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Guia de Acessibilidade - 1.2 - Secult

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GUIA DE ACESSIBILIDADE,

INCLUSÃO E PROTAGONISMO
DA PESSOA COM DEFICÊNCIA
NA CULTURA
Orientações para os agentes culturais e fazedores
de cultura como forma de prever a inclusão e
protagonismo de pessoas com deficiência nos
projetos culturais, nas atividades artísticos/
culturais, nos serviços e produtos culturais, nos
espaços públicos, nas análises e avaliações e
demais instrumentos de fomento cultural.
(EXPEDIENTE) CONTRA-CAPA
APRESENTAÇÃO
Ei, sabes qual é a maior barreira para a pessoa com deficiência
no acesso aos bens, serviços e ações culturais?

A falta de conhecimento e empatia, que se traduzem em


barreiras intransponíveis e nos impedem de usufruir dos
conteúdos culturais e das oportunidades de protagonismo
nas ações culturais. Então se liga aí, que nós vamos te
auxiliar a tornar o teu projeto, produto e serviço cultural
mais acessível a todos os públicos. Segue o baile.

Meus manos, todos nós já sabemos que todo e qualquer


projeto cultural deve garantir a acessibilidade universal
aplicada à linguagem de suas produções. É lei e deve ser
cumprida. Saca a Lei Nacional nº 13.146/2015 (Estatuto da
Pessoa com Deficiência) e Definição de Acessibilidade
Cultural - Decreto nº 43.811, de 05 de outubro de 2022. A
garantia do usufruto e da produção cultural por pessoas
com deficiência é exigência legal e urgente.

Este guia prático foi produzido a partir de encontros entre a


Secult, agentes culturais, instituições, comissões e pessoas
com deficiência chamados para construir este caminho
de orientações aos agentes e fazedores de cultura que
elaboram, executam, avaliam e fiscalizam políticas públicas
de cultura. Então, agora é hora de arregaçar as mangas e
partir para prática da ampliação e fortalecimento dos direitos
das pessoas com deficiência na área cultural do nosso Pará.
Vem com a gente.
SUMÁRIO

1. 3. 5.
Acessibilidade Acessibilidade Participação e
Atitudinal Informacional Protagonismo

2. 4. 6.
Acessibilidade Inclusão Representatividade
Comunicacional Profissional

9 19 21 25 29 31
1
CAPÍTULO 1

ACESSIBILIDADE
ATITUDINAL

A acessibilidade atitudinal refere-se à disposição mental


e comportamental das pessoas em relação à inclusão e
ao respeito pelas diferenças individuais, especialmente
aquelas relacionadas à deficiência. Ela se concentra nas
atitudes, percepções e preconceitos que as pessoas têm
em relação às outras, que podem influenciar diretamente
a forma como as pessoas com deficiência são tratadas e
integradas na sociedade. Ou seja, é preciso ter boa vontade
de querer mudar sua atitude e a criação de um ambiente
em que todas as pessoas, independentemente de suas
habilidades ou características individuais, se sintam bem-
vindas, valorizadas e respeitadas.

Ter consciência: Estar ciente das necessidades, direitos e


potencialidades das pessoas com deficiência, reconhecendo-
as como membros igualmente importantes da sociedade.

Ter empatia: Colocar-se no lugar dos outros, compreendendo


os desafios e barreiras que as pessoas com deficiência
podem enfrentar em suas vidas diariamente.

Ter respeito: Tratar todas as pessoas com dignidade e


consideração, sem discriminação com base em sua condição
física, mental ou sensorial.

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Agora, a parte principal é tomar atitude de adaptar • Não generalize o comportamento das pessoas com
ambientes, procedimentos e comportamentos para deficiência.
atender às necessidades individuais das pessoas com
deficiência, garantindo que elas tenham acesso igualitário • Se a pessoa não aceitar ajuda, não fique chateado. Não é
a oportunidades e serviços em condições para a utilização, nada com você.
com segurança e autonomia, total ou assistida. Ou seja, • É necessário o planejamento e treinamentos da equipe
tomar atitudes adequadas que visam proporcionar bem- do projeto e do espaço onde será realizado o projeto,
estar, acolhimento e acesso à fruição cultural para pessoas para evitar atitudes capacitistas baseadas na falta de
com deficiência. conhecimento sobre a realidade social das pessoas com
deficiência na atualidade e sobre suas reais necessidades.
Vamos começar por usar a
terminologia adequada Orientações e auxílio para pessoas com
O termo que devemos usar em projetos, textos e divulgações deficiência física, usuários de cadeira de
é o termo PESSOA COM DEFICIÊNCIA. rodas ou equipamentos de locomoção

Pessoa com deficiência visual; • É necessária a permissão da pessoa para tocar a cadeira.
Pessoa com baixa visão;
• Só empurre a cadeira de rodas se for solicitado. De maneira
Pessoa surda ou pessoa com deficiência auditiva
cuidadosa e calma, atento a obstáculos. Não empurrar a
Pessoa com deficiência intelectual;
cadeira sem ser solicitado.
Pessoa com surdo-cegueira;
Pessoa com deficiência física ou com locomoção reduzida. • Frente a um obstáculo que não consiga transpor, solicite
ajuda qualificada como brigadistas.
• Pergunte se a pessoa quer ou precisa de auxílio, antes de
tomar a iniciativa de auxiliar. • Falar sempre de frente para a pessoa. Em casos de
conversas longas, sentar-se na mesma altura dela.
• Fale diretamente com a pessoa e não com
acompanhantes. • Tenha na sua equipe técnica uma pessoa usuária de
cadeira de rodas, que seja responsável por identificar
todos os obstáculos no trajeto desde a entrada geral do

12 13
público, quanto acesso a todos os lugares como palco, Pessoas com deficiência visual
camarins, coxias, banheiros, lanchonetes, saídas de
emergências, salas vip e áreas reservadas para usuários • Apresente-se ou identifique-se para que a pessoa saiba
de cadeira de rodas ou equipamentos de locomoção. com quem da equipe está falando.

• Pergunte se ela precisa e qual o tipo de auxílio.


Pessoas com deficiência auditiva e surdos • Se disponibilize para guiar a pessoa, mas antes pergunte
• Não grite, não precisa alterar o tom de voz. qual o melhor lado para que ela se apoie.

• Ao falar com a pessoa fique de frente, de modo que ela • Atente-se, pois algumas pessoas com baixa visão
veja seus lábios e possa fazer a leitura labial. preferem caminhar sem segurar o braço do guia.

• Ao recepcionar um grupo ou visitante pergunte qual a • Jamais segure na roupa, na bengala ou no cão guia para
melhor maneira de se comunicar: Libras ou leitura labial. guiar pessoas com deficiência visual.

• Em qualquer situação, dirija-se a pessoa e/ou participantes, • Ande um passo à frente da pessoa cega e avise
não com o intérprete. verbalmente acerca de obstáculos, mudanças de rota e
mudança de ambientes.
• Identifique a necessidade de um intérprete de Libras
na inscrição das atividades artísticos-culturais, ou • O guia adapta os seus passos aos da pessoa guiada.
disponibilize intérprete de Libras em todas as atividades
• Avise se existem outras pessoas no local, indicando
do projeto ou inclua este na equipe geral.
quantidade e características (homens, mulheres, crianças)
• Lembre-se que traduzir para Libras requer muito gasto - quando necessário, avise o que está fazendo ou o que
de energia física, logo é preciso ter dois intérpretes irá fazer.
revezando a cada 30 minutos de interpretação.
• Ao orientá-lo use a própria como ponto de orientação: “à
• É importante saber que a língua de sinais não é sua Direita”, “à sua frente”.
exatamente como a língua Portuguesa.
• Em apresentações, palestras e cursos, o falante deve
inicialmente falar sem o auxílio de microfone, para que

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a pessoa cega tenha a localização espacial de onde o • É garantido por lei à pessoa com deficiência visual
falante está. ter permissão para entrar em QUALQUER LUGAR
acompanhada do cão guia.
• Faça sua autodescrição identificando suas características
físicas. • Nunca fale ou toque um cão-guia, ele
está TRABALHANDO!
• Se você for guiá-lo por uma exposição de arte, tenha
conhecimento das técnicas, instrumentos usados, e • Quando o animal estiver descansando pergunte ao tutor
descreva as imagens e recursos visuais com detalhes se pode tocar no animal.
importantes.
• Não dê instruções ao cão-guia. O cão-guia só recebe
• Comunicar antecipadamente ao se aproximarem de instruções de seu tutor e/ou treinador.
passagens estreitas e da necessidade de mudança de
posições.
Pessoas com surdo-cegueira
• Ao oferecer uma poltrona ou cadeira, solicite permissão
e coloque a mão da pessoa sobre o encosto ou assento, • Usam sistemas de comunicação e tecnologias assistivas
e comunique se a cadeira for de rodinhas, segurando a hápticos e multissensoriais: Tadoma, Libras, Táteis, Libras
cadeira. ou fala aproximada, Braille ou escrita na mão, Textos
Braille, Linha Braille, Estenotipia Braille.
• Na escada, posicione a mão da pessoa no corrimão e
posicione-se a frente na descida e atrás na subida. • Raramente saem de casa sozinhos.

• Use piso tátil para identificar os espaços seguros de • Estão sempre acompanhados de Guias e intérpretes
circulação. (profissional, familiar ou amigo responsável pela
orientação espacial e comunicação).

Cão-Guia
Pessoas com deficiência intelectual
• Cão-guia é um animal adestrado para desempenhar
a função de guia. É uma forma segura de promover a • Ao falar dirija-se à pessoa (fale com os acompanhantes
independência e inclusão social da pessoa cega. somente em caso de extrema necessidade).

16 17
• O tratamento da pessoa com deficiência intelectual deve
ser de acordo com sua idade cronológica. Um adulto deve
ser tratado como um adulto.

• A comunicação deve ser objetiva.

• Se necessário, repetir a mensagem.

• No caso de dificuldade no entender do que foi falado,


peça para repetir.

Pessoas com TEA


Transtorno do Espectro Autista e
Neurodivergentes*
• Tempo mais curto nas atividades propostas para este
grupo.

• Utilize uma comunicação objetiva.

• Monte espaços expositivos com diminuição de estímulos


(menos pessoas, menos som, menos recursos visuais).

• Não forçar diálogos/interações.

• Ambientes acolhedores.

* Pessoas neurodivergentes apresentam um


funcionamento neurocognitivo atípico, ou seja, um
funcionamento fora da média esperada. Diagnósticos
como: dislexia, TEA, TDAH e síndrome de Tourette são
exemplos de pessoas consideradas neurodivergentes.

18 19
2
CAPÍTULO 2

ACESSIBILIDADE
FÍSICA
• Verificação permanente das condições de acessibilidade
nas edificações, equipamentos culturais e locais onde
haverá as atividades culturais.

• Comunicação entre órgãos para tornar acessível seus


entornos e o transporte que leva ao espaço/equipamento
cultural.

21
3
CAPÍTULO 3

ACESSIBILIDADE
COMUNICACIONAL
• Considerar os recursos básicos de acessibilidade
comunicacional na difusão, na exibição e na divulgação
do projeto em diferentes mídias como: Textos de livros e
publicações transcritos em Braille e caracteres ampliados,
gravados em versão auditiva, com interpretação em Libras,
com legenda para pessoas com deficiência auditiva, com
versão em escrita simples e comunicação alternativa;

• Vídeos e exibições de filmes com audiodescrição,


interpretação em Libras, legendas para surdos e com os
correspondentes textuais constantes;

• Audiodescrição, interpretação em libras e legendas em


apresentações teatrais, de dança, performances e shows
de música erudita ou popular

• Recursos táteis: maquetes táteis das edificações/Recursos


táteis: maquetes táteis das edificações/construções
históricas, monumentos e sítios arqueológicos,

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mapas e/ou maquetes táteis dos espaços internos do
equipamento cultural, pranchas táteis de obras e imagens
bidimensionais, sinalização de espaços e identifi cação
dos recursos acessíveis em Braille e com caracteres
ampliadas.

• Tornar os recursos assistivos como parte da experiência/


conteúdo, para benefício de todos os públicos e
incentivando a cultura e a estética da acessibilidade
cultural.

24 25
4
CAPÍTULO 4

ACESSIBILIDADE
INFORMACIONAL
• Informações em formatos acessíveis, considerando
as pessoas com deficiência e adequando o acesso à
informação.

27
5
CAPÍTULO 5

INCLUSÃO
PROFISSIONAL
• Possibilitar que de artistas, consultores, educadores,
produtores culturais e outros colaboradores com
deficiência integrem os projetos.

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6
CAPÍTULO 6

PARTICIPAÇÃO E
PROTAGONISMO
• Fomentar a participação, colaboração e representação
nos projetos culturais por meio da proposição de
conselhos e comitês inclusivos; residências artísticas,
culturais e educativas; eventos que discutam a temática
da acessibilidade cultural e outras oportunidades de
participação.

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7
CAPÍTULO 7

REPRESENTATIVIDADE
• Assegurar a representação de pessoas com deficiência
na temática dos projetos culturais, possibilitando a
sua contribuição social nos processos históricos e no
desenvolvimento da sociedade atual nas mais diversas
esferas da vida.

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