Atividade 4
Iniciado: 1 nov em 12:05
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A
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A-
Pergunta 1 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
Juan e Alfonso, dois súditos do Reino da Espanha, casaram-se legalmente perante as autoridades
espanholas em 2006 e angariaram patrimônio na constância do matrimônio, que consistia em
aplicações bancárias, veículos e imóveis.
Os dois chegaram a adotar dois filhos: Catalina e Vicente. Apesar de residentes e domiciliados com
os filhos na Catalunha, eram apaixonados pelas praias brasileiras e chegaram a comprar uma casa
de veraneio na cidade de Ubatuba, onde passavam os verões do hemisfério sul com os filhos.
Em 2019, Alfonso faleceu em Barcelona. Então, Juan procedeu ao inventário e a partilha de bens do
casal, entre ele e os filhos, perante o juízo catalão, da localidade onde falecera Alfonso.
Os bens foram divididos e coube a Juan o quinhão relativo à casa em Ubatuba, único bem do casal
situado fora da Espanha. Juan e os filhos vieram, então, ao Brasil para vender o imóvel de praia,
pois lhes trazia muitas lembranças de Alfonso.
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. O Superior Tribunal de Justiça brasileiro deve denegar a sentença do juiz catalão que dividiu os
bens do casal Juan e Alfonso, mesmo o casal tendo residência e domicílio na Espanha, e Alfonso ter
falecido naquele reino.
PORQUE
II. Decisões de autoridades judiciárias estrangeiras que ferem a ordem pública e os bons costumes,
de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, não podem ser homologadas e cumpridas no
Brasil.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A+
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
A
A-
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições falsas.
Pergunta 2 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
Mário alugou seu imóvel para que um país estrangeiro instale seu consulado em São Paulo.
Entretanto, depois de alguns meses, o locatário cessou os pagamentos, abandonando o local com
danos e com uma grande dívida de aluguéis vencidos.
Mario procurou um advogado para poder demandar o locatário na Justiça, mas recebeu a resposta
de que seria impossível, uma vez que aquele país estrangeiro era revestido de uma imunidade e o
Poder Judiciário brasileiro não teria competência de citar outro país para que respondesse por uma
dívida contraída no Brasil.
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão.
Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta.
A orientação do advogado está parcialmente certa, já que o país estrangeiro não poderia se tornar réu em um
processo civil no Brasil, mas restaria a possibilidade de uma carta rogatória para o Poder Judiciário competente.
A orientação do advogado está certa, já que um país estrangeiro não pode figurar como réu em um processo civil
no Brasil.
A orientação do advogado está errada, pois qualquer país estrangeiro pode responder por seus atos de império e
representação em outro país.
A orientação do advogado está parcialmente certa, uma vez que o país estrangeiro poderia figurar como réu no
processo civil somente se renunciar a sua imunidade. A+
A
A orientação do advogado está errada, já que um país estrangeiro pode responder na Justiça brasileira por atos
A-de
administração.
Pergunta 3 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
[…] cabe lembrar que a Justiça brasileira deve, antes de qualquer análise do teor e da aplicação da
norma estrangeira, ser competente para resolver a demanda.
Em outros termos, antes de aplicar a norma material indicada pela regra de DIPr da lex fori, deve o
juiz nacional ter competência para o julgamento da ação proposta, segundo as regras de
competência internacional previstas na nossa legislação processual civil.
Disso se conclui que a competência internacional do juiz doméstico é um pressuposto de
aplicabilidade do DIPr no Estado, sem o que se torna inútil investigar a regra de conflito e localizar o
direito aplicável.
Tout court, primeiro se determina a competência do Judiciário pátrio, e, depois, se verifica qual lei
(nacional ou estrangeira) será aplicada à resolução da questão à luz das regras nacionais de DIPr.
Fonte: MAZZUOLI, V. Curso de Direito Internacional Privado. Rio de Janeiro: Forense. 3ª ed. 2018. p. 145/146.
A partir do texto e das disposições do Código de Processo Civil brasileiro, entendendo a sigla
DIPr como sinônimo de Direito Internacional Privado, assinale a alternativa correta, a qual
indica as demandas cuja competência é exclusiva da autoridade judiciária brasileira:
Ações em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
As ações em que a obrigação precisa ser cumprida no Brasil.
Ações sobre partilha, em divórcio, de bens situados no Brasil.
Ações de alimentos, quando o credor tiver domicílio no Brasil.
A+
Ações em que o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil.
A
A-
Pergunta 4 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
Gabriela, chilena, e José Roberto, brasileiro casaram-se em Santiago, no Chile. Na constância do
casamento, angariaram bens imóveis no Rio de Janeiro e em Buenos Aires, na Argentina. Morando o
casal no Rio de Janeiro, Gabriela ingressa com ação de divórcio e partilha de bens perante a
comarca do Rio de Janeiro, requerendo a aplicação de seu estatuto pessoal para a resolução da sua
situação conjugal.
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão.
Considerando a situação apresentada, avalie as afirmações a seguir:
I. O estatuto pessoal de Gabriela é a lei chilena, lei do seu país de origem que, neste caso, não será
aplicada à ação de divórcio e partilha de bens.
II. José Roberto poderá valer-se de uma decisão interlocutória do Poder Judiciário da Argentina para
ser executada, por meio de carta rogatória, e partilhar o bem situado em Buenos Aires.
III. O processo poderá tramitar perante a Vara de Família e Sucessões do Rio de Janeiro, mas a lei
aplicável para a partilha dos bens deve ser a chilena, primeiro domicílio do casal.
IV. O Poder Judiciário do Rio de Janeiro deverá utilizar a lex fori para a partilha do bem situado no
Brasil.
É correto apenas o que se afirma em:
II e IV.
III e IV.
I e IV.
II e III.
I e II.
Pergunta 5 0,2 pts
Leia o texto a seguir: A+
A
Carlos, cidadão chileno domiciliado em São Paulo, e Arthur, cidadão inglês domiciliado em Londres,
formaram no Brasil uma grande empresa de compra e venda de imóveis. Após algum tempo, os
A-
filhos de Arthur questionaram perante o Poder Judiciário brasileiro, a capacidade do pai de poder
assumir obrigações e firmar contratos, dada a uma doença mental degenerativa que o acometeu.
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão.
Considerando a situação apresentada, avalie as afirmações abaixo:
I. A autoridade judicial brasileira tem competência concorrente para julgar a demanda analisada no
texto acima, relativa a capacidade de Arthur.
II. Uma vez que a demanda foi proposta no Brasil, a lei aplicável para discutir a capacidade de Arthur
será a lex fori.
III. O Superior Tribunal de Justiça poderá homologar uma decisão da autoridade judicial inglesa ou
chilena sobre o assunto analisado no texto acima.
IV. Neste caso, a autoridade competente e a lei aplicável para decidir sobre a capacidade de Arthur
devem ser a de um único país.
É correto o que se afirma apenas em:
II e IV.
I e II.
I e III.
II e III
I e IV
Salvo em 12:22 Enviar teste
A+
A-