0% acharam este documento útil (0 voto)
30 visualizações11 páginas

Crimes Contra A Pessoa 2024 Atualizado

Enviado por

CLARA
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
30 visualizações11 páginas

Crimes Contra A Pessoa 2024 Atualizado

Enviado por

CLARA
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 11

CRIMES EM

ESPÉCIE

TÍTULO I – Dos crimes contra a pessoa

CAPÍTULO I - Dos crimes contra a VIDA


Art. 121 - Homicídio (único que admite também a modalidade culposa)
Art. 122 - Induzimento ao suicídio ou à automutilação
Art. 123 - Infanticídio
Art. 124 ao 128 - Aborto

- São crimes dolosos


- Estão todos sujeitos ao Tribunal do Júri quando forem dolosos, consumados ou
tentados (se o crime for culposo, é Vara Criminal Comum).

ART. 121 - HOMICÍDIO


- Matar alguém;
- Pena de reclusão de 6 a 20 anos.

Objetividade jurídica tutelada: Vida

Sujeitos:
Sujeito ativo: qualquer pessoa, sendo crime comum
Sujeito passivo: qualquer pessoa viva, nascida de mulher.
 Crime bicomum: comum tanto no sujeito ativo quanto no sujeito passivo.
Conduta: Retirada da vida de alguém por outra pessoa.
 O início da vida extrauterina se dá com início do parto - com o rompimento do saco
amniótico ou com a incisão, quando o parto é cesáreo. Qualquer conduta feira antes do
início do parto, será considerada aborto, e qualquer conduta feita após o início do parto
será homicídio ou infanticídio (artigo 123 do CP).

Voluntariedade: o homicídio pode ser praticado com Dolo (direto ou eventual) e culpa (é o único
crime contra a vida que admite a modalidade culposa)

Consumação: Morte encefálica (crime material)

Tentativa: A tentativa é admissível.

ESPÉCIES
SIMPLES:
- Reclusão de 6 a 20 anos;
- É o homicídio por exclusão. É aquele que não é privilegiado ou qualificado.
- Em regra, o homicídio simples não é hediondo. É considerado hediondo quando praticado em
atividade típica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente.

PRIVILEGIADO:
-Causa de diminuição da pena (de ⅙ a ⅓ ). São circunstâncias do crime de homicídio, de
natureza subjetiva e, nos termos do artigo 30 do CP, são incomunicáveis ao coautor ou partícipe.
- Nunca será hediondo.

Hipóteses de Privilégio:
1- Motivo de relevante valor moral: é motivo particular.
 Ex: matar o estuprador da sua filha; eutanásia.
2- Motivo de relevante valor social: é o motivo coletivo.
 Ex: matar o traidor da pátria;
3- Domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima

QUALIFICADO:
- Reclusão de 12 a 30 anos;
- Sempre é hediondo

Hipóteses Qualificadoras:
I- Mediante paga, promessa de recompensa ou outro motivo torpe: é o chamado homicídio
mercenário. Ocorre quando o agente recebe pagamento para a prática do crime ou o comete
pois teve uma promessa de recompensa.
Motivo torpe: é aquele demonstrado pela maldade do sujeito em sua motivação para a
prática do crime. Ex: matar alguém para receber uma herança.
Circunstância subjetiva

II- Motivo fútil: é aquele considerado sem importância, portanto, insignificante. Nesse
caso, há uma aparente desproporção entre o crime e a sua motivação. Ex: discussões entre
um casal sobre sua rotina, que resulta em assassinato de alguma das partes.
Circunstância subjetiva

III- Meios: emprego de veneno (Venefício), fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel ou de que possa resultar perigo comum.
Trata-se de interpretação analógica.
Meio insidioso é o meio feito às escondidas – veneno
Meio cruel é aquele que causa mais sofrimento à vítima – fogo, asfixia, tortura
Meio de que possa resultar perigo comum – colocar em perigo um número indeterminado
de pessoas – fogo e explosivo.
Circunstância objetiva.

IV- Recursos: traição (ataque sorrateiro que colhe a vítima desprevenida), emboscada
(tocaia) ou mediante dissimulação (dar falsas mostras de amizade) ou outro recurso que
dificulte ou torne impossível a defesa da vítima: o agente se aproveita da boa-fé da vítima
para garantir maior segurança na prática do crime.
Interpretação analógica
Circunstância objetiva

V- Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem na prática de outro


crime. Chamado de homicídio por conexão.
Espécie de motivo torpe.
Circunstância de natureza subjetiva porque é uma espécie de motivo torpe.
-Homicídio praticado para assegurar a execução de outro crime – o homicídio vem antes e
o outro crime vem depois. Ex.: o sujeito mata o marido para estuprar a esposa. Trata-se de
conexão teleológica.
-Homicídio praticado para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime.
Um crime é praticado e o homicídio vem depois. Ex.: furtar uma loja e matar a testemunha
do crime; matar o comparsa do crime para ficar com o bem subtraído. Trata-se de conexão
consequencial.

VI- Feminicídio: morte da mulher em razão da condição do sexo feminino (par. 2º-A do
artigo 121 – considera-se condição do sexo feminino a prática de crime contra mulher em
violência doméstica ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher).
Circunstância objetiva. Abrange as mulheres trans.

VII- Homicídio funcional (Policídio): matar autoridade ou policial no exercício da função


ou em razão dela, ou seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau. (contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição). Deve haver o nexo
funcional. Trata-se de circunstância de natureza objetiva.

VIII- com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido; Circunstância objetiva

IX- Crime contra menor de 14 anos. Circunstância objetiva.

Pluralidade de qualificadoras:
Havendo mais de uma qualificadora, uma delas será usada para alterar os limites da
pena e a outra, ou outras, serão usadas ou na segunda fase da dosimetria da pena como
agravantes (se constarem dos artigos 61 e 62 do CP) ou, caso não constem, serão usadas
como circunstâncias judiciais desfavoráveis na primeira fase da dosimetria da pena.

É possível homicídio qualificado-privilegiado?


Sim, quando as qualificadoras forem de natureza objetiva porque o privilégio é de
natureza subjetiva. O homicídio qualificado-privilegiado não é hediondo.

HOMICÍDIO CULPOSO: não vai a Júri e não é um crime hediondo.

Artigo 121, par. 3º:


Elementos do Fato Típico Culposo:
a. conduta voluntária;
b. resultado involuntário;
c. nexo causal;
d. tipicidade – excepcionalidade do crime culposo – artigo 18, par. Único.
e. Previsibilidade objetiva – homem médio;
f. Quebra do dever objetivo de cuidado: feita por uma das três modalidades de
culpa.
- Detenção de 1 a 3 anos

Modalidades de Culpa:
- Imprudência – é a culpa por ação. Ex.: dirigir com excesso de velocidade
- Negligência – é a culpa por omissão. Ex.: não reparar os freios do carro.
- Imperícia – é a culpa dentro da profissão, arte ou ofício.

Perdão Judicial – artigo 121, par. 5º, do CP – causa extintiva da punibilidade que ocorre
SOMENTE no HOMICÍDIO CULPOSO. Ocorre quando as consequências da infração
já atingiram o agente de forma tão grave que a pena é desnecessária.

A sentença que concede o perdão judicial não é condenatória, mas declaratória de


extinção da punibilidade (Súmula 18 do STJ).

MAJORANTES
PARA O HOMICÍDIO DOLOSO:
 Aumenta a pena de 1/3 quando praticado contra pessoa maior de 60 anos (artigo 121, par. 4º).
 Aumenta-se a pena de ⅓ a ½ se o crime é praticado por milícia privada (grupo de pessoas
armado (de civis ou não), tendo como finalidade devolver a segurança retirada das
comunidades mais carentes. Para tanto, mediante coação, os agentes ocupam determinado
espaço territorial); grupo de extermínio (reunião de pessoas, matadores, “justiceiros” (civis ou
não) que atuam na ausência ou leniência do poder público, tendo por finalidade a matança
generalizada, chacina de pessoas supostamente etiquetadas como marginais ou perigosas) –
artigo 121, par. 6º.
 Aumenta-se a pena de ⅓ a ½ para o feminicídio praticado: artigo 121, par. 7º: Só se aplica
para o crime de feminicídio:
- durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto;
- contra pessoa maior de 60 anos, com deficiência ou com doenças degenerativas;
- na presença física ou virtual de descendente ou ascendente da vítima;
- em descumprimento das medidas protetivas previstas no artigo 22, incisos I, II e III da
lei 11340/06 (Lei Maria da Penha)

PARA O HOMICÍDIO CULPOSO:


 Aumenta a pena de ⅓ quando o homicídio culposo for resultado de: artigo 121, par. 4º:
- inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício;
- omissão de socorro;
- o agente não procura diminuir as consequências do seu comportamento;
- o agente foge para evitar prisão em flagrante.

ART. 122 – INDUZIMENTO,


INSTIGAÇÃO E AUXÍLIO AO SUICÍDIO
E À AUTOMUTILAÇÃO

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe


auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
§ 3º A pena é duplicada:
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores,
de rede social ou transmitida em tempo real.
§ 5º Aplica-se a pena em dobro se o autor é líder, coordenador ou administrador de grupo, de
comunidade ou de rede virtual, ou por estes é responsável. (Redação dada pela Lei nº 14.811, de
2024)
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e
é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129
deste Código.
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou
contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do
art. 121 deste Código.

Objetividade jurídica tutelada: Vida

Sujeitos:
Sujeito ativo é qualquer pessoa – crime comum
Sujeito passivo: é qualquer pessoa determinada e com capacidade de discernimento.

Conduta: Induzir é fazer nascer a ideia; instigar é reforçar a ideia; auxílio é dar meios para a
execução de um crime.
Trata-se de crime de mera conduta no caput, porque consuma-se com o mero induzimento,
instigação auxílio, independente de resultado.
- Se resulta de lesão grave ou gravíssima → a pena será do 122, §1º.
- Se resulta morte → a pena será do 122, §2º.

Voluntariedade: Dolo direto ou eventual

Consumação: Com a prática de um dos núcleos do tipo do caput.

Tentativa: É possível.

MAJORANTES
§3º A pena é duplicada:
- Se o crime é praticado por motivo egoístico (induzir uma pessoa ao suicídio para receber
herança dela), torpe ou fútil;
- Se a vítima é menor (entre 14 e 18 anos) ou tem diminuída, por qualquer causa, a
capacidade de resistência. Se a vítima for maior de 18 anos, a pena do agente será a do
caput ou par. 1º ou par. 2º, sem aumento. E se a vítima for menor de 14 anos, as penas
serão dos par. 6º e 7º.

§4º Aumento da pena até o dobro se a conduta é feita por meio de redes de computadores, rede
social ou transmitida em tempo real. A pena será aumentada de 1/6 até o dobro)

§5º Aumenta-se em dobro a pena se o autor é líder, coordenador, ou administrador de grupo,


comunidade ou rede virtual, ou por eles responsável.

§6º Se do induzimento, instigação ou auxílio resulta lesão de natureza gravíssima contra menor
de 14 anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental não tem discernimento para o
ato ou não pode oferecer resistência, o agente responde pelo art. 129, §2º, CP. (2 a 8 anos)

§7º Se do crime resulta morte de:


- menor de 14 anos;
- daquele que por enfermidade ou deficiência mental não tem discernimento;
- daquele que não pode oferecer resistência
O agente responde pelo art. 121, ou seja, por homicídio (reclusão de 6 a 20 anos) e não pelo art.
122 do CP.

Duelo americano, roleta russa e pacto de morte:


Pacto de morte (ambicídio) ocorre quando duas pessoas combinam a eliminação de suas vidas
conjuntamente.
Imaginemos um casal de namorados que decide um suicídio a dois, escolhendo, para tanto,
trancar-se em uma sala, abrindo a torneira de gás.
Existindo um ou mias sobreviventes, pergunta-se: foi ele que abriu a torneira?
O que abriu a torneira de gás, se for o sobrevivente, responderá por homicídio, uma vez que fez
ato executório de matar.
Se o sobrevivente foi aquele que não abriu a torneira, responderá por induzimento ao suicídio
com resultado morte.
Se os dois sobreviverem, o que abriu a torneira de gás responderá por tentativa de homicídio e o
outro responderá por induzimento ao suicídio.

ART. 123 - INFANTICÍDIO


- Matar sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após.
Detenção de 2 a 6 anos

Objetividade jurídica tutelada: Vida extrauterina

Sujeitos: Bipróprio
Ativo- só a mãe puérpera (art. 30 CP). Admite-se, porém, coautoria e participação
Passivo- só o filho (nascente ou neonato)

Conduta: Morte do próprio filho (nascente ou recém-nascido) praticada pela mãe puérpera,
durante ou logo após o parto.

Voluntariedade: Dolo (direto ou eventual). Não há crime de infanticídio culposo. Caso a mãe
mate culposamente o filho, haverá homicídio culposo.

Consumação: Morte do nascente ou neonato.

Tentativa: Admissível

CONCURSO DE PESSOAS:
- Mãe puérpera (autora) mata o filho com auxílio de 3º (partícipe) → ambos respondem pelo
artigo 123, CP (Teoria Monista)

- Mãe puérpera e 3º (coautoria) matam o nascente ou neonato → ambos respondem pelo artigo
123, CP (Teoria Monista)

- 3º (autor) mata o nascente ou neonato com auxílio da mãe puérpera (participe) → para a maior
parte da doutrina, ambos respondem pelo crime do artigo 123 do CP, em adoção à teoria unitária
ou monista. O professor César Roberto Bitencourt entende que nesse caso, o terceiro responde
por homicídio e a mãe por infanticídio, cindindo-se a teoria unitária ou monista. A justificativa é
o artigo 29, par. 2º, do CP – se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste. (desvio subjetivo de condutas ou cooperação dolosamente distinta)
ABORTO
- É a interrupção da gravidez com a destruição do produto da concepção (óvulo fecundado – até a
8ª semana; embrião – até a 15ª semana; feto – a partir da 15ª semana).

ART. 124 – Autoaborto ou Aborto


consentido
- Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque

Objetividade jurídica tutelada: Vida intrauterina

Pena: Detenção de 1 a 3 anos.

Sujeitos:
Ativo - só a gestante (crime próprio e de mão própria)
Passivo- feto

Conduta: a mulher grávida que provoca aborto em si mesma ou que, vai a uma clínica e
consente na prática do aborto.

Voluntariedade: Dolo (direto ou eventual). Não há crime de aborto culposo.

Consumação: Morte do feto

Tentativa: Admissível

ART. 125 - ABORTO SEM CONSENTIMENTO


DA GESTANTE
Provocar aborto sem consentimento da gestante.
Pena- reclusão de 3 a 10 anos

Objetividade jurídica tutelada: Vida intrauterina

Dissentimento:
Gestante não é maior de 14 anos;
Alienada ou débil mental;
Consentimento obtido por fraude, violência ou grave ameaça.

Sujeitos:
Ativo- qualquer pessoa;
Passivo- gestante + feto

Conduta: Provocar aborto sem consentimento da gestante (é provocado por terceiro).

Voluntariedade: Dolo direto ou eventual

Consumação: Morte do feto

Tentativa: Admissível

ART. 126 - ABORTO COM CONSENTIMENTO


DA GESTANTE
Provocar aborto com consentimento da gestante
Pena – reclusão de 1 a 4 anos

Objetividade jurídica tutelada: Vida intrauterina

Sujeitos:
Ativo- qualquer pessoa;
Passivo- feto. A gestante não pode ser sujeito passivo desse crime, uma vez que já responde pelo
artigo 124 (trata-se de exceção à teoria monista)

Conduta: Provocar aborto com consentimento da gestante.

Voluntariedade: Dolo direto ou eventual

Consumação: Morte do feto

Tentativa: Admissível

ART. 127 – Majorantes da pena

 As penas cominadas nos dois artigos anteriores (artigos 125 e 126) são aumentadas de um
terço, se a gestante sofre lesão corporal de natureza grave em consequência do aborto ou
dos meios empregados para provocá-lo.
 As penas são duplicadas se, por qualquer dessas causas, à gestante sobrevier a morte.
ART. 128 - CAUSAS DE EXCLUSÃO DA
ILICITUDE – Hipóteses de permissão do
aborto
Não se pune o aborto praticado por médico:

- Para salvar a vida da gestante (espécie de estado de necessidade) → Aborto Necessário: requisitos:
- aborto praticado por médico
- perigo de vida da gestante
- impossibilidade de outro meio para salvá-la

- Gravidez resultada de estupro + consentimento → exercício regular do direito: Aborto


Sentimental, Humanitário ou Ético. Requisitos:
- aborto praticado por médico
- gestante vitima de estupro
- prévio consentimento da gestante ou de seu representante legal

Você também pode gostar