Brincadeiras africanas: do norte ao sul da África
• 1. ‘Terra-mar’ (Moçambique)
Risque uma reta longa no chão. De um lado se escreve “terra”, no
outro “mar”. Inicie a brincadeira com todas as crianças do lado “terra”.
Ao falar “mar”, todas devem pular para o lado indicado, assim como ao
falar “terra”, devem pular para o lado dito. Quem pular para o lado
errado sai. O último a ficar vence.
• 2. ‘Meu querido bebê’ (Nigéria)
Um jogador é escolhido e sai. Os jogadores restantes selecionam
alguém para ser o “bebê”. O “bebê” deve deitar no chão enquanto os
outros desenham seu contorno. Após terminar o desenho, chame o
jogador que saiu no começo para tentar adivinhar de quem é a silhueta
desenhada. Se acertar, pontua e continua nas próximas rodadas; caso
não acerte, outro entra em seu lugar. Vence quem conseguir mais
pontos.
• 3. ‘Da Ga’ (Gana e Nigéria)
“Da Ga” significa jiboia. Desenhe um retângulo no chão, que será a
“casa da cobra”. Um jogador fica dentro desta marcação, ocupando o
papel de serpente. Todos os outros jogadores devem ficar próximos ao
quadrado. A cobra deve tentar tocar nos jogadores. Caso sejam
tocados, os jogadores vão para a casa da cobra, onde todos devem
ficar de mãos dadas, utilizando apenas a mão livre para tentar tocar os
jogadores. O último que não foi pego pela cobra vence.
• 4. ‘Pombo’ (Gana)
Sete pedras são colocadas no chão. A criança deve selecionar uma
pedra, jogá-la para o alto e pegar outra pedra com a mesma mão, sem
deixar a pedra jogada para o alto cair. O processo se repete na segunda
rodada, com a criança tentando pegar duas pedras; na terceira, três, e
assim por diante. Se não conseguir, passa a vez para outro jogador.
• 5. ‘Gutera Uriziga’ (Ruanda)
Equipamentos: um grande aro (bambolê ou roda de bicicleta) e bastões
(cabo de vassoura, bambu, etc). Uma criança é selecionada como líder,
para rolar o aro escolhido. As outras devem ficar ombro a ombro em
uma linha reta segurando os bastões. Os jogadores devem tentar jogar
os bastões através do aro em movimento e ganha quem pontuar mais.
• 6. ‘Pegue a cauda’ (Nigéria)
Formam-se duas ou mais equipes. Cada uma deve formar uma fila
tocando a cintura ou ombro do participante à sua frente. O último da
fila coloca um lenço no bolso ou cinto, enquanto a primeira comanda a
perseguição e tenta pegar uma “cauda” de outra equipe. Ganha quem
pegar mais lenços; caso sejam apenas duas equipes, vale quem pegar
primeiro.
• 7. ‘Kakopi’ (Uganda)
Com exceção do líder, todos se sentam em uma linha reta ou círculo
com as pernas estendidas. As crianças devem cantar alguma canção de
escolha livre; enquanto cantam, o líder aponta para cada uma das
pernas dos participantes. Quando a música parar, a criança que estiver
com a perna apontada pelo líder deve dobrar o membro. Quando
ambas as pernas de um participante forem dobradas, ele está fora.
Vence o último a ficar com uma perna estendida.
• 8. ‘Si Mama Kaa’ (Tanzânia)
Essa brincadeira traz uma música em suaíle, um dos idiomas falados
na Tanzânia. Em círculo ou espalhados, os participantes dançam
obedecendo as instruções da canção:
Si mama kaa / Si Mama Kaa
Ruka, ruka, ruka / Si Mama Kaa
Tembea, tembea, tembea / tembea, tembea, tembea
Ruka, ruka, ruka / Si Mama Kaa
Kimbia, kimbia, kimbia / kimbia, kimbia, kimbia
Ruka, ruka, ruka / Si Mama Kaa
Legenda:
Si Mama: ficar parado em pé
Kaa: abaixar
Ruka: pular
Tembea: andar
Kimbia: correr
• 9. ‘Acompanhe meus pés’ (Zaire)
Com exceção do líder, os participantes devem fazer um círculo. O líder
canta e bate palmas; no fim da música, ele desafia uma das crianças
na roda para uma dança. Se o selecionado conseguir fazer os passos
propostos pelo líder, ela se torna o novo líder. Se não conseguir, o líder
escolhe outro participante e repete a dança.
• 10. ‘Ampe’ (Gana)
Um jogador é o líder, enquanto os outros ficam em um semicírculo. O
líder fica de frente para um dos jogadores que está nas extremidades
do grupo. Batem palmas, pulam, saltam e colocam um pé à frente. Se
os dois colocarem o mesmo pé para frente, o líder está fora e o
vencedor marca um ponto, virando o novo líder. Se colocarem pés
diferentes, o líder continua e realiza o mesmo processo com outro
jogador. Ganha quem acumular mais pontos.
A culinária da África
A culinária africana é parte integrante das diversas culturas do
continente, refletindo sua longa e complexa história. A evolução da
culinária africana está intimamente ligada à vida dos povos nativos.
Influenciada por suas práticas religiosas, clima e agricultura local . As
primeiras sociedades africanas eram em grande parte compostas por
caçadores-coletores que dependiam da coleta de frutas silvestres,
vegetais, nozes e animais de caça para seu sustento. À medida que a
agricultura se desenvolveu em todo o continente, houve uma mudança
gradual para um estilo de vida mais estável com o cultivo de safras
como milheto, sorgo e, mais tarde, milho. A agricultura também trouxe
uma mudança na dieta, levando ao desenvolvimento de uma variedade
de tradições culinárias que variam de acordo com a religião. Muitos
pratos tradicionais africanos são baseados em dietas baseadas em
plantas e sementes. Cada região da África desenvolveu suas próprias
práticas culinárias distintas, moldadas por ingredientes locais, história
colonial e comércio. Na África Ocidental, por exemplo, os pratos
geralmente apresentam arroz, painço e feijão complementados por
ensopados picantes feitos com peixe, carne e folhas verdes. O uso de
pimenta, amendoim e óleo de palma também é difundido nesta região.
A culinária centro-africana , por outro lado, tende a ser mais simples e
depende muito de alimentos ricos em amido, como mandioca e
banana-da-terra, geralmente servidos com fontes feitas com
amendoim ou vegetais. Na África Oriental , particularmente em países
como Quênia, Tanzânia e Uganda, a culinária reflete uma combinação
de práticas agrícolas nativas e influências de rotas comerciais com a
Índia e o Oriente Médio. Alimentos básicos como milho, feijão e arroz
são comumente consumidos junto com pratos como Ugali (um mingau
à base de milho) e sukuma wiki (um prato feito de couve). As áreas
costeiras da África Oriental, particularmente ao longo da costa suaíli,
apresentam frutos do mar e caril temperados com especiarias como
cardamomo e cravo, uma influência direta dos comerciantes indianos e
árabes. A culinária da África Austral também exibe uma mistura de
ingredientes indígenas e influências coloniais. Pratos como pap (um
mingau à base de milho) biltong (um tipo de salsicha) são populares
em países como África do Sul, Botsuana e Namíbia. A culinária é
caracterizada pelo uso de carne de caça, milho e feijão, bem como
influências europeias introduzidas durante os tempos coloniais.
Tradicionalmente, as várias culinárias da África usam uma combinação
de ingredientes à base de plantas e sementes, sem ter alimentos
importados. Em algumas partes do continente, a dieta tradicional
apresenta uma abundância de produtos de tubérculos de raiz. A África
representa uma rica história de adaptação, comércio e engenhosidade.
Embora as diferenças regionais sejam pronunciadas, o uso de
ingredientes locais e técnicas de cozinha tradicionais continua sendo
central para a identidade culinária do continente. A África Central , a
África Oriental , a África do Norte , a África Meridional e a África
Ocidental têm pratos, técnicas de preparação e modos de consumo
distintos.