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Aula Nº2 Fiscalidade - Cap 2 - Regime Geral de Tributação - 092634

Fiscalidade

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CADEIRA : FISCALIDADE DOCENTE : DRº JOSEMAR QUINDAI CURSO : GAE 2º ANO

CAPÍTULO II – REGIME GERAL DE TRIBUTAÇÃO


2.1. – Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho

Em Angola , o imposto sobre os Rendimentos do Trabalho é regulado pelo Decreto


Legislativo Presidencial nº 18/14, de 21 de Outubro- Código do Imposto sobre os
Rendimentos do Trabalho.
O imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT) tributa-se em três grupos : A,B e C.

 Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho Conta de Outrém ( Grupo A)

Neste grupo incluem-se:

 Todas as remunerações percebidas pelos trabalhadores por conta de


outrem e pagas por uma entidade patronal, por força de vínculo laboral
como definido nos termos da Lei Geral do Trabalho;
 Os rendimentos dos trabalhadores cujo vínculo de emprego se encontra
regulado pelo Regime Jurídico da Função Pública;
 Os rendimentos auferidos por titulares dos órgãos sociais das pessoas
colectivas;

Isenção

Estão isentos do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho:

 Os rendimentos auferidos pelos agentes das Missões Diplomáticas e


Consulares Estrangeiras sempre que haja reciprocidade de tratamento;
 Os rendimentos auferidos pelo pessoal estrangeiro ao serviço de
Organizações Internacionais, nos termos estabelecidos em acordos
ratificados pelo órgão competente do Estado;
 Os rendimentos auferidos pelo pessoal estrangeiro ao serviço das
Organizações Não- governamentais, nos termos estabelecidos nos acordos
com entidades nacionais, com o reconhecimento prévio por escrito da
Administração Geral Tributária;
 Os rendimentos auferidos pelos deficientes físicos e mutilados de guerra
cujo grau de invalidez ou incapacidade seja igual ou superior a 50%
comprovada com a apresentação, pelo contribuinte, de documentação
emitida por autoridade competente para o efeito;
 Os rendimentos decorrentes do exercício das actividades previstas nos
grupos de tributação A, B e C auferidos pelos antigos combatentes,
veteranos da pátria e deficientes de guerra, desde que devidamente
registados no Departamento Ministerial de tutela.

DR. QUINDAI 4
CADEIRA : FISCALIDADE DOCENTE : DRº JOSEMAR QUINDAI CURSO : GAE 2º ANO

Não Sujeição
Não estão sujeitas ao IRT:

 As prestações sociais pagas pelo Instituto Nacional da Segurança Social no


âmbito da protecção social obrigatória, nos termos da lei;
 O abono de família, pago pela entidade empregadora, em montante que
não ultrapasse o limite máximo de 5% do ordenado base mensal do
trabalhador, excluídos os trabalhadores sujeitos ao regime remuneratório
da função pública;
 As contribuições para a segurança social;
 Os salários e outras remunerações devidas, até ao limite de Kz 100 000,00
(cem mil kwanzas) aos trabalhadores eventuais agrícolas nacionais e aos
trabalhadores domésticos contratados directamente por pessoas singulares
ou agregados familiares e inscritos na Segurança Social;
 Os subsídios atribuídos por lei aos cidadãos nacionais portadores de
deficiências motoras, sensoriais e mentais;
 Os subsídios diários, os subsídios de representação, os subsídios de viagem
e deslocação atribuídos aos funcionários do Estado, que não ultrapassem os
limites estabelecidos na legislação específica;
 Os subsídios diários de alimentação atribuídos a trabalhadores até ao limite
mensal de AKz. 30 000,00 (Trinta Mil Kwanzas);
 Os subsídios diários de transporte atribuídos a trabalhadores dependentes
até ao limite mensal de AKz. 30 000,00 (Trinta Mil Kwanzas);
 O reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores dependentes de
entidades sujeitas a Imposto Industrial ou a outros regimes especiais de
tributação, quando deslocados ao serviço da entidade patronal, desde que
estas despesas se encontrem devidamente documentadas nos termos do
Código do Imposto Industrial e legislação complementar.

2.1.1. – Incidência
A incidência recai sobre os rendimentos expressos em dinheiro de natureza
contratual ou não periódicos ou ocasionais, fixos ou variáveis , independentemente da
sua proveniência.

Exemplo 1: A Senhora Joana Martins , funcionária da empresa Salvamar 11-


Consultoria Académica e Empresarial ,Lda na categoria de Administradora , recebe um
salário base de 350.000,00 kwanzas.

Portanto com base o exemplo , o facto gerador de imposto é a relação jurídica


laboral ou o contrato de trabalho entre a entidade patronal e o trabalhador, a incidência
é sobre o salário ou o vencimento.

DR. QUINDAI 5
CADEIRA : FISCALIDADE DOCENTE : DRº JOSEMAR QUINDAI CURSO : GAE 2º ANO

2.1.2 – Determinação da Matéria Colectável

Grupo A
A matéria colectável é constituída por todas as remunerações expressas em
dinheiro ainda que auferidas em espécie, de natureza contratual e não contratual,
periódicas ou ocasionais fixas ou variáveis, independentemente da sua proveniência,
local, moeda, forma estipulada para o seu cálculo e pagamento, auferidas pelo
trabalhador por conta de outrem, deduzidas da retribuição global das contribuições
obrigatórias para a Segurança Social e das componentes remuneratórias não sujeitas ou
isentas, nos termos do CIRT.2
Fórmula da Matéria Colectável

MC= Salário Base (SB) +Subsidio Tributável em IRT (ST) –Imposto parafiscal (S.S)

No exemplo 1, temos :
S.S = SB*3%
S.S = 350.000*3%
S.S = 10.500,00
M.C = 350.000,00 +0-10.500,00
M.C = 339.500,00

2.1.3 – Taxa
Sobre os rendimentos sujeitos a IRT aplicam-se a seguintes taxas:
Grupo A
As taxas constantes da tabela anexa ao Código do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho;
2.1.4 – Cálculo do Imposto ou liquidação

O imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT) por conta de outrem é obtido através
da seguinte fórmula :
IRT = MC –Limite *Taxa +Parcela Fixa

Devemos sempre consultar a tabela para ver o intervalo em que a Máteria


Colectável se inclui.
No exemplo 1, temos :
Intervalo da MC situa-se entre 300.001,00 e 500.000,00

IRT = 339.500,00 – 300.001,00 *19%+49.259,00


IRT = 56. 763,81

DR. QUINDAI 6
CADEIRA : FISCALIDADE DOCENTE : DRº JOSEMAR QUINDAI CURSO : GAE 2º ANO

Pagamento e Entrega
O IRT é pago e entregue do seguinte modo:
Grupo A
O Imposto devido pela atribuição de rendimentos deste grupo deve ser entregue, pela
entidade empregadora, até ao final do mês seguinte ao do respectivo pagamento, na
Repartição Fiscal competente.

2.1.5 – Obrigações Declarativas

As empresas após terminar o ano devem submeter as declarações anuais em sede de IRT com
a denominação Declaração Anual da Modelo 2 – ( Grupo A) de forma electrónica, deve ser
submetido até o último dia de Fevereiro do ano seguinte, referente o ano anterior.

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