Prefácio
Por que tanto os economistas estão envolvidos em pesquisas e em políticas educacionais?
Influência que teorias econômicas têm na educação desde as décadas de 1940 e 1950 e desde a escola de Chicago, que foi a escola de pensamento que promoveu ideias
acerca da importância do capital humano e desenvolveu a tese de que a educação poderia fazer com que a economia crescesse.
Economistas buscaram identificar quais habilidades aprendidas na escola contribuem para o desempenho dos trabalhadores e para o crescimento econômico. Na década
de 1990 a ocde desenvolveu o pisa com vistas à aferição das habilidades relacionadas ao mercado de trabalho desde então o mundo passou aderir a caravana da educação
baseada em habilidades
No cap 5 o fórum econômico Mundial defendeu laços mais estreitos entre formuladores de políticas educacionais e empresas introduzindo a educação empreendedora
como solução econômica para a pobreza e desigualdade salarial enquanto repetiu o mantra que diz que a educação pode trazer o crescimento da economia o fim da
pobreza e a redução na desigualdade salarial.
Cap 6 preocupados com a necessidade das famílias ensinarem as suas crianças os atributos corretos para o êxito na escola e no mercado de trabalho alguns economistas e
sociólogos passaram a dar atenção às interações familiares promoveram estruturas familiares específicas partindo do princípio que se a família falha nesse requisito a pré-
escola compensará esta falha.
Cap 7 e 8 economização e corporatização às famílias e das escolas não é uma conspiração mas sim uma convergência de interesses entre empresas globais políticos
governos e formuladores de políticas educacionais.
CAPÍTULO 1
Em 1992 prêmio Nobel Gary Becker - teoria em que aplica modelos econômicos a uma gama de questões sociais que inclui a família o crime a discriminação e a educação.
Becker era membro da escola de Chicago da qual saiu muitos pensadores que revolucionaram o modo de pensar políticas globais de educação. (Publicou o livro capital
humano em 1964) O termo economização refere-se ao envolvimento crescente dos economistas na pesquisa da educação na avaliação da eficiência de escolas e da vida
familiar segundo análise de custo-benefício e na promoção da concorrência entre as escolas em um ambiente competitivo.
Milton Friedman – a aplicação do pensamento de livre escolha ou do livre mercado a área de educação pode ser atribuída ao trabalho do mentor de Becker, Friedman.
(Artigo publicado em 1955 livro capitalismo e liberdade 1962)
Theodore Schultz – pioneiro no conceito de capital humano. Livro O valor econômico da educação de 1963.
Definição de capital humano: o conhecimento e as habilidades que permitem as pessoas produzir trabalho que cria valor econômico.
Contexto: pós guerra fria – nos EUA preocupação com os recursos necessários em matéria de conhecimento para vencer em corrida tecnológico armamentista contra a
União soviética. Surge políticas que favoreceram a educação oferecendo recursos na área de ciências Engenharia e matemática.
Pós Guerra fria – onda anticomunistas em escolas e universidades. Consequentemente e o favorecimento de economistas que adotavam os princípios do livre mercado
como os presentes na escola de Chicago. “o estilo altamente técnico da economia do pós-guerra poderia ser usado para disfarçar do grande público conteúdos teóricos e
ideologias”
Nas escolas públicas a educação progressista era rotulada comunista e ouviam-se clamores de retorno ao básico. Em 1960 o movimento dos direitos civis passou a
concentrar cada vez mais nas questões da pobreza e da igualdade racial, enfatizando o aumento de oportunidade de educação como uma solução para a pobreza
Em 1964 o relatório anual do conselho de consultores econômicos com o título O problema da pobreza na América salientava que para as crianças de famílias pobres a
educação é uma corrida em desvantagem muitos têm muito pouca motivação desde casa para aprender na escola essa declaração trouxe à tona as crescentes
preocupações dos economistas relacionadas à mudança da vida familiar para a preparação das crianças para escola.
Os argumentos para o capital humano contribuíram para a ideia da educação como atividade primariamente econômica. Os trabalhadores com altos níveis de habilidades e
conhecimentos poderiam produzir mais com os mesmos insumos em terra em maquinário em materiais e em tempo do que aqueles desprovidos deste traço.