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Resumo Lei 12608

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LEI 12608

Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC

CAPÍTULO I - disposições gerais


Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC, dispõe sobre o Sistema
Nacional de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil – CONPDEC.

Considera-se:
acidente evento definido ou sequência de eventos fortuitos e não planejados que dão origem a
uma consequência específica e indesejada de danos humanos, materiais ou ambientais

Desabrigado obrigada a abandonar sua habitação de forma temporária ou definitiva e decorrentes


de acidente ou desastre e que necessita de abrigo
desalojado pessoa que foi obrigada a abandonar sua habitação de forma temporária ou definitiva
decorrentes de acidente ou desastre e que não necessariamente carece de abrigo
desastre resultado de evento adverso, de origem natural ou induzido pela ação humana que
causa significativos danos humanos, materiais ou ambientais
estado de situação anormal provocada por desastre causadora de danos e prejuízos que implicam
calamidade o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público
pública
plano de conjunto de procedimentos e de ações previsto para prevenir acidente ou desastre
contingência específico.
prevenção ações de planejamento, de ordenamento territorial e de investimento destinadas a
reduzir a vulnerabilidade dos ecossistemas e das populações e a evitar a ocorrência de
acidentes ou de desastres.
proteção e conjunto de ações de prevenção, de preparação, de resposta e de recuperação
defesa civil destinado a evitar ou a reduzir os riscos de acidentes ou desastres, a minimizar seus
impactos socioeconômicos
recuperação conjunto de ações de caráter definitivo tomadas após a ocorrência de acidente ou
desastre, destinado a restaurar os ecossistemas, a restabelecer o cenário destruído e as
condições de vida da comunidade
resposta a ações imediatas com o objetivo de socorrer a população atingida e restabelecer as
desastres condições de segurança das áreas atingidas, incluídas ações de busca e salvamento de
vítimas
risco de probabilidade de ocorrência de significativos danos sociais, econômicos, materiais ou
desastre ambientais decorrentes de evento adverso,
situação de situação anormal provocada por desastre causadora de danos e prejuízos que
emergência implicam o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público
vulnerabilidade fragilidade física, social, econômica ou ambiental de população ou ecossistema ante
evento adverso de origem natural ou induzido pela ação humana.

Art. 2º É dever da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios adotar as medidas necessárias à
redução dos riscos de acidentes ou desastres.
CAPÍTULO II - da política nacional de proteção e defesa civil – pnpde
➢ DIRETRIZES E OBJETIVOS
Art. 3º A PNPDEC abrange as ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à
proteção e defesa civil.

Art. 4º São diretrizes da PNPDEC:


I - atuação articulada entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Município
II - abordagem sistêmica das ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação;
III - a prioridade às ações preventivas
IV - adoção da bacia hidrográfica como unidade de análise das ações
V - planejamento com base em pesquisas e estudos
VI - participação da sociedade civil.

Art. 5º São objetivos da PNPDEC:


I - reduzir os riscos de desastres;
II - prestar socorro e assistência às populações atingidas por desastres;
III - recuperar as áreas afetadas por desastres, de forma a reduzir riscos e a prevenir a reincidência;
IV - incorporar a redução do risco de desastre e as ações de proteção e defesa civil entre os elementos da gestão territorial
V - promover a continuidade das ações de proteção e defesa civil;
VI - estimular o desenvolvimento de cidades
VII - promover a identificação e avaliação das ameaças, suscetibilidades e vulnerabilidades a desastre
VIII - monitorar os eventos meteorológicos, hidrológicos, geológicos, biológicos, nucleares, químicos e outros
IX - produzir alertas antecipados em razão de possibilidade de ocorrência de desastres
X - estimular o ordenamento da ocupação do solo urbano e rural
XI - combater a ocupação de áreas ambientalmente vulneráveis
XII - estimular iniciativas que resultem na destinação de moradia em local seguro;
XIII - desenvolver consciência nacional acerca dos riscos de desastre;
XIV - orientar as comunidades a adotar comportamentos adequados de prevenção e de resposta em situação
XV - integrar informações em sistema capaz de subsidiar os órgãos do SINPDEC
XVI - incluir a análise de riscos e a prevenção a desastres no processo de licenciamento ambiental
XVII - promover a responsabilização do setor privado na adoção de medidas preventivas de desastres

➢ COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERADOS


Art. 7º Compete a UNIÃO
I - expedir normas para implementação e execução da PNPDEC;
II - coordenar o SINPDEC,
III - promover estudos referentes às causas e possibilidades de ocorrência de desastres de qualquer
origem
IV - apoiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios no mapeamento das áreas de risco
V - instituir e manter sistema de informações e monitoramento de desastres;
VI - instituir e manter cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de
deslizamentos de grande impacto, inundações
VIII - instituir o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil;
IX - realizar o monitoramento meteorológico, hidrológico e geológico das áreas de risco
X - estabelecer critérios e condições para a declaração e o reconhecimento de situações de
emergência
XI - incentivar a instalação de centros universitários de ensino e pesquisa sobre desastres
XII - fomentar a pesquisa sobre os eventos deflagradores de desastres; e
XIII - apoiar a comunidade docente no desenvolvimento de material didático-pedagógico relacionado
ao desenvolvimento da cultura de prevenção de desastres.
XIV - realizar repasse adicional de recursos a Estados e a Municípios com reconhecimento de estado
de calamidade pública ou situação de emergência,
* O Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil
Conterá no mínimo:
I - a identificação dos riscos de desastres nas regiões geográficas e grandes bacias hidrográficas do
País; e
II - as diretrizes de ação governamental de proteção e defesa civil no âmbito nacional e regional
III - os critérios e as diretrizes para a classificação de risco em baixo, médio, alto e muito alto

Ele será:
• instituído em até 18 (dezoito) meses
• submetido a avaliação e a prestação de contas anuais,
• atualizado a cada 3 (três) anos,

Art. 7º Compete aos ESTADOS:


I - executar a PNPDEC em seu âmbito territorial;
II - coordenar as ações do SINPDEC no âmbito estadual
III - instituir o Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil;
IV - identificar e mapear as áreas de risco e realizar estudos de identificação de ameaças,
suscetibilidades e
vulnerabilidades.
V - realizar o monitoramento meteorológico, hidrológico e geológico das áreas de risco
VI - apoiar a União, quando solicitado, no reconhecimento de situação de emergência e estado de
calamidade pública;
VII - declarar, quando for o caso, estado de calamidade pública ou situação de emergência; e
VIII - apoiar, sempre que necessário, os Municípios no levantamento das áreas de risco

* O Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil


Conterá, no mínimo:
I - a identificação das bacias hidrográficas com risco de ocorrência de desastres;
II - as diretrizes de ação governamental de proteção e defesa civil no âmbito estadual

Ele será:
• adequado ao Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil em até 24 (vinte e quatro) meses
• submetido a avaliação e a prestação de contas anuais
• atualizado a cada 2 (dois) anos

Art. 8º Compete aos MUNICÍPIOS:


I - executar a PNPDEC em âmbito local;
II - coordenar as ações do SINPDEC no âmbito local
III - incorporar as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal;
IV - identificar e mapear as áreas de risco de desastres;
V - promover a fiscalização das áreas de risco de desastre
V-A - realizar, em articulação com a União e os Estados, o monitoramento em tempo real das áreas
classificadas como de risco alto e muito alto;
V-B - produzir, em articulação com a União e os Estados, alertas antecipados sobre a possibilidade de
ocorrência de desastres,
VI - declarar situação de emergência e estado de calamidade pública;
VII - vistoriar edificações e áreas de risco
VIII - organizar e administrar abrigos provisórios para assistência à população
IX - manter a população informada sobre áreas de risco e ocorrência de eventos extremos
X - mobilizar e capacitar os radioamadores para atuação na ocorrência de desastre;
XI - realizar regularmente exercícios simulados, conforme Plano de Contingência de Proteção e
Defesa Civil;
XII - promover a coleta, a distribuição e o controle de suprimentos em situações de desastre;
XIV - manter a União e o Estado informados sobre a ocorrência de desastres
XVI - prover solução de moradia temporária às famílias atingidas por desastres

Art. 9º Compete à União, aos Estados e aos Municípios:


I - desenvolver cultura nacional de prevenção de desastres
II - estimular comportamentos de prevenção capazes de evitar ou minimizar a ocorrência de
desastres;
III - estimular a reorganização do setor produtivo e a reestruturação econômica das áreas atingidas
IV - estabelecer medidas preventivas de segurança contra desastres
V - oferecer capacitação de recursos humanos para as ações de proteção e defesa civil; e
VI - fornecer dados e informações para o sistema nacional de informações e monitoramento de
desastres.
VII - prestar assistência prioritária e continuada à saúde física e mental das pessoas atingidas por
desastres, por meio do SUS
CAPÍTULO III - do sistema nacional de proteção e defesa civil – sinpdec

➢ DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. O SINPDEC é constituído pelos órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades públicas e privadas de atuação significativa na área de
proteção e defesa civil.
O SINPDEC tem por finalidade contribuir no processo de planejamento, articulação, coordenação e
execução dos programas, projetos e ações de proteção e defesa civil.

Art. 11. O SINPDEC será gerido pelos seguintes órgãos:


I - órgão consultivo: CONPDEC;
II - órgão central, definido em ato do Poder Executivo federal, com a finalidade de coordenar o
sistema;
III - os órgãos regionais estaduais e municipais de proteção e defesa civil; e
IV - órgãos setoriais dos 3 (três) âmbitos de governo.

➢ DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL – CONPDEC

Art. 12. O CONPDEC, órgão colegiado integrante do Ministério da Integração Nacional, terá por finalidades:
I - auxiliar na formulação, implementação e execução do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil;
II - propor normas para implementação e execução da PNPDEC;
III - expedir procedimentos para implementação, execução e monitoramento da PNPDEC
IV - propor procedimentos para atendimento a crianças, adolescentes, gestantes, idosos e pessoas
com deficiência em situação de desastre, observada a legislação aplicável; e
V - acompanhar o cumprimento das disposições legais e regulamentares de proteção e defesa civil.

O CONPDEC contará com representantes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios
e da sociedade civil organizada, incluindo-se representantes das comunidades atingidas por desastre, e por
especialistas de notório saber.
CAPÍTULO III-A - da gestão de acidentes e desastres induzidos por ação
humana
Art. 12-A. É dever do empreendedor público ou privado, o, a adoção de medidas preventivas de acidente ou
desastre, mediante:
• incorporação da análise de risco previamente à implantação de seus empreendimentos e atividades,
bem como em eventuais alterações e ampliações de projeto.
• elaboração e implantação de plano de contingência ou de documento correlato;
• monitoramento contínuo dos fatores relacionados a seus empreendimentos e atividades que
acarretem médio ou alto risco de acidente ou dano potencial
• integração contínua com os órgãos do Sinpdec e com a sociedade em geral, informando-os sobre o
risco de acidente ou desastre relacionado a seu empreendimento ou atividade
• realização regular e periódica de exercícios simulados com a população potencialmente atingida,
• notificação imediata aos órgãos do Sinpdec sobre qualquer alteração das condições de segurança;
• provimento de recursos necessários à garantia de segurança do empreendimento ou da atividade e
reparação de danos à vida humana,

Art. 12-B. A emissão de licença ambiental de instalação para empreendimentos que envolvam risco de
desastre, fica condicionada à elaboração de plano de contingência

Art. 12-C. Na iminência ou ocorrência de acidente ou desastre relacionado a seu empreendimento ou


atividade, é dever do empreendedor:
1. emitir alertas antecipados à população para evacuação imediata
2. acompanhar e assessorar tecnicamente o poder público em todas as ações de resposta ao desastre
3. prover residência provisória aos atingidos e promover a reconstrução de residências destruídas ou
danificadas pelo desastre
4. oferecer atendimento especializado aos atingidos,
5. recuperar a área degradada e promover a reparação integral de danos civis e ambientais
6. pagar valor indenizatório ou prestar assistência prioritária e continuada à saúde física e mental dos
atingidos por desastres,
7. custear assessoria técnica independente, de caráter multidisciplinar, escolhida pelas comunidades
atingidas e sem interferência do empreendedor, com o objetivo de orientá-las e de promover a sua
participação informada em todo o processo de reparação integral dos danos sofridos.

O reassentamento de desabrigados será executado pelo poder público e será acompanhado por
assessoria independente, de caráter multidisciplinar, custeada pelo empreendedor, mediante negociação
com a comunidade afetada.

Art. 12-D. o Plano de contingência deve conter no mínimo:


▪ a delimitação das áreas potencialmente atingidas,
▪ o sistema de alerta à população
▪ a descrição das ações de resposta a serem desenvolvidas e a organização responsável por cada uma
delas
▪ a organização de exercícios simulados, com a participação da população e dos órgãos do Sinpdec,
realizados periodicamente e sempre que houver alteração do plano de contingência ou documento
correlato.

Art. 12-E. No estabelecimento de empreendimento ou de atividade com risco de desastre de sua


responsabilidade, é obrigatória a realização pelo empreendedor de cadastro demográfico, que poderá ser
elaborado por empresa pública ou privada.

Art. 12-F. É vedada a permanência de escolas e de hospitais em área de risco de desastre.


CAPÍTULO IV - disposições finais

Art. 13. Fica autorizada a criação de sistema de informações de monitoramento de desastres, em ambiente
informatizado, que atuará por meio de base de dados compartilhada entre os integrantes do SINPDEC
visando ao oferecimento de informações atualizadas para prevenção, mitigação, alerta, resposta e
recuperação em situações de desastre em todo o território nacional.

Art. 14. Os programas habitacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios devem
priorizar a relocação de comunidades atingidas e de moradores de áreas de risco.

Art. 15. A União poderá manter linha de crédito específica, destinada ao capital de giro e ao investimento
atingidos por desastre que tiverem a situação de emergência ou o estado de calamidade pública
reconhecido pelo Poder Executivo federal.

Art. 16. Fica a União autorizada a conceder incentivo ao Município que adotar medidas voltadas ao
aumento da oferta de terra urbanizada para utilização em habitação de interesse social

Art. 17. Em situações de iminência ou ocorrência de desastre, ficam os órgãos competentes autorizados a
transferir bens apreendidos em operações de combate e repressão a crimes para os órgãos de proteção e
defesa civil.

Art. 18. Consideram-se agentes de proteção e defesa civil:


Agentes políticos - responsáveis pela direção superior dos órgãos do SINPDEC;
Agentes públicos - responsáveis pela coordenação e direção de órgãos ou entidades públicas prestadores
dos serviços de proteção e defesa civil;
Agentes públicos - detentores de cargo, emprego ou função pública, civis ou militares, com atribuições
relativas à prestação ou execução dos serviços de proteção e defesa civil;
agentes voluntários - vinculados a entidades privadas ou prestadores de serviços voluntários que exercem,
em caráter suplementar, serviços relacionados à proteção e defesa civil.

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