Apostila Protese Removivel
Apostila Protese Removivel
Região superior: são regiões mais flácidas e o Preparar a resina acrílica incolor
facilmente deformadas- papila incisiva, linha Preparar a resina acrílica em um pote paladon.
vibratória (divide o palato duro e mole, onde a
base da prótese vai até essa linha, pois se o Levar a resina acrílica entre duas placas
ultrapassar pode dar ânsia no paciente e de vidro
expulsar a prótese), freios e bridas, rafe e Tem a finalidade de formar uma lâmina de 2mm
rugosidade palatina. para que possa ser levada ao modelo.
Região inferior: são regiões mais flácidas e o Levar a lâmina de resina acrílica sobre o
facilmente deformadas- papila retromolar (se modelo
ultrapassarmos essa papila, a prótese encontra E remover os excessos para que não dê muito
região de inserção muscular- pterigoideo medial- trabalho nos ajustes. Sempre molhar a resina
e o músculo expulsa a prótese), freios e bridas. acrílica com o líquido dela, para que possa ser
possível ajustar e remover os excessos antes
que ela polimerize. Deve-se deixar a moldeira MOLDAGEM SECUNDÁRIA
2mm aquém da linha vibratória (pois se deixar no É feita através da moldeira individual e possui os
tamanho correto, na hora de moldar, a seguintes objetivos: exposição de toda área basal
moldagem irá ultrapassar essa linha e causar com fidelidade, evitar deslocamento dos tecidos,
ânsia no paciente). evitar sobre extensão da prótese, não interferir
com a função muscular, permitir o vedamento
o Confecção do cabo da moldeira na região
periférico e permitir o contato adequado da base
central em um ângulo de 45º
da prótese com o rebordo através da perfeita
Esse cabo também é feito com resina acrílica. reprodução dos tecidos pelo material de
o Ajustes da moldeira após a moldagem.
polimerização com brocas de tungstênio Resumindo, precisa ter delimitação da área basal,
permitir o vedamento periférico e manutenção
Essa é a fase de ajustes (onde tem excesso) e da posição tecidual.
polimento para que ela fique bem transparente.
São feitas com as brocas maxicut e minicut. Obtenção dos modelos secundários: após a
o Prova da moldeira individual na boca moldagem funcional devem ter tratamento
cuidadoso (onde devem manter a fidelidade nos
Verificar onde tem compressão, onde incomoda seus mínimos detalhes) pois a partir dele sairá a
o paciente e se estiver tudo certo, colocar o base da futura prótese. Esses modelos serão
material de moldagem na moldeira e moldar o montados em articulador.
paciente.
Para a obtenção do modelo secundário, a
moldeira individual deve ser encaixotada com
SELAMENTO PERIFÉRICO cera 7 para que possa copiar os rebordos
É feito para que a moldeira consiga copiar o mucogengivais. Quando for vazado, o gesso fica
fundo de vestíbulo (linha vibratória) e todas as sobre essas áreas copiadas e fixado ao molde.
regiões de musculatura presente em toda a
região periférica da prótese na sua forma ativa. MATERIAIS DE MOLDAGEM
Requisitos de um material de moldagem:
Pode ser colocado os seguintes materiais em biocompatível, ter fluidez, tempo de trabalho,
toda a borda da moldeira individual: godiva em resistência ao rasgamento, boa estabilidade
bastões, cera, silicone pesado ou poliéter. dimensional e ausência de toxicidade. Devem ter
também sabor e odor agradáveis, menor tempo
Passo a passo: plastificar a godiva bastão, levar de presa, permitir correções, fácil manuseio e
na borda selecionada da moldeira, levar na água adequado custo x benefício.
a moldeira, posicionar a moldeira na boca e
executar movimentos no lábio e bochecha. Após o Classificação
isso colocar adesivo em toda a moldeira e colocar Elásticos: hidrocoloides (alginato) e elastômeros
o material de moldagem sobre ela. (silicones, poliéter, polissulfetos).
Anelásticos (godiva, pasta zinco enólica): têm
ausência de elasticidade e tendem a fraturar.
INDICAÇÃO MATERIAL
Moldagem preliminarHidrocolóide
irreversível e godiva
em placa
Moldagem funcional Hidrocolóide
reversível e
irreversível, pasta de
óxido de zinco e
eugenol, pasta de
óxido de zinco sem
eugenol, polissulfetos,
silicones de
condensação e adição
e poliéter.
Moldagem funcional Godiva em bastão,
de borda (selado elastômeros e pasta
periférico) de óxido de zinco e
eugenol.
Moldagem
O que é uma moldagem anatômica? Seleção da moldeira de acordo com o
tamanho do rebordo
É a primeira moldagem realizada no paciente; faz
parte dos passos dos exames complementares A moldeira deve recobrir todo o rebordo; não
que antecedem a confecção da prótese; em pode ser demasiadamente grande ao ponto de
geral é feita com alginato. sofrer interferências dos elementos periféricos
ao rebordo; pode ser individualizada com cera ou
Finalidade da moldagem anatômica
godiva.
Conhecimento da anatomia das estruturas
Individualização da moldeira
envolvidas; verificação da necessidade de
tratamentos prévios; confecção da moldeira Em especial na região periférica; é utilizada para
individual. dar suporte ao alginato- manter o alginato em
posição; evita bolhas.
Objetivo da moldagem anatômica
Utiliza-se cera periférica em toda a periferia da
Permitir a confecção do modelo preliminar, o que
moldeira selecionada para ajudar na retenção
auxiliará como exame complementar; permitir a
mecânica.
confecção do modelo preliminar que servirá de
base para confecção da moldeira individual. Moldagem com alginato
Aspectos importantes de um rebordo Fácil manipulação; menores deformações aos
edentado tecidos do rebordo; boa fidelidade de cópia; baixo
custo; é o material de escolha.
Moldar com mínima deformação dos tecidos;
permitir visualizar a extensão completa da base Moldagem com godiva
da prótese (área chapeável).
É um material a base de resinas termoplásticas;
Materiais utilizados na moldagem utilizadas em especial em moldes inferiores
anatômica severamente reabsorvidos; grande capacidade
de afastar a musculatura (logo, gerar distorção
Alginato, silicone ou godiva.
pelo fato dela ser mais rígida que o alginato); risco
Seleção da moldeira de deformar tecido por compressão; utilizar
A seleção da moldeira é um passo importante plastificado de godiva.
para uma moldagem adequada; moldeira Moldagem com silicone
perfurada (silicone ou alginato); moldeira não
Útil quando se observa grandes alterações
perfurada (godiva); as moldeiras apresentam
ósseas; reabsorções ósseas severas;
largura e comprimentos diferentes.
possibilidade de individualização da moldeira;
desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou
glutaraldeído 2%.
Desinfecção da moldagem
Hipoclorito de sódio 1% ou glutaraldeído 2% por
10 minutos.
Confecção do modelo de gesso
Preparar o gesso e colocar sobre o molde, afim
de vazar.
Cuidados com preenchimento: proporção correta
gesso/água, espatulação adequada e utilizar o
vibrador afim do gesso penetrar totalmente no
molde, não ocorrendo formação de bolhas.
Recorte do modelo
Regularizar as bordas dos modelos no recortador
de gesso.
Registro intermaxilar
Quando obtemos o modelo secundário (obtido a Características ideais da base de prova: rígidas,
partir da moldagem funcional), enviamos ao estáveis, retentivas e bem adaptadas ao
laboratório junto a uma requisição (confecção do rebordo residual.
plano de orientação), pois é a partir do plano de
o Plano de orientação
orientação que se realiza o registro intermaxilar.
O técnico irá realizar a confecção do plano de É feita com cera 7, cera 9 ou cera utilidade (não
orientação. recomendado). Geralmente o técnico utiliza a
cera 9 (mais rígida) em conjunto com a maciez
PLANO DE ORIENTAÇÃO
da cera 7, sendo possível demarcar melhor o
O plano de orientação consiste numa base de
plano de orientação.
prova (estrutura de resina acrílica) e um plano
de cera (terá uma estrutura de resina acrílica Materiais utilizados para o ajuste dos planos de
no modelo de gesso obtido do molde secundário orientação: espátula de calafate, espátula lecron,
na área chapeável, e por cima dessa resina, espátula 31, espátula 7 e lamparina.
haverá um plano de cera). Plano de orientação superior: deve acompanhar
Possui outras nomenclaturas: placa base-plano o perímetro da base de prova com angulação de
de cera; base de prova/plano de orientação; 75º em relação ao plano oclusal (o plano oclusal
base experimental; base de prova. não é reto, ele possui uma angulação a partir do
o Base de prova canino).
O conceito de base de prova: base provisória da Plano de orientação inferior: deve ser de acordo
prótese total, durante as fases iremos captar com o formato do rebordo.
os movimentos mandibulares com a finalidade de Principal objetivo do ajuste do plano de
transportá-los ao articulador. Será usada para orientação superior: recuperar com o contorno
montagem de dentes artificiais, até a prova do plano de orientação, a sustentação dos
estética e fonética do paciente. tecidos do terço inferior da face, perdida com a
remoção dos dentes naturais.
Os materiais utilizados para confecção da base Quando o paciente perde dentes, ele perde
de prova: resina acrílica, resina suporte de face e suporte labial. O objetivo
termopolimerizável ou resina fotopolimerizável. também do ajuste do plano de orientação é
recuperar o suporte de lábio através do
A confecção é feita a partir da resina de escolha reposicionamento dos músculos orbiculares.
aplicada sobre os modelos e posteriormente é
prensada em mufla (essa técnica permite menor OBS: em reabsorções leves ou severas deve-se
porosidade e maior polimento). sobre estender as bordas da prótese na flange
labial (é a parte de acrílico da prótese que
compreende a gengiva, é a parte “rosa” da
prótese que vai até o fundo de vestíbulo). A perda de dentes, e é compatível com a distância
flange pode ser mais grossa (reabsorções de espinha nasal e mento.
severas) ou mais fina (reabsorções leves), vai
A altura de dimensão vertical varia entre 5,5 e
depender da necessidade de preencher mais ou
6,5; 7 no máximo. Não ultrapassa de 7. O
preencher menos para adequar o suporte labial.
paciente que apresenta distância de canto de
olho à comissura labial de 6,5, deve ter distância
DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO
de espinha nasal ao mento também de 6,5.
O paciente quando perde dentes posteriores,
O paciente que apresenta perda de dimensão
perde dimensão vertical. O que devolve a
vertical, tem a distância de espinha nasal ao
dimensão para o paciente é o plano de
mento diminuída. Então se ele apresenta distância
orientação.
métrica de 6,5 e distância de espinha nasal ao
A dimensão vertical de oclusão é a altura do
mento de 4,5, é necessário aumentar a distância
terço inferior (compreende da espinha nasal até
vertical do paciente em 2mm no plano de
a região de mento) ou a relação da mandíbula em
orientação.
relação à maxila no plano vertical.
o Fisiológico
Há 3 tipos de dimensão vertical: dimensão Registra a altura do terço inferior da face com
vertical de repouso de oclusão (não depende de a mandíbula em repouso, utilizando também o
dente, pois a boca em repouso não toca os compasso de Wil is e diminui 3 a 4mm relativo ao
dentes); dimensão vertical de oclusão (depende espaço funcional livre. A deglutição da saliva
de dentes, é quando toca-se os dentes no auxilia a posição da mandíbula mais confortável e
momento que oclui os dentes normalmente); faz-se o desgaste de Paterson.
espaço funcional livre (distância entre os dentes
superiores e inferiores quando está em O desgaste de Paterson pega os planos de
dimensão vertical de repouso. Varia de 1 a 3mm. orientação superior e inferior, faz-se uma
Esse espaço permite a fonética). canaleta com contato oclusal e nessa canaleta
DVR-DVO= EFL coloca-se pedra pomes e água. O pacienta irá
A altura da dimensão vertical de repouso é de ranger nesse plano de orientação, desgastando
6,5mm e a altura da dimensão vertical de oclusão a cera. Quando ele chega na posição de dimensão
é de 5,5mm. O espaço funcional livre é de 1mm. vertical correta, ele não consegue mais
movimentar, que significa que ele chegou na
Métodos para obtenção da dimensão vertical: dimensão vertical correta.
métrico, fisiológico, estético, fonético e desgaste o Estético
de Paterson.
O ponto básico de referência é a harmonia do
o Métrico terço inferior da face, com as demais partes do
Avalia a distância do canto de olho à comissura rosto. Depende muito da sensibilidade e
labial. Utiliza-se o compasso de Willis para melhor experiência do profissional. É por olhômetro.
referência. Essa altura não se modifica pela
É possível unir o método métrico com o estético, dentário). É uma máxima intercuspidação habitual
garantindo uma melhor harmonia e ajustes se em relação cêntrica.
precisar.
o Oclusão balanceada bilateral
o Fonético
Em prótese total não pode haver guias de
Fazer o paciente pronunciar palavras como desoclusão (guia canino, guia incisivo), pois se
“Mississipi” e “sessenta e um”. Se ultrapassar a houver, a prótese cai pois é mucosuportada..
dimensão vertical, o paciente não consegue
A oclusão da prótese total é balanceada bilateral,
pronunciar essas palavras.
onde quando se movimenta o lado de trabalho, o
Observa-se então se a dimensão está correta, lado de não trabalho também toca.
se os tamanhos dos dentes estão corretos e o
se o movimento da mandíbula está dentro da
PLANOS DE ORIENTAÇÃO
normalidade.
o Plano oclusal
RELAÇÕES MAXILO MANDIBULARES
A orientação correta do plano oclusal se
o Relação cêntrica
encontra paralelamente ao plano de camper
Não depende de dentes. É uma posição (distância compreendida do tragus à asa do nariz)
craniomandibular onde o côndilo e o disco se e a linha bipular, que produzirá uma linha de
encontram mais superior e anterior à eminência sorriso harmoniosa com o lábio inferior. A partir
articular. É imutável, independe da presença ou da distal do canino, começa a angulação dos
ausência de dentes; é uma posição de conforto; elementos posteriores, que devem estar
fisiológica e reproduzível (consegue-se manipular paralelos ao plano de camper.
o paciente em relação cêntrica).
Quando não se faz o plano oclusal, ocorre o
Técnicas de manipulação: sorriso invertido, onde o plano oclusal é
-Técnica frontal de manipulação: o profissional posicionado posteriormente mais baixo e/ou
fica de frente para o paciente, manipula-se o anteriormente mais alto. Os dentes posteriores
mento tentando relaxamento muscular e leva-se superiores assumirão um aspecto descendente,
a uma retrusão tentando relaxamento condilar. criando uma relação antiestética com o lábio
-Técnica bilateral: fica atrás do paciente e com inferior, criando um sorriso negativo.
os dois polegares no corpo da mandíbula, tenta-
A régua de fox é um meio de se obter o plano
se o relaxamento muscular e lava a uma posição
oclusal, utilizado como referência ao paralelismo
de maior retrusão da mandíbula.
do plano de camper e o plano oclusal. Referência
o Máxima intercuspidação habitual para saber se o plano oclusal está satisfatório.
Todos os dentes estão intercuspidados (ocluídos). o Plano de orientação inferior
o Relação de oclusão cêntrica Segue o plano de orientação superior. Deve-se
obter o reestabelecimento da mandíbula em
Posição de condilar de conforto e nessa posição
relação a maxila nos planos vertical e horizontal.
de conforto há oclusão dentária (contato
o Corredor bucal Leva-se o modelo e as dimensões obtidas na
dimensão vertical para fora da boca para
A partir da distal dos caninos, deve haver uma
montagem no articulador semi ajustável.
curva (curva de spee). É um espaço existente
entre a superfície vestibular dos dentes, a partir
Depois que todas as linhas forem demarcadas,
da distal dos caninos e a mucosa interna da
leva o paciente em relação cêntrica e prende o
bochecha. É um critério chave para se criar um
modelo para ele não abrir com grampo de
sorriso natural.
grampeador. Há também a técnica de fazer
o Linha média canaletas de retenção no modelo superior ou
É referente ao plano sagital mediano para inferior, coloca-se adesivo e coloca-se o silicone
melhor possibilidade de acerto (traçar o fio de adição nessas canaletas, leva o paciente em
dental no centro da face do paciente e relação cêntrica, fecha a boca da paciente,
demarcar no plano de orientação). Outras espera o silicone tomar presa e retira da boca
referências para demarcar no plano de do paciente.
orientação: freio labial (pode estar em posição
não coincidente) e incisivo central inferior (pode TÉCNICAS DE MONTAGEM NO ARTICULADOR
estar em posição não coincidente). Há a técnica de arco facial e garfo (não utilizada)
e a técnica do plano de camper (deve-se colocar
o Linha de canino o modelo na linha média do plano e levar ao
É a linha demarcada no plano de orientação tendo articulador).
como referência a comissura labial ou asa do OBS: o plano de camper segue o plano oclusal.
nariz. Quando há arcada inferior, é possível se
guiar pelo canino inferior (se houver posição Sequência clínica de montagem em ASA:
correta do canino inferior). adaptação do plano de camper ao ASA,
montagem do modelo superior com 1 ou 3 pilares
o Linha do sorriso com gesso IV (distorção é menor),
Marca-se a linha alta do sorriso (pede para o preenchimento restante com gesso tipo III,
paciente sorrir e marca onde o lábio superior e aguardar 1 hora para tempo de cristalização do
inferior para- desdentado total) e também gesso, adaptação da placa base e plano de
marca-se a linha baixa do sorriso (pede para o orientação sobre o modelo superior, vira de
paciente dar um sorriso mais “tímido” e marca cabeça para baixo e adapta o modelo inferior à
onde o lábio superior e inferior para- desdentado placa base/plano de orientação, montagem do
total). modelo inferior com 1 ou 3 pilares com gesso tipo
IV, preenchimento com gesso tipo III, aguardar 1
hora para o gesso cristalizar e enviar ao
REGISTRO INTERMAXILAR laboratório.
A partir de agora, tira-se o modelo da boca do
paciente em posição de relação cêntrica. Para
isso, os modelos superior e inferior devem ser
retirados juntos.
Classificação das próteses parciais removíveis
Dentossuportada: a prótese é suportada
somente por mucosa.
Regras de applegate
- Quem determina a classificação é o espaço
protético mais posterior.
- Somente se deve classificar quando a boca
estiver preparada para receber as PPR.
- Quando o terceiro molar estiver ausente, a
região desdentada não deve ser considerada,
pois esse dente não será reposto.
-O terceiro molar só é considerado, quando este
estiver presente e for planejado como dente
pilar.
- Quando o segundo molar estiver ausente e não Classe III
for planejada sua reposição, este também não
fará parte da classificação.
- A classificação será sempre
representada por algarismos romanos, e
sempre o espaço mais posterior, mesmo
que existam outros mais anteriores.
- As regiões que não participarem da
classificação, são denominadas modificações,
representadas em algarismos arábicos.
- A determinação da modificação de certa
classe depende, unicamente, do número de
Classe IV
regiões desdentadas secundárias. Independente
da extensão ou número de dentes perdidos.
- A classe IV não aceita modificações, ela é
caracterizada pela ausência dos incisivos
centrais, ela cruza a linha mediana.
Classe I
Classe I Modificação I
Classe II
• Apoio oclusal
É o elemento do retentor que determina a Palatinos ou linguais (de cíngulo)- sobre a
condição de suporte dentário para a PPR. Ela se superfície palatina ou lingual de incisivos e
encaixa no nicho e estabiliza a prótese no sentido caninos.
ocluso-gengival. Além disso, evita esmagamento
dos tecidos gengivais próximo ao dente
pilar (dentomucossuportada e dentossuportada)
e transmite forca mastigatória axial (ao longo
eixo do dente) ao dente pilar, estabilizando o
dente no sentido gengivooclusal e mesiodistal.
• Nichos • Braço de oposição
Os apoios oclusais devem estar apoiados em Deve localizar-se sempre acima ou no máximo
nichos, que são cavidades preparadas sobre os até a linha guia equatorial do elemento de
dentes pilares. Os nichos alojam os apoios sem suporte. Deve-se opor-se à ação do braço de
que interfira na oclusão, garantindo rigidez (o retenção.
nicho não pode ficar acima da oclusal, pois senão
o paciente irá ocluir no grampo. Por isso o nicho
é feito, para que o paciente não oclua no
grampo); e orienta forças mastigatórias.
-Grampo em “T”
Indicado para caninos, pré-molares e incisivos,
extremos livres (classe I e classe II). Necessita de
um braço recíproco (apoio em cíngulo).
-Grampo em “I”
Indicado para caninos e pré-molares, mesmas
indicações do grampo “T". Por ser um grampo
mais curto, é mais rígido e possui retenção
melhor que do grampo “T”; mais estético e
necessita de um braço recíproco.
Preparo da boca
O preparo da boca inicial, seria corrigir • Periodontal
problemas preexistentes no paciente, como
Raspagem e polimento radicular; eliminação de
problemas periodontais, endodônticos, extração,
fatores retentivos de placa; cirurgias indicadas e
ortodontia etc. Já o preparo da boca final, seria
instrução de higiene oral.
o preparo de nichos que irá receber a prótese.
• Cirúrgico
Para começarmos a realizar o preparo da boca
inicial do paciente, é necessário realizar Remoção de raizes residuais; remoção de dentes
anamnese para ficar a par de tudo o que é condenados; remoção de dentes retidos; dentes
preciso no caso. Então seria: história médica, com comprometimento de furca; dentes
exame clínico, exame radiográfico e modelos de periodontalmente comprometidos; exostoses e
estudo. torus; tecidos hiperplásicos; cistos e tumores;
regularização do rebordo residual; desinserção de
Já os preparos da boca para receber a PPR
freios e bridas; aumento de coroa clínica.
podem variar desde a confecção de nichos para
receberem os apoios até tratamentos mais • Endodôntico
complicados como os cirúrgicos e ortodônticos.
Tratamento endodôntico; retratamento
A falta de preparo da boca ocasiona em uma endodôntico; cirurgia endodôntica.
prótese traumática, não terapêutica e instável.
• Restaurador
É traumática pois começa a machucar em
algumas áreas. É não terapêutica pois não estar Substituição de restaurações insatisfatórias;
tratando o paciente. É instável pois ela não se fechamento de diastemas; remoção de tecido
mantém completamente na boca do paciente. cariado.
O modelo de estudo nos permite observar uma • Ortodôntico
visão panorâmica da arcada dentária; relações
Abertura de espaços; reposição do alinhamento;
oclusais; posicionamento dos dentes e áreas
fechamento de diastemas; descruzamento de
retentivas.
mordida; verticalização de dentes inclinados;
PREPARO DA BOCA 1 dentes com giroversão; intrusão dentária.
Veremos tudo o que precisa fazer na boca do
paciente na parte clínica: periodontal,
PREPARO DA BOCA II
endodôntico, ortodôntico, restaurador e
Quando se inicia o preparo da boca do paciente
cirúrgico. Feito antes de planejar a prótese.
para colocação da prótese: preparo biostático
dos dentes remanescentes; preparo biostático
dos dentes suportes; preparo dos descansos
(nichos) oclusais e de cíngulos; modificações da
forma anatômica dos dentes suportes não
retentivos.