Patrimônio de Afetação e SPE
Patrimônio de Afetação e SPE
Mais
+
Aspectos básicos
do pAtrimônio de AfetAção, dA sociedAde de propósito
específico (spe) e dA sociedAde em contA de pArticipAção (scp)
Aspectos básicos
do pAtrimônio de AfetAção, dA sociedAde de propósito específico
(spe) e dA sociedAde em contA de pArticipAção (scp)
TE AM
estA pUbLicAção fAZ pArte dA 8ª edição do Kit QUALidAde sindUscon-mg
fichA técnicA
Realização
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais – Sinduscon-MG
Rua Marília de Dirceu, 226 – 3º e 4º andares – Lourdes
CEP: 30170-090 – Belo Horizonte-MG
Telefone: (31) 3253-2666 – Fax: (31) 3253-2667
E-mail: [email protected]
www.sinduscon-mg.org.br
Elaboração
Assessoria Econômica
Coordenação do Projeto
Economista Daniel Ítalo Richard Furletti
Economista Ieda Maria Pereira Vasconcelos
Assessora de Comunicação
Jorn. Néllie Vaz Branco - RJ 15654 JP
Projeto gráfico
AVI Design Comunicação e Marketing
Fotos de capa
Gladyston Rodrigues
Luciano Fotorelli (MRV)
S616c
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais.
Aspectos Básicos do Patrimônio de Afetação, da Sociedade de Propósito Específico (SPE)
e da Sociedade em Conta de Participação (SCP). Belo Horizonte: Sinduscon-MG, 2014.
80 p. il
Diretores Elaboração
Área Administrativa e Financeira Econ. Ieda Maria Pereira Vasconcelos
Rodrigo Mundim Pena Veloso (Assessora econômica)
Adv. Fernando Augusto Cardoso de Magalhães
Área Imobiliária (Magalhães, Silva & Viana Sociedade de
Bráulio Franco Garcia Advogados)
Adv. Humberto Portela
Área de Materiais e Tecnologia (Portela, Lima & Colen Advogados)
Cantídio Alvim Drumond
Colaboração
Área de Meio Ambiente Joedilson Resende Machado (Auxiliar Técnico)
Eduardo Henrique Moreira Ciro Souza Lopes (Estagiário)
PALAVRA DO PRESIDENTE.............................................................................................. 9
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 79
pALAvrA do
presidente
9
1 introdUção
Em que pese a Lei nº 4.591/64 (Lei de Condomínio e Incorporações), ter trazido imensa
contribuição para a regulação jurídica do mercado de incorporações, dispondo sobre
os direitos e obrigações de cada uma das partes envolvidas nesta atividade, a Lei
10.931/2004 a completou, trazendo ainda mais proteção e garantias aos adquirentes
de unidades autônomas. A partir da sua vigência, o mercado imobiliário nacional
passou a contar com um instrumento moderno e seguro, servindo de grande estímulo
ao seu desenvolvimento.
11
pAtrimônio
de AfetAção
Saiba
Mais
+
2 pAtrimônio de AfetAção
2.1 conceito
1 Lei nº 10.931/2004 – Um marco para o mercado imobiliário – publicação realizada pela Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC).
13
princípios e efeitos
jUrídicos do pAtrimônio de AfetAção nAs
incorporAções imobiLiáriAs
Saiba
Mais
+
3 princípios e efeitos jUrídicos do pAtrimônio de
AfetAção nAs incorporAções imobiLiáriAs
Caput e § 1º do art. 31-A da Lei nº 4.591/64, que foi introduzido pela Lei
10.931/2004 – artigo 53
Art. 31-A - A critério do incorporador, a incorporação poderá ser submetida
ao regime da afetação, pelo qual o terreno e as acessões objeto de incorporação
imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados, manter-se-ão
apartados do patrimônio do incorporador e constituirão Patrimônio de Afetação,
destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades
imobiliárias aos respectivos adquirentes.
§1º O Patrimônio de Afetação não se comunica com os demais bens, direitos
e obrigações do patrimônio geral do incorporador ou de outros patrimônios de
afetação por ele constituídos e só responde por dívidas e obrigações vinculadas à
incorporação respectiva.
§2º do art. 31-A da Lei nº 4.591/64, que foi introduzido pela Lei 10.931/2004
– artigo 53
§2º O incorporador responde pelos prejuízos que causar ao Patrimônio de
Afetação.
2 Autores do fascículo nº 29 – Patrimônio de Afetação na Incorporação Imobiliária do Manual Lex – Prática Imobiliária
– Editora Lex Magister – São Paulo – Data da Publicação: 19/11/2010.
15
3.3 princípio dA Livre onerAção vincULAdA
Todo produto da alienação das frações ideais e quotas da construção será pago
pelo incorporador até que a responsabilidade pela sua construção seja assumida por
terceiro, ou seja, o incorporador responderá pela destinação prioritária dos recursos
financeiros para a construção.
§ 5º e §6º do art. 31-A da Lei nº 4.591/64 que foram introduzidos pela Lei
10.931/2004 – artigo 53
§5º As quotas de construção correspondentes a acessões vinculadas a frações
ideais serão pagas pelo incorporador até que a responsabilidade pela sua construção
tenha sido assumida por terceiros, nos termos da parte final do §6º do artigo 35.
§6º Os recursos financeiros integrantes do Patrimônio de Afetação serão
utilizados para pagamento ou reembolso das despesas inerentes à incorporação.
17
constitUição
do pAtrimônio de AfetAção
Saiba
Mais
+
4 constitUição do pAtrimônio de AfetAção
Conforme o Art. 31-B, da Lei nº 4.591/64 que foi introduzido pela Lei
10.931/2004 – artigo 53:
Considera-se constituído o Patrimônio de Afetação mediante averbação, a
qualquer tempo, no Registro de Imóveis, de termo firmado pelo incorporador e,
quando for o caso, também pelos titulares de direitos reais de aquisição sobre o
terreno.
Parágrafo Único: A averbação não será obstada pela existência de ônus reais
que tenham sido constituídos sobre o imóvel objeto da incorporação para garantia
do pagamento do preço de sua aquisição ou do cumprimento de obrigação de
construir o empreendimento.
19
bens QUe pertencem
Ao pAtrimônio de AfetAção
Saiba
Mais
+
5 bens QUe pertencem Ao pAtrimônio de AfetAção
Conforme o Art. 31-A, da Lei nº 4.591/64 que foi introduzido pela Lei
10.931/2004 – artigo 53:
Art. 31-A. A critério do incorporador, a incorporação poderá ser submetida
ao regime da afetação, pelo qual o terreno e as acessões objeto de incorporação
imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados, manter-se-ão
apartados do patrimônio do incorporador e constituirão Patrimônio de Afetação,
destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades
imobiliárias aos respectivos adquirentes.
21
recUrsos excLUídos
do pAtrimônio de AfetAção
Saiba+
Mais
6 recUrsos excLUídos do pAtrimônio de AfetAção
Conforme o § 8º do art. 31-A da Lei nº 4.591/64 que foi introduzido pela Lei
10.931/2004 – artigo 53:
Excluem-se do Patrimônio de Afetação:
I. Os recursos financeiros que excederem a importância necessária à
conclusão da obra (art. 44), considerando-se os valores a receber até
sua conclusão e, bem assim, os recursos necessários à quitação de
financiamento para a construção, se houver e
II. o valor referente ao preço de alienação da fração ideal de terreno de cada
unidade vendida, no caso de incorporação em que a construção seja
contratada sob o regime por empreitada (art. 55) ou por administração
(art.58)”.
23
pArtes envoLvidAs
no pAtrimônio de AfetAção
Saiba
Mais
+
7 pArtes envoLvidAs no pAtrimônio de AfetAção
Conforme o Art. 31-C da Lei nº 4.591/64 que foi introduzido pela Lei
10.931/2004 – artigo 53:
A Comissão de Representantes e a instituição financiadora da construção
poderão nomear, às suas expensas, pessoa física ou jurídica para fiscalizar e
acompanhar o Patrimônio de Afetação.
§1º A nomeação a que se refere o caput não transfere para o nomeante
qualquer responsabilidade pela qualidade da obra, pelo prazo de entrega do imóvel
ou por qualquer outra obrigação decorrente da responsabilidade do incorporador
ou do construtor, seja legal ou oriunda dos contratos de alienação das unidades
imobiliárias, de construção e de outros contratos eventualmente vinculados à
incorporação.
§2º A pessoa que, em decorrência do exercício da fiscalização de que trata
o caput deste artigo, obtiver acesso às informações comerciais, tributárias e de
qualquer outra natureza referentes ao patrimônio afetado responderá pela falta de
zelo, dedicação e sigilo destas informações.
§3º A pessoa nomeada pela instituição financiadora deverá fornecer cópia de
seu relatório ou parecer à Comissão de Representantes, a requerimento desta, não
constituindo esse fornecimento quebra de sigilo de que trata o §2º deste artigo.
25
comissão
de representAntes
Saiba
Mais
+
8 comissão de representAntes
27
obrigAções
do incorporAdor
Saiba+
Mais
9 obrigAções do incorporAdor
O Art. 31-D da Lei 4.591/64 que foi introduzido pela Lei 10.931/2004 – Artigo
53 contempla as obrigações do incorporador no Patrimônio de Afetação
Incumbe ao incorporador:
I. promover todos os atos necessários à boa administração e à preservação
do Patrimônio de Afetação, inclusive mediante adoção de medidas
judiciais;
II. manter apartados os bens e direitos objeto de cada incorporação;
III. diligenciar a captação dos recursos necessários à incorporação e aplicá-
los na forma prevista desta Lei, cuidando de preservar os recursos
necessários à conclusão da obra;
IV. entregar à Comissão de Representantes, no mínimo a cada três meses,
demonstrativo do estado da obra e de sua correspondência com o prazo
pactuado com os recursos financeiros que integrem o Patrimônio de
Afetação recebidos no período, firmados por profissionais habilitados,
ressalvadas eventuais modificações sugeridas pelo incorporador e
aprovadas pela Comissão de Representantes;
V. manter e movimentar os recursos financeiros do Patrimônio de Afetação
em conta de depósito aberta especificamente para tal fim;
VI. entregar à Comissão de Representantes balancetes coincidentes com o
trimestre civil, relativos a cada Patrimônio de Afetação;
VII. assegurar à pessoa nomeada nos termos do art. 31 – C o livre acesso
à obra, bem como aos livros, contratos, movimentação da conta de
depósito exclusiva, referida no inciso V deste artigo, e quaisquer outros
documentos relativos ao Patrimônio de Afetação e,
VIII. manter a escrituração contábil completa, ainda que esteja desobrigado
pela legislação tributária.
29
extinção
do pAtrimônio de AfetAção
Saiba+
Mais
10 extinção do pAtrimônio de AfetAção
Conforme o Art. 31-E da Lei 4.591/64 que foi introduzido pela Lei 10.931/2004
– Artigo 53:
O Patrimônio de Afetação extinguir-se-á pela:
I. averbação da construção, registro dos títulos de domínio ou de direito
de aquisição em nome dos respectivos adquirentes e, quando for o
caso, extinção das obrigações do incorporador perante a instituição
financiadora do empreendimento;
II. revogação em razão de denúncia da incorporação, depois de restituídas
aos adquirentes as quantias por eles pagas (art. 36), ou de outras
hipóteses previstas em lei; e
III. liquidação deliberada pela assembleia geral nos termos do art. 31-F,
§1º.
31
o pAtrimônio
de AfetAção e A fALênciA do incorporAdor
Saiba
Mais
+
11 o pAtrimônio de AfetAção e A fALênciA do
incorporAdor
33
convocação, por dois terços dos votos dos adquirentes ou, em segunda
convocação, pela maioria absoluta desses votos, instituirá o condomínio da
construção, por instrumento público ou particular, e deliberará sobre os
termos da continuação da obra ou da liquidação do Patrimônio de Afetação
(art. 43, inciso III); havendo financiamento para construção, a convocação
poderá ser feita pela instituição financiadora.
§2º O disposto no §1º aplica-se também à hipótese de paralisação das obras
prevista no art. 43, inciso VI.
§3º Na hipótese de que tratam os §§1º e 2º, a Comissão de Representantes
ficará investida de mandato irrevogável para firmar com os adquirentes
das unidades autônomas o contrato definitivo a que estiverem obrigados o
incorporador, o titular do domínio e o titular dos direitos aquisitivos do imóvel
objeto da incorporação em decorrência de contratos preliminares.
§4º O mandato a que se refere o §3º será válido mesmo depois de concluída
a obra.
§5º O mandato outorgado à Comissão de Representantes confere poderes
para transmitir domínio, direito, posse e ação, manifestar a responsabilidade
do alienante pela evicção e imitir os adquirentes na posse das unidades
respectivas.
§6º Os contratos definitivos serão celebrados mesmo com os adquirentes
que tenham obrigações a cumprir perante o incorporador ou a instituição
financiadora, desde que comprovadamente adimplentes, situação em que a
outorga do contrato fica condicionada à constituição de garantia real sobre o
imóvel, para assegurar o pagamento do débito remanescente.
§7º Ainda na hipótese dos §§1º e 2º, a Comissão de Representantes ficará
investida de mandato irrevogável para, em nome dos adquirentes, e em
cumprimento da decisão da assembleia geral que deliberar pela liquidação
do Patrimônio de Afetação, efetivar a alienação do terreno e das acessões,
transmitindo posse, direito, domínio e ação, manifestar a responsabilidade
pela evicção, imitir futuros adquirentes na posse do terreno e das acessões.
§8º Na hipótese do §7º, será firmado o respectivo contrato de venda, promessa
de venda ou outra modalidade de contrato compatível com os direitos objetos
da transmissão.
§9º A Comissão de Representantes cumprirá o mandato nos termos e nos
limites estabelecidos pela deliberação da assembleia geral e prestará contas
aos adquirentes, entregando-lhes o produto líquido da alienação, no prazo de
cinco dias da data em que tiver recebido o preço ou cada parcela do preço.
§10. Os valores pertencentes aos adquirentes não localizados deverão ser
depositados em Juízo pela Comissão de Representantes.
35
prazo de sessenta dias, a contar da data de realização da assembleia geral de
que trata o § 1º, promoverá, em leilão público, com observância dos critérios
estabelecidos pelo art. 63, a venda das frações ideais e respectivas acessões
que, até a data da decretação da falência ou insolvência não tiverem sido
alienadas pelo incorporador.
§ 15. Na hipótese de que trata o § 14, o arrematante ficará sub-rogado, na
proporção atribuível à fração e acessões adquiridas, nos direitos e nas
obrigações relativas ao empreendimento, inclusive nas obrigações de eventual
financiamento, e, em se tratando da hipótese do art. 39 desta Lei, nas obrigações
perante o proprietário do terreno.
§ 16. Dos documentos para anúncio da venda de que trata o § 14 e, bem
assim, o inciso III do art. 43, constarão o valor das acessões não pagas pelo
incorporador (art. 35, § 6º) e o preço da fração ideal do terreno e das acessões
(arts. 40 e 41).
§ 17. No processo de venda de que trata o § 14, serão asseguradas,
sucessivamente, em igualdade de condições com terceiros:
I. ao proprietário do terreno, nas hipóteses de que seja pessoa distinta
da pessoa do incorporador, a preferência para aquisição das acessões
vinculadas à fração objeto da venda, a ser exercida nas vinte e quatro
horas seguintes à data designada para a venda; e
II. ao condomínio, caso não exercida a preferência de que trata o inciso
I, ou caso não haja licitantes, a preferência para aquisição da fração
ideal e acessões, desde que deliberada em assembleia geral, pelo voto
da maioria simples dos adquirentes presentes, e exercida no prazo de
quarenta e oito horas a contar da data designada para a venda.
§ 18. Realizada a venda prevista no § 14, incumbirá à Comissão de Representantes,
sucessivamente, nos cinco dias que se seguirem ao recebimento do preço:
I. pagar as obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias,
vinculadas ao respectivo Patrimônio de Afetação, observada a ordem de
preferência prevista na legislação, em especial o disposto no art. 186 do
Código Tributário Nacional;
II. reembolsar aos adquirentes as quantias que tenham adiantado, com
recursos próprios, para pagamento das obrigações referidas no inciso I;
III. reembolsar à instituição financiadora a quantia que esta tiver entregue
para a construção, salvo se outra forma for convencionada entre as
partes interessadas;
IV. entregar ao condomínio o valor que este tiver desembolsado para
construção das acessões de responsabilidade do incorporador (§ 6º do
37
o regime especiAL
de tribUtAção (ret) no pAtrimônio de AfetAção
Saiba
Mais
+
12 o regime especiAL de tribUtAção (ret) no
pAtrimônio de AfetAção
O sistema tributário especial que trata este tópico tem caráter opcional e
irretratável enquanto perdurarem direitos de crédito ou obrigações do incorporador
junto aos adquirentes dos imóveis que compõem a incorporação.
Para cada incorporação submetida ao RET, a incorporadora ficará sujeita
ao pagamento de percentual da receita mensal recebida, que corresponderá ao
pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições: IRPJ, CSLL,
Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins.
A opção da incorporação no RET obriga o contribuinte a efetuar o recolhimento
dos tributos, a partir do mês da opção.
Os recolhimentos deverão ser realizados até o 20º dia do mês subsequente aquele
em que houver sido auferida a receita.
Os créditos tributários devidos pela incorporadora na forma do RET não poderão
ser objeto de parcelamento.
A incorporação afetada terá um número de inscrição próprio no Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas – CNPJ, bem como código de arrecadação próprio.
O incorporador fica obrigado a manter escrituração contábil segregada para cada
incorporação submetida ao RET.
A escrituração contábil das operações da incorporação objeto de opção pelo RET
poderá ser efetuada em livros próprios ou nos da incorporadora, sem prejuízo das
normas comerciais e fiscais aplicáveis à incorporadora em relação às operações da
incorporação.
Na hipótese de adoção de livros próprios para cada incorporação objeto de opção
no RET, a escrituração contábil das operações da incorporação poderá ser efetivada
mensalmente na contabilidade da incorporadora, mediante registro dos saldos
apurados nas contas relativas à incorporação.
Assim, cada incorporação imobiliária que instituir o Patrimônio de Afetação e
optar pelo RET ficará sujeito ao pagamento equivalente a 4% (quatro por cento) da
receita mensal recebida, o que corresponderá ao pagamento mensal unificado dos
seguintes impostos e contribuições com a seguinte repartição tributária:
9 1,71% (um inteiro e setenta e um centésimos por cento) como Cofins.
9 0,37% (trinta e sete centésimos por cento) como Contribuição para o PIS/
PASEP.
9 1,26% (um inteiro e vinte e seis centésimos por cento) como IRPJ.
9 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) como CSLL.
39
comparação das alíquotas dos regimes de tributação
Lucro real, Lucro presumido e regime especial de tributação
Regime Especial de
Tributo Lucro Presumido Lucro Real
Tributação
PIS/PASEP 0,65 1,65 0,37
COFINS 3,0 7,6 1,71
IRPJ 1,2 15% sobre o lucro 1,26
CSLL 1,08 9% sobre o lucro 0,66
Fonte: Legislação Lucro Presumido e Lucro Real: RIR/99 - Decreto 3.000, de 26 de março de 1999 e
alterações posteriores.
RET: Lei 10.931/04, Lei 12.841/13; MP 601/12; Lei 12.844/13; MP 656/14.
41
§ 2º O pagamento dos tributos e contribuições, na forma do disposto no
caput deste artigo será considerado definitivo, não gerando, em qualquer
hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela
incorporadora. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 3º As receitas, custos e despesas próprios da incorporação sujeitos a
tributação na forma deste artigo não deverão ser computados na apuração das
bases de cálculo dos tributos e contribuições de que trata o caput deste artigo
devidos pela incorporadora em virtude de suas outras atividades empresariais,
inclusive incorporações não afetadas. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de
2005)
§ 4º Para fins do disposto no § 3º deste artigo, os custos e despesas indiretos
pagos pela incorporadora no mês serão apropriados a cada incorporação na
mesma proporção representada pelos custos diretos próprios da incorporação,
em relação ao custo direto total da incorporadora, assim entendido como
a soma de todos os custos diretos de todas as incorporações e o de outras
atividades exercidas pela incorporadora. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de
2005)
§ 5º A opção pelo regime especial de tributação obriga o contribuinte a fazer o
recolhimento dos tributos, na forma do caput deste artigo, a partir do mês da
opção. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 6º Até 31 de dezembro de 2018, para os projetos de incorporação de imóveis
residenciais de interesse social, cuja construção tenha sido iniciada ou
contratada a partir de 31 de março de 2009, o percentual correspondente ao
pagamento unificado dos tributos de que trata o caput será equivalente a um
por cento da receita mensal recebida. (Redação dada pela Medida Provisória
nº 656, de 2014)
§ 7º Para efeito do disposto no § 6º, consideram-se projetos de incorporação de
imóveis de interesse social os destinados à construção de unidades residenciais
de valor de até R$ 100.000,00 (cem mil reais) no âmbito do Programa Minha
Casa, Minha Vida, de que trata a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009. (Redação
dada pela Lei nº 12.767, de 2012)
§ 8º As condições para utilização do benefício de que trata o § 6º serão definidas
em regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.024, de 2009)
Art. 5º O pagamento unificado de impostos e contribuições efetuado na forma
do art. 4º deverá ser feito até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente àquele em
que houver sido auferida a receita (Redação dada pela Lei nº 12.024, de 2009)
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, a incorporadora deverá utilizar,
no Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF, o número específico
de inscrição da incorporação no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas - CNPJ e
43
instrUção normAtivA
rfb nº 1.435/2013
Saiba
Mais
+
13 instrUção normAtivA rfb nº 1.435/2013
45
As vAntAgens
do pAtrimônio de AfetAção
Saiba +
Mais
14 As vAntAgens do pAtrimônio de AfetAção
47
síntese
(fLUxogrAmA)
+
Saiba
Mais
15 síntese (fLUxogrAmA)
REGISTRO DA AVERBAÇÃO
INCORPORAÇÃO DO TERMO DE
IMOBILIÁRIA AFETAÇÃO
49
teste
modeLoAçento
de
éreQUerimento
ão à pArA institUição do pAtrimônio
de AfetAção
Saiba
Mais
+
16 modeLo de reQUerimento pArA institUição do
pAtrimônio de AfetAção
51
pergUntAs e respostAs
sobre o pAtrimônio de AfetAção
Saiba
Mais
+
17 pergUntAs e respostAs sobre o pAtrimônio de
AfetAção4
53
Anteriormente, o incorporador era obrigado a apresentar aos compradores um
relatório semestral do estado da obra. A partir da Lei nº 10.931/2004 é obrigado a
mostrar o mesmo relatório a cada três meses. Além disso, o incorporador terá de exibir,
também trimestralmente, um balancete do empreendimento, cuja operacionalização
deve ser simples, tendo em vista que desde o início do negócio a contabilidade já
estará separada.
G. Como o Patrimônio de Afetação interferirá na segurança dos contratos?
A função social do contrato estará intrinsecamente ligada à função econômica.
Em princípio, o cumprimento da função social se dá em decorrência dos efeitos
econômicos do contrato, pois, como se sabe, o contrato é, por excelência, instrumento
de circulação de riquezas. A Lei do Patrimônio de Afetação protege o negócio da
incorporação. E proteger o negócio significa assegurar o cumprimento dos termos
do contrato firmado entre as partes, garantindo-lhes direitos e deveres. Em outras
palavras: proteger o negócio é garantir segurança jurídica ao contrato, para que as
partes possam realizar plenamente as suas expectativas.No caso da incorporação,
cabe ao consumidor receber o imóvel comprado; ao incorporador, a venda de
todas as unidades pelo preço estabelecido; e ao financiador, o retorno do crédito
correspondente ao dinheiro disponibilizado para a obra. Tudo isso deverá ser cumprido
dentro dos prazos programados e de acordo com as condições estabelecidas no
contrato. A afetação garante uma proteção jurídica eficaz a cada incorporação, que
se torna incomunicável com os demais negócios da empresa incorporadora. Assim, a
incorporação afetada fica resguardada contra o eventual insucesso da incorporadora
em seus outros negócios. A afetação garante segurança ao contrato de incorporação
e proporciona às partes interessadas os meios necessários à conclusão do negócio,
nas condições e prazos instituídos. Cumpre-se, dessa forma, a função econômica do
contrato.
H. Ao optar pelo regime do Patrimônio de Afetação, quais são as
responsabilidades da empresa incorporadora?
Além das responsabilidades legais de qualquer empresa incorporadora, ao optar
pelo Patrimônio de Afetação, ela deverá manter, em separado, a contabilidade de
todas as receitas e despesas do empreendimento e emitir trimestralmente relatórios
de acompanhamento da obra. Esse procedimento facilitará o acompanhamento do
fluxo de recursos da obra pelo agente financeiro e pela Comissão de Representantes.
I. Como saber se o imóvel tem patrimônio afetado?
Considerando que o Patrimônio de Afetação é constituído mediante averbação no
registro de Imóveis, basta verificar na matrícula do imóvel, objeto do empreendimento.
J. A afetação importará custos adicionais aos consumidores?
A afetação não gera medida ou procedimentos que tenham custos. O
estabelecimento da afetação se faz mediante um “termo”, lavrado em meia página,
com custo reduzido. A operação requer apenas registros contábeis separados por
55
P. Quando se extingue o Patrimônio de Afetação?
De acordo com a Lei nº 10.931/2004, a afetação será extinta quando o incorporador
finalizar a obra e entregar as unidades aos consumidores. Feito isso, não haverá mais
por que manter a afetação.
Assim, considera-se extinta a afetação quando, cumulativamente, houver sido (1)
averbada a construção e (2) registrados, em nome dos compradores, os contratos de
venda, promessa de venda ou outros tipos de contrato utilizados na comercialização,
bem como (3) comprovada a quitação da dívida do financiamento da construção,
mediante pagamento em espécie ou repasse aos compradores. Ocorre também a
extinção se o incorporador lançou a obra com prazo de carência e resolveu denunciar
a incorporação ou, ainda, se, verificada alguma das hipóteses permitidas pela lei, os
compradores, em assembleia geral, tiverem deliberado pela liquidação do Patrimônio
de Afetação.
Q. Quais as vantagens da empresa incorporadora, ao optar pelo regime especial
de tributação?
A vantagem está na simplificação da apuração, do recolhimento e do controle dos
tributos. Para o comprador esse mecanismo facilita a verificação do recolhimento dos
tributos, inibindo a formação de passivos futuros.
R. Quais são as repercussões fiscais e previdenciárias do Patrimônio de
Afetação?
Os débitos fiscais e previdenciários seguem o mesmo princípio, segundo o qual
as dívidas e obrigações de cada incorporação afetada devem ser pagas com a receita
dessa mesma afetação. Esses créditos, entretanto, bem como os trabalhistas, gozam
de preferência legal, de modo que, em caso de falência, o produto do leilão das unidades
de “estoque” do incorporador será destinado em primeiro lugar ao pagamento dos
créditos trabalhistas, previdenciários e fiscais, mas somente os créditos “vinculados
ao respectivo Patrimônio de Afetação” (§18 do art. 31F, inciso I). Quanto ao imposto
de renda e às demais contribuições, a lei não alterou a responsabilidade tributária
da empresa incorporadora nem o sistema de apuração do lucro tributável,mas criou
um regime especial opcional, denominado “regime especial tributário do Patrimônio
de Afetação”. Assim, poderá o incorporador manter a obra afetada, subordinada ao
regime do lucro real, do presumido ou adotar o regime especial da Lei n° 10.931/2004.
S. Como é constituída a Comissão de Representantes prevista na Lei?
Por, no mínimo, três compradores, que representarão a totalidade deles perante o
incorporador imobiliário, em tudo aquilo que se referir ao bom andamento do negócio.
18.1 conceito
Dispõe o parágrafo único do art. 981 do Código Civil (Lei 10.406 de 10/01//2002)
que pode a sociedade empresária restringir sua atividade à realização de um ou mais
negócios:
59
art.1090 ao art.1092 do Código Civil e regulamentada pelo art. 280 e seguintes
da Lei 6.404/76).
9 SOCIEDADE LIMITADA: a maior parte das empresas no Brasil é constituída
como sociedade limitada, pois nesse tipo de sociedade a responsabilidade
de cada sócio é restrita ao valor de suas cotas, respondendo solidariamente
tão somente até o montante da integralização do capital social da empresa.
Caracterização: Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social,
acrescidas da expressão “Ltda”. Tipificação legal: art.1052 ao art.1087 do
Código Civil.
9 EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA: trata-se de
um modelo empresarial trazido ao ordenamento jurídico brasileiro pela Lei
nº 12.441/2011, sendo composto por apenas uma pessoa, devendo o capital
social ser de, no mínimo, 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no
País, e devendo o mesmo estar devidamente integralizado. A pessoa natural
que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente
poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade, não se confundindo
a figura do titular com a da empresa, sendo, portanto, pessoas distintas.
Caracterização: Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social,
acrescidas da expressão “EIRELI”. Tipificação legal: art. 980-A do Código Civil.
A SPE normalmente é constituída sob as regras de uma sociedade limitada –
“Ltda” (código civil) ou de uma sociedade anônima “S/A” (Lei 6.404/76).
O tipo societário escolhido para amparar a SPE definirá as suas características
básicas, já que deverão ser respeitadas as disposições legais de constituição e
funcionamento do referido tipo societário, se sociedade limitada, Lei 10.406/2002
(Código Civil); se sociedade anônima, Lei 6.404/76, e assim sucessivamente.
Neste trabalho, limitaremos o estudo sobre a SPE amparada pelo tipo societário
mais usual no mercado de incorporações imobiliárias, ou seja, o da sociedade limitada.
61
A SPE terá uma contabilidade própria que seguirá as regras previstas pelo
tipo societário escolhido no ato da sua constituição ou por previsão legal específica
(ex: Regime Especial de Tributação – Patrimônio de Afetação nas Incorporações
Imobiliárias).
A SPE, sendo uma sociedade empresária autônoma terá que cumprir com todas
as obrigações tributárias e fiscais, principais e assessórias, que forem estatuídas em
Lei.
Assim, a SPE poderá adotar a sistemática do Lucro Real, do Lucro Presumido,
desde que a receita bruta anual não ultrapasse o limite de R$ 78 milhões de reais e que
a atividade a ser desenvolvida possibilite tal opção, consoante estatuído no artigo 13 da
Lei 9.718/98, com a nova redação dada pela Lei nº 12.814/2013 (até 31/12/2013 o limite
anual era de R$ 48 milhões de reais, conforme redação dada pela Lei 10.637/2002), ou
ainda, caso exerça a atividade de incorporação imobiliária com a respectiva afetação do
seu patrimônio, poderá, ainda, optar e beneficiar-se do regime especial de tributação
aplicável à espécie, ou seja, a incorporação imobiliária devidamente afetada.
Este modelo de sociedade tem sido muito utilizado no setor imobiliário, pois além
de resguardar o incorporador, ele oferece maior garantia aos compradores.
Ao ser adotada a aplicação de uma SPE no empreendimento todos os agentes
envolvidos, desde o comprador ate a instituição financeira, passam a ter maior
segurança de que o risco que irão correr é aquele decorrente da própria atividade fim
especificada no contrato social da SPE.
A primordial vantagem da SPE é a segregação de riscos. Assim, facilitado será
o acesso a crédito perante instituições financeiras e viabilização de outras formas de
captação de recursos para o desenvolvimento da incorporação imobiliária, tais como
a securitização de recebíveis.
Como vantagem, há também maior facilidade na obtenção de alvarás, autorizações
e certidões de regularidade fiscal.
Na SPE os riscos inerentes ao desenvolvimento do negócio imobiliário para o qual
ela foi constituída serão limitados à própria SPE, evitando-se que o eventual insucesso
de determinado empreendimento não afete as demais atividades desenvolvidas pelas
partes envolvidas, e mesmo o desenvolvimento de novos projetos de incorporação
imobiliária.
A criação de SPE dentro da organização vem trazer maior clareza e garantia aos
compradores das unidades imobiliárias da incorporação imobiliária desenvolvida,
bem como, aos financiadores desses projetos, pois nesta sociedade os patrimônios
63
18.7 modeLo de contrAto spe empreendimento
imobiLiário – jUcemg
Total 100%
65
Cláusula Sétima – Os sócios reunir-se-ão, ordinariamente, até o último dia útil
do mês de abril de cada ano, nos termos do art. 1.078 do Código Civil, com o objetivo
de aprovar as contas do exercício anterior e deliberar sobre o balanço patrimonial e o
de resultado econômico, bem como, extraordinariamente, tantas vezes quantas forem
necessárias, devendo ser observados os Acordos de Quotistas arquivados na sede da
Sociedade, se houver.
Parágrafo Primeiro: Se o número de sócios for igual ou inferior a 10 (dez), as
deliberações dos sócios serão tomadas em Reuniões de Sócios convocadas pelo(s)
administrador(es), pelo Conselho Fiscal, se houver, ou pelos sócios, nos casos
previstos em Lei, sempre que se fizerem necessárias, mediante envio de Notificação
com Aviso de Recebimento (AR) aos endereços constantes do preâmbulo deste
Contrato, devendo mediar entre a data de envio da Notificação e a de realização da
Reunião o prazo mínimo de 8 (oito) dias, para a primeira convocação, e de 5 (cinco)
dias, para as posteriores.
Parágrafo Segundo: Havendo alteração do endereço de qualquer sócio, este
deverá comunicar tal alteração, previamente e por escrito, ao(s) administrador(es),
mediante envio de Notificação com Aviso de Recebimento (AR) ao endereço da sede da
Sociedade, sob pena de, não o fazendo, ser considerada como recebida a Notificação
encaminhada conforme disposto no Parágrafo Primeiro supra.
Parágrafo Terceiro: A deliberação em Assembleia será obrigatória se o número
de sócios for superior a 10 (dez), sendo certo que, neste caso, a Assembleia deverá
ser convocada pelo(s) administrador(es), pelo Conselho Fiscal, se houver, ou pelos
sócios, nos casos previstos em Lei, mediante anúncio publicado por 3 (três) vezes,
ao menos, no órgão oficial do Estado, conforme o local da sede da Sociedade, e em
jornal de grande circulação, devendo mediar, entre a data da primeira inserção e a da
realização da Assembleia, o prazo mínimo de 8 (oito) dias, para a primeira convocação,
e de 5 (cinco) dias, para as posteriores.
Parágrafo Quarto: Dispensam-se as formalidades de convocação previstas nos
Parágrafos Primeiro e Terceiro desta cláusula quando todos os sócios comparecerem
ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia.
Parágrafo Quinto: As convocações para as Reuniões/Assembleias de Sócios
deverão ser formalizadas por escrito e encaminhadas aos endereços dos sócios,
observado o disposto nos Parágrafos Primeiro e Terceiro supra, conforme o caso,
constando obrigatoriamente o seguinte:
1. A matéria a ser tratada, de tal forma que possam os sócios se preparar
convenientemente para a Reunião/Assembleia de Sócios e deliberação; e
2. A data, a hora e o local de sua realização, ficando estabelecido que deverão
ser realizadas na sede da Sociedade ou em outro local que vier a ser
determinado, desde que no Município da sede da Sociedade.
67
no caso de sócios pessoa jurídica, ou ainda, se necessário, pelo(s) administrador(es)
da Sociedade. Dos trabalhos e deliberações será lavrada ata, no livro de atas.
Cláusula oitava – Os sócios poderão fixar, em Reunião/Assembleia de Sócios
convocada com esta finalidade e observadas as disposições legais pertinentes, uma
retirada mensal, a título de pró-labore, para o(s) administrador(es) da Sociedade e
para o(s) sócio(s) pessoa(s) natural(is) que contribuir(írem) para a gestão dos negócios
sociais, sendo esta retirada levada a débito na conta de custos e despesas da Sociedade.
Cláusula Nona – Ao término de cada exercício social, no dia em 31 de dezembro
de cada ano, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do
balanço de resultado econômico, que serão levados ao exame dos sócios, na forma
prevista neste contrato. Os lucros ou prejuízos apurados serão distribuídos aos sócios
proporcionalmente à participação de cada um no capital social, podendo os sócios,
todavia, aprovar, o aumento de capital utilizando os lucros ou a compensação dos
prejuízos em exercícios futuros.
Cláusula Décima – A presente Sociedade será regida pelos arts. 1.052 a 1.087
do Código Civil Brasileiro; supletivamente pelas normas da Sociedade Anônima (Lei
6.404/76), nos termos do Parágrafo Único do art. 1.053 do Código Civil; e, ainda, pelas
demais disposições legais que lhe forem aplicáveis.
Cláusula Décima Primeira – Os sócios poderão definir, em Acordo(s) de Quotistas,
a distribuição desproporcional de lucros e perdas, conforme autorizado pelo art. 1.007
do Código Civil Brasileiro, bem como a compra e venda de suas quotas, a preferência
para adquiri-las, o exercício do direito a voto ou do poder de controle, e outras
matérias específicas que os sócios ajustarem, sempre por unanimidade, devendo o(s)
Acordo(s) de Quotistas ser observado(s) pela Sociedade quando arquivados na sua
sede, consoante aplicação supletiva do art. 118 da Lei 6.404/76.
Cláusula Décima Segunda – Em caso de extinção, falecimento ou declaração
legal de incapacidade de qualquer um dos sócios, não será dissolvida a Sociedade,
sendo certo que as quotas respectivas serão transferidas aos quotistas/acionistas do
sócio pessoa jurídica, aos herdeiros do sócio falecido ou passarão a ser administradas
pelos representantes legais do sócio declarado incapaz. Não sendo possível ou
inexistindo interesse destes ou dos sócios remanescentes, o valor dos haveres devidos
será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da Sociedade, à data da
resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
Parágrafo Único: Nos casos em que a Sociedade se resolver em relação a um sócio,
o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á,
com base na situação patrimonial da Sociedade, à data da resolução, verificada em
balanço especialmente levantado. O capital social sofrerá a correspondente redução,
salvo se os demais sócios suprirem o valor das referidas quotas. As quotas liquidadas
serão pagas em dinheiro, no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da liquidação, salvo
acordo, ou estipulação contratual em contrário.
69
sociedAde em
contA de pArticipAção
Saiba
Mais
+
19 sociedAde em contA de pArticipAção
19.1 conceito
A SCP é regulada pelos artigos 991 a 996 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002) e,
subsidiariamente e no que com ela for compatível, pelas regras da sociedade simples.
Nesse sentido, conforme dispõe o Parágrafo único do art. 991 do Código Civil,
somente o Sócio Ostensivo obriga-se perante terceiros, obrigando-se o Sócio
Participante exclusivamente perante o Sócio Ostensivo, nos termos do contrato social.
Cabe destacar, ainda, que, conforme disposto nos arts. 991 a 996 do Código Civil:
- A constituição da SCP independe de qualquer formalidade e pode provar-se por
todos os meios de direito.
- O instrumento constitutivo produz efeito somente entre os sócios, e a eventual
inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à SCP.
- O Sócio Participante não pode tomar parte nas relações do Sócio Ostensivo com
terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em
que intervier.
- A contribuição do Sócio Participante constitui, com a do Sócio Ostensivo,
patrimônio especial da SCP.
- A falência do Sócio Ostensivo acarreta a dissolução da sociedade.
- Falindo o Sócio Participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam
os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
- Salvo estipulação em contrário, o Sócio Ostensivo não pode admitir novo sócio
sem o consentimento expresso dos demais.
71
19.3 constitUição
19.4 vAntAgens
73
resUmo gerAL
Saiba+
Mais
20 resUmo gerAL
75
Regime Especial de Patrimônio de Sociedade de Sociedade em Conta
Tributação Afetação Propósito Específico de Participação (SCP)
(RET) (PA) (SPE)
(iv) regularidade
fiscal da matriz
da pessoa jurídica
quanto aos tributos
administrados pela
RFB, às contribuições
previdenciárias e
à Dívida Ativa da
União administrada
pela Procuradoria-
Geral da Fazenda
Constituição
Nacional (PGFN);
(v) regularidade do
recolhimento ao
Fundo de Garantia
por Tempo de
Serviço (FGTS); e
(vi) apresentação do
formulário “Termo
de Opção pelo
Regime Especial
de Tributação” na
unidade competente
da Secretaria da
Receita Federal.
Ainda que no Mas caso adotado
empreendimento seja deve prevalecer até o
Opcional
perante terceiros em
relação às atividades
sociais, sendo um
atrativo para os
Investidores que têm
por objetivo realizar
uma parceria de
negócios na qual eles
não terão qualquer
responsabilidade
perante terceiros.
1) Alíquota única de 1) Os bens e direitos 1) Constituição 1) Constituição
4% sobre as receitas do PA somente podem mediante contrato mediante contrato
mensais (IRPJ 1,89% ser objeto de garantia ou estatuto social, social, no qual
- CSLL 0,98% - PIS real em operação de de acordo com o deverão ser definidos,
0,56% - COFINS crédito cujo produto tipo societário eleito de forma detalhada,
2,57%) seja a edificação do (sendo S/A e Ltda. os o objeto social e a
2) Até 31/12/2018, empreendimento e a mais comuns). forma de participação
para os projetos de entrega das unidades; 2) Registro do ato dos sócios para
incorporação de 2) O PA responde constitutivo perante a formação do
imóveis residenciais apenas pelas dívidas a Junta Comercial patrimônio especial
de interesse social, e obrigações da competente (Em e na distribuição dos
Características
77
referênciAs
Saiba+
Mais
referênciAs
BAPTISTA, Luiz Olavo. Construção civil e direito – São Paulo: Lex Editora, 2011.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Condomínio e Incorporações: 11. ed. rev., atul. e
ampli. segundo a legislação vigente – Rio de Janeiro: Forense, 2014.
79
TE AM