FEMINISMO E EMPODERAMENTO
DE MULHERES
Profa. Rose - EEMTI Simão Ângelo - Penaforte - CE
OBJETIVOS
● Entender o motivo pelo qual o machismo é um passado
que não passa
● Refletir sobre o feminismo como um movimento político
fundamental ao exercício da cidadania
● Encorajar o empoderamento das mulheres em nossa
contemporaneidade
O MACHISMO EM NOSSA
CONTEMPORANEIDADE
Ao perguntar ao google sobre trabalho doméstico, veja as imagens:
O LUGAR DA MULHER É NA COZINHA?
AS MULHERES SÃO INTELECTUALMENTE INFERIORES?
AS SUFRAGISTAS ERAM MULHERES FEIAS E RANCOROSAS POR NUNCA TEREM SIDO BEIJADAS?
AQUI, O ENCORAJAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
ABRANDAMENTO DE SEUS EFEITOS
OS MEMES ACIONAM ANTIGAS
REPRESENTAÇÕES MISÓGINAS IMPOSTAS ÀS
MULHERES
O MACHISMO É UMA CONSTRUÇÃO HISTÓRICO SOCIAL
Historicamente, mulheres independentes e empoderadas enfrentaram fuxico,
sabotagem e todo tipo de violência.
Por mais de 5 mil anos, as mulheres foram representadas pelos signos de
fraqueza, descontrole, inferioridade e perigo.
De acordo com a concepção judaico-cristã, do Gênesis, o pecado original entrou
no mundo por intermédio de Eva e da serpente. Ambas condenaram o homem à
morte e à perdição.
Para Fonseca (2018) e Feldman (2007), à figura feminina se atribuiu a imagem de
seres perniciosos, ardilosos e de natureza duvidosa, da qual ninguém pode
confiar, por isso o Judaísmo definiu que a presença feminina fosse limitada aos
espaços privados.
Para o filósofo grego, homens e mulheres se unem
pela reprodução, no entanto, sua existência está
condicionada ao fato de que, para a manutenção da
espécie, há o “ser que manda e outro que
obedece” (ARISTÓTELES, 2004, P. 12). A
inteligência, autoridade e poder de chefe atribuídos
aos homens, seria uma determinação da natureza
humana. Já as mulheres deveriam usar sua força
para vencer as dificuldades de obedecer e exercer
a função subalterna de cuidar da casa.
O MOMENTO ÁUREO DA MISOGINIA
Mulher vaidosa se olha no espelho
e vê o traseiro do diabo. A cena
estabelece uma clara relação
entre o rosto vaidoso da mulher e
a imagem do demônio, que
simboliza uma escatologia (o fim
do tempo). A Ilustração de 1493,
conhecida por: O diabo e a
coquete, de autoria de Albrecht
Dürer para Do Cavaleiro da
Torre, de Geoffrey IV de la Tour
Landry, escrito originalmente em
francês, entre 1371 a 1372, para o
ensinamento das suas filhas.
Na obra Emílio, Rousseau defende a
inferioridade intelectual feminina ao afirmar
que os estudos de matemática, por serem
rigorosos e pautados em sequência lógica
e raciocínio abstrato, não eram adequados
para as mulheres. No entanto, a biografia
de Hipátia e outras tantas mulheres,
provam que Rousseau e o machismo são
completamente errados.
Todavia, os estudos de gênero apontam que apesar dessa
desigualdade atravessar a história da humanidade, foi no
século XIX, que se consolidou e legitimou as ideias
machistas nos discursos científicos da época. Soihet (1997)
afirma que na Era Vitoriana se construiu a crença de que as
mulheres não trabalhavam ou que o trabalho pesado não era
próprio do sexo feminino. Segundo a autora, esse estereótipo
se sustenta “na invisibilidade atribuída ao trabalho doméstico
e cuidado com as crianças, que apareciam como algo
instintivo e emanado de amor” (SOIHET: 1997, P. 285).
“Bela, recatada e do lar” é um clichê do século XIX, que retrata o que
deveria ser a verdadeira mulher no pensamento machista: bonita, de
barriga sarada e submissa ao marido. Um comportamento diferente
traria a desestruturação da família e o fim da estabilidade social. A
charge de 1879, Bela, recatada e do lar, retrata o que deveria ser a
"verdadeira mulher"
As sufragistas foram mulheres que lutaram por direitos civis (liberdade, igualdade e propriedade),
políticos (voto feminino) e sociais (trabalho, renda, segurança e dignidade.
A representação das sufragistas pela cultura machista
As sufragistas foram acusadas de destruir a família e abandonar os filhos
A medicina chegou a produzir remédios para combater a fraqueza e as doenças
que rodeavam as mulheres
A propaganda do remédio “A SAÚDE DA MULHER” era destinada também aos
maridos, para que suas esposas pudessem normalizar as regras e o casal ser feliz.
Não é difícil perceber que os memes não
construíram uma nova representação sobre as
mulheres. Eles apenas atualizam em linguagem
curta e debochada, discursos presentes em
textos religiosos, filosóficos e científicos.
Contudo, as teses: LUGAR DE MULHER É NA
COZINHA e MULHER É INTELECTUALMENTE
INFERIOR, se popularizaram na passagem do
século XIX para o século XX, por meio de
charges e propagandas difundidas
internacionalmente.
Por que os memes acionam essa memória?
Os memes atualizam antigas representações sobre as mulheres no
intuito de:
● desqualificar as mulheres, o movimento feminista e suas lutas por
direitos
● Encorajar a violência doméstica e abrandar os seus efeitos
● Promover a negação do feminicídio
● Enfraquecer as denúncias de violência e o andamento dos
processos;
● Promover a impunidade
● Desencorajar o empoderamento feminino na vida pública e
privada;
● Impedir o debate em torno de questões fundamentais ao exercício
da cidadania e inclusão;
● Angariar recursos financeiros com a monetização na internet.
FONTE: Machismo, um passado que não passa: memes e usos
políticos da memória na cena pública contemporânea. Autoras:
Flávia, Rayssa, Íris do 2 ano A - Ceará Científico 2024.
Avaliação - 2,0 pontos!
Responder as questões e entregar ao professor.
1. Por que o feminismo precisa ser entendido como um movimento
político fundamental ao exercício da cidadania?
2. De que maneira, a escola pode encorajar o empoderamento
das mulheres em nossa contemporaneidade?