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Aula 02 - Arte No Enem

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01- (ENEM-2019)

Produzida no Chile, no final da década de


1970, a imagem expressa um conflito entre
culturas e sua presença em museus
decorrente da
a) valorização do mercado das obras de
arte.
b) definição dos critérios de criação de
acervos.
c) ampliação da rede de instituições de
memória.
d) burocratização do acesso dos espaços
“Nossa cultura não cabe nos seus museus”.
TOLENTINO, A. B. Patrimônio cultural e discursos
expositivos.
museológicos. Midas, n. 6, 2016. e) fragmentação dos territórios das
comunidades representadas.
Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu 02- (ENEM-2013)
como dança aristocrática, oriunda dos salões As diversas formas de dança são demonstrações
franceses, depois difundida por toda a Europa. da diversidade cultural do nosso país. Entre elas,
No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, a quadrilha é considerada uma dança folclórica
por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto por
popular. Para sua ocorrência, é importante a a) possuir como característica principal os
presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, atributos divinos e religiosos e, por isso,
pois é quem determina as figurações diversas que identificar uma nação ou região.
os dançarinos desenvolvem. Observa-se a b) apresentar cunho artístico e técnicas
constância das seguintes marcações: “Tour”, “En apuradas, sendo, também, considerada
avant”, “Chez des dames”, “Chez des chevaliê”, dança-espetáculo.
“Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, c) necessitar de vestuário específico para a
“Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de sua prática, o qual define seu país de
flores”, “Coroa de espinhos” etc. origem.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta d) abordar as tradições e costumes de
transformações: surgem novas figurações, o determinados povos ou regiões distintas de
francês aportuguesado inexiste, o uso de uma mesma nação.
gravações substitui a música ao vivo, além do e) acontecer em salões e festas e ser
aspecto de competição, que sustenta os festivais influenciada por diversos gêneros musicais.
de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.
CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1976.
Sou o coração do folclore nordestino 03- (ENEM-2020)
Eu sou Mateus e Bastião do Boi-bumbá O fragmento faz parte da canção brasileira contemporânea e celebra a
Sou o boneco de Mestre Vitalino cultura popular nordestina. Nele, o artista exalta as diferentes
Dançando uma ciranda em Itamaracá manifestações culturais pela
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho a) valorização do teatro, música, artesanato, literatura, dança,
Num frevo de Capiba personagens históricos e artistas populares, compondo um tecido
Ao som da Orquestra Armorial diversificado e enriquecedor da cultura popular como patrimônio
Sou Capibaribe regional e nacional.
Num livro de João Cabral b) exaltação das raízes populares, como a poesia, a literatura de
Sou mamulengo de São Bento do Una cordel e o frevo, misturadas ao erudito, como a Orquestra
Vindo no baque solto de maracatu Armorial, compondo um rico tecido cultural, que transforma o
Eu sou um auto de Ariano Suassuna popular em erudito.
No meio da Feira de Caruaru c) identificação dos lugares pernambucanos, manifestações
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta culturais, como o bumba meu boi, as cirandas, os bonecos
Levando a flor da lira mamulengos e heróis locais, fazendo com que essa canção se
Pra Nova Jerusalém apresente como uma referência à cultura popular nordestina.
Sou Luiz Gonzaga d) caracterização das festas populares como identidade cultural
E sou do mangue também localizada e como representantes de uma cultura que reflete
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte valores históricos e sociais próprios da população local.
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte e) apresentação do Pastoril do Faceta, do maracatu, do bumba meu
LENINE; PINHEIRO, P.C. Leão do Norte. In:
boi e dos autos como representação da musicalidade e do teatro
LENINE; SUZANO, M. Olho de peixe. São Paulo:
Vetas. 1993 (fragmento).
popular religioso, bastante comum ao folclore brasileiro.
Sinhá
Se a dona se banhou
Eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor 04. (Enem 2021)
Eu não olhei Sinhá No fragmento da letra da canção, o vocabulário
Estava lá na roça
Sou de olhar ninguém
empregado e a situação retratada são relevantes
Não tenho mais cobiça para o patrimônio linguístico e identitário do país, na
Nem enxergo bem medida em que
Para que me pôr no tronco
Para que me aleijar
a) Remetem à violência física e simbólica contra
Eu juro a vosmecê os povos escravizados.
Que nunca vi Sinhá b) Valorizam as influências da cultura africana
[…]
Por que talhar meu corpo
sobre a música nacional.
Eu não olhei Sinhá c) Relativizam o sincretismo constitutivo das
Para que que vosmincê práticas religiosas brasileiras.
Meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá
d) Narram os infortúnios da relação amorosa
Mas oro por Jesus entre membros de classes sociais diferentes.
Para que que vassuncê e) Problematizam as diferentes visões de mundo
Me tira a luz.
na sociedade durante o período colonial.
CHICO BUARQUE; JOÃO BOSCO. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito
Fino, 2011 (fragmento).
Yaô
05. (ENEM- 2015)
Aqui có no terreiro A canção Yaô foi composta na década de 1930 por
Pelú adié Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que
Faz inveja pra gente
escreveu a letra. O texto mistura o português com o
Que não tem mulher
iorubá, língua usada por africanos escravizados trazidos
No jacutá de preto velho para o Brasil.
Há uma festa de yaô
Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor
Ôi tem nêga de Ogum a) promove uma crítica bem-humorada às religiões
De Oxalá, de lemanjá afro-brasileiras, destacando diversos orixás.
b) ressalta uma mostra da marca da cultura africana,
Mucama de Oxossi é caçador
Ora viva Nanã que se mantém viva na produção musical
Nanã Buruku brasileira.
c) evidencia a superioridade da cultura africana e seu
Yô yôo
Yô yôoo caráter de resistência à dominação do branco.
d) deixa à mostra a separação racial e cultural que
No terreiro de preto velho iaiá
caracteriza a constituição do povo brasileiro.
Vamos saravá (a quem meu pai?)
Xangô! e) expressa os rituais africanos com maior
VIANA, G. Agó, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997.
autenticidade, respeitando as referências originais.
06.(ENEM-2010)
O texto aponta para uma discussão antiga e recorrente sobre o
que é arte. Artesanato é arte ou não? De acordo com uma
tendência inclusiva sobre a relação entre arte e educação
Onde ficam os “artistas”? Onde a) o artesanato é algo do passado e tem sua sobrevivência
ficam os “artesãos”? Submergidos fadada à extinção por se tratar de trabalho estático produzido
no interior da sociedade, sem por poucos.
reconhecimento formal, esses b) os artistas populares não têm capacidade de pensar e
grupos passam a ser vistos de conceber a arte intelectual, visto que muitos deles sequer
diferentes perspectivas pelos seus dominam a leitura.
intérpretes, a maioria das vezes, c) o artista popular e o artesão, portadores de saber cultural,
engajados em discussões que se têm a capacidade de exprimir, em seus trabalhos, determinada
polarizam entre artesanato, cultura formação cultural.
erudita e cultura popular. d) os artistas populares produzem suas obras pautados em
PORTO ALEGRE, M. S. Arte e ofício de artesão. São Paulo,
1985. (Adaptado.) normas técnicas e educacionais rígidas, aprendidas em
escolas preparatórias.
e) o artesanato tem seu sentido limitado à região em que está
inserido como uma produção particular, sem expansão de seu
caráter cultural.
Cordel resiste à tecnologia gráfica

O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a 07- (ENEM-2014)
literatura de cordel, que atravessa os séculos sem ser destruída pela A estratégia gráfica constituída pela
avalanche de modernidade que invade o sertão lírico e telúrico. Na
contramão do progresso, que informatizou a indústria gráfica, a Lira união entre as técnicas da impressão
Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do manual e da confecção da xilogravura
Crato conservam, em suas oficinas, velhas máquinas para impressão na produção de folhetos de cordel
dos seus cordéis.
A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um a) realça a importância da
trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confecção de uma xilogravura sobre o clichê.
página. Em seguida, a chapa é levada para a impressora, também b) oportuniza a renovação dessa
manual, para imprimir. A manutenção desse sistema antigo de
impressão faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a arte na modernidade.
confecção da xilogravura para a capa do cordel. c) demonstra a utilidade desses
As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas textos para a catequese.
em madeira. A origem da xilogravura nordestina até hoje é ignorada.
Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua d) revela a necessidade da busca
técnica aos índios, como uma atividade extra-catequese, partindo do das origens dessa literatura.
princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para e) auxilia na manutenção da
que a mente não fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado.
A xilogravura antecedeu ao clichê, placa fotomecanicamente gravada essência identitária dessa
em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos jornais tradição popular.
impressos em rotoplanas.
VICELMO, A. Disponível em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado)
Simples, saborosa e, acima de
tudo, exótica. Se a culinária 08- (ENEM-2016)
brasileira tem o tempero do O processo de formação identitária
estranhamento, esta verdade descrito no texto está associado à
decorre de dois elementos: a a) imposição de rituais sagrados.
dimensão do território e a
b) assimilação de tradições culturais.
infinidade de ingredientes.
Percebe-se que o segredo da c) tipificação de hábitos comunitários.
cozinha brasileira é a mistura d) hierarquização de conhecimentos
com ingredientes e técnicas tribais.
indígenas. É esse o elemento e) superação de diferenças
que a torna autêntica. etnorraciais.
POMBO, N. Cardápio Brasil. Nossa História, n.29, mar. 2006
(adaptado).
09- (ENEM-2019)
A notícia relata um evento cultural que marca
Com o enredo que homenageou o
a
centenário do Rei do Baião, Luiz a) primazia do samba sobre a música
Gonzaga, a Unidos da Tijuca foi coroada nordestina.
no Carnaval 2012. A penúltima escola a b) inter-relação entre dois gêneros musicais
entrar na Sapucaí, na segunda noite de
desfiles, mergulhou no universo do brasileiros.
cantor e compositor brasileiro e trouxe a c) valorização das origens oligárquicas da
cultura nordestina com criatividade para cultura nordestina.
a Avenida, com o enredo O dia em que
toda a realeza desembarcou na Avenida
d) proposta de resgate de antigos gêneros
para coroar o Rei Luiz do Sertão. musicais brasileiros.
Disponível em: cultura. Acesso em: 15 maio 2012 (adaptado).
e) criatividade em compor um
samba-enredo em homenagem a uma
pessoa.
10- (ENEM-2011)
É bastante recente no Brasil o registro de
A Unesco define como Patrimônio Cultural
determinadas manifestações culturais como
Imaterial “as práticas, representações,
integrantes de seu Patrimônio Cultural Imaterial. O
expressões, conhecimentos e técnicas ―
objetivo de se realizar e divulgar este tipo de registro é
junto com os instrumentos, objetos, artefatos
a) reconhecer o valor da cultura popular para
e lugares culturais que lhes são associados
torná-la equivalente à cultura erudita.
― que as comunidades, os grupos e, em
b) recuperar as características originais das
alguns casos, os indivíduos reconhecem
manifestações culturais dos povos nativos do
como parte integrante de seu patrimônio
Brasil.
cultural.” São exemplos de bens registrados
c) promover o respeito à diversidade cultural por
como Patrimônio Imaterial no Brasil: o Círio
meio da valorização das manifestações
de Nazaré no Pará, o Samba de Roda do
populares.
Recôncavo Baiano, o Ofício das Baianas de
d) possibilitar a absorção das manifestações
Acarajé, o Jongo no Sudeste, entre outros.
culturais populares pela cultura nacional
Disponível em:
brasileira.
http://www.portal.iphan.gov.br. Acesso em:
e) inserir as manifestações populares no mercado,
29 jul. 2010 (adaptado).
proporcionando retorno financeiro a seus
produtores.

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