Jesus Meu Modelo
Jesus Meu Modelo
Ellen G. White
2008
Copyright © 2012
Ellen G. White Estate, Inc.
[1]
i
ii
Janeiro
Jesus, nosso modelo, 1 de Janeiro
Ele, Jesus, nos dias da Sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e
lágrimas, orações e súplicas a quem O podia livrar da morte e tendo sido
ouvido por causa da Sua piedade. Hebreus 5:7.
Vai baixando a noite, quando Jesus chama para junto de Si três de Seus
discípulos — Pedro, Tiago e João — e os conduz através dos campos e, por
acidentada vereda, a uma deserta encosta de montanha. [...]
A luz do Sol poente paira ainda no cimo da montanha, dourando com sua
glória o trilho que percorrem. Mas em breve se dissipa a claridade nos montes e
nos vales, o Sol oculta-se por trás do horizonte ocidental, e os solitários viajantes
se acham envoltos nas trevas da noite. [...]
Afinal, Cristo lhes diz que não precisam ir mais adiante. Afastando-Se um
pouco deles, o Homem de dores derrama Suas súplicas com grande clamor e
lágrimas. Roga força para resistir à prova em favor da humanidade. Ele próprio
precisa Se apoiar com renovado vigor à Onipotência, pois só assim pode contem-
plar o futuro. E desafoga os anseios do Seu coração quanto aos discípulos, para
que, na hora do poder das trevas, sua fé não desfaleça. [...]
A princípio, os discípulos unem suas preces às dEle, com sincera devoção;
algum tempo depois, porém, são vencidos pelo cansaço e, mesmo se esforçando
para conservar o interesse, acabam adormecendo. Jesus lhes falara de Seus
sofrimentos; Ele os levou consigo para que se unissem a Ele em oração; está
intercedendo por eles. O Salvador notara a tristeza dos discípulos e desejava
amenizar-lhes a mágoa, com a certeza de que sua fé não fora vã. [...] Agora, a
nota predominante de Sua prece é que lhes seja dada uma manifestação da glória
que Ele tinha com o Pai antes que o mundo existisse, que Seu reino seja revelado
a olhos humanos e que os discípulos sejam fortalecidos pela sua contemplação.
Roga que testemunhem uma manifestação de Sua divindade que, na hora de Sua
suprema agonia, os conforte com o conhecimento de que Ele é com certeza o
Filho de Deus, e que Sua ignominiosa morte é uma parte do plano da redenção.
Sua oração é ouvida. Ao achar-Se curvado em humildade sobre o pedregoso
solo, o céu repentinamente se abre, abrem-se de par em par as portas de ouro da
cidade de Deus, e uma santa irradiação baixa sobre o monte, envolvendo a figura
do Salvador. A divindade interior irrompe através da humanidade, encontrando-
Se com a glória vinda de cima. Erguendo-Se da prostrada posição em que Se
achava, Cristo Se apresenta em divina majestade. Foi-se a agonia da Sua alma.
Seu semblante resplandece agora “como o Sol”, e Seus vestidos são “brancos
[9] como a luz”. — O Desejado de Todas as Nações, 419-421.
4
Poder para resistir à tentação, 2 de Janeiro
5
Reverência diante de Deus, 3 de Janeiro
Então, Ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Teu
nome; venha o Teu reino. Lucas 11:2.
6
O pão de cada dia, 4 de Janeiro
Como uma criança, vocês receberão dia a dia o suficiente para a necessidade
diária. Cada dia vocês devem orar: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Mateus
6:11. Não desanimem se não têm o suficiente para amanhã. Vocês têm a garantia
de Sua promessa: “Habitarás na Terra e, verdadeiramente, serás alimentado”.
Salmos 37:3. Diz Davi: “Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado
o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”. Salmos 37:25. [...]
Aquele que abrandava os cuidados e ansiedades de Sua mãe viúva, e a
ajudava a prover a casa de Nazaré, compreende toda mãe em sua luta para prover
alimento aos filhos. O que Se compadeceu das turbas porque “estavam fatigadas e
derramadas” (Mateus 9:36, TT), ainda Se compadece dos pobres sofredores. Sua
mão está estendida para eles em uma bênção; e na própria oração que ensinou
aos Seus discípulos, ensina-nos a lembrar os pobres. [...]
A oração pelo pão de cada dia inclui não apenas o alimento para sustentar
o corpo, mas aquele pão espiritual que nos nutrirá para a vida eterna. Jesus
nos ordena: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que
permanece para a vida eterna”. João 6:27 (NVI). Ele diz: “Eu sou o pão vivo
que desceu do Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre”. João 6:51.
Nosso Salvador é pão da vida, e é mediante a contemplação de Seu amor, e
recebendo esse amor no coração, que nos nutrimos do pão que desceu do Céu.
Recebemos a Cristo por meio de Sua Palavra; e o Espírito Santo é dado a fim
de esclarecer a Palavra ao nosso entendimento, impressionando-nos o coração
com suas verdades. Devemos orar, dia a dia para que, ao lermos Sua Palavra,
Deus envie Seu Espírito a fim de nos revelar a verdade que nos fortalecerá a alma
para a necessidade do dia.
Ensinando-nos a pedir cada dia o que necessitamos — tanto as bênçãos
temporais como as espirituais — Deus tem um propósito para nosso bem. Deseja
que reconheçamos nossa dependência de Seu constante cuidado; pois procura
atrair-nos em comunhão com Ele. Nessa comunhão com Cristo, mediante a
oração e o estudo das grandes e preciosas verdades de Sua Palavra, seremos
alimentados, como os que têm fome; como os que têm sede, seremos saciados
pela fonte da vida. — O Maior Discurso de Cristo, 111-113. [12]
7
Espírito perdoador, 5 de Janeiro
Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos
perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas,
tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:14-15.
8
Coração agradecido, 6 de Janeiro
Semelhante à voz das profundezas, surgiu das vastas hostes de Israel aquela
sublime tributação de louvor. Começou com as mulheres de Israel, tendo à frente
Miriã, irmã de Moisés, ao saírem elas com tamboril e danças. Longe, por sobre
o deserto e o mar, repercutia o festivo estribilho, e as montanhas ecoavam as
palavras de seu louvor. [...]
Este cântico e o grande livramento que ele comemora produziram uma im-
pressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em
século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testemunhando que
Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam. Aquele cântico não
pertence unicamente ao povo judeu. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos
os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos
vê a multidão vestida de branco, dos que “saíram vitoriosos”, em pé sobre o “mar
de vidro misturado com fogo”, tendo as “harpas de Deus. E cantavam o cântico
de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”. Apocalipse 15:2-3. [...]
Tal era o espírito que penetrava o cântico do livramento de Israel, e é o
espírito que deveria habitar no coração de todos os que amam e temem a Deus.
Libertando-nos do cativeiro do pecado, Deus operou para nós um livramento
maior do que o dos hebreus no Mar Vermelho. Como a hoste dos hebreus,
devemos louvar ao Senhor com o coração, com a alma, e com a voz, pelas Suas
maravilhosas obras aos filhos dos homens. Aqueles que meditam nas grandes
bênçãos de Deus, e não se esquecem de Suas menores dádivas, cingir-se-ão de
alegria, e entoarão sinceros hinos ao Senhor. As bênçãos diárias que recebemos
das mãos de Deus, e acima de tudo, a morte de Jesus para trazer a felicidade e o
Céu ao nosso alcance, devem ser objeto de gratidão constante. Que compaixão,
que amor incomparável mostrou-nos Deus, a nós pecadores perdidos, ligando-nos
consigo, para que Lhe sejamos um tesouro particular! — Patriarcas e Profetas,
288-289. [14]
9
Oração em nome de Jesus, 7 de Janeiro
Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia,
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. 1 João
2:1.
Nós temos um advogado no trono de Deus, que está circundado pelo arco
da promessa, e somos convidados a apresentar nossas petições diante do Pai em
nome de Cristo. Jesus diz: Peça o que quiser em Meu nome, e isso lhe será dado.
Ao apresentar Meu nome, vocês mostrarão que pertencem a Mim, que são Meus
filhos e filhas, e o Pai lhes tratará como Seus próprios filhos, e lhes amará como
ama a Mim.
Sua fé em Mim os levará a exercitarem uma afeição íntima e filial para
comigo e para com o Pai. Eu sou a corrente de ouro pela qual seu coração e
alma são ligados em amor e obediência ao Meu Pai. Expressem ao Meu Pai que
Meu nome lhes é precioso, que Me respeitam e Me amam, e poderão pedir o que
precisarem. Ele lhes perdoará as transgressões, e lhes adotará em Sua família
real — tornando-lhes filhos de Deus, co-herdeiros com Seu Filho Unigênito.
Através da fé em Meu nome Ele lhes concederá a santificação e santidade que
lhes prepararão para Sua obra em um mundo de pecado, e lhes qualificarão a uma
herança imortal em Seu reino. O Pai tem aberto amplamente, não apenas todo o
Céu, mas todo o Seu coração, para aqueles que manifestam fé no sacrifício de
Cristo, e para aqueles que pela fé no amor de Deus voltam à sua lealdade. Aqueles
que crêem em Cristo como Aquele que levou sobre Si o pecado, a propiciação
por seus pecados, o intercessor em seu favor, podem através da riqueza da graça
de Deus reivindicar os tesouros do céu. [...]
A oração do contrito de coração abre os celeiros de provisões e assegura
o poder onipotente. Esse tipo de oração habilita o suplicante a entender o que
significa reter o poder de Deus, e ter paz com Ele. Esse tipo de oração faz-
nos exercer influência sobre aqueles com quem nos associamos. [...] É nosso
privilégio e dever trazer a eficácia do nome de Cristo às nossas petições, e usar os
muitos argumentos que Cristo tem usado em nosso favor. Nossas orações estarão
então em completa harmonia com a vontade de Deus. — The Signs of the Times,
[15] 18/6/1896.
10
Orações atendidas, 8 de Janeiro
11
Orar, pedir e agir, 9 de Janeiro
Disse-me o rei: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos Céus e disse
ao rei: se é do agrado do rei, [...] peço-te que me envies a Judá, à cidade
dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique. Neemias 2:4-5.
12
Submissão à vontade de Deus, 10 de Janeiro
Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas
coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do homem.
Lucas 21:36.
13
Perto de Deus, 11 de Janeiro
Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto
vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos. Efésios 6:18.
Alguns não são piedosos por natureza e, portanto, devem encorajar e cultivar
o hábito de examinar intimamente a própria vida e motivos, acariciando especi-
almente o amor pelas práticas religiosas e a oração particular. Freqüentemente,
falam de dúvidas e descrença, e demoram-se nas grandes lutas que travam com
sentimentos de infidelidade. Contemporizam com influências desencorajadoras
que afetam sua fé, esperança e ânimo na verdade e no sucesso final do trabalho e
da causa em que estão empenhados, fazendo parecer uma virtude especial o fato
de ser achados ao lado dos duvidosos.
Às vezes parecem realmente encontrar prazer em sua posição de infidelidade
e fortalecer a descrença em toda circunstância que podem utilizar como desculpa
para suas trevas. A esses eu gostaria de dizer: Seria melhor se caíssem de uma
vez e deixassem os muros de Sião, até se tornarem homens convertidos. [...]
Mas, qual é a razão para essas dúvidas, escuridão e incredulidade? Eu res-
pondo: Esses homens não são retos diante de Deus. Eles não estão lidando
honesta e verazmente com o próprio coração. Têm negligenciado cultivar a pie-
dade pessoal. Não se apartaram do egoísmo, do pecado e dos pecadores. Falharam
em estudar a vida abnegada e de sacrifício próprio de nosso Senhor, e deixaram
de imitar Seu exemplo de pureza, devoção e abnegação.
O pecado que facilmente os assedia tem sido fortalecido pela condescendên-
cia. Pela própria negligência e pecado, separaram-se da companhia do divino
Mestre. [...]
Estamos empenhados em uma obra elevada e sagrada. Aqueles que professam
ter sido chamados para ensinar a verdade aos que se acham na escuridão, não
devem ser instrumentos de descrença e trevas. Devem viver perto de Deus,
onde podem refletir toda a luz do Senhor. A razão por não terem ainda atingido
essa condição é não obedecerem à Palavra de Deus; por esse motivo, dúvidas
e desânimo são expressos quando palavras de fé e santa disposição devem ser
[19] ouvidas. — Testemunhos para a Igreja 2:513-514, 516.
14
Refletindo o amor de Cristo, 12 de Janeiro
Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós O
entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as
coisas? Romanos 8:32.
Quem pode medir o amor experimentado por Cristo para com um mundo
perdido, ao pender Ele da cruz, sofrendo pelas culpas dos pecadores? Este amor
foi imenso, infinito.
Cristo mostrou que Seu amor era mais forte do que a morte. Ele estava
realizando a salvação do homem; e embora sofresse o mais terrível conflito com
os poderes das trevas, ainda em meio a tudo isso, Seu amor se tornou mais e mais
forte. [...]
Foi pago o preço para comprar a redenção do homem, quando, no último
conflito interior, foram proferidas as benditas palavras que pareceram ressoar
através da criação: “Está consumado”. João 19:30. [...]
Não podemos sondar o comprimento, a largura, a altura e a profundidade
de tão assombroso amor. A contemplação das incomparáveis profundidades do
amor do Salvador deve encher a mente, tocar e sensibilizar o coração, refinar e
enobrecer as afeições, transformando inteiramente todo o caráter. [...]
Alguns têm visão limitada quanto à expiação. Pensam que Cristo sofreu
apenas pequena parte da pena da lei de Deus; julgam que, ao passo que a ira
de Deus foi experimentada por Seu querido Filho, Este tinha, através de todos
os Seus dolorosos sofrimentos, a demonstração do amor de Seu Pai e de Sua
aceitação; que as portas do sepulcro se achavam iluminadas diante dEle por
vívida esperança, e que Ele tinha a constante evidência de Sua futura glória. Eis
um grande engano. A mais intensa angústia de Cristo era o senso do desagrado
do Pai. Sua agonia mental por causa disso foi tão intensa, que o homem pode ter
apenas uma pálida concepção a esse respeito. [...]
Esse é o amor que nenhuma linguagem pode exprimir. Ultrapassa o conheci-
mento. Grande é o mistério da piedade. Nosso espírito deve avivar-se, elevar-se e
ser arrebatado com o tema do amor do Pai e do Filho do homem. Os seguidores
de Cristo devem aprender aqui a refletir em certa medida aquele misterioso amor
preparatório para a união com todos os remidos em tributar “ao que está assen-
tado sobre o trono, e ao Cordeiro”, “ações de graças, e honra, e glória, e poder
para todo o sempre”. Apocalipse 5:13. — Testemunhos para a Igreja 2:212-215. [20]
15
Força espiritual através da oração, 13 de Janeiro
Tendo-Se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali
orava. Marcos 1:35.
16
Pedindo sabedoria e poder, 14 de Janeiro
Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por Ti, ó Deus,
suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.
Salmos 42:1-2.
Aqueles foram dotados com poder do alto, no Pentecostes, não ficaram isentos
de tentações e provas, por causa disso. Enquanto testemunhavam da verdade e
da justiça, eram repetidamente assediados pelo inimigo de toda a verdade, que
procurava despojá-los de sua experiência cristã. Eram compelidos a lutar com
todas as forças dadas por Deus, a fim de alcançar a estatura de homens e mulheres
em Cristo Jesus. Oravam diariamente por novos suprimentos de graça, para que
pudessem subir mais e mais na escala da perfeição.
Sob a operação do Espírito Santo, mesmo os mais fracos, pelo exercício da
fé em Deus, aprendiam a melhorar as faculdades conseguidas, e a se tornarem
santificados, refinados e enobrecidos. Tendo se submetido em humildade à mo-
deladora influência do Espírito Santo, recebiam a plenitude da Divindade e eram
modelados à semelhança do divino.
O tempo decorrido não operou qualquer mudança na promessa dada por
Cristo ao partir, ou seja, de enviar o Espírito Santo como Seu representante. Não
é por qualquer restrição da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não fluem
para a Terra em favor dos homens. Se o cumprimento da promessa não é visto
como poderia ser, é porque a promessa não é apreciada como deveria ser. Se
todos estivessem dispostos, todos seriam cheios do Espírito. Onde quer que a
necessidade do Espírito Santo seja um assunto de que pouco se pense, ali se verá
sequidão espiritual, declínio, morte e escuridão espirituais. [...]
Grupos de obreiros cristãos devem se reunir para suplicar auxílio especial,
sabedoria celestial, para que saibam como planejar e executar sabiamente. Devem
orar especialmente para que Deus batize Seus embaixadores escolhidos nos
campos missionários, com uma rica medida do Seu Espírito. A presença do
Espírito com os obreiros de Deus dará à proclamação da verdade um poder que
nem toda a honra ou glória do mundo dariam. — Atos dos Apóstolos, 49-51. [22]
17
Ore em silêncio, 15 de Janeiro
A oração não é compreendida como devia ser. Nossa oração não deve ter o
fim de informar a Deus sobre qualquer coisa que Ele não sabe. O Senhor conhece
os segredos de cada alma. Nossas súplicas não necessitam ser longas e em voz
alta. Deus lê os pensamentos ocultos. Podemos orar em segredo, e Aquele que
vê secretamente ouvirá, recompensando-nos publicamente.
As orações feitas a Deus para falar-Lhe de toda a nossa indignidade, quando
não nos sentimos absolutamente indignos, são orações hipócritas. É a oração
contrita que o Senhor atende. “Porque assim diz o Alto e o Sublime que habita
na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também
com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para
vivificar o coração dos contritos”. Isaías 57:15.
A oração não tem o fim de operar qualquer mudança em Deus; ela nos põe em
harmonia com Ele. Não ocupa o lugar do dever. Por mais freqüentes e fervorosas
que sejam as orações feitas, jamais serão aceitas por Deus em lugar de nosso
dízimo. A oração não paga nossas dívidas para com o Senhor. [...]
A força adquirida em oração a Deus nos preparará para os deveres diários. As
tentações a que estamos diariamente expostos tornam a oração uma necessidade.
Para sermos guardados pelo poder de Deus mediante a fé, os desejos do espírito
devem estar continuamente ascendendo em silenciosa oração.
Quando nos achamos circundados de influências de molde a nos desviar de
Deus, nossas petições de auxílio devem ser infatigáveis. A menos que assim seja,
jamais seremos bem-sucedidos em vencer o orgulho e o poder da tentação quanto
a pecaminosas condescendências que nos separam do Salvador. A luz da verdade,
santificando a vida, revelará ao que a recebe as pecaminosas paixões de seu
coração, em luta pela predominância, e que lhe tornam necessários a distensão
de cada nervo, o exercício de todas as suas forças para resistir a Satanás, a fim de
[23] poder vencer mediante os méritos de Cristo. — Mensagens aos Jovens, 247-248.
18
Oração pelos filhos, 16 de Janeiro
No tempo de Cristo as mães levaram seus filhos para que Ele lhes impusesse
as mãos e os abençoasse. Por este ato mostraram sua fé em Jesus e a intensa
ansiedade do seu coração pelo bem-estar presente e futuro dos pequenos confiados
a seu cuidado. Mas os discípulos não viram a necessidade de interromper o
Mestre apenas para que notasse as crianças, e como estivessem afastando as
mães, Jesus os repreendeu e ordenou à multidão que abrisse caminho para essas
fiéis mães com seus filhinhos. Disse Ele: “Deixai vir a Mim os pequeninos e não
os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus”. Lucas 18:16.
Ao passarem as mães ao longo da poeirenta estrada e aproximando-se do
Salvador, Ele viu a inadvertida lágrima e o trêmulo lábio como se oferecessem
uma oração em favor dos filhos. Ouviu as palavras de repreensão dos discípulos
e prontamente revogou a ordem. Seu grande coração de amor estava aberto para
receber as crianças. Uma após outra, Ele as tomou nos braços e as abençoou,
enquanto uma criancinha adormeceu, repousando tranqüilamente reclinada contra
o Seu peito. Jesus falou palavras de encorajamento às mães sobre sua obra, e
que alívio isto lhes trouxe ao espírito! Com que alegria se detiveram a falar
sobre a bondade e misericórdia de Jesus, ao recordar a memorável ocasião! Suas
graciosas palavras tinham removido o fardo de seu coração e infundiram nelas
renovada esperança e coragem. Toda impressão de cansaço havia desaparecido.
Esta é uma animadora lição às mães em todo o tempo. Depois de haverem
feito o melhor possível pelo bem dos filhos, podem levá-los a Jesus. Mesmo o
bebê nos braços maternos é precioso a Sua vista. E quando a mãe anseia por
auxílio que ela sabe não poder dispensar-lhes, a graça que não lhes pode conceder,
e lança-se juntamente com os filhos nos misericordiosos braços de Cristo, Ele os
receberá e abençoará; lhes dará paz, esperança e felicidade, a ela e aos filhos. —
O Lar Adventista, 273-274. [24]
19
Uma oração que nos inclui, 17 de Janeiro
Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
Então, repartindo as vestes dEle, lançaram sortes. Lucas 23:34.
20
Sincera busca pela verdade, 18 de Janeiro
21
Oração e reforma, 19 de Janeiro
22
O auxílio dos anjos, 20 de Janeiro
Rapazes e moças, vocês são responsáveis para com Deus pela luz que Ele lhes
tem dado. Esta luz e essas advertências, caso não sejam atendidas, se erguerão
contra vocês no juízo. Seus perigos têm sido claramente expostos; vocês têm
sido advertidos e guardados de todos os lados, cercados de advertências. Na
casa de Deus, têm ouvido as mais solenes e inquiridoras verdades apresentadas
pelos servos de Deus em manifestações do Espírito. Que peso têm esses solenes
apelos sobre seu coração? Que influência exercem sobre seu caráter? Vocês serão
responsáveis por todos esses apelos e advertências. Eles se erguerão no juízo
para condenar os que prosseguem em uma vida de vaidade, leviandade e orgulho.
[...]
Depois de comunicada a luz, depois de haverem sido plenamente esclarecidos
quanto aos riscos que correm, fica sobre vocês a responsabilidade. A maneira
como tratam a luz que Deus lhes envia fará pender a balança para a felicidade
ou o infortúnio. Vocês estão moldando seu próprio destino. Todos vocês têm
uma influência para bem ou para mal sobre a mente e o caráter de outros. E
justamente a influência que exercerem será escrita nos livros do Céu. Um anjo
está observando vocês e registrando suas palavras e ações. Ao se levantarem pela
manhã, vocês experimentam o senso de sua incapacidade, sua necessidade de
forças vindas de Deus? Expõem humilde e sinceramente suas necessidades ao
Pai celestial? Se assim for, os anjos anotam suas orações, e se elas não partiram
de lábios fingidos, quando estiverem em risco de errar inconscientemente, de
exercer uma influência que leve outros a errar, seu anjo da guarda estará ao seu
lado, impulsionando-os a seguir melhor direção, escolhendo as palavras para
proferirem e influenciando suas ações. [...]
Glória imortal e vida eterna são a recompensa oferecida por nosso Redentor
aos que Lhe forem obedientes. Ele lhes tornou possível aperfeiçoarem caráter
cristão mediante o Seu nome, e vencer por si mesmos como Ele venceu em
benefício deles. Ele lhes deu o exemplo na própria vida, mostrando-lhes como
podem vencer. “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é
a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Romanos 6:23. — Testemunhos
para a Igreja 3:363-365. [28]
23
Oração antes das reuniões, 21 de Janeiro
24
Contemplando a Cristo em oração, 22 de Janeiro
Por toda parte do acampamento israelita havia sofredores e mortos que tinham
sido feridos pela picada mortal da serpente. Mas Jesus Cristo falou através coluna
de nuvem, e deu instruções por meio das quais o povo podia ser curado. A
promessa foi feita de que todo aquele que olhasse para a serpente de bronze
viveria; e para os que olharam a promessa foi cumprida. Mas se alguém dissesse:
“Que bem me fará olhar? Eu certamente morrerei pela picada mortal da serpente”;
se eles continuassem a falar de suas feridas mortais, e declarassem que seus casos
eram incorrigíveis, e não cumprissem o simples ato da obediência, morreriam.
Porém, todos os que olharam viveram. [...]
Nossa atenção se volta agora ao Grande Médico. “Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!” Enquanto olharmos para os nossos pecados,
falarmos de nossa triste condição e lamentarmos, nossas feridas e chagas em
putrefação persistirão. Unicamente quando tiramos nossos olhos de nós mesmos,
e os fixamos no Salvador suspenso, é que nossa alma encontra esperança e paz.
O Senhor fala conosco através de Sua Palavra, convidando-nos: “Olhe e viva.”
“Aquele que recebeu Seu testemunho, certificou-se que Deus é verdadeiro. Pois
aquele a quem Deus enviou falou as Suas palavras: pois Deus não deu o Espírito
por medida. O Pai amou o Filho, e às suas mãos confiou todas as coisas. Por isso,
quem crê no Filho tem a vida eterna.”
Há muitas razões pelas quais devemos ser encorajados a esperar pela nossa
salvação. Toda provisão para a nossa salvação foi feita em Jesus Cristo. Não
importa quais tenham sido nossos pecados e fraquezas, há uma fonte aberta na
casa de Davi para todo pecado e impureza. “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o
Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão
brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão
como a lã.” Esta é a palavra do Senhor. Iremos nós aceitá-la? Iremos nós confiar
nEle? — The Signs of the Times, 2 de Abril de 1894. [30]
25
Orações de uma mulher piedosa, 23 de Janeiro
Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu Lhe
fizera. 1 Samuel 1:27.
26
Orar em nome de Jesus, 24 de Janeiro
E tudo quanto pedirdes em Meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho. Se Me pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o
farei. João 14:13-14.
27
Crescimento espiritual, 25 de Janeiro
28
Andar com Deus, 26 de Janeiro
29
Arma eficaz contra o inimigo, 27 de Janeiro
30
Transformados pela comunhão, 28 de Janeiro
31
Caráter cristão, 29 de Janeiro
Jamais poderemos ver nosso Senhor em paz se nosso espírito não for puro.
Precisamos possuir a perfeita imagem de Cristo. Todo pensamento tem de ser
colocado em sujeição à vontade de Cristo. Segundo foi expresso pelo grande
apóstolo, precisamos chegar “à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Jamais
atingiremos essa condição sem diligente esforço. Devemos batalhar diariamente
contra o mal exterior e o pecado interior, se quisermos alcançar a perfeição do
caráter cristão.
Aqueles que se empenham neste trabalho verão muito a ser corrigido em si
mesmos, e dedicarão tanto tempo à oração e a comparar seu caráter com a grande
norma de Deus, a lei divina, que não terão tempo para criticar ou bisbilhotar as
falhas ou julgar o caráter dos outros. O senso de nossas próprias imperfeições deve
levar-nos à humildade e sincera solicitude para que não percamos a vida eterna.
Cada pessoa deve assimilar intimamente as palavras da inspiração: “Examinai-
vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não
reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”
Se o professo povo de Deus se despisse de sua satisfação própria e de suas
falsas idéias do que constitui ser cristão, muitos dos que agora pensam estar no
caminho do Céu perceberiam estar no caminho da perdição. Muitos arrogantes
professos [religiosos] tremeriam como uma folha na tempestade se seus olhos
fossem abertos para ver o que verdadeiramente é a vida espiritual. Quem dera
que aqueles que agora repousam em falsa segurança pudessem ser despertados
para ver a contradição entre sua profissão de fé e sua conduta diária.
Para ser cristãos ativos, devemos ter uma conexão vital com Cristo. [...]
Quando as afeições são santificadas, nossas obrigações para com Deus se tornam
prioridade, tudo mais se torna secundário. Para ter um firme e sempre crescente
amor a Deus, e uma percepção clara do Seu caráter e de seus atributos, devemos
manter os olhos da fé constantemente fixados nEle. Cristo é a vida da alma.
Precisamos estar nEle e Ele em nós, do contrário somos ramos sem vigor. — The
[37] Review and Herald, 30 de Maio de 1882.
32
Humildade de coração, 30 de Janeiro
33
A oração conduz à verdade, 31 de Janeiro
Antes de prosseguir para o Seu conflito final com os poderes das trevas, Jesus
levantou os olhos ao Céu e orou por Seus discípulos. [...]
Sua preocupação era que aqueles que acreditaram nEle pudessem estar prote-
gidos contra o mal deste mundo, e santificados pela verdade. Ele não nos deixa a
vaguear supondo o que seja a verdade, mas acrescenta: “Tua palavra é a verdade”.
A Palavra de Deus é o meio pelo qual a nossa santificação será realizada.
É de suma importância, então, que nos familiarizemos com as sagradas
instruções da Bíblia. Compreender as palavras de vida é tão necessário para
nós como foi para os discípulos serem informados sobre o plano da salvação.
Seremos indesculpáveis se, por nossa própria negligência, formos ignorantes
quanto às afirmações da Palavra de Deus. Ele nos deu a Sua Palavra, a revelação
da Sua vontade, e prometeu o Espírito Santo àqueles que Lhe pedirem, para
guiá-los em toda verdade. E todo ser que honestamente deseja fazer a vontade de
Deus deve conhecer a doutrina. [...]
Desde o tempo em que o Filho de Deus enfrentou o altivo preconceito e a
descrença da humanidade, não tem havido mudança na atitude do mundo com
respeito à religião de Jesus. Os servos de Cristo terão que enfrentar o mesmo
espírito de oposição e censura, e seguir em frente “sem partidários, suportando
sua difamação”. [...]
Seu ensinamento [de Jesus] era simples, claro e compreensível. As verdades
práticas que proferiu tinham um poder convincente, e captavam a atenção das
pessoas. Multidões se demoravam ao Seu lado, maravilhadas com Sua sabedoria.
Sua conduta correspondia às grandes verdades que proclamava. Não havia des-
culpa, hesitação, nem sombra alguma de dúvida ou incerteza de que pudesse ser
diferente do que declarara. Ele falou do terrestre e do celestial, do humano e do
divino, com autoridade inegável; e o povo “ficou abismado com Sua doutrina:
pois Sua palavra tinha poder”. [...]
É de suma importância e interesse para nós que entendamos o que é a verdade,
e nossas petições devem subir com intenso fervor para que possamos ser guiados
[39] a toda verdade. — The Review and Herald, 7 de Fevereiro de 1888.
34
Fevereiro
A obediência de Jesus, 1 de Fevereiro
36
O resultado da desobediência, 2 de Fevereiro
Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês,
como Deus, serão conhecedores do bem e do mal. Gênesis 3:5 (NVI).
Quando Eva viu “que aquela árvore parecia agradável ao paladar, era atraente
aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu
fruto, comeu-o”. [...] Gênesis 3:6. Era agradável ao paladar e, enquanto comia,
pareceu-lhe sentir um poder vivificador, imaginou-se entrando em uma condição
superior de existência. Havendo já transgredido, tornou-se uma tentadora para
seu marido, e “ele comeu também”. Gênesis 3:6.
“Seus olhos se abrirão”, disse o inimigo, “e vocês, como Deus, serão conhece-
dores do bem e o mal”. Gênesis 3:5. Seus olhos se abriram mesmo, mas como foi
triste! O conhecimento do mal, a maldição do pecado, foi tudo o que ganharam
os transgressores. O fruto nada tinha propriamente de venenoso, e o pecado não
consistiu meramente em ceder ao apetite. Foi a desconfiança da bondade de Deus,
descrença em Sua palavra, e a rejeição de Sua autoridade que tornaram nossos
primeiros pais transgressores, e que trouxeram a este mundo o conhecimento do
mal. Foi isto que abriu a porta para todas as espécies de falsidades e erros.
O homem perdeu tudo porque preferiu ouvir o enganador em lugar dAquele
que é a verdade, o único que possui entendimento. Pela mistura o mal com o
bem, a mente humana se tornou confusa, e suas faculdades mentais e espirituais
foram entorpecidas. Não mais poderia apreciar o bem que Deus tão livremente
havia concedido.
Adão e Eva tinham escolhido a ciência do mal; e se em algum tempo re-
cuperassem o lugar que haviam perdido, deveriam fazê-lo sob as condições
desfavoráveis que tinham acarretado sobre si. Não deveriam mais habitar o Éden,
pois em sua perfeição não lhes poderia ensinar as lições cuja aprendizagem agora
era essencial. Com indizível tristeza, despediram-se daquele belo ambiente, e
saíram para habitar a terra onde repousava a maldição do pecado. [...]
Onde antes se encontrava escrito apenas o caráter de Deus, o conhecimento do
bem, agora se achava também escrito o caráter de Satanás, a ciência do mal. Pela
natureza, que agora revelava o conhecimento do bem e do mal, devia o homem
ser continuamente advertido quanto aos resultados do pecado. — Educação,
25-26. [41]
37
A promessa da redenção, 3 de Fevereiro
Ao ver a queda de uma flor e de uma folha, Adão e sua companheira teste-
munharam os primeiros sinais da decadência. De maneira clara, perceberam a
cruel realidade de que todas as criaturas vivas deveriam morrer. Mesmo o ar, de
que dependia a sua vida, continha as sementes da morte.
Continuamente se lembravam também de seu domínio perdido. Entre os seres
inferiores, Adão se achara como rei, e enquanto permaneceu fiel a Deus, toda a
natureza reconheceu o seu governo; mas, após a transgressão, foi despojado desse
domínio. O espírito de rebelião a que ele próprio havia dado entrada, estendeu-se
por toda a criação animal. Assim, não somente a vida humana, mas a natureza dos
animais, as árvores da floresta, a relva do campo, o próprio ar que ele respirava,
tudo apresentava a triste lição do conhecimento do mal.
Entretanto o homem não ficou abandonado aos resultados do mal que havia
escolhido. Na sentença pronunciada sobre Satanás, ficou notificado que haveria
redenção. “Porei inimizade entre você e a mulher”, disse Deus, “e entre a sua
descendência a o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá
o calcanhar”. Gênesis 3:15. Esta sentença proferida aos ouvidos de nossos
primeiros pais, era uma promessa. Antes de ouvirem acerca dos espinhos e
cardos, de trabalhos e tristezas que deveriam ser o seu quinhão, ou do pó a que
deveriam voltar, ouviram palavras que não poderiam deixar de lhes dar esperança.
Tudo que se havia perdido, rendendo-se a Satanás, poderia ser recuperado por
meio de Cristo.
O mesmo nos é sugerido também pela natureza. Apesar de maculada pelo
pecado, ela fala não somente da criação, mas também da redenção. Embora a
terra seja testemunha da maldição, com sinais evidentes de decadência, é ainda
rica e bela nos indícios de um poder que confere vida. [...]
Onde quer que o mal tenha chegado, pode-se ouvir a voz de nosso Pai or-
denando a Seus filhos que vejam nos seus resultados a natureza do pecado,
admoestando-os a abandonar a maldade e convidando-os a receber o bem (Ed, p.
[42] 26, 27).
38
Autoridade suprema, 4 de Fevereiro
A Palavra de Deus deve ser obedecida sem questionamento; ela tem de ser
a suprema autoridade em nossa vida. Saul se desviou do claro mandamento do
Senhor, e procurou acalmar o peso da consciência persuadindo a si mesmo de
que o Senhor aceitaria seu sacrifício e deixaria passar sua desobediência. Quando
Samuel, o profeta, veio ao seu encontro, Saul agiu como se considerasse a si
mesmo um homem justo, e exclamou: “Bendito sejas tu do Senhor; executei as
palavras do Senhor”. 1 Samuel 15:13.
Mas as inconfundíveis provas de sua desobediência eram tão evidentes que
sua afirmação de obediência era de pouco valor. “Então, disse Samuel: Que
balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos e o mugido de bois que ouço?
Respondeu Saul: De Amaleque os trouxeram; porque o povo poupou o melhor
das ovelhas e dos bois, para os sacrificar ao Senhor, teu Deus. [...] Porém Samuel
disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto
em que se obedeça à Sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar,
e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o
pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar.
Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, Ele também te rejeitou a ti, para que não
sejas rei”. 1 Samuel 15:14-15, 22-23. [...]
A Palavra de Deus deve ser autoridade suprema. O Senhor disse: “Não violarei
a Minha aliança, nem modificarei o que os Meus lábios proferiram”. Salmos
89:34. Deus não pode mudar um só ponto de Sua lei sem deixar de ser supremo.
As pessoas não podem torcer a lei de Deus para a acomodarem às suas idéias, e,
ao deixar de harmonizar sua vida com ela, quebram seus mandamentos e violam
seus preceitos. O mundo aprenderá tarde demais que não pode julgar a Palavra
de Deus, mas que ela o julgará. Melhor seria que todos considerassem quão tolo
e quão perverso é argumentar com Deus! Melhor seria, que cessassem de opor
sua vontade à vontade do Infinito! Os que se opõem a Deus ainda aprenderão
que ao fazerem isso terão abandonado o único caminho que leva à santidade, à
felicidade e ao Céu. — The Signs of the Times, 9 de Janeiro de 1896. [43]
39
Podemos obedecer, 5 de Fevereiro
40
Obediência por princípio, 6 de Fevereiro
Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a
vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em
tempo algum. 2 Pedro 1:10.
A vida eterna vale tudo o que somos e possuímos, e Jesus disse: “Qualquer
de vós que não renunciar a tudo o que possui não pode ser Meu discípulo”.
Lucas 14:33 (NVI). Aquele que nada faz, esperando ser coagido por algum poder
sobrenatural, continuará esperando imerso em apatia e trevas. Deus deu Sua
Palavra. Ele fala a nossa alma em linguagem inconfundível. Não basta a palavra
de Sua boca para mostrar qual é o nosso dever e nos incentivar a cumpri-lo?
Os que examinam humilde e devotamente as Escrituras para conhecer e fazer
a vontade de Deus, não ficarão em dúvidas quanto a suas obrigações para com Ele.
Porque “se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina, conhecerá
se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo”. João 7:17. Se querem conhecer o
mistério da piedade, vocês devem seguir a singela palavra da verdade, quer haja
ou não sentimentos ou emoções. A obediência deve provir de um sentimento de
princípios, e em todas as circunstâncias deve-se fazer o que é correto. Este é o
caráter escolhido por Deus para salvação.
A prova da autenticidade do cristão é dada na Palavra de Deus. Disse Jesus:
“Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos”. João 14:15. “Aquele que
tem os Meus mandamentos e os guarda, este é o que Me ama; e aquele que Me
ama será amado por Meu Pai, e Eu o amarei e Me manifestarei a ele. [...] Se
alguém Me ama, guardará a Minha palavra, e Meu Pai o amará, e viremos para
ele e faremos nele morada. Quem não Me ama não guarda as Minhas palavras;
ora, a palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou”. João 14:21,
23-24.
Eis aí as condições de acordo com as quais cada um será escolhido para a vida
eterna. Nossa obediência aos mandamentos de Deus evidenciará nosso direito a
uma herança com os santos na luz. Deus estabeleceu um padrão de caráter, e a
todo aquele que, pela graça de Cristo, alcance a norma por Ele requerida, será
amplamente suprida a entrada no reino de glória. — Fundamentos da Educação
Cristã, 125-126. [45]
41
Promessa de obediência, 7 de Fevereiro
42
O exemplo de Cristo, 8 de Fevereiro
[As Escrituras contam] a história muito importante que cada ser humano
deve conhecer. De um lado é apresentada a desobediência de Adão, com suas
conseqüências; de outro lado, a obediência de Cristo. O jardim do Éden foi
desonrado pela desobediência de Adão; mas como por aquela única desobediência
muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de Um só,
muitos se tornarão justos.
O mundo foi honrado com a presença de um Homem que foi total e comple-
tamente obediente — Aquele que não apenas acreditou nos requisitos da lei de
Deus e os ensinou, mas viveu a lei. Toda a sua vida foi uma representação dos
seus santos princípios. Sua obediência foi manifestada na horrível agonia que
suportou no jardim do Getsêmani; e através de Seu sofrimento Ele trouxe perdão
ao desobediente.
Quando Cristo deu aos discípulos as condições da salvação, disse: “Se alguém
quer vir após Mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-Me”.
Lucas 9:23. Negar a si mesmo e tomar a cruz está diretamente no caminho de
todo aquele que seguir a Jesus. Nosso avanço para o Céu encontrará oposição a
cada passo, pois Satanás virá de muitas maneiras para desencaminhar, enganar, e
cobrir o pecado com aparência do bem. [...]
Insisto que vocês [...] considerem cuidadosamente a abnegação e o sacrifício
que Cristo suportou em seu favor, para que, se assim escolherem, possam en-
contrar nesta vida a felicidade e paz que só Ele pode dar, e mais tarde a eterna
bem-aventurança. Então, não querem vocês se tornar missionários por Cristo?
Não estão desejosos de negar a si mesmos por Sua causa, para refletirem sobre o
modo como podem servir Àquele que tanto nos serviu ao nos redimir do poder
do pecado e de Satanás? Quando na terra, Cristo disse de Si mesmo: “Pois, no
meio de vós, Eu sou como quem serve”. Lucas 22:27. Ele não se esforçou para
obter a mais alta posição; pois era manso e humilde de coração. Ele nos convida
a aprender dEle, a tomar o Seu jugo — o jugo da obediência a cada preceito de
Jeová. — The Youth’s Instructor, 1 de Abril de 1897. [47]
43
Obediência através da graça, 9 de Fevereiro
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom
de Deus. Efésios 2:8.
44
O modelo de obediência, 10 de Fevereiro
Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência,
desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou
da obediência para a justiça? Romanos 6:16.
Adão não parou para pensar no resultado de sua desobediência. [...] Com
a visão posterior que somos privilegiados de ter, podemos ver o que significa
desobedecer aos mandamentos de Deus. Adão cedeu à tentação, e como temos a
questão do pecado e suas conseqüências tão claramente exposta, podemos partir
da causa para o efeito e ver que a importância do ato não é o que constitui pecado,
e sim a desobediência à expressa vontade de Deus, que é uma negação virtual de
Deus, rejeitando as leis de Seu governo.
A felicidade do homem está em sua obediência às leis de Deus. Ao obedecer-
lhes, é como se ele fosse circundado por uma cerca e protegido do mal. Nenhum
homem pode ser feliz ao abandonar os requisitos específicos de Deus e estabe-
lecer critérios próprios que ele acha que pode com segurança. Se fosse assim,
haveria uma variedade de critérios a serem ajustados às diferentes mentalidades,
o controle seria arrebatado das mãos de Deus, e os seres humanos assumiriam
o governo. A lei do egoísmo seria enaltecida, a vontade do homem se tornaria
suprema, e quando a elevada e santa vontade de Deus fosse apresentada a fim de
ser obedecida, respeitada e honrada, a vontade humana desejaria seguir as suas
próprias inclinações, e haveria conflito entre o instrumento humano e o divino.
A queda de nossos primeiros pais quebrou a cadeia dourada de implícita
obediência da vontade humana à divina. A obediência não mais é considerada
uma necessidade absoluta. Os instrumentos humanos seguem suas próprias
invenções, as quais o Senhor disse que eram continuamente más, ao Se referir
aos habitantes do mundo antigo. O Senhor Jesus declara: “Eu tenho guardado os
mandamentos de Meu Pai”. João 15:10. Como? Como homem. Eis que venho
para fazer a Tua vontade, ó Deus. Às acusações dos judeus Ele respondeu com o
Seu caráter puro, virtuoso e santo, e os desafiou dizendo: “Quem dentre vós Me
convence de pecado?” João 8:46. [...]
O Filho unigênito do infinito Deus, através de Suas palavras e de Seu exemplo
prático, deixou-nos um modelo simples, que devemos imitar. Por Suas palavras
Ele nos ensinou a obedecer a Deus, e por experiência própria nos mostra como
podemos obedecer-Lhe. — Refletindo a Cristo, 48, 332. [49]
45
A lei e a felicidade, 11 de Fevereiro
Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne,
isso fez Deus enviando o Seu próprio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na
carne, o pecado. Romanos 8:3.
46
A recompensa da obediência, 12 de Fevereiro
Filhos que desonram e desobedecem aos pais, e não levam em conta seus
conselhos e instruções, não podem ter parte na Terra renovada. A Terra purificada
não será lugar para o filho ou filha rebelde, desobediente, ingrato. A menos que
aprendam obediência e submissão aqui, jamais a aprenderão; a paz dos redimi-
dos não será perturbada por filhos desobedientes, indisciplinados, insubmissos.
Nenhum transgressor do mandamento pode herdar o reino do Céu. [...]
O que os jovens tiverem que fazer, mediante palavras ou ações, deve ser
feito em nome de Jesus, dando graças a Deus, o Pai, por Ele. Vi que poucos
jovens compreendem o que é ser cristãos, ser semelhantes a Cristo. Precisam
aprender as verdades da Palavra de Deus antes de poderem conformar sua vida
com o Modelo. Não há um jovem entre vinte que tenha experimentado em
sua vida aquela separação do mundo que o Senhor exige de todos os que se
tornam membros de Sua família, filhos do Rei celestial. “Portanto, ‘saiam do
meio deles e separem-se’, diz o Senhor. ‘Não toquem em coisas impuras, e Eu
os receberei; e lhes serei Pai, e vocês serão Meu filhos e Minhas filhas’, diz o
Senhor Todo-poderoso”. 2 Coríntios 6:17-18 (NVI).
Que promessa é feita aqui sob condição de obediência! Estão vocês dispostos
a libertar-se de amigos e parentes ao decidirem obedecer às elevadas verdades da
Palavra de Deus? Sejam corajosos, Deus fez provisão para vocês. Seus braços
estão abertos para recebê-los. Saiam do meio deles e separem-se, não toquem
“em coisas impuras” (2 Coríntios 6:17), e Ele os receberá. Ele promete ser um Pai
para vocês. Oh, que parentesco esse! Mais elevado e santo do que qualquer laço
terrestre. Se fizerem o sacrifício, se for preciso deixar pai, mãe, irmãs, irmãos,
esposa e filhos por amor a Cristo, vocês não ficarão sem amigos. Deus os adotará
em Sua família; vocês se tornarão membros da casa real, filhos e filhas do Rei
que governa no Céu dos céus. Podem vocês desejar posição maior do que essa
promessa? Isso não é suficiente? — Testemunhos para a Igreja 1:497-498, 510. [51]
47
Famílias que glorificam a Cristo, 13 de Fevereiro
Deve-se ensinar às crianças que elas são parte de um lar sólido. Elas são
alimentadas, vestidas, amadas e cuidadas; e precisam responder a esses muitos
favores trazendo toda a felicidade possível à família da qual são membros. Assim
se tornam filhos de Deus, missionários no círculo do lar.
Se os pais negligenciarem a educação de seus filhos, estão privando-os do que
é necessário para o desenvolvimento simétrico e completo do caráter, que seria a
maior bênção para eles em toda a vida. Quando se permite que as crianças sigam
seus próprios caminhos, elas recebem a idéia de que seus desejos e vontades
devem ser satisfeitos. Educadas deste modo, elas levam a toda a sua experiência
religiosa as deficiências da educação do lar.
Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do Céu. Que os
pais e filhos conservem em mente este fato cada dia, mantendo entre si relações
de membros da família de Deus. Então sua vida será de tal natureza que dará
ao mundo uma lição objetiva do que podem ser famílias que amam a Deus e
guardam os Seus mandamentos. Cristo será glorificado; Sua paz, graça e amor
impregnarão o círculo da família como um precioso perfume. A vida dos filhos
de missionários cristãos será uma linda oferta a Deus. Isso alegrará o coração de
Jesus, e será considerada por Ele como a mais preciosa oferta que pode receber.
Que o Senhor Jesus Cristo seja adorado em cada família. Se os pais derem aos
filhos a devida educação, eles mesmos ficarão felizes ao ver os frutos da cuidadosa
instrução expressos num caráter semelhante ao de Cristo. Estão fazendo para
Deus a mais sublime obra ao apresentar ao mundo famílias bem ordenadas e
disciplinadas, famílias que não apenas temem ao Senhor, mas que O honram e
O glorificam pela influência que exercem sobre outras famílias; e receberão o
[52] galardão. — The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896.
48
Paz e felicidade, 14 de Fevereiro
49
Alegria na obediência, 15 de Fevereiro
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se
achou iniqüidade em ti. [...] se encheu o teu interior de violência, e pecaste.
Ezequiel 28:15-16.
50
Poder para obedecer, 16 de Fevereiro
Porque não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das
nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa
semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente,
junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos
graça para socorro em ocasião oportuna. Hebreus 4:15-16.
Satanás apresenta a divina lei de amor como uma lei de egoísmo. Declara que
é impossível obedecer aos seus preceitos. A queda de nossos primeiros pais, com
toda a miséria resultante, ele atribui ao Criador, levando os homens a olharem a
Deus como autor do pecado, do sofrimento e da morte. Jesus devia desmascarar
esse engano. Como um de nós, cumpria-Lhe dar exemplo de obediência. Para
isso tomou sobre Si a nossa natureza e passou por nossas provas. “Convinha que
em tudo fosse semelhante aos irmãos”. Hebreus 2:17.
Se tivéssemos de sofrer qualquer coisa que Cristo não houvesse suportado,
Satanás apresentaria o poder de Deus como insuficiente para nós. Portanto, Jesus
“como nós, em tudo foi tentado”. Hebreus 4:15. Sofreu toda provação a que
estamos sujeitos. E não exerceu em Seu próprio proveito qualquer poder que
não esteja livremente ao nosso alcance. Como homem, enfrentou a tentação e
venceu-a com o poder que Lhe foi dado por Deus. Diz Ele: “Deleito Me em fazer
a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração”. Salmos
40:8.
Enquanto andava fazendo o bem e curando todos os aflitos do diabo, tornava
evidente aos homens o caráter da lei de Deus e a natureza de Seu serviço. Sua
vida testemunhava ser possível obedecermos também à lei de Deus.
Por Sua humanidade, Cristo estava em contato com a humanidade; por Sua
divindade, firma-Se no trono de Deus. Como Filho do homem, deu-nos um
exemplo de obediência; como Filho de Deus, dá-nos poder para obedecer. [...]
Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o
tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos
quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na
qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a
vida que a Ele pertencia. “Pelas Suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53:5. —
O Desejado de Todas as Nações, 24-25. [55]
51
O exemplo de Abraão, 17 de Fevereiro
No Monte Moriá, outra vez, Deus renovou Seu concerto, confirmando com
juramento solene a bênção a Abraão e sua semente, por todas as gerações vindou-
ras: “Por Mim mesmo, jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste esta ação e não Me
negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei e grandissimamente
multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e como a areia que está na
praia do mar”. Gênesis 22:16-17. [...]
O grande ato de fé, de Abraão, permanece como uma coluna de luz, ilumi-
nando o caminho dos servos de Deus em todos os séculos subseqüentes. Abraão
não procurou esquivar-se de fazer a vontade de Deus. Durante aquela viagem de
três dias, ele teve tempo suficiente para raciocinar, e para duvidar de Deus, se
estivesse disposto a isto. [...] Abraão era humano; suas paixões e afeições eram
semelhantes às nossas; mas não se deteve a discutir como a promessa poderia
se cumprir caso Isaque fosse morto. Não se deteve a argumentar com o seu
coração dolorido. Sabia que Deus é justo e reto em todas as Suas reivindicações,
e obedeceu à ordem ao pé da letra. [...]
Foi para impressionar o espírito de Abraão com a realidade do evangelho,
bem como para provar sua fé, que Deus o mandou matar seu filho. A angústia que
ele sofreu durante os dias tenebrosos daquela terrível prova foi permitida para
que compreendesse, por sua própria experiência, algo da grandeza do sacrifício
feito pelo infinito Deus para a redenção do homem. Nenhuma outra prova poderia
ter causado a Abraão tal tortura de alma, como a oferta de seu filho. [...] Que
prova mais forte se pode dar da infinita compaixão e amor de Deus? “Aquele que
nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como
nos não dará também com Ele todas as coisas?”. Romanos 8:32. — Patriarcas e
[56] Profetas, 153-154.
52
Uma lei para todas as épocas, 18 de Fevereiro
53
Desobediência e rebelião, 19 de Fevereiro
Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e
assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos Céus;
aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no
reino dos Céus. Mateus 5:19.
54
O prazer de obedecer, 20 de Fevereiro
É essencial que cada súdito do reino de Deus seja obediente à Sua lei, a fim
de que Sua infinita glória possa ter um estabelecimento perfeito. Os professos
seguidores de Cristo são testados nesta vida para ver se irão ou não ser obedientes
a Deus. A obediência resultará em felicidade e assegurará a recompensa da vida
eterna.
A falha de Adão em um ponto resultou em terríveis conseqüências e o pecado
cresceu em proporção tão vasta que não pode ser medido. Mas em meio à rebelião
e apostasia, em meio aos que foram desleais, impenitentes e obstinados, Deus se
volta para os que O amam e guardam os Seus mandamentos, e diz: “Eu amo os
que Me amam” (Provérbios 8:17), e lhes farei herdar riquezas. “Tomarei vingança
contra os Meus adversários e retribuirei aos que Me odeiam”. Deuteronômio
32:41.
Cristo viveu de acordo com os princípios morais do governo de Deus, e
cumpriu as especificações da lei divina. Ele representou a beneficência da lei em
Sua vida humana. O fato de a lei ser santa, justa e boa deve ser testemunhado
a todas as nações, línguas, e povos, para mundos não caídos, para os anjos,
serafins e querubins. Os princípios da lei de Deus foram manifestados no caráter
de Jesus Cristo, e aquele que coopera com Cristo, tornando-se participante da
natureza divina, desenvolverá um caráter divino e se tornará um exemplo da
lei divina. Cristo no coração levará toda a pessoa — corpo, mente e espírito —
em servidão para obediência de justiça. Os verdadeiros seguidores de Cristo
estarão em conformidade com a mente, vontade e caráter de Deus, e os grandes
princípios da lei serão demonstrados na humanidade. [...]
Satanás declarara que Deus nada conhecia de abnegação, misericórdia e
amor, mas que era severo, exigente e irreconciliável. Ele jamais experimentou o
amor perdoador de Deus, pois nunca demonstrou genuíno arrependimento. Sua
representação de Deus foi incorreta; ele foi uma testemunha falsa, um acusador
de Cristo, e um acusador de todo aquele que abandona o jugo satânico, e retorna
para obedecer de boa vontade ao Deus do Céu. — The Review and Herald, 9 de
Março de 1897. [59]
55
A natureza obedece, 21 de Fevereiro
56
Obediência a Deus, 22 de Fevereiro
57
Obediência atrativa, 23 de Fevereiro
Homens e mulheres não devem ousar colocar de lado a grande lei moral de
Deus e erigir uma lei de acordo com seu próprio julgamento finito. É porque
medem a si mesmos pelos outros e vivem de acordo com suas próprias normas,
que a iniqüidade cresce e o amor de muitos se esfria. A lei de Deus é desprezada,
por causa disso muitos tomam a liberdade de transgredi-la, e mesmo aqueles que
têm a luz da verdade estão vacilantes em sua lealdade à lei de Deus. Será que a
corrente do mal que está se formando para a perdição os levará? Ou lutarão eles,
com coragem e fidelidade, contra a corrente e manterão a lealdade a Deus em
meio ao mal prevalecente? [...]
Aqueles que professam servir a Deus devem fazer a obra de aliviar o oprimido.
Devem produzir o fruto da árvore boa. Aqueles que são verdadeiramente de Cristo
não trarão opressão ao lar ou à igreja. Pais que estão seguindo ao Senhor ensinarão
diligentemente a seus filhos os estatutos e mandamentos do Senhor; mas não
o farão de modo que o serviço de Deus se torne repulsivo aos filhos. Onde os
pais amam a Deus com todo o coração, a verdade como retratada por Jesus será
praticada e ensinada no lar. [...]
Devemos examinar cuidadosamente a nós mesmos. [...] Temos que suplicar a
Deus por visão espiritual, para que possamos discernir nossos erros e entender
nossos defeitos de caráter. Se temos sido críticos e condenadores, cheios de
censura, falando sobre dúvida e trevas, temos um trabalho de arrependimento
e reforma a fazer. Devemos andar na luz, falando palavras que trarão paz e
felicidade. Jesus deve habitar no coração. E onde Ele está, em lugar de trevas,
queixumes e lamentações, haverá a fragrância de caráter. — The Review and
[62] Herald, 12 de Junho de 1894.
58
A lei de Deus é perfeita, 24 de Fevereiro
O mesmo Jesus que, velado pela coluna de nuvem, guiou a multidão hebréia,
é nosso líder. Aquele que deu leis sábias, justas e boas a Israel, tem falado a
nós tão verdadeiramente quanto falou a eles. Nossa prosperidade e felicidade
dependem de nossa firme obediência à lei de Deus. A sabedoria finita não poderia
melhorar um preceito sequer daquela santa lei. Nenhum dos dez preceitos pode
ser quebrado sem a deslealdade ao Deus do Céu. Para a nossa própria felicidade
e a felicidade de todos que nos cercam é essencial guardar cada jota e til da lei.
“Grande paz têm os que amam a Tua lei; para eles não há tropeço.” No entanto,
criaturas finitas apresentarão às pessoas esta lei santa, justa e boa como um jugo
de escravidão — um jugo que não podem carregar! Só o transgressor é que não
pode ver beleza na lei de Deus.
O mundo inteiro será julgado por essa lei. Ela atinge até mesmo os intentos e
propósitos do coração, e exige pureza nos mais secretos pensamentos, desejos, e
inclinações. Ela requer de nós amor a Deus acima de tudo, e ao nosso próximo
como a nós mesmos. Sem o exercício desse amor, a maior profissão de fé é mera
hipocrisia. Deus requer de todo ser da família humana, perfeita obediência à Sua
lei. “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna
culpado de todos”. Tiago 2:10.
O mínimo desvio da lei, por negligência ou transgressão deliberada, é pecado,
e todo pecado expõe o pecador à ira de Deus. O coração não renovado odiará as
restrições da lei de Deus, e lutará para se livrar de Suas santas reivindicações.
Nosso eterno bem-estar depende da exata compreensão da lei de Deus, de uma
profunda convicção do seu santo caráter, e uma pronta obediência aos seus
requisitos. Homens e mulheres devem estar convictos do pecado antes de sentir
necessidade de Cristo. [...] Aqueles que com seus pés pisam a lei de Deus têm
rejeitado o único meio que mostra ao transgressor o que é o pecado. Estão fazendo
o trabalho do grande enganador. — The Signs of the Times, 3 de Março de 1881. [63]
59
Modelo de obediência, 25 de Fevereiro
E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém,
guardava todas estas coisas no coração. Lucas 2:51.
Quando Cristo tinha doze anos, foi com Seus pais a Jerusalém para assistir à
festa da Páscoa, e, ao voltarem, Ele Se perdeu na multidão. Depois de O procura-
rem por três dias, José e Maria O encontraram no pátio do templo, “assentado
no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que O ouviam
admiravam a Sua inteligência e respostas”. Lucas 2:46-47. Fazia Suas perguntas
com uma graça que encantava esses homens instruídos. Era um modelo perfeito
para todo jovem. Manifestava sempre deferência e respeito para com os mais
idosos. A religião de Cristo nunca levará qualquer criança a ser rude e descortês.
Quando José e Maria encontraram Jesus, ficaram maravilhados, “e Sua mãe
lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à
Tua procura. Ele lhes respondeu: Por que Me procuráveis?” Apontando para o
céu, Ele continuou: “Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai?”
Lucas 2:48-49. Quando Ele disse essas palavras a divindade brilhou através da
humanidade. A luz e glória do céu iluminaram Seu semblante. [...]
Cristo só iniciou Seu ministério público dezoito anos depois, mas estava
constantemente servindo a outros, aproveitando toda oportunidade que Lhe era
oferecida. Mesmo em Sua infância, proferia palavras de conforto e ternura para
jovens e idosos. Sua mãe não podia deixar de notar Suas palavras, espírito e
voluntária obediência a tudo que dEle requeriam.
Não é correto dizer, como fazem muitos escritores, que Cristo era como todas
as crianças. Ele não foi como todas as crianças. Muitas delas são mal orientadas
e dirigidas. [...] Jesus foi instruído com o divino caráter de Sua missão. Sua
inclinação para o que era direito foi uma contínua satisfação para Seus pais. As
perguntas que Ele fazia os levavam a estudar mais diligentemente os grandes
elementos da verdade. Suas palavras comoventes quanto à natureza e o Deus da
natureza abriam e iluminavam a mente deles. — The Youth’s Instructor, 8 de
[64] Setembro de 1898.
60
O cumprimento das promessas, 26 de Fevereiro
Hoje, fizeste o Senhor declarar que te será por Deus, e que andarás nos
Seus caminhos, e guardarás os Seus estatutos, e os Seus mandamentos, e os
Seus juízos, e darás ouvidos à Sua voz. Deuteronômio 26:17.
61
Recompensa imediata e eterna, 27 de Fevereiro
62
Santificação e obediência, 28 de Fevereiro
Pois a vossa obediência é conhecida por todos; por isso, me alegro a vosso
respeito; e quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal.
Romanos 16:19.
63
Março
Tempo para estudar o apocalipse, 1 de Março
66
Nosso advogado divino, 2 de Março
Por isso, festejai, ó Céus, e vós, os que neles habitais. Ai da Terra e do mar,
pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco
tempo lhe resta. Apocalipse 12:12.
67
Uma mensagem para o nosso tempo, 3 de Março
“Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a Terra levantou a mão direita
para o Céu e jurou por Aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que
criou o Céu, a Terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora”.
Apocalipse 10:5-6. Esta mensagem anuncia o fim dos períodos proféticos. A
decepção dos que esperavam ver o Senhor em 1844 foi na verdade amarga para
os que haviam aguardado tão zelosamente Seu aparecimento. Era desígnio do
Senhor que viesse esse desapontamento e se revelassem os corações.
Não baixa sobre a igreja nenhuma nuvem para a qual Deus não esteja prepa-
rado; nenhuma força oponente se tem erguido para opor-se à obra de Deus, que
Ele não a haja previsto. [...] Todos os Seus desígnios se cumprirão e serão estabe-
lecidos. Sua lei se acha ligada a Seu trono, e os agentes satânicos aliados com
instrumentos humanos não a podem destruir. A verdade é inspirada e guardada
por Deus; ela viverá, e vencerá, embora às vezes pareça obscurecida.
O evangelho de Cristo é a lei exemplificada no caráter. Os enganos praticados
contra ela, toda invenção para vindicar a falsidade, todo erro forjado por instru-
mentos satânicos, serão finalmente para sempre destruídos, e a vitória da verdade
será como o surgimento do Sol ao meio-dia. O Sol da Justiça brilhará trazendo
saúde em Suas asas, e a Terra inteira se encherá de Sua glória. [...]
Velhas controvérsias serão reavivadas, e novas teorias surgirão continuamente.
O povo de Deus, porém, que em sua crença e cumprimento de profecia desem-
penhou uma parte na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens
angélicas, sabe onde se encontra. Possuem uma experiência que é mais preciosa
do que o ouro fino. Devem permanecer firmes como a rocha, retendo firmemente
[70] o princípio de sua confiança até o fim. — Mensagens Escolhidas 2:108-109.
68
Usando o tempo com sabedoria, 4 de Março
Cristo deu a todo ser humano a sua obra, e devemos admitir a sabedoria do
plano que fez para nós por meio de genuína cooperação com Ele. A verdadeira
felicidade se encontra unicamente numa vida de serviço. Aqueles que vivem vida
inútil e egoísta são miseráveis. Estão descontentes consigo mesmo e com todas
as outras pessoas.
Trabalhadores genuínos, altruístas e consagrados usam com prazer seus mais
elevados dons nos serviços mais humildes. Reconhecem que o verdadeiro serviço
significa compreender e cumprir os deveres que Deus indica.
Muitos há que não estão contentes com a obra que Deus lhes deu. Não
estão satisfeitos em servi-Lo agradavelmente no lugar que Ele lhes designou, ou
realizar sem murmuração a obra que pôs em suas mãos.
É justo ficar malsatisfeitos com a maneira como cumprimos o dever, mas não
devemos estar descontentes com o dever em si mesmo, por preferirmos fazer outra
coisa. Em Sua providência, Deus coloca diante das criaturas humanas trabalho
que será qual remédio para sua mente enferma. Assim, Ele busca levá-los a pôr
de lado a preferência egoísta que, se satisfeita, os tornaria incapazes para a obra
que tem para eles. Se aceitarem e realizarem esse serviço, sua mente será curada.
Se recusarem, serão deixados a lutar consigo mesmos e com os outros.
Deus disciplina Seus obreiros a fim de que se prepararem para preencher os
lugares que lhes são designados. Ele deseja moldar-lhes a mente de acordo com
a Sua vontade. Para este propósito Ele os submete a testes e provas. Ele coloca
alguns em lugar em que a frouxa disciplina e o excesso de condescendência não
se torne um laço para eles, onde são ensinados a apreciar o valor do tempo e a
fazer dele o mais sábio e melhor uso. — Manuscript Releases 8:422, 423. [71]
69
O processo de treinamento de Deus, 5 de Março
Guardem-se para que não [...] percam a sua firmeza e caiam. Cresçam,
porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. 2 Pedro 3:17-18 (NVI).
70
Oportunidades para servir, 6 de Março
Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas,
como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Tiago 4:14.
Não há religião na entronização do próprio eu. Deus nos pede para sermos
leais a Ele, desenvolvendo os talentos que nos deu, para que possamos ganhar
outros. Sua vontade deve se tornar a nossa vontade em todas as coisas. Qualquer
afastamento dessa norma degrada nossa natureza moral. Como resultado, pode-
mos ser animados, enriquecidos e sentar ao lado de príncipes; mas aos olhos de
Deus somos impuros e pecaminosos. Vendemos nosso direito de primogenitura
por interesse egoísta e lucro, e nos livros do Céu isto está escrito a nosso respeito:
Pesado na balança do Santuário, e achado em falta.
Mas se considerarmos nossos talentos como dons de Deus e os usarmos em
Seu serviço, mostrando compaixão e amor ao nosso próximo, seremos canais
pelos quais as bênçãos de Deus fluirão ao mundo; e no grande dia final seremos
saudados com as palavras: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. Mateus 25:21.
O tempo, carregado de preciosas oportunidades para servir o Senhor está
passando rapidamente para a eternidade. [...] Está você aproveitando essas opor-
tunidades à medida que elas passam? Você não pode desprezá-las, pois deverá
enfrentar o juízo divino, para responder pelos atos feitos no corpo. Suas palavras
animam e encorajam aqueles que lhe pedem ajuda e conforto? Sua influência
fortalece aqueles com quem você se relaciona? São suas posses fielmente dadas
ao Senhor?
Consagre-se hoje mesmo ao serviço do Senhor. [...] Lance suas ansiedades
sobre o Senhor, e por razão alguma permita que as coisas do mundo o separem
dEle. Consagre a Ele tudo o que você tem e é. Isto é “seu serviço aceitável”. Não
retarde, pois existe perigo em um momento de demora. Você terá um pouco mais
de tempo para trabalhar para o Mestre, e então ouvirá a voz, à qual você não pode
recusar responder, dizendo: “Presta contas da tua administração.”. — The Signs
of the Times, 21 de Janeiro de 1897. [73]
71
Regularidade e prontidão, 7 de Março
Deus confiou a homens Sua sagrada obra, e pede que a façam cuidadosamente.
[...] Eles acumulam coisas demais em sua vida, adiam para amanhã aquilo que
exige sua atenção hoje, e perdem muito tempo ajuntando penosamente as malhas
perdidas. Homens e mulheres podem atingir um grau mais elevado de utilidade
do que carregar consigo durante a vida inteira uma atitude mental instável. Podem
corrigir os defeituosos traços de caráter contraídos durante os anos da juventude.
Como Paulo, podem trabalhar para alcançar um grau mais elevado de perfeição.
O trabalho de Deus não deve ser feito aos trancos e barrancos. Seguir impulsos
repentinos não o colocará em terreno vantajoso, ao contrário, é extremamente
necessário seguir o bom trabalho pacientemente, dia a dia, progredindo em nossos
caminhos e métodos. Devemos nos levantar em um horário regular. Se durante o
dia o trabalho é negligenciado e a noite seguinte é gasta recuperando o tempo
perdido, o amanhã e o dia seguinte mostrarão, como resultado, uma mente fraca
e uma fadiga generalizada que constituem verdadeira violação das leis da vida e
da saúde.
Deve haver hora regular para se levantar, para o culto familiar, para a refeição,
e para o trabalho. É um dever religioso [...] manter isso como regra [...] mediante
firme exemplo. Muitos desperdiçam as mais preciosas horas da manhã esperando
poder terminar o trabalho negligenciado durante as horas que deveriam ser
dedicadas ao descanso. Piedade, saúde, êxito, tudo sofre devido à falta de um
verdadeiro sistema religioso. [...]
Alguns obreiros devem abandonar os vagarosos métodos de trabalho predo-
minantes, e aprender a ser rápidos. A presteza é necessária da mesma maneira
que a diligência. Se desejarmos executar a obra de acordo com a vontade de
Deus, ela deve ser feita de maneira diligente, mas com reflexão e cuidado. —
[74] Manuscript Releases 8:326, 327.
72
Cada hora é preciosa, 8 de Março
Deus não emprega homens ou mulheres preguiçosos em Sua causa; Ele quer
obreiros atenciosos, bondosos, afetivos e diligentes. O esforço ativo fará bem a
nossos pregadores. A indolência é prova de perversão. Cada capacidade da mente,
cada osso do corpo, cada músculo dos membros mostra que Deus designou nossas
habilidades para serem usadas, e não para permanecer inativas. [...] Aqueles que,
desnecessariamente, empregam as horas do dia para dormir, não têm senso do
valor dos preciosos e áureos momentos. [...]
As pessoas que não adquiriram hábitos de estrita operosidade e economia de
tempo devem ter regras estabelecidas para as estimular à regularidade e à presteza.
George Washington [o primeiro presidente dos Estados Unidos] foi habilitado a
realizar grande quantidade de atividades, porque era exato em conservar a ordem
e a regularidade. Cada papel tinha sua data e seu lugar, e tempo algum era perdido
em procurar o que não estava no lugar designado.
Homens e mulheres de Deus precisam ser diligentes no estudo, esforçados na
aquisição de conhecimentos, nunca desperdiçando tempo. [...] Mediante esforços
perseverantes, podem atingir quase qualquer grau de distinção como cristãos,
como pessoas de poder e influência. Muitos, porém, nunca alcançarão uma posi-
ção superior no púlpito ou nos negócios, devido a sua instabilidade de propósito,
e à frouxidão dos hábitos contraídos na juventude. Uma descuidada negligência
será vista em tudo que empreenderem.Um súbito esforço aqui e ali não é sufici-
ente para efetuar uma transformação nesses amantes da comodidade e indolência;
isso é obra que exige paciente perseverança em fazer o que é correto. Homens
de negócios só podem ter êxito real se tiverem horas regulares para levantar-se,
orar, comer e deitar-se. Se a ordem e a regularidade são essenciais nas atividades
mundanas, quanto mais na obra de Deus!
Muitos desperdiçam na cama as brilhantes horas de manhã. Estas preciosas
horas, uma vez perdidas, passam para nunca mais voltar; são perdidas para o
tempo e a eternidade. Uma hora apenas perdida cada dia, e que desperdício de
tempo durante um ano! Pense nisso o dorminhoco, e detenha-se a considerar como
há de dar a Deus conta das oportunidades perdidas. — Obreiros Evangélicos,
277-278. [75]
73
Talentos enterrados, 9 de Março
74
Como remir o tempo, 10 de Março
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como
sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Efésios 5:15, 16.
75
Use todos os talentos, 11 de Março
76
Tudo para a glória de Deus, 12 de Março
Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que
não tem, até o que tem lhe será tirado. Mateus 25:29.
77
Trabalho vigilante, 13 de Março
Existe uma outra classe que sofre prejuízo por ser indolente, e emprega suas
forças para agradar a si mesma, utilizando a língua e deixando os músculos
enferrujarem pela inatividade. Perde suas oportunidades por indolência, e não
glorifica a Deus. Eles poderiam fazer muito se usassem seu tempo e força física
adquirindo recursos com as quais colocariam seus filhos em posições favoráveis
para obter conhecimento; mas preferem deixá-los crescer em ignorância em vez
de exercitar sua própria habilidade dada por Deus para fazer algo pelo qual seus
filhos possam ser abençoados com uma boa educação. Tais homens e mulheres
estão sendo pesados na balança do Santuário celeste e achados em falta.
Existe algo para todos fazerem em nosso mundo. O Senhor está vindo e nossa
espera não deve ser um tempo de inútil expectativa, mas de trabalho vigilante.
Não devemos gastar nosso tempo inteiramente em meditação e oração, tampouco
devemos nos esforçar, correr e trabalhar como se isso fosse necessário para ganhar
o Céu, enquanto negligenciamos dedicar tempo para o cultivo da devoção pessoal.
Deve existir uma combinação de meditação e trabalho diligente. Como Deus
expressou em Sua Palavra: “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de
espírito, servindo ao Senhor.” Atividades mundanas não devem impedir o serviço
do Senhor. A alma precisa das riquezas da graça de Deus e o corpo precisa de
exercício físico para realizar a obra que deve ser feita para a proclamação do
evangelho de Cristo.
Aqueles que cultivam um espírito ocioso cometem pecado contra Deus todos
os dias; pois não usam o poder que Deus lhes tem dado através do qual podem
receber bênçãos para si mesmos e ser uma benção à sua família. Os pais devem
ensinar seus filhos que o Senhor quer que sejam servos diligentes, não preguiçosos
em Sua vinha. Devem fazer diligente uso do tempo, se desejam ser agentes úteis,
fazendo sua parte na vinha do Senhor. Devem ser mordomos fieis, aperfeiçoando
[80] cada dom de poder a eles confiado. — The Home Missionary, Outubro de 1894.
78
Serviço e dinheiro, 14 de Março
Fala aos filhos de Israel que Me tragam oferta; de todo homem cujo
coração o mover para isso, dele recebereis a Minha oferta. Êxodo 25:2.
Tenho ouvido homens e mulheres que têm se envolvido na obra nas casas
publicadoras e nos hospitais se queixarem de estar trabalhando além do horário.
Se não podem parar de trabalhar após as oito horas da jornada, ficam insatisfeitos.
Mas esses mesmos, quando realizam trabalhos para benefício próprio, trabalham
dez horas completas como fazem na América [do Norte] e com freqüência
estendem sua jornada a doze horas. Não fazem reclamações, porque é de interesse
próprio. Faz toda a diferença se o tempo é empregado para o próprio lucro ou
para o serviço do Senhor ou do próximo. [...]
O serviço disposto em economizar recursos que são tão limitados é mais
satisfatório do que armazenar recursos. Com o motivo correto em mente, tal
tempo seria considerado como dedicado ao serviço do Senhor. Esse trabalho
definido por Deus em construir, plantar, colher, ou qualquer outra linha de trabalho
custará considerável reflexão e labuta, porém vale a pena. Deus multiplicará os
recursos; Ele ajudará a produzir os meios.
Muitos já estão trabalhando nessa linha, e sempre fizeram assim. A dedicação
de tempo a Deus em qualquer linha de trabalho é uma consideração de suma
importância. Alguns podem usar a caneta para escrever uma carta para um amigo
distante. Pelo trabalho pessoal consagrado podemos de muitas maneiras fazer
um serviço pessoal para Deus.
Alguns pensam que tudo que se requer deles é que dêem uma porção do
seu dinheiro para a causa de Deus; e o precioso tempo que lhes foi concedido
pelo Senhor, no qual poderiam fazer horas de serviço pessoal para Ele, não é por
aproveitado. É privilégio e dever de todo o que tem saúde e força render a Deus
serviço ativo. [...]
Todos podem trabalhar com Deus. As horas que têm sido geralmente usadas
em recreação, não no descanso nem na restauração do corpo ou da mente podem
ser gastas procurando ajudar alguém que precisa de ajuda, visitando os neces-
sitados, os doentes e os que sofrem. Nosso tempo é de Deus e, como cristãos,
devemos usá-lo para a Sua glória. — Manuscript Releases 6:79, 80. [81]
79
Evitando a ociosidade, 15 de Março
Deus nos confiou graciosamente vinte e quatro horas em cada dia e noite. Este
é um tesouro precioso por meio do qual muito bem pode ser feito. Como estamos
nós usando as preciosas oportunidades de Deus? Como cristãos, devemos sempre
ter Deus diante de nós, para que não percamos horas preciosas em futilidades,
sem ter nada a apresentar pelo nosso tempo.
Tempo é dinheiro. Se as pessoas recusam trabalhar porque não podem obter
o mais elevado salário são consideradas preguiçosas. Melhor seria que traba-
lhassem, mesmo que recebessem muito menos do que acham que seu trabalho
vale.
O tempo é um talento confiado a nós que pode ser vergonhosamente mal
usado. Todo filho de Deus — homem, mulher, jovem ou criança — deve consi-
derar e apreciar o valor dos momentos do tempo. Se assim fizerem, conseguirão
manter-se empregados, mesmo não recebendo salários tão elevados como são
capazes de merecer. Devem mostrar sua apreciação pela diligência, e trabalhar,
recebendo o salário que conseguirem. A idéia de uma pessoa pobre com uma
família recusar trabalhar por salários razoáveis, porque isso não mostra, como ele
ou ela supõe, suficiente dignidade por sua profissão, é insensatez que não deve
ser encorajada.
Quão pouco se pensa sobre esse assunto. Muito maior prosperidade pode-
ria resultar dos empreendimentos missionários se esse talento do tempo fosse
atentamente considerado e fielmente usado. Cada um de nos é responsável diante
de Deus pelo tempo que tem sido intencionalmente desperdiçado, pelo uso do
qual devemos dar conta a Ele. Esta é uma responsabilidade que tem sido pouco
apreciada. Muitos pensam que não é pecado gastar horas e dias nada fazendo
[82] para beneficiar a si mesmos ou para abençoar outros (MR6, p 80-81).
80
A importância dos dons espirituais, 16 de Março
81
Satisfação no trabalho, 17 de Março
Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se
profecia, seja segundo a proporção da fé. Romanos 12:6.
82
Cada pessoa tem um dom, 18 de Março
Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças,
porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem
conhecimento, nem sabedoria alguma. Eclesiastes 9:10.
A parábola dos talentos deve ser objeto do estudo mais cuidadoso e devoto;
pois tem aplicação pessoal e individual a todo homem, mulher e criança com
capacidade de raciocinar. Sua obrigação e responsabilidade estão em proporção
aos talentos que Deus lhes concedeu. Não há seguidor de Cristo que não tenha
algum dom particular, de cujo uso ele é responsável diante de Deus.
Muitos usam como desculpa para não dedicar seu dom ao serviço de Cristo,
o fato de outros terem dons e vantagens superiores. Tem prevalecido a opinião
de que só aqueles que são especialmente talentosos precisam consagrar suas
aptidões ao serviço de Deus. Chega-se a pensar que os talentos são concedidos
apenas a certa classe favorecida, com exclusão de outros a quem, é claro, não se
exige que participem das labutas ou recompensas.
Mas não é assim que isso é representado na parábola. Quando o senhor da
casa chamou seus servos, deu a cada um a sua obra. Toda a família de Deus é
incluída na responsabilidade de usar os bens de seu Senhor. Todo indivíduo, desde
o mais humilde e desconhecido até o maior e mais exaltado, é um agente moral
dotado de aptidões pelas quais é responsável a Deus. Em maior ou menor grau, a
todos são confiados os talentos de seu Senhor. A capacidade espiritual, mental
e física, a influência, posição, posses, afeições, simpatias, são todos preciosos
talentos a serem usados na causa do Mestre, para a salvação de pessoas pelas
quais Cristo morreu. [...]
Deus requer que todos sejam obreiros em Sua vinha. Devemos nos empenhar
na obra de que fomos incumbidos, e fazê-la fielmente. “Tudo quanto te vier à
mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu
vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.
Eclesiastes 9:10. — The Review and Herald, 1 de Maio de 1888. [85]
83
O valor dos pequenos talentos, 19 de Março
As palavras dos sábios são como aguilhões, a coleção dos seus ditos como
pregos bem fixados, provenientes do único Pastor. Eclesiastes 12:11 (NVI).
84
Trabalho fiel, 20 de Março
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. Não nos
julguemos mais uns aos outros. Romanos 14:12-13.
Quando tivermos feito tudo o que pudermos fazer, devemos nos contar como
servos inúteis. Não há lugar para orgulho em nossos esforços, pois somos de-
pendentes a cada momento da graça de Deus e não há nada que não tenhamos
recebido. Disse Jesus: “Sem Mim nada podeis fazer”. João 15:5.
Somos responsáveis apenas pelos talentos que Deus nos concedeu. O Senhor
não reprova os servos que duplicam seus talentos, que fazem de acordo com as
suas habilidades. Os que deste modo provam sua fidelidade podem ser elogiados e
recompensados; mas os que perdem tempo na vinha, que nada fazem, ou realizam
negligentemente o trabalho do Senhor, por seus atos manifestam seu real interesse
no trabalho ao qual foram chamados. [...] O talento dado a eles para a glória de
Deus e para a salvação de almas foi desconsiderado e mal usado. O bem que
deveria ter feito é deixado incompleto, e o Senhor não pode receber o que é Seu
com juros.
Que ninguém lamente não possuir maiores talentos para usar pelo Mestre.
Enquanto você se mostra insatisfeito e reclama, está perdendo tempo precioso e
desperdiçando valiosas oportunidades. Agradeça a Deus habilidades que tem e ore
para que seja capacitado a atender as responsabilidades que têm sido colocadas
sobre você. Se deseja ser mais útil, prossiga trabalhando e adquira o que deseja.
Trabalhem com firme paciência, e façam o melhor possível, independente do que
outros fizerem. “Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”. Romanos
14:12. Não sejam nossas palavras ou pensamento: “Quem dera que eu tivesse
uma obra maior! Ah, se eu estivesse nessa ou naquela posição!”
Cumpram seu dever onde estão. Façam os melhores investimentos possíveis
com o dom que lhes é confiado, em cada lugar onde seu trabalho tenha maior
mérito perante Deus. Deixem toda murmuração e contenda. Não trabalhem
pela supremacia. Não invejem os talentos alheios, pois isso não aumentará sua
capacidade de realizar uma obra boa ou grande. Usem seus talentos com mansidão
e humildade, em confiante fé, e esperem até ao dia do ajuste, e não terão motivo
de remorso ou vergonha. — The Review and Herald, 1 de Maio de 1888. [87]
85
Trabalhando com Jesus, 21 de Março
E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para
retribuir a cada um segundo as suas obras. Apocalipse 22:12.
86
Multiplicando talentos, 22 de Março
[O reino dos Céus] [...] será como um homem que, ausentando-se do país,
chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos,
a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade;
e, então, partiu. Mateus 25:14-15.
Não deixe que o trabalho que precisa ser feito espere pela ordenação de
pastores. Se não há pastores para fazerem o trabalho, que homens e mulheres
inteligentes, sem pensar como poderão acumular o maior número de bens, estabe-
leçam a si mesmos nessas cidades e vilas e levantem a bandeira da cruz, usando
o conhecimento que adquiriram em ganhar pessoas para a verdade.
O conhecimento da verdade é muito precioso para ser acumulado, confinado, e
escondido na terra. Mesmo um só talento confiado pelo Mestre deve ser fielmente
empregado para ganhar outros talentos também. Onde estão os homens e as
mulheres que foram refrigerados com ricas correntes de bênçãos vindas do
trono de Deus? Que perguntem a si mesmos o que têm feito para comunicar
esta luz àqueles que não tiveram as mesmas vantagens. Como, aqueles que têm
negligenciado o uso de seus talentos, resistirão ao julgamento, quando cada
motivo for examinado? O Mestre Celestial concedeu talentos a cada um dos Seus
servos. “A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo
a sua própria capacidade”. Mateus 25:15.
Deus não concedeu talentos apenas a alguns escolhidos, mas a todos Ele
confiou algum dom particular, para ser empregado em Seu serviço. Muitos a
quem o Senhor deu preciosos talentos se têm recusado a empregá-los para o
progresso do reino de Deus; não obstante, eles se acham sob obrigação para com
Deus pelo uso de Seus dons. Cada um, seja servindo a Deus ou a si mesmo, é
possuidor de algum depósito, cujo emprego devido trará glória a Deus, e cujo
mau emprego roubará ao Doador. O fato de os possuidores de talentos não
reconhecerem os direitos de Deus sobre eles não diminui a sua culpa. Se nesta
vida escolherem se posicionar diante da bandeira do príncipe das trevas, vão se
achar inconfessos por Cristo no dia do ajuste final. — The Signs of the Times, 23
de Janeiro de 1893. [89]
87
Fidelidade no uso dos talentos, 23 de Março
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito,
para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16. O
preço do resgate foi pago por todos os filhos e filhas de Adão, e [o fato] de os que
foram resgatados pelo precioso sangue de Cristo recusarem lealdade a Ele não os
poupará da retribuição que virá sobre eles no último dia. Terão que responder
por sua negligência em usar para o Mestre os talentos a eles confiados. Terão que
responder pelas censuras feitas contra seu Criador e Redentor, por roubarem a
Deus ao recusarem usar seus talentos no serviço dEle, e por enterrarem os bens
do Senhor na terra.
A família humana compõe-se de agentes morais responsáveis, e do mais
alto e bem dotado ao mais humilde e desconhecido, todos são depositários dos
bens do Céu. O tempo é um dom confiado por Deus e deve ser diligentemente
aproveitado no serviço de Cristo. A influência é um dom de Deus e deve ser
exercida em promover os mais elevados e nobres objetivos. Cristo morreu na cruz
do Calvário para que toda a nossa influência pudesse ser usada para exaltá-Lo
diante de um mundo a perecer. Aqueles que contemplam a Majestade do céu
morrendo na cruz por suas transgressões valorizarão a própria influência somente
quando levarem homens e mulheres a Cristo, e a usarão unicamente para este
propósito. A inteligência é um talento confiado. A compaixão e as afeições são
talentos que devem ser conservados e aperfeiçoados, para que possamos prestar
serviços Àquele a quem pertencemos por aquisição.
Tudo quanto somos ou possamos ser pertence a Deus. A educação, a disciplina
e a habilidade em todo sentido devem ser usadas para Ele. [...] Quer a importância
confiada seja grande quer pequena, o Senhor requer que Seus mordomos façam
o melhor que puderem. Não é a importância depositada ou o aproveitamento
obtido que traz aos homens a aprovação do Céu, mas a fidelidade, a lealdade a
Deus, o amoroso serviço prestado, que trazem a bênção divina: “Bem está, bom
e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo de
teu Senhor”. Mateus 25:23. Esta recompensa de alegria não espera até entrarmos
na cidade de Deus, o servo fiel tem um antegozo dela mesmo aqui nesta vida. —
[90] The Signs of the Times, 23 de Janeiro de 1893.
88
O talento da fala, 24 de Março
Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos Teus lábios se extravasou
a graça; por isso, Deus Te abençoou para sempre. Salmos 45:2.
89
Revelando o amor de Jesus, 25 de Março
O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa
palavra ao cansado. Isaías 50:4.
Todos quantos nos cercam são pessoas aflitas. Aqui e ali, por toda parte,
podemos encontrá-las. Procuremos esses sofredores e demos-lhes uma palavra
a seu tempo para lhes confortar o coração. Sejamos sempre condutos por onde
fluam as refrigerantes águas da compaixão.
Em todas as nossas relações devemos lembrar que há, na vida dos outros,
capítulos fechados às vistas mortais. Há, nas páginas da memória, tristes histórias
que são cuidadosamente guardadas de olhares curiosos. Aí se encontram regis-
tradas longas, renhidas batalhas com circunstâncias difíceis, talvez perturbações
da vida doméstica, que enfraquecem dia a dia o ânimo, a confiança e a fé. Os que
estão lutando a batalha da vida em grande desvantagem de condições podem ser
fortalecidos e animados por pequeninas atenções que não custam mais que um
amorável esforço. Para esses, o caloroso e ajudador aperto de mão dado por um
verdadeiro amigo vale mais do que prata ou ouro. As palavras de bondade são
recebidas com tanto agrado como o sorriso dos anjos.
Há multidões lutando com a pobreza, obrigadas a batalhar duramente por pe-
quenos salários, e mal podendo garantir as mais rudimentares exigências da vida.
A labuta e a privação, sem esperança de coisas melhores, tornam excessivamente
pesada sua carga. E, quando a isso se ajuntam a dor e a doença, o fardo é quase
insuportável. Alquebrados e oprimidos, não sabem para onde se voltar em busca
de auxílio. Compadeçam-se deles em suas provações, mágoas e decepções. Isso
abrirá o caminho para ajudá-los. Falem das promessas de Deus, orem com eles e
por eles, inspirem-nos com a esperança. [...]
Sede coobreiros de Deus. Enquanto a desconfiança e a separação estão
penetrando por todo o mundo, os discípulos de Cristo devem revelar o espírito
que reina no Céu. Falem como Ele falaria, ajam como Ele haveria de agir.
Revelem constantemente a doçura de Seu caráter. Manifestem aquela profusão
de amor que se acha na base de todos os Seus ensinos e de todo o Seu trato
com os homens. Os mais humildes obreiros, em cooperação com Cristo, podem
tocar cordas cujas vibrações ressoarão até aos extremos da Terra, e ecoarão
harmoniosamente através dos séculos eternos. — A Ciência do Bom Viver,
[92] 158-159.
90
A influência da fala, 26 de Março
Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta
à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou
algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer. Colossenses 4:3-4.
Deus não deu talentos extravagantemente. Aquele que sabe todas as coisas,
que conhece pessoalmente cada um, deu a cada pessoa seu trabalho. Aqueles a
quem Ele confiou muito não devem se orgulhar, pois o que possuem não pertence
a si mesmos; foi-lhes emprestado como experiência. Dia após dia, Deus está
testando homens e mulheres, para ver se O reconhecerão como doador de tudo
que possuem. Ele os observa para ver se provarão serem dignos das riquezas
eternas. O uso que fazem de seus preciosos dons decidirá seu destino para a
eternidade.
De todos os dons que Deus confiou aos Seus filhos, nenhum é capaz de
ser tão grande bênção como o dom da palavra. Com a língua convencemos e
persuadimos; com ela oferecemos oração e louvor a Deus; e com ela falamos
a outros do amor do Redentor. Deus deseja que consagremos esse dom ao
Seu serviço, falando apenas palavras que ajudem os que estão ao nosso redor.
E se Cristo governa o coração, nossas palavras revelarão a pureza, beleza e
fragrância de um caráter moldado e aperfeiçoado por Ele. Mas se estamos debaixo
da orientação do inimigo de tudo o que é bom, nossas palavras ecoarão seus
sentimentos. Observe bem suas palavras. Consagre o seu dom da fala para o
serviço do Senhor, pois Ele um dia requererá isso de você.
Cada um de nós exerce influência sobre aqueles com quem entramos em
contato. Obtemos de Deus essa influência e somos responsáveis pelo modo como
a usamos. Deus planeja que ela atue do lado da verdade; mas cabe a cada um de
nós decidir se nossa influência será pura e nobre, ou se atuará como uma malária
venenosa. Aqueles que são participantes da natureza divina manifestam uma
influência que é semelhante à de Cristo. Santos anjos os assistem em seu caminho
e todos com quem eles entram em contato são ajudados e abençoados. Mas os
que não recebem a Cristo como seu Salvador pessoal não podem influenciar
outros para o bem. [...] Vigiem bem a sua influência; exercê-la a favor do Senhor
é o “culto racional de vocês”. — The Signs of the Times, 21 de Janeiro de 1897. [93]
91
Testemunho cativante, 27 de Março
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que
for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça
aos que ouvem. Efésios 4:29.
92
Poder para o bem ou mal, 28 de Março
A vida de Cristo foi uma influência sempre crescente e ilimitada; uma in-
fluência que O ligava a Deus e a toda a família humana. Mediante Cristo, Deus
conferiu ao homem uma influência que lhe torna impossível viver para si próprio.
Individualmente temos ligação com nossos semelhantes, parte da grande família
de Deus, e estamos sob obrigações mútuas. Ninguém pode ser independente de
seu próximo; porque o bem-estar de cada um afeta os outros. É propósito de Deus
que cada um se sinta indispensável ao bem-estar dos outros e procure promover
a sua felicidade.
Cada pessoa está circundada de uma atmosfera própria, que pode estar car-
regada do poder vivificante da fé, do ânimo, da esperança, e perfumada com a
fragrância do amor. Ou pode estar pesada e fria com as nuvens do descontenta-
mento e egoísmo, ou intoxicada com o contato mortal de um pecado acariciado.
Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem nos comunicamos é
consciente ou inconscientemente afetada.
Esta é uma responsabilidade de que não nos podemos livrar. Nossas palavras,
nossos atos, nosso traje, nosso procedimento, até a expressão fisionômica tem sua
influência. Da impressão assim deixada dependem conseqüências imensuráveis
para bem ou para mal. Todo impulso assim comunicado é uma semente que
produzirá sua colheita. É um elo na longa cadeia de eventos humanos que não
sabemos até aonde se estende.
Se por nosso exemplo ajudamos outros na formação de bons princípios,
estamos lhes dando a capacidade de fazer o bem. Eles, por sua vez, exercem a
mesma influência sobre outros, e estes sobre terceiros. Assim, por nossa influência
inconsciente, milhares podem ser abençoados.
Atira-se uma pedra num lago e forma-se uma onda, e a ela se seguem outras;
e, à medida que crescem, o círculo se amplia até atingir a margem. O mesmo
se dá com nossa influência. Além do nosso conhecimento e arbítrio ela atua em
outros para bênção ou maldição. — Parábolas de Jesus, 339-340. [95]
93
O uso correto da influência, 29 de Março
94
A aprovação do céu, 30 de Março
Existem muitos que professam ser cristãos e não estão unidos com Cristo.
Sua vida diária, seu espírito, mostra que Cristo, a Esperança da glória, não está
formado no interior. Não se pode depender deles, neles não se pode confiar.
Estão ansiosos de reduzir seu serviço ao mínimo do esforço, exigindo, ao mesmo
tempo, o máximo de salário. O nome “servo” se aplica a cada pessoa; pois somos
todos servos, e é bom que observemos o modelo a que estamos nos conformando.
É o modelo da infidelidade ou da fidelidade?
Têm os servos em geral a disposição de fazer quanto é possível? Em vez
disso, não tem predominado o padrão de empurrar o trabalho o mais rápido e
facilmente possível, e conseguir o pagamento com o menor custo? O objetivo não
é ser tão esmerado quanto possível, mas ganhar a remuneração. Os que professam
ser servos de Cristo não devem esquecer a recomendação do apóstolo Paulo:
“Servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo só
na aparência, como para agradar aos homens mas em simplicidade de coração,
temendo a Deus. E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao
Senhor, e não aos homens; sabendo que recebereis do Senhor o galardão da
herança, porque a Cristo, o Senhor, servis”. Colossences 3:22-24.
Os que entram na obra como “servos que só trabalham em presença do amo”,
verificarão que seu trabalho não poderá sofrer a inspeção dos homens ou dos
anjos. O essencial para o trabalho bem-sucedido é o conhecimento de Cristo;
pois esse conhecimento proporcionará bons princípios de justiça, comunicará
um nobre e abnegado espírito, como o de nosso Salvador a quem professamos
servir. Fidelidade, economia, cuidado, perfeição devem caracterizar toda a nossa
obra, seja onde for que estejamos — quer na cozinha, quer na oficina, na redação
como no hospital, no colégio ou onde quer que nos achemos envolvidos na obra
do Senhor. “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto
no pouco também é injusto no muito”. Lucas 16:10. — Mensagens aos Jovens,
229-230. [97]
95
Os dons pertencem a Deus, 31 de Março
Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação
da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2.
96
Abril
Verdadeira sabedoria, 1 de Abril
98
Recompensas do estudo da Bíblia, 2 de Abril
Grande luz foi concedida aos reformadores; muitos deles, porém, aceitaram
os enganos do erro pela má interpretação das Escrituras. Esses erros foram
transmitidos através dos séculos, mas, embora sejam muito antigos, não têm
a apoiá-los um “Assim diz o Senhor”. Pois o Senhor declarou: “Não alterarei
o que saiu dos Meus lábios”. Salmos 89:34. Em Sua grande misericórdia, o
Senhor permitiu que nestes últimos dias brilhasse ainda maior luz. Enviou-nos
Sua mensagem, revelando Sua lei e mostrando-nos o que é verdade.
Cristo é a fonte de todo conhecimento. NEle centralizam-se as nossas es-
peranças de vida eterna. Ele é o maior mestre que o mundo já conheceu e, se
quisermos ampliar a mente das crianças e dos jovens, e induzi-los, se possível,
a ter amor à Bíblia, devemos firmar-lhes a mente na verdade clara e simples,
extraindo o que tem estado coberto pelo entulho da tradição, e pondo à mostra as
preciosas jóias. Incentivem-nos a pesquisar esses assuntos, e o esforço empregado
será uma disciplina inestimável.
A revelação de Deus, segundo é apresentado em Jesus Cristo, provê um
grandioso assunto para meditação, o qual, se for estudado, aguçará a mente,
e elevará e enobrecerá as faculdades. À medida que o instrumento humano
aprender essas lições na escola de Cristo, procurando tornar-se como Ele era,
manso e humilde de coração, aprenderá a mais proveitosa de todas as lições: que
o intelecto só é supremo quando santificado por viva conexão com Deus. [...]
A maior sabedoria, e a mais essencial, é o conhecimento de Deus. O próprio
eu se reduz a uma insignificância quando contempla a Deus e a Jesus Cristo,
a quem Ele enviou. A Bíblia precisa tornar-se o fundamento de todo o estudo.
Individualmente precisamos aprender deste livro que Deus nos deu, a condição
para a salvação de nossa alma, pois é o único livro que nos diz o que devemos
fazer para ser salvos. Não somente isto, mas dela também se pode obter vigor
intelectual. — Fundamentos da Educação Cristã, 450-451. [100]
99
O espírito e a palavra, 3 de Abril
Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem
de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
1 Coríntios 2:12.
É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, a verdade seja sempre desvendada
a Seu povo. Há unicamente um modo em que esse conhecimento pode ser obtido.
Só podemos alcançar a compreensão da Palavra de Deus mediante a iluminação
do Espírito pelo qual foi dada a Palavra. “Ninguém sabe as coisas de Deus,
senão o Espírito de Deus”; “porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as
profundezas de Deus”. 1 Coríntios 2:11-10. E a promessa do Salvador a Seus
discípulos foi: “Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda
a verdade; [...] porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar”. João
16:13-14.
Deus deseja que o homem exerça suas faculdades de raciocínio; e o estudo
da Bíblia fortalecerá e enobrecerá o espírito como nenhum outro estudo o poderá
fazer. É o melhor exercício mental e espiritual para a mente humana. Devemos,
entretanto, acautelar-nos contra o deificar a razão, que é sujeita às fraquezas e
enfermidades da humanidade. Se não quisermos que as Escrituras se envolvam
em trevas para nosso entendimento, de modo que as mais claras verdades não
sejam compreendidas, temos de ter a simplicidade e a fé de uma criancinha, pronta
a aprender, e suplicando o auxílio do Espírito Santo. Uma intuição do poder e
sabedoria de Deus, e de nossa incapacidade de compreender Sua grandeza, deve
inspirar-nos humildemente, e devemos abrir Sua Palavra como se chegássemos à
Sua presença, com santo temor. Quando nos achegamos à Bíblia, a razão deve
reconhecer uma autoridade superior a si mesma, e coração e intelecto devem
prostrar-se diante do grande EU SOU.
Só avançaremos em verdadeiro conhecimento espiritual à medida que reco-
nhecermos nossa pequenez e nossa completa dependência de Deus; mas todos
os que se aproximam da Bíblia com espírito dócil e devoto, para estudar suas
expressões como a Palavra de Deus, receberão iluminação divina. Há muitas
coisas aparentemente difíceis ou obscuras que Deus tornará claras e simples aos
que assim buscarem compreendê-las. [...]
Há minas de verdade ainda por descobrir por parte do fervoroso pesquisador.
Cristo representou a verdade como sendo um tesouro escondido em um campo.
Não está logo na superfície; para encontrá-lo é preciso cavar. Mas nosso êxito
em encontrá-lo não depende tanto de nossa capacidade intelectual como de nossa
humildade de coração, e da fé que se apropria da ajuda divina. — Testemunhos
[101] para a Igreja 5:703-704.
100
Sabedoria divina, 4 de Abril
Irmãos, vocês terão de lutar com dificuldades, de ter encargos, de dar conse-
lhos, de planejar e executar, buscando continuamente o auxílio de Deus. Orem e
trabalhem, trabalhem e orem; como discípulos na escola de Cristo, aprendam de
Jesus.
O Senhor nos deu a promessa: “Se algum de vós tem falta de sabedoria,
peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á
dada”. Tiago 1:5. É o plano de Deus que os que têm responsabilidades se reúnam
muitas vezes para se aconselharem entre si, e orarem pedindo aquela sabedoria
que somente Ele pode comunicar. Falem menos; muito tempo precioso é perdido
em conversas que não trazem luz. Reúnam-se os irmãos com jejum e oração
em busca da sabedoria que Deus prometeu fornecer liberalmente. Levem ao
conhecimento de Deus as suas dificuldades. Digam-Lhe, como Moisés: “Eu não
posso guiar a este povo, a não ser que a Tua presença vá comigo”. Êxodo 33:15.
E então, peçam ainda: “Rogo-Te que me mostres a Tua glória”. Êxodo 33:18.
Que é essa glória? — O caráter de Deus. Foi isso que Ele proclamou a Moisés.
Em fé viva, una-se a pessoa com Deus. Profira a língua o Seu louvor. Quando
se reunirem, dirijam reverentemente o espírito à contemplação das realidades
eternas. Assim estarão ensinando uns aos outros a ter mentes espirituais. Quando
sua vontade se achar em harmonia com a divina, estarão em harmonia uns com
os outros; terão Cristo ao seu lado como conselheiro.
Enoque andava com Deus. Todo obreiro de Cristo pode fazer o mesmo. Podem
dizer com o salmista: “Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por
isso que Ele está à minha mão direita, nunca vacilarei”. Salmos 16:8. Enquanto
sentirem não possuir nenhuma suficiência própria, sua suficiência estará em Jesus.
Se esperam que todo o conselho e sabedoria venham dos homens, mortais e finitos
como vocês, receberão unicamente auxílio humano. Se vocês se dirigirem a Deus
em busca de auxílio e sabedoria, Ele nunca os deixará decepcionados em sua fé.
— Obreiros Evangélicos, 417, 418. [102]
101
Excelência pessoal, 5 de Abril
Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o
rico, nas suas riquezas. Jeremias 9:23.
102
Preparo para a vida imortal, 6 de Abril
Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda
espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dEle,
iluminados os olhos do vosso coração. Efésios 1:17-18.
103
Crescimento pela palavra, 7 de Abril
104
Praticando a verdade, 8 de Abril
Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti. Salmos
119:11.
105
O espírito torna a palavra interessante, 9 de Abril
106
Os tesouros da verdade, 10 de Abril
107
Mais luz, 11 de Abril
Seja qual for o grande adiantamento intelectual do homem, não pense ele,
nem por um momento, que não há necessidade de inteira e contínua pesquisa das
Escrituras em busca de maior luz. Como um povo, somos convidados individual-
mente ao estudo da profecia. Devemos observar atentamente, a fim de distinguir
qualquer raio de luz que Deus nos apresente. Devemos apanhar os primeiros
clarões da verdade; e, mediante estudo apoiado pela oração, se poderá obter mais
intensa luz, a qual poderá ser apresentada aos outros.
Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito com a luz que já possui,
podemos estar certos de que Ele os não favorecerá. É Sua vontade que eles
marchem sempre avante, recebendo a sempre crescente luz que para eles brilha.
A atitude atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzido uma confiança
em si mesmos que os tem levado a não sentir nenhuma necessidade de mais
verdade e maior luz. Vivemos numa época em que Satanás opera à direita e à
esquerda, em nossa frente e por trás de nós; e todavia, como um povo, estamos
dormindo. Deus deseja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo para a
ação.
Em vez de abrir a mente para receber os raios de luz do Céu, alguns têm
trabalhado em direção contrária. Tanto pela imprensa como do púlpito têm sido
apresentados, com respeito à inspiração da Bíblia, opiniões que não têm o apoio
do Espírito nem da Palavra de Deus. Certo é que nenhum homem ou grupo de
homens deve procurar apresentar teorias sobre assunto de tão grande importância
sem um claro “Assim diz o Senhor” em seu apoio.
E quando homens, rodeados de fraquezas humanas, afetados em maior ou
menor medida pelas influências ambientais, e tendo tendências hereditárias e
cultivadas que estão longe de torná-los sábios ou espirituais, empreendem acusar
publicamente a Palavra de Deus, e lavrar sentença sobre o que é divino e o que
é humano, estão eles trabalhando sem o conselho de Deus. O Senhor não fará
prosperar semelhante obra. O efeito será desastroso, tanto sobre o que nisso se
empenha, como sobre os que o aceitam como obra de Deus. — Testemunhos
[109] para a Igreja 5:708-709.
108
Examinando as crenças, 12 de Abril
Tem-me sido mostrado que muitos dos que professam a verdade presente
não sabem o que crêem. Não compreendem as provas de sua fé. Não apreciam
devidamente a obra para este tempo. Homens que agora pregam a outros, ao
examinarem, quando chegar o tempo de angústia, a posição em que se encon-
tram, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão
satisfatória. Até serem assim provados, desconheciam sua grande ignorância.
E há na igreja muitos que contam por certo que compreendem aquilo em
que crêem, mas que, até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando
separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos
sua crença, ficarão surpresos de ver quão confusas são suas idéias sobre o que
têm aceitado como verdade. É certo que tem havido entre nós um afastamento do
Deus vivo e um voltar-se para os homens, pondo a sabedoria humana em lugar
da divina.
Deus despertará Seu povo; se outros meios falharem, se introduzirão entre
eles heresias, as quais os peneirarão, separando a palha do trigo. O Senhor chama
todos os que crêem em Sua Palavra, para que despertem do sono. Tem vindo
uma preciosa luz, apropriada aos nossos dias. É a verdade bíblica, mostrando os
perigos que se acham mesmo despencando sobre nós. Essa luz nos deve levar a
um diligente estudo das Escrituras, e a um mais atento exame crítico das posições
que mantemos. É vontade de Deus que todos os fundamentos e posições da
verdade sejam acurada e perseverantemente investigados, com oração e jejum.
Os crentes não devem ficar em suposições e mal definidas idéias do que constitui
a verdade. Sua fé deve estar firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus,
de maneira que, quando o tempo de prova chegar, e eles forem levados perante
os concílios para responder por sua fé, sejam capazes de dar uma razão para a
esperança que neles há, com mansidão e temor. [...]
Quanto aos que se preparam para debates, há grande perigo de que eles não
lidem com sensatez em relação à Palavra de Deus. Ao enfrentar um adversário,
deve ser nosso mais sincero esforço apresentar os assuntos de maneira tal que
despertemos a convicção em seu espírito, em vez de procurar meramente inspirar
confiança ao crente. — Testemunhos para a Igreja 5:707-708. [110]
109
A Bíblia e o intelecto, 13 de Abril
Toda palavra de Deus é pura; Ele é escudo para os que nEle confiam. Nada
acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado
mentiroso. Provérbios 30:5-6.
110
Estudo objetivo, 14 de Abril
É perigoso tentar fortalecer nosso próprio braço. Devemos depender dos bra-
ços do poder infinito. Deus nos tem revelado isso durante muitos anos. Devemos
ter fé viva em nosso coração e buscar conhecimento mais amplo e luz superior.
Não confiem na sabedoria de nenhuma pessoa, ou na investigação de qualquer
pessoa. Vão às Escrituras por si mesmos, examinem as inspiradas Escrituras
com coração humilde, abandonem suas opiniões preconcebidas, pois não obterão
beneficio a menos que venham à Palavra de Deus como crianças. Vocês devem
dizer: “Se Deus tem algo para mim, eu o quero. Se Deus deu evidência em Sua
Palavra, para esta ou aquela pessoa, de que uma certa coisa é verdade, Ele a dará
a mim. Posso descobrir essa evidência se examinar as Escrituras com constante
oração, e saberei que conheço o que é verdade.”
Você não precisa pregar a verdade como um produto da mente de outra
pessoa; você deve ter sua própria experiência. Quando a mulher de Samaria foi
convencida de que Jesus era o Messias, mais do que depressa foi contar aos
vizinhos e concidadãos. Ela disse: “Vinde comigo e vede um homem que me
disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! Saíram, pois, da
cidade e vieram ter com Ele. [...] Muitos samaritanos daquela cidade creram
nEle, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo
quanto tenho feito. [...] Muitos outros creram nEle, por causa da Sua palavra, e
diziam à mulher: Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque
nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do
mundo”. João 4:29-30, 39, 41-42. [...]
Precisamos inserir a pá profundamente na mina da verdade. Vocês podem
debater as questões consigo mesmos e uns com os outros, se tão-somente o
fizerem no devido espírito; com demasiada freqüência, porém, o próprio eu é
grande, e logo que começa a pesquisa, é manifestado um espírito não cristão.
Isto é precisamente aquilo em que Satanás se deleita, mas deveríamos chegar-nos
com um coração humilde para conhecer por nós mesmos o que é a verdade.
Aproxima-se o tempo em que seremos separados e espalhados, e cada um de
nós terá de permanecer em pé sem o privilégio da comunhão com os da mesma
fé preciosa; e como poderão ficar em pé, a menos que Deus esteja ao seu lado
e saibam que Ele os está dirigindo e guiando? Sempre que somos levados a
investigar a verdade bíblica, o Mestre das assembléias está conosco. O Senhor
não permite que o navio seja governado um só momento por pilotos ignorantes.
Podemos receber nossas ordens do Capitão de nossa salvação. — The Review
and Herald, 25 de Março de 1890. [112]
111
Tempo de provas, 15 de Abril
Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro
e levados ao redor por todo vento de doutrina. [...] Mas, seguindo a
verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
Efésios 4:14-15.
O Senhor pede a Seu povo que desenvolva os talentos que lhes tem conce-
dido. As faculdades mentais devem ser desenvolvidas ao máximo; devem ser
fortalecidas e enobrecidas mediante o demorar-se em verdades espirituais. Se a
mente é permitida ocupar-se quase inteiramente em coisas frívolas e em negócios
comuns da vida cotidiana, ela, de acordo com uma de suas invariáveis leis, se
tornará débil e frívola, e deficiente em poder espiritual.
Estão justamente diante de nós tempos que irão provar o coração dos homens,
e os que são fracos na fé não resistirão à prova daqueles dias de perigo. As grandes
verdades da revelação devem ser estudadas cuidadosamente, pois todos teremos
necessidade de um conhecimento inteligente da Palavra de Deus. Mediante o
estudo da Bíblia e a diária comunhão com Jesus alcançaremos pontos de vista
claros, bem definidos, da responsabilidade individual e a força necessária para
subsistir no dia da prova e da tentação. Aquele cuja vida está unida a Cristo por
elos ocultos será guardado pelo poder de Deus, mediante a fé para salvação.
Mais atenção deve ser dada às coisas divinas, e menos a assuntos temporais.
O crente professo, amante do mundo, se utilizar a mente nessa direção, pode
tornar-se tão familiarizado com a Palavra de Deus como o é hoje com os negócios
do mundo. “Examinais as Escrituras”, disse Cristo, “porque vós cuidais ter nelas
a vida eterna, e são elas que de Mim testificam”. João 5:39.
Requer-se do cristão que seja diligente em examinar as Escrituras lendo e
relendo sempre as verdades da Palavra de Deus. A ignorância voluntária neste
assunto põe em perigo a vida e o caráter cristãos. Cega o entendimento e corrompe
as faculdades mais nobres. É isso que traz confusão à nossa vida. Nosso povo
precisa compreender a Palavra de Deus. Muitos carecem de um conhecimento
sistemático dos princípios da verdade revelada, que os habilitará para o que há de
vir sobre a Terra e os impedirá de serem desviados por algum vento de doutrina.
[113] — Testemunhos para a Igreja 5:272-273.
112
Ler e investigar, 16 de Abril
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas
mesmas que testificam de Mim. João 5:39.
Somos muito gratos porque temos a segura palavra profética, de modo que
nenhum de nós precisa ser enganado. Sabemos que no tempo presente há heresias
e fábulas em nosso mundo, e precisamos saber o que é a verdade. Compete-nos
estudar diligentemente por nós mesmos, para que possamos obter esse conheci-
mento. Não podemos fazê-lo com a simples leitura das Escrituras, mas precisamos
comparar uma passagem com outra.
Precisamos examinar as Escrituras por nós mesmos, para que não sejamos
desencaminhados; e embora muitos sejam desencaminhados porque em nosso
mundo há doutrinas de todo o tipo, existe uma só verdade. Muitos poderão
aproximar-se de vocês e dizer-lhes que têm a verdade, mas é seu privilégio
examinar as Escrituras por si mesmos. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem
segundo esta palavra, nunca verão a alva”. Isaías 8:20. Precisamos conhecer as
Escrituras por nós mesmos, para que possamos compreender a verdadeira razão
da esperança que há em nós.
O apóstolo nos diz que devemos dar a todo aquele que nos pedir, a razão
da esperança que há em nós, com mansidão e temor. “A revelação das Tuas
palavras esclarece e dá entendimento aos simples”. Salmos 119:130. Não basta
ler meramente; mas a Palavra de Deus precisa penetrar em nosso coração e em
nosso entendimento, para que sejamos firmados na bendita verdade. Se deixarmos
de examinar as Escrituras por nós mesmos, para sabermos o que é a verdade,
então, se formos desencaminhados, seremos responsáveis por isso. Precisamos
examinar as Escrituras diligentemente, para que saibamos todas as condições
que o Senhor nos deu; e se a nossa capacidade mental é limitada, examinando
diligentemente a Palavra de Deus podemos tornar-nos poderosos nas Escrituras e
explicá-las a outros. [...]
Cada igreja que será construída [...] deve ser educada em relação a essa
verdade. “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Lucas 10:2. Os
professores que devem apresentar a verdade não podem permanecer ao seu lado
para se certificarem de que vocês não sigam os erros que estão inundando a
nossa terra; mas se estão firmados nas Escrituras, sentirão a responsabilidade,
e examinarão as Escrituras por si mesmos, de modo que sejam um auxílio para
outros. — The Review and Herald, 3 de Abril de 1888. [114]
113
A voz de Deus através da palavra, 17 de Abril
A voz de Deus nos está falando por meio de Sua Palavra, e há muitas vozes
que serão ouvidas por nós; mas Cristo afirmou que devemos acautelar-nos dos
que dirão: “Eis aqui o Cristo, ou: Ei-Lo ali”. Marcos 13:21. Por conseqüência,
como saberemos que eles não têm a verdade, a não ser que levemos tudo às
Escrituras? Cristo recomendou que nos acautelemos dos falsos profetas que se
nos apresentam em Seu nome, dizendo que eles são o Cristo.
Ora, se vocês adotassem o ponto de vista de que não é importante compre-
ender as Escrituras por si mesmos, estariam em perigo de ser desencaminhados
por essas doutrinas. Cristo disse que haverá um grupo de pessoas que dirá no
dia do juízo executivo: “Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E,
em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas
maravilhas?” Mateus 7:22. Mas Cristo responderá: “Apartai-vos de Mim, vós
que praticais a iniqüidade”. Mateus 7:23.
Pois bem, precisamos compreender o que é o pecado — a saber, que ele é a
transgressão da lei de Deus. Essa é a única definição dada nas Escrituras. Vemos,
portanto, que os que pretendem ser guiados por Deus, mas se afastam dEle e de
Sua lei, não examinam as Escrituras. O Senhor, porém, guiará a Seu povo; pois
Ele diz que Suas ovelhas O seguirão se ouvirem Sua voz, mas não seguirão o
estranho. Portanto, compete-nos compreender profundamente as Escrituras. E
não precisaremos indagar se os outros têm a verdade, pois isso será visto em seu
caráter.
Aproxima-se o tempo em que Satanás operará milagres bem à sua vista,
alegando ser o Cristo; e se os seus pés não estiverem firmemente estabelecidos na
verdade de Deus, serão então desviados de seu fundamento. A única segurança
para vocês está em buscar a verdade como a tesouros escondidos. Cavem em
busca da verdade como o fariam por tesouros na Terra, e apresentem a Palavra de
Deus, a Bíblia, perante seu Pai celestial, dizendo: “Ilumina-me; ensina-me o que
é verdade.” E quando Seu Santo Espírito entrar em seu coração, para inculcar a
[115] verdade em sua alma, não a deixarão sair com facilidade. — Fé e Obras, 55-56.
114
Conversão verdadeira, 18 de Abril
115
A norma do julgamento, 19 de Abril
Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer
sejam boas, quer sejam más. Eclesiastes 12:14.
A Bíblia é um infalível guia para a raça humana em cada fase da vida. Nela as
condições para a vida eterna são claramente declaradas. A distinção entre o certo
e o errado é plenamente definida, e o pecado é mostrado em seu mais repulsivo
caráter, coberto com o manto da morte. Se esse guia for estudado e obedecido,
será para nós como o pilar de nuvem, que guiava os filhos de Israel pelo deserto;
mas se for ignorado e desobedecido, será uma testemunha contra nós no dia do
juízo. Deus julgará a todos pela Sua Palavra; dependendo do modo como têm
cumprido ou negligenciado seus requisitos, permanecerão em pé ou cairão. [...]
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, ” disse Cristo, “assim
fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”. Mateus 7:12.
Essas palavras são da maior importância, e devem ser a nossa regra de vida.
Mas cumprimos nós este princípio divino? Quando entramos em contato com
nossos amigos, os tratamos da mesma forma como desejamos que nos tratem em
circunstâncias semelhantes?
Deus prova homens e mulheres por sua vida diária. Mas muitos que fazem
grandes votos de serviço a Ele não podem suportar essa prova. Em sua ânsia por
ganhar, usam medidas falsas e balanças fraudulentas. A Bíblia não é considerada
sua regra de vida, e portanto não vêem a necessidade de estrita integridade e
fidelidade. Ansiosos por acumular riquezas, permitem que planos desonestos
ocorram em seu trabalho. O mundo observa sua conduta, e prontamente mede
seus valores cristãos por suas relações comerciais. [...]
A Bíblia sempre conta a mesma história. Nela, o pecado é sempre pecado,
quer seja cometido por um milionário ou por um mendigo nas ruas. Melhor é
uma vida de profunda pobreza coroada com bênçãos de Deus do que todos os
tesouros do mundo sem as bênçãos de Deus. Podemos ser muito ricos; mas se
não temos a consciência de que Deus nos honra, somos de fato pobres. — The
[117] Signs of the Times, 24 de Dezembro de 1896.
116
Grandes temas das escrituras, 20 de Abril
Escreverá para si um traslado desta lei num livro. [...] E o terá consigo e
nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor, seu
Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos.
Deuteronômio 17:18-19.
117
Experiências emocionantes, 21 de Abril
118
A iluminação do Espírito Santo, 21 de Abril
119
O fundamento da fé, 23 de Abril
Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim
de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos
esperança. Romanos 15:4.
120
Comunhão através da palavra, 24 de Abril
121
Banquete espiritual, 25 de Abril
Quanto a vós outros, a unção que dEle recebestes permanece em vós, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos
ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa,
permanecei nEle, como também ela vos ensinou. 1 João 2:27.
122
Verdadeira educação, 26 de Abril
Não há tempo agora para encher a mente com idéias falsas do que é chamado
de educação superior. Não pode haver educação mais elevada do que aquela vinda
do Autor da verdade. A Palavra de Deus deve ser nosso estudo. Devemos instruir
nossos filhos nas verdades nela encontradas. É um deposito inesgotável; mas
os homens deixam de achar esse tesouro, porque não o procuram até adquiri-lo.
Nesta Palavra é encontrada a sabedoria, sabedoria inquestionável e inexaurível
que não se originou na mente finita, mas na mente infinita.
Quando homens e mulheres estão dispostos a ser instruídos como crianci-
nhas, quando se submetem completamente a Deus, encontram nas Escrituras
a ciência da educação. Quando mestres e alunos descerem de seus pedestais e
ingressarem na escola de Cristo para dEle aprender, falarão inteligentemente de
alta educação, porque compreenderão que é esse conhecimento que habilita o
homem a compreender a essência da ciência.
Aquele que quiser procurar o tesouro oculto com bom êxito precisa buscar
atividades mais elevadas que as coisas deste mundo. Suas afeições e todas as suas
capacidades precisam ser consagradas à pesquisa. Homens piedosos e de talento
vislumbram as realidades eternas; porém, muitas vezes deixam de compreendê-las
porque as coisas visíveis eclipsam a glória do invisível. Por muitos a sabedoria
dos homens é considerada superior à do divino Mestre, e o Livro de Deus é
julgado arcaico e desinteressante. Mas os que foram vivificados pelo Espírito
Santo não o consideram assim. Vêem o inestimável tesouro e venderiam tudo
para comprar o campo que o encerra. [...]
Aqueles que fazem da Palavra de Deus o seu estudo, aqueles que cavam em
busca dos tesouros da verdade, apreciarão os importantes princípios ensinados e
os digerirão. Como resultado, se tornarão imbuídos pelo Espírito de Cristo e pela
contemplação serão transformados à Sua semelhança. Aqueles que apreciam a
Palavra ensinarão como discípulos que estiveram assentados aos pés de Jesus
e se acostumaram a aprender dEle para conhecerem Aquele a quem conhecer
corretamente é vida eterna. — The Review and Herald, 3 de Julho de 1900. [124]
123
Entendendo a palavra de Deus, 27 de Abril
124
Caminho para Cristo, 28 de Abril
125
A única regra de fé, 29 de Abril
126
A voz de Deus, 30 de Abril
O jovem que faz da Bíblia seu guia não necessita enganar-se quanto ao
caminho do dever e da segurança. Esse Livro lhe ensinará a manter a integridade
de caráter, a ser fidedigno, a não usar de engano. Ele lhe ensinará que nunca
precisa transgredir a lei de Deus a fim de realizar um desejo objetivo, mesmo
que a obediência envolva sacrifício. Ele lhe ensinará que a bênção do Céu não
repousará sobre ele, caso se aparte do caminho da retidão; que, embora os homens
pareçam prosperar na desobediência, certamente colherão o fruto que semearam.
Unicamente os que lêem as Escrituras como a voz de Deus a lhes falar são
verdadeiros discípulos. Tremem à Sua voz, pois ela lhes é viva realidade. Abrem
o entendimento à divina instrução, e oram por graça a fim de obter preparo para
o serviço. Ao ser a tocha celeste posta em suas mãos, o indagador da verdade vê
a fraqueza que possuía, a enfermidade, sua completa impotência para promover
a própria justiça. Vê que não existe em si coisa alguma que o recomende perante
Deus. Ora pelo Espírito Santo, o representante de Cristo, para lhe servir de
guia constante para conduzi-lo a toda a verdade. Repete a promessa: “Aquele
Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas
as coisas”. João 14:26. [...]
O diligente estudante da Bíblia crescerá continuamente em conhecimento
e discernimento. Seu intelecto apreenderá elevados assuntos, e se apoderará da
verdade das realidades eternas. Justos serão seus motivos de ação. Empregará o
talento de sua influência para ajudar outros a compreenderem mais perfeitamente
as responsabilidades que lhes são dadas por Deus. Seu coração será perene fonte
de alegria ao ver o êxito que lhe assiste aos esforços de comunicar a outros
as bênçãos por ele recebidas. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes,
449-451. [128]
127
Maio
A guarda do sábado, 1 de Maio
130
Um dia para toda a humanidade, 2 de Maio
O Teu santo sábado lhes fizeste conhecer; preceitos, estatutos e lei, por
intermédio de Moisés, Teu servo. Neemias 9:14.
Há os que afirmam que o sábado só foi dado para os judeus; mas Deus nunca
disse isso. Ele confiou o sábado a Seu povo Israel como um depósito sagrado; mas
o próprio fato de que o deserto do Sinai, e não a Palestina, foi o lugar escolhido
por Ele para proclamar Sua lei, revela que o destinou a toda a humanidade. A
lei dos Dez Mandamentos é tão antiga como a criação. Portanto, a instituição
do sábado não tem mais especial ligação com os judeus do que com todos os
outros seres criados. Deus tornou a observância do sábado obrigatória a todos os
homens.
É afirmado claramente que “o sábado foi feito por causa do homem”. Marcos
2:27. Que todos os que correm o perigo de ser enganados quanto a esse ponto
dêem, pois, atenção à Palavra de Deus, e não aos argumentos de homens!
No Éden, referindo-Se à árvore do conhecimento, Deus disse a Adão: “No
dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Gênesis 2:17. “Então, a serpente
disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que
dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e
o mal”. Gênesis 3:4-5. Adão atendeu à voz de Satanás falando-lhe por meio da
esposa; ele creu noutra voz, e não naquela que proferiu a lei no Éden.
Todo ser humano foi colocado à prova, assim como Adão e Eva no Éden.
Como a árvore do conhecimento foi colocada no meio do jardim do Éden, assim
também o mandamento do sábado é colocado no meio do Decálogo. Com relação
ao fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, a restrição foi feita:
“Dele não comereis, [...] para que não morrais”. Gênesis 3:3. Do sábado, Deus
disse: Não O violarás, mas o santificarás. “Lembra-te do dia de sábado, para o
santificar”. Êxodo 20:8. Assim como a árvore do conhecimento do bem e do mal
foi um teste da obediência de Adão, o quarto mandamento é o teste que Deus
deu para provar a lealdade de todo o Seu povo. A experiência de Adão deve ser
um alerta para nos até o tempo do fim. Ela nos adverte a não receber nenhuma
declaração da boca de mortais ou de anjos que tire um jota ou til da sagrada lei
de Jeová. — The Review and Herald, 30 de Agosto de 1898. [130]
131
Um dia abençoado, 3 de Maio
Deus olhou com satisfação para a obra de Suas mãos. Tudo era perfeito, digno
de seu Autor divino; e Ele descansou, não como alguém que estivesse cansado,
mas satisfeito com os frutos de Sua sabedoria e bondade, e com as manifestações
de Sua glória.
Depois de repousar no sétimo dia, Deus o santificou, ou o colocou à parte,
como dia de repouso para o homem. Seguindo o exemplo do Criador, deveria o
homem repousar neste santo dia, a fim de que, ao olhar para o céu e para a Terra,
pudesse refletir na grande obra da criação de Deus; e para que, contemplando as
provas da sabedoria e bondade de Deus, pudesse seu coração encher-se de amor
e reverência para com o Criador.
No Éden, Deus estabeleceu o memorial de Sua obra da criação, depondo a
Sua bênção sobre o sétimo dia. O sábado foi confiado a Adão, pai e representante
de toda a família humana. Sua observância deveria ser um ato de grato reconhe-
cimento, por parte de todos os que morassem sobre a Terra, de que Deus era seu
Criador e legítimo Soberano; de que eles eram a obra de Suas mãos, e súditos de
Sua autoridade. Assim, a instituição era inteiramente comemorativa, e foi dada
a toda a humanidade. Nada havia nela prefigurativo, ou de aplicação restrita a
qualquer povo. [...]
Era o desígnio de Deus que o sábado encaminhasse a mente dos homens à
contemplação de Suas obras criadas. A natureza fala aos sentidos, declarando que
há um Deus vivo, Criador e supremo Governador de tudo. “Os céus manifestam
a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz
declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite”. Salmos
19:1-2. A beleza que reveste a Terra é um sinal do amor de Deus. Podemos
vê-Lo nas colinas eternas, nas árvores altaneiras, no botão que se entreabre, e
nas delicadas flores. Tudo nos fala de Deus. O sábado, apontando sempre para
Aquele que tudo fez, ordena aos homens abrirem o grande livro da natureza, e
rastrear ali a sabedoria, o poder e o amor do Criador. — Patriarcas e Profetas,
[131] 47-48.
132
Um dia para Deus, 4 de Maio
133
Memorial da criação, 5 de Maio
134
Preparação para o sábado, 6 de Maio
No sexto dia, descobriram que uma porção em dobro [de maná] havia sido
enviada, e o povo colhia dois gômeres para cada pessoa. Os príncipes foram
apressadamente informar a Moisés do que se havia feito. Sua resposta foi: “Isto
é o que disse o Senhor: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que
quiserdes cozer no forno, cozei-o, o que quiserdes cozer em água, cozei-o em
água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte.” Assim
fizeram, e perceberam que ficara inalterado. E Moisés disse: “Comei-o hoje,
porquanto o sábado é do Senhor; hoje, não o achareis no campo. Seis dias o
colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele, não haverá”. Êxodo 16:25-26.
O Senhor não é agora menos minucioso com respeito ao sábado do que
quando deu essas especiais direções aos filhos de Israel. Determinou-lhes que,
no sexto dia, assassem o que quisessem assar, e cozessem o que quisessem cozer,
em preparo para o repouso do sábado. Aqueles que no sexto dia deixam de
fazer a devida preparação para o sábado, violam o quarto mandamento e são
transgressores da lei de Deus. Em Suas instruções aos israelitas, Deus proibiu
assar e cozinhar no sábado. Essa proibição deve ser considerada por todos os
guardadores do sábado uma solene ordem de Jeová para eles. O Senhor guardaria
Seu povo da prática da glutonaria no sábado, o qual Ele separou para sagrada
meditação e adoração. [...]
Deus manifestou Seu grande cuidado e amor por Seu povo enviando-lhe
pão do céu. “Comeram pão dos anjos”; isto é, alimento provido para eles pelos
anjos. [...] Depois de terem sido abundantemente supridos de alimento, ficaram
envergonhados de sua descrença e murmurações, e prometeram confiar no Senhor
para o futuro. — The Signs of the Times, 15 de Abril de 1880. [134]
135
A santidade do sábado, 7 de Maio
136
Ataque contra o sábado, 8 de Maio
137
A Bíblia e o sábado, 9 de Maio
Os dias em que vivemos são tempos que exigem constante vigilância, tempos
em que o povo de Deus deve avivar-se para fazer um grande trabalho na apre-
sentação do esclarecimento sobre o assunto do sábado. Eles devem se levantar, e
alertar os habitantes do mundo de que Cristo logo voltará com poder e grande
glória. [...]
Este é o momento em que os servos do Senhor devem trabalhar com maior
zelo para levar a mensagem do terceiro anjo a todas as partes do mundo. A obra
dessa mensagem está se espalhando perto e longe; no entanto, não devemos nos
sentir satisfeitos, mas apressar-nos em levar a milhares mais a verdade referente
à perpetuidade da lei de Jeová. A mensagem deve ser proclamada por todas as
nossas instituições de ensino, nossas editoras e nossos hospitais. O povo de Deus
em todos os lugares deve ser despertado para cooperar na grande e importante
obra representada pela primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Essa
última advertência aos habitantes da Terra deve fazer com que todos vejam a
importância que Deus dá à Sua santa lei. A verdade deve ser apresentada de modo
tão claro que nenhum transgressor, ao ouvi-la, deixe de discernir a importância
da obediência ao mandamento do sábado. [...]
Fui instruída a dizer ao nosso povo: Ajuntem das Escrituras as provas de
que Deus santificou o sábado, e façam com que as palavras do Senhor sejam
lidas diante das congregações, mostrando que todos que se desviam de um claro
“Assim diz o Senhor” serão condenados. O sábado tem sido o teste da lealdade
do povo de Deus em todas as eras. “Entre mim e os filhos de Israel é sinal para
sempre” declara o Senhor. Êxodo 31:17.
Ao proclamarmos a Palavra de Deus às pessoas, nada há a ser debatido. A
palavra do Senhor ordena a observância do sétimo dia; que esta Palavra seja dada
ao povo, e não as palavras de seres humanos. Assim fazendo, lançamos o peso da
responsabilidade sobre aqueles que a rejeitam; e os argumentos dos opositores
são argumentos contra as especificações da Palavra. Ao exaltar um “Assim diz o
Senhor”, a controvérsia não é com o obreiro, mas com Deus. — The Review and
[137] Herald, 26 de Março de 1908.
138
O sinal da autoridade de Deus, 10 de Maio
O sábado é um elo de ouro que nos une a Deus. Mas o preceito do sábado
tem sido violado. O dia santificado por Deus tem sido profanado. O sábado foi
deslocado de seu legítimo lugar pelo homem do pecado, sendo exaltado em lugar
dele um dia comum. Foi introduzida na lei uma brecha que tem de ser reparada.
O verdadeiro sábado tem que ser restituído à sua legítima condição de santo dia
de repouso.
No Capítulo 58 de Isaías está esboçada a obra que o povo de Deus deve
executar. Cumpre-lhe engrandecer a lei e torná-la gloriosa, edificar os lugares
antigamente assolados e levantar os fundamentos de geração em geração. Aos
que realizam essa obra, diz Deus: “E serás chamado Reparador de Brechas e
Restaurador de Veredas para que o país se torne habitável. Se desviares o pé de
profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia, se
chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares
não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem
falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os
altos da Terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do
Senhor o disse”. Isaías 58:12-14.
A questão do sábado será o ponto controverso no grande conflito final em
que o mundo inteiro será envolvido. Os homens exaltaram os princípios do diabo
acima dos que governam os Céus. Aceitaram o sábado espúrio instituído por
Satanás como o sinal de sua autoridade. Entretanto, Deus imprimiu o Seu selo
ao Seu estatuto real. Cada instituição sabática [verdadeira ou falsa] traz o nome
de seu autor, a marca indestrutível que revela sua autoridade. Nossa missão é
levar o povo a compreender isso. Devemos mostrar-lhe a importância de ter
o sinal do reino de Deus ou o do reino da rebelião, porque cada indivíduo se
reconhece súdito do reino cujo distintivo aceita. Deus nos chamou para desfraldar
o estandarte do Seu sábado, que está sendo calcado a pés. É muito importante,
portanto, que o nosso exemplo em observá-lo seja correto!. — Testemunhos para
a Igreja 6:352, 353. [138]
139
Um sinal falso, 11 de Maio
Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os
Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que
saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica. Êxodo 31:13.
O Senhor definiu de modo claro a estrada que vai à cidade de Deus; o grande
apóstata, porém, mudou o marco indicador, estabelecendo um falso sábado —
um sábado modificado. Satanás diz: “Eu atravessarei os propósitos de Deus.
Capacitarei meus seguidores a porem de lado o memorial de Deus, o sábado
do sétimo dia. Assim, mostrarei ao mundo que o dia abençoado e santificado
por Deus foi mudado. Esse dia não perdurará na mente do povo. Apagarei a
lembrança dele. Porei em seu lugar um dia que não leve as credenciais de Deus,
um dia que não seja um sinal entre Deus e Seu povo.
“Levarei os que aceitarem este dia a porem sobre ele a santidade que Deus
pôs sobre o sétimo dia. Através de meu representante, engrandecerei a mim
mesmo. O primeiro dia será exaltado, e o mundo protestante receberá este sábado
falso como genuíno. Através da não observância do sábado que Deus instituiu,
levarei Sua lei ao menosprezo. As palavras: ‘Um sinal entre Mim e vós por
todas as vossas gerações’, farei que se prestem para o meu sábado. Assim o
mundo se tornará meu. Eu serei o governador da Terra, o príncipe do mundo.
Controlarei assim as mentes sob meu poder para que o sábado de Deus seja um
objeto especial de desprezo.” [...]
O homem do pecado instituiu um sábado falso, e o professo mundo cristão
adotou este filho do papado, recusando obedecer a Deus. Assim Satanás conduz
homens e mulheres em direção contrária à da cidade de refúgio; e, pelas multidões
que o seguem, fica demonstrado que Adão e Eva não são os únicos que aceitaram
as palavras do astuto inimigo.
O inimigo de todo o bem pôs em sentido contrário o marco indicador, de
modo a fazê-lo indicar o caminho da desobediência como sendo o da felicidade.
[139] — SDABC, 4:1171-1172.
140
Fazendo o bem no sábado, 12 de Maio
Jesus tinha lições que desejava ensinar a Seus discípulos, para que quando
não mais estivesse com eles, eles não fossem iludidos pelas distorções enganosas
dos sacerdotes e autoridades com respeito à correta observância do sábado. Ele
removeria do sábado as tradições e exigências com as quais os sacerdotes e
líderes tinham sobrecarregado o sábado.
Ao passar por uma plantação de grãos no dia do sábado, Ele e Seus discípulos,
famintos, começaram a arrancar espigas de grão e comer. “Os fariseus, porém,
vendo isso, disseram-Lhe: Eis que os Teus discípulos fazem o que não é lícito
fazer em dia de sábado”. Mateus 12:2. Para responder à acusação deles, Ele os
dirigiu ao ato de Davi e outros, dizendo: “Não lestes o que fez Davi quando ele e
seus companheiros tiveram fome? Como entrou na Casa de Deus, e comeram os
pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que
com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que,
aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois
Eu vos digo: aqui está quem é maior que o templo”. Mateus 12:3-6.
Se a fome excessiva isentou Davi da violação até mesmo da santidade do
santuário, e tornou seu ato inocente, quanto mais desculpável era o simples ato
dos discípulos de arrancar espigas e comê-las no dia de sábado! Jesus desejava
ensinar a Seus discípulos e a Seus inimigos que o serviço de Deus vinha em
primeiro lugar, e que se a fadiga ou fome acompanhassem o trabalho, era correto
satisfazer as necessidades humanas mesmo no dia de sábado. [...]
Obras de misericórdia e de necessidade não são transgressões da lei. Deus
não condena essas coisas. O ato de misericórdia e necessidade ao passar por uma
plantação, de arrancar espigas de trigo, esfregar os grãos nas mãos e comê-los
para satisfazer a fome, Ele declarou estarem de acordo com a lei que Ele mesmo
tinha proclamado no Sinai. Desse modo declarou-Se inocente diante dos escribas,
autoridades e sacerdotes, diante do universo celeste, e diante dos anjos caídos e
dos homens caídos. — The Review and Herald, 3 de Agosto de 1897. [140]
141
Evangelismo no sábado, 13 de Maio
Farei que os homens sejam mais escassos do que o ouro puro, mais raros
do que o ouro de Ofir. Isaías 13:12.
Se era lícito a Davi satisfazer a fome comendo do pão que fora separado para
um fim santo, então era lícito aos discípulos prover sua necessidade colhendo
umas espigas nas sagradas horas do sábado. Além disso, os sacerdotes no templo
realizavam maior trabalho no sábado que em outros dias. O mesmo trabalho, feito
em negócios seculares, seria pecado, mas a obra dos sacerdotes era realizada no
serviço de Deus. Estavam praticando os ritos que apontavam ao poder redentor de
Cristo, e seu trabalho achava-se em harmonia com o desígnio do sábado. Agora,
porém, viera o próprio Cristo. Os discípulos, fazendo a obra de Cristo, estavam
empenhados no serviço de Deus, e o que era necessário à realização dessa obra,
era direito fazer no dia de sábado.
Cristo queria ensinar, aos discípulos e aos inimigos, que o serviço de Deus está
acima de tudo. O objetivo da obra de Deus, neste mundo, é a redenção do homem;
portanto, tudo quanto é necessário que se faça no sábado no cumprimento dessa
obra, está em harmonia com a lei do sábado. Jesus coroou então Seu argumento,
declarando-Se “Senhor do sábado” — Alguém que estava acima de qualquer
dúvida, acima de toda lei. Esse eterno Juiz absolve de culpa os discípulos,
apelando para os próprios estatutos de cuja violação são acusados. [...]
Outro sábado, ao entrar Jesus na sinagoga, viu aí um homem cuja mão era
mirrada. Os fariseus O observavam, ansiosos de ver o que faria. Bem sabia o
Salvador que, curando no sábado, seria considerado transgressor, mas não hesitou
em derribar o muro das exigências tradicionais que atravancavam o sábado. Jesus
pediu ao enfermo que se adiantasse, perguntando então: “É lícito no sábado
fazer bem ou fazer mal? salvar a vida, ou matar?” Marcos 3:4. Era uma máxima
entre os judeus que deixar de fazer o bem, havendo oportunidade para isso,
era fazer mal; negligenciar salvar a vida era matar. Assim Jesus os atacou com
suas próprias armas. “E eles calaram-se. E, olhando para eles em redor com
indignação, condoendo-Se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a
mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a mão, sã como a outra”. Marcos 3:4-5.
[141] — O Desejado de Todas as Nações, 285-286.
142
Honrando o sábado, 14 de Maio
Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos
sábados, fazer o bem. Mateus 12:12.
143
Um presente para a humanidade, 15 de Maio
E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por
causa do sábado. Marcos 2:27.
144
Sinal da aliança, 16 de Maio
Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias,
fez o Senhor os Céus e a Terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento.
Êxodo 31:17.
145
Um dia de cura e de alegria, 17 de Maio
“Ora, ensinava Jesus no sábado numa das sinagogas. E veio ali uma mulher
possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela en-
curvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e
disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela
imediatamente se endireitou e dava glória a Deus”. Lucas 13:10-13.
O coração compassivo de Cristo foi tocado ao ver essa mulher em sofrimento,
e acreditamos que cada ser humano que para ela olhava alegrou-se ao vê-la livre
de sua escravidão, e curada de uma angústia que a afligia por dezoito anos. Mas
Jesus percebeu pelo semblante sombrio e indignado dos sacerdotes e rabinos que
não se alegraram com a libertação da mulher. Não estavam prontos a expressar
palavras de gratidão porque alguém que estivera sofrendo e fora deformada pela
doença era agora restaurado à saúde e à simetria. Não ficaram gratos porque
aquele corpo deformado se tornara agradável, e porque o Espírito Santo deixara
seu coração alegre, transbordante de gratidão, e ela glorificava a Deus.
Diz o salmista: “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me
glorificará”. Salmos 50:23. Mas em meio a palavras de gratidão ouve-se uma nota
dissonante. “O chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado.”
Ele estava indignado porque Cristo fizera uma mulher infeliz entoar uma nota de
alegria no sábado. Em alta voz, áspera e com fúria disse à multidão: “Seis dias
há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não
no sábado.”
Se esse homem realmente tivesse consciencioso escrúpulo quanto à verda-
deira observância do sábado, teria discernido a natureza e caráter da obra que
Cristo realizara. [...] A obra que Cristo realizara estava em harmonia com a
santificação do dia de sábado. A multidão de um e outro lado se maravilhou e
ficou alegre com a obra realizada em favor da mulher sofredora; e havia aqueles
cujo coração fora tocado, cuja mente fora iluminada, que teriam se confessado
discípulos de Cristo, não fosse o sombrio e indignado semblante dos rabinos. —
[145] The Signs of the Times, 23 de Abril de 1896.
146
Um dia de misericórdia, 18 de Maio
O Senhor Deus do sábado ouvirá a oração sincera. Ele guiará os que sentem
dependência dEle, e guiará também os obreiros para que muitas pessoas venham
a ter conhecimento da verdade.
Verdade como existe em Jesus exerce uma influência transformadora sobre a
mente de quem a recebe. Que ninguém esqueça que Deus é sempre a maioria, e
que com Ele todo esforço missionário com certeza será coroado de êxito. Os que
mantêm relacionamento vivo com Deus sabem que a divindade trabalha através
da humanidade. Todo ser que coopera com Deus praticará a justiça, amará a
misericórdia, e andará humildemente com Deus.
O Senhor é um Deus de misericórdia, e tem cuidado até mesmo dos animais
irracionais que criou. Quando Ele curou no dia de sábado e foi acusado de
quebrar a lei de Deus, disse a seus acusadores: “Cada um de vós não desprende
da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber?
Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha
de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos? Tendo Ele dito estas
palavras, todos os seus adversários se envergonharam. Entretanto, o povo se
alegrava por todos os gloriosos feitos que Jesus realizava”. Lucas 13:15-17.
O Senhor considera com compaixão as criaturas por Ele criadas, não importa
a que raça pertençam. Deus “de um só fez toda a geração dos homens para habitar
sobre toda a face da Terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os
limites da sua habitação, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando,
o pudessem achar, ainda que não está longe de cada um de nós; porque nele
vivemos, e nos movemos, e existimos, como também alguns dos vossos poetas
disseram: Pois somos também sua geração”. Atos 17:26-28.
Falando a Seus discípulos, disse o Salvador: “Vós todos sois irmãos”. Mateus
23:8. Deus é nosso Pai comum, e cada um de nós é guarda de seu irmão. — The
Review and Herald, 21 de Janeiro de 1896. [146]
147
Exemplificando a santidade do sábado, 19 de Maio
148
Os mandamentos são para todos, 20 de Maio
149
Como Jesus guardou o sábado, 21 de Maio
Então, disse Jesus a eles: Que vos parece? É lícito, no sábado, fazer o bem
ou o mal? Salvar a vida ou deixá-la perecer? Lucas 6:9.
150
Um dia literal, 22 de Maio
Com a Sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que
nós não compreendemos. Jó 37:5.
Quando Deus proferiu Sua lei com voz audível, do Sinai, Ele apresentou o
sábado, dizendo: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”. Êxodo 20:8.
Em seguida, declara definitivamente o que deve ser feito nos seis dias e o que
não se deve fazer no sétimo. Então, ao expor a razão para observar assim a
semana, chama-lhes a atenção para o Seu exemplo nos primeiros sete dias do
tempo. “Porque, em seis dias, fez o Senhor os Céus e a Terra, o mar e tudo o
que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de
sábado e o santificou”. Êxodo 20:11. A razão parece bela e convincente quando
compreendemos que o relato da Criação designa dias literais.
Os primeiros seis dias de cada semana são dados ao homem para que trabalhe
neles, porque Deus empregou o mesmo período da primeira semana na obra da
criação. O sétimo dia Deus reservou como dia de descanso, em comemoração de
Seu descanso durante o mesmo período de tempo, após haver realizado a obra da
criação em seis dias.
Mas a suposição de que os acontecimentos da primeira semana requereram
sete vastos períodos indefinidos para sua realização golpeia diretamente o funda-
mento do sábado do quarto mandamento. Ela torna indefinido e obscuro o que
Deus tornou bem claro. É o pior tipo de infidelidade. Para muitos que profes-
sam crer na história da Criação, é infidelidade disfarçada. Acusa a Deus de nos
mandar observar a semana de sete dias literais em comemoração a sete períodos
indefinidos, o que é contrário à Sua conduta para conosco, e é uma depreciação
de Sua sabedoria. [...]
A Palavra de Deus é dada como lâmpada para os nossos pés, e luz para o
nosso caminho. Os que lançam Sua Palavra atrás de si, e procuram por sua própria
e cega filosofia decifrar os maravilhosos mistérios de Jeová tropeçarão nas trevas.
Foi dado um guia pelo qual eles podem conhecer a Jeová e Sua obra até onde
isso lhes seja benéfico. Ao dar-nos a história do Dilúvio, a Inspiração elucidou
maravilhosos mistérios que a geologia, independentemente da Inspiração, não
poderia elucidar. — The Signs of the Times, 20 de Março de 1879. [150]
151
O poder criador de Deus, 23 de Maio
Geólogos ateus afirmam que o mundo é muito mais velho do que indica o
relato bíblico. Eles rejeitam o relato bíblico devido a certas coisas que para eles
são evidências, da própria Terra, de que o mundo tem existido por dezenas de
milhares de anos. E muitos que professam crer no relato da Bíblia não sabem
como explicar maravilhosas coisas que se encontram na Terra, com o conceito de
que a semana da Criação consistiu apenas de sete dias literais e de que o mundo
tem agora apenas cerca de seis mil anos. Estes, para se livrarem de dificuldades
lançadas em seu caminho por geólogos irreligiosos, adotam a visão de que os
seis dias de Criação foram seis vastos e indefinidos períodos, e que o dia de
descanso de Deus foi outro período indefinido, tornando sem sentido o quarto
mandamento da santa lei de Deus. Alguns impulsivamente aceitam essa visão,
pois ela destrói a força do quarto mandamento e assim se sentem livres de sua
reivindicação sobre eles.
Ossos humanos e de animais são encontrados na terra, em montanhas e
vales, mostrando que seres humanos e feras muito maiores um dia existiram.
Instrumentos de guerra são às vezes encontrados e também madeira petrificada.
Uma vez que os ossos encontrados são maiores do que os de homens e animais
que vivem atualmente, ou que existiram durante as gerações passadas, alguns
concluem que a Terra foi habitada antes do registro da criação por uma raça de
seres muito superiores em tamanho aos dos homens de hoje. Os que raciocinam
dessa maneira têm idéias limitadas sobre o tamanho das pessoas, animais e
árvores antes do dilúvio, e sobre as grandes mudanças que têm ocorrido na Terra.
Sem a história da Bíblia, a geologia não pode provar nada. [...] Quando os
homens deixam a Palavra de Deus a respeito da história da Criação e procuram
explicar as obras criadas por Deus valendo-se de princípios naturais, eles se
encontram num ilimitado oceano de incertezas. Deus nunca revelou aos mortais
exatamente como realizou a obra da Criação em seis dias literais. As obras
criadas por Ele são tão incompreensíveis como Sua existência. — The Signs of
[151] the Times, 20 de Março de 1879.
152
A confiabilidade da palavra, 24 de Maio
Tem sido a obra especial de Satanás levar o homem caído a rebelar-se contra
o governo de Deus, e tem tido muito sucesso em seus esforços. Ele tem procurado
obscurecer a lei de Deus, a qual, em si, é bem clara. Tem manifestado especial
aversão ao quarto preceito do Decálogo, porque este define o Deus vivo, o Criador
dos céus e da Terra. Há um desvio dos mais claros preceitos de Jeová, para a
aceitação de fábulas de ateus.
O homem ficará sem desculpa. Deus lhe deu suficientes evidências em que
basear a fé, se quiser crer. Nos últimos dias a Terra quase estará destituída de ver-
dadeira fé. Pelo mais insignificante pretexto, a Palavra de Deus será considerada
indigna de confiança, ao passo que se aceitarão os argumentos humanos, embora
estejam em oposição aos claros fatos das Escrituras. Homens procurarão explicar
a obra da criação, que Deus nunca revelou, pelas causas naturais. Mas a ciência
humana não pode descobrir com mais facilidade os segredos do Deus do Céu.
[...]
Seres humanos professando serem ministros de Deus erguem a voz contra a
investigação da profecia, e dizem às pessoas que as profecias, especialmente as
de Daniel e Apocalipse, são obscuras e que não podemos entendê-las; contudo
estas mesmas pessoas recebem avidamente as suposições dos geólogos, em
contradição com o registro mosaico. Mas se aquilo que Deus revelou é tão difícil
de entender, quão incoerente é aceitar meras suposições com relação àquilo que
Ele não revelou! Os caminhos de Deus não são como os nossos caminhos, nem os
Seus pensamentos como os nossos pensamentos. [...] Mas os homens, com o seu
vão raciocínio, fazem mau uso dessas coisas que, de acordo com o desígnio de
Deus, deviam levá-los a exaltá-Lo. Caem no mesmo erro do povo antediluviano
— as coisas que Deus lhes deu para bênção tornaram-se maldição, pelo mau uso
delas. — The Signs of the Times, 20 de Março de 1879. [152]
153
O sábado preservado, 25 de Maio
154
O sábado em família, 26 de Maio
Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a
aliança e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e cumprem os
Seus mandamentos. Deuteronômio 7:9.
155
Obra contínua, 27 de Maio
156
Uma visão sobre o sábado, 28 de Maio
O sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho,
nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva,
nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o
estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva
descansem como tu. Deuteronômio 5:14.
Jesus estava junto à arca e, ao subirem a Ele as orações dos santos, a fumaça
do incenso subia, e Ele oferecia suas orações ao Pai com o fumo do incenso.
Na arca estava o pote de ouro contendo o maná, a vara de Arão que florescera
e as tábuas de pedra que se fechavam como um livro. Jesus abriu-as, e eu vi os
Dez Mandamentos nelas escritos com o dedo de Deus. Numa das tábuas havia
quatro mandamentos e na outra seis. Os quatro da primeira tábua eram mais
brilhantes que os seis da outra. Mas o quarto, o mandamento do sábado, brilhava
mais que os outros; pois o sábado foi separado para ser guardado em honra do
santo nome de Deus. O santo sábado tinha aparência gloriosa — um halo de
glória o circundava. [...]
E eu vi que, se Deus tivesse mudado o sábado do sétimo dia para o primeiro,
Ele teria mudado a redação do mandamento do sábado, escrito nas tábuas de
pedra, que estão agora na arca no lugar santíssimo do templo no Céu; e seria
lido assim: O primeiro dia é o sábado do Senhor teu Deus. Mas eu vi que nele se
lê da mesma maneira como foi escrito nas tábuas de pedra pelo dedo de Deus,
e entregue a Moisés no Sinai: “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu
Deus”. Êxodo 20:10. Vi que o santo sábado é, e será, o muro de separação entre
o verdadeiro Israel de Deus e os incrédulos, e que o sábado é o grande fator que
une o coração dos queridos de Deus, os expectantes santos.
Vi que Deus tinha filhos que não reconheciam o sábado e não o guardavam.
Eles não haviam rejeitado a luz sobre este ponto. E ao início do tempo de
angústia fomos cheios do Espírito Santo ao sairmos para proclamar o sábado
mais amplamente. — Primeiros Escritos, 32-33. [156]
157
Adoração a Deus, 29 de Maio
Santificai os Meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para
que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus. Ezequiel 20:20.
158
O dia do Senhor, 30 de Maio
Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga,
segundo o Seu costume, e levantou-Se para ler. Lucas 4:16.
159
O sábado na eternidade, 31 de Maio
160
Junho
Seja como Jesus, 1 de Junho
Os que professam amar e temer a Deus, devem nutrir simpatia e amor uns
pelos outros, e proteger os interesses dos outros como se fossem seus. Os cristãos
não devem regular sua conduta pelos padrões do mundo. Em todas as épocas, o
povo de Deus é tão distinto dos mundanos quanto a sua profissão é mais elevada
que a do incrédulo. Todo o povo de Deus na Terra é um corpo, desde o princípio
até o fim do tempo.
“O amor do dinheiro é a raiz de todo o mal”. 1 Timóteo 6:10. Nesta geração,
o desejo de ganho é paixão absorvente. Se a riqueza não pode ser assegurada por
meio de trabalho honesto, os homens recorrerão à fraude a fim de obtê-la. Viúvas
são roubadas em seus escassos recursos, e pobres são levados a sofrer pela falta
de coisas indispensáveis à vida. Isso ocorre para que os ricos possam manter sua
extravagância ou satisfazer seu desejo de acumular bens.
O terrível registro de crime em nosso mundo é suficiente para gelar o sangue
e encher a alma de pavor. O fato de que, em maior ou menor grau, existem
os mesmos pecados entre aqueles que professam piedade exige uma profunda
humilhação de alma e cuidadosa ação dos seguidores de Cristo. Os crimes que
são cometidos por causa do amor à exibição e ao dinheiro transformam este
mundo num covil de ladrões e salteadores. Mas os cristãos são peregrinos na
Terra; estão em terra estranha, parando, por assim dizer, por apenas uma noite.
Eles não devem ser influenciados pelos mesmos motivos e desejos daqueles que
têm seu lar e tesouro aqui. Deus planejou que nossa vida representasse a vida de
nosso grande Modelo Jesus ao fazer o bem aos outros. [...]
Cada erro praticado em relação aos filhos de Deus é feito ao próprio Cristo na
pessoa de Seus santos. Toda tentativa de tirar vantagem da ignorância, fraqueza
ou infortúnio de outrem, é registrada como fraude no livro do Céu. — The
[160] Southern Work, 10 de Maio de 1904.
162
Integridade nos negócios, 2 de Junho
Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós
também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. Mateus 7:12.
Aquele que sinceramente teme a Deus preferiria antes labutar dia e noite e co-
mer o pão da pobreza, a condescender com a paixão do ganho que oprima a viúva
e o órfão, ou prive o estrangeiro do seu direito. Nosso Salvador buscou gravar em
Seus ouvintes o fato de que a pessoa que ousasse defraudar o próximo no menor
ponto, enganaria, se a oportunidade fosse favorável, em questões maiores. O mais
leve afastamento da retidão quebra as barreiras, e prepara o coração para injustiça
maior. Por preceito e exemplo Cristo ensinou que integridade absoluta deve
governar nossa conduta para com nossos semelhantes. Disse o Divino Mestre:
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também
a eles”. Mateus 7:12.
Exatamente na medida que o homem se beneficia à custa de seu semelhante,
seu coração se tornará endurecido à influência do Espírito de Deus. O ganho
assim obtido é uma perda terrível. É melhor padecer necessidade do que mentir;
melhor passar fome do que defraudar; melhor morrer do que pecar. Extravagân-
cia, excessos e extorsões estão corrompendo a fé de muitos, e destruindo sua
espiritualidade. A igreja é em grande medida responsável pelos pecados dos seus
membros. Ela encoraja o mal se deixa de levantar a voz contra isso. A influência
mais temida pela igreja não é a dos francos opositores, dos infiéis e blasfemos,
mas a dos incoerentes professos seguidores de Cristo. Há aqueles que afastam de
Israel as bênçãos de Deus. [...]
O mundo dos negócios não está fora dos limites do governo de Deus. O
cristianismo não deve ser meramente mostrado no sábado e exibido no santuário;
é para todos os dias da semana e todos os lugares. Seus reclamos devem ser
reconhecidos e obedecidos em cada ato da vida. Homens possuindo o genuíno
artigo da verdadeira religião revelarão em todas as suas transações comerciais
tão clara percepção do direito como quando oferecem suas súplicas diante do
trono da graça. — The Southern Work, 10 de Maio de 1904. [161]
163
Honestidade em tudo, 3 de Junho
Terás peso integral e justo, efa integral e justo; para que se prolonguem os
teus dias na terra que te dá o Senhor, teu Deus. Deuteronômio 25:15.
164
A ética de Jesus, 4 de Junho
A ética apontada pelo evangelho não reconhece outro padrão senão a perfei-
ção da mente e da vontade de Deus. Deus requer de Suas criaturas conformidade
com Sua vontade. A imperfeição de caráter é pecado, e pecado é transgressão da
lei. Todos os atributos virtuosos do caráter se concentram em Deus, formando um
todo harmonioso e perfeito. Toda pessoa que aceita a Cristo como seu Salvador
pessoal tem o privilégio de possuir esses atributos. Essa é a ciência da santidade.
Quão gloriosas são as possibilidades que se deparam à raça caída! Por inter-
médio de Seu Filho, Deus revelou a excelência que o homem é capaz de atingir.
Através dos méritos de Cristo, o homem é erguido de sua condição depravada,
purificado, e tornado mais precioso que as barras de ouro de Ofir. Ele tem possi-
bilidade de se tornar companheiro dos anjos na glória, e de refletir a imagem de
Jesus Cristo, resplandecendo mesmo no magnificente esplendor do trono eterno.
Ele tem o privilégio de aceitar pela fé o fato de que através do poder de Cristo
ele se tornará imortal. Entretanto, quão raras vezes ele compreende as alturas a
que poderia chegar se permitisse que Deus dirigisse cada passo seu!
Deus permite que cada ser humano exerça sua individualidade. Ele não
deseja que ninguém submerja sua mente na de outro mortal. Os que desejam ser
transformados na mente e no caráter não devem contemplar os homens, mas o
Exemplo divino. [...]
Como nosso Exemplo, temos Alguém que é tudo em todos, o primeiro en-
tre milhares de milhares, e cuja excelência é incomparável. Ele bondosamente
adaptou Sua vida para servir de imitação universal. Unidos em Cristo estavam
riqueza e pobreza; majestade e degradação; poder ilimitado e humildade, a qual se
refletirá em toda pessoa que O recebe. NEle, através das qualidades e faculdades
da mente humana, foi revelada a sabedoria do maior Mestre que o mundo já
conheceu. — Refletindo a Cristo, 27. [163]
165
Não explore o próximo, 5 de Junho
A Palavra de Deus não aprova nenhum plano que enriqueça uma classe pela
opressão e o sofrimento de outra. Em todas as nossas transações comerciais,
ela nos ensina a colocar-nos no lugar daqueles com quem estamos tratando, a
considerar, não somente o que é nosso, mas também o que é dos outros. Aquele
que se aproveitasse do infortúnio de um outro para se beneficiar a si mesmo, ou
que buscasse para si lucros por meio da fraqueza ou incompetência de outros
seria um transgressor, tanto dos princípios como dos preceitos da Palavra de
Deus.
“Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomarás em penhor
a roupa da viúva”. Deuteronômio 24:17. “Quando emprestares alguma coisa
ao teu próximo, não entrarás em sua casa para lhe tirar o penhor. Fora estarás,
e o homem, a quem emprestaste, te trará fora o penhor. Porém, se for homem
pobre, te não deitarás com o seu penhor”. Deuteronômio 24:10-12. “Se tomares
em penhor a veste do teu próximo, lho restituirás antes do pôr-do-sol, porque
aquela é a sua cobertura; [...] em que se deitaria? Será, pois, que, quando clamar
a Mim, Eu o ouvirei, porque sou misericordioso”. Êxodo 22:26-27. “E, quando
venderdes alguma coisa ao vosso próximo ou a comprardes da mão do vosso
próximo, ninguém oprima a seu irmão”. Levítico 25:14.
“Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na me-
dida”. Levítico 19:35. “Na tua bolsa não terás diversos pesos, um grande e um
pequeno. Na tua casa não terás duas sortes de efa, um grande e um pequeno”.
Deuteronômio 25:13-14. “Balanças justas, pedras justas, efa justo e justo him
tereis”. Levítico 19:36.
“Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes”.
Mateus 5:42. “O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo compadece-se
e dá”. Salmos 37:21. [...]
O plano de vida que Deus deu a Israel destinava-se a servir de lição objetiva
para toda a humanidade. Se esses princípios fossem postos em prática hoje em
[164] dia, quão diverso seria o mundo!. — A Ciência do Bom Viver, 187-188.
166
A prova do caráter, 6 de Junho
Vi que é pela providência de Deus que viúvas e órfãos, cegos, surdos, coxos e
pessoas atribuladas por diversos modos foram postos em íntima relação cristã com
Sua igreja; é para provar Seu povo e desenvolver seu verdadeiro caráter. Os anjos
de Deus estão observando para ver como tratamos essas pessoas necessitadas de
nossa simpatia, amor e desinteressada generosidade. Essa é a maneira de Deus
provar nosso caráter.
Se possuímos a verdadeira religião da Bíblia, perceberemos que temos para
com Cristo um débito de amor, bondade e interesse, em favor de Seus filhos.[...]
Os dois grandes princípios da lei de Deus são o supremo amor a Deus e
amor altruísta ao próximo. Os primeiros quatro mandamentos e os últimos seis
dependem desses dois princípios, ou deles provêm. Cristo explicou ao doutor
da lei que seu próximo se encontrava na ilustração do homem que viajava de
Jerusalém para Jericó e caiu entre ladrões, sendo roubado, espancado e deixado
meio morto.
O sacerdote e o levita viram o homem sofrendo, mas seu coração não cor-
respondeu a suas necessidades. Evitaram-no, passando de largo. O samaritano
passou por aquele caminho e, quando viu a necessidade de auxílio em que se
achava o estranho, não perguntou se era parente, conterrâneo ou da mesma fé;
mas pôs-se a trabalhar a fim de ajudar o sofredor, pois havia algo que devia ser
feito. Aliviou-o da melhor maneira que pôde, pô-lo sobre a própria cavalgadura
e levou-o a uma hospedaria, tomando providências para suas necessidades, por
conta própria.
Esse samaritano, disse Cristo, era o próximo daquele que caiu entre ladrões. O
levita e o sacerdote representam, na igreja, uma classe que manifesta indiferença
até para com os que precisam de sua simpatia e auxílio. Essa classe, apesar de
sua posição na igreja, é transgressora dos mandamentos. O samaritano representa
uma classe de fiéis auxiliadores de Cristo, que Lhe imitam o exemplo em fazer o
bem. — Testemunhos para a Igreja 3:511-512. [165]
167
Princípios nos negócios, 7 de Junho
168
Plano para evitar a pobreza, 8 de Junho
O ano qüinquagésimo vos será jubileu; não semeareis, nem segareis o que
nele nascer de si mesmo, nem nele colhereis as uvas das vinhas não
podadas. [...] Quando venderes alguma coisa ao teu próximo ou a
comprares da mão do teu próximo, não oprimas teu irmão. Levítico
25:11-14.
No plano de Deus para Israel, toda família tinha um lar no campo, e terreno
suficiente para o cultivo. Assim eram proporcionados tanto os meios como
o incentivo para uma vida útil, laboriosa e independente. E nenhuma medida
humana jamais suplantou esse plano. A pobreza e a miséria que hoje existem se
devem, em grande parte, ao fato de o mundo ter se afastado dele.
Ao estabelecer-se Israel em Canaã, a terra foi dividida entre todo o povo,
sendo excetuados apenas os levitas, como ministros do santuário, nessa eqüitativa
distribuição. As tribos eram contadas por famílias, e a cada uma destas era
concedida, segundo o seu número, uma herança proporcional.
E embora uma pessoa pudesse, por algum tempo, dispor de sua possessão,
não poderia vender permanentemente a herança de seus filhos. Quando habilitada
a resgatar sua terra, estava em qualquer tempo na liberdade de o fazer. As dívidas
eram perdoadas cada sete anos, e no qüinquagésimo, ou ano do jubileu, toda
propriedade em terras revertia a seu original possuidor.
“A terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é Minha; pois vós sois
para Mim estrangeiros e peregrinos. Portanto, em toda a terra da vossa possessão
dareis resgate à terra. Se teu irmão empobrecer e vender alguma parte das suas
possessões, então, virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que seu irmão
vendeu. Se alguém [...] achar o bastante com que a remir, [...] tornará à sua
possessão. Mas, se as suas posses não lhe permitirem reavê-la, então, a que for
vendida ficará na mão do comprador até ao Ano do Jubileu”. Levítico 25:23-28.
[...] Assim cada família era garantida em sua possessão, sendo proporcionada
uma salvaguarda contra os extremos, quer da opulência, quer da miséria. — A
Ciência do Bom Viver, 183-185. [167]
169
Refinados pela graça de Deus, 9 de Junho
Não oprimais ao vosso próximo; cada um, porém, tema a seu Deus; porque
Eu sou o Senhor, vosso Deus. Levítico 25:17.
170
Os princípios do evangelho, 10 de Junho
Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta
figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando
inutilmente a terra? Lucas 13:7.
O Senhor ficaria satisfeito se Seu povo fosse mais atencioso do que é agora,
mais misericordioso e mais solícito uns para com os outros. Quando o amor de
Cristo está no coração, cada um terá mais terna consideração pelos interesses dos
outros. Irmão não quererá levar vantagens sobre irmão em transações comerciais.
Outro não cobrará exorbitantes taxas de juros, em virtude de ver seu irmão em
situação difícil, necessitado de ajuda.
Aqueles que procuram tirar proveito das necessidades do semelhante provam
conclusivamente que não são governados pelos princípios do evangelho de Cristo.
Suas ações são registradas nos livros do Céu como fraude e desonestidade e,
onde quer que esses princípios atuem, a bênção do Senhor não será derramada.
Tais pessoas estão recebendo as impressões do grande adversário antes que do
Espírito de Deus. Aqueles que finalmente herdarão o reino celestial devem ser
transformados pela divina graça. Precisam ser puros de coração e vida, e possuir
caráter simétrico. [...]
Todos os meios que possa acumular, mesmo que sejam milhões, não serão
suficientes para pagar o resgate de sua alma. Não permaneça na impenitência
e incredulidade que [...] anulam os graciosos propósitos de Deus; não force a
destruição pela relutante mão divina sobre sua propriedade, nem traga aflição
sobre si mesmo.
Quantos há que estão agora tomando um rumo que certamente, em breve,
atrairá atos de juízo. Essas pessoas vivem, dia após dia, mês após mês, ano após
ano, para os próprios interesses egoístas. Sua influência e meios, acumulados
mediante as habilidades e tino dados por Deus, são usados para si mesmos e suas
famílias, sem um só pensamento para seu gracioso Benfeitor. Não permitem que
coisa alguma retorne ao Doador. [...]
Finalmente, Sua paciência com esses mordomos infiéis se esgota, e Ele faz
com que todos os seus projetos egoístas e mundanos cheguem a um fim repentino,
para mostrar-lhes que, como ajuntaram para a própria glória, Ele pode espalhar e
deixá-los desamparados para resistir ao Seu poder. — Testemunhos para a Igreja
5:350-351. [169]
171
Os negócios revelam o caráter, 11 de Junho
172
Pequenos pecados, grandes conseqüências, 12 de Junho
A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos, a sua mesma falsidade
os destrói. Provérbios 11:3.
Disse Cristo: “Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar
frutos bons. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. Mateus 7:18, 20. Os atos
da vida do homem são os frutos que produz.[...]
A Bíblia condena nos mais fortes termos toda falsidade, fraude e desones-
tidade. O justo e o errado são discriminados claramente. Mas foi-me mostrado
que o povo de Deus se colocou em terreno do inimigo; cedeu a suas tentações e
seguiu-lhe os artifícios, até se tornarem perigosamente embotadas as suas sensibi-
lidades. Um leve desvio da verdade, uma pequenina variação das reivindicações
de Deus, não é, afinal, considerado muito pecaminoso, quando se acham envol-
vidos ganho ou perda de dinheiro. Mas pecado é pecado, seja cometido pelo
milionário ou pelo que pede esmolas nas ruas. Os que adquirem bens mediante
engano, trazem sobre si a condenação. Tudo quanto for adquirido por meio de
engano e fraude só trará maldição a quem o receber.
Adão e Eva sofreram as terríveis conseqüências de desobedecerem ao ex-
presso mandamento de Deus. Podem ter arrazoado: Este é um pecado muito
pequenino, e jamais será levado em conta. Mas Deus tratou o caso como um ter-
rível mal; e a desgraça trazida por sua transgressão será sentida através de todos
os tempos. Nos dias em que vivemos, pecados de muito maior magnitude são
muitas vezes cometidos pelos que professam ser filhos de Deus. Nas transações
comerciais, são pelo professo povo de Deus pronunciadas e praticadas falsidades
que trazem sobre eles a desaprovação de Deus, e vergonha sobre Sua causa.
O menor desvio da veracidade e retidão constitui transgressão da lei de Deus.
A contínua condescendência com o pecado acostuma a pessoa ao hábito de proce-
der mal, mas não diminui o grave caráter do pecado. Deus estabeleceu princípios
imutáveis, que Ele não pode mudar sem uma revisão de toda a Sua natureza. Se a
Palavra de Deus fosse estudada fielmente por todos os que professam crer na ver-
dade, eles não seriam pigmeus nas coisas espirituais. Os que desrespeitam nesta
vida as reivindicações de Deus, não Lhe respeitariam a autoridade se estivessem
no Céu. — Testemunhos para a Igreja 4:311-312. [171]
173
Construa o caráter sobre a rocha, 13 de Junho
O primeiro passo na vida é manter a mente fixa em Deus, ter sempre diante dos
olhos o Seu temor. Um único desvio da integridade moral embota a consciência
e abre a porta à tentação seguinte. “Quem anda em sinceridade anda seguro, mas
o que perverte os seus caminhos será conhecido”. Provérbios 10:9.
É-nos ordenado amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós
mesmos; a diária experiência da vida, entretanto, mostra que essa lei é rejeitada.
A sinceridade no trato e a integridade moral assegurarão o favor de Deus, e
tornarão o homem uma bênção para si mesmo e para a sociedade; mas em meio
da variedade de tentações que assaltam uma pessoa em qualquer parte para onde
se vire, impossível é manter uma consciência limpa e a aprovação do Céu sem
auxílio divino e o princípio de amar o que é reto por amor da própria justiça.
Um caráter aprovado por Deus e pelo homem é preferível à riqueza. É preciso
pôr-se um fundamento amplo e profundo, assentado na rocha — Cristo Jesus.
Muitos há que professam trabalhar baseados no verdadeiro fundamento, e cuja
frouxidão nos tratos mostra que estão construindo em areia movediça; mas a
grande tempestade lhes varrerá o fundamento, e não terão refúgio. [...]
Muitos alegam que, a menos que sejam espertos e cuidem para tirar proveito
para si mesmos, sofrerão perdas. Seus inescrupulosos vizinhos, que tiram provei-
tos egoístas, são prósperos; enquanto eles, embora tentem negociar estritamente
de acordo com os princípios bíblicos, não são tão prósperos. Vêem porventura
essas pessoas o futuro? Ou estão seus olhos demasiado fracos para ver, através
da cerração carregada de corrupção do mundo, que a honra e a integridade não se
galardoam em moedas deste mundo? Recompensará Deus a virtude meramente
com o êxito mundano? Ele lhes tem os nomes gravados nas palmas de Suas
mãos, como herdeiros de honras perduráveis, riquezas imperecíveis. — SDABC,
[172] 3:1158.
174
Integridade no serviço público, 14 de Junho
Não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida
forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de
todos os aflitos. Provérbios 31:4-5.
175
Juramento judicial, 15 de Junho
Não espalharás notícias falsas, nem darás mão ao ímpio, para seres
testemunha maldosa. Êxodo 23:1.
Vi que o Senhor tem ainda que ver com as leis do país. Enquanto Jesus está
no santuário, o refreador Espírito de Deus é sentido por governantes e pelo povo.
Mas Satanás domina em grande parte a massa do mundo, e não fossem as leis
do país, experimentaríamos muito sofrimento. Foi-me mostrado que, quando é
realmente necessário, e eles são chamados a testemunharem de modo legal, não
é violação da Palavra de Deus que Seus filhos tomem solenemente a Deus para
testemunhar de que o que dizem é verdade, e coisa alguma senão a verdade.
O homem é tão corrupto que são feitas leis para lhe lançarem a responsa-
bilidade sobre a própria cabeça. Alguns homens não temem mentir aos seus
semelhantes; mas foram ensinados — e o refreador Espírito de Deus os impres-
sionou — no sentido de ser coisa terrível mentir a Deus. O caso de Ananias e
Safira, sua esposa, é-nos dado como exemplo. A questão é levada do homem para
Deus, de maneira que se alguém der falso testemunho, não o faz para o homem,
mas para o grande Deus. [...]
Vi que, se existe na Terra alguém que possa coerentemente testemunhar sob
juramento, esse é o cristão. Ele vive à luz do semblante de Deus. Ele se fortalece
em Sua força. E quando questões de importância têm de ser resolvidas por lei,
ninguém pode apelar para Deus com tanta justiça como o cristão. [...]
Jesus submeteu-Se ao juramento na hora de Seu julgamento. Disse-Lhe o
sumo sacerdote: “Conjuro-Te pelo Deus vivo que nos digas se Tu és o Cristo, o
Filho de Deus.” Jesus respondeu: “Tu o disseste”. Mateus 26:63-64. Se Jesus,
em Seus ensinos aos discípulos, Se referisse ao juramento judicial, Ele teria
reprovado o sumo sacerdote, e ali mesmo reforçado os Seus ensinos, para o bem
de Seus seguidores que se achavam presentes.
Satanás tem-se agradado com o fato de alguns considerarem o juramento sob
um prisma falso, pois isso lhe tem dado oportunidade de oprimi-los e tirar-lhes o
dinheiro de seu Senhor. Os mordomos de Deus devem ser mais sábios, elaborar
seus planos e preparar-se para resistir às armadilhas de Satanás; pois ele fará
[174] maiores esforços que nunca. — Testemunhos para a Igreja 1:202-203.
176
Escolhendo entre dois lados, 16 de Junho
Cristo profere um ai sobre todos os que transgridem a lei de Deus. Ele proferiu
um ai sobre os intérpretes da lei em Seu tempo porque eles usavam seu poder
para afligir os que se volviam para eles em busca de justiça e juízo. Todas as
terríveis conseqüências do pecado sobrevirão aos que, embora sejam membros
nominais da igreja, consideram de somenos importância pôr de lado a lei de
Jeová, não fazendo distinção entre o bem e o mal.
Nas representações que o Senhor me tem dado, tenho visto os que seguem
seus próprios desejos, deturpando a verdade, oprimindo seus irmãos e pondo
dificuldades diante deles. Caracteres estão agora sendo desenvolvidos, e homens
estão tomando partido, uns ao lado do Senhor Jesus Cristo, e outros ao lado
de Satanás e seus anjos. O Senhor convida todos os que desejam ser leais e
obedientes a Sua lei a saírem e se separarem de toda conexão com os que se
colocaram ao lado do inimigo. Junto a seus nomes está escrito: “TEQUEL:
Pesado foste na balança e achado em falta”. Daniel 5:27.
Há muitos homens, aparentemente virtuosos, que porém não são cristãos.
Acham-se equivocados em sua avaliação do que constituem verdadeiros cristãos.
Possuem uma imperfeição de caráter que destrói o valor do ouro, e não podem
receber o selo da aprovação divina. Terão de ser rejeitados como metal impuro e
sem valor.
Não podemos, por nós mesmos, aperfeiçoar um autêntico caráter moral, mas
podemos aceitar a justiça de Cristo. Podemos ser participantes da natureza divina,
livrando-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Cristo deixou-nos um
modelo perfeito do que devemos ser como filhos e filhas de Deus. — Darkness
Before Dawn, 220. [175]
177
Pobres em meio à abundância, 17 de Junho
Mas ajuntai para vós outros tesouros no Céu, onde traça nem ferrugem
corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu
tesouro, aí estará também o teu coração. Mateus 6:20-21.
178
Renúncia ao ganho pessoal, 18 de Junho
Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas
as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome;
assim de abundância como de escassez; tudo posso nAquele que me
fortalece. Filipenses 4:12-13.
179
Prioridades corretas na vida, 19 de Junho
Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33.
Por toda parte existe algo que tentaria o cristão a abandonar o caminho es-
treito; mas os que desejam aperfeiçoar um caráter adequado para a eternidade
devem tomar a vontade de Deus como seu padrão, separando-se completamente
de tudo que é desagradável a Ele. Milhares são induzidos ao pecado porque
deixam a fortaleza do coração desprotegida. Ficam absortos com os cuidados
deste mundo, e a verdadeira piedade é afastada do coração. Avançam ansiosa-
mente na especulação, buscando acumular mais dos tesouros deste mundo. Assim
colocam-se onde é impossível avançar na vida cristã. [...]
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o
mundo, o amor do Pai não está nele”. 1 João 2:15. Cada momento do nosso tempo
pertence a Deus, e não temos o direito de nos sobrecarregar com preocupações
a ponto de não haver espaço em nosso coração para o Seu amor. Ao mesmo
tempo devemos obedecer à ordem: “No zelo, não sejais remissos”. Romanos
12:11. Devemos trabalhar, para que possamos ter para dar ao que necessita. Deus
não deseja que permitamos que nossas faculdades se enferrujem pela falta de
ação. Os cristãos devem trabalhar, devem se envolver em uma ocupação, e podem
seguir uma certa distância nesta linha sem cometer pecado algum contra Deus.
[...]
Mas freqüentemente os cristãos permitem que os cuidados da vida tomem o
tempo que pertence a Deus. Dedicam seus preciosos momentos em negociações
ou diversões. Toda a sua energia é empregada em adquirir tesouros terrenos. E,
ao fazerem isso, colocam-se em solo proibido.
Muitos professos cristãos são bem cuidadosos para que todas as suas tran-
sações comerciais ostentem o selo da estrita honestidade, mas a desonestidade
marca seu relacionamento com Deus. Absortos em negócios mundanos, deixam
de desempenhar as obrigações que devem aos que estão ao seu redor. Seus filhos
não são criados na disciplina e admoestação do Senhor. O altar da família é
negligenciado; a devoção pessoal é esquecida. Os interesses eternos, em vez de
serem colocados em primeiro lugar, recebem apenas o segundo lugar. Deus é
roubado, pois seus melhores pensamentos são dedicados ao mundo, porque seu
tempo é gasto em coisas de menor importância. Assim ficam arruinados, não por
causa de sua desonestidade ao lidar com os outros, mas por defraudarem a Deus
[178] no que é Seu por direito. — The Signs of the Times, 17 de Dezembro de 1896.
180
O cristão e a integridade, 20 de Junho
Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante
dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado
entre homens é abominação diante de Deus. Lucas 16:15.
181
Ternura de coração, 21 de Junho
Apelo aos meus irmãos na fé, e com eles insisto, para que cultivem a ternura
de coração. Seja qual for a sua vocação ou posição, se acariciarem o egoísmo e a
cobiça, sobre vocês recairá o desagrado do Senhor. Não façais da obra e da causa
de Deus uma desculpa para tratar de maneira opressiva e egoísta com qualquer
pessoa, mesmo que estejam fazendo um negócio que se relacione com Sua obra.
Deus não aceita coisa alguma no sentido de ganho que seja levado para o Seu
tesouro por meio de transações egoístas.
Todo ato relacionado com Sua obra deve passar pelo exame divino. Toda
transação desonesta, toda tentativa de tirar vantagem de pessoas que estejam sob
pressão das circunstâncias, todo plano para lhe comprar a terra ou a propriedade
por uma importância abaixo do valor, não será aceita por Deus, muito embora o
dinheiro ganho seja doado a Sua causa. O preço do sangue do Filho unigênito
de Deus foi pago por todo homem, e para seguir os princípios da lei de Deus, é
preciso lidar honestamente, tratar com eqüidade com cada homem. [...]
Caso um irmão, que trabalhou abnegadamente pela causa de Deus, enfraqueça
fisicamente e se torne incapaz de realizar seu trabalho, não seja ele demitido e
obrigado a se haver da melhor maneira possível. Dai-lhe salário suficiente para a
sua manutenção; pois devem se lembrar de que pertence à família de Deus, e de
que todos vocês são irmãos. [...]
Somos ordenados a amar o nosso próximo como a nós mesmos. Essa ordem
não é para amarmos simplesmente os que pensam e crêem exatamente como
nós pensamos e cremos. Cristo ilustrou o significado do mandamento através da
parábola do bom samaritano. Mas quão estranho é perceber que essas preciosas
palavras são negligenciadas, e quão freqüentemente as pessoas oprimem seus
semelhantes e exaltam o próprio coração até a presunção. — The Review and
[180] Herald, 18 de Dezembro de 1894.
182
Imitando Cristo, 22 de Junho
Vi que o povo de Deus está em grande perigo. Muitos são moradores da Terra;
seu interesse e afeições estão centralizados no mundo. Seu exemplo não é correto.
O mundo é enganado pela conduta seguida por muitos que professam grandes
e nobres verdades. Nossa responsabilidade é de acordo com a luz recebida e as
graças e dons conferidos. Sobre os obreiros cujos talentos, meios, oportunidades
e habilidades são os maiores, repousa pesadíssima responsabilidade. [...]
O irmão A me foi apresentado como representante de uma classe que está
em semelhante posição. Esses nunca foram descuidosos com relação às menores
vantagens seculares. Por diligente tato mercantil e bem-sucedidos investimentos,
pela comercialização, não em dólares, mas em centavos e frações de centavos,
acumularam propriedades. Mas, assim fazendo, suas faculdades se tornaram
inconsistentes com o desenvolvimento do caráter cristão. Sua vida de modo
algum representa a Cristo, pois amam o mundo e seus lucros mais do que a Deus
ou a verdade. “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. 1 João
2:15.
Todas as habilidades que os homens possuem pertencem a Deus. Confor-
midade e ligações mundanas são terminantemente proibidas em Sua Palavra.
Quando o poder da transformadora graça de Deus é sentido no coração, ele
impelirá o homem, até então um mundano, em todo o caminho da beneficência.
Aquele que se determina a ajuntar tesouros no mundo, cai “em tentação, e em
laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens
na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de ma-
les [o fundamento de toda a avareza e mundanidade]; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. 1 Timóteo
6:9-10.
Jesus abriu a cada pessoa um caminho pelo qual a sabedoria, a graça e o
poder podem ser alcançados. Ele é nosso exemplo em todas as coisas, e nada nos
deve desviar a mente do principal objetivo na vida, que é ter a Cristo abrandando
e subjugando o coração. Quando esse for o caso, cada membro da igreja, cada
ensinador da verdade, será semelhante a Cristo no caráter, em palavras e ações.
— Testemunhos para a Igreja 5:277-278. [181]
183
Espírito de compaixão, 23 de Junho
184
A genuína misericórdia, 24 de Junho
185
Sabedoria ao lidar com dinheiro, 25 de Junho
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o
muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mateus 25:21.
186
Invista para glorificar a Deus, 26 de Junho
187
Represente Cristo em toda circunstância, 27 de Junho
Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não
pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação,
segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Romanos 12:3.
Viva para algo além de si mesmo. Se seus motivos forem puros e altruístas,
se estiver sempre em busca de um trabalho que alguém tem que fazer, se estiver
sempre alerta para demonstrar bondosas atenções e praticar atos corteses, estará
inconscientemente erguendo meu próprio monumento. Na vida familiar, na igreja,
e no mundo você está representando Cristo no caráter. Essa é a obra que Deus
convida todos a fazer. [...]
Que suas aspirações e motivos sejam puros. Sejam rigidamente honestos
em toda transação comercial. Embora tentados, nunca enganem ou mintam na
mínima coisa. Às vezes, um impulso natural pode trazer a tentação de desviá-los
do trilho reto da honestidade, mas não variem nem um fio de cabelo sequer. Se
fizerem, em qualquer questão, uma declaração quanto ao que fariam, e depois
descobrirem que favoreceram a outros com prejuízo próprio, não se desviem nem
um fio de cabelo dos princípios. Cumpram seu acordo.
Procurando mudar seus planos, mostrariam que não se pode confiar em
vocês. E se recuarem em pequenas transações, voltarão atrás nas maiores. Em
tais circunstâncias, alguns são tentados a enganar, dizendo: Não fui entendido.
Minhas palavras foram tomadas como significando mais do que eu pretendia. O
fato é que queriam dizer justamente o que disseram, mas perderam o bom impulso
e então quiseram retroceder do acordo para que não se demonstrasse uma perda
para eles. O Senhor requer que façamos justiça, que amemos a misericórdia, a
verdade e a retidão. [...]
Homens e mulheres estão destituídos das firmes virtudes requeridas para
edificar a igreja. São incapazes de delinear métodos e planos de caráter sólido e
sadio. São deficientes nas qualificações essenciais para a prosperidade da igreja. É
esse tipo de educação que precisa ser mudada para uma educação sadia e sensível,
[186] em harmonia com os princípios bíblicos. — Manuscript Releases 20:343, 344.
188
Planejando para o futuro, 28 de Junho
Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é
proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.
1 Timóteo 4:8.
189
Princípios justos, 29 de Junho
A cada pessoa é dado o seu trabalho. Cada um tem seu lugar no plano eterno
do Céu. É dever do pai e da mãe dominar a própria falta de regras, os hábitos
desleixados. A verdade é clara e pura e de grande valor e necessita ser aplicada
na edificação do caráter. Aqueles que têm a verdade e o amor à verdade em seu
coração, farão todo e qualquer sacrifício para que essa verdade tenha o primeiro
lugar em tudo. [...]
Há pessoas em nossas igrejas que têm muito a dizer em relação ao cristia-
nismo, mas em cuja presença devemos estar sempre protegidos, pois rejeitam a
Palavra de Deus em suas transações comerciais. Quando uma venda ou compra
deve ser feita, Deus não Se encontra ao lado deles. O inimigo está no terreno
e toma posse deles. A fraternidade cristã e o amor são sacrificados no altar da
ganância. Deus, o Céu, os preceitos de Jeová e Suas ordens tantas vezes repetidas
são eliminados do coração. Não sabem o que significa praticar os princípios esta-
belecidos na Palavra de Deus. Vendem a própria alma por ganhos ilícitos. Tão
denso é o véu que cega seus olhos que podem ver apenas os lucros fraudulentos.
Tão dura é a incrustação que lhes envolve o coração que este não sente o amor, a
ternura e a compaixão de Cristo pelo próximo. A santidade e a verdade de Deus
são excluídas do coração.
O povo de Deus desaprovará todas essas influências corruptas? Darão eles o
coração a Deus? Lidarão com misericórdia para com seus semelhantes mortais?
Será que os Adventistas do Sétimo Dia guardarão na memória que não podem
se desviar da verdade em suas negociações com o próximo, não podem violar a
justiça ou abandonar a integridade sem renunciar a Deus? Qualquer coisa que
desonra a Deus jamais beneficiará a você. As pessoas que esperam prosperar
violando os princípios eternos da justiça estão armazenando para si mesmos uma
ceifa que não desejarão colher. Posicionam-se nas fileiras do inimigo e trazem
degradação a si mesmos. Embora por algum tempo pareçam prosperar, jamais
[188] ajudarão a compor a família de Deus. — Sermons and Talks 2:133, 134.
190
Mordomos fiéis, 30 de Junho
191
Julho
Novo estilo de vida, 1 de Julho
Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que,
agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si
mesmo Se entregou por mim. Gálatas 2:20.
194
Comprometimento sincero, 2 de Julho
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de
todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Lucas 10:27.
195
Advertências divinas, 3 de Julho
Estamos perto do final dos tempos. Foi-me mostrado que os juízos de Deus
já estão caindo sobre a Terra. O Senhor nos advertiu quanto aos acontecimentos
que estão prestes a ocorrer. Luz irradia de Sua Palavra, contudo as trevas cobrem
a Terra e densa escuridão os povos. “Quando disserem: Há paz e segurança;
então, lhes sobrevirá repentina destruição, [...] e de modo nenhum escaparão”. 1
Tessalonicenses 5:3.
É o nosso dever inquirir a causa de tão terríveis trevas, a fim de podermos
evitar os caminhos pelos quais os homens acalentaram tão grande ilusão. Deus
deu ao mundo uma oportunidade de conhecer e de obedecer a Sua vontade.
Deu-lhe em Sua Palavra a luz da verdade e lhe enviou advertências, conselhos e
exortações; mas poucos obedecerão à Sua voz. Como a nação judaica, a maioria
dos cristãos professos se gloria de suas superiores vantagens, porém não se
mostra grata a Deus por essas grandes bênçãos.
Por causa de Sua graça infinita uma última mensagem de advertência é envi-
ada ao mundo, anunciando que Cristo está às portas e chamando a atenção para a
desprezada lei divina. Mas como os antediluvianos rejeitaram com zombaria a
advertência de Noé, assim os amantes dos prazeres hoje em dia hão de rejeitar
a mensagem dos fiéis servos de Deus. O mundo segue o seu curso inalterado,
absorvido como sempre em seus negócios e prazeres, enquanto a ira divina está
prestes a ser derramada sobre os transgressores de Sua lei.
Nosso compassivo Redentor, prevendo os perigos que haveriam de cercar
Seus seguidores neste tempo, lhes dirige esta admoestação especial: “Olhai
por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de
embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a Terra.
Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar
todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do
[192] homem”. Lucas 21:34-36. — Testemunhos para a Igreja 5:99-100.
196
Fanatismo e barulho, 4 de Julho
Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós.
Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento,
para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua. 1 Coríntios
14:18-19.
197
Deus aprecia a ordem, 5 de Julho
198
Como derrotar o inimigo, 6 de Julho
199
Esforços contra o pecado, 7 de Julho
Muitos apresentam desculpas por suas fraquezas espirituais, por suas explo-
sões de ira, pela falta de amor que têm mostrado a seus irmãos e irmãs. Sentem
um senso de alienação de Deus, uma percepção de que são escravos do eu e do
pecado; mas seu desejo de fazer a vontade de Deus está baseado nas próprias
inclinações, não na profunda e íntima convicção do Espírito Santo. Crêem que
a lei de Deus deve ser obedecida; porém, não comparam suas ações com a lei
com o ávido interesse de pessoas constrangidas pelo julgamento. Admitem que
Deus deve ser adorado e amado de modo supremo, mas Deus não está em todos
os seus pensamentos. Acreditam que os preceitos que ordenam amar o próximo
devem ser observados; mas tratam seus companheiros com fria indiferença e,
por vezes, com injustiça. Assim se desviam do caminho da pronta obediência.
Não levam até o fim a obra de arrependimento. A percepção de seus erros deve
levá-los a buscar a Deus com a maior sinceridade a fim de adquirirem poder para
revelar a Cristo por meio da bondade e paciência.
Muitos esforços espasmódicos de reforma são feitos, mas os que fazem esses
esforços não crucificam o eu. Não se entregam completamente às mãos de Cristo,
buscando o poder divino para fazer Sua vontade. Não estão dispostos a ser
moldados segundo a semelhança divina. De um modo geral reconhecem suas
imperfeições, mas não abandonam os pecados particulares. “Temos feito coisas
que não devíamos”, dizem, “e temos deixado de fazer as coisas que devíamos ter
feito.” Mas seus atos de egoísmo, tão ofensivos a Deus, não são vistos à luz de
Sua lei. Plena contrição não é expressa pelas vitórias que o eu tem conseguido.
O inimigo concorda que esses esforços espasmódicos sejam feitos, pois os que
assim fazem não se comprometem em decidida luta contra o mal. Um emplastro
suavizante, por assim dizer, é colocado sobre sua mente, e em auto-suficiência
decidem começar novamente a fazer a vontade de Deus.
Mas uma convicção geral do pecado não reforma. Podemos ter um vago e
desagradável senso de imperfeição, mas isto em nada nos beneficiará, a menos
que façamos um firme esforço para obter a vitória sobre o pecado. Se desejarmos
cooperar com Cristo para vencer assim como Ele venceu, devemos, em Seu poder,
resistir com determinação ao eu e ao egoísmo. — The Signs of the Times, 11 de
[196] Março de 1897.
200
Temperança em todas as coisas, 8 de Julho
Deus tem permitido que a luz da reforma de saúde brilhe sobre nós nestes
últimos dias, a fim de que, andando na luz, escapemos de muitos dos perigos a
que seremos expostos. Satanás está trabalhando com grande poder para levar os
homens a condescender com o apetite, satisfazer a inclinação e passar seus dias
em descuidada insensatez. Ele apresenta atrações numa vida de prazer egoísta e
condescendência sensual.
A intemperança debilita as energias tanto da mente como do corpo. Quem
assim é vencido colocou-se no terreno de Satanás, onde será tentado e afligido,
sendo finalmente controlado à vontade pelo inimigo de toda a justiça.
Os pais precisam compenetrar-se de sua obrigação de dar ao mundo filhos
que tenham um caráter bem desenvolvido — filhos que tenham força moral
para resistir à tentação e cuja vida seja uma honra para Deus e uma bênção
para os semelhantes. Os que iniciam a vida ativa com firmes princípios estarão
preparados para permanecer incólumes no meio das poluições morais desta época
corrupta. Aproveitem as mães toda oportunidade de educar os filhos para a
utilidade.
A obra da mãe é sagrada e importante. Ela deve ensinar aos filhos, desde o
berço, hábitos de abnegação e domínio próprio. Seu tempo, em sentido especial,
pertence a seus filhos. [...]
A intemperança começa na mesa, e a maioria condescende com o apetite
até que a condescendência se torne segunda natureza. Quem quer que coma em
demasia ou ingira alimentos que não sejam saudáveis está enfraquecendo sua
força para resistir aos reclamos de outros apetites e paixões.
Muitos pais, para evitar a tarefa de ensinar pacientemente hábitos de abnega-
ção aos filhos, permitem que comam e bebam todas as vezes que lhes aprouver.
O desejo de satisfazer o gosto e de condescender com a inclinação, não diminui
com o passar dos anos; e, à medida que crescem, esses jovens mimados são
governados pelo impulso, escravos do apetite. Quando assumem o seu lugar na
sociedade e começam a viver por si mesmos, são incapazes de resistir à tentação.
— Fundamentos da Educação Cristã, 139-140. [197]
201
Sagrada responsabilidade, 9 de Julho
Qual não será a cena quando pais e filhos se encontrarem no final ajuste de
contas! Milhares de filhos, que têm sido escravos do apetite e de vícios aviltantes
e cuja vida é uma ruína moral, ficarão face a face com os pais que fizeram deles o
que são. Quem, a não ser os pais, terá de arcar com essa terrível responsabilidade?
Foi o Senhor que corrompeu esses jovens? Oh, não! Quem, então, realizou essa
terrível obra? Os pecados dos pais não foram transmitidos aos filhos em apetites
pervertidos e paixões? E não foi completada a obra pelos que negligenciaram
educá-los segundo a norma dada por Deus? Tão certo como eles existem, todos
esses pais serão examinados na presença de Deus.
Satanás está pronto para fazer a sua obra; ele não deixará de apresentar
seduções a que os filhos não terão força de vontade ou poder moral para resistir.
Vi que, por meio de suas tentações, ele está instituindo modas que se alteram
sempre, bem como festas e diversões atraentes, a fim de que as mães sejam
levadas a dedicar seu tempo a questões frívolas, e não para a educação e o
preparo de seus filhos. Nossos jovens necessitam de mães que, desde o berço
lhes ensinem a dominar a paixão, a negar o apetite e a vencer o egoísmo. Eles
precisam de preceito sobre preceito, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco
ali. [...]
A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de
igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente
no nome, mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que
os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do
homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de
Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste
mundo e para o lar no mundo melhor. [...]
Aconselho as mães cristãs a compreenderem sua responsabilidade, e a vi-
verem, não para agradar a si mesmas, mas para glorificar a Deus. Cristo não
agradou a Si mesmo, mas assumiu a forma de servo. Ele deixou as cortes reais e
revestiu Sua divindade com a humanidade, a fim de que por Seu exemplo pudesse
ensinar-nos como podemos ser elevados à posição de filhos e filhas da família
[198] real, filhos do celeste Rei. — Fundamentos da Educação Cristã, 140-142.
202
Trabalho e exercício promovem a saúde, 10 de Julho
Na tua longa viagem te cansas, mas não dizes: É em vão; achas o que
buscas; por isso, não desfaleces. Isaías 57:10.
As riquezas e a ociosidade são tidas por alguns como bênçãos genuínas. Mas
quando algumas pessoas adquirem fortuna, ou a herdam inesperadamente, seus
hábitos ativos são interrompidos, seu tempo não é utilizado, vivem ociosamente
e sua utilidade parece chegar ao fim; tornam-se inquietas, ansiosas e infelizes, e
sua vida logo se encerra.
Aqueles que estão sempre ocupados e vão alegremente ao desempenho de
suas tarefas diárias são os mais felizes e vigorosos. O repouso e a tranqüilidade
da noite trazem ao seu corpo cansado repouso ininterrupto. [...]
O exercício auxiliará o trabalho da digestão. Andar ao ar livre após a refei-
ção, conservando a cabeça erguida, pondo os ombros para trás e exercitando-se
moderadamente, será de grande benefício. A mente se desprenderá do eu para
as belezas da natureza. Quanto menos a atenção é atraída para o estômago após
a refeição, tanto melhor. Se estiverem em constante temor de que seu alimento
os prejudique, certamente o fará. Esqueçam-se de vocês mesmos, e pensem em
alguma coisa alegre. [...]
Os pulmões não devem ser desprovidos de ar puro e fresco. Se ar puro alguma
vez é necessário, o é quando alguma parte do organismo, como os pulmões ou o
estômago, está doente. Exercício criterioso levará o sangue para a superfície, e
aliviará assim os órgãos internos. Exercício vigoroso, embora não violento, ao ar
livre, com espírito alegre, estimulará a circulação, dando à pele um rubor salutar,
e enviando o sangue, vitalizado pelo ar puro, às extremidades.
O estômago doente encontrará alívio por meio do exercício. Os médicos
freqüentemente aconselham os enfermos a visitarem países estrangeiros, a irem a
estâncias hidrominerais ou viajarem pelo oceano, a fim de reaver a saúde; quando
em nove, de cada dez casos, recobrariam a saúde e poupariam tempo e dinheiro se
eles se alimentassem com temperança e se empenhassem em exercícios saudáveis
com espírito alegre. Exercício e livre e abundante uso do ar e luz solar — bênçãos
que o Céu gratuitamente tem dado a todos nós — darão vida e força ao enfermo
debilitado. — Testemunhos para a Igreja 2:529-531. [199]
203
Enfrentando as dificuldades, 11 de Julho
Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu
Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a Minha destra fiel.
Isaías 41:10.
204
Graça para cada dificuldade, 12 de Julho
Ninguém pode estar numa situação tão infeliz que não possa obedecer a Deus.
Os cristãos de hoje possuem muito pouca fé. Estão dispostos a trabalhar por
Cristo e Sua causa unicamente quando por si mesmos vêem uma perspectiva de
resultados favoráveis. A graça divina auxiliará os esforços de todo verdadeiro
crente. Essa graça é suficiente para nós sob todas as circunstâncias. O Espírito de
Cristo exercerá Seu poder renovador e aperfeiçoador sobre o caráter de todos os
que forem obedientes e fiéis.
Deus é o grande Eu Sou, a fonte de vida, o centro de autoridade e poder.
Qualquer que seja a condição ou situação de Suas criaturas, elas não têm desculpa
suficiente para recusar responder ao chamado de Deus. Somos responsáveis
perante o Senhor pela luz que brilha em nosso caminho. Podemos estar rodeados
de dificuldades que parecem terríveis para nós, e por causa delas podemos nos
desculpar por não obedecer à verdade assim como esta é em Jesus; mas desculpa
alguma suportará investigação. Se houvesse uma desculpa para a desobediência,
ela provaria que nosso Pai celestial é injusto ao estabelecer condições de salvação
as quais não podemos cumprir. [...]
Os cristãos não podem expor perante sua imaginação todas as provas que
poderão ocorrer antes do fim da raça humana. Devem, porém, começar a servir a
Deus e a cada dia viver e trabalhar para a glória de Deus nesse dia, e os obstáculos
que pareciam intransponíveis gradualmente diminuirão; ou, caso se deparem
com tudo que sempre temeram, a graça de Cristo será concedida a eles de acordo
com suas necessidades. A força aumentará com as dificuldades encontradas e
vencidas. [...]
Aqueles cujos corações estão determinados a servir a Deus encontrarão
oportunidades para servi-Lo. Orarão, lerão a Palavra de Deus, buscarão virtudes
e abandonarão vícios. Podem enfrentar desprezo e escárnio enquanto olham
para Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual suportou a contradição dos
pecadores contra Si mesmo. Socorro e graça são prometidos por Aquele cujas
palavras são verdadeiras. Deus não falhará em cumprir Suas promessas a todos
que nEle confiam. — Paulo, o Apóstolo da Fé e da Coragem, 296-298. [201]
205
Maridos atenciosos, 13 de Julho
206
A busca da santidade, 14 de Julho
Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste
mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória.
Colossenses 1:27.
207
Fidelidade nas pequenas tarefas, 15 de Julho
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que
se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2 Timóteo 2:15.
208
As dificuldades fortalecem o espírito, 16 de Julho
209
Integridade custe o que custar, 17 de Julho
Cada plano e propósito da vida deve ser submetido a este infalível teste [a
Palavra de Deus]. A Palavra da inspiração é a sabedoria de Deus aplicada às
relações humanas. Por mais que um certo percurso pareça vantajoso ao raciocínio
finito, se condenado pela Palavra resultará apenas no mal.
Para os que se encontram em posição elevada, pode ser uma questão difícil
prosseguir no caminho da firme integridade quer recebam louvor ou censura.
Mesmo assim, esse é o único rumo seguro. Todas as recompensas que poderiam
ganhar vendendo sua honra seriam apenas como o hálito de lábios impuros,
como escórias a serem consumidas no fogo. Os que têm coragem moral para
permanecer em oposição aos vícios e erros de seus companheiros — talvez
daqueles a quem o mundo honra — enfrentarão ódio, insulto, e calúnia abusiva.
Poderão ser destituídos de suas elevadas posições, porque não puderam ser
comprados ou vendidos, porque não puderam ser induzidos por subornos ou
ameaças para manchar as mãos com a iniqüidade.
Tudo na Terra pode parecer conspirar contra eles; mas Deus colocou Seu selo
sobre Sua própria obra. Podem ser considerados por outras pessoas como fracos,
[...] inadequados para ocupar o cargo; mas quão diferentemente o Altíssimo os
considera. Aqueles que os desprezam são os verdadeiros ignorantes. [...]
O Filho de Deus deixou um exemplo para todos os Seus seguidores. Não
devem buscar o louvor de outros, buscar para si mesmos facilidades ou riquezas,
mas imitar Sua vida de pureza e renúncia própria, custe o que custar. [...] Eles
não manifestarão descuido pelos direitos dos outros. A lei de Deus nos ordena
amar ao nosso próximo como a nós mesmos, não permitindo que nenhum mal
que pudermos impedir seja cometido contra eles. Mas a regra que Cristo nos
deu estende-se ainda mais. Disse o Redentor do mundo: “Que vos ameis uns aos
outros; assim como Eu vos amei”. João 13:34. Nada menos que isto pode atingir
[206] o padrão do cristianismo. — The Signs of the Times, 2 de Fevereiro de 1882.
210
Os motivos das ações, 18 de Julho
211
Perto de Jesus, 19 de Julho
212
A verdadeira felicidade, 20 de Julho
O meu dever nesta vida é este: obedecer aos Teus mandamentos. Salmos
119:56 (NTLH).
213
Confiança durante a provação, 21 de Julho
Meus passos seguem firmes nas Tuas veredas; os meus pés não
escorregaram. Eu clamo a Ti, ó Deus, pois Tu me respondes; inclina para
mim os Teus ouvidos e ouve a minha oração. Salmos 17:5-6 (NVI).
O Senhor ordenou a Moisés que recordasse aos filhos de Israel o Seu pro-
cedimento com eles ao libertá-los do Egito e protegê-los maravilhosamente no
deserto. Deveria ele lembrar-lhes a incredulidade e murmurações quando levados
a provações, e a grande misericórdia e benignidade do Senhor, que nunca os
abandonara. Isso lhes estimularia a fé e fortaleceria o ânimo. [...]
Igualmente necessário é que o povo de Deus hoje tenha presente como e
quando foram provados, e onde lhes fracassou a fé; onde, pela incredulidade e
presunção, puseram em perigo a Sua causa. A misericórdia de Deus, Sua provi-
dência mantenedora, Seus maravilhosos livramentos, devem ser rememorados,
passo a passo.
Ao recordar o passado, deve o povo de Deus ver que o Senhor está sempre
repetindo Seu procedimento. Deve compreender as advertências feitas, e cuidar
em não repetir os erros. Renunciando a toda confiança própria, deve acreditar que
Ele o guardará de desonrar outra vez o Seu nome. Em cada vitória que Satanás
alcança, pessoas são postas em perigo. Alguns se tornam objeto de suas tentações
para nunca mais serem reabilitados. [...]
Deus manda aflições a fim de provar quem permanecerá fiel sob a tentação.
Ele a todos leva a situações de prova, para ver se confiam num poder fora e acima
deles. Todos têm traços de caráter não descobertos ainda, que têm que vir à luz
pela aflição. Deus permite que os que confiam em suas próprias forças sejam
tentados severamente, a fim de que se compenetrem de sua incapacidade.
Quando nos sobrevêm aflições; ao vermos perante nós, não o aumento de
prosperidade, mas a pressão que exige sacrifício da parte de todos, como devemos
enfrentar as insinuações de Satanás de que haveremos de passar um tempo muito
difícil? Se dermos ouvidos às suas insinuações, surgirá a falta de fé em Deus.
[...] Devemos olhar à obra que fez, às reformas que operou. Devemos juntar as
evidências das bênçãos celestiais, os sinais para o bem, dizendo: “Senhor, cremos
[210] em Ti, nos Teus servos e na Tua obra”. — Testemunhos para a Igreja 7:210-211.
214
Andando na luz, 22 de Julho
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre
um monte. Mateus 5:14.
Existe uma coisa neste mundo que é o mais importante objeto da solicitude
de Cristo. É a Sua igreja na Terra, pois seus membros devem ser representantes
dEle, em espírito e em caráter. O mundo deve reconhecer neles as características
do cristianismo, o depositário das sagradas verdades no qual são armazenadas
as mais preciosas jóias para o enriquecimento de outros. Através do período de
trevas morais e erro, por séculos de luta e perseguição, a igreja de Cristo foi como
uma cidade edificada sobre um monte. De era em era, por gerações sucessivas
até o presente tempo, as puras doutrinas da Bíblia têm sido reveladas dentro de
seus limites.
Mas para que a igreja na Terra seja um poder educador no mundo, ela deve
cooperar com a igreja no Céu. O coração dos que são membros da igreja deve
estar aberto para receber cada raio de luz que Deus escolher conceder. Deus tem
luz a nos conceder de acordo com nossa habilidade de receber e, à medida que
recebermos a luz, seremos capazes de receber mais e mais os raios do Sol da
Justiça. [...]
Cada um de nós está em período experimental, na escola, onde é requerido
que sejamos estudantes diligentes. Exige-se de nós que andemos na luz, assim
como Cristo está na luz. É pelo caminhar na luz que aprendemos de Deus, e “a
vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste”. João 17:3. Estas são as palavras dAquele que estava
com o Pai antes que o mundo existisse, e Ele proferiu essas palavras enquanto
orava por todos aqueles que viriam a crer em Deus através das palavras dos Seus
discípulos. Conhecer a Deus em Sua obra é verdadeira ciência. Vamos continuar
a conhecer o Senhor até que saibamos que, como a alva, Sua vinda é certa. [...]
Pessoas fiéis constituíram desde o princípio a igreja de Deus sobre a Terra.
Ele pôs essas testemunhas em relação de concerto consigo mesmo, unindo a
igreja da Terra à do Céu. Enviou Seus anjos para cuidar de Sua igreja e as portas
do inferno não puderam prevalecer contra Seu povo. — Manuscript Releases
2:265, 266. [211]
215
Amor, compaixão e ternura, 23 de Julho
216
Não acuse, interceda, 23 de Julho
217
Viva de modo altruísta, 25 de Julho
Andareis em todo o caminho que vos manda o Senhor, vosso Deus, para
que vivais, e bem vos suceda, e prolongueis os dias na terra que haveis de
possuir. Deuteronômio 5:33.
Cristo é o caminho, a verdade, e a vida. Eu lhe peço que estude Sua vida. [...]
Ele veio trazer o dom da vida eterna às pessoas perdidas. No sacrifício de Seu
filho, o Pai revelou o quanto deseja que os pecadores sejam salvos. “Por isso, o
Pai Me ama, ” Cristo declarou “porque Eu dou a Minha vida”. João 10:17. O Pai
nos ama com um amor que é debilmente compreendido.
É porque homens e mulheres carecem de um espírito de abnegação e sacrifício
próprio que não compreendem o sacrifício feito pelo Céu ao dar Cristo ao
mundo. Sua experiência religiosa está misturada com egoísmo e exaltação própria.
Como podem tais [cristãos] professos ter algo além de uma escassa esperança de
partilhar herança de Cristo? “Em verdade vos digo”, Ele disse aos Seus discípulos,
“se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum
entrareis no reino dos Céus”. Mateus 18:3.
Existem muitos que, ao mesmo tempo em que professam piedade, medem-se
uns pelos outros e, como conseqüência, se tornam cada vez mais fracos na vida
espiritual. O orgulho não é superado. Somente quando essas pessoas caírem
sobre a Rocha e forem quebradas compreenderão suas necessidades. Oh, que
confessem seus erros diante de Deus, e clamem pela presença do Espírito Santo
em sua vida! Verdade e justiça fluirão ao coração daqueles que forem purificados
do egoísmo e do pecado, e na vida daqueles em cujo coração a verdade ocupa o
primeiro lugar. [...]
A maldade do mundo não está diminuindo. A cada ano o mal se torna mais
dominante e é considerado com menor intensidade. Que as nossas reuniões sejam
um momento oportuno para o exame do coração e a confissão. É privilégio desse
povo que obteve tão grande bênção ser árvores de justiça, espalhando conforto e
bênçãos. Todos devem ser pedras vivas, emitindo luz. Os que receberam perdão
por seus pecados devem, com intenso propósito, guiar para os caminhos da
justiça aqueles que estão no caminho do pecado. Compartilhando a abnegação
e sacrifício próprio de Cristo, ensinarão homens e mulheres a abandonarem
o egoísmo e o pecado, e a aceitarem em seu lugar os amoráveis atributos da
[214] natureza divina. — The Review and Herald, 22 de Julho de 1909.
218
Subjugue as baixas paixões, 26 de Julho
Próximo ao fim da história da Terra, Satanás atuará com todo o seu poder
da mesma maneira e com as mesmas tentações com que tentou o antigo Israel
justo antes de entrarem na Terra Prometida. Ele armará laços para os que decla-
ram guardar os mandamentos de Deus, e que estão quase nos limites da Canaã
celestial. Ele utilizará ao máximo suas faculdades a fim de enredar as pessoas e
apanhar o povo de Deus em seus pontos mais fracos.
Os que não têm colocado as paixões subalternas em sujeição às faculdades
mais altas do ser, que têm permitido seja sua mente um canal de condescendências
carnais das paixões mais baixas, a estes Satanás está determinado a destruir com
suas tentações, a poluir-lhes a alma com licenciosidade. [...]
E homens em posições de responsabilidade, que ensinam os reclamos da lei
de Deus, cuja boca está cheia de argumentos em vindicação da lei de Deus, e
sobre os quais Satanás tem feito tal incursão — sobre estes ele acumula suas
diabólicas faculdades e seus instrumentos para que operem de molde a vencê-los
em seus pontos fracos de caráter, sabendo que quem transgride um ponto se
torna culpado de todos, obtendo assim completo domínio sobre o homem todo.
A mente, a alma, o corpo e a consciência são envolvidos na ruína. Se ele é um
mensageiro da justiça, e tem recebido grande luz, ou se o Senhor o tem usado
como obreiro especial na causa da verdade, quão grande então é o triunfo de
Satanás! Como ele exulta! Como Deus é desonrado! [...]
Satanás sabe que este é o seu momento. Dispõe de apenas pouco tempo
para trabalhar, e atuará com tremendo poder a fim de iludir o povo de Deus em
seus pontos fracos de caráter. [...] Importa guardar os pensamentos; cercar a
mente com os preceitos da Palavra de Deus; e ser muito cuidadoso quanto a cada
pensamento, palavra e ação a fim de não ser surpreendido pelo pecado. — The
Review and Herald, 17 de Maio de 1887. [215]
219
Refletindo a imagem de Jesus, 27 de Julho
Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como
Ele andou. 1 João 2:6.
220
Esperança ao caído, 28 de Julho
Cristo reprovava com fidelidade. Jamais viveu alguém que odiasse tanto o
mal; ou alguém que o condenasse tão destemidamente. A todas as coisas falsas e
vis, Sua própria presença era uma reprovação. À luz de Sua pureza os homens
se viam impuros, e medíocres e falsos os objetivos de sua vida. Não obstante,
Ele os atraía. Aquele que criara o homem compreendia o valor da humanidade.
Condenava o mal como o inimigo daqueles que procurava abençoar e salvar. Em
cada ser humano, apesar de decaído, contemplava um filho de Deus, ou alguém
que poderia ser restaurado aos privilégios de seu parentesco divino.
“Deus enviou o Seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por Ele”. João 3:17. Olhando aos homens em
seu sofrimento e degradação, Cristo entrevia lugar para esperança onde apenas
apareciam desespero e ruína. Onde quer que se sentisse a percepção de uma
necessidade, ali via Ele oportunidade para reerguimento. As pessoas tentadas,
derrotadas, que se sentiam perdidas, prontas a perecer, Ele defrontava, não com
acusações mas com bênçãos.
As bem-aventuranças foram a Sua saudação à família humana toda. Olhando
para a vasta multidão reunida para ouvir o Sermão da Montanha, parecia Ele por
momentos haver-Se esquecido de que não estava no Céu, e empregou a saudação
usual no mundo da luz. De Seus lábios brotaram bênçãos como o jorro de uma
fonte havia muito fechada.
Desviando-Se dos ambiciosos e bem-favorecidos deste mundo, declarou
serem bem-aventurados os que, embora grandes as suas necessidades, recebessem
Sua luz e amor. [...]
Em cada ser humano Ele divisava infinitas possibilidades. Via os homens
como poderiam ser, transfigurados por Sua graça — na “graça do Senhor, nosso
Deus”. Salmos 90:17. Olhando para eles com esperança, inspirava-lhes esperança.
Encontrando-os com confiança, inspirava-lhes confiança. [...] Em muitos corações
que pareciam mortos para as coisas santas, despertavam-se novos impulsos. A
muito desesperançado abriu-se a possibilidade de uma nova vida. — Educação,
79-80. [217]
221
Tempo para orar e estudar, 29 de Julho
Cristo especificou as coisas que são perigosas para a alma. Como relata
Marcos, menciona Ele os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as
ambições de outras coisas. Lucas especifica: cuidados, riquezas e deleites da
vida. Estes são os que sufocam a Palavra, a crescente semente espiritual. A alma
cessa de extrair alimento de Cristo, e extingue-se no coração a espiritualidade.
“Os cuidados deste mundo”. Mateus 13:22. Nenhuma classe está livre da
tentação de cuidados deste mundo. Aos pobres a labuta, privação e temor de
pobreza trazem perplexidades e fardos; aos ricos vêm o temor de perda e uma
multidão de ansiosas preocupações. Muitos dos seguidores de Cristo esquecem
as lições que Ele nos ordenou aprender das flores do campo. Não confiam em
Sua constante providência. Cristo não pode carregar-lhes os fardos, porque não
os depõem sobre Ele. [...]
Muitos que podiam produzir frutos na obra de Deus tornam-se propensos
a conquistar riquezas. Toda a sua energia é absorvida em empreendimentos
comerciais, e sentem-se obrigados a desprezar as coisas de natureza espiritual.
Deste modo separam-se de Deus. [...] Devemos trabalhar para que possamos
dar alguma coisa aos necessitados. Os cristãos precisam trabalhar, precisam
ocupar-se em atividades, e podem fazê-lo sem cometer pecado. Mas muitos se
tornam tão absortos em negócios que não têm tempo para orar, para estudar a
Bíblia, para procurar e servir a Deus.
Às vezes os anseios da alma são pela santidade e o Céu; mas não há tempo
para retrair-se do tumulto do mundo para ouvir as palavras majestosas e autoriza-
das do Espírito de Deus. As coisas da eternidade são tidas como secundárias, e
as do mundo, supremas. [...]
Muitos que agem com propósito muito diferente, caem no mesmo erro. Estão
trabalhando para o bem de outros; seus deveres são urgentes, muitas as responsa-
bilidades, e permitem que sua labuta exclua a devoção. [...] Caminham separados
de Cristo, sua vida não está impregnada de Sua graça, e as características do eu
[218] são reveladas. — Parábolas de Jesus, 51-52.
222
Estude as palavras de Cristo, 30 de Julho
Jesus era a luz do mundo. Ele veio de Deus com uma mensagem de esperança
e salvação para os filhos caídos de Adão. Se tão-somente homens e mulheres
O receberem como seu Salvador pessoal, Ele prometeu restaurá-los à imagem
de Deus e redimir todos que se houverem perdido pelo pecado. Ele apresentou
aos seres humanos a verdade, sem nenhum filete de erro entrelaçado. Quando
ensinava, Suas palavras vinham com autoridade, pois falava com conhecimento
positivo da verdade.
O ensino dos mortais é completamente diferente dos ensinos de Cristo.
Existe uma constante tendência da parte dos seres humanos de apresentar suas
próprias teorias e opiniões como assunto digno de atenção, mesmo quando não
se fundamentam na verdade. São muito persistentes em suas idéias errôneas
e opiniões inúteis. Sustentam firmemente as tradições da humanidade, e as
defendem tão vigorosamente como se fossem a verdade genuína. Jesus declarou
que todo aquele que fosse da verdade ouviria a Sua voz.
Quão maior poder acompanharia a pregação da Palavra atualmente se os
ministros dessem menos ênfase a teorias e argumentos humanos e mais ênfase
às lições de Cristo e à piedade prática. Aquele que se encontrara no conselho de
Deus, que habitara em Sua presença, estava bem familiarizado com a origem e
com os elementos da verdade, e compreendia sua relação e importância para a
humanidade. Ele apresentou ao mundo o plano da salvação e revelou verdade da
mais elevada ordem, até mesmo as palavras de vida eterna.
Patriarcas, profetas e apóstolos falaram ao serem movidos pelo Espírito Santo,
e declararam plenamente que não falaram por seu próprio poder, nem em seu
próprio nome. Não desejaram que crédito algum fosse a eles atribuído, que
ninguém os considerasse originadores de qualquer coisa acerca da qual pudessem
se gloriar. [...]
Cristo é o Autor de toda a verdade. Todo conceito brilhante, todo pensamento
de sabedoria, toda capacidade e talento dos homens, é dom de Cristo. Não tomou
Ele emprestadas novas idéias da humanidade, pois Ele deu origem a todas. —
The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1890. [219]
223
Dedicação ao serviço do mestre, 31 de Julho
224
Agosto
O ambiente natural, 1 de Agosto
226
O mundo de Adão e Eva, 2 de Agosto
227
A natureza revela a glória de Deus, 2 de Agosto
228
O trabalho como fonte de alegria, 4 de Agosto
Deus pôs o homem sob a lei, como condição indispensável de sua própria
existência. Ele era um súdito do governo divino, e não pode haver governo sem
lei. Deus poderia ter criado o homem sem a faculdade de transgredir a Sua lei;
poderia ter privado a mão de Adão de tocar no fruto proibido; neste caso, porém,
o homem teria sido, não uma entidade moral, livre, mas um simples autômato.
Sem liberdade de opção, sua obediência não teria sido voluntária, mas forçada.
Não poderia haver desenvolvimento de caráter. Tal maneira de agir seria contrária
ao plano de Deus ao tratar Ele com os habitantes de outros mundos. Seria indigna
do homem como um ser inteligente, e teria apoiado a acusação, feita por Satanás,
de governo arbitrário por parte de Deus. [...]
O lar de nossos primeiros pais deveria ser um modelo para outros lares, ao
saírem seus filhos para ocuparem a Terra. Aquele lar, embelezado pela mão
do próprio Deus, não era um suntuoso palácio. Os homens, em seu orgulho,
deleitam-se com edifícios magnificentes e custosos, e gloriam-se com as obras
de suas mãos; mas Deus colocou Adão em um jardim. Esta era a sua morada.
O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas flores e tapete de relva
viva, era o seu pavimento; e os ramos folhudos das formosas árvores eram o seu
teto. De suas paredes pendiam os mais magnificentes adornos — obra do grande
e magistral Artífice.
No ambiente em que vivia o santo par havia uma lição para todos os tempos,
a lição de que a verdadeira felicidade é encontrada, não na satisfação do orgulho
e luxo, mas na comunhão com Deus mediante Suas obras criadas. Se os homens
dessem menos atenção às coisas artificiais, e cultivassem maior simplicidade,
estariam em muito melhores condições de corresponderem com o propósito de
Deus em Sua criação. [...]
Aos moradores do Éden foi confiado o cuidado do jardim, “para o lavrar
e o guardar”. Sua ocupação não era cansativa, antes agradável e revigoradora.
Deus indicou o trabalho como uma bênção para o homem, a fim de ocupar-lhe o
espírito, fortalecer o corpo e desenvolver as faculdades. — Patriarcas e Profetas,
49-50. [224]
229
O resultado do trabalho, 5 de Agosto
230
Trabalho e estudo, 6 de Agosto
Eis que os Céus e os céus dos Céus são do Senhor, teu Deus, a Terra e tudo
o que nela há. Deuteronômio 10:14.
231
Trabalho promove a felicidade, 7 de Agosto
232
Trabalho e desenvolvimento, 8 de Agosto
Porque a Terra que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e
produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção
da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto
está da maldição; e o seu fim é ser queimada. Hebreus 6:7-8.
Aos jovens precisa ser ensinado que a vida significa trabalho diligente, res-
ponsabilidade, cuidados. Precisam de um preparo que os torne práticos, a saber,
homens e mulheres que possam fazer face às emergências. Deve lhes ser ensi-
nado que a disciplina do trabalho sistemático, bem regulado, é essencial, não
unicamente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas também como
auxílio para o desenvolvimento completo.
Apesar de tudo quanto se tem dito ou escrito acerca da dignidade do trabalho,
prevalece a idéia de que ele é degradante. Os jovens estão ansiosos por se
tornarem professores, escriturários, negociantes, médicos, advogados, ou ocupar
alguma outra posição que não exija o trabalho físico. As moças fogem do trabalho
doméstico, e procuram uma educação em outros ramos. Necessitam aprender
que nenhum homem ou mulher se degrada pelo trabalho honesto. O que degrada
é a ociosidade e egoísta dependência. A ociosidade favorece a condescendência
própria, e o resultado é uma vida vazia [...]
Leiam acerca dos “filhos dos profetas” (2 Reis 6:1-7), estudantes em uma
escola, os quais estavam construindo uma casa para si, e para quem foi operado
um milagre a fim de se salvar da perda o machado que fora tomado emprestado.
Leiam acerca de Jesus, carpinteiro, e Paulo, fabricante de tendas, que ao trabalho
de seu ofício ligaram o mais elevado ministério, humano e divino. Leiam acerca
daquele rapaz, cujos cinco pães foram usados pelo Salvador, naquele maravilhoso
milagre de alimentar a multidão; acerca de Dorcas, a costureira, ressuscitada
para que pudesse continuar a fazer roupas para os pobres; acerca da mulher
sábia descrita no livro dos Provérbios, a qual “busca lã e linho e trabalha de boa
vontade com as suas mãos, [...] dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas,
[...] planta uma vinha, [...] e fortalece os braços, abre a mão ao aflito, [...] ao
necessitado estende as mãos, olha pelo governo de sua casa e não come o pão da
preguiça”. Provérbios 31:13, 15-17, 20, 27. — Educação, 215-217. [228]
233
O grande livro da natureza, 9 de Agosto
234
Expressão do amor de Deus, 10 de Agosto
Nosso amável Pai celestial deseja que Seus filhos confiem nEle assim como
uma criança confia em seu pai terrestre. Mas quão freqüentemente vemos pobres,
fracos mortais sobrecarregando-se com cuidados e perplexidades que Deus jamais
intentou que carregassem. Eles reverteram a ordem; estão buscando o mundo
primeiro, e o reino do Céu em segundo lugar. Se até mesmo o pequeno pardal,
que não tem preocupação quanto às necessidades futuras, é cuidado, por que
deveria o tempo e a atenção dos seres humanos, que são feitos à imagem de Deus,
ser completamente absorvidos com essas coisas?
Deus nos deu toda evidência de Seu amor e cuidado, e ainda assim quão
freqüentemente falhamos em discernir a mão divina em nossas múltiplas bênçãos.
Cada faculdade do nosso ser, cada fôlego que tomamos, cada conforto que
desfrutamos, vêem dEle. Cada vez que nos reunimos em volta da mesa da família
para participar da refeição devemos nos lembrar de que tudo isto é uma expressão
do amor de Deus. Deveríamos nós tomar a dádiva, e negar o Doador? [...]
Quando Adão e Eva foram colocados em seu lar edênico, tinham tudo que um
Criador benevolente pudesse lhes dar para somar ao seu conforto e felicidade. Mas
se aventuraram a desobedecer a Deus e foram, portanto, expulsos de seu agradável
lar. Foi então que o grande amor de Deus nos foi expresso em uma dádiva, o Seu
amado Filho. Se nossos primeiros pais não tivessem aceitado a dádiva, hoje a raça
humana estaria em desesperadora miséria. Mas quão alegremente aclamaram a
promessa do Messias. [...]
Apesar de a maldição ter sido pronunciada sobre a terra e ela posteriormente
produzir espinhos e cardos, existe uma flor sobre o cardo. Este mundo não é
todo tristezas e misérias. O grande livro divino da natureza acha-se aberto ao
nosso estudo, e dele temos de tirar idéias mais elevadas de Sua grandeza e Seu
inexcedível amor e glória. — The Review and Herald, 27 de Outubro de 1885. [230]
235
O poder de Deus na natureza, 11 de Agosto
Quem mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos Céus aos
palmos, e recolheu em uma medida o pó da Terra, e pesou os montes e os
outeiros em balanças? Isaías 40:12.
236
Beleza natural, 12 de Agosto
237
Mensagens de esperança, 13 de Agosto
Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas águas correm entre os montes; dão
de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua
sede. Salmos 104:10-11.
238
Lições das árvores, 14 de Agosto
239
A energia de Deus sustenta a natureza, 15 de Agosto
Muitos ensinam que a matéria possui força vital: que certas propriedades
são comunicadas à matéria, e que então fica ela a agir por meio de sua própria
energia inerente; e que as operações da natureza são dirigidas de acordo com leis
fixas, nas quais o próprio Deus não pode interferir. Isto é ciência falsa, e não é
apoiado pela Palavra de Deus.
A natureza é serva de seu Criador. Deus não anula Suas leis, nem age contra-
riamente a elas; mas está continuamente a empregá-las como Seus instrumentos.
A natureza testifica de uma inteligência, de uma presença, de uma energia ativa,
que opera em suas leis e por meio das mesmas leis. Há na natureza a operação
contínua do Pai e do Filho. [...]
A obra de Deus, da criação, está completa, mas a Sua energia ainda é exercida
ao sustentar os objetivos de Sua criação. Não é porque o mecanismo, que uma
vez fora posto em movimento, continue a agir por sua própria energia inerente
que o pulso bate, que respiração se segue a respiração; mas cada respiração,
cada pulsar do coração é uma prova daquele cuidado que tudo penetra, por parte
dAquele em quem “vivemos, e nos movemos, e existimos”. Atos 17:28.
Não é por causa de um poder inerente que ano após ano a Terra produz
seus dons, e continua seu movimento em redor do Sol. A mão de Deus guia os
planetas, e os conserva em posição na sua marcha ordenada através dos céus.
[...] É pelo Seu poder que a vegetação floresce, que as folhas aparecem e as
flores desabrocham. [...] Sua palavra governa os elementos; e por Ele os vales se
tornam férteis. [...] Ele cobre os céus de nuvens, e prepara a chuva para a terra.
[...] Ele “faz brotar nos montes a erva”, [...] “dá a neve como lã e esparge a geada
como cinza”. Salmos 147:8, 16. “Ao som do seu trovão, as águas no céu rugem, e
formam-se nuvens desde os confins da Terra. Ele faz os relâmpagos para a chuva
e dos seus depósitos faz sair o vento”. Jeremias 10:13 (NVI). [...]
Seu cuidado está sobre todas as obras de Suas mãos. Nada é tão grande que
não possa ser dirigido por Ele, e nada tão pequeno para escapar a Sua atenção. —
[235] The Signs of the Times, 20 de Março de 1884.
240
Um mundo mais glorioso, 16 de Agosto
Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem;
porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. 2
Coríntios 4:18.
A Terra e as coisas terrestres perecerão com o uso. Uns poucos anos passarão
e a morte virá. Seu destino eterno será estabelecido, eternamente estabelecido.
Se sua alma está perdida, o que lhe compensará essa perda? Cristo, o Doador da
vida, o Redentor, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo mostra a você
um mundo mais nobre. Ele o coloca ao alcance de sua visão. Leva-o ao limiar do
Céu e o faz contemplar as glórias das realidades eternas, para que suas aspirações
possam ser estimuladas a compreender o eterno peso de glória, acima de toda
comparação. Ao contemplar cenas celestiais, começa a arder em seu coração o
desejo de ter amizade com Deus e ser completamente reconciliado com Ele.
O trabalho do nosso Salvador é ajustar as reivindicações entre os interesses
do Céu e os da Terra, colocar os deveres e as responsabilidades da vida que
agora existe na devida relação com os que concernem à vida eterna. O temor e
amor a Deus são as primeiras coisas que devem reivindicar nossa atenção. Não
podemos deixar para amanhã aquilo que é de interesse da nossa alma. A vida que
agora vivemos devemos viver pela fé no Filho de Deus. Somos redimidos dos
elementos miseráveis do mundo com uma redenção que é total e completa. [...]
Mas em meio a esse mar de misericórdias, essa plenitude de amor divino,
muitos corações continuam indiferentes, descuidosos e não impressionados pelas
provisões da graça de Deus. Não devemos nós que alegamos ser cristãos fazer
esforços para quebrar o encanto que Satanás lançou sobre essas pessoas? Deve-
mos deixá-los continuar em dureza de coração, sem Deus e sem esperança no
mundo? Não; mesmo que todo apelo que venhamos a fazer seja desprezado e
recusado, não podemos cessar de orar por eles e de suplicar por sua salvação. De-
vemos fazer tudo o que pudermos, com o auxílio do Santo Espírito de Deus, para
derrubar as barreiras através das quais eles procuram se tornar inconquistáveis à
luz da verdade de Deus. Devemos procurar abrir seus olhos para sua cegueira,
livrando-os do cativeiro de Satanás. — The Signs of the Times, 17 de Julho de
1893. [236]
241
Lições da natureza, 17 de Agosto
Quão bela é a descrição que o salmista faz do cuidado de Deus pelas criaturas
dos bosques: “Os altos montes são um refúgio para as cabras monteses, e as
rochas, para os coelhos”. Salmos 104:18. Ele envia as fontes a correrem por
entre as colinas, onde os pássaros têm sua habitação, “cantando entre os ramos”.
Salmos 104:12. Todas as criaturas dos bosques e colinas fazem parte de Sua
grande família. Abre Sua mão e satisfaz “os desejos de todos os viventes”. Salmos
145:16.
A águia dos Alpes é algumas vezes derrubada pela tempestade nos estreitos
desfiladeiros das montanhas. A essa poderosa ave das florestas rodeiam nuvens
tempestuosas, cujas negras massas a separam dos píncaros batidos de sol em que
ela estabeleceu o lar. Parecem infrutíferos seus esforços para escapar. Bate aqui
e acolá, açoitando o ar com as fortes asas, e despertando, com seus guinchos,
ecos nas montanhas. Finalmente, com uma nota de triunfo, arremessa-se para
cima e, cortando as nuvens, de novo se acha na clara luz solar, com a escuridão e
tempestade muito abaixo.
Igualmente nos podemos achar rodeados de dificuldades, desânimo e trevas.
Cercam-nos falsidade, calamidades, injustiças. Há nuvens que não podemos
dissipar. Batemo-nos em vão com as circunstâncias. Há um meio de salvamento,
e apenas um. Cerração e neblina cercam a terra; para além das nuvens resplandece
a luz de Deus. Para a luz de Sua presença podemos ascender com as asas da fé.
Muitas são as lições que assim se podem aprender. A de confiança, pela árvore
que, crescendo sozinha na planície ou ao lado da montanha, penetra profunda-
mente suas raízes na terra, e sua força vigorosa desafia a tempestade. A lição
do poder exercido pelas primeiras influências, a percebemos no tronco nodoso e
informe, arqueado quando era um renovo, ao qual nenhum poder terrestre poderá
restaurar a simetria perdida. O segredo de uma vida santa aprende-se do lírio
aquático, que à tona de alguma poça viscosa, rodeado de ervas ruins e imundícias,
penetra suas raízes nas puras areias abaixo e, dali derivando sua vida, ergue à luz
[237] as perfumadas flores, em pureza imaculada. — Educação, 118-119.
242
Ilustrações da natureza, 18 de Agosto
Qual entre todos estes não sabe que a mão do Senhor fez isto? Na Sua mão
está a alma de todo ser vivente e o espírito de todo o gênero humano. Jó
12:9-10.
Assim, enquanto as crianças e jovens obtêm conhecimento dos fatos por meio
de professores e livros, aprendam por si mesmos a tirar lições e discernir verdades.
Nos seus trabalhos de jardinagem, interroguem-nos sobre o que aprendem com
o cuidado das suas plantas. Olhando eles para uma bela paisagem, perguntem-
lhes por que Deus vestiu os campos e os bosques com tais matizes formosos
e variados. Por que não foi tudo colorido com um marrom sombrio? Quando
colherem flores, façam-nos pensar por que Ele nos poupou essas belezas que
desapareceram do Éden. Ensinem-nos a observar por toda parte na natureza as
manifestas evidências do pensamento de Deus para conosco, e a maravilhosa
adaptação de todas as coisas à nossa necessidade e felicidade.
Somente aquele que reconhece na natureza a obra de seu Pai, e que na riqueza
e beleza da Terra lê a Sua escrita, é que aprende as mais profundas lições das
coisas da natureza, e recebe seu mais elevado auxílio. [...]
Muitas ilustrações da natureza são empregadas pelos escritores da Bíblia;
e, observando nós as coisas do mundo natural, habilitamo-nos, sob a guia do
Espírito Santo, para compreender mais amplamente as lições da Palavra de Deus.
É assim que a natureza se torna uma chave do tesouro da Palavra.
Devem-se animar as crianças a buscar na natureza objetos que ilustrem
os ensinos da Bíblia, e estudar nesta as semelhanças tiradas daquela. Devem
procurar, tanto na natureza como na Escritura Sagrada, todos os objetos que
representem a Cristo, e também os que Ele empregou para ilustrar a verdade.
Dessa maneira poderão aprender a vê-Lo na árvore e na videira, no lírio e na
rosa, no Sol e na estrela. Poderão aprender a ouvir a Sua voz no canto das aves,
no sussurro das árvores, no retumbante trovão, na música do mar. E todos os
objetos na natureza lhes repetirão Suas preciosas lições.
Aos que assim se familiarizam com Cristo, a Terra jamais será um lugar
solitário e desolado. Será a casa de seu Pai, repleta da presença dAquele que uma
vez habitou entre os homens. — Educação, 119-120. [238]
243
Em contato com a natureza, 19 de Agosto
Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles
cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Mateus 10:29 (NVI).
244
O fogo purificador, 20 de Agosto
245
O artista mestre, 21 de Agosto
As coisas da natureza que agora contemplamos não nos dão senão uma
fraca idéia da glória do Éden. O pecado manchou a beleza da Terra; podem-
se ver em tudo os vestígios da obra do mal. Todavia, permanece muita coisa
bela. A natureza testifica de que Alguém, infinito em poder, grande em bondade,
misericórdia e amor, criou a Terra, enchendo-a de vida e alegria. Mesmo em
seu estado defeituoso, todas as coisas revelam a mão-de-obra do Artista por
excelência. Para onde quer que nos volvamos, podemos ouvir a voz de Deus, e
ver testemunhos de Sua bondade. [...]
As montanhas eternas falam-nos de Seu poder. As árvores, agitando os verdes
leques ao sol, e as flores em sua delicada beleza, apontam para seu Criador. O
verde vivo, que atapeta a bronzeada terra, fala do cuidado de Deus para com a
mais humilde de Suas criaturas. As profundezas do mar e as entranhas da terra
revelam-Lhe os tesouros. Aquele que pôs as pérolas no oceano e a ametista e o
crisólito entre as rochas é um amante do belo. O Sol que se ergue no firmamento
é um representante dAquele que é a vida e a luz de todos quantos foram por Ele
criados. Todo esplendor e beleza que adornam a Terra e Abrilhantam os Céus
falam de Deus. [...] Todas as coisas falam do Seu terno e paternal cuidado, e de
Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos.
A poderosa força que opera em toda a natureza, e sustém todas as coisas,
não é, como fazem parecer alguns homens de ciência, unicamente um princípio
que tudo penetra, uma energia. Deus é Espírito; é, todavia, um Ser pessoal; pois
como tal Se tem Ele revelado: “O Senhor Deus é verdade; Ele mesmo é o Deus
vivo e o Rei eterno”. Jeremias 10:10. [...]
A mão-de-obra de Deus na natureza não é o próprio Deus na natureza. As
coisas da natureza são uma expressão do caráter e do poder de Deus; não devemos,
porém, considerá-la como Deus. A habilidade artística das criaturas humanas
produz obras muito belas, coisas que deleitam a vista; e essas coisas nos revelam
algo de seu autor; a obra feita não é, no entanto, seu autor. Não é a obra, mas o
obreiro, que é considerado digno de honra. Assim, ao passo que a natureza é uma
expressão do pensamento de Deus, não é a natureza, mas o Deus da natureza que
[241] deve ser exaltado. — A Ciência do Bom Viver, 411-413.
246
A generosidade da terra, 22 de Agosto
Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também
suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa
justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que,
por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. 2 Coríntios 9:10-11.
247
O mundo natural fala do criador, 23 de Agosto
248
Descanso para o solo, 24 de Agosto
Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás
os seus frutos. Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene
para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem
podarás a tua vinha. Levítico 25:3-4.
249
Os direitos dos pobres, 25 de Agosto
“No mês sétimo, aos dez do mês, [...] no dia da expiação”, soava a trombeta
do jubileu. Por toda a terra, onde quer que morasse o povo judeu, ouvia-se o som,
convidando a todos os filhos de Jacó a darem as boas-vindas ao ano da remissão.
No grande dia da expiação, oferecia-se reparação pelos pecados de Israel, e com
verdadeira alegria o povo recebia o jubileu.
Como no ano sabático, não se devia semear nem colher, e tudo que a terra
produzisse devia ser considerado propriedade lícita dos pobres. Certas classes
de escravos hebreus — todos os que não recebiam liberdade no ano sabático —
ficavam agora livres.
Mas aquilo que especialmente distinguia o ano do jubileu era a reversão de
toda a propriedade territorial à família do possuidor original. Por determinação
especial de Deus, a terra fora dividida por sorte. Depois que a divisão fora feita,
ninguém tinha a liberdade de negociar sua terra. Tampouco devia vendê-la, a
menos que a pobreza o compelisse a tal; e, então, quando quer que ele ou qualquer
de seus parentes desejasse resgatá-la, o comprador não devia recusar-se a vendê-
la; e, não sendo remida, reverteria ao seu primeiro possuidor ou seus herdeiros,
no ano do jubileu.
O povo devia ser impressionado com o fato de que era a terra de Deus que
se lhes permitia possuir por algum tempo; de que Ele era o legítimo possuidor,
o proprietário original, e de que desejava se tivesse consideração especial pelos
pobres e infelizes. A mente de todos devia ser impressionada com o fato de que
os pobres têm tanto direito a um lugar no mundo de Deus como o têm os mais
ricos.
Tais foram as disposições tomadas por nosso misericordioso Criador a fim de
diminuir o sofrimento, trazer algum raio de esperança, lampejar uma réstia de
luz na vida dos que são destituídos de bens e se acham angustiados. — Patriarcas
[245] e Profetas, 533-534.
250
A noite da terra, 26 de Agosto
A obra que nos foi confiada é importante, e nela são necessários homens
sábios, abnegados, pessoas que compreendam o que significa dedicar-se a desin-
teressados esforços para salvar os perdidos. Mas não há necessidade do serviço de
homens mornos; pois tais pessoas Cristo não pode usar. Necessitam-se homens e
mulheres cujo coração se comova ante o sofrimento humano e cuja vida dê prova
de que estão recebendo e comunicando luz, vida e graça.
O povo de Deus deve aproximar-se de Cristo, em abnegação e sacrifício,
tendo como único alvo dar a todo o mundo a mensagem de misericórdia. Alguns
trabalharão de um modo, e outros de outro, conforme o Senhor os chamar e guiar.
Mas todos devem lutar juntos, procurar fazer do trabalho uma unidade perfeita.
Pela pena e pela viva voz devem trabalhar para Deus. A palavra da verdade,
impressa, deve ser traduzida para diferentes línguas e levada aos confins da Terra.
Meu coração muitas vezes fica sobrecarregado porque tantos que poderiam
trabalhar nada fazem. Agem como joguete das tentações de Satanás. De todo
membro de igreja que possui conhecimento da verdade se espera que trabalhe
enquanto é dia; porque vem a noite, quando ninguém poderá trabalhar. Em breve
haveremos de compreender o que significa essa noite. O Espírito de Deus está
sendo agravado a ponto de estar-Se retirando da Terra. As nações estão iradas
umas contra as outras. Vastos preparativos de guerra estão sendo feitos. A noite
está cada vez mais escura. Desperte a igreja e ponha-se a cumprir a obra que
lhe foi confiada. Todo crente, mais instruído ou menos preparado, pode levar a
mensagem.
Estende-se perante nós a eternidade. A cortina está para ser aberta. Em que
estamos pensando, para que assim nos apeguemos ao nosso amor egoísta pela
comodidade, enquanto por toda parte ao nosso redor perdidos estão a perecer?
Ficou completamente calejado o nosso coração? Não podemos ver nem compre-
ender que temos uma obra para fazer em favor de outros? Irmãos e irmãs, estamos
nós entre os que, tendo olhos, não vêem, e tendo ouvidos, não ouvem? Foi em
vão que Deus nos deu o conhecimento de Sua vontade? Foi em vão que Ele
nos enviou advertência após advertência da proximidade do fim? Acreditamos
nas declarações de Sua Palavra acerca do que está para sobrevir ao mundo?
Acreditamos que os juízos de Deus impendem sobre os habitantes da Terra?
Como, então, podemos ficar de braços cruzados, descuidosos e indiferentes? —
Testemunhos para a Igreja 9:26-27. [246]
251
O cultivo do solo, 27 de Agosto
E eis que a videira [...] em boa terra, à borda de muitas águas, estava [...]
plantada, para produzir ramos, e dar frutos, e ser excelente videira.
Ezequiel 17:7-8.
O sistema do dízimo foi instituído pelo Senhor como o melhor arranjo para
ajudar as pessoas a executarem os princípios da lei. Se essa lei fosse obedecida,
às pessoas seria confiada toda a vinha, toda a terra. [...]
Os seres humanos deviam cooperar com Deus na restauração da saúde da
doentia terra, para que esta rendesse louvor e glória ao Seu nome. E conforme a
terra que possuíam, se manejada com habilidade e zelo, produzisse seus tesouros,
de igual modo seus corações, se controlados por Deus, refletiriam Seu caráter.
[...]
Nas leis que Deus deu para o cultivo do solo, Ele estava dando ao povo a
oportunidade de vencer o egoísmo e pensar nas coisas celestiais. Canaã seria
para eles como o Éden se obedecessem à palavra de Deus. Através deles o
Senhor planejava ensinar todas as nações do mundo como cultivar o solo para
que produzisse fruto saudável, sem doenças. A terra é a vinha do Senhor, e deve
ser tratada conforme o Seu plano. Os que cultivavam o solo deviam perceber
que estavam fazendo a obra de Deus. Estavam em seu terreno e lar exatamente
como os homens chamados para ministrar no sacerdócio e na obra associada ao
tabernáculo. Deus disse ao povo que os levitas eram um presente para eles e,
não importava qual a sua ocupação, deviam ajudar a sustentá-los. — SDABC,
1:1112.
Por desobediência a Deus, Adão e Eva perderam o Éden, e por causa do
pecado toda a Terra foi amaldiçoada. Mas se o povo de Deus seguisse as ins-
truções, sua terra seria restaurada à fertilidade e beleza. Deus mesmo lhes dera
ensinos quanto à cultura do solo, e deveriam cooperar em sua restauração. Assim,
toda a Terra, sob a direção de Deus, se tornaria uma lição objetiva da verdade
espiritual. Assim como, em obediência às leis naturais, a terra deve produzir seus
tesouros, da mesma forma, como em obediência à Sua lei moral o coração do
povo deveria refletir os atributos de Seu caráter em obediência à Sua lei moral.
Até os pagãos reconheceriam a superioridade dos que servem e adoram o Deus
[247] vivo. — Parábolas de Jesus, 289.
252
Fonte inesgotável de instrução, 28 de Agosto
Aos cuidados de Adão e Eva foi confiado o jardim, “para o lavrar e o guardar”.
Gênesis 2:15. Conquanto fossem ricos em tudo que o Possuidor do Universo
pudesse proporcionar, não deveriam estar ociosos. Foi-lhes designada uma útil
ocupação, como uma bênção, para fortalecer-lhes o corpo, expandir a mente e
desenvolver o caráter.
O livro da natureza, que estendia suas lições vivas diante deles, ministrava
uma fonte inesgotável de instrução e deleite. Em cada folha da floresta, ou pedra
das montanhas, em cada estrela brilhante, na terra, no mar e no céu, estava escrito
o nome de Deus. Tanto com a criação animada como com a inanimada; ou seja,
com a folha, flor e árvore, e com todos os viventes desde o leviatã das águas
até ao ser microscópico em um raio de luz, entretinham os habitantes do Éden
conversa, juntando de cada um o segredo de seu viver. A glória de Deus nos
céus, os incontáveis mundos nas suas sistemáticas revoluções, o “equilíbrio das
grossas nuvens” (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite —
tudo era objeto para estudo, aos alunos da primeira escola terrestre. [...]
Ao sair das mãos do Criador, não somente o Jardim do Éden, mas a Terra
toda era eminentemente bela. Mancha alguma do pecado, nem sombra de morte,
deslustravam a linda criação. A glória de Deus cobria “os céus, e a Terra encheu-
se do Seu louvor”. Habacuque 3:3. [...]
O Jardim do Éden era uma representação do que Deus desejava se tornasse
a Terra toda; e era Seu intuito que, à medida que a família humana se tornasse
mais numerosa, estabelecesse outros lares e escolas semelhantes à que Ele havia
dado. Dessa maneira, com o correr do tempo, a Terra toda seria ocupada com
lares e escolas em que as palavras e obras de Deus seriam estudadas e onde os
estudantes mais e mais ficariam em condições de refletir pelos séculos sem fim a
luz do conhecimento de Sua glória. — Educação, 21-22. [248]
253
O solo do coração, 29 de Agosto
254
Eficiência e consagração, 30 de Agosto
Cada dia que passa nos leva para mais perto do fim. Mas, leva-nos, também,
para mais perto de Deus? Estamos vigilantes em oração? As pessoas com quem
nos associamos dia a dia precisam de nosso auxílio, nossa guia. Podem estar em
tal estado de espírito que uma palavra oportuna lhes seja, pela atuação do Espírito
Santo no coração, como um ponto de apoio em lugar firme. Amanhã, talvez,
algumas dessas pessoas possam estar onde nunca mais as poderemos alcançar.
Qual é a nossa influência sobre esses companheiros de jornada? Que esforço
estamos fazendo para ganhá-los para Cristo?
O tempo é breve, e nossas forças têm que ser organizadas para produzir
uma obra maior. Há necessidade de obreiros que compreendam a grandeza do
trabalho, e nele se empenhem, não por amor ao salário que recebem, mas por
saberem da proximidade do fim. O tempo demanda maior eficiência e mais
profunda consagração. Oh! estou tão preocupada com esse assunto que clamo a
Deus: “Suscita e envia mensageiros possuídos do sentimento de responsabilidade,
mensageiros em cujo coração tenha sido crucificada a idolatria do próprio eu, a
qual faz parte do fundamento de todo pecado.” [...]
Pondo em Deus nossa confiança, devemos avançar constantemente, fazendo
Sua obra com abnegação, com humilde confiança nEle, submetendo-nos, bem
como nosso presente e futuro a Sua sábia providência, conservando firme o
princípio de nossa confiança até o fim, lembrando que não é pelos nossos mere-
cimentos que recebemos as bênçãos do Céu, mas pelos méritos de Cristo e por
nossa aceitação da abundante graça de Deus, através da fé nEle. — Testemunhos
para a Igreja 9:27, 29. [250]
255
A lei da administração divina, 31 de Agosto
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo:
erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. João
4:35.
O poder humano não estabeleceu a obra de Deus, nem tem o humano poder
para destruí-la. Para os que levam avante a Sua obra enfrentando dificuldade e
oposição, Deus dará a guia e a guarda constantes dos Seus santos anjos. Sua obra
na Terra nunca cessará. A construção do templo espiritual prosseguirá, até ficar
terminada e ser trazida a pedra angular, com brados de “Graça, graça a ela”.
O cristão deve ser um benefício aos outros. Assim ele mesmo será benefi-
ciado. “Quem dá a beber será dessedentado”. Provérbios 11:25. Essa é a lei da
administração divina — lei pela qual Deus determina que as torrentes de benefi-
cência sejam mantidas, quais águas do grande abismo, em constante circulação,
retornando perpetuamente a sua fonte. Na fidelidade a essa lei reside o poder das
missões cristãs.
Fui instruída que, em todos os lugares, através de sacrifício próprio e ur-
gentes esforços, onde foram providenciados locais para o estabelecimento e o
desenvolvimento da obra, e o Senhor a fez prosperar, os que estão nesses lugares
devem dar de seus meios para ajudar os servos de Deus que foram enviados para
novos campos. Onde a obra foi estabelecida sobre uma boa fundação, os crentes
devem se sentir na obrigação de ajudar os que estão em necessidade, transferindo,
ainda que com grande sacrifício, uma porção ou recursos correspondentes aos
que foram investidos em favor da obra em sua localidade. É dessa maneira que
o Senhor providenciou para que Seu trabalho cresça. Essa é a correta lei da
[251] restituição. — Testemunhos para a Igreja 7:170.
256
Setembro
Testemunhas de Cristo, 1 de Setembro
Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor, o Meu servo a quem escolhi;
para que o saibais, e Me creiais, e entendais que sou Eu mesmo, e que
antes de Mim Deus nenhum se formou, e depois de Mim nenhum haverá.
Isaías 43:10.
258
O dever de testemunhar, 2 de Setembro
Meu coração alegrou-se ao ver entre os conversos tantos moços e moças, com
o coração enternecido e abrandado pelo amor de Jesus, reconhecendo a boa obra
operada por Deus em prol de sua salvação. Foi realmente uma ocasião preciosa.
“Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da
salvação”. Romanos 10:10. [...]
É essencial que esses recém-chegados à fé tenham o senso de sua obrigação
para com Deus, que os chamou para o conhecimento da verdade e encheu-lhes o
coração de Sua sagrada paz, para que exerçam uma influência santificadora sobre
todos aqueles com quem se relacionam. “Vós sois as Minhas testemunhas, diz o
Senhor”. Isaías 43:10.
A cada um Deus confiou a obra de tornar conhecida Sua salvação ao mundo.
Na religião verdadeira não há nada de egoísta ou exclusivo. O evangelho de Cristo
é difusivo e dinâmico. É descrito como o sal da terra, o fermento transformador,
a luz que brilha nas trevas. É impossível reter o favor e o amor de Deus e manter
comunhão com Ele, não sentindo responsabilidade pelas pessoas pelas quais
Cristo morreu, que se acham em erro e trevas, perecendo em seus pecados.
Se os que professam ser seguidores de Cristo deixam de brilhar como luzes
no mundo, o poder vital se retirará deles, e se tornarão frios e sem espírito cristão.
Estará sobre eles a fascinação da indiferença, um torpor de alma semelhante ao da
morte, que farão com que sejam corpos mortos, ao invés de vivos representantes
de Jesus. Todos devem levar a cruz e, com modéstia, mansidão e humildade de
espírito, assumir os deveres que lhes foram dados por Deus, fazendo esforços
pessoais em favor dos que os rodeiam, os quais necessitam de auxílio e luz.
Todos os que aceitarem esses deveres terão preciosa e variada experiência,
seu próprio coração vibrará de fervor, e serão fortalecidos e estimulados, para
renovados e perseverantes esforços a fim de desenvolver sua própria salvação
com temor e tremor, porque Deus é quem neles efetua tanto o querer como o
realizar, segundo a Sua boa vontade. — The Review and Herald, 21 de Julho de
1891. [253]
259
Luz e esperança, 3 de Setembro
Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus. Mateus 5:16.
O serviço prático será muito mais eficiente do que meramente pregar ser-
mões. Devemos alimentar o faminto, vestir o nu e asilar o desabrigado. E somos
chamados para fazer mais do que isto. As necessidades da alma só o amor de
Cristo pode satisfazer. Se Cristo em nós habitar, nosso coração estará cheio de
simpatia divina. Abrir-se-ão as fontes cerradas do zeloso amor cristão.
Deus requer não somente as nossas dádivas para os necessitados, mas também
nosso semblante amável, nossas palavras de esperança, nosso cordial aperto de
mão. Quando curava os doentes, Cristo punha sobre eles as mãos. Também
devemos achegar-nos em contato íntimo com quem procuramos beneficiar.
Muitos há que não têm mais esperança. Dêem-lhes novamente a luz do Sol.
Muitos perderam o ânimo. Digam-lhes palavras de conforto. Orem por eles. Há os
que carecem do pão da vida. Leiam para eles a Palavra de Deus. Muitos padecem
de uma enfermidade da alma que bálsamo nenhum pode restaurar, médico algum
curar. Orem por essas pessoas, encaminhem-nas a Jesus. Contem-lhes que há um
bálsamo e um Médico em Gileade. [...]
A mensagem de esperança e misericórdia tem que ser levada aos confins da
Terra. [...] Não mais devem os pagãos estar envoltos em trevas da meia-noite. A
escuridão deve desaparecer diante dos brilhantes raios do Sol da Justiça. O poder
do inferno foi vencido.
Mas ninguém pode dar aquilo que não possui. Na obra de Deus, a humanidade
nada pode originar. [...] Vertido pelos mensageiros celestes nos tubos de ouro, para
ser conduzido do áureo vaso às lâmpadas do santuário, o dourado óleo produzia
luz contínua, clara e brilhante. O amor de Deus, continuamente transmitido ao
homem, é que o habilita a comunicar luz. O áureo óleo do amor corre livremente
no coração de todos os que pela fé estão unidos a Deus, para resplandecer
novamente em boas obras, em serviço real e sincero para Ele. — Parábolas de
[254] Jesus, 417-419.
260
É necessário crucificar o eu, 4 de Setembro
Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como
testemunha para que testificasse a respeito da Luz, a fim de todos virem a
crer por intermédio dele. João 1:6-7.
A palavra de Deus para nós é: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é
o vosso Pai celeste”. Mateus 5:48. Ele roga que todos crucifiquem o eu. Os que
lhe atendem ficam cada vez mais fortes nEle. Aprendem diariamente de Cristo e,
quanto mais aprendem, maior é o seu desejo de edificar o reino de Deus ajudando
seu próximo. Quanto mais luz recebem, maior é o desejo de iluminar aos outros.
Quanto mais falam com Deus, menos vivem para si mesmos. Quanto maior seus
privilégios, oportunidades e facilidades para a obra cristã, maior é a obrigação
que sentem de trabalhar pelos outros.
A natureza humana está sempre lutando por se manifestar. A pessoa que
é aperfeiçoada em Cristo deve primeiro ser esvaziada do orgulho e da auto-
suficiência. Então haverá silêncio no coração e a voz de Deus pode ser ouvida.
Assim o Espírito poderá encontrar livre acesso. Deixe Deus trabalhar em e através
de você. Então você poderá dizer com Paulo: “Logo, já não sou eu quem vive,
mas Cristo vive em mim”. Gálatas 2:20. Mas até que o eu seja sacrificado no
altar, até que deixemos o Espírito Santo nos moldar e nos formar à semelhança
divina, não podemos alcançar o ideal de Deus para nós.
Cristo disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.
João 10:10. Esta é a vida que precisamos ter, e precisamos tê-la abundante. Deus
insuflará esta vida em toda vida que morrer para o próprio eu e viver para Cristo.
Requer-se, porém, inteira renúncia de si mesmo. A menos que isso aconteça,
levamos conosco o mal que destrói nossa felicidade.
O Senhor necessita de homens e mulheres que levem com eles na vida
diária a luz de um exemplo piedoso, homens e mulheres cujas palavras e ações
mostrem que Cristo está habitando no coração, ensinando, conduzindo e guiando.
Ele precisa de homens e mulheres de oração, que, ao lutarem junto com Deus,
obtenham a vitória sobre o eu, e então saiam para comunicar aos outros o que
eles receberam da Fonte de poder.. — The Signs of the Times, 9 de Abril de
1902. [255]
261
Filhos de Deus, 5 de Setembro
Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos
chamados filhos de Deus [...] Por essa razão, o mundo não nos conhece,
porquanto não O conheceu a Ele mesmo. 1 João 3:1.
262
A cooperação dos anjos, 6 de Setembro
DEle todos os profetas dão testemunho de que, por meio de Seu nome,
todo aquele que nEle crê recebe remissão de pecados. Atos 10:43.
Deus atua através de agentes celestes para que os que conhecem a verdade
possam ser colocados em contato com pessoas que necessitam de luz e conheci-
mento. Leia o décimo capítulo de Atos. O Deus do Céu olhou para a devoção
e piedade de Cornélio. Ele testemunhou suas orações e seus atos de caridade, e
observou o poder de sua influência. Desejou dar-lhe luz a respeito da missão de
Cristo e uni-lo com Sua obra.
O Senhor mandou seu anjo para anunciar isso a Cornélio, e para colocá-lo
em contato com o apóstolo Pedro. O anjo disse a Cornélio apenas onde Pedro
morava, e lhe declarou: “Ele lhe dirá o que você deve fazer”. Atos 10:6. Então um
anjo foi enviado a Pedro para remover suas dúvidas quanto à conduta de pregar
para os gentios. “Ao que Deus purificou não consideres comum.” Enquanto Pedro
estava ponderando a respeito da misteriosa revelação que lhe fora dada, o Espírito
lhe disse: “Eis que três varões te buscam. Levanta-te, pois, [...] e vai com eles,
não duvidando; porque Eu os enviei”. Atos 10:19-20.
Que história incrível para nos mostrar que o Céu está em intima ligação com
o nosso mundo. Na escada que Jacó viu, anjos de Deus subiam e desciam. Deus
estava acima da escada, e raios de luz e glória estavam brilhando em toda a
extensão entre o Céu e a Terra. Essa linha de comunicação continua aberta.
E qual foi o resultado do procedimento de Deus para com Cornélio? Leia a
preciosa história, aprenda, e louve a Deus, pois essa lição é para nós. [...] E Deus
“nos mandou pregar ao povo e testificar que Ele é quem foi constituído por Deus
Juiz de vivos e de mortos. DEle todos os profetas dão testemunho de que, por
meio de Seu nome, todo aquele que nEle crê recebe remissão de pecados”. Atos
10:42-43.
Quando Pedro falou essas coisas, o Espírito Santo desceu sobre a congregação
e as pessoas foram batizadas em nome do Senhor. Assim foi estabelecido em
Cesárea um grupo de crentes cristãos para erguer a luz da verdade.
Essa é a obra que deve ser realizada hoje. Nós temos uma mensagem para
levar às pessoas. [...] Cristo declara: “Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim
jamais terá fome; e o que crê em Mim jamais terá sede. [...] Todo aquele que o
Pai Me dá, esse virá a Mim; e o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei
fora”. João 6:35, 37. — Australasian Union Conference Record, 1 de Janeiro de
1900. [257]
263
Discrição ao testemunhar, 7 de Setembro
Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A
vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais
como vos convém responder a cada um. Colossenses 4:5-6.
É verdade que nos é ordenado: “Clama em alta voz, não te detenhas, levanta
a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de
Jacó, os seus pecados”. Isaías 58:1. Essa mensagem tem de ser dada, mas, apesar
disso, devemos ter o cuidado de não acusar, constranger e condenar os que não
possuem a luz que possuímos. [...]
Os que têm grandes privilégios e oportunidades, e que não têm aproveitado
suas faculdades físicas, mentais e morais, mas antes vivido para agradar a si
mesmos e se têm recusado a desempenhar sua responsabilidade, esses estão em
maior perigo e em maior condenação diante de Deus, do que os que se acham
em erro no que respeita à doutrina, mas, não obstante, procuram viver para fazer
bem aos outros.
Não censuremos os outros; não os condenemos. Se permitirmos que consi-
derações egoístas, raciocínio falso e falsas desculpas nos levem a um perverso
estado de espírito e coração, de maneira que não saibamos os caminhos e a
vontade de Deus, seremos muito mais culpados do que um pecador declarado.
Precisamos ser cautelosos para não condenar os que, diante de Deus, são menos
culpados do que nós.
Que todos conservem em mente que, em nenhuma situação, devemos convi-
dar a perseguição. Não devemos utilizar palavras ásperas e cortantes. Que tais
palavras sejam mantidas longe de qualquer artigo escrito ou de qualquer discurso
proferido. Seja a Palavra de Deus que repreenda e corrija[...]
Está por ocorrer um tempo de angústia como nunca houve desde que existe
nação. É nosso trabalho retirar de todas as nossas apresentações qualquer coisa
que tenha o sabor de retaliação ou desafio, aquilo que poderia causar ações contra
igrejas ou indivíduos, pois esse não é o caminho nem o método de Cristo.
O fato de que o povo de Deus, que conhece a verdade, haver fracassado
em cumprir seu dever de acordo com a luz oferecida na Palavra de Deus, torna
necessário que tomemos mais cuidado, a fim de que não venhamos a ofender os
descrentes antes que tenham a oportunidade de ouvir as razões de nossa fé em
[258] relação ao sábado e ao domingo. — Testemunhos para a Igreja 9:243-244.
264
O momento de trabalhar para Cristo, 8 de Setembro
Que uso têm vocês feito do dom de Deus? Ele lhes disponibilizou a força
motivadora para a ação, de modo que com paciência, esperança e vigilância
incansável vocês possam apresentar a Cristo, o crucificado, apelando para que as
pessoas se arrependam dos seus pecados, e fazendo soar a nota de advertência de
que Cristo logo deverá vir com poder e grande glória.
Se os membros da igreja [...] não despertarem agora e não forem trabalhar
em campos missionários, eles cairão em sonolência mortal. De que modo o
Espírito Santo trabalhou em seu coração? [...] Não foram vocês inspirados a
exercitar os talentos que Deus lhes deu, os quais todo homem, mulher e jovem
deveria empregar para repartir a verdade para este tempo, fazendo esforços
pessoais, entrando nas cidades onde a verdade nunca foi proclamada, e elevando
o estandarte?
Não foram as suas energias aumentadas pelas bênçãos que Deus derramou
profusamente sobre vocês? Não foi a verdade claramente gravada em seu cora-
ção? Não conseguem vocês ver mais claramente a sua importância para os que
estão perecendo sem Cristo? Desde a manifesta revelação da bênção de Deus,
estão vocês testemunhando em favor de Cristo mais distinta e decididamente que
em qualquer ocasião anterior?
O Espírito Santo colocou em sua mente as importantes e vitais verdades
para este tempo. Será correto embalar e esconder na terra esse conhecimento?
Não, não. Deve ser colocado junto aos mercadores. Conforme o homem usa os
seus talentos, embora pequenos, com fidelidade, o Espírito Santo toma as coisas
de Deus e as apresenta como algo novo à mente. Por meio do Espírito, Deus
faz de Sua Palavra um poder vivificador. É rápida e poderosa, exercendo uma
forte influência sobre a mente, não por causa do conhecimento ou inteligência
do agente humano, mas porque o Poder divino está atuando junto com o poder
humano. E é ao poder divino que todo louvor deve ser dado. — Testemunhos
para a Igreja 8:54-55. [259]
265
Cristianismo prático, 9 de Setembro
Homens que não admitem as reivindicações da lei de Deus, que são tão claras,
geralmente seguirão uma conduta ilegal; mas têm há tanto tempo se aliado ao
grande rebelde em guerrear contra a lei de Deus, que é o fundamento de Seu
governo no Céu e na Terra, que estão acostumados com este trabalho. Em sua
luta não abrirão os olhos nem a consciência à luz. Fecham os olhos, com receio
de serem iluminados.
Seu caso é tão sem esperança como o foi o dos judeus que não queriam ver a
luz que Cristo lhes trouxera. As maravilhosas evidências que Ele lhes dera de
Seu caráter messiânico nos milagres que fez, curando os doentes, ressuscitando
os mortos e fazendo as obras que nenhum outro homem tinha feito ou podia
fazer, em vez de enternecer e subjugar-lhes o coração, e vencer seus preconceitos
ímpios, os inspiraram com ódio e fúria satânicos como Satanás possuía ao ser
expulso do Céu. Quanto maior luz e evidência tinham, tanto maior era seu ódio.
Estavam decididos a extinguir a luz condenando Cristo à morte. [...]
Devemos abraçar toda oportunidade de apresentar a verdade em sua pureza
e simplicidade onde houver qualquer desejo ou interesse para ouvir as razões
de nossa fé. Aqueles que têm se demorado mais sobre as profecias e os pontos
teóricos de nossa fé devem sem demora tornar-se estudantes da Bíblia sobre
assuntos práticos. Devem tomar um gole maior na fonte da verdade divina.
Devem estudar cuidadosamente a vida de Cristo e Suas lições de piedade prática,
dadas para o benefício de todos e para serem a norma do viver correto para todos
os que venham a crer em Seu nome. Devem estar imbuídos do espírito de seu
grande Modelo e ter uma percepção elevada da vida consagrada de um seguidor
[260] de Cristo. — Testemunhos para a Igreja 3:213, 214.
266
Soldados ativos, 10 de Setembro
Decidam, não em sua própria força, mas na força e graça concedidas por
Deus, que vocês consagrarão a Ele agora, sem deixar passar mais tempo, todo
poder e toda habilidade. Então vocês seguirão a Jesus porque Ele o solicita, e
vocês não perguntarão para onde, ou que recompensa lhes será dada. Tudo estará
bem com vocês porque estarão obedecendo à ordem: “Segue-Me.” Sua parte é
conduzir outros à luz através de esforços insistentes e fiéis. Sob a proteção do
Líder divino, devem realizar e agir, sem hesitação por um só momento.
Quando vocês morrerem para o eu, quando se renderem a Deus para fazer
o Seu trabalho, para deixar que a luz que lhes foi dada brilhe em boas obras,
não trabalharão sozinhos. A graça de Deus está a postos para cooperar com cada
esforço para iluminar os ignorantes e os que não sabem que o fim de todas as
coisas está tão perto.
Mas Deus não realizará a obra em lugar de vocês. A luz pode até brilhar em
abundância, mas a graça dada só converterá seu coração na medida em que ela
os despertar para cooperarem com as providências divinas. O chamado é para
que usem a armadura cristã e entrem no serviço de Deus como soldados ativos.
O poder divino vai cooperar com o esforço humano para quebrar a magia do
encantamento mundano que o inimigo lança sobre as pessoas. [...]
Deixem que o coração seja atraído em amor pelas pessoas que perecem.
Obedeçam aos impulsos dados pelo Céu. Não entristeçam o Espírito Santo
através da demora. Não resistam aos métodos de Deus para recuperar pessoas
imersas em pecado. A todo homem, de acordo com suas várias habilidades, é
determinada uma atividade. Façam o melhor, e Deus aceitará seus esforços. —
Testemunhos para a Igreja 8:55-56. [261]
267
O clamor dos necessitados, 11 de Setembro
O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o
fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes. Mateus
25:40.
Enquanto, em Sua providência, Deus tem carregado a Terra com Suas bênçãos,
e enchido seus tesouros com os confortos da vida, não existe desculpa, seja qual
for, para permitir que a casa do tesouro do Senhor fique vazia. Os cristãos não
são desculpados por permitirem que o clamor das viúvas e as orações dos órfãos
subam ao Céu em virtude de sua penosa necessidade, enquanto uma liberal
Providência colocou nas mãos desses cristãos abundância para suprimento de
suas necessidades.
Não permitamos que o clamor das viúvas e dos órfãos atraia sobre nós, como
um povo, a vingança do Céu. No professo mundo cristão o que é gasto em
extravagante ostentação, em jóias e ornamentos, daria para suprir as necessidades
de todos os famintos e vestir todos os nus em nossas cidades; e ainda assim esses
professos seguidores do manso e humilde Jesus não precisariam privar-se do
necessário alimento nem do vestuário confortável.[...]
Vemos senhoras que professam piedade usando elegantes correntes de ouro,
colares, anéis e outras jóias [...] enquanto a necessidade está à espreita nas ruas e
os sofredores e desamparados estão por toda parte. Isto não lhes interessa, não
lhes desperta a simpatia; mas chorarão pelo sofrimento imaginário descrito no
mais recente romance. Não têm ouvidos para o pranto dos necessitados, nem
olhos para contemplar os corpos frios e quase despidos de mulheres e crianças ao
seu redor. Consideram a real carência como uma espécie de crime, e afastam-se
do sofrimento da humanidade como que de uma doença contagiosa. Para estas,
Cristo dirá: “Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me
destes de beber; [...] achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me”. Mateus
25:42-43.
Mas, por outro lado, Cristo diz aos justos: “Porque tive fome, e me destes de
comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu,
e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me”. Mateus 25:35-
36. [...] Desse modo Cristo identifica Seus interesses com os da humanidade
sofredora. Atos de amor e caridade feitos ao sofredor são como se fossem feitos
[262] a Ele mesmo. — The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878.
268
Capacidade para testemunhar, 12 de Setembro
269
Graça aos que crêem, 13 de Setembro
Foi-me mostrado que muitas pessoas têm idéias confusas no tocante à con-
versão. Ouviram freqüentemente repetir do púlpito as palavras: “Vocês precisam
nascer de novo.” “Precisam ter coração novo.” Essas expressões nos desconcerta-
ram. Não podiam compreender o plano da salvação.
Muitos tropeçaram para a ruína devido a doutrinas errôneas ensinadas por
alguns pastores, no tocante à mudança que ocorre na conversão. Alguns têm
curtido tristeza durante anos, esperando alguma notável evidência de haverem
sido aceitos por Deus. Separaram-se do mundo, em grande medida, e encontram
prazer em associar-se com o povo de Deus; não obstante não ousam professar a
Cristo por temerem que seria presunção dizerem que são filhos de Deus. Estão
esperando essa mudança característica que foram induzidos a crer que está
relacionada com a conversão.
Depois de algum tempo, alguns destes têm a prova de sua aceitação da parte
de Deus, e então são induzidos a identificar-se com Seu povo. Datam a sua con-
versão a partir desse momento. Foi-me mostrado, porém, que haviam sido aceitos
na família de Deus antes desse tempo. Deus os aceitara quando se sentiram
enfadados do pecado e, havendo perdido a satisfação pelos prazeres munda-
nos, decidiram buscar a Deus diligentemente. Mas, por não compreenderem a
simplicidade do plano da salvação, perderam muitos privilégios e bênçãos que
poderiam haver implorado se, quando pela primeira vez se voltaram para Deus,
apenas houvessem crido que Ele os aceitara. [...]
A obra da graça no coração não se opera instantaneamente. Efetua-se por
uma vigilância contínua e cotidiana e crendo nas promessas de Deus. A pessoa
arrependida e crente, que nutre fé e ardentemente anela a graça renovadora
de Cristo, não será por Deus despedida vazia. Ele lhe concederá graça. E os
anjos ministradores a ajudarão enquanto perseverar nos esforços para avançar. —
[264] Evangelismo, 286, 287.
270
Grandes resultados, 14 de Setembro
Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do
caminho, [...] outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta
e a trinta por um. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mateus 13:3-4, 8-9.
271
Ministério pessoal, 15 de Setembro
Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro
homens. [...] Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus
pecados estão perdoados. Marcos 2:3, 5.
272
O valor da pessoa, 16 de Setembro
A obra que estão fazendo para ajudar nossas irmãs a sentirem sua respon-
sabilidade individual para com Deus, é boa e necessária. Por muito tempo tem
ela sido negligenciada. Quando, porém, essa obra for exposta em linhas claras,
simples e definidas, podemos esperar que os deveres domésticos, em vez de
serem negligenciados, serão cumpridos muito mais inteligentemente. O Senhor
quer que insistamos sempre no valor da alma humana junto daqueles que não lhe
compreendem o valor.
Caso nos seja possível arranjar as coisas de modo a termos grupos organiza-
dos regulares que sejam inteligentemente instruídos quanto à parte que devem
desempenhar como servos do Mestre, nossas igrejas terão uma vida e vitalidade
de que há muito necessitam.
A excelência da pessoa salva por Jesus será apreciada. Nossas irmãs têm
geralmente muitos problemas com sua família em crescimento, e suas provações
não apreciadas. Tenho almejado muito mulheres que se pudessem educar para
ajudar nossas irmãs a se erguerem de seu abatimento, e sentirem que podem fazer
uma obra para o Senhor. Isto é levar raios de luz à sua própria vida, raios que se
refletirão no coração de outros. Deus os abençoará e a todos quantos se unirem
com vocês nessa grande obra.
Muitas jovens, bem como irmãs de mais idade, mostram-se tímidas no que
respeita a conversas religiosas. Não aproveitam as oportunidades. A Palavra de
Deus deve constituir sua certeza, sua esperança e paz. Fecham as janelas da alma,
as quais deveriam ser abertas em direção ao Céu, e abrem-nas de par em par para
as coisas da Terra. Quando, porém, virem a excelência da alma humana, cerrarão
essas janelas para a Terra, que mostra diversões e convívio mundano na estultícia
e no pecado, e as abrirão para o Céu, à contemplação das coisas espirituais.
Então, poderão dizer: “Receberei a luz do Sol da Justiça, para que ela possa
irradiar para outros.” Os mais bem-sucedidos obreiros são aqueles que empreen-
dem de bom ânimo a obra de servir a Deus nas coisas pequenas. Toda criatura
humana tem de trabalhar com o fio de sua vida, tecendo-o na trama, a fim de
ajudar a concluir o modelo. — The Review and Herald, 9 de Maio de 1899. [267]
273
O poder da música, 17 de Setembro
Algumas noites atrás, meu espírito ficou perturbado, pensando o que podería-
mos fazer para levar a verdade ao povo nessas grandes cidades. Estamos certos
de que, se tão-somente ouvissem a mensagem, alguns receberiam a verdade,
comunicando-a por sua vez a outros.
Os pastores advertem sua congregação, dizendo ser perigosa a doutrina apre-
sentada, e que se eles forem ouvir, serão enganados e iludidos por essa estranha
doutrina. Os preconceitos seriam removidos se nos fosse possível atrair o povo a
ouvir. Estamos orando sobre este assunto, e cremos que o Senhor providenciará
um lugar para as mensagens de advertência e instrução chegarem ao povo nestes
últimos dias.
Uma noite parecia-me estar em uma reunião de conselho, onde se discutiam
os assuntos. E um homem muito sério e cheio de dignidade, disse: “Estão orando
para que o Senhor suscite homens e mulheres de talento que se dediquem à obra.
Têm em seu meio talentos que precisam ser reconhecidos.”
Fizeram-se várias propostas sábias, e depois foram, em substância, ditas
palavras como eu as escrevo. Ele disse: “Chamo vossa atenção para o talento
do canto, que deve ser cultivado; pois a voz humana no canto é um dos talentos
dados por Deus para ser empregados para Sua glória. O inimigo da justiça faz
muito caso desse talento em seu serviço. E aquilo que é um dom de Deus, para
ser uma bênção às pessoas, é pervertido, mal aplicado, e serve ao desígnio de
Satanás.
“Este talento da voz é uma bênção, uma vez que seja consagrado ao Senhor
para servir em Sua causa. [Carrie Gribble] tem talento, mas não é apreciado.
Sua posição deve ser considerada e seu talento atrairá o povo, e eles ouvirão a
[268] mensagem da verdade”. — Evangelismo, 497-498.
274
A verdade deve ser vivida, 18 de Setembro
Dizei entre as nações: Reina o Senhor. Ele firmou o mundo para que não se
abale e julga os povos com eqüidade. Salmos 96:10.
Homens e mulheres não devem ser atrofiados espiritualmente por uma li-
gação com a igreja, mas fortalecidos, elevados, enobrecidos, preparados para a
mais sagrada obra já confiada a mortais. É propósito do Senhor ter um exército
bem-treinado, pronto para entrar em ação a qualquer momento. Esse exército
será composto por homens e mulheres bem-disciplinados que se colocaram sob
influências que os prepararam para o serviço.
Os servos de Deus devem cuidar das pessoas como aqueles que devem prestar
contas, e necessitam da permanente presença de Cristo em seu coração, para
que possam levar pecadores a Ele. Precisam eles mesmos ter entregado tudo a
Deus, para que possam falar àqueles por quem labutam sobre a necessidade e o
significado de uma entrega sem reservas. Devem lembrar-se de que são obreiros
juntamente com Deus, e devem se proteger contra movimentos lentos e incertos.
Satanás busca incansavelmente oportunidades para ganhar controle sobre aqueles
que eles estão procurando levar a Cristo. Somente através de constante vigilância
podem os obreiros de Jesus combater o inimigo. Somente pelo poder do Redentor
podem conduzir à cruz aquele que é tentado. Não é a ciência nem a eloqüência
que realizará isso, mas a apresentação da verdade de Deus, falada em simplicidade
e com o poder do Espírito.
Há um único poder que pode levar o pecador do pecado à santidade — o
poder de Cristo. [...] Somente Ele pode perdoar o pecado. Só Ele pode tornar
homens e mulheres firmes, e mantê-los assim.
A verdade não deve ser meramente falada pelos que trabalham por Cristo;
deve ser vivida. As pessoas estão observando e avaliando os que alegam acreditar
nas verdades especiais para este tempo. Estão observando para ver se a vida deles
representa a Cristo. Envolvendo-se com humildade e sinceridade na obra de fazer
o bem ao mundo, o povo de Deus exercerá uma influência que alcançará a todos
com quem entrarem em contato. Se os que conhecem a verdade abraçarem essa
obra conforme as oportunidades surgirem, dia a dia praticando atos de amor e
bondade na vizinhança onde residem, Cristo será revelado em sua vida. — The
Review and Herald, 2 de Junho de 1903. [269]
275
Norma elevada, 19 de Setembro
Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado,
porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve
testemunho de haver agradado a Deus. Hebreus 11:5.
O Senhor tem uma grande obra para realizar, e mais legará na vida futura aos
que na presente serviram mais fiel e voluntariamente. O Senhor escolhe Seus
agentes e dá-lhes cada dia, sob diferentes circunstâncias, oportunidades em Seu
plano de operação. Escolhe Seus agentes em cada esforço sincero de levar a
efeito o Seu plano, não porque sejam perfeitos, mas porque pela conexão com
Ele podem alcançar a perfeição.
Deus somente aceitará os que estão decididos a ter um alvo elevado. Coloca
cada agente humano sob a obrigação de fazer o melhor. De todos é requerido per-
feição moral. Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar
à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender
que imperfeição de caráter é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam
em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo
como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir esses atributos. [...]
Ninguém diga: Não posso corrigir meus defeitos de caráter. Se chegarem a
essa decisão, certamente deixarão de alcançar a vida eterna. A impossibilidade
está em nossa própria vontade. Se não quiserem não vencerão. A dificuldade real
vem da corrupção de um coração não santificado, e da involuntariedade de se
submeter à direção de Deus.
Muitos a quem Deus capacitou para fazer trabalho excelente pouco con-
seguem porque pouco empreendem. Milhares passam esta vida como se não
tivessem alvo definido pelo qual viver, nem norma para alcançar. Os tais receberão
recompensa proporcional às suas obras. [...]
Almeje cultivar toda graça do caráter para a glória do Mestre. Vocês devem
agradar a Deus em cada aspecto da formação de seu caráter. Isto podem fazer,
porque Enoque Lhe agradou, embora vivesse num século degenerado. E há
[270] Enoques em nosso tempo. — Parábolas de Jesus, 330-332.
276
Sementes do evangelho, 20 de Setembro
277
Diferentes do mundo, 21 de Setembro
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele
que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. 1 Pedro 2:9.
Quando lemos a Palavra de Deus, quão claro está que Seu povo deve ser
peculiar e distinto do mundo incrédulo que o cerca. Nossa posição é interessante e
temível. Vivendo nos últimos dias, quão importante é que imitemos o exemplo de
Cristo, e andemos como Ele andou. “Se alguém quer vir após Mim, renuncie-se
a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me”. Mateus 16:24. As opiniões e
sabedoria dos homens não nos devem guiar ou governar. Elas sempre nos afastam
da cruz.
Os servos de Cristo não devem ter seu lar nem tesouros aqui. Que todos
pudessem compreender que é apenas porque o Senhor reina que nos é permitido
habitar em paz e segurança entre nossos inimigos. Não é privilégio nosso rei-
vindicar favores especiais do mundo. Devemos consentir em sermos pobres e
desprezados entre os homens, até que o conflito termine e obtenhamos a vitória.
Os membros do corpo de Cristo são chamados para saírem, separarem-se das
amizades e espírito do mundo; sua força e poder consistem em serem escolhidos
e aceitos por Deus. [...]
O mundo está maduro para sua destruição. Deus não tolerará os pecadores
por muito mais tempo. Eles devem beber até os resíduos da taça de Sua ira, não
misturada com misericórdia. Os que haverão de ser “herdeiros de Deus e co-
herdeiros com Cristo” (Romanos 8:17) na herança imortal, serão peculiares. Sim,
tão peculiares que Deus porá uma marca sobre eles como Seus, totalmente Seus.
Vocês pensam que Deus receberá, honrará e reconhecerá um povo tão misturado
com o mundo que apenas difere dele no nome? Leia novamente. Tito 2:13-15.
Logo será conhecido quem está ao lado do Senhor e quem não se envergonhará
de Jesus. Aqueles que não têm coragem moral para conscienciosamente assumir
sua posição diante dos incrédulos, deixando as modas do mundo e imitando a
abnegada vida de Cristo, envergonham-se dEle e não apreciam Seu exemplo. —
[272] Testemunhos para a Igreja 1:286-287.
278
O objetivo da Escola Sabatina, 22 de Setembro
279
Trabalho nas grandes cidades, 23 de Setembro
O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região
da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Isaías 9:2.
Todo cristão deve ter espírito missionário. Produzir fruto é trabalhar como
Cristo trabalhou, amando as pessoas como Ele nos amou. O primeiro impulso
do coração renovado é levar outros ao Salvador também; e tão logo a pessoa se
converta à verdade, sentirá um desejo sincero de que os que se encontram em
trevas vejam a preciosa luz brilhando da Palavra de Deus. [...]
Missionários são necessários para propagar a luz da verdade em [...] grandes
cidades, e os filhos de Deus — aqueles a quem Ele chama de luz do mundo —
têm a obrigação de estar fazendo tudo o que for possível nesse sentido. Vocês
enfrentarão desânimo; sofrerão oposição; o inimigo sussurrará: Que podem essas
poucas e fracas pessoas fazer nesta grande cidade? Se andarem na luz, poderão
ser luzes brilhando no mundo.
Não busquem realizar alguma grande obra e negligenciar as pequenas opor-
tunidades à sua mão. Muito podemos fazer exemplificando a verdade em nossa
vida diária. [...]
Os homens podem combater e desafiar sua lógica; podem resistir a seus
apelos; mas uma vida de santo propósito, de desinteressado amor em seu favor, é
um argumento a favor da verdade que não podem contradizer. Muitíssimo mais
pode ser realizado por vidas simples, devotadas e virtuosas do que pela pregação
quando um bom exemplo falha. Podem trabalhar para edificar a igreja, encorajar
os irmãos, e realizar reuniões sociais interessantes; e podem elevar orações, como
afiadas foices, com os obreiros para o campo da seara. Cada um deve ter um
interesse pessoal, uma preocupação pelas pessoas, para vigiar e orar pelo sucesso
da obra.
Podem também com amor apelar à atenção dos outros para as preciosas
verdades da Palavra de Deus. Devem-se instruir rapazes a fim de trabalharem
nessas cidades. Talvez eles nunca sejam aptos a apresentar a verdade do púlpito,
mas podem ir de casa em casa, e encaminharem o povo para o Cordeiro de Deus,
que tira os pecados do mundo. O pó e o lixo do erro têm enterrado as preciosas
jóias da verdade; mas os obreiros do Senhor podem descobrir esses tesouros, de
modo que muitos os contemplem com deleite e respeito. — Historical Sketches
[274] of the Foreign Missions of the Seventh-day Adventists, 181-182.
280
Expressões de simpatia, 24 de Setembro
Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhe-
cimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir a terras missionárias
estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos. Há
muitas maneiras pelas quais os membros da igreja podem dar a mensagem aos
que estão ao seu redor. Uma das maneiras mais bem-sucedidas é o viver cristão
prestativo, altruísta.
Os que estão travando a batalha da vida com grandes desvantagens podem ser
refrigerados e fortalecidos por pequeninas atenções que nada custam. Palavras
bondosas, proferidas com simplicidade, pequenas atenções dispensadas sem
ostentação, hão de afugentar as nuvens da tentação e dúvida que se adensam por
sobre a pessoa. A verdadeira e sincera expressão de simpatia cristã transmitida
com simplicidade tem poder para abrir a porta de corações que necessitam do
simples e delicado toque do Espírito de Cristo.
Cristo aceita — oh! com que prazer! — todo ser humano que a Ele se renda.
Leva o humano em união com o divino, para que possa comunicar ao mundo os
mistérios do amor encarnado. Fale sobre a mensagem de Sua verdade, ore por ela,
cante-a, encha dela o mundo, e prossiga avançando para as regiões longínquas.
Seres celestiais desejam cooperar com os seres humanos para que revelem ao
mundo no que as pessoas podem ser transformadas, e o que, por sua influência,
realizarão para salvar os que estão prestes a perecer. Aquele que está convertido
de fato estará tão cheio do amor de Deus que almejará comunicar a outros a
alegria que ele próprio possui.
O Senhor deseja que Sua igreja revele ao mundo a beleza da santidade. Ela
deve demonstrar o poder da religião cristã. [...]
Pelas boas-novas do evangelho, por suas promessas e certezas, devemos
exprimir nossa gratidão, procurando fazer o bem aos outros. A realização dessa
obra trará raios de celestial justiça aos cansados, perplexos e sofredores. É como
uma fonte para o viajante cansado e sedento. A cada obra de misericórdia, em
cada ato de amor, acham-se presentes anjos de Deus. — Testemunhos para a
Igreja 9:30-31. [275]
281
A necessidade do Espírito Santo, 25 de Setembro
282
Obreiros consagrados, 26 de Setembro
283
Cortesia cristã, 27 de Setembro
Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas
e revistamo-nos das armas da luz. Romanos 13:12.
Depois dos mais diligentes esforços feitos para levar a verdade àqueles a
quem Deus confiou grandes responsabilidades, não se desanimem se eles rejeitam
a verdade. Fizeram o mesmo nos dias de Cristo. Certifiquem-se de manter alta a
dignidade da obra através de bem organizados planos e piedosa conversação.
Não temam nunca elevar demasiado alto a norma. As famílias que se empe-
nham na obra missionária devem aproximar-se bem dos corações. O espírito de
Jesus deve penetrar o coração do obreiro; são as palavras agradáveis, de simpatia,
a manifestação de desinteressado amor pela salvação deles, que derribam as
barreiras do orgulho e do egoísmo [...]
Afastemos de nós toda vulgaridade, tudo quanto é rústico. Cultivemos a
cortesia, o refinamento, a polidez cristã. Guardem-se de ser abruptos e grosseiros.
Não considerem tais peculiaridades como virtudes; pois Deus não as olha como
tais. Antes busquem em todas as coisas não ofender aqueles que não são da nossa
fé. Jamais ressaltem com proeminência os aspectos mais censuráveis da nossa fé,
quando não solicitados. Tal atitude é tão somente um prejuízo para a causa. [...]
Os que são enviados para trabalhar juntos devem colocar de lado suas opiniões
e idéias particulares, e buscar trabalhar unidos, coração e alma, para executar a
vontade de Deus. Eles devem planejar trabalhar em harmonia a fim de fazer a
obra prosperar.
Desejamos mais, muito mais, do Espírito de Cristo, e menos, muito menos,
do eu e das peculiaridades de caráter que levantam um muro para nos separar
de nossos companheiros. Podemos fazer muito para derrubar essas barreiras ao
revelar as graças de Cristo em nossa vida. Jesus tem confiado Seus bens à igreja,
século após século. Geração após geração, século após século, o depósito herdado
desses bens tem se acumulado, até que responsabilidades cada vez mais maiores
alcançaram nosso tempo. [...] Desejamos estar vestidos, não com nossas próprias
roupas, mas com a completa armadura da justiça de Cristo. — The Atlantic
[278] Canvasser, 18 de Dezembro de 1890.
284
A consagração do eu, 28 de Setembro
285
Serviço abnegado traz alegria, 29 de Setembro
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos. Gálatas 6:9.
Nossa obra para Deus parece muitas vezes quase infrutífera nesta vida. Nossos
esforços para fazer o bem talvez sejam diligentes e perseverantes, e todavia é
possível que não consigamos ver os seus resultados. Talvez o esforço pareça para
nós perdido. Mas o Salvador assegura-nos de que nossa obra se acha registrada
no Céu, e que a recompensa não vai falhar. [...] E lemos nas palavras do salmista:
“Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida,
com alegria, trazendo consigo os seus molhos”. Salmos 126:6.
Conquanto a grande recompensa final seja dada na vinda de Cristo, o serviço
feito de coração para Deus proporciona mesmo nesta vida uma recompensa. O
obreiro tem de enfrentar obstáculos, oposição, desânimo amargo e desolador.
Talvez ele não veja o fruto de seu trabalho. A despeito de tudo isso, porém,
encontra em seu trabalho uma bendita recompensa.
Todos quantos se entregam a Deus num serviço desinteressado pela huma-
nidade estão cooperando com o Senhor da glória. Esse pensamento adoça toda
fadiga, retempera a vontade, revigora o espírito para qualquer coisa que possa so-
brevir. Trabalhando com coração abnegado, enobrecidos por serem participantes
dos sofrimentos de Cristo, partilhando de Sua compaixão, eles contribuem para
avolumar a onda de Seu gozo, e trazem honra e louvor a Seu exaltado nome.
Na companhia de Deus, de Cristo e dos santos anjos, são envolvidos num
ambiente celestial, ambiente que traz saúde ao corpo, vigor ao intelecto e alegria
espiritual.
Todos quantos consagram corpo, mente e espírito ao serviço de Deus hão de
receber continuamente uma nova provisão de energia física, mental e espiritual.
Os inexauríveis abastecimentos celestiais se acham a sua disposição. Cristo lhes
dá a proteção de Seu espírito, a vida de Sua vida. O Espírito Santo põe Suas mais
elevadas energias a operar no coração e na mente. — Testemunhos para a Igreja
[280] 6:305, 306.
286
Cada membro, um missionário, 30 de Setembro
287
Outubro
As leis da vida, 1 de Outubro
290
Os líderes e a reforma de saúde, 2 de Outubro
Vinde e vede as obras de Deus: tremendos feitos para com os filhos dos
homens! Salmos 66:5.
A igreja está fazendo história. Cada dia é uma batalha e uma marcha. Achamo-
nos cercados de inimigos invisíveis por todos os lados; e, ou vencemos pela graça
que nos é dada por Deus ou somos vencidos. Insisto em que os que estão tomando
atitude neutra quanto à reforma de saúde se convertam. Esta luz é preciosa, e o
Senhor dá-me a mensagem de instar para que todos os que têm responsabilidades
em qualquer ramo da Sua obra cuidem para que ela tenha ascendência no coração
e na vida. Unicamente assim alguém pode enfrentar as tentações que há no
mundo.
Por que alguns de nossos irmãos pastores manifestam tão pouco interesse
na reforma de saúde? É porque as instruções quanto à temperança em todas as
coisas se acham em oposição a sua prática de condescendência consigo mesmos.
Em alguns lugares, isso tem sido a grande pedra de tropeço que impede o povo de
pesquisar, praticar e ensinar a reforma de saúde. Homem algum deve ser separado
como mestre do povo enquanto seu ensino ou exemplo contradiz o testemunho
que o Senhor deu a Seus servos para apresentar relativamente ao regime, pois
isso trará confusão. Sua desconsideração pela reforma de saúde o desqualifica
para levantar-se como mensageiro do Senhor.
A luz comunicada pelo Senhor sobre essa questão em Sua Palavra é clara, e os
homens serão provados e experimentados de muitos modos, a ver se a atendem.
Toda igreja, toda família, necessita ser instruída com referência à temperança
cristã. Todos devem saber como comer e beber de maneira a conservar a saúde.
[...]
O Senhor tem me revelado que muitos, muitos serão salvos de degenerescên-
cia física, mental e moral por meio da influência prática da reforma de saúde.
Serão realizadas conferências e multiplicadas as publicações sobre a saúde. Seus
princípios serão recebidos com agrado e muitos serão iluminados. As influências
relacionadas com a reforma de saúde irão recomendá-la ao julgamento de todos
os que desejam a luz, e esses avançarão passo a passo para receber as verda-
des especiais para este tempo. Assim a verdade e a justiça andarão juntas. —
Testemunhos para a Igreja 6:377-379. [283]
291
Mudança de hábitos, 3 de Outubro
292
Luz sobre o viver saudável, 4 de Outubro
Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a
tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
Isaías 58:8.
293
Vigor intelectual, 5 de Outubro
294
O domínio sobre o corpo, 6 de Outubro
295
Saúde e sucesso, 7 de Outubro
296
Santidade e saúde, 8 de Outubro
297
Hábitos saudáveis, 9 de Outubro
298
Santificação do corpo e da alma, 10 de Outubro
Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim
como é próspera a tua alma. 3 João 2.
299
Condições para boa saúde, 11 de Outubro
Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante
dos Seus olhos, e deres ouvido aos Seus mandamentos, e guardares todos
os Seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre
os egípcios; pois Eu sou o Senhor, que te sara. Êxodo 15:26.
300
Desenvolvimento pessoal, 12 de Outubro
Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por
Minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo? Lucas 9:24-25.
Apenas uma fração da vida nos é assegurada; e a pergunta que cada um deve
fazer é: “Como posso empregar minhas energias de maneira que elas possam
render o maior dividendo? Como posso fazer o máximo para a glória de Deus e
em benefício dos meus semelhantes?” Pois a vida vale apenas quando é usada
para a realização desses fins.
Nosso primeiro dever para com Deus e os nossos semelhantes é o do de-
senvolvimento próprio. Cada faculdade com a qual o Criador nos dotou deve
ser cultivada no mais alto grau de perfeição, a fim de que sejamos capazes de
realizar a maior soma de bem que nos seja possível. Por isso que o tempo gasto
no estabelecimento e preservação da saúde física e mental é um tempo bem
aproveitado. Não podemos permitir-nos diminuir ou invalidar qualquer função
do corpo ou da mente. Tão certamente quanto fizermos isto, devemos sofrer as
conseqüências.
Todo homem tem a oportunidade, até certo ponto, de tornar-se tudo quanto
escolher ser. As bênçãos desta vida, bem como as do estado imortal, estão ao seu
alcance. Pode edificar um caráter de valor duradouro, conseguindo nova energia
a cada passo. Pode crescer diariamente em conhecimento e sabedoria, cônscio de
novos prazeres enquanto progride, acrescentando virtude a virtude, graça a graça.
[...] Sua inteligência, conhecimento e virtude se desenvolverão assim com maior
vigor e mais perfeita simetria.
Por outro lado, pode ele permitir que suas faculdades se entorpeçam por falta
de uso ou por serem pervertidas por meio de hábitos maus, falta de domínio
próprio ou de vigor moral e religioso. Seu caminho então conduz para baixo; é
ele desobediente à lei de Deus e às leis da saúde. O apetite o domina; arrasta-o
para longe a inclinação. É-lhe mais fácil permitir que as forças do mal, que
estão sempre ativas, o arrastem para trás, do que lutar contra elas e avançar. A
dissipação, a doença e a morte se seguem. Esta é a história de muitas vidas que
poderiam ter sido úteis à causa de Deus e à humanidade. — Conselhos sobre
Saúde, 107-108. [293]
301
Vigor físico e mental, 13 de Outubro
Muitos deles têm sofrido por árduo esforço mental, não aliviado por exercício
físico. O resultado é a deterioração de suas energias e a tendência para eximir-se
a responsabilidades. O que eles necessitam é mais trabalho ativo. Isto não se
restringe apenas àqueles cuja cabeça está embranquecida pela neve do tempo,
mas homens jovens em idade têm caído no mesmo estado e se têm tornado
mentalmente enfraquecidos.
Hábitos de estrita temperança aliados com o exercício muscular e mental
preservarão o vigor físico e mental, e comunicarão poder de resistência aos que
se empenham no ministério, aos redatores e a todos cujos hábitos são sedentários.
Os pastores, professores e alunos não reconhecem como devem a necessidade
de exercício físico ao ar livre. Negligenciam esse dever por demais essencial
para a conservação da saúde. Aplicam-se profundamente aos livros, e comem
a quantidade própria para um trabalhador. Com tais hábitos, alguns se tornam
corpulentos, porque o organismo está sobrecarregado. Outros, ao contrário, ema-
grecem, ficam fracos, pois suas energias vitais se esgotam no esforço de eliminar
o excesso do que é ingerido. [...] Caso o exercício físico fosse combinado com
o esforço mental, o sangue seria estimulado na circulação, mais perfeito seria
o trabalho do coração e eliminadas as toxinas, experimentando-se nova vida e
vigor em cada parte do corpo. [...]
É uma obra sagrada esta em que estamos empenhados. [...] Conservar o
espírito puro, como um templo para o Espírito Santo é um sagrado dever que
temos para com Deus. Se o coração e mente são dedicados ao serviço de Deus,
obedecendo a todos os Seus mandamentos, amando-O de todo o coração, alma,
entendimento e força, e a nosso semelhante como a nós mesmos, seremos achados
fiéis e verdadeiros aos requisitos do Céu. [...]
A consciência de estar procedendo bem é o melhor remédio para corpos e
mentes enfermos. A bênção especial de Deus repousando sobre o recebedor é
saúde e força. A pessoa cuja mente esteja calma e satisfeita em Deus está no
[294] caminho para a saúde. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 160-162.
302
O exemplo dos quatro Hebreus, 14 de Outubro
Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a dos jovens que comem das
finas iguarias do rei; e, segundo vires, age com os teus servos. [...] No fim
dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do
que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei. Daniel 1:13, 15.
303
O controle do apetite, 15 de Outubro
304
Cristãos temperantes, 16 de Outubro
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei
tudo para a glória de Deus. 1 Coríntios 10:31.
Escreve o apóstolo Paulo: “Não sabeis vós que os que correm no estádio,
todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o
alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar
uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não
como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o
meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não
venha de alguma maneira a ficar reprovado”. 1 Coríntios 9:24-27.
Há neste mundo muitos que condescendem com hábitos nocivos. O apetite
é a lei que os governa; e por causa de seus hábitos errôneos, o senso moral é
embotado, e o poder de discernir as coisas sagradas é em grande parte destruído.
Mas é necessário que os cristãos sejam estritamente temperantes. Devem elevar
a norma. A temperança no comer, beber e vestir é essencial. Deve dominar
o princípio, em vez do apetite ou do gosto. Os que comem demais, ou cujo
alimento é de qualidade objetável, são facilmente levados à dissipação, e a
“muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição
e ruína”. 1 Timóteo 6:9. [...]
Significa muito ser fiel a Deus. Ele tem reivindicações sobre todos os que
se empenham em Seu serviço. Deseja que espírito e corpo sejam preservados
na melhor condição de saúde, cada faculdade e dom sob o controle divino, e tão
vigorosos e cuidadosos como os possam tornar os hábitos de estrita temperança.
Estamos sob obrigação a Deus, para nos consagrar sem reservas a Ele, corpo e
alma, considerando todas as faculdades como dons por Ele confiados, para serem
empregados em Seu serviço.
Todas as nossas energias e capacidades devem ser constantemente fortaleci-
das e aperfeiçoadas durante este período de graça. Unicamente os que apreciam
esses princípios, e foram educados no sentido de cuidarem de seu corpo inteli-
gentemente e no temor de Deus, devem ser escolhidos para assumirem responsa-
bilidades nesta obra. [...] Toda igreja precisa de um testemunho claro, vigoroso,
dando à trombeta um sonido certo. — Conselhos sobre o Regime Alimentar,
156-157. [297]
305
Alimento saudável e saboroso, 17 de Outubro
Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo
que não satisfaz? Ouvi-Me atentamente, comei o que é bom e vos
deleitareis com finos manjares. Isaías 55:2.
306
Hábitos na infância, 18 de Outubro
307
Temperança à mesa, 19 de Outubro
Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não
permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário,
juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais
suportar. 1 Coríntios 10:13.
Com toda a nossa profissão de reforma de saúde, nós, como povo, comemos
muito. A condescendência com o apetite é a maior causa de debilidade física e
mental [...].
A intemperança começa à nossa mesa, no uso de alimentos inadequados.
Depois de algum tempo, devido à continuada condescendência com o apetite, os
órgãos digestivos se enfraquecem, e o alimento ingerido não satisfaz. Estabelece-
se um estado doentio, experimentando-se intenso desejo de ingerir comida mais
estimulante. O chá, o café e os alimentos cárneos produzem efeito imediato.
Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso fica agitado e, em certos
casos, momentaneamente, o intelecto parece revigorado e a imaginação mais
viva. Como esses estimulantes produzem no momento resultados tão agradáveis,
muitos chegam à conclusão de que realmente deles necessitam, e continuam a
usá-los.
Há sempre, porém, uma reação. O sistema nervoso, havendo sido indevida-
mente estimulado, tomou emprestado para o uso presente energias reservadas
para o futuro. Todo esse temporário fortalecimento do organismo é seguido de
depressão. Proporcional a esse passageiro aumento de forças do organismo será
a depressão dos órgãos assim estimulados, após haver cessado seu efeito. O
apetite é educado a desejar intensamente algo mais forte, que tenda a manter e
acrescentar a aprazível excitação, até que a condescendência se torne um hábito,
havendo contínuo e intenso desejo de mais forte estímulo, como o fumo, vinhos
e outras bebidas alcoólicas. [...]
O grande objetivo por que Cristo suportou aquele longo jejum no deserto
foi ensinar-nos a necessidade da abnegação e da temperança. Essa obra deve
começar à nossa mesa, e ser estritamente efetuada em todos os aspectos da vida.
O Redentor do mundo veio do Céu para ajudar o ser humano em sua fraqueza
para que, no poder que Jesus veio lhe trazer, ele se torne forte para vencer o
apetite e a paixão, tornando-se vitorioso em todos os pontos. — Testemunhos
[300] para a Igreja 3:487-488.
308
A fonte da saúde, 20 de Outubro
O Senhor tinha uma lição para ensinar aos filhos de Israel. As águas de Mara
foram a lição, representando as enfermidades trazidas sobre os seres humanos
por causa do pecado. Não é nenhum mistério que os habitantes da Terra estejam
sofrendo de enfermidades de toda espécie e tipo. É pelo fato de transgredirem a
lei de Deus.
Assim faziam os filhos de Israel. Eles quebraram as barreiras que em Sua
providência havia Deus construído para preservá-los das doenças, para que
pudessem viver com saúde e em santidade, e dessa forma aprendessem obediência
em seu jornadear através do deserto. Eles andavam sob a especial direção de
Cristo, que Se dera a Si mesmo como sacrifício para preservar um povo que devia
conservar sempre Deus na lembrança, apesar das magistrais tentações de Satanás.
Envolvido na coluna de nuvem, era desejo de Cristo manter sob Suas protetoras
asas todos os que desejassem fazer Sua vontade.
Não foi por acaso que em sua jornada os filhos de Israel vieram a Mara. Antes
que eles deixassem o Egito o Senhor começou Suas lições de orientação, a fim
de que pudesse levá-los a compreender que Ele era o seu Deus, seu Libertador,
seu Protetor. Eles murmuraram contra Moisés e contra Deus, mas o Senhor ainda
procurou mostrar-lhes que aliviaria todas as suas dificuldades se eles se voltassem
para Ele. Os males que enfrentaram e pelos quais passaram foram parte do grande
plano de Deus, pelo qual Ele queria prová-los.
“Então, chegaram a Mara. [...] E o povo murmurou contra Moisés, dizendo:
Que havemos de beber? E ele clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe um
lenho que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces; ali lhes deu estatutos e
uma ordenação e ali os provou.” [...] Embora invisível a olhos humanos, Deus era
o líder dos israelitas, seu poderoso Restaurador. Foi Ele quem pôs no pedaço de
madeira as propriedades que tornaram doces as águas. Dessa maneira desejava
Ele mostrar-lhes que pelo Seu poder era capaz de curar os males do coração
humano.. — Medicina e Salvação, 119-120. [301]
309
As leis da natureza e a saúde, 20 de Outubro
310
Como preservar a saúde, 22 de Outubro
O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Sem dúvida,
desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado
demais para ti; tu só não o podes fazer. Êxodo 18:17-18.
Quando fazemos tudo que podemos para ter saúde, então podemos esperar
que abençoados resultados se sigam, e podemos pedir com fé a Deus que abençoe
nossos esforços pela preservação da saúde. Ele responderá então a nossas orações,
se Seu nome puder ser glorificado por isso. Mas compreendam todos que há
uma obra para fazerem. Deus não operará de maneira miraculosa para preservar
a saúde de pessoas que estão seguindo um caminho que fatalmente os fará
enfermos, por causa de sua desatenção para com as leis da saúde. — Conselhos
sobre o Regime Alimentar, 26.
Uma cuidadosa conformidade com as leis que Deus implantou em nosso ser,
assegurará saúde, e não haverá debilidade na constituição. — Conselhos sobre o
Regime Alimentar, 20.
Muitos me têm perguntado: Que procedimento devo seguir para preservar
minha saúde? Minha resposta é: Deixem de transgredir as leis do ser; deixem de
condescender com o apetite depravado; ingiram alimentos simples; vistam-se de
maneira saudável, o que requererá modéstia e simplicidade; trabalhem de forma
adequada; e não adoecerão. [...] Muitos sofrem em conseqüência da transgressão
de seus pais. Estes não podem ser censurados pelo pecado de seus pais; não
obstante, é seu dever indagar em que seus pais violaram as leis do seu ser [...];
e naquilo em que os hábitos de seus pais foram errados, devem eles mudar de
procedimento, e guiar-se por hábitos corretos, em melhor relação para com a
saúde. [...]
A ação harmoniosa e salutar de todas as energias do corpo e da mente resulta
em felicidade; quanto mais elevadas e aprimoradas as energias, tanto mais pura
e perfeita a felicidade. Uma vida sem objetivo é uma vida morta. A mente
deve deter-se sobre assuntos relacionados com nossos interesses eternos. Isso
conduzirá à saúde do corpo e da mente. — Conselhos sobre Saúde, 37, 51.
Deus Se comprometeu a manter esse maravilhoso sistema em saudável funci-
onamento desde que o instrumento humano obedeça às Suas leis e coopere com
Ele. [...]. — Conselhos sobre o Regime Alimentar, 17, 38. [303]
311
Causa e efeito, 23 de Outubro
Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau;
porque pelo fruto se conhece a árvore. Mateus 12:33.
312
Mente lúcida, 24 de Outubro
313
Os benefícios do trabalho, 25 de Outubro
Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres
da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho
manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida.
Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida,
mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral.
Ainda que fosse certo não vir alguém nunca a precisar de recorrer ao trabalho
manual como meio de subsistência, devia ainda assim aprender a trabalhar.
Sem exercício físico, ninguém pode ter constituição sadia e vigorosa saúde; e
a disciplina de serviços bem regulados não é menos essencial no conseguir-se
mente ativa e caráter nobre.
Os alunos que adquiriram conhecimento de livros sem obter o do trabalho
prático não podem pretender educação simétrica. As energias que deveriam
ter sido consagradas a vários ofícios têm sido negligenciadas. A educação não
consiste em empregar o cérebro apenas. A ocupação física é parte do preparo
essencial a todo jovem. Falta um importante aspecto de educação, se o estudante
não aprender a se empenhar em trabalho útil.
O saudável exercício de todo o ser proporcionará uma educação vasta e
compreensiva. Todo estudante deve consagrar parte de cada dia ao trabalho ativo.
Assim se formarão hábitos produtivos, animando-se um espírito de confiança
em si mesmo, ao mesmo tempo que a juventude será protegida contra muitas
práticas más e degradantes [...]
A disciplina para a vida prática, adquirida mediante o trabalho físico aliado
ao esforço mental, é suavizada pela reflexão de estar ele habilitando a mente e o
corpo para melhor executar a obra que Deus designou que os homens fizessem.
Quanto mais perfeitamente os jovens compreenderem a maneira de realizar os
deveres da vida prática, tanto maior será cada dia sua satisfação em ser útil aos
outros. A mente educada a fruir trabalho útil amplia-se; por meio de exercício e
da disciplina, é habilitada a servir; pois adquiriu assim o conhecimento essencial
a tornar seu possuidor uma bênção para os outros. — Mensagens aos Jovens,
[306] 177-179.
314
Temperança em todas as coisas, 26 de Outubro
Acham-se agora sob a sombra da morte muitos que se prepararam para fazer
uma obra pelo Mestre, mas que não julgaram ter repousado sobre eles a sagrada
obrigação de observar as leis da saúde. As leis do organismo físico são realmente
leis de Deus; este fato, porém, parece ter sido esquecido.
Alguns se têm limitado a um regime que os não pode manter com saúde.
Não proveram alimento nutritivo em substituição aos artigos prejudiciais; e não
consideraram que é preciso exercer tato e perícia para preparar o alimento da
maneira mais saudável. [...]
Há neste mundo muitos que condescendem com hábitos nocivos. O apetite
é a lei que os governa; e por causa de seus hábitos errôneos, o senso moral é
embotado, e o poder de discernir as coisas sagradas é em grande parte destruído.
Mas é necessário que os cristãos sejam estritamente temperantes. Devem elevar
a norma. A temperança no comer, beber e vestir é essencial. Deve dominar o
princípio, em vez do apetite ou do gosto. [...]
Significa muito ser fiel a Deus. Ele tem reivindicações sobre todos os que
se empenham em Seu serviço. Deseja que espírito e corpo sejam preservados
na melhor condição de saúde, cada faculdade e dom sob o controle divino, e tão
vigorosos e cuidadosos como os possam tornar os hábitos de estrita temperança.
[...]
Se pudermos despertar as sensibilidades morais de nosso povo em relação ao
assunto da temperança, grande vitória será alcançada. A temperança em todas as
coisas desta vida deve ser ensinada e praticada. Temperança no comer, no beber,
no dormir e vestir é um dos grandes princípios da vida religiosa. A verdade,
introduzida no santuário da alma, há de dirigir no tratamento do corpo. Coisa
alguma que diga respeito à saúde do ser humano deve ser considerada com
indiferença. Nosso bem-estar eterno depende do uso que fizermos, nesta vida,
de nosso tempo, força e influência. — The Review and Herald, 11 de Junho de
1914. [307]
315
A alimentação e o pensamento, 27 de Outubro
Eis que lhe trarei a ela saúde e cura e os sararei; e lhes revelarei
abundância de paz e segurança. Jeremias 33:6.
316
Educação alimentar, 28 de Outubro
317
O cultivo das faculdades, 29 de Outubro
Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está
em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? 1
Coríntios 6:19.
318
Ar fresco e puro, 30 de Outubro
Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do
mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos.
Provérbios 3:7-8.
319
O amor é essencial para a saúde, 31 de Outubro
Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso
corpo. 1 Coríntios 6:20.
Nosso corpo pertence a Deus. Ele pagou o preço da redenção pelo corpo
tanto quanto pela alma. [...]
O Criador vela sobre a estrutura humana, mantendo-a em movimento. Não
fosse o Seu constante cuidado, o pulso não bateria, a ação do coração cessaria, o
cérebro não mais desempenharia a sua parte.
O cérebro é o órgão e instrumento da mente, e controla o corpo todo. Para as
outras partes do organismo serem sadias, tem de o cérebro ser sadio. E para o
cérebro ser sadio, o sangue tem de ser puro. [...]
É a falta de ação harmoniosa no organismo humano que produz enfermidades.
A imaginação pode controlar as outras partes do corpo, para dano seu. Todas as
partes do organismo precisam trabalhar harmoniosamente. As diferentes partes
do corpo, especialmente as partes distantes do coração, devem receber abundante
circulação de sangue. Os membros desempenham uma parte importante, e devem
receber a devida atenção.
Deus é o grande operador do organismo humano. No cuidado de nosso corpo
precisamos cooperar com Ele. Amor a Deus é essencial para a vida e saúde. [...]
A fim de que tenhamos saúde perfeita, deve nosso coração estar cheio de amor,
esperança e alegria no Senhor. [...]
Os que colocam toda a sua alma no trabalho médico-missionário, que in-
cansavelmente trabalham, em perigo, em privação muitas vezes, em cansaço e
dor, estão em risco de esquecer que devem ser fiéis guardadores de suas próprias
faculdades físicas e mentais. Não se devem permitir excessivo desgaste. Mas,
cheios de zelo e fervor, eles muitas vezes agem desavisadamente, colocando-se
sob demasiada tensão. A menos que tais obreiros façam mudança, o resultado
será que sobre eles virá a doença, e entrarão em colapso. [...]
Temos uma vocação tão mais alta do que interesses comuns e egoístas, quão
mais altos são os céus do que a Terra. Mas esse pensamento não deve levar os
dispostos e sacrificados servos de Deus a levar todos os fardos que possivelmente
[312] consigam levar, sem períodos de descanso. — Medicina e Salvação, 291-293.
320
Novembro
Podemos vencer, 1 de Novembro
Caso o povo de Deus reconhecesse Sua maneira de lidar com eles, e Lhe
aceitassem os ensinos, encontrariam caminho reto para seus pés, e uma luz para
guiá-los por entre as trevas e o desânimo. Davi aprendeu sabedoria do trato
de Deus para com ele, e curvou-se humildemente sob o castigo do Altíssimo.
O quadro fiel de sua verdadeira condição, feito pelo profeta Natã, deu a Davi
o conhecimento dos próprios pecados, e ajudou-o a afastá-los de si. Aceitou
humildemente o conselho, e humilhou-se diante de Deus. “A lei do Senhor é
perfeita, e refrigera a alma”, exclama ele. Salmos 19:7.
Os pecadores arrependidos não têm motivo de desesperar-se por lhes serem
lembradas suas transgressões e serem advertidos do perigo em que se encontram.
Esses próprios esforços em seu favor indicam quanto Deus os ama e deseja
salvá-los. [...]
Deus é tão poderoso hoje para salvar do pecado como o era nos tempos dos
patriarcas, de Davi, e dos profetas e apóstolos. A multidão de casos registrados
na história sagrada em que o Senhor livrou Seu povo das iniqüidades deles deve
tornar os cristãos de hoje ansiosos de receberem as instruções divinas e zelosos
de aperfeiçoarem um caráter que suporte a íntima inspeção do juízo.
A história bíblica sustém o coração desfalecido com a esperança da miseri-
córdia de Deus. Não precisamos desesperar quando vemos que outros têm lutado
através de desânimos semelhantes aos nossos, e caíram em tentações da mesma
maneira que nós, e não obstante reconquistaram o terreno e foram abençoados
por Deus. As palavras da inspiração confortam e animam a pessoa errante.
Se bem que os patriarcas e os apóstolos fossem sujeitos às fragilidades
humanas, obtiveram, pela fé, boa reputação, combateram seus combates na força
do Senhor, e venceram gloriosamente. Assim, podemos confiar na virtude do
sacrifício expiatório, e ser vencedores no nome de Jesus. A humanidade é a
humanidade em todo o mundo, desde os tempos de Adão, até a geração atual;
e o amor de Deus é, através de todos os séculos, um amor incomparável. —
[313] Testemunhos para a Igreja 4:14-15.
322
Fé inabalável, 2 de Novembro
323
Torne interessante o culto familiar, 3 de Novembro
Senhor meu Deus! Quantas maravilhas tens feito! Não se pode relatar os
planos que preparaste para nós! Eu queria proclamá-los e anunciá-los,
mas são por demais numerosos! Salmos 40:5 (NVI).
Seus filhos devem ser ensinados a ser bondosos, atenciosos, dóceis, prestati-
vos, mas sobretudo respeitadores das coisas santas e das reivindicações divinas.
Devem ser instruídos a respeitar as horas de oração e a levantar-se cedo para
tomar parte no culto da família. — Testemunhos para a Igreja 5:424.
O pai, que é o sacerdote da família, deve dirigir os cultos matutino e ves-
pertino. Não há razão para que esse não seja o exercício mais interessante e
agradável da vida no lar, e Deus é desonrado quando ele se torna sem vida e
tedioso. Sejam os períodos de culto familiar curtos e espirituais. Não deixem que
seus filhos, ou qualquer membro da família, os tema, devido à sua monotonia ou
falta de interesse. Quando um capítulo comprido é lido e explicado e se faz uma
longa oração, esse precioso culto se torna enfadonho e é um alívio quando passa.
Deve ser o alvo principal dos chefes da família tornar a hora de culto mui-
tíssimo interessante. Por uma pequena atenção e cuidadoso preparo [...] o culto
familiar pode tornar-se agradável, e será acompanhado de resultados que só a
eternidade revelará.
Escolha o pai um trecho das Escrituras que seja interessante e facilmente
compreendido; alguns versos serão suficientes para dar uma lição que possa ser
estudada e praticada durante todo o dia. [...] Podem ser cantadas, pelo menos,
algumas estrofes de cânticos animados; e a oração feita deve ser curta e ao ponto.
O que dirige a oração não deve orar a respeito de todas as coisas, antes deve
exprimir suas necessidades com palavras simples e louvar a Deus com ações de
graças. — Orientação da Criança, 521-522.
Para que se desperte e fortaleça o amor ao estudo da Bíblia, muito depende
do uso feito da hora de culto. As horas do culto matutino e vespertino devem ser
as mais agradáveis e auxiliadoras do dia. [...]
Seja o culto breve e cheio de vida, adaptado à ocasião, e variado de tempo em
tempo. Tomem todos parte na leitura da Bíblia, e aprendam e repitam muitas vezes
a lei de Deus. Contribuirá para maior interesse das crianças ser-lhes algumas
[315] vezes permitido escolher o trecho a ser lido. — Educação, 186.
324
O resultado do culto familiar diário, 4 de Novembro
Por alguma razão, muitos pais não gostam de dar aos filhos instrução religi-
osa; e deixam que eles recebam na Escola Sabatina o conhecimento que é seu
privilégio e dever comunicar. Esses pais deixam de atender à responsabilidade
sobre eles posta, de darem aos filhos uma educação completa. Deus ordena a Seu
povo criar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. [...]
Pais, seja simples a instrução que dão a seus filhos, e certifiquem-se de que
ela é claramente compreendida. As lições que aprendem da Palavra, devem
apresentar às mentes juvenis, tão claramente que não deixem de compreender.
Por meio de lições simples, tiradas da Palavra de Deus e da própria experiência,
podem ensiná-los a conformar a vida à mais elevada norma. Mesmo na infância
e juventude podem aprender a viver vida ponderada, séria, que produza ótimos
resultados.
Em todo lar cristão, Deus deve ser honrado pelo sacrifício de oração e louvor,
de manhã e à noite. As crianças devem ser ensinadas a respeitar e reverenciar
a hora da oração. É dever dos pais cristãos, pela manhã e à noite, mediante
oração fervorosa e perseverante fé, construir em redor de seus filhos uma cerca
de proteção.
Na igreja do lar devem as crianças aprender a orar e confiar em Deus. Ensi-
nem-nas a repetir a lei de Deus. Com referência aos mandamentos, ensinou-se
aos israelitas: “E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa,
e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te”. Deuteronômio 6:7.
Venham humildemente, com o coração cheio de ternura, e com intuição das
tentações e perigos que estão diante de vocês e de seus filhos; pela fé liguem-nos
ao altar, rogando para eles o cuidado do Senhor. Ensinem as crianças a proferirem
suas simples palavras de oração. Digam-lhes que Deus Se deleita em que elas
clamem a Ele.
Passará o Senhor do Céu por alto a tais lares, sem deixar bênção alguma ali?
Por certo não. Anjos ministradores guardarão as crianças que assim são dedicadas
a Deus. Eles ouvem o oferecimento de louvores e a oração da fé, e levam as
petições Àquele que ministra no santuário em favor de Seu povo, e oferece Seus
méritos em prol deles. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 109-110. [316]
325
Adoração em família, 5 de Novembro
Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as pratica será
comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Mateus 7:24.
326
Reforma no lar, 6 de Novembro
Quando Deus deu Jesus ao nosso mundo, incluiu todo o Céu nesta dádiva.
Não nos deixou a manter nossos defeitos e deformidades de caráter, ou a servi-Lo
do melhor modo que pudéssemos na corrupção de nossa natureza pecaminosa.
Fez provisões para que pudéssemos ser completos em Seu Filho, não tendo nossa
própria justiça, mas a justiça de Cristo. Em Cristo está ao nosso alcance o com-
pleto depósito de sabedoria e de graça; “porquanto, nele, habita, corporalmente,
toda a plenitude da Divindade”. Colossences 2:9.
Cristo deu Sua vida por nós; somos Sua propriedade. “Não sabeis”, Ele diz,
“que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes
da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por
preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”. 1 Coríntios 6:19-20. Os
filhos de Deus devem mostrar seu amor por Ele cumprindo o que Ele requer,
entregando-se a Ele. Somente então poderá Ele usá-los em Seu serviço, para que
outros, através deles, possam discernir a verdade e se regozijar nela.
Mas o povo de Deus está adormecido quanto ao seu bem presente e eterno.
O Senhor lhe diz: “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do
Senhor nasce sobre ti”. Isaías 60:1. Ele deseja que Seu povo vá ao trabalho em
unidade, em fé e amor. Deseja que a obra da reforma comece no lar, com os
pais e as mães, então a igreja perceberá a obra do Santo Espírito. A influência
dessa obra será transmitida à igreja como fermento. Pai e mães necessitam de
conversão. Não educaram a si mesmos para moldar e formar o caráter de seus
filhos corretamente. [...]
É necessário apresentar a religião às crianças de maneira atrativa, não re-
pulsiva. Torne-se a hora do culto de família a mais feliz do dia. A leitura das
Escrituras seja bem escolhida e simples; as crianças tomem parte nos cânticos; e
sejam as orações curtas e específicas. [...]
Considerem [...] que estão a serviço de Deus, que têm acesso Àquele que é
socorro bem presente na tribulação. — The Review and Herald, 18 de Março de
1902. [318]
327
O momento do culto é sagrado, 6 de Novembro
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém dele comer, viverá
eternamente; e o pão que Eu darei pela vida do mundo é a Minha carne.
João 6:51.
328
Tempo de graça, 6 de Novembro
329
Consagração da família, 9 de Novembro
330
Caminho aberto, 10 de Novembro
331
Os anjos adoram conosco, 11 de Novembro
Então, ouvi que toda criatura que há no Céu e sobre a Terra[...] estava
dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a
honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. Apocalipse 5:13.
332
Cristo purifica nossa adoração, 12 de Novembro
Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal Sumo
Sacerdote, que Se assentou à destra do trono da Majestade nos Céus.
Hebreus 8:1.
333
A alegria de ser cristão, 13 de Novembro
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. [...] É Ele que nos
conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que
estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos
somos contemplados por Deus. 2 Coríntios 1:3-4.
Se nosso povo não se agrada muito do serviço ministerial, é ainda mais impor-
tante que coloquem a si mesmos em direta relação com Deus, para que possam
receber Suas bênçãos e se tornar um conduto de luz para outros. Muito mais está
incluso no termo “trabalho missionário” do que comumente é pressuposto. Cada
verdadeiro seguidor de Cristo é um missionário, e há quase que uma infinidade
de modo de atuar.
Mas existe uma coisa que é freqüentemente omitida e negligenciada. A obra
de tornar as reuniões sociais e de oração tão interessantes quanto possível. Se
todos cumprissem suas obrigações com fidelidade, estariam tão cheios de paz,
fé e coragem, e teriam tal experiência para relatar quando viessem às reuniões,
que outros seriam influenciados pelos seus testemunhos claros e poderosos sobre
Deus. [...]
Se não permitirem que a escuridão e a descrença entrem em seu coração, essas
não serão manifestadas em suas reuniões. Não agradem o inimigo demorando-se
no lado escuro de suas experiências, mas confiem mais completamente em Jesus
a fim de conseguir ajuda para resistir à tentação. Se pensássemos e falássemos
mais em Jesus e menos em nós mesmos, teríamos muito mais de Sua presença
em nossas reuniões.
Quando deixamos que a nossa experiência cristã pareça aos descrentes, ou uns
aos outros, ser desagradável, cheia de provas, dúvidas e dificuldades, desonramos
a Deus; e não representamos corretamente a Jesus ou a fé cristã. Temos um amigo
em Jesus, que nos tem dado a mais marcante evidência de Seu amor, e que é
capaz e está disposto a dar a vida e a salvação a todos os que a Ele se dirigem.
[...]
Não é necessário estar sempre tropeçando e nos arrependendo, lamentando e
escrevendo amarguras contra nós mesmos. Para que a nossa alegria seja completa
é nosso privilégio crer nas promessas da Palavra de Deus e aceitar as bênçãos
[325] que Jesus ama conceder. — The Review and Herald, 20 de Julho de 1886.
334
A prática da verdade, 14 de Novembro
Leitor cristão, permita que o grande propósito que constrangeu Paulo a seguir
avante em face de sofrimento e dificuldade o leve a se consagrar completamente
ao serviço de Deus. Tudo que lhe vier às mãos para fazer, faça conforme as suas
forças. Que a sua oração diária seja: “Senhor, ajuda-me a fazer o meu melhor.
Ensina-me como fazer um trabalho melhor. Ajuda-me a incluir em meu serviço o
amorável ministério do Salvador.”
A responsabilidade de cada agente humano é medida pelos dons que lhe
foram confiados. Todos devem ser obreiros; mas sobre o obreiro que teve maiores
oportunidades e maior clareza mental na compreensão das Escrituras repousa
a mais elevada responsabilidade. Todos os recebedores devem considerar a si
mesmos responsáveis para com Deus e usar seus talentos para a glória de Deus.
O êxito na obra de Deus não é resultado de sorte, acaso, ou destino; é a
realização da providência divina e a recompensa da fé e discrição, da virtude e
do trabalho perseverante. [...]
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito,
para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
Este é o amor que constitui o cumprimento da lei. Toda pessoa cujo coração está
cheio de compaixão pela humanidade caída, que ama com um propósito, revelará
esse amor executando ações semelhantes às de Cristo. O verdadeiro cristianismo
difunde amor através do ser todo. Toca em todas as partes vitais — cérebro,
coração, mãos ajudadoras, pés — habilitando os homens a permanecer firmes
onde Deus requer que estejam. A contemplação dAquele que nos amou e a Si
mesmo Se deu por nós tornará a vida fragrante e dará poder para aperfeiçoar uma
experiência cristã.
Nós podemos, nós podemos revelar a semelhança de nosso divino Senhor.
Podemos conhecer a ciência da vida espiritual. Podemos glorificar a Deus em
nosso corpo e nosso espírito, que são Seus. Cristo nos mostrou o que poderemos
realizar através da cooperação com Ele. “Permanecei em Mim”, Ele diz, “e Eu
permanecerei em vós”. João 15:4. — The Review and Herald, 4 de Abril de 1912. [326]
335
Religião no lar, 15 de Novembro
Mas quem poderá suportar o dia da Sua vinda? E quem poderá subsistir
quando Ele aparecer? Porque Ele é como o fogo do ourives e como a
potassa dos lavandeiros. Malaquias 3:2.
336
Vitória certa, 16 de Novembro
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em Mim. No mundo,
passais por aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo. João 16:33.
337
Bênçãos disfarçadas, 17 de Novembro
Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de
mim? Espera em Deus, pois ainda O louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus
meu. Salmos 42:11.
338
O amor e a misericórdia de Jesus, 18 de Novembro
339
Luz em um mundo escuro, 19 de Novembro
Jesus ensinou aos discípulos, que eram devedores tanto aos judeus como
aos gregos, aos sábios como aos iletrados, e fê-los compreender que a distinção
de raça, as castas e as linhas de demarcação traçadas pelos homens, não são
aprovadas pelo Céu, não devendo ter influência na obra de disseminar o evangelho.
Os discípulos de Cristo não deviam fazer distinção entre seu próximo e seus
inimigos, mas considerar todo homem como alguém necessitado de auxílio, assim
como deviam considerar o mundo o seu campo de trabalho, buscando salvar os
perdidos.
Jesus deu a cada homem a sua obra, tirando-o do estreito círculo que seu
egoísmo lhe prescrevera, aniquilando fronteiras territoriais e todas as distinções
artificiais da sociedade; Ele não delimita fronteiras para o zelo missionário, mas
ordena a Seus seguidores que estendam seus trabalhos até aos confins da Terra.
[...]
O campo de trabalho apresenta uma vasta comunidade de seres humanos que
estão nas trevas do erro, que estão cheios de saudade, que estão orando a Alguém
que não conhecem. Eles precisam ouvir a voz dos que são obreiros juntamente
com Deus, dizendo-lhes, como Paulo disse aos atenienses: “Pois Esse que adorais
sem conhecer é precisamente Aquele que eu vos anuncio.”
Os membros da igreja de Cristo devem ser fiéis obreiros no grande campo
de colheita. Devem estar trabalhando diligentemente e orando com sinceridade,
fazendo progresso, e difundindo a luz em meio à escuridão moral do mundo; pois
não estão os anjos do Céu concedendo-lhes inspiração divina? Jamais devem
pensar, e muito menos falar de fracasso em sua obra. [...] Devem estar cheios de
esperança, sabendo que não confiam em habilidades humanas ou recursos finitos,
mas no prometido auxilio divino, o ministério dos agentes celestiais que estão se
empenhando em abrir o caminho diante deles. [...]
Anjos de Deus abrirão o caminho diante de nós, preparando corações para
a mensagem do evangelho, e o poder prometido acompanhará os obreiros, “e a
glória do Senhor será a tua retaguarda”. Isaías 58:8. — The Review and Herald,
[331] 30 de Outubro de 1894.
340
O único Deus, 20 de Novembro
Deus desejava que Seu povo entendesse que somente Ele devia ser o objeto
do seu culto. Quando derrotassem as nações idólatras ao seu redor, não deviam
preservar nenhuma das imagens de sua adoração, mas destruí-las totalmente.
Muitas dessas divindades pagãs eram caras e belíssimas esculturas, que podiam
tentar aqueles que haviam testemunhado a idolatria, muito comum no Egito, a
mesmo considerar esses objetos insensíveis com algum grau de reverência. O
Senhor queria que Seu povo soubesse que era por causa da idolatria daquelas
nações, que as conduzira a todos os graus da impiedade, que Ele usaria os
israelitas como Seus instrumentos para puni-los e destruir seus deuses. [...]
“E porei os teus termos desde o Mar Vermelho até ao mar dos filisteus, e
desde o deserto até ao rio; porque darei nas tuas mãos os moradores da terra, para
que os lances fora de diante de ti”. Êxodo 23:31. [...]
Essas promessas de Deus a Seu povo foram condicionadas à obediência. Se
servissem ao Senhor inteiramente, Ele faria grandes coisas por eles. Depois de
Moisés ter recebido os juízos de Deus, tendo-os escrito para o povo, e também as
promessas, condicionadas à obediência, disse-lhe o Senhor: “Sobe ao Senhor, tu
e Aarão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e inclinai-vos de longe.
E só Moisés se chegará ao Senhor; mas eles não se cheguem, nem o povo suba
com ele. Vindo pois Moisés, e contando ao povo todas as palavras do Senhor,
e todos os estatutos, então o povo respondeu a uma voz, e disseram: Todas as
palavras, que o Senhor tem falado, faremos”. Êxodo 24:1-3.
Moisés escrevera, não os Dez Mandamentos, mas as ordenanças que Deus
queria que observassem, e as promessas sob condição de sua obediência a Ele.
Leu isto ao povo, e eles se comprometeram a obedecer a todas as palavras que o
Senhor tinha dito. Moisés então escreveu seu solene compromisso num livro e
ofereceu sacrifício a Deus pelo povo. “E tomou o livro do concerto, e o leu aos
ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos e
obedeceremos”. Êxodo 24:7. — História da Redenção, 143-145. [332]
341
Vida de abnegação, 21 de Novembro
Cristianismo prático significa trabalhar junto com Deus cada dia; trabalhando
por Cristo, não agora e depois, mas continuamente. Uma negligência em revelar
retidão prática em nossa vida representa negação de nossa fé e do poder de Deus.
Deus está à procura de um povo santificado, um povo separado para Seu serviço,
um povo que dará atenção e aceitará o convite: “Tomai sobre vós o Meu jugo e
aprendei de Mim”. Mateus 11:29.
Quão fervorosamente Cristo Se dedicou à obra de nossa salvação! Que
dedicação revelou Sua vida, ao procurar valorizar o homem caído, atribuindo a
todo pecador arrependido e crente os méritos de Sua imaculada justiça! Quão
incansavelmente trabalhava Ele! No templo e na sinagoga, nas ruas das cidades,
na praça, na oficina, junto ao mar, entre as montanhas, pregava Ele o evangelho e
curava os doentes. Deu de Si totalmente, a fim de que pudesse efetuar o plano da
graça remidora.
Cristo não estava sob obrigação nenhuma de fazer esse grande sacrifício.
Voluntariamente se entregou para sofrer a punição devida ao transgressor de Sua
lei. Seu amor era Sua obrigação única, e sem um queixume suportou Ele toda
dor e recebeu toda indignidade que eram parte do plano da salvação. [...]
Tendo diante de si a Sua vida de labuta e sacrifício, podem porventura aqueles
que professam o Seu nome hesitar em se negar a si mesmos, tomar a cruz e segui-
Lo? Ele Se humilhou às mais baixas profundezas a fim de que nós fôssemos
erguidos às alturas da pureza e santidade e perfeição. Tornou-Se pobre para
que pudesse derramar em nossa vida opressa pela pobreza a plenitude de Suas
riquezas. Suportou a cruz de ignomínia a fim de que nos pudesse dar paz, descanso
e alegria, e fazer-nos participantes das glórias de Seu trono.
Não deveríamos apreciar o privilégio de trabalhar para Ele, e estarmos ansio-
sos para praticar o desprendimento e a abnegação por amor a Ele? Não deveríamos
devolver a Deus tudo que Ele redimiu, as afeições que purificou e o corpo que
comprou, para serem guardados em santificação e santidade? — The Review and
[333] Herald, 4 de Abril de 1912.
342
Memorize as escrituras, 22 de Novembro
Sereis odiados de todos por causa do Meu nome; aquele, porém, que
perseverar até ao fim, esse será salvo. Marcos 13:13.
343
Graça ilimitada para fazer o bem, 23 de Novembro
Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos,
quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas coisas aos que Lhe
pedirem? Mateus 7:11.
344
Comunhão com Jesus, 24 de Novembro
Nenhum agente humano pode suprir aquilo que satisfará a fome e a sede da
alma. Mas Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz
e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo”. Apocalipse
3:20. “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá fome; e quem crê
em Mim nunca terá sede”. João 6:35.
Como precisamos de alimento para sustentar nossas forças físicas, assim
necessitamos de Cristo, o pão do Céu, para manter a vida espiritual, e comunicar
forças para efetuar as obras de Deus. Como o corpo está continuamente recebendo
a nutrição que sustém a vida e o vigor, assim a alma deve estar constantemente
comungando com Cristo, a Ele submissa, e confiando inteiramente nEle.
Como o fatigado viajante procura a fonte no deserto e, encontrando-a, sacia a
sede abrasadora, assim há de o cristão ansiar e obter a pura água da vida, de que
Cristo é a fonte.
Ao discernirmos a perfeição do caráter de nosso Salvador, havemos de desejar
ser inteiramente transformados, e renovados à imagem de Sua pureza. Quanto
mais conhecermos a Deus, tanto mais elevado será nosso ideal de caráter, e mais
veemente o nosso anseio de Lhe refletir a imagem. Um elemento divino combina-
se com o humano, quando a alma se dilata, em busca de Deus, e o ansioso coração
pode exclamar: “Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dEle vem a
minha esperança”. Salmos 62:5. [...]
As palavras de Deus são a fonte da vida. Ao buscarem essas vivas fontes hão
de, mediante o Espírito Santo, ser postos em comunhão com Cristo. Verdades
familiares se apresentarão ao seu espírito sob novo aspecto; como o clarão de um
relâmpago, novas significações cintilarão de textos familiares da Escritura; verão
a relação de outras verdades com a obra da redenção, e saberão que Cristo os
está guiando; que têm ao lado um Mestre divino. — O Maior Discurso de Cristo,
18-20. [336]
345
Atitude bondosa, 25 de Novembro
Os que trabalham para Cristo devem ser puros, íntegros e dignos de confiança,
sendo também bondosos, compassivos e corteses. Há um encanto no trato dos que
realmente são corteses. Palavras bondosas, aspecto agradável e boas maneiras são
de inestimável valor. Cristãos descorteses, por sua desconsideração aos outros,
demonstram não estar em união com Cristo. É impossível estar em união com
Cristo e ser descortês.
Todo cristão deve ser o que Cristo foi em Sua vida na Terra. Ele é o nosso
exemplo, não somente em Sua ilibada pureza, mas também em Sua paciência,
delicadeza e disposição cativante. Ele era firme como uma rocha no que dizia
respeito à verdade e ao dever, sendo, porém, invariavelmente bondoso e cortês.
Sua vida era uma ilustração perfeita de verdadeira cortesia. Sempre tinha um
olhar bondoso e uma palavra de conforto para os necessitados e oprimidos.
Sua presença criava em casa uma atmosfera mais pura, e Sua vida era como
um fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro e incontaminado,
andava entre os excluídos, os rudes, os descorteses; entre injustos publicanos,
ímpios samaritanos, soldados pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista.
Proferia uma palavra de simpatia aqui, e outra palavra ali, ao ver homens fatigados
e compelidos a levar pesados fardos. Partilhava de suas cargas e repetia-lhes
as lições que aprendera da natureza, a respeito do amor e da bondade e da
benevolência de Deus.
Procurava infundir esperança nos mais rudes e menos prometedores, dando-
lhes a certeza de que podiam tornar-se irrepreensíveis e puros, obtendo tal caráter
que evidenciasse serem eles filhos de Deus.
O amor de Cristo enternece o coração e abranda toda aspereza nas atitudes.
Aprendamos dEle como combinar elevado senso de pureza e integridade com um
temperamento agradável. Um cristão bondoso e cortês é o mais poderoso argu-
mento que pode ser produzido em favor do evangelho. — Mensagens Escolhidas
[337] 3:237, 238.
346
Piedade, pureza e amor, 26 de Novembro
Deus tomou toda provisão para a salvação de cada pessoa; mas se rejeitarmos
o dom da vida eterna, comprado por preço infinito para nós, virá o tempo em que
Deus também nos rejeitará de Sua presença, quer sejamos ricos ou pobres, nobres
ou humildes, cultos ou incultos. Os princípios da justiça eterna terão completo
controle no grande dia da ira de Deus.
Não ouviremos contra nós a acusação de pecados de grande significado
que tenhamos cometido, porém a acusação será pela negligência dos nobres e
piedosos deveres que nos foram ordenados pelo Deus de amor. Serão apontadas
as deficiências do nosso caráter. Ficará então sabendo que todos os que são dessa
forma condenados tiveram luz e conhecimento; foram-lhes confiados os talentos
de seu Senhor, e foram achados infiéis a essa comissão. Será visto que não foi
apreciada a segurança celeste, que não foi usado o capital no serviço de amor
pelos outros, que não foi cultivada a fé e a devoção, por preceito e exemplo, nos
que com eles se associaram. Serão julgados e punidos de acordo com a luz que
receberam.
Deus requer que todo agente humano desenvolva todos os meios da graça
que o Céu tem providenciado, e se torne mais e mais eficiente na obra do Senhor.
Toda provisão tem sido feita a fim de que a piedade, pureza e amor do cristão se
desenvolvam continuamente. [..]
Mas pensando que essa provisão tem sido feita, muitos que professam crer
em Jesus não a manifestam pelo crescimento que testifica do poder santificador
da verdade na vida e no caráter. Quando primeiro recebemos Jesus em nosso
coração, somos como crianças na religião; mas não devemos ficar sempre como
infantis na experiência. Precisamos crescer na graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador, Jesus Cristo; devemos alcançar a completa estatura de homens
e mulheres nEle. Precisamos avançar, obter novas e ricas experiências pela fé,
crescendo em confiança, ânimo e amor, conhecendo a Deus e a Jesus Cristo a
quem Ele enviou. — The Youth’s Instructor, 8 de Junho de 1893. [338]
347
Chaves que abrem corações, 27 de Novembro
Com minha alma suspiro de noite por Ti e, com o meu espírito dentro de
mim, eu Te procuro diligentemente; porque, quando os Teus juízos reinam
na Terra, os moradores do mundo aprendem justiça. Isaías 26:9.
348
Graça e poder, 28 de Novembro
349
Sede de justiça, 29 de Novembro
Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por Ti, ó Deus,
suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.
Salmos 42:1-2.
350
Ajuda aos necessitados, 30 de Novembro
Que homens se apoderem da Minha força e façam paz comigo; sim, que
façam paz comigo. Isaías 27:5.
351
Dezembro
Cristo, o grande pastor, 1 de Dezembro
Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no Céu por um pecador que se
arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento. Lucas 15:7.
354
Concentre-se em Cristo, 2 de Dezembro
355
A busca da perfeição, 3 de Dezembro
Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mateus
5:48.
Significa muito ser um firme cristão. Significa andar com cautela diante de
Deus, prosseguir para o alvo, para o prêmio da nossa soberana vocação em Cristo.
Significa produzir muitos frutos para a glória dAquele que deu Seu Filho para
morrer por nós. Como filhos e filhas de Deus, devem os cristãos esforçar-se
por alcançar o elevado ideal perante eles colocado no evangelho. Não se devem
contentar com nada menos que a perfeição. [...]
Tornemos a santa Palavra de Deus o nosso estudo, introduzindo em nossa
vida seus santos princípios. Andemos diante de Deus em mansidão e humildade,
diariamente corrigindo nossas faltas. Não separemos de Deus a alma, por meio do
orgulho egoísta. Não acariciem um sentimento de elevada supremacia, julgando-
se melhores que outros. “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não
caia”. 1 Coríntios 10:12. Paz e descanso lhes advirão ao levarem sua vontade
em sujeição à de Cristo. Então o amor de Cristo reinará no coração, levando em
cativeiro ao Salvador as secretas fontes de ação. [...]
Há os que ouvem a verdade e se convencem de que vivem em oposição a
Cristo. São condenados e arrependem-se de suas transgressões. Confiando nos
méritos de Cristo, nEle exercendo verdadeira fé, recebem o perdão do pecado. Ao
deixarem de fazer o mal e aprenderem a praticar o bem, crescem na graça e no
conhecimento de Deus. Vêem que precisam sacrificar-se a fim de separar-se do
mundo; e, depois de calcular o custo, consideram tudo como perda se tão-somente
puderem ganhar a Cristo. Alistaram-se em Seu exército. Acha-se perante eles a
luta e nela entram valorosa e alegremente, combatendo suas inclinações naturais e
desejos egoístas, levando a vontade em sujeição à de Cristo. Diariamente buscam
do Senhor graça para obedecer-Lhe, e são fortalecidos e ajudados.
Isso é verdadeira conversão. Em humilde e grata submissão, o que recebeu
um coração novo confia no auxílio de Cristo. Revela na vida os frutos da justiça.
Outrora amava a si mesmo. Os prazeres mundanos eram seu deleite. Agora
o ídolo é destronado, e Deus reina supremo. — The Youth’s Instructor, 26 de
[345] Setembro de 1901.
356
Vida nova, 4 de Dezembro
357
O manto da justiça de Cristo, 5 de Dezembro
Devemos entregar nosso coração a Deus, para que nos renove e santifique, e
nos habilite para Sua corte celestial. Não devemos esperar por alguma ocasião
especial, mas entregar-nos a Ele hoje, recusando-nos a ser servos do pecado. [...]
Quando começamos a compreender que somos pecadores, e então caímos
sobre a Rocha a fim de sermos despedaçados, os braços eternos nos enlaçam, e
somos levados bem perto do coração de Jesus. Então ficaremos encantados com
Sua amabilidade e enojados de nossa justiça própria.
Precisamos chegar-nos bem ao pé da cruz. Quanto mais ali nos humilharmos,
tanto mais exaltado nos parecerá o amor de Deus. A graça e justiça de Cristo
nada valerão àquele que se julga são, que se considera razoavelmente bom, que se
contenta com sua própria condição. Não há lugar para Cristo no coração daquele
que não reconheça sua necessidade de divina luz e auxílio.
Diz Jesus: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos
Céus”. Mateus 5:3. Há plenitude de graça em Deus, e podemos ter Seu Espírito e
poder em grande medida. Não se alimentem com as bolotas da justiça própria,
mas vão ao Senhor. Ele tem as melhores vestes para lhes dar, e Seus braços estão
abertos para recebê-los. [...]
São provados por Deus mediante Sua Palavra. Não devem esperar por emo-
ções maravilhosas, antes de crerem que Deus os ouviu; os sentimentos não devem
ser seu critério, pois as emoções são mutáveis como as nuvens. Devem ter alguma
coisa sólida como fundamento de sua fé. A palavra do Senhor é palavra de poder
infinito, com o qual podem contar, e Ele disse: “Pedi e recebereis”. João 16:24.
Olhem ao Calvário. Não disse Jesus ser Ele seu advogado? Não disse Ele que se
pedirdes qualquer coisa em Seu nome o receberão? [...]
Devem ir a Deus como pecador arrependido, em nome de Jesus, o Advogado
divino, para um Pai misericordioso e perdoador, crendo que Ele fará justamente o
que prometeu. Que os que desejam a bênção de Deus batam, e esperem junto ao
[347] trono de misericórdia, com firme confiança. — Mensagens Escolhidas 1:327-329.
358
O convite de Jesus, 6 de Dezembro
359
Alegria no céu, 7 de Dezembro
360
Conversão e mudança, 8 de Dezembro
361
O arrependimento autêntico, 9 de Dezembro
Como pode alguém ser justo diante de Deus? Como pode o pecador ser justi-
ficado? É unicamente por meio de Cristo que podemos ser postos em harmonia
com Deus, com a santidade; mas como devemos chegar a Cristo? Muitos fazem
hoje a mesma pergunta que fez a multidão no dia de Pentecostes, quando, con-
vencidos do pecado, clamaram: “Que faremos?” Atos 2:37. A primeira palavra
da resposta de Pedro foi: “Arrependei-vos”. Atos 2:38. Pouco tempo depois,
em uma outra ocasião, ele disse: “Arrependei-vos [...] e convertei-vos, para que
sejam apagados os vossos pecados”. Atos 3:19.
O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e afastamento do mesmo.
Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos a sua malignidade;
enquanto dele não nos afastarmos sinceramente, não haverá em nós uma mudança
real da vida.
Muitos há que não compreendem a verdadeira natureza do arrependimento.
Multidões de pessoas se entristecem pelos seus pecados, efetuando mesmo exte-
riormente uma reforma, porque receiam que seu mau procedimento lhes traga
sofrimentos. Mas não é este o arrependimento segundo o sentido que lhe dá a
Bíblia. Lamentam antes os sofrimentos, do que o próprio pecado. Tal foi a tristeza
de Esaú quando viu que perdera para sempre o direito da primogenitura. [...]
Judas Iscariotes, depois de haver traído seu Senhor, exclamou: “Pequei,
traindo sangue inocente”. Mateus 27:4. A confissão foi arrancada de sua alma
culpada, por uma horrível consciência de condenação e temerosa expectação
do juízo. As conseqüências que o aguardavam enchiam-no de terror; mas não
houve em sua alma uma profunda e dolorosa tristeza por haver traído o imacu-
lado Filho de Deus e negado o Santo de Israel. [...] Todos esses lamentaram as
conseqüências do pecado, mas não se entristeceram pelo próprio pecado.
Quando, porém, o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência
é despertada, e o pecador discerne alguma coisa da profundeza e santidade da
lei de Deus, base de Seu governo no Céu e na Terra. [...] O pecador [...] vê o
amor de Deus, a beleza da santidade, a exaltação da pureza; [e] anseia por ser
[351] purificado e reintegrado na comunhão do Céu. — Caminho a Cristo, 23-24.
362
Humanidade aliada à divindade, 10 de Dezembro
Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que
João o batizasse. Ele, porém, O dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser
batizado por Ti, e Tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por
enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o
admitiu. Mateus 3:13-15.
Ao cumprir “toda a justiça”, Cristo não veio acabar com a justiça. Ele cumpriu
todos os requisitos de Deus em arrependimento, fé e batismo, os passos em graça
na genuína conversão. Em Sua humanidade Cristo preencheu a medida das
exigências da lei. Ele foi o cabeça da humanidade, seu substituto e fiador. Ao
unir sua fraqueza com a natureza divina de Cristo, os seres humanos podem se
tornar participantes do Seu caráter.
Cristo veio para dar exemplo da perfeita conformidade com a lei de Deus,
requerida de todos — desde Adão, o primeiro homem, até ao último homem que
viver na Terra. Ele declarou que Sua missão não era destruir a lei, mas cumpri-la
em perfeita e integral obediência.
Dessa maneira Ele engrandeceu a lei e a fez gloriosa. Em Sua vida revelou
Ele sua natureza espiritual. À vista dos seres celestiais, dos mundos não caídos, e
de um mundo desobediente, ingrato e profano, Ele cumpriu os vastos princípios
da lei. Ele veio para demonstrar que a humanidade, unida à divindade por viva
fé, pode guardar todos os mandamentos de Deus.
As ofertas típicas apontavam para Cristo, e quando o sacrifício perfeito foi
feito, as ofertas sacrificais não mais eram aceitas por Deus. O tipo encontrou-se
com o antítipo na morte do Filho Unigênito de Deus. Ele veio para tornar claro o
imutável caráter da lei, para declarar que a desobediência e a transgressão jamais
podem ser premiadas com a vida eterna. Veio para a humanidade como homem,
para que a humanidade pudesse tocar a humanidade.
De modo algum, porém, Ele veio diminuir as obrigações dos mortais de serem
perfeitamente obedientes. Ele não destruiu a validade do Antigo Testamento.
Cumpriu aquilo que foi predito pelo próprio Deus. Ele não veio libertar o ser
humano da lei: veio abrir um caminho através do qual pudessem obedecer à lei e
ensinar outros a fazerem o mesmo. — Manuscript Releases 10:292, 293. [352]
363
Proteção contra o engano, 11 de Dezembro
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está
pronto, mas a carne é fraca. Marcos 14:38.
Homens que professam ter nova luz, pretendendo ser reformadores, terão
grande influência sobre certa classe de pessoas convencidas das heresias que
existem no século presente, e que não estão satisfeitas com a condição espiritual
das igrejas. Com coração verdadeiro e sincero, desejam estas ver uma mudança
para melhor, no sentido de alcançar-se uma norma mais alta. Se os fiéis servos
de Cristo apresentassem a essa classe a verdade pura e cristalina, a aceitariam e
se purificariam pela obediência a ela. Mas Satanás, sempre vigilante, persegue
os rastos dessas pessoas indagadoras. Alguém vai falar com elas, como se fosse
um verdadeiro reformador, do mesmo modo que Satanás acercou-se de Cristo,
disfarçado em anjo de luz, e as atrai ainda para mais longe do caminho da justiça.
A infelicidade e degradação que vêm após a licenciosidade, não podem ser
avaliadas. O mundo está contaminado por seus habitantes. Quase que encheram
a medida de sua iniqüidade; mas o que trará a mais pesada retribuição é a prática
do pecado sob o disfarce da piedade. O Redentor do mundo nunca repele o
arrependimento verdadeiro, por grande que seja a culpa; mas Ele lança ardentes
acusações contra os fariseus e os hipócritas. Há mais esperança para o pecador
aberto, do que para essa classe. [...]
Nesta época de corrupção, quando nosso adversário, o diabo, anda em der-
redor bramando como leão, buscando a quem possa tragar, vejo a necessidade
de erguer minha voz em advertência: “Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação”. Mc 14:38. Há muitos que possuem talentos brilhantes, e que os devo-
tam impiamente ao serviço de Satanás. [...] Muitos deles acariciam pensamentos
impuros, imaginações ímpias, desejos não santificados e vis paixões. Deus abor-
rece o fruto produzido em semelhante árvore. Anjos, puros e santos, olham com
aversão o seu procedimento, enquanto Satanás exulta.
Oh! que os homens e mulheres considerassem o que se ganha pela transgres-
são da lei de Deus! Sob toda e qualquer circunstância, a transgressão é desonra a
Deus e maldição ao homem. Assim a devemos considerar, por lindo que seja seu
[353] disfarce e seja quem for que a pratique. — Testemunhos para a Igreja 5:144-146.
364
Arrependimento para salvação, 12 de Dezembro
365
Os ideais de Cristo, 13 de Dezembro
O Senhor reconhecerá cada esforço que faz por alcançar o Seu ideal para
com você. Quando comete um erro, quando é traído em pecado, não julgue que
não poderá orar, que não é digno de vir perante o Senhor. “Meus filhinhos, estas
coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado
para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo”. 1 João 2:1. Com os braços abertos aguarda
o filho pródigo e o acolhe. [...]
Provações hão de sobrevir. Assim é que o Senhor refina a rudeza de seu
caráter. Não murmure. Lamentando-se, torna mais difícil a provação. Honre a
Deus com uma submissão bem disposta. Suporte pacientemente a pressão. Ainda
que lhe tenha sido feito algum mal, conserve o amor de Deus no coração. [...]
As palavras são impotentes para descrever a paz e a alegria possuídas por
aquele que pega a Deus em Sua Palavra. As provações não o perturbam, os
desprezos não o afligem. O eu está crucificado. Dia a dia pode-se tornar mais
pesados os seus deveres, suas tentações mais fortes, mais rigorosas as suas pro-
vações; ele, porém, não vacila; pois recebe força proporcional à sua necessidade.
— Mensagens aos Jovens, 97-98.
Cristo, porém, não nos deu garantia alguma de que é fácil alcançar perfeição
de caráter. Não se herda caráter perfeito e nobre. Não o recebemos por acaso.
O caráter nobre é ganho por esforço individual mediante os méritos e a graça
de Cristo. Deus dá os talentos e as faculdades mentais; nós formamos o caráter.
É formado por combates árduos e relutantes com o próprio eu. As tendências
herdadas devem ser banidas por um conflito após outro. Devemos esquadrinhar-
nos detidamente e não permitir que permaneça traço algum incorreto.
Ninguém diga: Não posso corrigir meus defeitos de caráter. Se chegardes a
essa decisão, certamente deixareis de alcançar a vida eterna. A impossibilidade
está em nossa própria vontade. Se não quiser não vencerá. A dificuldade real
vem da corrupção de um coração não santificado, e da involuntariedade de se
[355] submeter à direção de Deus. — Parábolas de Jesus, 331.
366
Pedra polida, 14 de Dezembro
Por isso, o Senhor espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para Se
compadecer de vós, porque o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurados
todos os que nEle esperam. Isaías 30:18.
367
Trabalho diligente, 15 de Dezembro
Porque a Minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o
Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de
espírito e que treme da Minha palavra. Isaías 66:2.
Em Sua Palavra Deus nos indicou a única maneira pela qual deve ser rea-
lizada esta obra. Devemos efetuar um trabalho diligente e fiel, labutando pelas
pessoas como quem deve prestar contas. “Arrependei-vos, arrependei-vos” era a
mensagem proclamada por João no deserto. [...]
A mensagem de Cristo ao povo era: “Se não vos arrependerdes, todos igual-
mente perecereis”. Lucas 13:5. E os apóstolos receberam a ordem de pregar por
toda parte que os homens deviam arrepender-se. O Senhor quer que os Seus
servos preguem hoje em dia a antiga doutrina evangélica de tristeza pelo pecado,
arrependimento e confissão. Precisamos de sermões à moda antiga, costumes
à moda antiga, pais e mães à moda antiga, em Israel, que tenham a ternura de
Cristo.
Deve-se labutar perseverante, fervorosa e sabiamente pelo pecador, até que
ele veja que é transgressor da lei de Deus e manifeste arrependimento para com
Deus e fé para com o Senhor Jesus Cristo. Quando o pecador está ciente de sua
condição desamparada e sente necessidade de um Salvador, ele pode chegar-se
com fé e esperança ao “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João
1:29. Cristo aceitará a pessoa que vem ter com Ele em verdadeiro arrependimento.
Ele não desprezará o coração quebrantado e contrito.
O grito de combate está soando ao longo da linha. Avance todo soldado da
cruz, não em auto-suficiência, mas em mansidão e humildade de coração. A sua
obra e a minha obra não cessarão nesta vida. Por um pouco de tempo poderemos
descansar na sepultura; mas, quando vier o chamado, continuaremos nossa obra
no reino de Deus para o progresso da glória de Cristo. Essa santa obra deve ser
iniciada na Terra. Não devemos considerar nosso próprio prazer ou conveniência.
Nossa pergunta deve ser: Que posso fazer para levar outros a Cristo? Como posso
tornar conhecido aos outros o amor de Deus que excede todo entendimento? —
[357] The Signs of the Times, 27 de Dezembro de 1899.
368
Olhe para Jesus, 16 de Dezembro
Espero que ninguém fique com a idéia de que está obtendo o favor de Deus
por confessar a seres humanos. Tem de haver na vida aquela fé que atua por amor
e purifica a vida. O amor de Cristo subjugará as tendências sensuais. A verdade
não só traz em si mesma a evidência de sua origem celestial, mas prova que, pela
graça do Espírito de Deus, ela é eficaz na purificação da alma. O Senhor deseja
que recorramos a Ele diariamente, com todas as nossas dificuldades e confissões
de pecado, e Ele pode dar-nos descanso ao usarmos Seu jugo e levarmos Seu
fardo. Seu Santo Espírito, com Sua afável influência, encherá o coração, e cada
pensamento será levado cativo à obediência de Cristo.
Agora estou temerosa de que, por algum erro de sua parte, a bênção de Deus
que lhes foi dada [...] se torne em maldição; que alguma falsa idéia venha à
tona, fazendo-os, em poucos meses, ficar em pior condição do que antes do
reavivamento. Se vocês não permanecerem vigilantes, aparecerão sob a pior
luz possível diante dos incrédulos. Deus não seria glorificado com esse tipo de
serviço espasmódico. Sejam cuidadosos para não levar as coisas a extremos e
atrair permanente censura sobre a preciosa causa de Deus. A falha que muitos
cometem é de, após terem sido abençoados por Deus, não buscarem, na humildade
de Cristo, ser uma bênção aos outros. [...]
Não olhe para os homens nem ponha sua esperança neles, achando que são
infalíveis, mas contemple a Jesus constantemente. Confesse seus pecados se-
cretos somente a seu Deus. Confesse os descaminhos de seu coração Àquele
que sabe perfeitamente como tratar seu caso. Se você tem defraudado seu pró-
ximo, reconheça o pecado [...] e mostre o fruto desse reconhecimento fazendo a
restituição. Então reclame a bênção. Venha a Deus assim como está, e O deixe
curar todas as suas enfermidades. Apresente o seu caso diante do trono da graça;
deixe que a obra se complete. Seja sincero no trato com Deus e com sua alma.
Se vier a Ele com o coração verdadeiramente contrito, Ele lhe dará a vitória. —
Testemunhos para a Igreja 5:648-649. [358]
369
A grande controvérsia se intensifica, 17 de Dezembro
370
Crescimento constante, 18 de Dezembro
Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas
abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim
vê ou de mim ouve. 2 Coríntios 12:6.
371
Mudança de caráter, 19 de Dezembro
372
Arrependimento e perdão, 20 de Dezembro
373
Viver santificado, 21 de Dezembro
Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele,
a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o
juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu
respeito. Gênesis 18:19.
374
Deus recebe aquele que se arrepende, 22 de Dezembro
O Senhor revelou aí de modo muito claro Sua vontade com respeito à salvação
do pecador. A atitude que muitos tomam em expressar dúvidas e descrença se o
Senhor os salvará é uma reflexão sobre o caráter de Deus. Aqueles que reclamam
de Sua severidade estão virtualmente dizendo: “O caminho do Senhor não é
justo.” Mas Ele faz retornar a acusação ao pecador: “Não são os vossos caminhos
torcidos?”. Ezequiel 18:29. Posso Eu perdoar suas transgressões quando vocês
não se arrependem e se desviam de seus pecados? [...]
O Senhor acolherá o pecador quando ele se arrepender e abandonar seus
pecados, a fim de que Deus possa cooperar com seus esforços na busca da
perfeição de caráter. [...] O propósito integral de Deus em dar Seu Filho pelos
pecados do mundo é que o homem seja salvo não em transgressão e injustiça,
mas abandonando o pecado, lavando suas vestes de caráter, tornando-as alvas no
sangue do Cordeiro. Ele Se propõe a remover do homem as coisas ofensivas que
odeia, mas o homem precisa cooperar com Deus nessa obra. O pecado precisa
ser deixado, odiado, e a justiça de Cristo aceita pela fé. Dessa maneira, o divino
coopera com o humano.
Deveríamos tomar cuidado para não dar lugar à dúvida e incredulidade, e em
nosso desespero queixarmo-nos de Deus e dEle dar uma impressão falsa perante
o mundo. Isso equivale a nos colocarmos do lado de Satanás. Ele diz: “Pobres
almas, eu tenho piedade de vocês, afligindo-se sob o pecado, mas Deus não Se
compadece. Vocês anseiam por um raio de esperança, porém Deus os deixou a
perecer e fica satisfeito com sua miséria.”
Esse é um terrível engano. Não dêem ouvidos ao tentador, mas digam: “Jesus
morreu para que eu pudesse viver. Ele me ama e não quer que eu pereça. Tenho
um compassivo Pai celestial, e embora tenha abusado de Seu amor e dissipado as
bênçãos que Ele graciosamente me concedeu, me levantarei, irei ter com meu
Pai e direi: ‘Pequei e não sou digno de ser chamado Seu filho; faz-me como um
dos Seus servos assalariados’”. — Testemunhos para a Igreja 5:631-632. [364]
375
A atração de Cristo, 23 de Dezembro
Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será
expulso. E Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim
mesmo. João 12:31-32.
376
Fuja dos extremos, 24 de Dezembro
Quem vive pela fé em Cristo não deseja maior bem do que conhecer e atender
à vontade de Deus. É a vontade de que a fé em Cristo seja aperfeiçoada pelas
obras. Ele une a salvação e a vida eterna dos crentes a essas obras, e através delas
providencia para que a luz da verdade chegue a todas as nações e povos. Isso é
fruto da operação do Espírito de Deus.
A verdade se apossou dos corações. Isso não é um impulso espasmódico,
mas um retorno real ao Senhor, onde a perversa vontade do homem é levada
em sujeição à vontade de Deus. Roubar a Deus nos dízimos e ofertas é uma
transgressão da clara ordem de Jeová e produz o maior prejuízo àquele que
age assim, pois priva-o da bênção de Deus que é prometida aos que tratam
honestamente com Ele. [...]
Se Satanás não consegue prender as pessoas no gelo da indiferença, ele pro-
curará impeli-las para o fogo do fanatismo. Quando o Espírito do Senhor Se faz
notar entre o Seu povo, o inimigo aproveita a oportunidade para também atuar
sobre várias mentes, levando-as a misturar seus próprios traços de caráter peculi-
ares com a obra de Deus. Assim, sempre há o perigo de que eles permitam que
suas idéias se misturem com a obra e se tomem resoluções imprudentes. Muitos
se empenham numa obra por eles mesmos idealizada, e que não é inspirada por
Deus. [...]
Se o inimigo puder levar indivíduos a extremos, ele fica bem satisfeito. Ele
pode assim produzir maior dano do que se não houvesse um despertamento
religioso. Sabemos que nunca houve um empenho espiritual no qual Satanás não
tenha tentado fazer seu melhor para entremeter-se; nestes últimos dias ele fará
isso como nunca antes. [...]
O coração que se acha sob a influência do Espírito de Deus estará em doce
harmonia com Sua vontade. Foi-me mostrado que quando o Senhor atua através
de Seu Espírito, nada há nessas demonstrações que degrade o povo do Senhor
perante o mundo, mas, pelo contrário, o exalta. A religião de Cristo não torna
ásperos e rudes aqueles que a seguem. Os súditos da graça não são intratáveis,
mas sempre dispostos a aprender de Jesus e se aconselharem uns com os outros.
— Testemunhos para a Igreja 5:644-647. [366]
377
Jesus paga o débito, 25 de Dezembro
378
Refletindo sua glória, 26 de Dezembro
379
Trabalho pelos perdidos, 27 de Dezembro
E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e
aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 1 João
4:16.
“Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o Seu amor é, em
nós, aperfeiçoado” (1 João 4:12), e esse amor não pode ser refreado. [...] A
lei de Deus só pode ser cumprida por homens e mulheres quando se tornam
participantes da natureza divina. Apenas os que amam a Deus de todo o coração,
alma, entendimento e força, e ao seu próximo como a si mesmo, podem render
glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade.
Essa foi a obra de Cristo; e quando a Sua obra é apreciada e representada por Seus
seguidores, grande resultado será alcançado na “alegria que lhe estava proposta”
(Hebreus 12:2) na salvação das pessoas por quem deu a Sua vida.
O Senhor tem labutado incessantemente em todas as épocas para despertar
no coração do ser humano uma compreensão de seu parentesco real, e assim
estabelecer ordem e harmonia divinas proporcionais à grande e eterna libertação
que proveu para todo que O receber.[...]
Essa é a única esperança de transformação de caráter; isso trará paz e alegria
aos que crerem e os tornará aptos para a sociedade dos anjos celestiais no reino
de Deus. Oh, quão sinceros, perseverantes e incansáveis devem ser os esforços
de cada pessoa perdoada em procurar levar outros a Jesus Cristo, para que seu
semelhante possa ser co-herdeiro com Jesus!
Seja quem for o seu próximo, você deve buscá-lo e trabalhar por ele. São
eles ignorantes? Que a sua comunicação e amizade os tornem mais inteligentes.
Os rejeitados, os jovens, cheios de defeitos de caráter, são exatamente os que
Deus nos ordena que ajudemos. “Não vim chamar justos”, disse Jesus, “e sim
pecadores, ao arrependimento”. Lucas 5:32. [...]
Os que forem humildes o suficiente para aprender, a própria nobreza do
mundo considerará uma honra ir para o Céu em sua companhia, e os anjos de
Deus cooperarão com tais obreiros juntamente com Deus. Precisamos ter fome e
sede de justiça, para que possamos ter Cristo em nós como uma fonte de água,
[369] jorrando para a vida eterna (SI, p. 4-6).
380
O dia da expiação, 28 de Dezembro
Deus está tirando Seu povo das abominações do mundo, a fim de que guardem
Sua lei; e, por causa disto, a ira do “acusador de nossos irmãos” não tem limites.
“O diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo”. Ap
12:10, 12.
A terra antitípica da promessa está precisamente diante de nós, e Satanás
está resolvido a destruir o povo de Deus, e separá-lo de sua herança. O aviso:
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Marcos 14:38), nunca foi mais
necessário do que hoje. Vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial
típico, enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos
que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante
o Senhor, para que não acontecesse serem extirpados dentre o povo.
De igual modo, todos quantos desejem que seu nome seja conservado no livro
da vida devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante
de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro. Deve haver
um exame de coração, profundo e fiel. O espírito leviano e frívolo, alimentado
por tantos cristãos professos, deve ser deixado. Há uma luta intensa diante de
todos os que desejam subjugar as más tendências que insistem no predomínio.
A obra de preparação é uma obra individual. Não somos salvos em grupos. A
pureza e devoção de um não suprirá a falta dessas qualidades em outro. Embora
todas as nações devam passar em juízo perante Deus, examinará Ele o caso de
cada indivíduo, com um exame tão íntimo e penetrante como se não houvesse
outro ser na Terra. [...]
Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá
sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco
antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse,
prevendo aquele tempo, declara: “Eis que cedo venho, e o Meu galardão está
comigo, para dar a cada um segundo a sua obra”. Apocalipse 22:12. — The
Gospel Herald, Agosto de 1910. [370]
381
O espelho divino, 28 de Dezembro
Bem pode ser que ouçam e se convertam, cada um do seu mau caminho;
então, Me arrependerei do mal que intento fazer-lhes por causa da
maldade das suas ações. Jeremias 26:3.
O apóstolo Paulo escreveu: “Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por
intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não
cobiçarás”. Romanos 7:7. [...] A lei que promete vida ao obediente pronuncia
morte ao transgressor. “Por conseguinte”, diz ele, “a lei é santa; e o mandamento,
santo, e justo, e bom”. Romanos 7:12.
Quão grande é o contraste entre essas palavras de Paulo e as palavras que
vêm de muitos nos púlpitos de hoje. O povo é ensinado que a obediência à lei
de Deus não é necessária para a salvação; que precisam apenas crer em Jesus, e
serão salvos. Sem a lei os homens não têm verdadeira convicção do pecado, e não
sentem necessidade de arrependimento. Não vendo a sua condição perdida, como
transgressores da lei de Deus, não se compenetram da necessidade do sangue
expiatório de Cristo como sua única esperança de salvação. [...]
Para enxergar sua culpa, o pecador deve testar seu caráter pelos grandes
padrões de justiça de Deus. Para descobrir seus defeitos, deve olhar no espelho
dos estatutos divinos. A lei revela ao homem os seus pecados, mas não provê
remédio. Unicamente o evangelho de Cristo pode oferecer perdão. Deve ele
exercer o arrependimento em relação a Deus, cuja lei transgrediu, e fé em Cristo,
seu sacrifício expiatório.
Sem o verdadeiro arrependimento, não pode haver verdadeira conversão.
Muitos são enganados aqui, e freqüentemente toda a sua experiência prova ser
uma ilusão. Essa é a razão pela qual muitos dos que estão unidos à igreja nunca
se uniram a Cristo. [...]
No novo nascimento o coração é renovado pela graça divina, e posto em
harmonia com Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando
essa poderosa transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a
vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e
lealdade. Terminou a velha vida de afastamento de Deus, começando a nova vida
de reconciliação, de fé e amor. Então, “a justiça da lei” se cumpre “em nós, que
não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Romanos 8:4. — The
[371] Spirit of Prophecy 4:297, 298.
382
A justiça de Cristo, 30 de Dezembro
Embora, como pecadores, estejamos sob a condenação da lei, Cristo, por Sua
obediência prestada à lei, reclama para a pessoa arrependida, o mérito de Sua
própria justiça. A fim de obter a justiça de Cristo, é necessário que o pecador
saiba o que é aquele arrependimento que opera uma mudança radical da mente
e do espírito e da ação. A obra da transformação tem de começar no coração, e
manifestar seu poder por meio de todas as faculdades do ser; mas o homem não
é capaz de originar um arrependimento como esse, e só o pode experimentar por
meio de Cristo, que subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.
Quem está desejoso de se tornar verdadeiramente arrependido? Que deve ele
fazer? — Deve ir ter com Jesus, tal qual está, sem demora. Deve crer que a palavra
de Cristo é verdadeira e, crendo na promessa, pedir, para que possa receber.
Quando o desejo sincero levar os homens a pedir, eles não orarão em vão. O
Senhor cumprirá Sua palavra e dará o Espírito Santo para levar ao arrependimento
para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. O homem orará e vigiará,
e abandonará seus pecados, tornando manifesta sua sinceridade pelo vigor de seu
esforço para obedecer aos mandamentos de Deus. Com a oração ele misturará
a fé, e não só crerá nos preceitos da lei, mas também lhes obedecerá. Ele se
manifestará olhando a questão do lado de Cristo. Renunciará a todos os hábitos e
associações que tendam a afastar de Deus o coração. [...]
Cristo não perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele
perdoa, primeiro faz penitente. A providência tomada é completa, e a eterna
justiça de Cristo é colocada ao crédito de todo crente. As vestes, preciosas e sem
mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e
crente, e ele poderá dizer: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se
alegra no meu Deus; porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o
manto de justiça, como o noivo que se adorna com atavios, e como noiva que se
enfeita com as suas jóias”. Isaías 61:10. — Mensagens Escolhidas 1:393-394. [372]
383
Perdoado e aceito, 31 de Dezembro
Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes
dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e
sem preço, vinho e leite. Isaías 55:1.
384