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DIREITO CONSTITUCIONAL I –AULA 1

PROFESSORA GISELLE GABRIELLE DE ANDRADE MOREIRA DA SILVA

OBSERVAÇÃO:A LEITURA DO RESUMO NÃO DISPENSA A DO PLT.

1.CONSTITUCIONALISMO

2.CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

3.CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

4. APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

1. CONSTITUCIONALISMO

Ca otilho de o i a de ovi e tos o stitu io ais . Para esse autor seria u a teoria
normativa política para limitar o poder com fins garantísticos.

Podemos vislumbrar uma divisão jurídica: o constitucionalismo como teoria de limitação do


poder; e uma divisão sociológica que representa o movimento social para limitar o poder.

Então, o fim precípuo é a garantia de limitação do poder e prevalência dos direitos


fundamentais.

Paralelamente há evolução do Estado: para Estado Democrático de Direito.

Constitucionalismo na antiguidade: Hebreus e gregos

Percebe-se a limitação do poder e democracia direta.

Constitucionalismo na Idade Média: Marco é Magna Carta de 1215.

É marcado pela proteção de direitos individuais.

Constitucionalismo na Idade Moderna: Documentos importantes: Bill Of rights 1689, Petition


Of rights 1628;

Pactos : documentos que buscavam resguardar os direitos individuais,

Forais ou cartas de franquia: acordo entre súditos e governantes para garantir direitos
individuais e participação dos súditos no governo (direcionado a determinados homens).

Constitucionalismo (da Idade Contemporânea) Moderno: marcado pela presença de


constituições escritas.
Documentos: Constituição norte americana de 1787 e Constituição Francesa de 1791.
Movimento contra o absolutismo.

No primeiro momento há o constitucionalismo liberal, ou seja, movimento marcado pelo


individualismo, não intervenção estatal, que acarretou na exclusão social, sendo necessária a
intervenção do Estado para garantir direitos dos cidadãos.(estado social)

Presença da segunda Geração dos direitos: direitos sociais. Documentos Constituição do


México de 1917 e de Weimar em 1919.

Constitucionalismo Contemporâneo: Ideia de Constituição Programática: metas a serem


atingidas pelos Estados para garantir direitos.

Surgimento da ideia de proteção aos direitos da fraternidade, solidariedade, que são aqueles
denominados pela doutrina de direitos de terceira dimensão.

Documento: Constituição Federal de 1988.

Neoconstitucionalismo ou Constitucionalismo pós moderno:

Superação do Positivismo para o Estado Constitucional de Direito

Além de buscar a limitação do poder, aqui busca-se a eficácia da constituição.

Concretização das prestações materiais prometidas pelo Estado.

Características:1- positivação e concretização de direitos fundamentais.

2-presença de princípios e regras- Presença de uma modelo axiológico, ou seja de valores.

Regras: enunciados descritivos que são aplicados o fato a norma. Princípios: normas que
consagram valores.

3-inovações de interpretação (hermenêutica) para dar efetividade a Constituição Federal.

2. CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

No sentido amplo é ato de constituir, estabelecer.

Juridicamente é a lei fundamental, que estabelece forma de governo, normas referentes a


estruturação do estado, distribuição de competências, aquisição do poder de governo,
estruturação do estado e direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.

Por exemplo:

A CF de 1988 estabelece- Título II- Direitos e Garantias Fundamentais. Todavia, esses direitos
não estão somente nesse título como já reconheceu o STF. (Direito ao meio ambiente artigo
225 CF).
-Título III- Organização do Estado (distribuição dos entes federativos, atribuições do poder
executivo e legislativo e do poder judiciário).

-Artigo 20/21/22/23- Divisão de competências dos entes federativos

-Artigo 34, VII CF- Forma republicana, sistema representativo e regime democrático.

3. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

QUANTO AO FORMAL OU MATERIAL


CONTEÚDO

QUANTO E ESCRITA OU NÃO ESCRITA


À FORMA

QUANTOAO DOGMÁTICAS OU HISTÓRICAS


MODO DE
ELABORAÇÃO

QUANTO À PROMULGADAS OU OUTORGADAS


ORIGEM

QUANTO À IMUTÁVEIS OU RIGÍDAS OU SEMI


ESTABILIDADE RÍGIDAS OU FLEXÍVEIS

QUANTO À SINTÉTICAS OU ANALÍTICAS


EXTENSÃO

CRITÉRIO NOMINALISTA OU NORMATIVA OU


ONTOLÓGICO
SEMÂNTICA

I-QUANTO AO CONTEÚDO
FORMAIS: são aquelas em que se considera constitucional toda matéria que
foi aprovada pelo procedimento específico (processo de formação). O
importante é a forma como foi elaborada para ser constitucional e não o
conteúdo da norma.

MATERIAIS:são aqueles que a matéria versada é considerada constitucional


estejam ou não presentes em um único documento.
II- QUANTO À FORMA

ESCRITAS

Conceito: Elaboração formal por órgão especialmente incumbido desta tarefa.


Fruto de um poder constituinte especialmente convocado para elaborar uma
constituição, e é elaborada em um período histórico claramente demarcado. Pode ser
subdivididas em codificada e legal: codificada está presente num único texto,
enquanto que a legal os textos estariam esparsos (Professor Pedro Lenza denomina
essa classificação de sistemático).

NÃO ESCRITAS:
Normas constitucionais elaboradas ao longo do tempo. Não há um momento certo e
órgão específico para a sua criação. Exemplo: Constituição da Inglaterra.
São os elementos que compõem esse tipo de Constituição: costumes + jurisprudência
+ leis esparsas.

III- QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO

DOGMÁTICAS: são sempre escritas, advindas do dogma (conceitos) de um


órgão constituinte, que possui como base princípios e ideias pré concebidas.

HISTÓRICAS: é aquela constituição que é produto de lenta e contínuo


processo de formação do tempo, através da história e tradição de um povo. Ex:
Constituição Inglesa.

IV-QUANTO À ORIGEM:

PROMULGADAS: Elaboradas pelo legítimo titular do poder constituinte originário, o


povo, em assembléia nacional constituinte;

OUTORGADAS: aquela outorgada pelo Estado, ou o Rei, ou Militares, sem o poder do


povo.

CESARISTAS: elaboração por governante e posterior ratificação popular, comumente


por referendo (usada por Napoleão);

PACTUADAS: são aquelas que existe acordo entre monarquia (decadente) e burguesia
(em ascensão). Compromisso instável de duas forças políticas rivais (foram presentes
no final da idade média).

V- QUANTO A ESTABILIDADE DAS CONSTITUIÇÕES / ALTERABILIDADE


/ MUTABILIDADE /CONSISTÊNCIA
IMUTÁVEIS / PERMANENTES: são constituições que não permitem nenhuma mudança
RÍGIDAS: admitem modificação, mas por um processo mais rígido que para aquele
entregado para as leis infraconstitucionais. O seu texto somente é modificado por
Emenda constitucional, e não permitem modificação no seu núcleo, que no caso da
Constituição Federal são as cláusulas pétreas (artigo 60 Constituição federal).

FLEXÍVEIS / PLÁSTICAS: Admite modificação, porém a modificação ocorre pelo mesmo


processo de alteração das leis ordinárias, sem nenhum rito solene.

SEMIRRÍGIDAS / SEMIFLEXÍVEIS: são aqueles que uma parte do texto é modificável


por processo mais rígido; e outra parte do texto é modificável pelo processo ordinário

SUPER-RÍGIDAS: Defendida por Alexandre de Moraes: Parte do texto modificável por


processo mais dificultoso, mais solene; parte do texto é imutável (cláusulas pétreas -
art. 60, §4º).
Só há controle de constitucionalidade nos sistemas de constituições rígidas.

VI- QUANTO À EXTENSÃO


SINTÉTICAS / CONCISAS
É a constituição que trata apenas de algumas normas, somente as normas mais
importantes, essenciais da estruturação do Estado e do rol de direitos fundamentais.
Exemplo: Constituição americana de 1887.

ANALÍTICAS / LEGAIS / EXTENSAS


É aquela constituição que trata de temas não necessariamente constitucionais, por
exemplo, o artigo 242, §2º, da nossa Constituição.
Possibilitam maior estabilidade a certas matérias (como por exemplo, a assistência
judiciária gratuita).
Há maior proteção social ao estabelecer diretrizes e programas de concretização
futura.

CRITÉRIO ONTOLÓGICO
É um critério proposto por Karl Loewenstein.
Serve para avaliar se a constituição consegue ou não regular a vida social de um
determinado
Estado.
É dividido:
NORMATIVAS: são aquelas que pretendem regular a vida social, e são eficazes nesse
propósito.
NOMINATIVAS / NOMINALISTAS: são aquelas elaboradas com intenção normativa,
mas não atingiram este objetivo (Constituição que visa eliminar a pobreza, mas não
consegue);
SEMÂNTICAS / INSTRUMENTALISTAS: Criadas apenas para manter o poder político
vigente, sem pretensão de limitar o poder, é uma Constituição de fachada (Marcelo
Neves).
Para a grande maioria da doutrina, a Constituição brasileira é NORMATIVA (apesar de
existirem falhas).

Podemos então dizer que a Constituição brasileira é formal, escrita, codificada (professor
Alexandre de Moraes a considera legal), dogmática e promulgada, rígida e analítica.

4. APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

Classificação das normas constitucionais efetivada por José Afonso da Silva para auferir
sua aplicabilidade, ou seja, aptidão de produção de efeitos, embora todas possuam
efeito mínimo de ao menos revogar normas anteriores conflitantes.

Norma de eficácia plena: aplicabilidade imediata, direta e integral.


– Aptas a produzir efeitos, independentemente de regulamentação legal.
Incidem instantaneamente.
A sua aplicabilidade é direta, ou seja, a norma não necessita de regulamentação
infraconstitucional.
Exemplo: artigo 2º, artigo 19 , artigo 20, artigo 30 da CF.

Norma eficácia contida / restringível / prospectiva: Aplicabilidade imediata,


direta, mas não integral (existe possibilidade de ser reduzida futuramente).
Suas restrições se darão por:
a- por lei: liberdade de exercício de trabalho, ofício ou profissão (Artigo 5º, XIII, da CF).
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
esta ele er;
b- por regras constitucionais: vigência de estado de sítio, que limita direito de reunião.
c- por conceitos éticos – jurídi os: i i e te perigo pú li o para autorizar a
requisição

Artigo 5, inciso VII, inciso VIII, inciso XV, artigo 170 CF.

Normas de eficácia limitada: aplicabilidade mediata, indireta e reduzida. Efeitos só


são produzidos depois da regulamentação infralegal. Não gera efeitos no mesmo
instante que a Constituição é colocada em vigor.
Mediata: é aquela que não produz efeitos quando a constituição é promulgada
Indireta: precisa de intermediação legislativa (interposição legislativa).
Possuem efeitos mínimos, que são: Revogação da legislação anterior que seja
incompatível com essas normas; Condicionam a legislação futura; impõem barreiras
para a discricionariedade administrativa.

Espécies:
a- definidoras de princípio institutivo ou organizativo - normas que estabelecem
entidades, programas, serviços, ou seja, que definem órgãos; Ex: artigo 22, parágrafo
único, artigo 33 CF.
b- Definidoras de princípio programático (normas programáticas) - um objetivo a ser
alcançado, demandando atos do poder público. Ex: artigo 196, artigo 205.
O STF já declarou como de eficácia limitada: juros legais de 12%(revogado artigo 192,
3º da CF) e quanto ao teto do funcionalismo público (artigo 37, XI , artigo 39, páragrafo
4º e artigo 48 inciso XV).

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