3.almeida Jr. - Rabello - 2022 - Usuário e Recuperação de Informação
3.almeida Jr. - Rabello - 2022 - Usuário e Recuperação de Informação
DOI: https://doi.org/10.21728/logeion.20
https://doi.org/10.21728/logeion.2022v9nesp.p482
482-495
Rodrigo Rabello2
Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília
[email protected]
______________________________
Resumo
No âmbito da Biblioteconomia e da Ciência da Informação o usuário é visto, emteoria, como a direção, como o
norteador de todas as ações desenvolvidaspelos equipamentos informacionais. Esse é apenas um discurso,
destoante daprática do profissional bibliotecário em seu trabalho com a informação. Ousuário, a partir dessa
concepção, é entendido como o sujeito principal doprocesso não só de referência, mas abrang
abrangendo todas as ações
das bibliotecasou, ampliando, dos equipamentos informacionais. Um pretenso encobrimentodas interferências,
tanto do espaço como dos que nele atuam, tende adefender uma impossível neutralidade. Tal neutralidade, a
partir do olhar daárea da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, ficaria evidenciada sob aescolha do
usuário como o fim último do fazer das bibliotecas e dosbibliotecários. Com esse olhar em perspectiva,
precisamos apontar e discutir,mais pormenorizadamente, alguns itens:
itens:- O primeiro deles, e não necessariamente
em ordem de importância, é a ideiade que tudo é feito para o sujeito informacional (ou qualquer
outradenominação presente na literatura da área e empregada
mpregada pelos que nela atuame os que a pesquisam
formalmente) e a organização
ganização inteira da biblioteca estávoltada para satisfazer as necessidades, desejos e
interesses informacionaisapresentados pelo usuário. Não é isso o que de fato ocorre e essa é uma daspropostas a
serem abordadas no presente texto.
Palavras-chave: Ciência
ia da informação. Bibliotecas. Bibliotecários.
Abstract
In the scope of Librarianship and Information Science, the user is seen, in theory, as the direction, as the guide of
all actions developed by informational equipment. This is just a speech, contrary to the practice of professional
librarians in their work with information. The user, from this conception, is understood as the main subject of the
process, not only of reference, but encompassing all actions of libraries or, expanding, of informa informational
equipment. An alleged concealment of interference, both from space and from those who work in it, tends to
defend an impossible neutrality. Such neutrality, from the point of view of Librarianship and Information
Science, would be evidenced by choos
choosing
ing the user as the ultimate purpose of what libraries and librarians do.
With this look in perspective, we need to point out and discuss, in more detail, some items: - The first of them,
and not necessarily in order of importance, is the idea that everyth
everything
ing is done for the informational subject (or
any other denomination present in the literature of the area and employed by those who work in it and those who
formally research it) and the entire organization of the library is aimed at satisfying the inform
informational needs,
desires and interests presented by the user. This is not what actually happens and this is one of the proposals to
be addressed in this text.
1
Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo
Paulo.
2
Doutorado em Ciência da Informação pela Faculdade de Filosofia e Ciências.
Esta obra está licenciada sob uma licença
Creative Commons Attributi
Attribution
on 4.0 International (CC BY-NC-SA
BY 4.0).
LOGEION: Filosofia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, 2022, edição Especial
al, p. 482-495.
ARTIGO
1 INTRODUÇÃO
2 UM
M POUCO DA HISTÓRIA
dos cursos de Biblioteconomia das décadas de 1960, 1970 e 1980, estudaram as disciplinas de
classificação e catalogação dividindo códigos (pois poucos estavam disponíveis, muito aquém
do necessário) ou se utilizando de péssimas reproduções e, algum
algumas,
as, apenas de forma parcial.
As discussões mais teóricas eram iniciativas de professores de outras áreas,
professores esses que tinham dificuldade em compreender a Biblioteconomia e, por isso, não
tinham como criar relações entre suas especialidades, via disciplinas que ministravam, e os
interesses da área do curso.
O baixo número de publicações em português, específicas sobre a área da
Biblioteconomia, redundou em um fazer moldado nas ações técnicas, uma vez que estas
estavam baseadas em uma aplicação qu
quee não dependia de discussões teóricas muito
profundas. Os poucos livros publicados em português, naquele período, quase não
contemplavam e focavam o Serviço de Referência.
Na década dos anos 1980, os periódicos que se mantinham eram praticamente os
mesmos que tinham surgido no início dos anos 1970, ou seja, a RBBD – Revista Brasileira de
Biblioteconomia e Documentação
Documentação,, publicada pela FEBAB, a RBB – Revista de
Biblioteconomia de Brasília
Brasília,, publicada pela ABDF (Associação dos Bibliotecários do Distrito 485
Federal) –, a Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG
UFMG,, que alterou o nome,
posteriormente, para Perspectivas em Ciência da informação e a Ciência da Informação,
Informação
publicada pelo IBICT. Alguns outros periódicos, infelizmente, tiveram vida curta.
Em relação aos livros, pode
pode-se observar que
“Em âmbito geral, alguns autores eram lidos, citados e tinham suas ideias
reproduzidas. Entre eles, Bradford, Pierce Butler (este da Escola de Chicago), Jesse
Shera, Ranganathan e suas 5 leis da Biblioteconomia (embora seu li livro tenha sido
traduzido para o português apenas em 2009), Fosket, além, claro, de Dewey e Paul
Otlet. Na área do serviço de Referência, o texto de autor estrangeiro de mais fácil
acesso no Brasil era o “Introduction to Reference Work”, de Katz e Katz (que
chegou a ser publicado em 4 volumes e nunca foi traduzido para o português).
Outros autores, com obras traduzidas: Margareth Hutchings, que foi muito bem
aceita pelos que estudavam a área e Xavier Placer. Entre os brasileiros, destacam
destacam-se
Myriam Gusmão de Martins e, principalmente, Neusa Dias de Macedo e Nice
Meneses de Figueiredo. Estas duas últimas buscaram discutir o Serviço de
Referência. (ALMEIDA JÚNIOR, 2016).
mesmo à defesa de muitos bibliotecários de que o Serviço de Referência poderia ser exercido
por qualquer pessoa, não necessitando de uma formação específica.
Tendo surgido formalmente no final dos anos 1890, como dito anteriormente, o
Serviço de Referência, até mesmo pela dificuldade na disseminação de ideias novas pelo
mundo, demorou muito para chegar a maioria dos luga
lugares
res do mundo. No Brasil, que
acompanhava o movimento bibliotecário da Europa, as propostas de um atendimento
específico aos usuários eram conhecidas por poucos, mesmo após a implantação de um
modelo estadunidense de formação desse profissional, iniciado no
noss anos de 1930.
A exemplo das técnicas bibliotecárias, o serviço de referência também foi idealizado e
construído para a organização dos documentos e direcionado para um espaço específico do
acervo, o de “obras de referência”. Os primeiros livros publicad
publicados
os no Brasil – e muitos
editados no exterior, dos quais tivemos acesso – apresentavam o serviço de referência com a
preocupação voltada para esse tipo de documento. Há uma lógica – embora distorcida – nesse 486
pensamento: serviço de referência – obras de referência.
Vale um parêntese neste momento. O termo utilizado nos Estados Unidos quando da
proposta de um espaço exclusivo para atendimento ao público foi “Reference Work”.
Chegando ao Brasil, foi ele simplesmente traduzido para “Serviço de Referência”, sem a
preocupação em adaptar o termo original para que fosse adequadamente entendido pelos
usuários. Até hoje o termo dá nome a espaços nas bibliotecas e continua sem compreendido
pelos que frequentam as bibliotecas. Assumiu
Assumiu-se
se o termo, mas não necessariamente, o que ele
de fato representa. Para amenizar essa falta de entendimento por parte do usuário, acresceu
acresceu-se
“Informação” após Serviço de Referência, passando a ser conhecido como Serviço de
Referência e Informação. Uma nova sugestão troca os termos finais: S
Serviço
erviço de Informação e
Referência. Qual o motivo para que os bibliotecários continuem ferrenhamente agarrados ao
termo?
Além do vínculo do serviço de referência com obras de referência, uma outra relação
pode ser aqui evidenciada: a de que esse serviço é cconstruído,
onstruído, estudado e pensado sob bases
apenas metodológicas. Não há teorias, mas tão somente maneiras de atendimento, passos,
etapas e, no bojo dessa visão, a procura por barreiras e formas que obstaculizam o “bom”
atendimento. Assim que cada barreira é ddescoberta,
escoberta, surgem respostas pontuais para resolvê-
resolvê
las.
A não existência de teorias no serviço de referência e informação faz com que seu
ensino também se faça a partir e com base em ações, em práticas. Os professores se valem das
metodologias existentes e veiculadas pelos livros especializados e esse caráter prático é
assimilado e reproduzido.
O controle existente em outros segmentos do fazer bibliotecário, entretanto, é de difícil
implantação no serviço de referência e informação, uma vez que é ali que o contato com o
usuário de fato se concretiza e todas as ações que envolvem o ser humano traz problemas
quase intransponíveis. Não é possível controlar o usuário fora do ambiente da biblioteca, mas
é possível, sim, determinar e orientar as formas de uso dos espaços aos quais tem ele acesso; é
possível, sim, exigir que o usuário se molde à estrutura organizacional e de acesso aos
materiais; é possível, sim, determinar como se dá o processo de recuperação da informação,
focado nos documentos e não em seus cont
conteúdos
eúdos ou na apropriação por parte do usuário.
O bibliotecário busca maneiras práticas para atender, de forma adequada, eficiente e
eficaz o usuário que, por sua vez, deve sair satisfeito com as respostas que conseguiu. Esse é o
objetivo dos que atuam no serviço de atendimento ao público. O nosso entendimento é
completamente diferente desse. Acreditamos que a biblioteca organiza os documentos, 487
preparando-os,
os, sob um olhar coletivo, para a posterior recuperação. A base do fazer
bibliotecário na organização vvolta-se
se para uma compreensão das necessidades, interesses e
desejos dos usuários de maneira geral, coletiva. No atendimento, o bibliotecário – e não outro
profissional –,, a partir do seu conhecimento da organização do sistema da biblioteca, da
linguagem artificial
tificial implantada, dos estudos de usuários realizados e que lhe dão um
conhecimento sobre eles, procura relacionar a construção coletiva com demandas individuais.
A formação do bibliotecário enfatizou – e em muitos casos ainda enfatiza – a relação
do serviço
viço de referência e informação com as obras de referência e com seu não verdadeiro
caráter prático.
A falta de teorias junto ao serviço de referência e informação propiciou que emergisse
a mediação da informação. Esta perspectiva aborda reflexões e discu
discussões que ocupam
lacunas presentes nos estudos, pesquisas e discussões sobre aquele serviço. Vale ressaltar, no
entanto, que essa foi a origem da mediação da informação e que, na sequência, assume ela
proporções que abarcam todo o fazer do profissional da informação, tornando-se
tornando base da
Biblioteconomia e da Ciência da Informação e, para alguns autores, até mesmo considerada
como o objeto dessas áreas.
4 USUÁRIO
desejos do usuário – mesmo que não “puros” – significa considerar seus saberes e
conhecimentos. Se o usuário não se adapta à biblioteca, esta não o atende, não tem como
atendê-lo.
A ideia de se entender o usuário como a principal direção da biblioteca, a despeito,
como dissemos, de tal conceito existir apenas no plano do discurso, também acontece em
relação ao próprio bibliotecário. O bibliotecário também acredita ingenuamente que todo o
seu trabalho é voltado para satisfazer o usuário? Qual é o conteúdo das informações que são
fornecidas e que são acessadas ppelo
elo usuário? Basta o acesso ao material físico? Além disso, o
usuário não é uma coisa o que implica em afirmar que o que importa para o atendimento, para
o processo de referência é o que ele consegue emitir como sendo a sua necessidade, o seu
interesse, o seu desejo. Mas, a biblioteca e os bibliotecários se esquecem que o usuário é um
todo e essa necessidade, interesse ou desejo não é um item excluído do todo do usuário, ao
contrário, ela reflete apenas um aspecto dentro desse todo usuário.
Rodrigo Rabello e Almeida Junior (2020) defendem a existência, além do usuário real
e do usuário potencial, do não
não-usuário
489
Acima foi afirmado que os estudos de usuários entendem estes em dois grandes
segmentos: o usuário efetivo (ou usuário real) – o que faz uso, o que está presente
nos espaços e ações da biblioteca – e o usuário potencial – aquele que não faz
uso dos espaços e serviços oferecidos pela biblioteca, mas, desejando e sendo
incentivado, pode se transformar em um usuário efetivo (real). O tterceiro tipo de
usuário simplesmente não é mencionado pela literatura, não está presente nas
pesquisas sobre o tema, ou seja, em não sendo mencionado, esse segmento não
existe, e, em não existindo, não deve ser motivo de preocupação. (p. 13).
O não-usuárioo é aquele que não pode fazer uso da biblioteca, pois ela é constituída de
tal forma que impede esse uso, independente da vontade ou do desejo desse tipo de usuário.
As ideias de educação de usuário querem afirmar, ou deixar transparecer, que existe
uma preocupação
reocupação das bibliotecas em tornar o usuário mais independente e criar a ilusão de
que ele faz e dirige a recuperação da informação que necessita, quando isso não ocorre, pois o
usuário está preso a toda a estrutura administrativa e técnica da biblioteca
biblioteca.
5 RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
6 PROTAGONISMO
Devemos acrescentar a tudo o que foi dito em relação ao usuário, que é ele, mesmo
que de maneira não consciente, visto como uma coisa. O que importa para o atendimento,
para o processo de referência é o que ele consegue emitir como sendo a sua necessidade, o seu
interesse, o seu desejo. Mas, a biblioteca se esquece, e os bibliotecários também, que o
usuário é um todo e essa necessidade não é um item excluído do todo do usuário, ao contrári
contrário,
ela reflete apenas um aspecto dentro do todo do usuário. Então, o que tem que se buscar é sim,
o que ele procura, o que ele quer, mas integrando ao todo do usuário, integrando nele inteiro.
- Todo mundo tem uma razão para fazer o que faz. Os Bibliotecários foram criados
por um homem chamado Biblioden. A maioria das pessoas o chama simplesmente
de O Escrivão. Ele ensinou que o mundo é um lugar estranh
estranho demais, um lugar que
precisa ser posto em ordem, organizado e controlado. [...] Controladas.
- Controladas por aqueles que supostamente sabem mais – acrescentou Bastilla. –
Bibliotecários.
- Então – disse eu -, toda essa ocultação...
- É para criar o mun
mundo que O Escriba idealizou – explicou Sing. – Para criar um
lugar em que a informação seja cuidadosamente controlada por poucos eleitos, e em
que o poder esteja nas mãos de seus seguidores. Um mundo onde não existe nada de
estranho ou anormal. Onde a magia é ridicularizada e tudo pode ser ditosamente
comum. (SANDERSON, 2010, p.139)
em grandes reflexões, mas em quase slogans divulgados na área, boa parte das vezes
dissociados do que realmente ocorre. Ao observarmos, no entanto, as ações ddesenvolvidas
pelas bibliotecas, é fácil entender que o verdadeiro protagonista não é o usuário, mas o
bibliotecário. Pensando melhor, o protagonista, de fato, é o sistema da biblioteca.
Aparentemente, o sistema é algo impalpável, subjetivo, concretizado pe
pelos que atuam no
ambiente da biblioteca, mas, mesmo assim, é ele, sistema, que determina e dita regras e
normas. A Biblioteconomia tem entre seus objetivos o controle. Essa ideia faz parte do
“ideário” biblioteconômico, tanto em concepções basilares da áre
área, como até mesmo
denominando ações dela, como o CBU – Controle Bibliográfico Universal. A concepção de
“controle” impede a participação de estranhos aos seus “intestinos”. Dessa forma, o usuário,
mesmo sendo alardeado como o protagonista da biblioteca, nã
nãoo pode ser considerado como
tal. O sistema, apesar de existir concretamente, passa a ideia de algo não presente, de algo
cujo controle é exercido pelos que dele fazem parte. Essa expressão – “dele fazem parte”,
evidencia o poder escamoteado do sistema, uma vez que, na aparência, os que atuam nos
espaços das bibliotecas é que o constroem. Assim, o sistema determina normas, dita regras,
impõe olhares, cria impedimentos e forja, no microcosmo aquilo que é prescrito no 493
macrocosmo. Sem os usuários, a biblioteca é mera reprodutora de um sistema bibliotecário
que se alimenta em sistemas maiores.
Mesmo, talvez, não sendo conscientemente do mal, os bibliotecários têm
comportamento e ações como se o fossem.
Controlar documentos, controlar informações, controlar conh
conhecimentos
ecimentos impede, na
maioria das vezes e dos locais, que o diferente surja, que novas ideias e concepções, novas
visões de mundo, novas explicações do mundo possam se apresentar.
sobre o usuário, não háá possibilidade deste último assumir o papel de protagonista no
ambiente e na ambiência da biblioteca.
Aceitando que a biblioteca, na recuperação, atende as necessidades informacionais do
usuário, passa ele a ser o objetivo do fazer das bibliotecas. Mas, não é isso o que ocorre. As
necessidades dele, já antecipadamente moldadas, são satisfeitas com base no acervo e nas
políticas criadas e implantadas, além dos serviços oferecidos. O usuário sempre foi
compreendido pela biblioteca como coisa, como objeto, apesar de os bibliotecários
ingenuamente acreditarem no oposto.
Os estudos de usuários, em sua maioria, estão preocupados em analisar a relação deles
com o sistema, mas não buscando formas de alterar a estrutura da biblioteca para atender às
necessidades, interesses e desejos deles. A procura é por tentar formas que melhorem o que já
está posto, que levem os usuários a serem autônomos no processo de recuperação da
informação, embora seguindo os instrumentos e ferramentas utilizados pela biblioteca. A
relaçãoo entre usuário e biblioteca sempre pende para esta.
De maneira próxima ao que ocorre com os estudos de usuários, a educação de usuários
também visa dar ênfase à estrutura do sistema e treinar os usuários no uso e emprego do que é 494
oferecido para que eles possam
ossam recuperar a informação desejada. Parte
Parte-se, tanto nos estudos
como na educação de usuários que eles – os usuários – sabem o que precisam e basta oferecer
produtos documentários que permitem o acesso a necessidades previamente constatada.
Como muitoss entendem a informação como coisa, o usuário também é entendido da
mesma maneira. A coisa nunca será protagonista.
REFERÊNCIAS
495