Professor Jailton
Não se usa a vírgula
• entre sujeito e verbo:
■ Todos os componentes da mesa, recusaram a
proposta. (Inadequada)
■ Todos os componentes da mesa recusaram a
proposta. (Adequada)
Não se usa a vírgula
b) entre verbo e seus complementos (objetos diretos e
indiretos):
■ O trabalho custou, sacrifício aos realizadores.
(Inadequada)
■ O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
(Adequada)
Não se usa a vírgula
• Entre nome e complemento nominal e entre nome e
adjunto adnominal:
■ A intrigante resposta, do mestre ao aluno despertou
reações. (Inadequada)
■ A intrigante resposta do mestre ao aluno despertou
reações. (Adequada)
Qualquer termo que esteja isolando sujeito e verbo,
verbo e complemento, nome e adjunto adnominal ou
nome e complemento deve, de modo geral, ser isolado
por vírgulas.
Exemplos:
• Consultei, com muito esforço, os dados da pesquisa.
• As pessoas, muitas vezes, esquecem-se de seus
heróis.
• Há necessidade, em outras palavras, de apoiar tal
movimento.
Usa-se a vírgula
• Na separação dos elementos que exerçam, na oração, a
mesma função sintática:
A poesia, o teatro, a oratória, tudo edificava aquele
apostolado. (diversos sujeitos)
Trabalhei, lutei, esperei, venci. (diversas orações da
mesma natureza)
Senti surpresa, espanto, admiração, remorso. (diversos
objetos diretos)
Usa-se a vírgula
• Para isolar o vocativo e o aposto:
“Mas, desta vez, ó céus, eu vinha tão só.” (vocativo)
“D. Estefânia, mãe de cinco filhos, tinha uma religião
descarnada e fria.” (apost0)
Usa-se a vírgula
Para separar certas palavras e expressões interpositivas:
por exemplo, porém, ou melhor, ou antes, isto é, além
disso, então, assim, etc.
Elas gritavam. Eu, porém, nem me incomodava.
Eles gastaram R$ 500.000,00, isto é, tudo que tinham.
Quer dizer que você, então, não foi mais à República
Checa?
Usa-se a vírgula
Para separar o adjunto adverbial, quando ele se
encontra deslocado da ordem direta
■ Casaram-se às duas horas. Nove horas depois, estavam
separados.
■ A boca é, nas mulheres, a feição que menos nos
esquece.
■ Em um naufrágio, quem está só, ajuda-se mais
facilmente.
Adjuntos adverbiais de pequena extensão podem ter
suas vírgulas omitidas, mesmo se estiverem
deslocados da ordem direta. Isso se dá para garantir a
fluência de leitura da frase.
Estudo frequentemente o assunto.
ou
Estudo, frequentemente, o assunto.
Usa-se a Vírgula
a) Nas datas, separando-as da localidade:
Brasília, 16 de abril de 2007.
Usa-se a vírgula
Para indicar elipse verbal:
Ele canta a vida e você, a morte. (canta)
Aprecio literatura e ela, filosofia.
Perdi um irmão e você, um amigo querido.
Usa-se a vírgula
• Para isolar os objetos pleonásticos:
Haverá objeto pleonástico quando um verbo possuir
dois complementos que se referem a um elemento só.
Exemplos:
■ Os meus amigos, sempre os respeito.
■ Aos devedores, perdoe-lhes as dívidas.
Vírgula
USA-SE NÃO SE USA
Separa-se também o numeral Entretanto, nos sobrescritos:
que, nos endereços, vem após Caixa Postal 38
o nome da rua, porque a Apartamento 81
palavra “casa” está
subentendida: Casa 3
Rua Gonçalves Dias, 58. O numeral é adjunto do
substantivo.
NÃO SE USA A VÍRGULA
Uso da vírgula no
período composto
Não se usa a vírgula
Não se separam com vírgula as orações substantivas:
Espero que vocês cheguem a tempo.
Parece que a distância traz o esquecimento.
Será preciso que passem por cima do meu cadáver.
Usa-se a vírgula
d) Entre orações explicativas ou expressões intercaladas:
O homem, que é mortal, vive como se fosse eterno.
(oração explicativa)
O amor, por exemplo, é um sacerdócio.
(expressão intercalada)
Usa-se a vírgula
e) Para assinalar orações subordinadas adverbiais,
estejam em ordem direta, inversa ou intercalada:
Quando se trata de um cumprimento, a cortesia se
impõe.
Marisa, ainda que submissa, não quis obedecer.
Usa-se a vírgula
antes de todas as conjunções coordenativas (exceto e e
nem).
“A beleza empolga a vista, mas o mérito conquista a
alma.”
O lago está na minha fazenda, por conseguinte me
pertence.
Não chore, que será pior.
A vírgula antes da conjunção E
a) Quando o e equivale a mas, caso em que se classifica
como conjunção adversativa. Ex.:
“Quem cabritos vende, e cabras não tem, dalgures lhes
vêm.” (e = mas)
Todo político promete, e não cumpre. (e = mas)
b) Quando o e dá início a outra oração do período, sendo
diferentes os sujeitos. Ex.:
Uma mão lava a outra, e a população suja as duas.
“Os soldados ganham as batalhas, e os generais recebem
o crédito.”
c) quando entre o sujeito e outro aparece um termo
imediatamente anterior separado por vírgulas. Ex.:
A casa, muito antiga, e o edifício, moderníssimo,
formavam visível contraste.
d) antes de vice-versa. Ex.:
As orações causais não aceitam normalmente os
artifícios que se empregam para as orações
explicativas, e vice-versa.
e) nos polissíndetos. Ex.:
A criança chorava, e berrava, e gritava, e esperneava,
fazia todo o mundo louco!