o óleo absorve do ar ambiente, devido às
contrações e dilatações originadas por variações da carga ou da temperatura externa.

Nota: Outra fonte de água procede de reações químicas da celulose dos enrolamentos.
Uma isolação com 80% de envelhecimento pode ter produzido uma quantidade de água
equivalente a 2% do peso dos isolantes sólidos.

A água livre pode ser retirada facilmente por filtragem através de papéis absorventes. A
água dissolvida apenas pode ser detectada por testes elétricos e análises químicas e só pode ser
extraída por aquecimento e vácuo.

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6.1.1.2 Influência dos gases dissolvidos no óleo:

O óleo tem a propriedade de dissolver os gases com os quais mantém contato direto. A
solubilidade é inversamente proporcional à viscosidade.

Normalmente o óleo de transformador pode dissolver a 25°C, os seguintes gases,


podendo atingir as proporções indicadas:
• Nitrogênio (9%),
• oxigênio (14,5%),
• dióxido de carbono (99%),
• Hidrogênio (7%),
• metano (30%).

– Recondicionamento físico do óleo: Entende-se por recondicionamento do óleo a


retirada de contaminantes por meios mecânicos, não incluindo a recuperação por meios químicos.
Três sistemas são principalmente utilizados:

Filtros prensa: Onde o óleo é forçado a circular através de materiais porosos,


25
principalmente o papelão, com capacidade de absorção de água e retenção de partículas sólidas
não coloidais, tais como o carvão e a borra.

Centrifugadoras: A centrifugação consiste na separação de partículas sólidas e líquidas


em emulsão, aproveitando o efeito da força centrífuga. Esse sistema consegue separar mais
rapidamente que o filtro as partículas mais grossas, porém sem a eficiência do filtro; também não
consegue retirar a água dissolvida.
Existe também o filtro centrífugo que utiliza um estágio onde o óleo é aquecido, chamado
de Filtro centrífugo Hot Oil.

Câmaras de vácuo: Conhecido como desidratador a vácuo, e este sistema consegue


retirar, de forma eficiente, o ar e os gases ácidos mais voláteis e a água dissolvida no óleo a níveis
muito baixos.
Quando associa-se a este sistema, um conjunto de aquecimento para o óleo em
tratamento, passamos a ter o chamado tratamento com Termo-Vácuo, pois associa a câmara de
vácuo e o aquecimento para eliminar a umidade.

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Filtro Desidratador Termo-vácuo

6.1.1.3 Análise de Óleos:

Os óleos isolantes devem ter suas propriedades constantemente avaliadas. As análises


realizadas são fundamentais para prolongar a vida útil do equipamento elétrico, evitando com isso
a interrupção do fornecimento de energia.
26
Por meio de análises físico-químicas controla-se a qualidade do óleo e por métodos
cromatográficos pode-se detectar a existência de falha nos equipamentos.

O óleo mineral isolante em serviço está continuamente deteriorando-se devido às reações


de oxidação, que podem ser aceleradas pela presença de compostos metálicos, oxigênio, alto teor
de água e calor excessivo. Tais alterações podem levar ao comprometimento do equipamento.
Como conseqüência, podem ocorrer mudanças de cor no óleo, formação de compostos ácidos e
num estágio mais avançado da oxidação, precipitação de borra. Essas mudanças nas
características devem ser acompanhadas por análises físico-químicas periódicas.
A metodologia recomendada está descrita na NBR-10576, cujo título é “Guia para
acompanhamento de óleo mineral isolante de equipamentos elétricos”.
Quanto à análise cromatográfica, trata-se de um poderoso instrumento para identificação
precoce de falhas em equipamentos elétricos, tais como arco, descargas parciais e
sobreaquecimento.
O óleo mineral isolante gera gases durante o processo de envelhecimento normal, sendo
essa geração acentuada quando ocorrem falhas no equipamento elétrico.
A análise cromatográfica tem como objetivo determinar a composição dessa mistura de
gases que normalmente se dissolvem no óleo isolante.

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As falhas incipientes, ou seja, do início, usualmente levam a baixa concentrações de
gases e, portanto, o acompanhamento por meio de análises periódicas pode evitar danos mais
sérios ao equipamento elétrico.

Os gases que devem ser analisados, de acordo com a NBR 7070 são:
HIDROGÊNIO;
OXIGÊNIO;
NITROGÊNIO;
METANO;
MONÓXIDO DE CARBONO;
DIÓXIDO DE CARBONO;
ETILENO, ETANO E ACETILENO.

Ainda realiza-se outros tipos de análises, não obrigatórias, como para a determinação de
furfuraldeído, que é considerado o principal composto da decomposição do papel isolante,
podendo-se avaliar as condições do papel na isolação do transformador. Mais especificamente, o
teor de furfuraldeído permite estimar o grau de polimerização do papel isolante, podendo, a
princípio, prever quando seria o fim de sua vida útil sem necessidade de amostrar uma porção
27
desse papel, o que só seria possível fazer com o transformador desenergizado.

– Coleta de amostras de líquidos isolantes para transformadores: Para o


acompanhamento das características, conservação ou degradação dos óleos isolantes, e dos
transformadores, as coletas períodicas de amostras, devem ser realizadas.
As amostras devem ser coletadas de forma a preservar as reais condições do óleo. Uma
coleta realizada de forma equivocada, poderá acarretar e graves erros nas análises, podendo
comprometer o equipamento.
Portanto, apresentamos a seguir alguns cuidados a serem observados no monitoramento
periódico do óleo, durante as coletas das amostras.

Nas coletas, devemos utilizar os seguintes componentes:

Frasco para amostragem: Os frascos para acondicionamento das amostras, geralmente


são fornecidos e preparados pelo laboratório que irá realizar os ensaios, mas por vezes surgem
necessidades urgentes de coletas, fora da programação normal do equipamento, devido a algum
desligamento por temperatura ou principalmente por atuação do relé de gás.

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As amostras coletadas em vidro escuro (âmbar), geralmente são utilizadas nas análises
Físico-quimicas, mas parte desta amostra, com algumas perdas não significantes, podem ser
utilizadas em caso de emergência, para as análises cromatográficas.
Neste caso o vidro deve ser escuro, com capacidade para um litro e preparado de acordo
com o procedimento a ser descrito.

OBS: A coleta sempre deverá ser realizada no ponto inferior de conexão do óleo do
equipamento, utilizando-se mangueira e niple apropriados.

Os frascos devem ser esterilizados de acordo com o seguinte procedimento:

• Retirar eventual conteúdo dos frascos;


• Lavar os frascos e as tampas com detergente neutro;
• Enxaguá-los com bastante água corrente comum;
• Deixar escorrer a água comum e enxaguar com água destilada;
• Secá-los na estufa, em posição vertical, a uma temperatura de 102±2ºC, por um
tempo mínimo de doze horas;
• Deixar os frascos esfriarem em temperatura ambiente, fechando-os em seguida e 28
tomando cuidado para não tocá-los com a mão na borda ou na parte interna da
tampa, os quais entrarão em contato com o óleo.

Nota: No lugar da água comum pode ser utilizada solução sulfocrômica diluída em água,
nas proporções indicadas pelo fabricante.

– Procedimento para coleta da amostra: A coleta das amostras deve ser feita,
preferencialmente, com tempo seco, evitando, assim, possível contaminação externa.
Quando o equipamento estiver em operação, a temperatura do líquido na hora da
amostragem deve ser anotada.
Este requisito é particularmente necessário, quando o conteúdo de água ou as
características dependentes deste devem ser verificadas.

IMPORTANTE:
Sempre os resultados mais fiéis das análizes, correspondem a sua coleta com
equipamentos energizados e a plena carga, mas para transformadores selados ou com
conservador de óleo (tanque de expansão) que estejam energizados, o operador deverá respeitar
as normas de segurança quando da coleta de amostras de óleo.

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As coletas de óleo, por motivo de segurança, e levando-se em conta que as perdas são
irrelevantes, se comparadas aos riscos a que o eletricista estará exposto durante a coleta
energizada, opta-se que as coletas devam ser feitas, preferencialmente, com o transformador
desenergizado.

Para retirada da amostra, proceder da seguinte forma:

A) Remover a proteção do orifício de drenagem;

Nota: No caso do transformador não possuir o orifício de drenagem, a amostra poderá


ser coletada através da válvula inferior ou da válvula superior ou de enchimento. Para coleta de
amostragem em equipamentos abertos para inspeção, poderá ser utilizada mangueira,
introduzindo-a no transformador.

B) Remover toda a sujeira e poeira visível da válvula com um tecido limpo e sem fiapos;

C) Adaptar o dispositivo de amostragem no registro;

29
D) Abrir a válvula e deixar fluir, vigorosamente, no mínimo três vezes o volume da
tubulação; Nota: Este procedimento não se aplica ao equipamento com pequeno volume
de óleo. Nestes casos, o volume a ser retirado deve levar em consideração o nível de
óleo do equipamento;

E) Colocar o frasco embaixo do dispositivo de amostragem;

F) Encher o frasco desprezando, no mínimo, um volume de líquido igual a capacidade


do recipiente. Recomenda-se encher os frascos o máximo possível, levando-se em conta
as variações de volume decorrentes de possíveis alterações de temperatura;

G) Terminada a amostragem, tampar os frascos tomando cuidado para não tocar na


área da tampa que ficará em contato com o líquido. Envolver a parte do gargalo com filme
plástico (cortado em círculo), apertá-lo firmemente, fixando-o com fita crepe.

H) Enviar as amostras devidamente identificadas, para o laboratório de análises.

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OBS: As amostras serem coletadas para realização de análise CROMATOGRÁFICA do
óleo, devem ser realizadas com a utilização de seringas de vidro, estas, dotadas de válvula de
três vias, para retirada de 100% do ar contido na amostra. A conexão da seringa é realizada
conforme a especificação utilizada para a coleta com vidro, porém o óleo será inserido na mesma
por pressão interna do equipamento, não devendo o embolo da seringa, ser acionado.

– Identificação das amostras: Os frascos com as amostras deverão conter, no mínimo,


as seguintes informações:

• Número de série do transformador;


• Potência;
• Classe de tensão;
• tipo de óleo coletado;
• Cliente (nome da unidade da coleta);
• Data da coleta;
• temperatura ambiente e do óleo;
• umidade relativa do ar;
• Condição do equipamento (operando ou desligado). 30

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Tabela 4 - Recomendações em caso de problema no óleo isolante

– Energização e Ensaios Elétricos em Transformadores: Antes da energização,


independentemente se o equipamento é novo, ou passou por manutenção, é recomendável a 32
execução dos seguintes ensaios elétricos, sempre adequados a classe de tensão, potência e tipo
do equipamento, não sendo todos os ensaios, aplicados a todos os equipamentos:

• análise físico-química do óleo isolante;


• análise cromatográfica do óleo isolante;
• Medição do fator de potência do transformador,
• Medição do fator de potência e capacitância das buchas condensivas, caso
aplicável;
• Medição da resistência de isolamento do transformador;
• Medição da resistência do isolamento dos tC’s de buchas e fiação do painel de
controle do transformador (caso aplicável);
• Medição da relação de transformação em todas as fases e posições do
comutador;
• Medição da resistência ôhmica dos enrolamentos em todas as fases e posições
do comutador;
• simulação da atuação de todos os dispositivos de supervisão, proteção,
sinalização e ajuste dos termômetros do óleo e do enrolamento;

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• Medição da relação de transformação, resistência ôhmica, saturação e polaridade
dos tC´s de buchas, caso aplicável;
• Medição de corrente elétrica dos motoventiladores, caso aplicável;
• Medição da resistência ôhmica nos enrolamentos dos motoventiladores, caso
aplicável;
• Verificar as tensões e isolação dos circuitos auxiliares antes de sua energização;
• Verificar sentido de rotação dos motoventiladores, caso aplicável;

Nota: os valores obtidos nos ensaios acima deverão ser comparados com os valores de
fábrica, ou valores obtidos em ensaios anteriores.

6.1.2 Inspeções periódicas de Transformadores:

– Registros operacionais: Os registros operacionais devem ser obtidos através das


leituras dos instrumentos indicadores, das ocorrências extraordinárias relacionadas com o
transformador, bem como todo evento relacionado, ou não, com a operação do sistema elétrico,
que possa afetar o desempenho e/ou as características intrínsecas do equipamento.
É recomendável a leitura semanal de equipamentos em operação NORMAL, para
33
detecção dos parâmetros de operação, caso algum problema ou variação de valores seja
verificada no comparativo dos registros anteriores a uma inspeção, as mesmas devem passar a
ser preferencialmente diárias, já que este equipamento passará a ser de RISCO.
Devem ser verificados sempre, os valores dos indicadores de temperatura (anotar
também a temperatura ambiente), do indicador de nível de óleo, carga e tensão do transformador.

– Análise termográfica: Estas inspeções devem ser realizadas SEMANALMENTE nas


subestações, objetivando principalmente detectar pontos de aquecimento em conexões elétricas
e tanque do transformador.

– Verificação das condições do óleo isolante: Periodicamente devem ser coletadas


amostras de óleo isolante e realizadas análises físico-química e cromatográfica. O período das
coletas, vai diferir por cada equipamento, por exemplo, o padrão seria de uma coleta ANUAL para
todos os equipamentos, contudo, caso o resultado aponte variações ou problemas em um dado
equipamento, este deverá ser monitorado SEMETRALMENTE, em caso de problemas na análise
Fisico-quimica, e TRIMESTRALMENTE, em caso de problkemas na CROMATOGRAFIA.
Períodos menores, são aplicados em equipamentos que tenham sofrido repotencialização, ou
manutenção corretiva da parte ativa (rebobinagem).

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– Inspeções visuais: Devem ser feitas inspeções visuais SEMANAIS, seguindo-se um
roteiro previamente estabelecido, que deve abranger todos os pontos assinalados.

6.1.3 Ações a serem tomadas na análize das inspeções:

– Ocorrências que exigem desligamento imediato, pois colocam o equipamento e


as instalações em risco iminente:

• Ruído interno anormal;


• Vazamento significativo de óleo;
• Aquecimento excessivo em conexões elétricas constatados na medição
termográfica;
• Relé de gás atuado;
• Sobreaquecimento de óleo ou dos enrolamentos detectados através dos
termômetros.

– Ocorrências que exigem desligamento programado (que não oferecem riscos


34
imediatos):

Estes desligamentos devem ser efetuados no menor prazo possível, dentro das
condições operativas do sistema:

• Vazamento de óleo que não oferece risco imediato de abaixamento perigoso do


nível;
• Aquecimento em conexões elétricas e em partes específicas do transformador,
observando os limites de elevação de temperatura dos materiais e os resultados
das análises cromatográficas;
• Marcas de descargas parcias nas buchas e isoladores (fazer registro fotográfico
para comparativo nas futuras inspeções);
• Anormalidades constatadas nos ensaios de óleo, obedecendo aos limites fixados
na NBR- 10756;
• Trinca ou quebra do diafragma de válvula de segurança (se o transformador for
equipado com tubo de explosão);
• Defeitos nos acessórios de proteção e sinalização.

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6.2 TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA A SECO:

35
6.2.1 MANUTENÇÃO:

Sendo uma das grandes vantagens deste tipo de transformador, os transformadores a


seco necessitam de pouca manutenção. Contudo, é necessário fazer um acompanhamento
constante a fim de se evitar problemas como acúmulo de sujeira, (o que pode causar perda na
capacidade de refrigeração e conseqüente perda de potência), deformações de sua estrutura e
verificação das ligações, entre outras.

– Itens de Manutenção:

• Inspeção visual do local;


• Limpeza conforme especificado a seguir, verificação de entradas e saídas de ar;
• Verificar se não houve sobreaquecimento nos terminais de ligação;
• Verificar o funcionamento do conjunto de proteção térmica;
• Verificação da pressão nos contatos dos terminais, painel de comutação.

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6.2.2 INSPEÇÕES PERIÓDICAS:

– Registros Operacionais: Os registros operacionais devem ser obtidos através das


leituras dos instrumentos indicadores, das ocorrências extraordinárias relacionadas com o
transformador, bem como todo evento relacionado, ou não, com a operação do sistema elétrico,
que possa afetar o desempenho e/ou características intrínsecas do equipamento. É recomendável
a leitura semanal dos indicadores de temperatura (anotar temperatura ambiente), carga e tensão
do transformador.

– Inspeção Termográfica: Estas inspeções devem ser realizadas semanalmente nas


instalações, objetivando, principalmente, detectar aquecimento anormal nos conectores.

– Inspeções Visuais: Devem ser feitas inspeções visuais semanais, seguindo-se um


roteiro previamente estabelecido, que deve abranger todos os pontos a serem observados.

Alguns dos defeitos mais comuns de serem detectados nos transformadores a seco, e
suas medidas corretivas, estão dispostos a seguir:

36

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– Limpeza: Um importante fator para um melhor funcionamento deste tipo de
transformador é a constante e eficiente limpeza do mesmo para que não ocorra prejuízo de
importantes características do transformador.

– Procedimentos de Limpeza para Transformadores a Seco:

Procedimento 01: Com auxílio de um aspirador de pó e pano seco, remover a poeira


depositada no transformador. Em seguida, use ar comprimido para remover os resíduos de poeira
e fazer a limpeza dos canais de ventilação das bobinas e entre a bobina e o núcleo. A injeção do
ar nos canais de ventilação deve ser feita de baixo para cima. A pressão do ar deve estar limitada
a aproximadamente 5atm. Para finalizar, use um pano seco e limpo para remover resíduos que
ainda permanecem nas bobinas, principalmente em volta dos terminais e nos isoladores.

Procedimento 02: Com auxílio de um pano umedecido com benzina, remova as


impurezas do núcleo, ferragens e bobinas; repita com um pano seco e limpo. Observe se os canais
foram obstruídos. Se as impurezas nos canais estiverem secas, adote o procedimento (1) nesta
limpeza. Caso contrário identifique a sujeira existente e faça contato com a fábrica para verificar o
melhor procedimento.
37
A utilização de benzina ou outro produto requer cuidados especiais em seu manuseio.

Procedimento 03: Com o auxílio de um pano umedecido em água, com pequena


concentração de amoníaco ou álcool, remova impurezas do transformador. A limpeza pode ser
complementada utilizando um dos procedimentos anteriores dependendo do tipo de sujeira a ser
removida.

Procedimento 04: A finalização deverá sempre ser feita com um pano limpo e seco,
devendo-se limpar toda a superfície, principalmente na região dos terminais de ligação.

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7 DISJUNTORES:

Disjuntor: É um equipamento de manobra e de proteção mecânico que é capaz de


estabelecer, conduzir e interromper a corrente nominal do circuito;
Estabelecer, conduzir (por um tempo especificado) e interromper a corrente de curto-
circuito.

Componentes de um disjuntor:

Contatos Principais: Destinados a conduzir as correntes do circuito principal do disjuntor


enquanto fechado.

Contato Fixo: Peça condutora que possui uma superfície de contato praticamente imóvel
em relação a estrutura do disjuntor.

Contato Móvel: Peça condutora que possui uma superfície de contato que pode
aproximar e afastar de um contato fixo correspondente.

38
Contatos de Arco: Contato destinado a conduzir corrente do circuito principal do
disjuntor, durante as operações de abertura e fechamento, transferindo para si o arco que se
formaria nos arcos principais.

Contatos Auxiliares: Contatos acionados mecanicamente pelos mecanismo de


operação do disjuntor, para sinalização, intertravamentos, etc..

Câmara de Extinção do Arco: Parte do disjuntor destinada a confinar e dirigir o arco até
a sua extinção.

Mecanismo de operação: Conjunto de peças que por meio das quais se acionam os
contatos principais.

Pólo: Conjunto de partes correspondentes a cada um dos condutores do circuito principal.

Pólo de Corte Único: Quando em cada pólo a abertura e fechamento do circuito principal
se fazem em um único ponto (01 câmara de extinção por pólo).

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Pólo de Corte Múltiplo: Quando em cada pólo a abertura e fechamento do circuito
principal se fazem em vários pontos (mais de uma câmara de extinção por pólo).

Disjuntor de Abertura livre (TRIP-FREE): Disjuntor cujos contatos móveis voltam à


posição aberta e nela permanecem, quando a posição de abertura é comandada após o início da
operação de fechamento.

Tempo de Abertura: Tempo que decorre entre o instante de energização da bobina de


disparo e o instante de separação dos contatos de arco do disjuntor.

Tempo de Arco: Tempo que decorre entre o instante de separação dos contatos de arco
dos disjuntores e a extinção completa do arco em todos os pólos.

Tempo de Interrupção: Tempo que decorre entre o instante de energização da bobina


de disparo até a extinção completa do arco em todos os pólos, ou seja, é a soma do tempo de
abertura com o tempo de arco.

Tempo de Fechamento: Intervalo de tempo entre o início da operação de fechamento e


39
o instante em que os contatos principais se tocam em todos os pólos.

Tempo de Estabelecimento: Intervalo de tempo entre o início da operação de


fechamento e o instante em que a corrente começa a circular no circuito principal.

7.1 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS DOS DISJUNTORES:

São valores numéricos atribuídos as grandezas na especificação de um disjuntor e que


servem de referência para o projeto, funcionamento e a realização dos ensaios prescritos pela
norma respectiva.

Desta maneira temos para todos os disjuntores as seguintes características nominais:

Tensão Nominal (KV): A tensão nominal de um disjuntor corresponde à tensão máxima


de operação do sistema para o qual o disjuntor é prescrito. As seguintes tensões nominais são
normalizadas pela ABNT:
3,6 – 4,76 – 7,2 – 12 – 15 – 24 – 25,8 – 36 – 38 – 48,3 – 72,5 – 92 – 145 – 245 – 362 –
460 – 550 – 765 KV.

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Freqüência Nominal (Hz): Corresponde a freqüência nominal do sistema para o qual o
disjuntor é previsto. Freqüência Nominal: 60 Hz (Brasil).

Corrente Nominal (A): Os valores da corrente nominal devem ser escolhidos entre os
seguintes: 400 - 600 - 630 - 800 - 1200 - 1250 - 1600 - 2000 - 3000 - 4000 - 5000 - 6300 A.
A corrente nominal corresponde ao valor eficaz da corrente de regime contínuo que o
disjuntor deve ser capaz de conduzir indefinidamente à freqüência nominal, sem se deteriorar e
sem que a elevação da temperatura das suas diferentes partes exceda os valores especificados.

Capacidade de Interrupção em Curto Circuito (KA): É indicada pela corrente de


interrupção máxima que o disjuntor é capaz de interromper, nas condições prescritas de emprego
e de funcionamento.
Os valores eficazes das correntes (componentes periódicos) devem ser escolhidos entre
os seguintes valores: 6,3 - 8 - 10 - 12,5 - 16 - 20 - 25 - 31,5 - 40 - 50 - 63 - 80 - 100 KA.

7.2 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO:

40
Os disjuntores em geral, dependem de um meio isolante para a realização da extinção
dos. arcos voltaicos internos, por este motivo o princípio de funcionamento que será exposto a
seguir, pode ser utilizado em todos os tipos de disjuntores ( sopro de ar, à óleo isolante, à vácuo
ou à gás ).
O ponto inicial para a operação de um disjuntor, é o fechamento do mesmo, que parte
podendo ser do carregamento das molas de fechamento por catracas mecânicas, impulsionada
por manivela ou motor elétrico ou por um sistema hidráulico pressurizado por motobomba e com
acumuladores de nitrogênio.
O ponto limite de carregamento será dado por uma trava mecânica ou limitador de curso
mecânico ou hidráulico (pressostatos) ajustados para cada tipo de equipamento. O carregamento
das molas de abertura é realizado durante a operação de fechamento do equipamento,
automaticamente, pois não dependem de acionamento externo para o seu carregamento e do
sistema hidráulico é carregado quando a pressão após a operação atinge a pressão ajustada no
estágio do pressostato.
Ao acionar o fechamento do equipamento, o eixo principal de acionamento, provocará o
deslocamento dos contatos móveis paralelamente, de maneira a que no menor espaço de tempo
possível os mesmos atinjam o batente junto aos contatos fixos.

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Durante o trajeto percorrido pelos contatos, o óleo isolante, ou gás SF6 será pressionado
no interior do pólo, de forma a fluir com uma vazão acentuada pelos orifícios da câmara de
extinção, sendo direcionado este jato de óleo ou gás que está sendo formado, para o ponto de
conexão externa entre os contatos fixo e móvel.
Na abertura de um disjuntor, o ciclo é reverso mas mantém as mesmas características de
propulsão do óleo ou gás isolante para o ponto de extinção do arco voltaico. Por este motivo nos
disjuntores á óleo, o estado de conservação do óleo isolante é de vital importância, principalmente
o nível interno do mesmo e a sua rigidez dielétrica e o gás se mantenha com a umidade permitida
e que não esteja demasiadamente degradado.
Um isolante com baixa rigidez pode agravar o arco voltaico, ao invés de extingui-lo, pois
passaria a “alimentar" o mesmo com um caminho de baixa isolação. Quanto ao nível de óleo, o
mesmo não pode apresentar-se alto, nem tampouco baixo, porque o nível alto não deixará
internamente no equipamento, espaço suficiente para a dissipação dos gases gerados durante a
abertura pela queima do óleo isolante, e o nível baixo não fornecerá óleo suficiente para a extinção
adequada do arco voltaico e quanto ao gás SF6, a pressão interna de gás deverá ser a
estabelecida, pois se não houver o volume de gás suficiente, poderá afetar suas propriedades
dielétricas e a velocidade do disjuntor.
Salientamos que o nível interno de óleo e a pressão de gás de um disjuntor, deve sempre
41
apresentar-se de maneira igual em todos os seus pólos, visto que por ser um dispositivo mecânico,
variações de nível acentuadas entre os pólos, provocam diferenças nos tempos de abertura de
cada uma das fases, podendo provocar defeitos mecânicos no equipamento, visto que o
amortecimento da abertura e do fechamento do equipamento está ligado diretamente ao nível do
óleo e do gás isolante.

7.3 MANUTENÇÃO DE DISJUNTORES:

Os disjuntores juntamente com os relés, transformadores para instrumentos e banco de


baterias, são os elementos básicos de proteção do sistema. Estes equipamentos são solicitados
esporadicamente a interromper correntes de curto-circuito elevadas onde são envolvidos esforços
térmicos e eletromagnéticos violentos. Por operarem nessas condições adversas, é necessária
uma manutenção cuidadosa. A freqüência das inspeções depende fundamentalmente das
condições locais, tipo de instalações, número de operações, posição estratégica na instalação etc.
No entanto, no mínimo uma inspeção a cada ano é recomendável. Após a interrupção de grandes
correntes de curto-circuito, recomenda-se medir a resistência de contato antes da recolocação em
serviço.

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Segurança
Antes de iniciar os serviços de manutenção, verificar as normas de segurança e ter
certeza que todas as linhas (controle, ar comprimido, circuito hidráulico etc.) estão desligadas ou
bloqueadas, as buchas desenergizadas e o barramento aterrado. Atenção especial será dada ao
manuseio de molas carregadas, pois as mesmas poderão ser inadvertidamente descarregadas
com eminente perigo.

7.3.1 MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE DISJUNTORES:

Devem-se seguir rigorosamente as instruções fornecidas pelos fabricantes. De modo


geral cada disjuntor deverá ser inspecionado, se possível a cada seis meses, e todas as vezes
que houver uma interrupção por um curto circuito elevado. É muito importante registrar o número,
de operações de um disjuntor.

Por ocasião da inspeção, além dos contatos deverão ser verificados:

• O mecanismo de operação (lubrificação, estanqueidade e funcionamento);


42
• Os amortecedores;
• O óleo (testar a rigidez dielétrica) e trocá-Io, se for necessário (rigidez dielétrica
inferior a 25- 30KV com as esferas a 2.5mm de distância). No caso de disjuntores
a reduzido volume de óleo, o mesmo deverá ser trocado após o número de
manobras recomendado pelo fabricante, ou também após o máximo de seis
desligamentos de curto circuito.

Além de verificar as partes essenciais constituintes do próprio disjuntor, deverão ser


observados os seguintes equipamentos auxiliares:

• Tensão de comando;
• Motor de carregamento das molas;
• Relés auxiliares;
• Circuito de fechamento e abertura;
• Gaxetas;
• Registros (bujões);
• Nível de óleo;
• Conexões externas;
• Isoladores, buchas.

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É necessário também:

• Verificar a resistência de isolamento (1MΩ para cada 1KV anualmente);


• Teste de resistência dos contatos (valores de catálogo);
• Lubrificação do comando.

IMPORTANTE: Antes de efetuar a inspeção do disjuntor, não esquecer de isolá-Io do


circuito, garantindo esta isolação por meio de cadeados e em se tratando de disjuntores extraíveis,
a inspeção poderá ser feita com o mesmo fora do cubículo.

Recomendação de tempos de inspeção e testes de manutenção preventiva:

Inspeções mensais:
• Verificar o nível do óleo dos pólos; o mesmo deverá estar compreendido entre as
marcas de máximo e mínimo do indicador de nível. Levar em consideração a
temperatura do equipamento. Com temperatura muito baixa, o óleo poderá ficar
abaixo da marca de nível mínimo e vice-versa com temperaturas muito altas;
normalmente, não tem maiores conseqüências.
43

OBS: O enegrecimento do óleo não tem muita importância, sua oxidação em


disjuntores é mais ecentuada que em transformadores.

• No caso de disjuntores a gás, verificar a densidade do gás dos pólos, pelo


densostato do equipamento.
• Em disjuntores a vácuo, apenas observamos a existencia de marcas de fugas,
arcos voltáicos ou aquecimentos anormais entre os polos.

Inspeções anuais:
• Verificar o sistema de proteção primaria, injetando corrente no circuito primário.
• Verificar nas curvas de funcionamento dos relés se o tempo de operação
corresponde ao esperado.
• Provocar a atuação do disjuntor, via circuito de proteção, por simulação da
atuação dos relés.
• Simular a atuação dos relés de bloqueio e alarmes local e remota.
• Verificar a existência de vazamentos (gaxetas ressecadas, buchas rachadas).
• Verificar a lubrificação do mecanismo, resistência de aquecimento.

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• Medir o isolamento das hastes de acionamento, câmaras e isoladores, contra
terra;
• Verificar as perdas dielétricas das hastes, câmaras de extinção e buchas para
tensões de 15 kV e acima.

OBS: Se os testes de acionamento e perdas dielétricas não forem satisfatórios,


drenar o óleo, lavar as câmaras por circulação de óleo novo. Completar o volume de óleo e
repetir os testes dielétricos. Se as perdas continuarem anormais,·desmontar o pólo para
inspeção;
• Testar o relé de pressão de gás dos pólos; verificar a atuação do disjuntor por
simulação da atuação dos contatos do relé;
• Medir a resistência de contato; se tiver aumentado excessivamente em algum dos
pólos, desmontar e inspecionar os contatos;
• Verificar o sistema hidráulico e pneumático do comando de acionamento;
• Lubrificar os eixos e pinos do mecanismo de acionamento;
• Medir a tensão mínima de acionamento dos comandos de abertura e fechamento
dos contatos.

44
IMPORTANTE: Após a interrupção de um curto-circuito franco, é recomendável que,
antes da energização do disjuntor, sejam feitos testes de isolamento e resistência de contato
particularmente em disjuntores a óleo.
A verificação do estado de conservação dos contatos de um disjuntor é realizado através
do ensaio de resistência de contatos do mesmo, onde devemos tirar um comparativo entre os
valores encontrados no ensaio, e os valores nominais do catálogo do fabricante. Alterações
acentuadas nestes valores não significam obrigatoriamente que os contatos apresentem de na
sua camada de metalização (prata), apenas indicam que por um motivo qualquer (contatos
frouxos, óleo carbonizado entre contato e carcaça ou penetração), houve uma elevação deste
valor de resistência de contato.
Sempre que estes valores forem detectados nos testes, será obrigatória a abertura do
pólo e a retirada dos contatos para inspeção visual, com limpeza dos pontos de conexão dos
contatos com o assentamento do pólo do disjuntor. Caso a camada de metalização apresente
elevada deterioração na sua camada de metalização, a mesma deverá ser recuperada ou o
contato de dedo defeituoso, substituído.

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CONTAT
O TUBO
DE ISOLANTE
ARCO

VÁLVULA
DE
PINÇAS
DO

SUPORT
E CONTATO
MÓVEL
DA

CORTE DO CILINDRO MÓVEL

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CÂMARA DE
COMPRESSÃO

CÂMARA DE COMPRESSÃO

CONTATO FIXO
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PINÇAS DO

CONTATO

PINÇAS DO CONTATO FIXO

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PINÇAS DO
CONTATO FIXO

CONTATO FIXO
DE ARCO

CONTATO FIXO DE ARCO

8 TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)


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Transformador de corrente é um equipamento cuja finalidade é reproduzir de forma


proporcional em seu secundário a corrente de seu primário, respeitando a mesma posição vetorial.
O funcionamento do TC se dá através da conversão eletromagnética, onde uma corrente de
elevada magnitude circula no primário, sendo transformada em correntes de baixa magnitude
possíveis de serem medidas e usadas em instrumentos de controle, de acordo com a relação de
transformação adotada.
O transformador de corrente tem seu enrolamento primário ligado em série ao circuito a
ser medido e seu secundário será conectado ao circuito de instrumentos de medição, mas também
poderá ser utilizado como sensor aos relés de proteção.
Os transformadores de correntes são divididos em TCs para medição e TCs para
proteção, para atender o mesmo objetivo, porém com funções diferentes.
Os transformadores de corrente para medição são responsáveis por fornecer as
medições que necessitam serem lidas, sendo que eles são projetados para permitir que a corrente
gerada em seu secundário possa ser reproduzida em instrumentos localizados em salas de
controle, painéis de comando ou conectados a transdutores.

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Uma característica importante dos TCs de medição é que em caso de curto-circuito
a corrente em seu secundário não irá aumentar na mesma proporção que a corrente no
primário em função do efeito de saturação do núcleo magnético, onde essa saturação
ocorre dentro da faixa de quatro vezes a sua corrente nominal.
Outro fator importante a ser observado em transformadores de corrente para medição é
a classe de exatidão referente ao percentual máximo de erro que um TC de medição pode
apresentar no fornecimento de sua medição. As classes de exatidão mais usais são 0,3; 0,6; e
1,2%.
Os transformadores de corrente para proteção são fabricados e destinados à aplicação
onde poderão ocorrer correntes de curto-circuito ou sobrecargas de alta magnitude, sendo que o
TC tem a capacidade de transformar esses determinados eventos em valores compatíveis para
uso no sistema de proteção.
Ao contrário dos TCs utilizados para medição, os TCs utilizados para proteção têm
como principal característica a não saturação do secundário quando submetidos a
elevados valores de corrente em seu primário.
Uma carga padronizada ligada ao secundário dos TCs de proteção permitirá que o
secundário apresente um nível de saturação elevado igual a vinte vezes a corrente a sua corrente
nominal.
48
Após essa comparação é possível compreender a finalidade exercida pelos dois modelos
de transformador de corrente, onde em hipótese alguma é indicado o uso de TCs de medição para
fazer a função de proteção.
Nesse sentido, através da Figura a seguir, é possível verificar a diferença de saturação
existente entre esses dois modelos de TCs.

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Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015), na norma 6856, a classe
de exatidão dos TCs de proteção deve ser de 5 a 10%, garantida ente valores de 1 até 20 vezes
a corrente nominal em qualquer carga compreendia entre o valor inferior ou igual a nominal.
Um fato relevante é que os TCs de proteção são ordenados pela classe referente à
impedância de seu enrolamento secundário. Os TCs de classe “B” apresentam em seu secundário
reatâncias que podem ser desprezadas, já os TCs de classe “A” apresentam reatâncias em seu
secundário que devem ser consideradas.

Transformadores de corrente de AT e MT
49

9 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL (TP)

Assim como os transformadores de corrente, os transformadores de potencial são peças


fundamentais na composição de um sistema de proteção; tem seu uso similar a um transformador
de corrente, ou seja, trata-se de um equipamento cuja finalidade é reproduzir de forma
proporcional em seu secundário a tensão de seu primário, respeitando a mesma posição vetorial.
O enrolamento primário do transformador de potencial é ligado de modo paralelo ao circuito a ser
medido, sendo fornecida ao seu secundário a tensão proporcional à medida no primário.
O transformador de potencial possui um enrolamento primário construído com muitas
espiras e um secundário através do qual se obtém a tensão desejada, normalmente padronizada
em 115 V ou 115/√3 V.
Os transformadores de potencial são fabricados em conformidade com o grupo de ligação
requerido, com as tensões primárias e secundárias necessárias e com o tipo de instalação. São
fabricados a seco ou com óleo em sua isolação e são do tipo indutivo e capacitivo.

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Os transformadores de potencial do tipo indutivo são fabricados na maioria das vezes
para utilização até 138 kV, possuem um enrolamento primário envolvendo um núcleo de ferro-
silício que é comum ao enrolamento secundário, funcionando pelo princípio da conversão
eletromagnética de energia.
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2018), na norma 6855, a
fabricação dos transformadores de potencial deve respeitar três categorias de acordo com os três
tipos de ligação.
Os grupos existentes são:

a) grupo 1 – projetados para suportar de forma continuada, 10% da sua tensão nominal.
São conectados entre fases no circuito a ser medido;
b) grupo 2 – projetados para ser conectados entre fase e neutro de sistemas aterrados;
c) grupo 3 – projetados para ser conectados entre fase e neutro onde, porém, não se
garanta a eficácia de um aterramento.

Os transformadores de potencial do tipo capacitivo são construídos basicamente com a


utilização de dois conjuntos de capacitores servindo como divisores de tensão. Sua aplicação
ocorre geralmente em tensões iguais ou superiores a 138 kV.
50
As principais características elétricas a serem consideradas em transformadores de
potencial, que são erros de relação de transformação, erros de ângulo de fase, classe de exatidão,
tensões nominais, carga nominais, polaridade, descargas parciais, potência térmica nominal e
tensões suportáveis.

Transformadores de potencial (TP) de MT e AT

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10 RELÉS DE PROTEÇÃO

Os relés de proteção são dispositivos conectados ao sistema elétrico de potência e


responsáveis por detectar defeitos e anormalidades que possam vir acontecer a esse sistema.
A filosofia de proteção utilizada pelos relés de proteção tem como objetivo principal
detectar essas possíveis anormalidades e atuar de modo programado no acionamento dos
contatos que promoverão uma ação de proteção, seja essa ação na abertura de um disjuntor ou
uma transferência de carga o mais rápido possível, de modo a eliminar ou minimizar o impacto
que essa anormalidade irá promover nos processos.
Os relés de proteção passaram por diversas evoluções chegando ao que temos de mais
moderno hoje. Nesse sentindo, é interessante que se tenha conhecimento a respeito do histórico
da evolução destes, para acompanhar os benefícios adquiridos ao longo desse processo.
Os primeiros relés disponíveis no mercado foram os relés eletromecânicos, e, surgiram
através de estudos onde se aplicava os conceitos básicos da física, como eletromagnetismo,
dilatação térmica de elementos e campos magnéticos. Estes relés são camados de relés
PRIMÁRIOS, ou seja, a corrente circulante a carga a ser protegida, passa diretamente pelas
bobinas do dispositivo.
À medida que os estudos avançavam, começaram a surgir os relés do tipo indução
51
eletromagnética utilizando o princípio de funcionamento dos motores de indução onde um torque
desenvolvido em um eixo desencadeava o processo. Começavam a surgir os relés
SECUNDÁRIOS ou de PROTEÇÃO INDIRETA, ou seja, interligados a TC´S.
Já na década de 70, com o surgimento de elementos semicondutores, vieram os relés
estáticos eletrônicos que por sua vez, propiciaram um salto na evolução comparados aos
eletromecânicos, refletindo em menores custos para a sua produção, menores desgastes, maior
rapidez de atuação, mais compactos, possibilidade de auto supervisão e maior flexibilidade de
ajuste e range de atuação.

Ainda na década de 70 começaram a aparecer os primeiros testes com relés


microprocessados e desde então com o advento da tecnologia digital, surgiram os relés digitais,
multifunção ou microprocessados.
A evolução dos relés de proteção multifunção permitiu não só agregar as funções dos
seus antecessores, como aprimorá-las e ainda criar outras funções, aumentando tempo de
resposta, sensibilidade e permitindo apresentar os eventos ocorridos em supervisórios de controle
ou até mesmo armazená-los em sua memória, para posterior coleta. Os relés multifunção atuais
são produzidos por empresas de larga tradição no mercado de IEDs (Intelligent Eletronic Devices)
como Siemens, Schneider, ABB e SEL.

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A seguir, serão abordadas as principais características dos relés de proteção multifunção
utilizados na modernização da proteção elétrica, nosso objetivo principal.
Outra característica importante em relés de proteção multifunção é que diferentemente
de seus antecessores que necessitavam de um equipamento (relé) para cada função de proteção
a ser executada, os relés digitais multifunção concentram em um único equipamento várias
funções de proteção.
Transformadores de potencial e corrente auxiliam na captação das informações de
campo, as informações de corrente e tensão são coletadas do meio externo pelos TPs e TCs e
convertidas em sinais digitais, disponibilizadas ao microprocessador do equipamento, que por sua
vez, roda os algoritmos das funções de proteção armazenados na memória do relé. De acordo
com os valores de corrente e tensão medidos e os ajustes das referidas funções, o relé comanda
a atuação dos contatos de saída.
Os relés digitais ainda dispõem de outras funções como medições de grandezas elétricas,
leituras de sensores de temperatura, posicionamento de disjuntores, intertravamentos diversos,
comunicação em diversos protocolos, possibilidade de programação através de computador e
interface homem máquina (IHM). Sendo assim é essencial também conhecer algumas das
principais características dos relés digitais para que seja possível usufruir, da melhor maneira, de
sua utilização nos sistemas elétricos.
52
Geralmente os valores de corrente são provenientes de TC’s e variam de 1 A ou 5 A. Já
as tensões utilizam valores derivadas do secundário dos TP’s e trabalham com valores de 100,
110 ou 115 Vca.
Para os relés de proteção atingirem o seu melhor desempenho possível, se faz
necessário que uma parametrização seja feita. A parametrização leva em conta todas as funções
de proteção, definidas no momento do projeto, ou de um estudo de Coordenação e Seletividade
das proteções, baseado em um estudom incial de curto circuito das instalações. A parametrização
também leva em consideração, possíveis lógicas externas para o correto funcionamento, pois
mesmo parametrizado o relé dependerá de outros equipamentos corretamente configurados para
cumprir com o seu principal objetivo que é a proteção de um determinado circuito ou sistema.

Os relés digitais de proteção trazem como premissa em sua configuração as seguintes


características:
a) proteção de fase e de neutro em uma só unidade;
b) proteção contra falha no disjuntor;
c) proteção trifásica de sobrecorrente instantânea e temporizada;
d) proteção de sobrecorrente de neutro instantânea e temporizada;
e) curva de tempo inversa;

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Relés de proteção PRIMÁRIOS/ELETRÔNICOS E MULTIFUNÇÕES

10.1 FUNÇÕES ANSI

A norma ANSI estabelece uma codificação das funções dos diferentes dispositivos
empregados na proteção, comando e sinalização de sistemas elétricos sendo utilizada
mundialmente por fabricantes, projetistas e montadores. Os relés funcionam monitorando os
valores de corrente e tensão. Esse monitoramento é feito em zonas, caso ocorra uma falta dentro
de uma zona protegida, o relé atua isolando essa zona do restante do sistema. Portanto, para a
utilização dos relés de proteção é necessário conhecer os valores de corrente ou tensão para
53
diversos tipos de faltas em vários pontos do sistema.
Existem diversas funções de proteção, como função de sobrecarga, subfrequência,
subtensão, sobretensão etc.

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10.1 TIPOS DE PROTEÇÃO MAIS UTILIZADOS:

Proteção de sobrecorrente: A proteção contra sobrecorrente (funções 50 e 51 - ANSI)


foi o primeiro tipo de proteção a ser desenvolvido, e está diretamente associada à eliminação de
curtos-circuitos. A aplicação correta dos relés de proteção de sobrecorrente exige o conhecimento
da corrente de falta que circula por cada parte do sistema.
Para o ajuste do relé são necessários:
• Um diagrama do sistema elétrico envolvido, seus dispositivos de proteção e seus
transformadores associados;
• A impedância em p.u. ou em ohms dos transformadores, máquinas, linhas de
transmissão e circuitos alimentadores;
• O valor máximo e mínimo de curto-circuito esperado que circula por cada dispositivo de
proteção;
• O valor da corrente in-rush, o fator térmico e a curva de dano característica dos
transformadores.

Os ajustes dos relés são definidos para operar o mais rápido possível para o maior valor
de falta e também é verificado se essa operação é satisfatória também para o menor valor de falta 54
esperado. No método de coordenação definido pela temporização, cada relé que controla o
disjuntor de cada ponto do sistema é ajustado para um determinado tempo de operação garantindo
que o disjuntor mais próximo da falta abra primeiro.
Existem diversas curvas de tempo-inverso para proteção de sobrecorrente, são curvas
apresentadas em um gráfico com escalas logarítmicas que relacionam o tempo de operação, na
vertical, com a corrente de curto-circuito, na horizontal.
A IEC 60255 (International Electrotechnical Commission) tem como padrão as seguintes
curvas:
• Normal inversa;
• Muito inversa;
• Extremamente inversa.

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Pela análise das curvas é possível perceber que para valores de corrente menores, a
curva normal inversa possui um tempo de operação menor se comparado as outras duas curvas.
Já em casos de valores de correntes superiores, a curva extremamente inversa possui um tempo
de operação muito menor que o das outras duas curvas.
55

Proteção direcional de sobrecorrente: A diferença entre uma função de sobrecorrente


e uma função direcional de sobrecorrente (função 67 - ANSI) é a característica extra, associada à
direção da corrente. Para que isto seja possível é necessário, para cada relé, um referencial de
tensão, ou seja, os relés devem ser polarizados.
Essa informação é obtida mais comumente através de TPs. A função direcional de
sobrecorrente deve atuar apenas se duas condições forem satisfeitas: a intensidade da corrente
passante deve estar acima do limite mínimo estabelecido e essa corrente faltosa deve estar
circulando em um determinado sentido. As funções direcionais de sobrecorrente são utilizadas
para realizar a proteção de linhas de transmissão, e, para a proteção de transformadores, quando
a direcionalidade da corrente se faz necessária para uma boa coordenação.

Definição dos ajustes de proteção de sobrecorrente: Os critérios fundamentais de


proteção de sobrecorrente a serem definidos são a RTC (Relação de transformação de corrente)
do transformador de corrente utilizado para fornecer informações para o relé, a corrente de ajuste
do relé, sua curva e time dial, tanto para o elemento temporizado (51) quanto para o elemento
instantâneo (50) de fase e de neutro, neste caso 50N e 51 N, ou ainda em proteções a terra, 50
GS e 51 GS.

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10.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA:

Para se efetuar a manutenção em qualquer relé de proteção deve-se ter mãos o estudo
de seletividade do sistema, onde são definidos os valores a serem ajustados nos relés. O
instrumento básico para se realizar os testes em relés de proteção é a caixa de calibração. Trata-
se basicamente de uma fonte de corrente e tensão, que pode ser monofásica ou trifásica e que
conta com um sistema de contagem e registro do tempo de atuação dos relés sob teste.

Serviços e ensaios periódicos em relés eletromecânicos: Para estes tipos de relés


de proteção, periodicamente, devem ser realizados:
• limpeza geral, devido a sua característica construtiva que envolve a movimentação de
peças quando de sua atuação, é essencial se realizar uma limpeza detalhada com materiais e
ferramentas adequadas para cada tipo de relé antes de se iniciarem os testes;
• ajuste da corrente de atuação da função temporizada de sobrecorrente (pick-up): em
relés eletromecânicos, para se atingir corretamente o ajuste de corrente indicado pelo estudo de
seletividade, deve ser realizada verificação com injeção de corrente e registro dos tempos de
atuação. Os erros de tempo de atuação não podem ser superiores a ±10%, caso isso ocorra;
deverá ser tentado um novo ajuste com posterior novo teste até se chegar a tempos de atuação
56
aceitáveis.
• ajuste da corrente de atuação da função instantânea de sobrecorrente, deve ser injetada
uma corrente de 90% do ajuste dado e, nesse caso, o relé não poderá atuar, após isso, deve ser
injetado 110% do valor de ajuste e agora o relé deverá atuar. Em caso de atuação incorreta, deve
ser refeito o ajuste;
• Os relés eletromecânicos possuem sinalizações básicas das atuações de suas
proteções (bandeirolas), as mesmas devem ser verificadas quando da realização dos testes já
mencionados;
• Para os relés de sub e sobretensão, os mesmos princípios indicado nos itens anteriores
para relés de sobrecorrente, podem ser aplicados a relés de tensão, bastando substituir uma fonte
de corrente por uma fonte de tensão com contagem de tempo;
• atuação do dispositivo de abertura do circuito: em conjunto com o teste do relé de
proteção deve ser realizada a abertura do disjuntor pela atuação do relé de proteção (trip test),
bem como a atuação do relé de bloqueio de religamento;
• injeção de corrente nos TC’s e TP’s: também é recomendável fazer injeção de corrente
nos TC’s e tensão nos TP’s que enviam sinais aos relés para se verificar se a fiação dos
secundários dos instrumentos de medição está corretamente conectada aos relés.

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IMPORTANTE: Deve-se atentar para a periodicidade das intervenções de manutenção
em relés eletromecânicos, não é incomum ocorrer o “travamento” de partes móveis internas devido
à falta de limpeza dos relés por longos períodos. Lembra-se que estes equipamentos em situações
normais do sistema que protegem ficam com todas as suas peças praticamente imóveis e pode
haver acúmulo de poeira e outros contaminantes em suas peças. A PERIODICIDADE vai
dependar do grau de contaminação da área, e, se os relés possuem amostecimento
fluidodinâmicos (óleo).

Serviços e ensaios periódicos em relés eletrônicos: Os relés eletrônicos modernos


desempenham uma série de funções, além das de proteção primordiais, entre elas:
• Medição de grandezas elétricas em geral,
• Sinalização,
• Intertravamentos e comandos de subestações,
• Comunicação em rede,
• Registros oscilográficos de eventos, dentre outras.

Com isso, além dos testes de suas funções de proteção, deve ser previsto um programa
57
de manutenção mais completo nesses equipamentos. Para os relés eletrônicos podemos destacar
os seguintes serviços e ensaios:
• Ajustes dos parâmetros de proteção conforme estudo de seletividade;
• Configuração dos parâmetros gerais de leitura de grandezas elétricas, tais como
relação de transformação dos TC’s e TP’s, frequência, forma de medição das
correntes e/ou tensões de faltas para a terra etc.;
• Configuração das entradas e saídas digitais conforme projeto elétrico do painel;
• Configuração da lógica interna de operação dos relés, conforme projeto lógico da
subestação;
• Verificação do funcionamento das teclas frontais, display, led’s e portas de
comunicação;
• Verificação da comunicação dos relés com redes de supervisão.

Para se realizar os ensaios completos nos relés eletrônicos, é recomendável se utilizar uma
caixa de calibração trifásica (ou ainda hexafásica para relés diferenciais de transformador), onde se
pode realizar a maior parte das verificações de forma automática, já que contam com softwares
onde se é possível programar rotinas de teste, apresentando resultados detalhados em padrões de
relatórios previamente definidos.

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IMPORTANTE: A PERIODICIDADE de manutenção ou serviços de ensaios destes relés,
vai depender de fatores como, DESARME POR ATUAÇÃO (correta ou indevida), ALTERAÇÃO
DOS ESTUDOS DE COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE (por alteração de cargas), ALTERAÇÃO
DE LÓGICA FUNCIONAL, ou outro aspecto que altere qualquer das características do sistema,
mas, o período normalmente utilizado é ANUAL.

10.3 INSPEÇÕES DE ROTINA:

É recomendado que SEMANALMENTE, sejam realizadas inspeções visuais aos sistemas


de proteção, com os seguintes itens a serem verificados:

A) Verificar se houve disparo de alguma das curvas de proteção (pick-up), pois indica que
o equipamento detectou uma corrente inicial a sua zona de proteção, iniciando mas não
completando o TRIP do equipamento sob proteção.

NOTA: Caso detectado este disparo, deve-se acessar a área de eventos do relé, e anotar
a corrente indicada na curva, fazer registro fotográfico do valor verificado, e, então
58
somente, resetar o equipamento, apagando a indicação da curva, mas não o valor
memorizado. No caso de relés multifuncionais, os eventos tem data e hora gravados,
possibilitando a investigação do motivo da elevação da corrente e o quase disparo do
TRIP do equipamento. De posse do estudo de proteções, dece-se verificar se o valor
apurado na inspeção, está de acordo com o mesmo, ou seja, se a parametrização está
correta.

B) Verificar se houve atuação de alguma das funções de proteção


(50/51/50N/51N/50GS/51GS/67, etc.), mas sem atuação do desligamento da carga sob
proteção.

NOTA: Caso detectada esta situação, existe o indicativo de que o equipamento poderá
estar com a saída de TRIP, desabilitada, ou com defeito. Como no caso anterior, deve-
se deve-se acessar a área de eventos do relé, e anotar a corrente indicada e qual o tipo
de atuação aconteceu, fazer registro fotográfico do valor verificado, e, então somente,
resetar o equipamento, apagando a indicação da curva, mas não o valor memorizado.
Neste caso devemos realizar a INTERVENÇÃO IMEDIATA no equipamento, pois o
mesmo está sem função de proteção atuante.

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C) Verificar e anotar os valores de tensão e corrente, medidos pelo equipamento, para cada
fase, criando um histórico comparativo de valores.

NOTA: Este histórico, nos permitirá detectar flutuações no fornecimento da


concessionária, ou problemas nos transformadores de rebaixamento de entrada, como
por exemplo, transformadores com o tempo de atuação demasiada para os comutadores
sob carga.

IMPORTANTE: O reset de relés de proteção eletrônicos, é somente na indicação,


devendo ser feito pelo teclado ou IHM do mesmo. NUNCA RESET UM RELÉ DE PROTEÇÃO,
DESLIGANDO A ALIMENTAÇÃO DO MESMO, neste caso ao ser novamente energizado, o
equipamento fará o autotest de todas as saídas, portanto enviará o TRIP ao disjuntor sob proteção,
desligando involuntariamente as cargas.

SEGURANÇA: A inspeção dos relés poderá ser realizada por somente um profissional,
mas caso sejam detectados, quaisquer um dos problemas listados, o mesmo deverá estar
acompanhado no momento das medidas corretivas, e impreterivelmente deverá estar de posse do
MANUAL DE OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO, estar em mão com a SENHA DE ACESSO, caso
59
o equipamento esteja protegido por senha, E ESTAR COM OS EPÍS APROPRIADOS A
EXECUÇÃO.

10.4 REARME DE RELÉS ATUADOS:

Qualquer atuação de relés de proteção, é causada por uma FALTA ELÉTRICA NO


SISTEMA. Por definição, falta ou defeito é a conotação utilizada quando de forma acidental ocorre
a interrupção das condições normais de operação de um determinado circuito ou sistema. Assim
um curto-circuito ou um condutor interrompido também é conhecido como uma falta. Como um
sistema elétrico de potência normalmente é tratado como um circuito trifásico equilibrado e
simétrico, uma vez que ocorre um curto-circuito é provocado um desbalanceamento de forma
intensa ou moderada no percurso da tensão e da corrente, em função da diminuição da
impedância vista no ponto da falta e com isso ocasionando a quebra da simetria, que poderá
causar danos a equipamentos e até sinistros de grande magnitude.

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Os ajustes determinados para cada relé pelo estudo das proteções, basea-se no
conhecimento da correta distribuição das correntes e tensões em diferentes partes do circuito
devido às possíveis faltas. Os valores limites de corrente em qualquer um dos pontos, também
deverão são conhecidos e considerados para a determinação das faltas.

Quando se dimensiona uma proteção, em base, conhecemos as seguintes informações:


a) corrente máxima de falta;
b) corrente mínima de falta;
c) máxima corrente passante para uma falta.

Mesmo que um sistema elétrico de potência tenha um excelente projeto e que seja
empregado o que há de melhor no mercado, ainda assim o sistema estará exposto a eventos dos
mais diversos e imprevisíveis podendo aparecer falhas em pontos aleatórios. As correntes de
curto-circuito atingem na maioria das vezes valores de grande magnitude porém, atenuadas em
frações de segundos, mas que em muitos casos em função de uma proteção deficiente, mal
projetada ou com erro de parametrização, o curto-circuito causa a destruição de vários
equipamentos, como barramentos, painéis, cabeamentos e até mesmo em toda a instalação.

60
As falhas em sistema elétrico de potência são inúmeras, na maioria dos casos ocorrem
devido à:
a) falhas de isolação – geralmente as tensões de barramentos ou condutores são
elevadas e rupturas para terra ou entre fases ocorrem, seja pela aplicação inadequada de
isoladores ou até mesmo a isolação dos equipamentos, defeitos de fabricação ou material de má
qualidade ou até mesmo envelhecimento do material;
b) falhas mecânicas – são provocadas na maioria das vezes por fenômenos naturais,
como vendavais, contaminação por água, quedas de objetos e também por deficiência na
montagem de equipamentos que podem provocar seu desprendimento;
c) falhas elétricas – são ocasionados na maioria dos casos por descargas atmosféricas,
surtos de chaveamento (manobra), sobretensões, sobrecorrentes e falhas na proteção de
equipamentos de supervisão;
d) falhas de manutenção – manutenções mal planejadas ou a inexistência dela podem
deixar um sistema elétrico vulnerável e provocar falhas. A substituição de peças ou equipamentos
inadequados, bem como a falta de inspeções periódicas, contribuem para falhas de manutenção.

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Conclue-se, portanto, que em caso ATUAÇÃO E DESARME, de um relé de proteção, que
esteja corretamente operando, com a parametrização correta, e que nas inspeções, não
apresentou anomalias, EXISTE ALGUM PROBLEMA NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO.
No caso de atuação da proteção de sobrecarga (51), a maior probabilidade é de um
defeito transitório, como um problema em um motor de grande potência (principalmente na
partida), uma fuga em um cabo de MT, que está prestes a romper a isolação, ou simplesmente
uma elevação de carga que não havia sido considerada no estudo das proteções.

De qalquer forma, o REARME somente deverá ser executado, após a investigação do


motivo, realizando ensaios nas áreas suspeitas, valendo-se de um MEGGER de tensão adequada
aos testes. Após determinada a causa, e de sua correção ou isolamento do sistema, poderá
ocorrer o rearme e manobra de recolocação em linha, do disjuntor que estava atuado.
Caso a atuação seja da proteção de curto-circuito (50), a mesma é de uma maior monta,
pois envolve a deterioração de isolação em algum equipamento ou componente, acesso de
animais aos barramento ou pontos ao potencial, ou outro agente que tenha gerado o defeito.
Neste caso a investigação deverá sempre começar pelos cabos e muflas, posteriormente
para ráios, transformadores, cubículos (atentando para marcas de arcos, TC´S e TP´S com marcas
de sobreaquecimento), isoladores, e, barramentos de MT ou AT.
61
Como no caso anterior, o REARME somente deverá ser executado, após a investigação
do motivo, realizando ensaios nas áreas suspeitas, valendo-se de um MEGGER de tensão
adequada aos testes, e, se necessário, um HIPOT para teste de cabos e muflas, caso não seja
visível ou detectável com MEGGER. Após determinada a causa, e de sua correção ou isolamento
do sistema, poderá ocorrer o rearme e manobra de recolocação em linha, do disjuntor que estava
atuado.

IMPORTANTE: Um relé atuado é sinal de PROBLEMAS, COM RISCO DE EXPLOSÃO


E INCÊNDIO DE ALGUM COMPONENTE, portanto, NUNCA REARME O SISTEMA SEM
ELIMINAR QUALQUER DÚVIDA QUE TENHA SURGIDO NA INVESTIGAÇÃO DO DEFEITO.

SEGURANÇA: Em caso de rearme de uma proteção, assim como na investigação da


causa, sempre deveremos atuar com no mínimo dois profissionais em cada frente, sendo estes
treinados e conhecedores das manobras do sistema elétrico, E ESTAREM COM OS EPÍS
APROPRIADOS A EXECUÇÃO.

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11 INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS

Vários são os instrumentos utilizados pelos técnicos para efetuar medições elétricas na
análise de funcionamento de circuitos, sendo alguns dedicados a ensaios e testes de Média e
Alta tensão. Estes equipamentos são necessários as investigações de faltas elétricas, porém a
sua operação e principalmente a interpretação dos resultados, precisa ser correta.

IMPORTANTE: Todos os equipamentos a serem utilizados em ensaios e testes


elétricos, DEVEM ESTAR COM O CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO VÁLIDOS, e estes devem
ser realizados com equipamentos RASTREADOS.

– Megôhmetro (Megger)
A resistência de isolamento pode ser determinada pela lei de Ohm, aplicando uma tensão
de corrente contínua e medindo a corrente que circula pelo galvanômetro ou circuito conversor
interno ao equipamento.
Um dos ensaios e testes mais importantes, pois nos possibilita saber as condições de
isolamento de um equipamento. Realizando periodicamente esta medição, pode- se acompanhar
a vida útil do equipamento comparando os resultados obtidos com as informações dos fabricantes
62
ou com outro teste já anteriormente realizado.
O megôhmetro é um instrumento portátil que permite realizar medições de resistências
de isolação com tensões de prova de até 10kV. Proporciona medições confiáveis de resistências
de isolação de até 2.000.000MΩ com quatro tensões de prova: 1kV, 2kV, 5kV e 10kV. As leituras
se realizam em um indicador analógico ou digital com escala ampliada e de fácil leitura.
Para uma melhor compreensão e análise dos ensaios de resistência de isolamento, é
necessário que se tenha um conhecimento básico sobre os fenômenos que surgem num meio
dielétrico, quando submetido a um potencial contínuo.
Antes de se energizar uma máquina nova ou que esteve parada muito tempo, é boa
norma medir-se a resistência de isolamento dos enrolamentos. Desta maneira verifica-se uma das
condições mínimas para a sua energização.
Um valor alto de resistência de isolamento é uma condição necessária, mas não suficiente
para garantir que não existam imperfeições no isolamento, que possam causar falhas quando da
energização.
O termo resistência de isolamento é a relação existente entre a tensão CC aplicada a um
isolante e a corrente resultante em um determinado instante, após a aplicação da tensão. Devido
ao fenômeno da polarização do dielétrico e à capacidade dos condutores contra as partes
metálicas adjacentes, a definição acima se torna algo imprecisa, mas válida para fins práticos.

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Pela análise dos valores da resistência de isolamento obtidos nos ensaios, comparados
aos registrados anteriormente, podemos avaliar o processo de degradação do isolamento.
Esta análise pode representar uma economia substancial, seja pela garantia de
continuidade operativa, seja pela redução de custos de reparos devidos a falhas de maiores
proporções.

63
Megôhmetro Eletrônico de Alta Tensão 10kv e Megôhmetro Analógico de Alta Tensão - 5kv

Este equipamento é especialmente indicado para teste da resistência de isolação nas


linhas de distribuição de médias tensões, áreas externas ou subterrâneas, já que permitem realizar
o teste com tensões próximo as de trabalho. Também é um excelente auxiliar na detecção de
falhas de isolação em cabos, disjuntores, secionadoras, painéis elétricos, motores e
transformadores.
O megôhmetro possui BORNE GUARD que permite eliminar o efeito de resistências
parasitas e de correntes superficiais sobre a resistência de isolação que se deseja medir.

– Microhmímetro:
O Microhmímetro é um ohmímetro digital ou analógico inteligente, portátil, destinado a
medir com alta precisão resistências muito baixas de contato de disjuntores de alta tensão, chaves
seccionadoras, barramentos, enrolamentos de transformadores e motores, etc., com correntes
desde 1mA até 200A. Utiliza a topologia de Kelvin (4 terminais) para evitar erros na medição
provocados pelos cabos auxiliares e as suas resistências de contato.
Nos dispositivos de Alta e média tensão, é um dos ensaios usuais é o de valor de
resistência ôhmica, seja em enrolamentos ou em contatos de dispositivos de proteção.

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No caso de medição de enrolamentos, aplica-se em todos os tipos de transformadores,
sejam eles de potência, potencial ou corrente, com a função de determinar o grau de
envelhecimento da isolação interna do dispositivo, continuidade de enrolamentos equalização de
valores entre enrolamentos de diferentes fases, fechamento de contatos de comutação e em
alguns casos determinação de relação de transformação.
A medição da resistência ôhmica entre contatos (resistência de contato de disjuntores,
chaves secionadoras e comutadores), tem como finalidade a determinação do estado da camada
de metalização (prata) dos contatos fixos e móveis, bem como visualizar o valor de resistência
existente entre as conexões do equipamento até o barramento de alimentação. Nestes casos os
valores devem estar compreendidos na faixa de microôhms, visto que a potência dissipada nestes
pontos é diretamente proporcional ao valor de resistência dos mesmos. Valores altos de
resistência de contato provocam o surgimento de pontos quentes, e consequentemente ocorre à
aceleração da deterioração da camada de metalização, gerando um efeito cascata até danificar o
equipamento.

64

‘ Microhmímetro de 200 A

Cada equipamento possui um valor específico de resistência de contato, não existindo,


portanto um valor padrão para os resultados serem avaliados.
A característica para esta avaliação deverá ser consultada no manual do fabricante, onde
constam os valores encontrados nos ensaios de linha de montagem do equipamento.
Por exemplo, para um disjuntor PVO de fabricação SPRECHER SCHUN, classe 15 KV,
os valores de resistência de contato ficam situados na faixa de 40μΏ, em quanto que para um
disjuntor com as mesmas características de fabricação AEG, estes valores são da ordem de 70μΏ.

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Na prática é sabido que valores de resistência superiores a 120μΏ em disjuntores à óleo,
podem dar início a pontos quentes internos, claro que sua intensidade e grau de crescimento
estará ligado diretamente a característica da carga que o mesmo alimenta, bem como, a sua
capacidade nominal de corrente. Para uma avaliação da necessidade de abertura de um disjuntor,
é necessário que o mesmo seja submetido a testes periódicos de resistência de contato,
percebendo-se variações ou acréscimos dos valores de ensaio.

– Hi-Pot:
É o equipamento utilizado para o teste de tensão aplicada ao dielétrico e consiste em uma
fonte de corrente alternada ou contínua, de alta tensão e baixa corrente, utilizada para medições
de correntes de fuga de meios isolantes.
Os equipamentos que trabalham com corrente alternada, possuem uma restrição de
aplicação, visto a característica do meio isolante em comportar-se como um capacitor. Devido a
este fato, os mesmos restringem-se ao uso de isoladores, separadores, câmaras de extinção de
disjuntores de MT a AT, buchas convencionais de transformadores (desconectadas) e como
simulador de descargas parciais para pára-raios.
O equipamento possui dois cabos externos, sendo um deles o cabo de geração de AT, e
o outro o cabo de medição da corrente de fuga.
65
Para estes tipos de ensaios, deve-se sempre realizar anteriormente e posteriormente ao
teste de “Tensão aplicada ao Dielétrico”, um teste de “Resistência de Isolamento” com um Megger,
para certificar de que o teste com Hi-pot, não afetou a isolação final do cabo, mufla, disjuntor,
secionadora, motor elétrico ou painel elétrico, principalmente em equipamentos usados.

– Procedimentos de segurança: Por tratar-se de um teste com MT e AT, devemos


adotar alguns procedimentos de segurança para a realização dos testes, principalmente quando
o corpo de ensaio forem cabos e muflas, devido à característica do meio isolante em comportar-
se como um capacitor. Os cabos que não estiverem sob ensaio deverão ter o seu fio condutor
principal e a malha interligada e aterrada, preferencialmente no mesmo ponto em que o
aterramento do equipamento de teste estiver conectado, para que os mesmos não venham a
“carregar-se” durante o ensaio por indução.
Outro procedimento é o de aguardar 5 minutos para manusear o cabo de tensão do
equipamento de teste, que também deverá ser aterrado para proporcionar a descarga do cabo
que foi ensaiado. Após o ensaio, o cabo deverá permanecer aterrado, visto que o mesmo poderá
a voltar a apresentar carga.

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HI-POT 5 KV HI-POT 100 KV

– Medidor De Fator De Potência (Fator De Perdas Dielétricas):


Existem vários tipos de instrumentos e fabricantes diferentes, os mais conhecidos são a
DOBLE e a NANSEN. São usados para determinar o fator de dissipação (tg φ) ou fator de potência
(cos φ) de uma isolação. Além de verificar a qualidade da isolação, o “fator de perdas” ou o “fator
de dissipação” ou o “tgφ”, permitirá o acompanhamento do desempenho de um equipamento
durante sua vida útil, através das variações ocorridas em sua isolação.
66

As características elétricas da maioria dos materiais isolantes variam com a temperatura.


O fator de perdas do isolante de um modo geral é crescente com o aumento da
temperatura de perdas, portanto utiliza-se uma temperatura base 20°C e uma tabela de
conversões para temperaturas diferentes desta.
As leituras deverão ser feitas em mW.

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– TTR – Teste De Relação De Transformação:
O medidor tipo TTR é um instrumento usado para medir a relação de transformação em
transformadores de força e transformadores de potencial que tenham relação até 330:1.

TTR – Relação de transformação

67
12 MANUTENÇÃO DE PAINÉIS ELÉTRICOS:

12.1 PAINEL DE BAIXA TENSÃO: Parâmetros e procedimentos conforme NBR 6808


IEC 439 ANSI C37.20

– Cadastro: Conferir placa de características do painel e dos equipamentos pertencentes


a ele com especificações técnicas e, anotar os dados na devida ficha de inspeção.

– Inspeção Visual: Verificar a posição física (layout) dos equipamentos dentro do painel,
a disposição física dos barramentos de força, aterramento, reaperto das conexões, isoladores
quanto a trincas, estado geral do mesmo quanto à pintura e corrosão e grau de proteção quanto
ao acúmulo de pó e entrada de água.

– Teste Funcional: Testar de acordo com os desenhos trifilares e funcionais, utilizando-


se equipamentos de testes, tais como: fontes de correntes, fontes de tensões e multímetros.

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12.1.1 ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO:

Equipamento Utilizado: Megôhmetro 500 V até 1000 V.

– Procedimentos: Isolar a área com fita zebrada, cerkit, e pôr placas de advertência,
abrir e ou extrair qualquer tipo de equipamento de manobra (disjuntor, secionadora, fusíveis, etc.),
realizar teste de energia ZERO, colocar os devidos bloqueios elétricos.

• Caso o painel não tiver equipamento de manobra, desconectar os cabos dos


barramentos de entrada e saídas do mesmo;
• Desconectar toda a fiação de qualquer tipo de equipamento eletrônico, dos
barramentos de força e da barra de terra;
• Interligar toda a fiação solta, inclusive a fiação da régua de bornes;
• Se houver TP’s, devem-se sacar os fusíveis de proteção dos mesmos;
• Se houver TC’s, devem-se desconectar os cabos dos secundários (S1 e S2) dos
mesmos e interligá-los com a barra de terra;
• Interligar os barramentos das fases S e T com a estrutura (massa) ou com a barra
de terra do painel e conectar a ponteira preta (R- do megôhmetro) na mesma, 68
conectar a ponteira vermelha (BORNE DE TENSÃO do megôhmetro) no
barramento da fase R;
• Selecionar uma tensão de ensaio do megôhmetro, conforme classe de tensão do
painel, descritas na tabela abaixo (tabela A);
• Selecionar o botão do megôhmetro na menor escala (escala A), acionar o botão
LIGA e observar a deflexão do ponteiro;
• Caso o ponteiro defletir acima de 10 na escala A, mudar para a escala B; caso
defletir acima de 100 na escala B, mudar para a escala C; se defletir acima de
1000 na escala C, mudar para a escala CX10 e aguardar 01 (um) minuto para a
estabilização do mesmo;
• Na seqüência, após se obter o valor de leitura, multiplicar pelo multiplicador de
escalas do megôhmetro e juntamente com a temperatura ambiente e a umidade
relativa do ar, anotar o valor em M na ficha de ensaios. Esse valor tem que ser
no mínimo 1M por kV;
• Finalizando o ensaio no barramento da fase R, desligar o megôhmetro e aguardar
até o descarregamento do mesmo no qual é sinalizado por um led vermelho. Em
seguida desconectar ponteiras;

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• Repetir os mesmos procedimentos (8 ao 12) para a operação do megôhmetro,
porém na configuração S x TR+TERRA;
• Repetir os mesmos procedimentos (8 ao 12) para operação do megôhmetro,
porém na configuração T x RS+TERRA;
• Conectar a ponteira preta (R- do megôhmetro) na barra de terra do painel e a
ponteira vermelha (BORNE DE TENSÃO do megôhmetro) num dos pontos da
fiação interligada;
• Repetir os mesmos procedimentos (8 ao 12) para a operação do megôhmetro; 17-
Reconectar todos os fusíveis, cabos e fiação solta.

Tabela A:
Classe de tensão do equipamento (kV) Tensão aplicada pelo megôhmetro (kV)

Até 1,0 0,5


1,0 a 4,76 1,0
4,76 a 72,5 2,5
72,5 a 245 5,0
245 a 550 10 69

Ensaio de Resistência de Isolamento.

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12.2 – CUBÍCULO DE MÉDIA TENSÃO: Parâmetros e procedimentos conforme NBR
6978 e NBR 6979

– Cadastro: Conferir placa de características do cubículo e dos equipamentos


pertencentes a ele com especificações técnicas e, anotar os dados na devida ficha de inspeção.

– Inspeção Visual: Verificar a posição física (layout) dos equipamentos, a disposição


física dos barramentos de força (distâncias entre fases e entre fase e terra), aterramento, reaperto
das conexões, isoladores quanto a arcos e trincas, estado geral do mesmo quanto a pintura e
corrosão e grau de proteção quanto ao acúmulo de pó e entrada de água.

– Teste Funcional: Testar de acordo com os desenhos trifilares e funcionais, utilizando-


se equipamentos de testes, tais como: fontes de correntes, fontes de tensões e multímetros.

12.2.1 ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO:

-Equipamento Utilizado: Megôhmetro de 2,5 a 10 KV.


70

– Procedimentos: Isolar a área com fita zebrada, cerkit, e pôr placas de advertência,
abrir e ou extrair qualquer tipo de equipamento de manobra (disjuntor, secionadora, fusíveis, etc.),
realizar teste de energia ZERO, colocar os devidos bloqueios elétricos.

• Se houver TP’s em gaveta de extração, a mesma deve ser extraída e caso os TP’s
forem fixos, sacar os fusíveis de proteção da alta tensão (H1 e H2) dos mesmos;
• Se houver TC’s, deve-se desconectar os cabos dos secundários (S1 e S2) dos
mesmos e interligá-los com a barra de terra;
• Interligar os barramentos das fases S e T com a estrutura (massa) ou com a barra
de terra do cubículo e conectar a ponteira preta (R- do megôhmetro) na mesma,
conectar a ponteira vermelha (BORNE DE TENSÃO do megôhmetro) no
barramento da fase R (figura 5);
• Selecionar uma tensão de ensaio do megôhmetro, conforme classe de tensão do
cubículo, descritas na tabela abaixo (tabela A);
• Selecionar o botão do megôhmetro na menor escala (escala A), acionar o botão
LIGA e observar a deflexão do ponteiro;

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• Caso o ponteiro defletir acima de 10 na escala A, mudar para a escala B; caso
defletir acima de 100 na escala B, mudar para a escala C; se defletir acima de
1000 na escala C, mudar para a escala CX10 e aguardar 01 (um) minuto para a
estabilização do mesmo;
• Na seqüência, após se obter o valor de leitura, multiplicar pelo multiplicador de
escalas do megôhmetro e juntamente com a temperatura ambiente e a umidade
relativa do ar, anotar o valor em M na ficha de ensaios. Esse valor tem que ser
no mínimo 1M por kV;
• Finalizando o ensaio, desligar o megôhmetro e aguardar até o descarregamento
do mesmo no qual é sinalizado por um led vermelho. Em seguida desconectar
ponteiras.
• Repetir os mesmos procedimentos (6 ao 10) para a operação do megôhmetro,
porém na configuração S x TR+TERRA;
• Repetir os mesmos procedimentos (6 ao 10) para a operação do megôhmetro,
porém na configuração T x RS+TERRA.

Tabela A:
Classe de tensão do equipamento (kV) Tensão aplicada pelo megôhmetro (kV) 71

Até 1,0 0,5


1,0 a 4,76 1,0
4,76 a 72,5 2,5
72,5 a 245 5,0
245 a 550 10

Ensaio de Resistência de Isolamento.


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13 PREVENÇÃO DE ACIDENTES - MEDIDAS ELÉTRICAS:

– INTRODUÇÃO:

Atualmente as novas tecnologias exigem que as grandezas elétricas envolvidas nos


fenômenos físicos sejam medidas, com uma confiabilidade cada vez melhor.
Com isso surgem instrumentos e técnicas que permitem medir e controlar tais grandezas.
Evidentemente que os conceitos fundamentais, clássicos e básicos de medidas elétricas são
indispensáveis aos profissionais que utilizam estas novas tecnologias.
Conhecendo-se tais conceitos, consegue-se medir e controlar grandezas físicas não
elétricas tais como: temperatura, vazão, Pressão, velocidade, etc.

– CATEGORIAS DE SEGURANÇA:

72

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73

– QUANDO UM TESTADOR SE TRANSFORMA EM UMA GRANADA?

Os fabricantes especificam nos manuais - e, freqüentemente, no testador - a corrente e


os valores de interrupção e tensão necessários para os fusíveis de troca. Se você escolher um
fusível fora dessas especificações ou, pior ainda, colocar um fio em torno das conexões do fusível,
você cria uma granada térmica - acredite se quiser... Basta ter as condições necessárias para
ativá-la. Provavelmente, a explosão não ocorrerá durante o funcionamento de uma impressora,
uma copiadora, um computador ou outro equipamento que tenha a sua própria fonte de energia
(CAT I). Você até pode escapar da explosão ao trabalhar com circuitos ramificados (CAT II). Esses
dois ambientes têm uma energia razoavelmente baixa e costumam ter proteção de fusíveis
embutida, disjuntores de circuito e circuitos de proteção contra sobrecorrente. Entretanto, isso não
são uma boa idéia, nem um modo seguro de trabalhar.
Ao passar para um gabinete de distribuição elétrica (CAT III) ou para linhas de
alimentação primária (CAT IV), os circuitos de proteção mudam bastante. No painel de distribuição,
há disjuntores entre você e a empresa de energia, com valores nominais de milhares de ampéres,
em vez do disjuntor de 15, 20 ou 30 ampéres de um circuito ramificado.

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Ao medir a tensão no lado de entrada de um painel de disjuntor em uma residência, a
proteção volta para o poste da empresa de energia ou para a subestação. Esses disjuntores
carregam milhares de ampéres antes de abrir e demoram muito mais para abrir, se comparados a
um disjuntor de circuito ramificado. Portanto, quando você deixa acidentalmente os condutores
nos conectores de corrente e coloca os condutores do medidor em uma dessas fontes de tensão
sem um testador que tenha uma proteção adequada de fusíveis, você coloca a sua vida em grave
risco.

– A BOLA DE FOGO DE PLASMA:

Nessa situação, o curto representado pelo fusível errado (ou pelo fio colocado em torno
das conexões do fusível) e pelas pontas de prova é alimentado por uma quantidade quase ilimitada
de energia. O elemento metálico do fusível (ou o fio) esquenta muito rapidamente e começa a
vaporizar, causando uma pequena explosão.
No caso do fusível errado, o encapsulamento do mesmo pode estourar devido à força da
explosão, encontrando uma quantidade ilimitada de oxigênio para abastecer a "bola de fogo" de
plasma. Além disso, as pontas de prova também podem começar a derreter; logo você terá fogo
e metal quente nas mãos, no braço, no rosto e na roupa. O tempo que a energia permanece
74
aplicada ao testador, o oxigênio disponível e a presença de equipamentos de segurança, como o
escudo facial e as luvas, determinam a gravidade das lesões.

Tudo isso ocorre em mili-segundos, e não há tempo para reagir ao erro. Se você tiver
sorte, poderá ser jogado para longe dos fios e do testador, quebrando o circuito. Porém, não se
pode contar com a sorte, principalmente quando você pode evitar o problema por completo,
usando o fusível adequado.

– USANDO O FUSÍVEL ADEQUADO:

Fusíveis especiais de "alta energia" são projetados para manter dentro do


encapsulamento do fusível a energia gerada por um curto elétrico desse tipo, protegendo o usuário
contra choque elétrico e queimaduras.
Esses fusíveis de alta energia são projetados para limitar o período de tempo em que a
energia é aplicada e restringir a quantidade de oxigênio disponível para a combustão. Os fusíveis
não podem ser projetados para abrir somente a uma constante corrente especificada, devendo
abrir também a uma corrente alta instantânea. Essa alta corrente é especificada como "corrente
mínima de interrupção".

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Se você pegar um medidor CAT III 1000 V com as pontas de prova nos conectores de
corrente, terá uma resistência em série de aproximadamente 0.1 ohms (0.01 para o shunt, 0.04
para os condutores de teste e 0.05 para o fusível e os condutores da placa de circuito) entre os
condutores. Quando você coloca acidentalmente os condutores em uma fonte de 1.000 volt, de
acordo com a Lei de Ohm, você gera uma corrente de 10.000 ampéres (E/R=I, 1.000/0,1 = 10.000).
Você precisa de um fusível que quebre a corrente - e rápido. Além de ter um elemento de fusível
especial, o fusível de alta energia é cheio de areia. A areia não só ajuda a absorver a energia do
choque - por meio da explosão do elemento; além disso, as altas temperaturas (até 10.000 °F)
geradas pela energia derretem a areia, transformando-a em vidro. O vidro reveste o elemento e
suaviza a bola de fogo, cortando o oxigênio disponível, evitando danos a você e ao testador.
Como se pode perceber, nem todos os fusíveis com o mesmo valor de tensão e corrente
são iguais. Para a sua própria segurança, é necessário se certificar de que os fusíveis que você
usa são os que foram projetados para o testador.
Sempre consulte o manual ou o fabricante do testador para se certificar de que o fusível
que você usa é o correto.

75

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Não se arrisque em áreas de CAT III e IV sem as pontas de prova corretas e seus EPIs

– O SISTEMA DE TESTE:

As pontas de prova não servem apenas para conectar o testador ao circuito - eles também
o protegem contra possíveis riscos que você talvez nem imagine. Esse artigo explica as diversas
características que afetam a capacidade da ponta de prova para proteger você contra os perigos
inerentes à medição elétrica.
Provavelmente você já ouviu a frase "A qualidade de um sistema é igual à qualidade do 76

elo mais fraco!". Essa frase é muito adequada para designar o uso seguro do seu equipamento de
teste.

Um testador, como um multímetro digital, é projetado como um sistema completo – isso


significa que o testador, as peças passíveis de troca e os acessórios foram projetados para
funcionarem juntos, como uma unidade completa. Isso se aplica não só aos recursos funcionais
do sistema, mas também - e mais importante - aos recursos de segurança. Ao escolher um
testador que tem uma classificação específica e usá-lo para medir um barramento de 600 V, qual
é o nível da sua proteção contra os riscos existentes no ambiente?
O testador pode indicar que tem uma classificação adequada para o ambiente em que
você está trabalhando - e as pontas de prova, como ficam? Se você está usando pontas de prova
que NÃO vieram com o produto, a sua segurança pode estar comprometida. Mesmo que as pontas
de prova tenham vindo junto com os produtos - eles estão em dia com os padrões atuais?

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– QUAL É A DIFERENÇA DAS PONTAS DE PROVA?

Nem todas as pontas de prova são iguais. O fato de acumular pontas de prova ao longo
dos anos e misturá-los com as pontas de prova mais novas e fortes que temos na atualidade é
muito comum. As pontas de prova, assim como os próprios testadores, foram atualizadas para se
adequar aos novos padrões estabelecidos para os ambientes elétricos atuais. Esses padrões
exigem que o isolamento entre o material condutor da ponta de prova e os seus dedos tenham
uma distância mínima para afastar os riscos existentes no ambiente em que você trabalha.
Também deve haver uma proteção para os dedos na parte externa ponta de prova que
estabeleça a distância adequada entre os seus dedos e as partes metálicas da haste que ficam
expostas. As distâncias e os valores de isolamento foram predeterminados para cada categoria
de instalação e valor de tensão.

– ESCOLHENDO AS PONTAS DE PROVA ADEQUADAS:

Depois de identificar a categoria de instalação e a tensão com a qual você irá trabalhar,
é fácil escolher o testador adequado para o ambiente.
77
Entretanto, certifique-se de a capacidade das pontas de prova que você usará com o
testador seja igual ou superior à capacidade do testador. Por exemplo: se você pretende medir um
circuito de 600 V, pode usar um multímetro digital nessa medição. Todos os produtos dessas
séries têm classificação dupla 1000 V CAT III (o ambiente do exemplo) e 600 V CAT IV.
Embora o equipamento tenha uma indicação clara da classificação de segurança, as
pontas de prova têm a mesma classificação? Se a classificação das pontas de prova do
equipamento não for igual ou superior à classificação do testador, você está colocando o testador
(e, mais importante, você mesmo) em perigo.

As pontas de prova que você acumulou em anos anteriores podem não ter sido projetados
com a espessura de isolamento necessária para os ambientes elétricos atuais. Além disso, as
pontas de prova sofrem desgaste e mau uso, que podem facilmente danificar o isolamento. Por
exemplo: pontas de prova que foram prensadas em uma porta de painel ou torcidas por causa de
curvas acentuadas têm a capacidade de isolamento reduzida, são pontos de desgaste. Pontas de
prova rachadas, prensadas ou muito sujas devem ser descartadas e trocadas por pontas de prova
novas.

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– EVITANDO OS ERROS COMUNS AO TESTAR ELETRICIDADE:

A pressão para terminar o trabalho dentro do prazo ou fazer com que um equipamento
de missão crítica volte à atividade pode provocar descuidos e erros incomuns até mesmo dos
eletricistas mais experientes. A lista a seguir foi feita para servir como um lembrete rápido daquilo
que não se deve fazer ao medir eletricidade.

– Trocar o fusível original por um fusível de capacidade diferente; 78


Se o seu multímetro digital cumpre com os padrões atuais de segurança, esse dispositivo
é um fusível especial de areia, projetado para estourar antes que a sobrecarga chegue às suas
mãos. Ao trocar o fusível do seu equipamento certifique-se de usar um fusível autorizado.

– Usar uma ferramenta de teste inadequada para a tarefa;


É importante que o equipamento seja adequado para o trabalho a ser feito. Certifique-se
de que a ferramenta de teste tenha a classificação correta de categoria para cada trabalho que
você faz, mesmo que isso exija a troca de equipamentos ao longo do dia.

– Não usar todos os EPI´S adequados;


Certifique-se que está de posse e utilizando todos os EPI´S necessários a sua integridade
física durante o trabalho.

– Trabalhar em um circuito vivo;


Desligue o circuito sempre que possível. Se a situação exigir o trabalho em um circuito
vivo, use ferramentas com isolamento adequado, utilize todos os EPI´S adequados, nunca use
adereços e adornos, permaneça sobre um tapete isolado.

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– Deixar de usar procedimentos adequados de lockout (bloqueio)/tagout (colocação de
avisos);
– Menosprezar as pontas de prova;
As pontas de prova são um componente importante da segurança do equipamento. Além
disso, certifique-se de que as pontas de prova correspondam ao nível de categoria do trabalho.
Procure pontas de prova com isolamento duplo, conectores de entrada reforçados, proteção para
os dedos e superfície que não escorrega.

14 NORMA REGULAMENTADORA NR-10

O que é NR 10?
A Norma Regulamentadora 10 da Portaria 3.214 de 1978, é um conjunto de medidas e
instruções técnicas que estabelece os parâmetros mínimos de segurança que devem ser adotadas
ao realizar atividades que interajam com sistemas elétricos ou instalações elétricas, com o intuito
de prevenir acidentes e promover a saúde e segurança dos trabalhadores.

79
Objetivo da NR 10
A NR 10 tem por objetivo a preservação da segurança e saúde ocupacional de
trabalhadores expostos a riscos de choque elétrico através da adoção de medidas de controle que
reduzam ou eliminem os riscos da atividade.

Aplicação da NR 10
A NR 10 aplica-se a todas as atividades que envolvam a utilização de eletricidade, desde
a geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção,
montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas
suas proximidades.

Obrigações do Empregador
É de responsabilidade do empregador manter os trabalhadores informados sobre os
riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra
os riscos elétricos a serem adotados.

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Obrigações dos Trabalhadores
Os trabalhadores devem:
• realizar as atividades com zelo pela sua segurança e a de outras pessoas que
estejam no ambiente.
• cumprir todas as disposições e procedimentos internos de segurança ao realizar
as atividades;
• informar o superior responsável imediatamente ao constatar qualquer risco a
segurança.

Certificado NR 10
Todas as atividades que envolvam sistemas ou instalações elétricas só podem ser
realizadas por profissionais devidamente qualificados, capacitados ou autorizados.

Desta forma, os profissionais devem realizar um curso especifico sobre a NR 10, no qual,
sendo que o curso básico deve conter:

• Carga horaria mínima de 40 horas;


• Riscos em instalações e serviços com eletricidade; 80
• Técnicas de Análise de Risco e as medidas de controle ao risco elétrico;
• Normas Técnicas Brasileiras e regulamentações do Ministério do Trabalho e
Emprego;
• Equipamentos de proteção coletiva e individual e a proteção e combate a
incêndios;
• Rotinas de trabalho e procedimentos;
• Documentação de instalações elétricas;
• Acidentes de origem elétrica;
• Primeiros socorros;
• Responsabilidades;

Além do curso básico, o trabalhador deve realizar um curso complementar de segurança


no sistema elétrico de potência (SEP), sendo um dos requisitos para a participação deste curso, a
conclusão com aproveitamento satisfatório do curso básico.

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Neste curso deve conter:
• Carga mínima de 40 horas;
• Organização do Sistema Elétrico de Potência – SEP;
• Riscos típicos no SEP e sua prevenção;
• Organização do trabalho;
• Aspectos comportamentais;
• Condições impeditivas para serviços;
• Técnicas de análise de Risco no SEP;
• Procedimentos de trabalho, análise e discussão;
• Técnicas de trabalho sob tensão;
• Equipamentos e ferramentas de trabalho;
• Sistemas de proteção coletiva e equipamentos de proteção individual;
• Posturas e vestuários de trabalho;
• Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos;
• Sinalização e isolamento de áreas de trabalho;
• Liberação de instalação para serviço, operação e uso;
• Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados;
• Acidentes típicos, análise, discussão, medidas de proteção; 81

• Responsabilidades.

O certificado de conclusão do curso de NR 10 tem validade de 2 anos, sendo necessário


uma reciclagem após o período, com carga horaria mínima de 20 horas.

Resumo da NR 10
A NR 10 é um conjunto de normas técnicas e medidas de segurança, com o intuito de
estabelecer parâmetros mínimos a serem adotados sempre que for realizado uma atividade que
envolva energia elétrica, seja ela na geração, transmissão, distribuição ou consumo.
Devem ser adotadas medidas de controle com caráter preventivo em todas as instalações
elétricas, utilizando técnicas de análise de risco, com o intuito de garantir a segurança e saúde
dos trabalhadores.

Nas atividades em que exista o risco de choque elétrico, deve-se priorizar a adoção das
medidas de controle coletiva, sendo sua implementação de acordo com os procedimentos da
atividade.

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O primeiro passo a ser adotado é a desernegização de todo o sistema. Porém, nem
sempre é possível desligar totalmente, desta forma, devem ser utilizadas outras medidas que
garantam a execução segura da atividade, tais como o isolamento de partes vivas, adicionar
barreiras e obstáculos, sinalização, bloqueio, religamento automático e seccionamento.

Deve ser adotado o uso das proteções individuais nas situações aonde as medidas de
controle coletiva não seja o suficiente para eliminar totalmente o risco da atividade.
É proibido o uso de qualquer tipo de adorno, como anéis, correntes, pulseiras, entre
outros.
Sempre que for elaborado um projeto de instalações elétricas, deve-se reservar um
espaço seguro dentro do seu dimensionamento.
Todos os circuitos devem ser sinalizados e identificados separadamente, de acordo com
a sua utilização.

As instalações elétricas só devem ser consideradas como desligadas, após a execução


dos procedimentos adequados, sendo esses:
• Seccionamento;
• Teste de energia ZERO;
82
• Aplicação dos bloqueios necessários;
• Impedimento de reenergização;
• Constatação da ausência de tensão;
• Instalação de aterramento temporário;

A instalação só deverá ser reenergizada após autorização, que deve seguir determinados
procedimentos de segurança, como:

• Retirar do local todas as ferramentas, utensílios e equipamentos utilizados;


• Todos os trabalhadores devem sair da zona controlada;
• Retirar as proteções individuais (bloqueios), incluindo o aterramento temporário;
• Retirar as sinalizações
• Religar os dispositivos de seccionamento.

As instalações e serviços devem adotar o uso de sinalizações de segurança, com objetivo


de identificar e advertir.
Todas as atividades devem ser planejadas em conformidade com procedimentos
específicos de trabalho, sendo estes padronizados, e descritos detalhadamente.

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Todos os procedimentos registrados das atividades devem conter o objetivo, campo de
aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de
controle e orientações finais.
Todas as empresas devem manter um plano de ação de emergência, que contenha
métodos de resgate adequado para ocorrências em instalações ou serviços que envolvam
eletricidade.
Todo trabalhador que constatar riscos graves a sua segurança deve recusar a atividade,
comunicando seu superior imediatamente das causas e riscos, para que o mesmo possa elaborar
medidas cabíveis.
Deve-se manter disposto as fiscalizações, em caráter permanente, todas as
documentações que envolvam a implementação da NR 10.

PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (P.I.E.) NR-10


O P.I.E. Prontuário das PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (P.I.E.) NR-
10 é fundamental para atendimento a N.A.D. (Notificação para Apresentação de Documentos)
exigidas por Auditoria Fiscal do M.T.E, Seguradoras para recebimento de Prêmio, e demais
auditorias fiscais de Órgãos Públicos.
A NR 10 trata de Instalações e Serviços em Eletricidade, com o objetivo de garantir a
83
segurança das empresas e seus trabalhadores ao implementar medidas de controle e sistemas
preventivos nas instalações elétricas e serviços com eletricidade. Ela é aplicada a todas as fases
da instalação elétrica desde sua geração, transmissão, distribuição, consumo e inclusive na fase
de projeto, construção montagem, operação e manutenção.
Deve ser mantido atualizado pelas gerências dos setores de operação e manutenção ou
alguém por eles designado, devendo permanecer a disposição dos empregados e da fiscalização
das autoridades competentes.

PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (P.I.E.) NR-10

As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações


elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais
equipamentos e dispositivos de proteção, não se limitando somente a este item, mas como segue:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e


saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;

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b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental,


aplicáveis conforme determina esta NR;

d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização


dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção
individual e coletiva;

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de


adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. Em relação ao treinamento temos: item 10.7.1.

O PIE deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente
designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas
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instalações e serviços em eletricidade. É definido como um sistema organizado de informações
pertinentes às instalações elétricas e aos trabalhadores que organiza o conjunto de
procedimentos, ações, documentações e programas que toda empresa deverá possuir, a fim de
se obter as melhores condições operacionais e de segurança para o sistema elétrico operacional.

Para a criação e manutenção do PIE, podemos tomar como referência o check list a
seguir, onde podemos avaliar a real condição do prontuário:

Rua das Hortências, 219 – Cassino – Rio Grande/RS – CNPJ 53.572.774/0001-53 – Plantão (53) 99123-7025
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Rua das Hortências, 219 – Cassino – Rio Grande/RS – CNPJ 53.572.774/0001-53 – Plantão (53) 99123-7025
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Rua das Hortências, 219 – Cassino – Rio Grande/RS – CNPJ 53.572.774/0001-53 – Plantão (53) 99123-7025
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

Silva, Paulo Ricardo Alagia; “Apostila de Treinamento em Manutenção de Equipamentos


Industriais – Bunge Alimentos”.
Morán, Angel Vazquez; “Manutenção Elétrica Industrial”.
”. WEG; “Manutenção de Transformadores a Seco e a Óleo”.
VA TECH, “Disjuntores a gás SF6 – Tecnologias e Características”.
Silva, Paulo Ricardo Alagia; “Apostila Medidas Elétricas – SENAI Itajaí”.
Silva, Paulo Ricardo Alagia; “Apostila de ensaios em equipamentos elétricos de Média e
Alta tensão – Refinaria de Petróleo IPIRANGA”.
Silva, Paulo Ricardo Alagia; “Manutenção Elétrica Industrial”.

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Rua das Hortências, 219 – Cassino – Rio Grande/RS – CNPJ 53.572.774/0001-53 – Plantão (53) 99123-7025

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