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MONOGRAFIA FINAL-NUCHA-Pronta

Trabalho de conclusão de curso

Enviado por

Geraldo Raimundo
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NUCHA RAIMUNDO MANUEL

AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS ALIMENTARES EM CRIANÇAS EXPOSTAS AO

VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA, SEGUNDO SEMESTRE DE 2024

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

TETE

2024
NUCHA RAIMUNDO MANUEL

AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS ALIMENTARES EM CRIANÇAS DE 6 A 59


MESES DE IDADE EXPOSTAS AO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA
HUMANA ATENDIDAS NO CENTRO DE SAÚDE NÚMERO 3, NA ÁREA DE
CONSULTAS DE CRIANÇAS EM RISCO, SEGUNDO SEMESTRE, 2024

Monografia a ser apresentado à Faculdade


de Ciências de Saúde como requisito parcial
à obtenção do título de licenciado em
Nutrição.

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

TETE

2024
DECLARAÇÃO

DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Nucha Raimundo Manuel, estudante desta instituição,declaro que está Monografia é

original, resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do

grau académico de Licenciatura em Nutrição, na Universidade Zambeze, Faculdade de

Ciências de Saúde de Tete. Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau

ou para avalição em nenhuma outra universidade.

A estudante

______________________________

Nucha Raimundo Manuel


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais Sr. Raimundo Manuel e Sra. Fina Armando

Jonasse, a orientadora Naira Debora, aos tutores Dra. Justina Cunhete, Dr. Pedro Sande

e Sandra, aos meus irmãos Manuel, Josefa, Genifa Elton, e Moises, que acreditaram em

mim em mais uma etapa da minha trajetória acadêmica.

Agradeço pelo apoio e por estarem sempre ao meu lado. Muito obrigada!
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela oportunidade concedida, por me guiar ao encontro

de pessoas e amigos que contribuíram de alguma forma para o meu aprendizado.

Ao meu pai por sempre ter me dado apoio educação quem tornou o que sou hoje,

por ter me apoiado por essa longa caminhada que está presta a findar até conseguir

atingir os meus objetivos.

A minha linda querida mãe por sempre ter me dado forças e conselhos, que

me guiaram chegar ao até o dia de hoje e grande amor que tem para mim.

Em especial, a minha orientadora, dra. Naira Debora por todo ensinamento

passado, pelo exemplo de como ser um académica com exemplar.

A coordenação do curso Mestre Ramim Xavi e dra. Naira Debora pelas valiosas

contribuições.

A todos professores do curso de Licenciatura em Nutrição por todos os

ensinamentos ministrados e por ótima convivência.

A Faculdade de Ciências de Saúde, em especial, ao Director Doutor Maitu

Abibo Buanango por conceder a oportunidade de crescimento profissional e realização

de um sonho preste a se concretizado.

Aos colegas da turma de Nutrição pelo carinho, apoio e companheirismo neste

percurso.

A todas vós, muito obrigado!


Resumo

Palavra-chave: Avaliação das práticas, alimentar, crianças expostas,


HIV/SIDA.
Abstract
Lista de Siglas

1. CCR- Consultas de Crianças em Risco.................?


2. G/DL- Gramas por Decilitro..............................
3. GB- Giga byte..............................................
4. HIV- Vírus da Imunodeficiência Humana..................
5. IDS- Inquérito Demográfico de Saúde.......................
6. MS- Ministério de Saúde....................................................
7. MSB- Ministério de Saúde do Brasil...........................
8. NU- Nações Unidas......................................................
9. OMS- Organização Mundial de Saúde....................................
10. TV-Transmissão Vertical ......................................................
11. Lista de Acrónimos ...........................................................................
12. AIDS/SIDA- Síndrome de Doenças de Imunodeficiência Adquirida............
13. MISAU- Ministério de Saúde;
14. AIDS- Síndrome de Doenças de Imunodeficiência Adquirida................
Lista de Tabelas
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

Introdução

O presente trabalho de pesquisa enquadra-se no contexto de culminação do curso


de licenciatura em Nutrição, cujo o foco é a infeção pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV) em crianças de 6 á 59 meses, embora tenha diminuído
significativamente nas últimas décadas devido ao avanço dos tratamentos
antirretrovirais, ainda representa um problema de saúde pública, especialmente em
países em desenvolvimento. A nutrição adequada é fundamental para o
desenvolvimento infantil, mas crianças expostas ao HIV podem apresentar diversas
complicações nutricionais que comprometem seu crescimento e saúde, (Ministério da
Saúde Brasileiro, 2010).
O aleitamento materno é a principal fonte de nutrição para bebês até os seis meses
de idade e oferece diversos benefícios para o desenvolvimento infantil, incluindo a
redução do risco de infecções, diarreias e alergias (OMS, 2012)
O aumento do número de mulheres em idade fértil infectadas pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV) a nível de países em via de desenvolvimento tem
determinado o nascimento de crianças expostas ao vírus, sendo a Transmissão Vertical
(TV) a principal via de infecção pelo HIV nesta população. A Organização Mundial de
Saúde, recomenda a substituição do aleitamento materno pelo leite artificial e outros
alimentos de acordo com a idade, bem como a xarope durante as seis semanas iniciais
de vida.
A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a alimentação dos
filhos nascidos de mães com HIV é que elas suspendam a amamentação e utilizem os
substitutos do leite materno quando forem aceitáveis, acessíveis, seguros e sustentáveis;
caso contrário, a OMS recomenda a amamentação exclusiva durante os seis primeiros
meses de vida como forma de reduzir as taxas de morbidade e mortalidade destas
crianças.
Diante disso, os cuidadores devem ter acesso às orientações sobre a nutrição
artificial indicada aos recém-nascidos até aos 5 anos expostos ao HIV, bem como os
profissionais de saúde devem estar informados sobre estas recomendações para que
possam realizar orientações adequadas, (Parida et all. 2013),
Ainda de acordo com Parida et all. (2013), alimentação para crianças menores de 1
ano que não podem ser amamentadas envolve a escolha do tipo de leite de acordo com o
contexto social e cultural da mãe e práticas de higiene.

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ainda é considerado sem cura,


porém, nos dias actuais a terapia antirretroviral de alta potência tem-se mostrado um
tratamento eficiente em relação à sobrevida dos indivíduos soropositivos. A mesma traz
mudanças no perfil nutricional do paciente, já que antes o comum era ver mais
indivíduos desnutridos, e hoje, devido ao tratamento, a literatura vem mostrando que
estes pacientes se encontram com sobrepeso ou até mesmo com obesidade. Rocha,
(2007).

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida caracteriza-se por ser uma


manifestação clínica cujo agente etiológico é o vírus da imunodeficiência humana (HIV,
humanimmundeficiency vírus). O HIV é uns retrovírus, e o seu ácido nucleico é
formado por ácido ribonucleico (RNA, ribonucleicacid) que replica-se por acção de
uma enzima chamada de transcriptase reversa. São conhecidos, por distinção molecular,
dois tipos de HIV: o HIV-1, de distribuição universal, e o HIV-2, restrita a África
Ocidental. Silva SMC, Mura JP (2007).

A célula infectada pelo vírus normalmente é o linfócito CD4, este direciona


muitas outras células da rede imune e com o decorrer da doença o número de linfócito
CD4 cai deixando o paciente suscetível a infecções oportunistas. Os macrófagos
também são infectados pelo HIV e servem como reservatório para que o vírus possa se
disseminar. PAPADAKIS; MCPHEE; RABOW, (2013).

O principal modo de transmissão do vírus é através do contacto sexual, seja ele


homossexual ou heterossexual. A transmissão também pode ocorrer através da
exposição ao sangue contaminado, de mãe para filho através da gestação, parto ou
aleitamento materno e até mesmo pela recepção de órgão ou tecidos transplantados.
SOUZA, (2009).

Antes da existência da terapia antirretroviral (TARV) era comum os indivíduos


infectados apresentarem caquexia, pois as infecções oportunistas afetam o estado
nutricional assim como a febre e o mal-estar podem acarretar em falta de apetite.
Enquanto isso as infecções no sistema digestivo, comuns nesses pacientes, levam a má

13
absorção, ou até mesmo a um quadro de diarreia crônica, refletindo assim nos sinais de
desnutrição acarretados por déficits nutricionais. REIS, (2008).

Apesar de seus efeitos benéficos a terapia antirretroviral também possui efeitos


colaterais, sendo os mais comuns a resistência à insulina, dislipidemias, hipertensão
arterial e consequentemente maior risco de doenças cardiovasculares. Esses efeitos
colaterais estão associados a uma redistribuição de gordura corporal nesses pacientes,
levando à chamada lipodistrofia. MENDES et al., (2013).

Segundo Nix SW, (2010) o estado nutricional de portadores do HIV caracteriza-


se por ser um aspecto preocupante, pois os portadores de HIV/AIDS apresentam apetite
diminuído e ingestão energética insuficiente associada a um gasto energético de repouso
aumentado. A desnutrição leva a uma supressão da função imune celular, perpetuando,
com isso, o aparecimento das infecções oportunistas, a causa primária de morte nos
pacientes com HIV/AIDS.

Sendo assim a nutrição desempenha papel importante na vida do indivíduo


infectado pelo HIV seja este usuário da terapia antirretroviral (TARV), ou não. Através
de uma alimentação adequada o paciente pode apresentar melhoras no sistema imune,
assim como corrigir deficiências nutricionais e/ou alterações metabólicas decorrentes do
tratamento. MARRONE, (2019).

Observa-se que indivíduos infectados pelo HIV/SIDA apresentam deficiência de


micronutrientes, e a carência destes comprometem ainda mais o funcionamento do
sistema imunológico. Ribeiro CSA, (2010).

Outra manifestação clínica presente em pacientes portadores de HIV está


associada ao uso da terapia antirretroviral, a lipodistrofia, a qual é caracterizada por
aumento nos níveis séricos de colesterol, triglicerídeos e glicemia, associada á
resistência a insulina, e mudança na distribuição corporal. Fernandes APM et. Al,
(2007).

Orientar uma alimentação saudável significa promover melhoria da qualidade de


vida, dessa forma, as pessoas que vivem com HIV/AIDS, por sua condição de
imunodeficiência, encontram-se mais vulneráveis aos agravos á saúde, assim, uma
alimentação saudável para esses pacientes, adequada às necessidades individuais,
contribui para o aumento dos níveis dos linfócitos T CD4+, melhora a absorção
intestinal, diminui os problemas provocados pela diarreia, perda de massa muscular,

14
síndrome da dislipidemia e outros sintomas característicos da doença, os quais podem
ser minimizados ou revertidos por meio de uma alimentação adequada. Leão LSCS,
Gomes MCR, (2007).

Nesse sentido esse estudo tem como principal objetivo gerar informações que
poderão servir de base para o planeamento de acções de melhorias ou fortalecimento
das praticas e melhoria das dietas alimentares, com intervenções visando à saúde e bem-
estar crianças de 6 a 59 meses de idade expostas ao vírus da imunodeficiência humana
atendidas no Centro de Saúde número 3, na Cidade de Tete. O trabalho está organizado
em 3 capítulos nomeadamente: Introdução, revisão de Literatura e Metodologia.

Justificativa
Nas várias unidades sanitárias do pais em particular no Centro de Saúde número
3 na cidade de Tete, especificamente nas consultas de crianças em risco, é frequente
observar pacientes em TARV com um aspecto físico de perda de massa corporal em
vários pacientes, e outros, com uma postura normal, o que quer dizer que o estado
nutricional não é uniforme neste grupo de pessoas. O Centro número 3 pertence a
hospital provincial da cidade Tete, um dos locais da província de Tete com maior índice
de seroprevalêcia de casos de HIV/SIDA, e, por conseguinte um bairro potencialmente
agrícola, mas com insegurança alimentar. Outrem sim, tem a ver com a probabilidade
que este grupo tem em desenvolver desnutrição energetico-proiteico devido a baixa
imunidade, aliada a diversidade nos hábitos alimentares que as mães das crianças
adoptam mesmo com tantas orientações sobre as vantagens de ter uma dieta saudável e
equilibrada.

Sob ponto de vista nutricional, cientifico e social, conhecer o estado nutricional das
crianças portadores de HIV/SIDA que frequentam o centro de Saúde no número 3 da
cidade de Tete levaria as autoridades de saúde local a fortalecerem os planos de acção e
mensagens específicas com o objectivo de melhorar cada vez mais a saúde deste grupo-
alvo, uma vez que o seu sistema Imunológico é susceptível a várias enfermidades,
devido ao Vírus de Imunodeficiência Humana. Eis as razões que justificam determinar o
estado nutricional e propor estratégias nutricionais adequadas, para a promoção da
saúde e do bem-estar dessas crianças 6 a 59 meses de idade, que frequentam esta
unidade samintaria, e para a defesa de seus direitos.

15
Estudar as práticas alimentares em crianças de 6 a 59 meses expostas ao HIV é
importante para compreender o impacto do HIV na nutrição infantil, o HIV pode afetar
o sistema imunológico das crianças, tornando-as mais suscetíveis a infecções e
dificultando a absorção de nutrientes. Compreender como o HIV impacta a nutrição
infantil é essencial para propor estratégias nutricionais adequadas para essas crianças.

É importante para identificar deficiências nutricionais em crianças expostas ao HIV,


tais como desnutrição, deficiências de vitaminas e minerais. Identificar essas
deficiências precocemente é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças
e para prevenir complicações.

Propor hábitos alimentares saudáveis para o desenvolvimento físico, mental e social


das crianças, principalmente para aquelas expostas ao HIV. Estudar as práticas
alimentares atuais pode ajudar a identificar áreas de melhoria e propor estratégias de
intervenções para promover hábitos alimentares saudáveis.

Os resultados da pesquisa podem subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas e


programas de intervenção nutricional direcionados para crianças expostas ao HIV. Isso
pode contribuir para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dessas crianças.

Estudar as praticas alimentares em crianças de 6 a 59 meses expostas ao HIV,


contribuir na identificação dos fatores que contribuem para insegurança nutricional e
auxiliar no desenvolvimento de estratégias para garantir o acesso à alimentação
adequada para essas crianças.

A pesquisa pode gerar dados e argumentos para defender os direitos das crianças
expostas ao HIV à alimentação adequada, à saúde e ao bem-estar.

Justifica-se ainda porque constatou – se escassez de estudos sobre a temática ao


nível da Cidade de Tete. De igual modo, os resultados da pesquisa vão ajudar a direcção
do Centro número 3 a compreender melhor a adequada conduta alimentar das crianças
para desenvolver e propor estratégias nutricionais adequadas, para a promoção da saúde
e do bem-estar dessas crianças, e para a defesa de seus direitos de forma
individualizada, tendo em vista a sua realidade socioeconômica e cultural. Diante do
exposto, justifica, assim, a realização da presente pesquisa, uma vez que contribuirá
para o conhecimento das condições de saúde e o perfil antropométrico das crianças além
16
de entender a relevância do acompanhamento nutricional e reforçar a importância da
implantação de uma política de assistência nutricional permanente voltada para essa
faixa etária em causa.

Delimitação
Delimitação do Tema: Avaliar o perfil antropométrico e práticas alimentar das
crincas atendidas no Centro numero 3 na cidade de Tete, descrever as características
sociodemográficas das crianças antravés das mães , Mensurar os dados antropométricos
e prática alimentar das crinças aendidas no centro número 3 e caracterizar a dieta
alimentar das crincas atendidas no centro numero 3 na cidade de Tete.

Delimitação Geográfica: De acordo com os dados do Instituto Nacional de


Estatística -INE (2017), A Cidade de Tete limita-se com o distrito de Moatize ao norte,
sul com distrito de Changara, este com Moatize e oeste com o distrito de Changara e
Marara, num área de 287Km², atravessada pela Estrada Nacional (EN) nᵒ 7, que liga
Moçambique ao Malawi e Zâmbia. O centro de saude numero 3 do hospital Provicial da
cidade de Tete, localiza-se no bairro... Steia, avenida da....., próximo da segunda
Esquadra da PRM-Tete.

Delimitação Temporal: O estudo foi feito no segundo Semestre do Ano 2024.

Relevância

Relevância social: Socialmente conhecer as práticas alimentares em crianças de


6 a 59 anos expostas ao HIV é importante para compreender os desafios nutricionais
específicos desta população, como desnutrição, diarreias frequentes, perda de apetite e
alterações no metabolismo, a identificação de fatores de risco associados a práticas
alimentares inadequadas, como introdução precoce de alimentos sólidos, consumo
excessivo de açúcar e falta de variedade na dieta, estratégias de intervenção para
promover a alimentação saudável e adequada para o desenvolvimento dessas crianças.

Relevância Cientifica: No âmbito científico, a pesquisa contribuirá para


melhorar o modelo de gestão e administração das dietas nesta unidade Sanitaria
com impacto no perfil antropométrico e alimentar, tendo como base os
resultados desta pesquisa. Conhecendo o perfil antropométrico e alimentar das
crianças expostas ao HIV, vai gerar um novo conhecimento científico, como

17
também, vai permitir novos estudos que vao contribuir para a melhoria da
qualidade de vida e do estado nutricional impactando positivamente na sua
saúde e no seu futuro, através de uma educação alimentar.

Viabilidade

A pesquisa foi feita na cidade de Tete, daí que não houve envolvimento de
custos elevados ou experiências laboratoriais que necessitassem de equipamentos e
instrumentos específicos. O centro de saude numero3, não impôs condições ou
barreiras para a presente pesquisa e, devido a esta problemática o estudo poderá
contribuir para o perfil antropométrico e alimentar das atendidas nesta unidade.

Para todos efeitos, a autora necessitou de fichas de entrevista, esferográficas,


lápis a carvão, balança de plataforma, altímetro, portanto todas as despesas relacionadas
a pesquisa foram suportados pela autora. Em termos de recursos humanos, a autor a
necessitou duas pessoas para ajudar no processo de coleta de dados. A via que leva ao
centro de saúde número 3 é transitável à qualquer momento.

Problematização

De acordo com o Ministério de Saúde (MISAU), no Inquérito Demográfico e Saúde


de 2011, a prevalência de desnutrição das crianças de 6 a 59 meses por características
sociodemográficas demostrou que mais de dois terços das crianças (69%) tinham
alguma forma de desnutrição, A percentagem de crianças desnutridas reduz com a idade
da criança. As províncias de Cabo Delgado, Nampula e Zambézia, apresentaram
proporções de crianças com desnutrição acima da média nacional, sendo a província da
Zambézia a que mostra a maior proporção (79%). Por seu turno, Maputo Província, com
52%, é a que apresenta as cifras mais baixas de crianças com desnutrição no País.

A percentagem de crianças com desnutridas reduz com o nível de escolaridade da


mãe e com o quintil de riqueza, considerando o pressuposto acima citado, a pesquisa
sucinta a seguinte pergunta de partida: Quais são as praticas alimentares em crianças
de 6 a 59 meses de idade expostas ao Vírus da Imunodeficiência Humana no centro
de saúde número 3, segundo semestre de 2024?

18
Objectivos

Objectivo Geral

 Avaliar as práticas alimentares em crianças de 6 a 59 meses expostas ao Vírus da


imunodeficiência Humana (HIV), no Centro numero 3, Cidade de Tete.

Objectivos específicos

 Analisar a idade de introdução, a introdução da alimentação complementar em


crianças de 6 a 59 meses expostas ao HIV;
 Identificar fatores de risco associados a práticas alimentares inadequadas;
 Descrever características sócio-demográficas dos cuidadores ou acompanhantes

CAPITULO II - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Conceitos

As práticas alimentares podem ser compreendidas como não somente quanto aos
alimentos consumidos, mas também as condições que favorecem com que sejam
habituais e consumidos, pois são determinados pela disponibilidade objectiva dos
alimentos, por influencias culturais, pelo modo de vida, entre outros. A alimentação do
ser humano não é instintiva, é construída e aprendida cognitivamente e ideologicamente
nas relações sociais, (Arnaiz, 1996).

De acordo com Woortmann (1978), a alimentação adequada na infância se traduz na


ingestão de alimentos que fornecem os nutrientes necessários para o crescimento,
desenvolvimento e manutenção da saúde das crianças, de acordo com suas necessidades
individuais e fase da vida. É importante ressaltar que a alimentação adequada não se
limita apenas à quantidade de alimentos ingeridos, mas também à qualidade dos
mesmos.

Ainda de acordo com o autor acima citado, uma dieta nutritiva deve ser composta por
uma variedade de alimentos de todos os grupos alimentares, garantindo o fornecimento
dos nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo.

19
A Organização mundial de saúde (2012) por sua vez, diz que uma dieta balanceada é
aquela que inclui uma variedade de alimentos de todos os grupos alimentares, em
proporções adequadas às necessidades nutricionais das crianças. Os principais grupos
alimentares são:

Alimentos Energéticos:

Os alimentos energéticos são a principal fonte de energia para o nosso corpo. Eles
fornecem calorias que são utilizadas para diversas funções, como: Manter os batimentos
cardíacos e a respiração funcionando, Regular a temperatura corporal, Fornecer energia
para os músculos se contraírem, Permitir que o cérebro funcione corretamente, (OMS
2012).

De acordo com a OMS (2012) principais alimentos energéticos são:

 Carboidratos: presentes em cereais, tubérculos, raízes, açúcares, pães, massas,


frutas e legumes.
 Gorduras: presentes em óleos vegetais, azeite de oliva, abacate, nozes,
castanhas, sementes e peixes gordos.

Alimentos Construtores:

Os alimentos construtores são responsáveis pela construção e reparo dos tecidos do


corpo, como músculos, ossos, pele e cabelos. Eles também são importantes para a
produção de hormônios, enzimas e anticorpos.

De acordo com a OMS (2012), principais alimentos construtores são:

 Proteínas: presentes em carnes, aves, peixes, ovos, leguminosas (feijão,


lentilha, grão de bico), oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) e leite e
derivados.

Alimentos Protetores:

20
Os alimentos protetores são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, que são
essenciais para o bom funcionamento do sistema imunológico, para a proteção das
células contra os radicais livres e para a prevenção de doenças.

De acordo com a OMS (2012) principais alimentos protetores são:

 Frutas: ricas em vitaminas A, C, E e K, além de minerais como potássio,


magnésio e cálcio.
 Vegetais: ricos em vitaminas A, C, K e do complexo B, além de minerais como
ferro, cálcio e magnésio.
 Leite e derivados: ricos em vitamina D, cálcio e fósforo.

Alimentos Reguladores:

Os alimentos reguladores são ricos em fibras, que são essenciais para o bom
funcionamento do intestino, para a regulação do colesterol e do açúcar no sangue e para
a saciedade, (OMS 2012).

De acordo com a OMS (2012) principais alimentos reguladores são:

 Grãos integrais: presentes em arroz integral, aveia, quinoa, pão integral e


macarrão integral.
 Leguminosas: presentes em feijão, lentilha, grão de bico e ervilha.
 Frutas: ricas em pectina, um tipo de fibra solúvel.
 Vegetais: ricos em celulose, um tipo de fibra insolúvel.

Segundo Daniel Cravo (1989), hábitos alimentares saudáveis são os comportamentos


e práticas relacionados à alimentação que contribuem para a saúde e o bem-estar das
crianças. Abrangem desde a escolha de alimentos nutritivos e o consumo regular de
refeições e lanches até a mastigação adequada e a atenção aos sinais de fome e
saciedade.

21
Ainda de acordo com o autor acima citado, alguns exemplos de hábitos alimentares
saudáveis em crianças de 6 a 59 meses idade incluem:

 Fazer pelo menos três refeições e dois lanches nutritivos por dia;
 Escolher alimentos de todos os grupos alimentares, com ênfase em frutas,
legumes e verduras;
 Consumir proteínas magras em todas as refeições;
 Dar preferência a grãos integrais no lugar dos grãos refinados;
 Beber bastante água ao longo do dia;
 Limitar o consumo de alimentos processados, ricos em açúcar e gorduras
saturadas;
 Fazer as refeições em família e criar um ambiente agradável à alimentação;
 Envolver as crianças na escolha e preparo dos alimentos;
 Ensinar as crianças a ler rótulos de alimentos e fazer escolhas saudáveis;

De acordo com Oliveira (1985), a segurança alimentar refere se ao acesso físico e


econômico a alimentos seguros e nutritivos para atender às necessidades alimentares
básicas de todas as pessoas, sempre de forma adequada e sustentável. Isso significa que
todas as crianças devem ter acesso a alimentos em quantidade suficiente, nutritivos e
seguros para garantir sua saúde, crescimento e desenvolvimento.

A segurança alimentar é um direito humano fundamental e é essencial para o


desenvolvimento social e econômico de um país. Infelizmente, milhões de crianças em
todo o mundo ainda sofrem com insegurança alimentar, o que pode levar à desnutrição,
anemia, atrasos no desenvolvimento e até mesmo à morte, (Oliveira, 1985. p 17)

Para Almeida (1998), soberania alimentar é o direito dos povos de definir suas
próprias políticas alimentares, garantindo o acesso a alimentos saudáveis, produzidos de
forma sustentável e culturalmente adequados. Isso significa que os países e
comunidades devem ter o poder de decidir o que produzem, como produzem e como
comercializam seus alimentos. A soberania alimentar é fundamental para garantir a
segurança alimentar e a nutrição de todos os povos, além de promover o
desenvolvimento rural sustentável e a preservação da cultura alimentar local.

Práticas Alimentares em Crianças Segundo a OMS

22
A Organização Mundial da Saúde, (2008), reconhece a importância crucial da
nutrição adequada para o desenvolvimento saudável das crianças. As práticas
alimentares durante os primeiros anos de vida influenciam diretamente o crescimento, a
saúde física e mental, e o potencial de aprendizado das crianças. A seguir são as
recomendações gerais da OMS para práticas alimentares em crianças:

Aleitamento Materno Exclusivo até os Seis Meses

O leite materno é o alimento ideal para bebês até os seis meses de idade, fornecendo
todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. A OMS recomenda o
aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida, sem a
necessidade de oferecer água, sucos, chás ou outros alimentos.

Introdução de Alimentos Complementares a partir dos Seis Meses

A partir dos seis meses de idade, os bebês começam a precisar de outros nutrientes
além do leite materno. A OMS recomenda a introdução gradual de alimentos
complementares nutritivos, variados e seguros, a partir dos seis meses de idade.

Alimentação Continuada:

A amamentação deve continuar até os dois anos de idade ou mais, em conjunto com
uma alimentação complementar adequada.

Dieta Diversificada e Rica em Nutrientes:

As crianças devem ter acesso a uma dieta diversificada e rica em nutrientes,


incluindo frutas, legumes, verduras, grãos integrais, proteínas magras e laticínios.

Vantagens das Práticas Alimentares Saudáveis em Crianças

A Organização Mundial da Saúde (2008, p.252) reconhece a importância crucial da


nutrição adequada para o desenvolvimento saudável das crianças. As práticas
alimentares desempenham um papel fundamental na saúde e no bem-estar infantil,
influenciando o crescimento, o desenvolvimento físico e cognitivo, e a suscetibilidade a
doenças, a seguir são as vantagens das praticas alimentares saudáveis em crianças

23
Crescimento e Desenvolvimento Físico: uma dieta rica em nutrientes essenciais, como
proteínas, vitaminas e minerais, é fundamental para o crescimento e desenvolvimento
físico adequado das crianças. A alimentação adequada garante a formação de ossos e
músculos fortes, o desenvolvimento do sistema imunológico e a prevenção de
deficiências nutricionais, (OMS, 2008).

Desenvolvimento Cognitivo: a nutrição cerebral adequada é crucial para o


desenvolvimento cognitivo das crianças. Uma dieta rica em ácidos graxos ômega-3,
ferro e zinco, por exemplo, contribui para o aprimoramento da memória, da atenção, da
linguagem e da capacidade de aprendizado, (OMS, 2008).

Redução do Risco de Doenças: práticas alimentares saudáveis podem reduzir


significativamente o risco de doenças crônicas na infância e na vida adulta, como
obesidade, diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. Uma dieta rica em
frutas, legumes, verduras e grãos integrais, aliada ao consumo moderado de proteínas
magras e gorduras saudáveis, protege contra o desenvolvimento dessas doenças, (OMS,
2008).

Fortalecimento do Sistema Imunológico: uma dieta rica em nutrientes como


vitaminas A, C e E, zinco e selênio contribui para o fortalecimento do sistema
imunológico das crianças, tornando-as mais resistentes a infecções e doenças, (OMS,
2008).

Promoção de Hábitos Alimentares Saudáveis para a Vida: o estabelecimento de


hábitos alimentares saudáveis na infância é fundamental para a manutenção de uma
alimentação balanceada e nutritiva ao longo da vida. Crianças que aprendem a fazer
escolhas alimentares saudáveis desde cedo tendem a manter esses hábitos na idade
adulta, reduzindo o risco de doenças crônicas e promovendo uma melhor qualidade de
vida, (OMS, 2008).

Consequências De Praticas Alimentares Não Saudáveis a Curto e Medio Prazo

Segundo a OMS (2008), estas são as e desvantagens de praticas alimentares não


saudáveis:

24
Desnutrição; a desnutrição causada pela ingestão insuficiente de nutrientes essenciais,
pode afetar o crescimento e desenvolvimento físico das crianças, prejudicar o sistema
imunológico e aumentar o risco de doenças. A desnutrição pode ter consequências
graves e irreversíveis para o desenvolvimento infantil, (OMS, 2008).

Obesidade e Sobrepeso; consumo excessivo de alimentos processados, ricos em açúcar


e gorduras saturadas, pode levar ao desenvolvimento de obesidade e sobrepeso em
crianças. Essa condição aumenta o risco de doenças crônicas como diabetes, doenças
cardíacas e alguns tipos de câncer, além de afetar a autoestima e a qualidade de vida das
crianças, (OMS, 2008).

Cáries Dentárias; consumo excessivo de açúcares, especialmente em bebidas e


alimentos processados, contribui para o desenvolvimento de cáries dentárias em
crianças. As cáries podem causar dor, desconforto e até mesmo a perda de dentes, além
de afetar a qualidade de vida das crianças, (OMS, 2008).

Distúrbios Alimentares; práticas alimentares inadequadas e pressões sociais


relacionadas à imagem corporal podem aumentar o risco de desenvolvimento de
distúrbios alimentares em crianças e adolescentes, como anorexia nervosa e bulimia
nervosa. Esses distúrbios podem ter graves consequências físicas e psicológicas,
incluindo desnutrição, depressão e ansiedade, (OMS, 2008).

Dificuldades de Aprendizagem; uma dieta pobre em nutrientes essenciais, como ferro


e zinco, pode afetar o desenvolvimento cognitivo das crianças e levar a dificuldades de
aprendizado nas escolas, (OMS, 2008).

Recomendações da OMS para Práticas Alimentares Saudáveis em Crianças

A OMS (2008) propôs diversas recomendações para promover práticas alimentares


saudáveis em crianças:

 Aleitamento Materno Exclusivo até os Seis Meses de Idade: O aleitamento


materno é a fonte ideal de nutrição para bebês até os seis meses de idade,
fornecendo todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento saudável.
 Introdução Gradual de Alimentos Complementares a partir dos Seis Meses
de Idade: A partir dos seis meses de idade, os alimentos complementares devem

25
ser introduzidos gradualmente na dieta do bebê, de forma individualizada e
adequada à sua idade e desenvolvimento.
 Oferta de Uma Dieta Rica em Frutas, Legumes e Verduras: as frutas,
legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras, essenciais para o
desenvolvimento saudável das crianças.

Importância de alimentação complementar em crianças

Segundo o Caderno de Atenção Básica, número 23, do Ministério de Saúde do Brasil


(2009), diz que a introdução de alimentos na dieta da criança após os seis meses de
idade deve complementar as numerosas qualidades e funções do leite materno, que deve
ser mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais.

Além de suprir as necessidades nutricionais, a partir dos seis meses a introdução da


alimentação complementar aproxima progressivamente a criança aos hábitos
alimentares de quem cuida dela e exige todo um esforço adaptativo a uma nova fase do
ciclo de vida, na qual lhe são apresentados novos sabores, cores, aromas, texturas e
saberes, (Caderno de Atenção Básica, número 23, do Ministério de Saúde do Brasil
2009).

Ainda de acordo com o Caderno de Atenção Básica, nº 23, do MS-Brasil (2009), o


grande desafio do profissional de saúde é conduzir adequadamente esse processo,
auxiliando a mãe e os cuidadores da criança de forma adequada, e estar atento às
necessidades da criança, da mãe e da família, acolhendo dúvidas, preocupações,
dificuldades, conhecimentos prévios e também os êxitos, que são tão importantes
quanto o conhecimento técnico para garantir o sucesso de uma alimentação
complementar saudável.

A partir do sexto mês a criança desenvolve ainda mais o paladar e,


consequentemente, começa a estabelecer preferências alimentares, processo que a
acompanha até a vida adulta. O sucesso da alimentação complementar depende de

26
muita paciência, afeto e suporte por parte da mãe e de todos os cuidadores da criança,
(Caderno de Atenção Básica, nº 23, do MS-Brasil, 2009)

Toda a família deve ser estimulada a contribuir positivamente nessa fase. Se durante
o aleitamento materno exclusivo a criança é mais intensamente ligada à mãe, a
alimentação complementar permite maior interação do pai, dos avôs e avós, dos outros
irmãos e familiares, situação em que não só a criança aprende a comer, mas também
toda a família aprende a cuidar. Tal interação deve ser ainda mais valorizada em
situações em que a mãe, por qualquer motivo, não é a principal provedora da
alimentação à criança, (Caderno de Atenção Básica, nº 23, do MS-Brasil, 2009)

Lactentes

A Organização Mundial da Saúde (2008), publicou a estratégia global para


alimentação de lactentes e crianças pequenas, que visa a revitalizar os esforços no
sentido de promover, proteger e apoiar adequadamente a alimentação das crianças. Em
todo o mundo cerca de 30% das crianças menores de cinco anos apresentam baixo peso,
como consequência da má alimentação e repetidas infecções.

De acordo com o MS-Brasil (2003), mesmo em países em desenvolvimento, com


escassez de recursos, a ênfase em ações de orientação alimentar pode conduzir a
melhores práticas alimentares, levando ao melhor estado nutricional. Nas últimas
décadas, avançou-se muito nas evidências das necessidades biológicas das crianças, o
que possibilita recomendar práticas alimentares que propiciam o crescimento adequado
das crianças a partir dos seis meses de idade, a alimentação complementar.

As situações mais comuns relacionadas à alimentação complementar oferecida de


forma inadequada são: excesso de peso e desnutrição, (MS-Brasil 2003).

Aleitamento Materno em Crianças Expostas ao HIV

Para Nantongo et all. (2012), o aleitamento materno é a principal fonte de nutrição


para bebês até os seis meses de idade e oferece diversos benefícios para o
desenvolvimento infantil, incluindo a redução do risco de infecções, diarreias e alergias.
No entanto, o aleitamento materno exclusivo e prolongado pode ser desafiador para
mães HIV positivas, devido ao medo da transmissão do vírus por meio do leite materno.

27
Segundo Viswanathan et all. (2009), realizaram um estudo de coorte prospetivo em
Uganda e descobriram que o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis
meses de vida foi associado a um menor risco de mortalidade infantil em crianças
expostas ao HIV.

De acordo com Parida et all. (2013), conduziram uma meta-análise de 14 estudos e


concluíram que o aleitamento materno não aumenta o risco de transmissão do HIV de
mãe para filho quando a mãe está em terapia antirretroviral e o bebê recebe profilaxia
antirretroviral.

Para o Ministério de Saúde do Brasil (2010), recomenda o aleitamento materno


exclusivo até os seis meses de idade e o aleitamento materno continuado até os dois
anos de idade ou mais, para todas as crianças, inclusive aquelas expostas ao HIV.

Desafios e Estratégias para Promover o Aleitamento Materno

De acordo com Viswanathan et. All, (2009), as estratégias para promoção de


aleitamento materno incluem:

Medo da transmissão do HIV: é importante fornecer às mães HIV positivas


informações precisas sobre os riscos e benefícios do aleitamento materno e oferecer
apoio emocional e psicológico durante todo o período de amamentação, (Viswanathan
et. All, 2009),

Dificuldades na amamentação: algumas mães HIV positivas podem apresentar


dificuldades na amamentação devido à baixa produção de leite ou outras complicações
relacionadas ao HIV. Nesses casos, é importante oferecer apoio e orientação sobre
técnicas de amamentação e uso de suplementos alimentares, quando necessário,
(Viswanathan et. All, 2009).

Discriminação e estigma: Mães HIV positivas podem sofrer discriminação e estigma


por parte da família, comunidade e profissionais de saúde, o que pode dificultar o
aleitamento materno. É importante promover a sensibilização e o combate ao estigma e
à discriminação para criar um ambiente mais favorável ao aleitamento materno,
(Viswanathan et. All, 2009).

Introdução de Alimentos Complementares


28
A introdução de alimentos complementares deve ser feita de forma gradual e
adequada à idade da criança, a partir dos seis meses de idade. Os alimentos
complementares devem ser nutritivos, variados e seguros, e devem ser oferecidos em
consistências adequadas ao desenvolvimento motor da criança, (MS- Brasil, 2010).

Segundo o Ministério da Saúde Brasileiro, (2010), frutas, verduras, cereais, carne,


grãos, óleos e ovos devem ser introduzidos na alimentação da criança de maneira lenta e
gradual a partir dos seis meses. O leite de vaca, mel e açúcar devem ser introduzidos
idealmente na alimentação infantil após o primeiro ano de vida.

Introdução de Alimentos Complementares em Crianças

Segundo Akinsola et all. (2011), realizaram um estudo observacional em Nigéria e


descobriram que a introdução precoce de alimentos sólidos antes dos seis meses de
idade estava associada a um maior risco de diarreia em crianças expostas ao HIV.

Nantongo et all. (2012), conduziram por sua vez um estudo de intervenção em


Uganda e demonstraram que a educação nutricional das mães sobre a introdução
adequada de alimentos complementares resultou em uma melhor qualidade da dieta e
em um menor risco de diarreia em crianças expostas ao HIV.

O Ministério do Saúde do Brasil (2012), recomenda a introdução de alimentos


complementares a partir dos seis meses de idade, de forma gradual e individualizada, de
acordo com o desenvolvimento da criança. Os alimentos complementares devem ser
nutritivos, variados e seguros, e devem ser oferecidos em consistências adequadas ao
desenvolvimento motor da criança.

Orientações para Introdução Adequada de Alimentos Complementares

De acordo com a OMS (2012), deve se introduzir alimentos complementares a partir


dos seis meses de idade, a amamentação materna exclusiva deve ser mantida até os seis
meses de idade, mesmo para crianças expostas ao HIV, oferecer os alimentos
complementares de forma gradual e individualizada.

A OMS e as Nações Unidas sobre o Vírus da imunodeficiência Humana/ Síndrome


de Doenças da Imunodeficiência Adquirida (2012), apontam que as intervenções

29
nutricionais fazem parte dos programas de controle e tratamento da AIDS, sendo a
nutrição vital para a saúde, independentemente do status do HIV, de forma que a
atenção à dieta e nutrição pode melhorar a aderência e efetividade da terapia
antirretroviral e a qualidade de vida dos infectados ou nascidos expostos ao HIV.

Todas as mães seropositivas para o HIV devem receber aconselhamento e apoio


periódicos de rotina, para garantir que sejam capazes de tomar decisões apropriadas
sobre a alimentação infantil, e de cumpri-las efetivamente, (OMS, 2012).

Segundo a orientação do MS-Brasil (2010) a fórmula infantil deve ser usada


exclusivamente como fonte alimentar para crianças expostas a TV do HIV até os seis
meses de vida, fato impossível no contexto moçambicano, pois o governo não
disponibiliza a fórmula infantil por todo este período. Assim, constata-se que não há um
consenso sobre as condutas alimentares orientadas pelos profissionais que atendem este
público, devendo desencorajar a introdução precoce de alimentos complementares.

Capacidade para Cuidar de Crianças Expostas ao HIV

O conhecimento das mães sobre nutrição e práticas alimentares adequadas


influencia diretamente a qualidade da dieta das crianças.

Num estudo realizado em Nigéria, descobriu se que as mães HIV positivas com
baixo nível de escolaridade apresentavam menor conhecimento sobre nutrição infantil,
Akinsola et all, (2012):

Segundo Nantongo et all, (2013): conduziram um estudo em Uganda e


demonstraram que a educação nutricional das mães sobre aleitamento materno e
introdução de alimentos complementares resultou em melhora da qualidade da dieta das
crianças.

Fatores que Influenciam a Alimentação de Crianças Expostas ao HIV/SIDA

De acordo com a OMS (2012), a alimentação de crianças expostas ao HIV pode ser
influenciada por diversos fatores interligados, que impactam diretamente a qualidade da
dieta e o desenvolvimento das crianças. A seguir, são detalhados alguns dos principais
fatores:

30
Condição Clínica da Criança; a gravidade da infecção pelo vírus da imunodeficiência
Humana HIV é um fator determinante na alimentação das crianças expostas. Crianças
com HIV/SIDA em estágios mais avançados podem apresentar diversos sintomas e
complicações que afetam o apetite, a absorção de nutrientes e o desenvolvimento físico
geral, (OMS, 2012).

Impacto da Condição Clínica na Alimentação

Segundo Akinsola et all, (2014), realizaram um estudo observacional em Nigéria e


descobriram que crianças expostas ao HIV/SIDA com baixa contagem de CD4
apresentavam maior risco de desnutrição e atraso no crescimento.

Para Nantongo et all. (2015), conduziram um estudo de intervenção em Uganda e


demonstraram que o tratamento antirretroviral em crianças expostas ao HIV/SIDA
resultou em melhora do apetite e do estado nutricional.

Acesso à Alimentação

De acordo com OMS, (2012), a pobreza, a falta de acesso a água potável e a


insegurança alimentar representam desafios significativos para a alimentação adequada
de crianças expostas ao HIV/SIDA, especialmente em países em desenvolvimento.

Fiedler et all, (2013), realizaram um estudo em Moçambique e descobriram que a


pobreza e a insegurança alimentar estavam associadas ao baixo consumo de alimentos
nutritivos em crianças expostas ao HIV/SIDA.

Ngondi et all, (2016) por sua vez, conduziram um estudo na República Democrática
do Congo e demonstraram que o acesso à água potável e ao saneamento básico estava
relacionado à menor prevalência de diarreia em crianças expostas ao HIV/SIDA.

Implicações para a Alimentação das crianças

De acordo com Ngondi et all, (2016), é necessário implementar programas de apoio


social e econômico para garantir o acesso das famílias à alimentação adequada e segura.
Investimentos em infraestrutura básica, como acesso à água potável e ao saneamento
básico, são essenciais para prevenir doenças e promover a saúde das crianças:

31
 A educação nutricional das famílias sobre práticas alimentares saudáveis e a
importância da higiene alimentar é fundamental para melhorar a nutrição das
crianças;
 É fundamental oferecer programas de educação nutricional para as mães,
especialmente para aquelas com baixo nível de escolaridade ou com menor
conhecimento sobre nutrição infantil;
 Os programas de educação nutricional devem abordar temas como aleitamento
materno, introdução de alimentos complementares, importância de uma dieta
diversificada e rica em nutrientes, e práticas de higiene alimentar;
 O envolvimento das famílias na educação nutricional é crucial para garantir a
efetividade dos programas e a mudança de hábitos alimentares;

 É fundamental monitorar a condição clínica da criança para identificar e tratar


precocemente complicações relacionadas ao HIV/SIDA que podem afetar a
alimentação;
 A dieta da criança deve ser adaptada às suas necessidades nutricionais
específicas, considerando os sintomas e complicações presentes;
 O acompanhamento nutricional regular é essencial para garantir que a criança
receba os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento saudável.

Hábitos Alimentares da Família

Os hábitos alimentares da família, como a preferência por alimentos processados ou


ricos em açúcar, podem ser replicados pelas crianças, influenciando negativamente sua
alimentação, (Akinsola et all, 2015).

Num estudo realizado em Nigéria, descobriu se que as famílias com hábitos


alimentares inadequados, como alto consumo de fast-food e refrigerantes, apresentavam
maior prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças expostas ao HIV/SIDA,
(Akinsola et all, 2015).

De acordo com Nantongo et all, (2017) num estudo realizado em Uganda,


demonstraram que a promoção de hábitos alimentares saudáveis nas famílias, como
consumo regular de frutas, legumes e verduras, resultou em melhora da qualidade da
dieta das crianças e na redução do risco de doenças crônicas.

32
Metodologia

Descrição e localização geográfica da área de estudo

A cidade de Tete, localizada a cerca de 1570 km a norte da cidade de Maputo, a


capital do país. Com uma área de 100 724 km² e uma população de 2 764 169
habitantes em 2017, esta província está dividida em 15 Distritos e possui, desde 2013, 4
municípios: Moatize, Nhamayábué, Tete e Ulongué, (Mae, 2014).
O estudo será desenvolvido no centro de saúde número 3, situado no bairro Francisco
Manyanga próximo a segunda esquadra da cidade de Tete, zona centro de Moçambique
Abordagem e tipo de Estudo

Este será um estudo descritivo, com abordagem quanti-qualitativa, isto é, coleta de


dados quantitativos e qualitativos.

CAPITULO III - ASPECTOS METODOLÓGICOS

Classificação e natureza da pesquisa

Foi realizado um estudo descritivo, com abordagem quanti-qualitativa, isto é,


coleta de dados quantitativos e qualitativos, para a avaliar o perfil antropométrico e
alimentar, descrever as características sociodemográficas, mensurar os dados
antropométricos e alimentar e caracterizar a frequência de aleitamento materno e
alimentar das Criancas atendidas no Centro de Saude numero 3 na cidade de Tete.

Universo populacional e amostra

A população do estudo será composta por crianças de 6 a 59 anos expostas ao


HIV, atendidas no centro de saúde número 3 de saúde na cidade de Tete, o universo
populacional do estudo é de 474 crianças, portanto, para a pesquisa uma amostra
constituída por 474 crianças, assim sendo, a amostra é considerada pequena e pode não
fornecer informações suficientes sobre a população e, portanto, pode não ser capaz de
detectar diferenças reais entre as populações e pode fornecer resultados menos preciosos
da analise estatística.

Tipo de amostra

33
O tipo de amostragem será não probabilística por conveniência, que é uma técnica de
amostragem não probabilística e não aleatória usada para criar amostras de acordo com
a facilidade de acesso, tendo em conta a disponibilidade de pessoas para fazer parte da
amostra em um determinado intervalo de tempo.

Critérios de Inclusão

 Crianças de 6 a 59 meses que frequentarem as consultas de Consulta de Crianças


em Risco (CCR) no período de recolha de dados;
 Crianças expostas ao HIV, cujo os pais ou encarregados aceitarem participar do
estudo e, assinarem o termo de consentimento livre e informado;
 Crianças expostas ao HIV com acompanhante igual ou maior de 18 anos.

Critério de exclusão
Foi critério de exclusão:

1. Crianças menores de 6 meses e maiores de 59 meses de idade;


2. Crianças não expostas ao HIV.

Técnica e instrumento de recolha de dados

Para recolha de dados usou-se guião de entrevista contendo perguntas do tipo

Para a realização da pesquisa, será utilizado o método bibliográfico que consiste na


revisão de literaturas, será utilizada a entrevista como uma das principais técnicas de
recolha de dados na qual a investigadora interagirá com o seu grupo alvo para buscar
dados desejados por via de questionários.

Procedimentos de Recolha de dados

Após submissão e aprovação junto ao Comité de Ética em pesquisa da


Faculdade de Ciências de Saúde, contactos foram feitos junto a direcao do centro de
saude numero 3 para o início da pesquisa através da entrega de credencial de solicitação
e a devida planificação das actividades em dias e horas em que os intervenientes
estavam disponis.

Análise e interpretação de dados

34
Os dados foram compilados e analisados no Microsoft Office, para variáveis
quantitativa usou-se a análise de conteúdo.

Considerações Éticas
O estudo aderio as normas nacionais e internacionais de investigação científica
ética, em cumprindo da Declaração de Helsínquia da Associação Médica, sobre os
princípios éticos para a pesquisa médica envolvendo seres humanos, e pediu-se
autorização do Comité de Bioética por escrito, da Universidade de Zambeze Faculdade
de ciências de Saúde-Tete, para uma aprovação de consideração ética.

CAPÍTULO IV- APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

35
Conclusão

36
Sugestões

37
1. Referencia Bibliográficas
2. Akinsola et al. (2011). Early introduction of complementary foods and diarrhoea
in HIV-exposed infants in Nigeria. PLoS One, 6(10), e25442.
3. Arnaiz MG. Paradojas de la alimentacion conteporanea. Barcelona-instituto
Catalão de Antropologia, 1996
4. Caderno de Atenção Básica, nº 23, do MSB, SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição
Infantil Aleitamento Materno e Alimentação Complementar
5. Fiedler et al. (2013), HIV-infected mothers: a meta-analysis. AIDS, 27(12),
1871-1881.
6. Ministério de Saúde Brasileiro. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Saúde da Criança e do Adolescente. Guia alimentar para crianças menores de 2
anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 104 p.
7. Ministério da Saúde do Brasil. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde.
Brasília, 2008
8. MISAU- Inquérito Demográfico e Saúde de Moçambique, 2011.
9. Ministério da Saúde. Manual operacional: Programa Nacional de
Suplementação de Vitamina A. Brasília, 2010b. Disponível em:
<http://www.saude.gov.br/nutricao>
10. Oliveira RD, pesquisa social e ação educativa São Paulo 1985.p 17-33.
11. Parida et all. (2013). Effect of breastfeeding on infant mortality among children
born to HIV-infected mothers: a meta-analysis. AIDS, 27(12), 1871-1881.
12. Nantongo et all. (2012). Effect of a nutrition education intervention on dietary
quality and diarrhea in HIV-exposed infants in Uganda. The American journal of
clinical nutrition, 95(3), 647-654.

38
13. Organização Mundial da Saúde, 2012, Diretrizes sobre alimentação infantil.
Genebra: OMS, 2008. 252 p.
14. Ngondi et all. (2016). children born to HIV-infected, 2016. UNAIDS. Global
AIDS Update 2023. Genebra: UNAIDS, 2023. P.232.
15. Viswanathan et all. (2009). Breastfeeding and infant mortality among children
born to HIV-infected mothers in Uganda. Pediatrics, 124(6), e1357-e1363.
16. Wootmann kaa habitos e ideiologias alimentares em grupos sociais de baixa
renda, 1978, Effect of a nutrition education intervention on dietary quality and
diarrhea in HIV-exposed. 132-2613
17. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Collaborative Study Team on
the Role of Breastfeeding on the Prevention of Infant Mortality. Effect of
breastfeeding on infant and child mortality due to infectious diseases in less
developed countries: a pooled analysis. Lancet, [S.l.], v. 355, p. 451-5, 2010.
18. Santos EC, Franca I Junior, Lopes F. QualityoflifeofpeoplelivingwithHIV/AIDSin
São Paulo, Brazil. RevSaúde Publica. 2017; 41(2): 64-71.
19. ROCHA, P. B. Perfil alimentar e nutricional dos pacientes HIV positivo atendidos
em um serviço público de saúde de Porto Alegre/RS. 2007. 47f. Monografia
(Nutrição) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Medicina,
UFRGS, 2007.
20. Ribeiro CSA. Prevalência de alterações nutricionais e fatores de risco para
desnutrição em pacientes hospitalizados por HIV/AIDS. Dissertação (Mestrado) –
Universidade Federal da Bahia, Escola de Nutrição, 2010.
21. Renshaw J. AnoverviewoftheHumanImmunodeficiencyVirus (HIV). Journal of
Paramedic Practice. 2016; 8(10):507-14.
22. REIS, L. C. Perfil nutricional de crianças e adolescentes portadores de HIV
em acompanhamento ambulatorial. 2008. 109f. Dissertação (Pós-Graduaçãoem
Saúde Pública) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

39
23. Apêndice I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E IMFORMADO

Eu_______________________________________________. Declaro que fui


devidamente informado/a a respeito da pesquisa “AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS
ALIMENTARES EM CRIANÇAS EXPOSTAS AO VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMA, ” e ter recebido uma cópia da folha de informação
do entrevistado. Sei de que não haverá nenhum risco durante a colecta de informações,
de que as informações obtidas serão mantidas em segredo e serão usadas apenas para
fins da pesquisa e por isso aceito participar voluntariamente na mesma.

Tete,_______de_________________de_______

O Entrevistado/a O Pesquisador

____________________________ ________________________

Contactos: 874807901

40
24. Apêndice II: GUIÃO DE ENTREVISTA

Autor da pesquisa: Nucha Raimundo Manuel (Estudante da Universidade Zambeze –


Faculdade de Ciências de Saúde-Tete)

Saudação, Meu nome é Nucha Raimundo Manuel, Estudante da Universidade


Zambeze – Faculdade de Ciências de Saúde-Tete, pretendo realizar uma entrevista sobre
“Avaliação das Práticas Alimentares em Crianças expostas ao vírus da
Imunodeficiência Humana, Segundo Semestre De 2024”. Agradecia a sua
colaboração pois o estudo é de grande relevância, tem a finalidade de colher dados para
saber o estado nutricional das crianças portadores de HIV/SIDA que frequentam o
centro de Saúde no número 3 da cidade de Tete. Também advertir que notas hão-de ser
tomadas e também poderão decorrer gravações, fotografias se for necessário.

41
Anexo

Guia de entrevista

Dados Demográficos

1. Qual o nome da sua criança?

___________________________________________________________________
___________________________________________________

2. Qual a idade da sua criança? (em meses)


______________________________________________________________
3. Qual o seu sexo?

A. Masculino
B. Feminino

4. Qual o seu nível de escolaridade?

A. Sem escolaridade
B. Ensino Médio Incompleto
C. Ensino Médio Completo
D. Ensino Superior Incompleto

5. Qual a sua profissão?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

42
Hábitos Alimentares

1. Com que frequência sua criança mama no peito?

A. Nunca

B. Menos de 2 vezes por dia

C. De 2 a 4 vezes por dia

D. 5 ou mais vezes por dia


E. Exclusivamente

2. Com que frequência sua criança recebe leite materno ordenhado?

A. Nunca
B. Menos de 2 vezes por dia
C. De 2 a 4 vezes por dia

1. Com que frequência sua criança come alimentos sólidos?

A. Menos de 2 vezes por dia


B. De 2 a 4 vezes por dia
C. 3 vezes ao dia
D. 4 vezes ao dia ou mais

3. Quais alimentos sua criança costuma comer? (Selecione todas as opções que se
aplicam)

A. Frutas
B. Legumes
C. Verduras
D. Grãos integrais
E. Carnes magras
F. Peixe
G. Ovos
H. Laticínios

43
I. Doces

4. Sua criança costuma comer em família?

A. Nunca
B. Raramente
C. Às vezes
D. Frequentemente
E. Sempre

2. Sua criança costuma fazer lanches entre as refeições?

A. Nunca
B. Raramente
C. Às vezes
D. Frequentemente
E. Sempre

3. Sua criança costuma beber água suficiente?

A. Não
B. Pouco
C. Sim, a quantidade adequada
D. Sim, mais do que a quantidade adequada

4. Sua criança costuma ter acesso a alimentos saudáveis?

A. Não
B. Pouco
C. Sim, a quantidade adequada

5. Sua criança costuma ter acesso a alimentos processados, doces e


guloseimas?

A. Não

44
B. Pouco
C. Sim, a quantidade adequada
D. Sim, mais do que a quantidade adequada

Acesso à Alimentação

1. Sua família tem acesso a água potável segura?

A. Não
B. Sim, sempre
C. Sim, na maioria das vezes
D. Sim, algumas vezes
E. Sim, raramente

2. Sua família tem acesso a saneamento básico?

A. Não
B. Sim, sempre
C. Sim, na maioria das vezes
D. Sim, algumas vezes

Anexo 2

Termo de Consentimento Livre e Informado

Projeto de Pesquisa

Tema:

PRÁTICAS ALIMENTARES EM CRIANÇAS DE 6 A 59 MESES DE IDADE


EXPOSTAS AO HIV

Instituição: Faculdade de Ciências de Saúde - Tete

Pesquisadora: Nucha Raimundo Manuel

45
1. Introdução

Convido-lhe a participar de um estudo de pesquisa sobre as práticas alimentares de


crianças de 6 a 59 meses expostas ao HIV. O objetivo deste estudo é identificar
possíveis deficiências nutricionais, promover hábitos alimentares saudáveis e contribuir
para o desenvolvimento saudável das crianças.

2. O que será feito neste estudo?

Se concordar em participar deste estudo, será entrevistado(a) sobre seus praticas


alimentares em seu filho. A entrevista será realizada pela pesquisadora e levará cerca de
15 minutos.

3. Quais são os riscos e benefícios de participar deste estudo?

Não há riscos conhecidos em participar deste estudo. Os benefícios potenciais deste


estudo incluem a identificação de possíveis deficiências nutricionais em seu filho(a) e o
recebimento de informações e recursos sobre como promover hábitos alimentares
saudáveis.

4. Confidencialidade

Todas as informações colhidas neste estudo serão confidenciais. Seu nome e o nome do
seu filho(a) não serão divulgados em nenhuma publicação ou apresentação.

5. Direito de Recusar ou Desistir da Participação

Você tem o direito de recusar a participação neste estudo ou de desistir da sua


participação a qualquer momento. Se você decidir desistir da participação, seus dados
serão excluídos do estudo.

6. Consentimento

Ao assinar este termo, você declara que:

 Foi informado(a) sobre os objetivos, métodos, riscos e benefícios deste estudo.

46
 Teve a oportunidade de fazer perguntas e receber respostas satisfatórias.
 Concorda em participar deste estudo e permitir que seja entrevistado(a).
 Compreende que tem o direito de recusar a participação ou de desistir da sua
participação a qualquer momento.
 Concorda que todas as informações colhidas neste estudo serão confidenciais.

Nome do (a)
Participante:_________________________________________________

Assinatura do (a) Participante:____________________________________________

Data: ______/_____/_______

Nome da Pesquisadora: _________________________________________________

Assinatura da Pesquisadora: ____________________________________________

Data: _____/_____/______

Cópia do Termo de Consentimento:

Você receberá uma cópia deste termo de consentimento para seus registros.

Obrigada por sua participação!

Se você tiver alguma dúvida sobre este estudo, por favor, entre em contato com a
pesquisadora ou através deste contacto.

Contato: 874807901

47
15. ANEXO I-Credencial

48
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

ANEXO II: CARTA DE CONFIRMAÇÃO DO ORIENTADOR DO TRABALHO


DE CONCLUSÃO DO CURSO

Naira Debora venho por este meio na qualidade de orientador, informar que acompanhei
o trabalho de conclusão do curso do estudante Nucha Raimundo Manuel, com código
de estudante número 203022041055, frequentando o curso de nutrição, com título:
Avaliação Das Práticas Alimentares Em Crianças Expostas Ao Vírus Da
Imunodeficiência Huma Sendo assim, confirmo que o trabalho encontra se em
condições de ser avaliado.

Tete, Novembro de 2024


_______________________________
Naira Debora
Declaração da orientadora

49
Declaração da Orientadora
Declaro para os devidos fins que Nucha Raimundo Manuel, estudante do curso de
Licenciatura em Nutrição, está autorizada a entregar o trabalho de conclusão do curso
para obtenção de grão de Licenciatura.

Tete, Novembro de 2024


Orientadora
___________________
Naira Debora

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ANEXO III: REQUERIMENTO DIRIGIDO AO SENHOR DIRECTOR DA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

EXMO SENHOR DIRECTOR DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE DE


TETE
TETE

Nucha Raimundo Manuel, solteira, nascido a 18 de Janeiro de 2003, Natural de


Chimoio, Província de Manica, filha de Raimundo Manuel e de de Fina Armando
Jonasse, portador de Cartão de Eleitor nº: 073373-21052331115(070068-04/585,
emitido na EPC Mateus Sansão Mutemba, aos 21/05/2023. Estudante desta faculdade
com código de estudante número 203022041055, vem mui respeitosamente requerer a
V. Excia se digne autorizar a marcação da defesa do trabalho de culminação do curso
com titulo Avaliação Das Práticas Alimentares Em Crianças Expostas Ao Vírus Da
Imunodeficiência Huma supervisionado pela Licenciada Naira Debra, pelo que:

Pede deferimento

Tete, Novembro de 2024

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Nucha Raimundo Manuel

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