Fitossociologia Do Subbosque de Um Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em Estágio Médio de Regeneração Localizado No Sul Do Espírito Santo
Fitossociologia Do Subbosque de Um Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em Estágio Médio de Regeneração Localizado No Sul Do Espírito Santo
Tobias Baruc Moreira Pinon2; Emanuel Maretto Effgen3; André Quintão de Almeida4; Gilson da
Silva Fernandes5; Jéssica Tetzner de Oliveira6; Marcello Zatta Péres7; Nivea Maria Mafra
Rodrigues7; Adriano Ribeiro de Mendonça5
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Parte da tese de doutorado do primeiro autor, financiada pela FAPES/SEAG – Edital Portaria nº 002-
R/2020 - Banco de Projetos - Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo – Idaf.
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Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais - UFES, Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal do Espírito Santo – Idaf, autor de correspondência [email protected].
3
Dr. no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo – Idaf
4
Universidade Federal de Sergipe - Departamento de Engenharia Agrícola - UFS
5
Universidade Federal do Espírito Santo – DCFM-CCAE-UFES
6
Mestre em Ciências Florestais – Bolsista no ICMBio - Floresta Nacional de Pacotuba - ES
7
Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais - UFES
INTRODUÇÃO
A Mata Atlântica possui uma grande biodiversidade, contudo mesmo sendo um dos
biomas mais ricos é também um dos mais ameaçados do planeta, o que gera uma grande
necessidade de estudos. Esse bioma é considerado uma das áreas prioritárias para
conservação no mundo, devido sua grande diversidade e susceptibilidade às ameaças
contínuas (MYERS et al., 2000; ESPÍRITO SANTO, 2018 ONU, 2022). A vegetação
presente nesse bioma é responsável por ajudar a preservar o solo, recursos hídricos,
controlar erosões e o equilíbrio do clima. Sua vegetação natural remanescente, em todo o
território nacional, é de apenas 12,4 % (SOS MATA ATLÂNTICA, 2020), sendo que o
Estado do Espírito Santo possui uma área estimada de 15,9% de Mata Nativa em estágios
médio e avançado de regeneração (ESPIRITO SANTO, 2018).
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A Mata Atlântica é composta de fitofisionomias diversificadas. A regeneração
natural refere-se às fases iniciais de estabelecimento e desenvolvimento das plantas ligado
diretamente no futuro da floresta. É possível também analisar formações florestais
utilizando a fitossociologia. Esse tipo de análise contribui para caracterização das
comunidades vegetais, do qual pode-se gerar uma valiosa ferramenta para determinação
das espécies mais importantes dentro daquela formação florestal, e ainda avaliar a
necessidade de medidas complementares voltadas para o sucesso da recuperação dessas
áreas (CHAVES et al., 2013). Assim, a fitossociologia com apoio de outras informações
como atributos chaves, grupos ecológicos, síndrome de dispersão, vão ser fundamentais
para o entendimento da dinâmica da Floresta e sua regeneração. Diante do exposto, o
objetivo desse trabalho foi realizar o levantamento fitissociológico do sub-bosque de uma
floresta em estágio médio de regeneração no sul do Espírito Santo.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Cordia sp.; Erythroxylum sp.; Chamaecrista sp.; Ocotea sp.; Trichilia sp.; Myrcia sp.;
Psidium sp.; Alibertia sp.; Casearia sp.; e Cupania sp. que possuem espécies constantes
na referida lista de espécies ameaçadas e/ou em risco de extinção. Em relação ao Grupo
Ecológico, por se tratar de estágio médio de regeneração, as principais espécies variaram
entre pioneiras (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.), secundária inicial (Siparuna
guianensis Aubl.) e secundária tardia (Xylopia brasiliensis Spreng e
Pterygota brasiliensis Allemão).
Siparuna guianensis Aubl. 80 3.74 156.67 15.77 11.52 17.43 16.60 36.94
Myrtaceae sp. 2 40 1.87 83.33 8.39 4.36 6.60 7.50 16.86
Casearia sp.2 80 3.74 73.33 7.38 3.20 4.84 6.11 15.96
Xylopia brasiliensis Spreng. 20 0.93 56.67 5.70 4.76 7.21 6.46 13.85
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. 40 1.87 50.00 5.03 3.68 5.57 5.30 12.47
Pterygota brasiliensis Allemão 20 0.93 40.00 4.03 4.06 6.14 5.09 11.11
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 80 3.74 23.33 2.35 1.27 1.93 2.14 8.02
Fabaceae sp. 1 40 1.87 20.00 2.01 1.84 2.78 2.40 6.66
Erythroxylum cf. subracemosum Turcz. 40 1.87 23.33 2.35 1.40 2.11 2.23 6.33
Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr. 20 0.93 26.67 2.68 1.77 2.68 2.68 6.30
Eugenia cf. hirta 40 1.87 13.33 1.34 1.22 1.84 1.59 5.06
Erythrochiton brasiliensis Nees & Mart. 60 2.80 13.33 1.34 0.50 0.76 1.05 4.91
Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis 20 0.93 16.67 1.68 1.44 2.18 1.93 4.79
& M.P.Lima
Piper ovatum Vahl. 40 1.87 23.33 2.35 0.33 0.51 1.43 4.72
Fa: frequência absoluta; Rr: frequência relativa (%); Da: densidade absoluta; Dr: densidade relativa (%);
Doa: dominância absoluta; Dor: dominância relativa (%); IVC - Índice de valor de cobertura e IVI - Índice
de valor de importância (%).
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
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Florestal do Espirito Santo, como autarquia executora, pela liberação, que culminou com
os resultados do presente estudo.
LITERATURA CITADA
BRASIL. Portaria MMA n° 148, de 7 de junho de 2022. Diário Oficial da União. Altera
os Anexos da Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014, da Portaria nº 444, de 17 de
dezembro de 2014, e da Portaria nº 445, de 17 de dezembro de 2014, referentes à
atualização da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas deExtinção. Brasília, DF, 1994.
Disponível em: Acesso em: 23 jul. 2024.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
ONU – Organização das Nações Unidas. In: United Nations Biodiversity Conference
COP15 / CP-MOP10 / NP-MOP4. Montreal, Canada, 7-19 December 2022. Disponivel
em: https://www.cbd.int/conferences/2021-2022. Acesso em: 21/07/2024.