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Higiene das Mãos em Saúde: Guia ANVISA

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NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA

Nº 05/2024: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA


HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
(1° VERSÃO ATUALIZADA DA NOTA TÉCNICA
GVIMS/GGTES/ANVISA N° 01/2018)

Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde – GVIMS

Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES

Terceira Diretoria

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa

Brasília, 14 de novembro de 2024

1
NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 05/2024: ORIENTAÇÕES
GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Diretor Supervisor – Terceira Diretoria (DIRE 3)
Daniel Meirelles Fernandes Pereira

Gerente Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES


Márcia Gonçalves de Oliveira

Gerente da Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde – GVIMS


Magda Machado de Miranda Costa

Equipe Técnica GVIMS/GGTES/Anvisa


Ana Clara Ribeiro Bello dos Santos
André Anderson Carvalho
Andressa Honorato Miranda de Amorim
Cleide Felicia de Mesquita Ribeiro
Daniela Pina Marques Tomazini
Heiko Thereza Santana
Humberto Luiz Couto Amaral de Moura
Lilian de Souza Barros
Luciana Silva da Cruz de Oliveira
Mara Rúbia Santos Gonçalves
Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira

ESTAGIÁRIAS
Laís Roberta Diniz da Silva
Laura Nayan Castro Alves
Nicole Sarri Cardoso

ELABORAÇÃO 2018
Fabiana Cristina de Sousa
Heiko Thereza Santana
Magda Machado de Miranda Costa

REVISÃO 2018
Lilian de Souza Barros
Luciana Silva da Cruz de Oliveira

ELABORAÇÃO 2024
Heiko Thereza Santana – GVIMS/GGTES/DIRE3/Anvisa
Julia Yaeko Kawagoe – Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
Magda Machado de Miranda Costa – GVIMS/GGTES/DIRE3/Anvisa

NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 05/2024: ORIENTAÇÕES


GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
REVISÃO 2024
Adriana Cristina de Oliveira - Escola de Enfermagem – Universidade Federal de Minas Gerais
Cleide Felicia de Mesquita Ribeiro – GVIMS/GGTES/DIRE3/Anvisa
Heiko Thereza Santana – GVIMS/GGTES/DIRE3/Anvisa
Humberto Luiz Couto Amaral de Moura – GVIMS/GGTES/DIRE3/Anvisa
Julia Yaeko Kawagoe – Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
Lilian de Souza Barros – GVIMS/GGTES/DIRE3/Anvisa
Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira – GVIMS/GGTES/DIRE3/Anvisa
Priscila Rosalba Domingos de Oliveira - Sociedade Brasileira de Infectologia

NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 05/2024: ORIENTAÇÕES


GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
SUMÁRIO

_Toc182462827
1. Introdução .......................................................................................................................................................... 5
2.5.1. Eficácia antimicrobiana das preparações alcoólicas................................................................. 12
2.5.3. Boa tolerância cutânea ...................................................................................................................... 14
2.5.4. Averiguação do odor, cor e consistência ......................................................................................... 14
2.5.5. Presença de desnaturante .................................................................................................................... 15
2.5.6. Facilidade de uso do dispensador ...................................................................................................... 15
2.5.8. Custo acessível e disponibilidade no mercado local .................................................................... 17
2.5.9. Realização de pré-qualificação ou avaliação prévia de preparação alcoólica para higiene
das mãos .............................................................................................................................................................. 17
3. REQUISITOS BÁSICOS PARA A SELEÇÃO DE LUVAS (ESTÉREIS E NÃO ESTÉREIS) PARA AS
MÃOS ..................................................................................................................................................................... 22
4. RECOMENDAÇÕES PÓS-MERCADO PARA PRODUTOS ENVOLVIDOS NA HIGIENE DAS
MÃOS ..................................................................................................................................................................... 24
Referências Bibliográficas ............................................................................................................................... 25

NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 05/2024: ORIENTAÇÕES


GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 05/2024:
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
(1° VERSÃO ATUALIZADA DA NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA N° 01/2018)

1. INTRODUÇÃO
As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são os eventos adversos mais
prevalentes, e representam uma ameaça substancial à segurança do paciente e do
profissional de saúde, além de causar ônus expressivo para a sociedade, com maior
impacto em países de baixa e média renda per capta (WHO, 2022).

A higiene das mãos (HM) consiste em uma das medidas de prevenção e controle das
infecções (PCI) e da resistência microbiana (RM) aos antimicrobianos, com alto nível
de evidência científica (GLOWICZ et al., 2023).

Cabe ressaltar que o termo HM engloba: HM com água e sabonete comum; higiene
antisséptica das mãos; fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica e
antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos (CDC, 2002; BRASIL, 2007;
WHO, 2009; BRASIL, 2009).

Nas últimas duas décadas, várias intervenções foram introduzidas e pesquisadas


visando melhorar o cumprimento da prática da HM entre os profissionais de saúde. Em
2002, a recomendação feita pelos Centers for Disease Control and Prevention (CDC),
dos Estados Unidos da América (EUA), consistiu em uma mudança radical quando
propôs substituir o uso de água e sabonete (lavar as mãos) por fricção das mãos com
preparação alcoólica para maioria das situações clínicas, sem sujeira visível nas mãos,
por apresentar várias vantagens: ser mais rápido, ter maior eficácia antimicrobiana,
melhor condição de pele e facilidade em disponibilizar o produto no local da
assistência/tratamento do paciente (CDC, 2002).

O uso de preparação alcoólica apropriada para HM passou a ser um dos componentes


centrais da Estratégia Multimodal de Melhoria da HM da Organização Mundial da
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GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Saúde (OMS) – a mudança de sistema como pré-requisito fundamental para a
mudança de comportamento, além da implementação em conjunto com os demais
componentes: educação/treinamento, monitoramento e retroalimentação do
desempenho, lembretes no local de trabalho e estabelecer ou melhorar o clima de
segurança institucional (WHO, 2009; OMS, 2009b).

Ressalta-se que as mãos devem ser higienizadas com o produto apropriado em


momentos essenciais e necessários, ou seja, nos cinco momentos para a HM, de
acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para a prevenção das IRAS causadas
por transmissão cruzada de microrganismos pelas mãos: antes de tocar o paciente;
antes de realizar procedimento limpo/asséptico; após risco de exposição a fluidos
corporais; após tocar o paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente
(WHO, 2009).

Apesar das evidências científicas e de melhorias alcançadas nas últimas décadas,


infelizmente, a adesão à prática correta de HM constitui um desafio atual no mundo e
no nosso país. Diversas barreiras podem impedir a correta HM em serviços de saúde,
quais sejam: proporção inadequada do número de profissionais da assistência por
pacientes; falta de produtos e insumos; baixa qualidade das soluções disponíveis;
irritação na pele causada pelos produtos utilizados na HM; e desconhecimento
científico do impacto da HM em prevenir infecções (CDC, 2002; WHO, 2009).

Outra barreira para a implementação da prática da HM em serviços de saúde é o uso


inadequado de luvas – preditor para não realização da HM, e uso de luvas com pó,
pois esta substância ao entrar em contato com a preparação alcoólica forma um
resíduo indesejável nas mãos, tornando uma contraindicação explícita desse tipo de
luva no Programa de Melhoria da HM (OMS, 2009a; ANVISA, 2018).

Diante deste cenário e, com o propósito de melhorar a segurança do paciente para


atingir níveis de excelência na assistência ao paciente, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em 2010, a Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) n° 42 de 25 de outubro de 2010, que dispõe sobre a obrigatoriedade de
disponibilização de preparação alcoólica para a HM (BRASIL, 2010), especialmente
nos pontos de assistência dos serviços de saúde. Outras normas reforçam a
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importância e a necessidade do cumprimento da HM nos serviços de saúde (BRASIL,
1998; BRASIL, 2002; BRASIL, 2013a; BRASIL, 2013b; BRASIL, 2013c). Ainda, cabe
ressaltar marcos importantes para a melhoria da segurança do paciente no País, como
a instituição do Programa Nacional de Segurança do Paciente - PNSP (BRASIL,
2013b), a publicação da RDC nº 36, de 25 de julho de 2013 (BRASIL, 2013a), que
institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e a instituição dos
Protocolos Básicos Nacionais de Segurança do Paciente, incluindo o Protocolo de
Prática de HM (BRASIL, 2013c). Todos os documentos publicados reforçam a
importância e a necessidade do cumprimento da HM nos serviços de saúde.

Em relação à Antissepsia Cirúrgica das Mãos, o uso da escova impregnada com


antisséptico, Clorexidina (CHG) ou Polivinilpirrolidona-iodo (PVPI), pode ser uma
opção, tendo sido cada vez mais ampliado o uso de produto específico à base de
álcool, sem enxague. Ressalta-se que produto à base de álcool tem sido recomendado
pelos CDC/EUA, OMS e Anvisa para a antissepsia cirúrgica da pele das mãos e
antebraços dos membros da equipe cirúrgica, pela comprovada eficácia antimicrobiana
e custo-efetividade, com as seguintes vantagens: facilidade de aplicação, menor dano
à pele e economia de tempo (CDC, 2002; WHO, 2009; WIDMER AF et al., 2010; WHO;
2018; BRASIL 2017). Além disso, tem potencial em reduzir custos, com menor
consumo de água e redução de resíduos e de uso de compressas estéreis (JAVITT et
al., 2020) e melhora da qualidade e redução da duração do procedimento, sendo
efetivo na prevenção de infecção de sítio cirúrgico (GASPAR et al., 2018).

Diante do contexto, a correta seleção de produtos pode proporcionar maior eficiência


na prevenção e redução das IRAS. Deve-se atentar para o uso do produto correto e da
importância da boa aceitação por parte dos profissionais para que o produto não
apresente resistência ao uso diante da finalidade estabelecida pelo fabricante e com o
resultado esperado pelo serviço de saúde, conforme estabelecidos em documentos
institucionais (políticas, protocolos, entre outros). Importante destacar que o protocolo
de HM do serviço deve estar facilmente acessível aos profissionais para consulta e
aplicação efetiva das orientações sobre HM na prática assistencial.

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GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Sendo assim, torna-se imprescindível envolver os atores-chave na seleção dos
produtos para a apropriada HM, assim como no desenvolvimento do Programa de HM
institucional, a saber: gestores e lideranças em geral; Comissões de Controle de
Infecção (CCIH/CCIRAS); Núcleos de Qualidade; Núcleos de Segurança do Paciente
(NSP); profissionais da assistência; setores responsáveis pela padronização de
produtos e compras; medicina do trabalho; Serviço de Higiene Ambiental; educação
continuada; marketing e outros.

Este documento objetiva orientar gestores, profissionais que atuam nos serviços de
saúde e no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), na promoção das práticas
de HM, esclarecendo sobre os requisitos básicos e necessários para as boas práticas
de HM, envolvendo a seleção e uso de produtos e insumos em serviços de saúde para:
1) higiene das mãos, utilizando sabonete – líquido ou espuma, associado ou não a
antisséptico; 2) fricção antisséptica das mãos, com o uso de preparação alcoólica para
HM sob as formas líquida, gel, espuma ou outras; 3) antissepsia cirúrgica das mãos
ou preparo pré-operatório das mãos da equipe cirúrgica, utilizando produto específico
à base de álcool ou produtos degermantes (CHG ou PVPI); e 4) uso de luvas - estéreis
e não estéreis.

2. HIGIENE DAS MÃOS

2.1. Higiene das mãos com água e sabonete

A HM com água e sabonete (líquido ou espuma) tem o objetivo de remover a sujeira,


matéria orgânica e a microbiota transitória das mãos por meio da ação mecânica
(CDC, 2002; OMS, 2009).

De acordo com a literatura, para que o profissional da assistência possa remover


sujeira/matéria orgânica das mãos, é suficiente lavá-las com água e sabonete comum
(não associado a antisséptico) (ARHAI SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014),
independentemente da unidade do serviço de saúde na qual a assistência está sendo
prestada.

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GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Importante destacar que existem recomendações para lavar as mãos com água e
sabonete durante surtos de Clostridioides difficile ou norovírus. Em tais situações, de
forma a atender à RDC 42/2010 (BRASIL, 2010), não devem ser retirados os
dispensadores/frascos de preparação alcoólica para HM do ponto de assistência,
devido ao risco de transmissão de outros agentes e IRAS (GLOWICZ et al., 2023).
Ponto de assistência consiste no local onde ocorrem simultaneamente as presenças
do paciente e do profissional de saúde e a prestação da assistência ou tratamento,
envolvendo o contato com o paciente (WHO, 2009).

Recomenda-se não utilizar a pia/lavabo do banheiro do cliente/paciente para lavar as


mãos, devido ao risco de o profissional contaminar as suas mãos. Além disso,
substâncias que promovam o crescimento de biofilmes (por exemplo, soluções
intravenosas, medicamentos, alimentos líquidos ou resíduos humanos) não devem ser
descartadas na pia/lavabo para HM (GLOWICZ et al., 2023).

2.2. Higiene antisséptica das mãos

Para realizar a higiene antisséptica das mãos é utilizado sabonete associado a


antisséptico, como CHG e PVP-I, que são denominados produtos degermantes. Mas,
outros princípios ativos como triclosan (atividade bacteriostática), hexaclorofeno
(inativação de enzimas essenciais), cloroxilenol (inativação de enzimas bacterianas e
alteração das paredes celulares) e compostos de quaternário de amônio, por exemplo,
o cloreto de benzalcônio, podem estar associados ao sabonete (CDC 2002; OMS,
2009b).

O uso e as indicações de produtos para a HM mudaram ao longo do tempo, com base


nos resultados de pesquisas científicas nesta área (VERMEIL, 2019; BARALDI et al.,
2018; LOTFINEJAD, 2021). Consequentemente, o uso de preparação alcoólica para
HM passou a ser considerado o padrão-ouro, conforme preconizado na literatura.
Dessa forma, o uso de sabonete associado a antisséptico para lavar as mãos em
serviços de saúde, incluindo produtos degermantes à base de CHG ou PVP-I, vêm
sendo substituídos por sabonete “comum” (não associado a antisséptico) (ARHAI
SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014).

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Por outro lado, há indicação do uso de produto degermante (CHG ou PVP-I) em áreas
e/ou procedimentos de alto risco (centro cirúrgico, inserção de cateter vascular central
à beira leito), com os objetivos de eliminar a microbiota transitória, reduzir a microbiota
residente no início do procedimento, e manter as mãos (sob luvas estéreis) com o
mínimo de microrganismos até o fim do procedimento (cirúrgico ou invasivo), evitando
o crescimento bacteriano debaixo das luvas. Para atingir tais objetivos, o tempo de
degermação (contato com o produto) deve ser no mínimo de 2 a 5 minutos (GLOWICZ
et al., 2023; WHO 2018; ARHAI SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014).

Cabe à instituição de saúde, com o apoio da CCIH/CCIRAS, entre outras instâncias,


e com base nas melhores evidências, definir os critérios para a seleção de produtos
apropriados para a realização da HM, assim como as indicações e as técnicas
corretas de HM em serviços de saúde.

2.3. Seleção de sabonete e do dispensador para higiene das mãos

Deve-se selecionar sabonete associado ou não a antisséptico, que seja agradável ao


uso, suave e de fácil enxágue, além de não ressecar a pele, ser hipoalergênico, possuir
fragrância leve ou ausente e ter boa aceitação entre os usuários (CDC, 2002; OMS,
2009b).

Para selecionar sabonete associado a antisséptico, deve-se avaliar a eficácia


antimicrobiana, tempo que leva para a ação antimicrobiana, tempo de efeito residual
ou persistente, efeitos adversos e contraindicações, além da finalidade a que se
destina (CDC, 2002; OMS, 2009b; GLOWICZ et al., 2023; WHO, 2018; ARHAI
SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014).

O dispensador do sabonete (líquido ou espuma) deve possuir as seguintes


características (CDC, 2002; OMS, 2009b; GLOWICZ et al., 2023; WHO, 2018; ARHAI
SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014):

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✓ identificação visível do conteúdo: nome do produto, finalidade e data de validade;
✓ sistema de reabastecimento: substituição por outra carga de sabonete do tipo
cartucho - refil, sendo contraindicado frascos para reabastecimento do sabonete;
✓ acionamento de fácil utilização, preferencialmente sem contato das mãos com o
bico dosador (saída do sabonete) para evitar a contaminação;
✓ fácil visualização do nível do produto, para apoiar o monitoramento e a troca do
refil;
✓ facilitação da limpeza externa e interna, conforme as recomendações do fabricante;
✓ instruções de acionamento do dispensador;
✓ passo a passo da técnica para realizar a HM das mãos com sabonete e água (por
meio de cartaz ou adesivo no dispensador).

2.4. Secagem das mãos

A secagem ineficaz das mãos resulta em mãos molhadas que constituem risco maior
de transmissão cruzada e contaminação microbiana ambiental, com danos para os
pacientes e para os profissionais de saúde devido ao risco de dermatite de contato.
Após lavar e enxaguar bem as mãos, é recomendado o uso de toalha de papel
descartável para a secagem completa das mãos, sendo o método preferido nos
serviços de saúde. Importante destacar que as toalhas de papel não devem deixar
resíduos nas mãos e nem dispersar partículas no ambiente (GLOWICZ et al., 2023;
ARHAI SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014).

O dispensador de toalha de papel deve permitir que as mãos, após serem lavadas,
tenham contato apenas com a toalha de papel. Isto significa que após lavar as mãos,
elas não devem tocar outras partes do dispensador antes de secá-las (por exemplo,
não devem tocar o controle manual que libera a toalha de papel) (ONTARIO AHPP,
2014).

Os secadores de ar quente têm piores efeitos de secagem, e podem dispersar


microrganismos no ar, causar irritação, secura, aspereza e vermelhidão da pele ao
longo do tempo. Assim, no processo de secagem após lavar as mãos, não é indicado

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o uso de secadores elétricos, uma vez que raramente o tempo necessário para a
secagem é obedecido (BEST et al. 2018; LENKHARN, 2018; GLOWICZ et al., 2023).
Nos procedimentos que exigem técnica asséptica, na inserção de dispositivos
invasivos (cateter vascular central) e procedimentos cirúrgicos, após o uso de produto
degermante à base de CHG ou PVP-I, é necessário enxaguar bem as mãos para
remoção de todo resíduo e secá-las com compressas descartáveis estéreis
(GLOWICZ et al., 2023; WHO, 2018; ARHAI SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP,
2014).

2.5. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica

Existem diferentes apresentações de preparação alcoólica para a HM (por exemplo,


gel, espuma ou líquido), formulações (tipo de álcool, concentração de álcool e
ingredientes adicionais) e diferentes formas de disponibilizar o produto: dispensador
de parede de acionamento manual ou automático; frasco com pump com dispositivos
de suporte para adaptar na cama; suporte de soro e bancada; carro de procedimento;
carro funcional de higiene; carro de transporte; equipamentos
(hemodiálise/anestesiologia), entre outros, além de frascos de uso individual.

Portanto, ao selecionar ou reavaliar uma preparação alcoólica para a HM, é


importante, além da averiguar o devido registro ou notificação do produto na Anvisa,
considerar a opinião e a aceitação do produto pelos profissionais de saúde, utilizar
critérios precisos para o alcance do produto e seleção de dispensador de qualidade
que proporcione melhor adesão à prática apropriada e sustentada da HM, prevenindo
as IRAS.

Requisitos importantes para a aquisição destas preparações são descritos a seguir


(itens 2.5.1 a 2.5.9).

2.5.1. Eficácia antimicrobiana das preparações alcoólicas


A eficácia antimicrobiana da preparação alcoólica para HM depende do tipo de álcool
utilizado, da concentração do álcool, da técnica – fricção de todas as superfícies das
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mãos e do tempo de contato com a pele das mãos que é o tempo de secagem
(BRASIL, 2009; KAWAGOE, 2009b).

A maioria das preparações alcoólicas para HM disponíveis no país contém etanol


(álcool etílico), mas também podem conter isopropanol (álcool isopropílico), ou,
ainda, uma combinação de dois destes álcoois (BRASIL, 2009).

A concentração final da preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos a


ser utilizada em serviços de saúde deve cumprir com o estabelecido na RDC n°
42/2010, ou seja, entre 60% a 80% no caso de preparações sob a forma líquida e
concentração final mínima de 70%, no caso de preparações sob as formas gel,
espuma e outras (BRASIL, 2010).

2.5.2. Tempo de secagem

O tempo de secagem é um dos principais fatores da eficácia antimicrobiana –


duração do procedimento de fricção das mãos com preparação alcoólica para HM
(20 a 30 segundos), e tem relação direta com o volume utilizado na HM.

O volume do produto a ser utilizado é recomendado pelo fabricante da preparação


alcoólica para HM (BRASIL, 2009). Contudo, o volume do produto dispensado deve
ser adequado ao tamanho das mãos, sendo que quantidade maior aumenta o tempo
de secagem (impacto na aceitação e desempenho da HM) e o contrário é verdadeiro
- quanto menor o volume, menor é o tempo de secagem, sendo que a quantidade
dispensada pode ser insuficiente para friccionar todas as superfícies das mãos e
ineficaz na redução microbiana, com impacto nas IRAS (SUCHOMEL et al., 2018;
GLOWICZ et al., 2023).

A técnica correta no momento certo - nos cinco momentos essenciais é a garantia


de cuidado seguro para os pacientes (BRASIL, 2009; OMS, 2009b; OMS, 2014;
BRASIL, 2013c; PRICE et al., 2018; GLOWICZ et al., 2023).

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2.5.3. Boa tolerância cutânea
A preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos deve apresentar boa
tolerância cutânea, uma vez que podem ocorrer dermatites de contato causadas por
hipersensibilidade ao álcool ou aos aditivos presentes nas formulações (KAWAGOE,
2009b).

Destarte, as preparações alcoólicas para HM devem conter na sua formulação


emolientes, umectantes ou outros agentes condicionadores para minimizar ou
eliminar o efeito de ressecamento do álcool (CDC 2002; OMS, 2009b; KAWAGOE,
2009b; GLOWICZ et al., 2023; ONTARIO AHPP, 2014).

Assim, conforme RDC n° 42/2010, é necessário que “as preparações alcoólicas para
HM em suas diferentes formas contenham emolientes em suas formulações a fim de
evitar o ressecamento da pele das mãos” (BRASIL, 2010).

Cumpre ressaltar que deve ser evitado o uso de álcool líquido a 70% antisséptico
para a prática de HM, com vistas a evitar efeitos adversos advindos do ressecamento
da pele das mãos com o uso frequente deste tipo de álcool, que não é adequado e
nem indicado para realizar a HM, pois não contém emolientes, podendo assim
reduzir a adesão ao procedimento, e comprometer a segurança do paciente em
serviços de saúde.

Vale destacar ainda que, conforme Art. 10 da RDC 42/2010, é proibido, para fins de
HM, o uso do álcool regularizado na Anvisa, como produto saneante (BRASIL, 2010).

2.5.4. Averiguação do odor, cor e consistência


Características como odor, consistência e cor podem afetar a aceitação da
preparação alcoólica para HM pelos usuários nos serviços de saúde, impactando no
desempenho da HM e nas IRAS (KAWAGOE, 2009a).

As preparações alcoólicas para HM devem apresentar cheiro característico ou exibir


fragrância suave, leve e agradável, que deve ser notada apenas no momento da
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aplicação e permanecer nas mãos por um curto período, evitando-se qualquer
incômodo ao profissional ou ao paciente, familiar e acompanhantes.

Em relação à cor, deve ser transparente/incolor, sem adição de substâncias corantes


em suas fórmulas (BRASIL, 2009).

A facilidade de ser espalhada nas mãos pode interferir na preferência. Assim, a


preparação alcoólica para HM deve apresentar boa textura e viscosidade, estar
isenta de material em suspensão para evitar que deixe resíduos aderentes nas mãos,
precavendo a sensação de mãos pegajosas após aplicação.

2.5.5. Presença de desnaturante

A preparação alcoólica para HM deve apresentar desnaturante em sua fórmula,


conferindo sabor amargo, a fim de evitar ingestão acidental por crianças ou risco de
mau uso por pacientes (ingestão e outros).

Ademais, de acordo com o Parágrafo único do Art. 5º da RDC n° 42/2010, “Quando


houver risco de mau uso de preparação alcoólica por pacientes (ingestão e outros),
os serviços de saúde devem avaliar a situação e prover a disponibilização de
preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos de forma segura” (BRASIL,
2010).

2.5.6. Facilidade de uso do dispensador


Dispensadores e recipientes de álcool devem ser projetados para minimizar a
evaporação e manter a concentração inicial, uma vez que o álcool é volátil (CDC
2002; OMS, 2009b; ONTARIO AHPP, 2014).

A disponibilidade (facilidade em repor o produto por meio de refil), a conveniência


(de fácil instalação e acesso ao alcance das mãos dos profissionais), o devido
funcionamento do dispensador (facilidade para acionar e dispensar a quantidade
correta do produto – de acordo com o fabricante, que seja durável com múltiplos

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acionamentos), assim como a capacidade de prevenir a contaminação do produto
(as mãos não devem tocar o bico dosador/saída do produto), são requisitos
importantes do dispensador (manual ou automático) a serem observados ao se
adquirir preparações alcoólicas para a HM (ASSADIAN et al., 2012; HUANG, 2012;
ROTH et al., 2018; BLENKHARN, 2018; GLOWICZ et al., 2023; WHO, 2018; ARHAI
SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014).

O dispensador deve facilitar a identificação do tipo e nome do produto, de modo a


diferenciar o produto (preparação alcoólica) destinado para fricção antisséptica das
mãos nos 5 momentos do produto específico para a antissepsia cirúrgica das mãos,
data de validade, como acionar e usar o produto, e a visualização do nível do produto,
sem necessidade de abrir o dispensador. Ainda, deve permitir limpeza interna e
externa, conforme recomendações do fabricante (ONTARIO AHPP, 2014).

Os locais para instalar os dispensadores contendo preparações alcoólicas devem ser


definidos em conjunto com CCIH/CCIRAS (BRASIL, 2010), sendo que no ponto de
assistência as preparações alcoólicas para HM podem estar disponibilizadas de
várias formas (dispensadores de parede, pumps, frascos), na entrada do ambiente
do paciente, cama, bancada, equipamento, suporte de soro etc.) sem obstrução por
equipamentos ou objetos, e visíveis para uso. Para tanto, deve-se considerar o fluxo
de trabalho e a preferência dos profissionais, assim como o devido funcionamento
do dispensador e acionamento adequado do produto (KAWAGOE, 2009b).

Observação: O dispensador de preparação alcoólica para HM não deve ser instalado


junto às pias/lavabos, pois o usuário pode ficar indeciso sobre qual produto usar para
lavar as mãos. Isso pode induzir ao uso indevido da preparação alcoólica pelo usuário:
lavar as mãos com ambos os produtos (álcool e sabonete) ou usar a preparação
alcoólica como complemento na HM após lavar as mãos, o que é contraindicado, pois
além de ser desnecessário, e aumentar custos, pode diluir a concentração do álcool
por não secar as mãos direito, diminuindo a eficácia antimicrobiana e causar dermatose
na pele das mãos (CDC, 2002).

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2.5.7. Cuidados com reenvase de produtos

Os dispensadores de parede, frascos de “pump” ou individuais não devem ser


reutilizados ou preenchidos quando estiverem parcialmente vazios devido ao risco de
contaminação (GLOWICZ et al., 2023; ONTARIO AHPP, 2014).

Conforme a RDC n° 42/2010, nos dispensadores de parede devem ser utilizados refis
em embalagens descartáveis contendo a preparação alcoólica para HM. E, caso a
preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos seja manipulada pelo serviço
de saúde, o envase deve ser realizado pela farmácia hospitalar ou magistral (BRASIL,
2010).

2.5.8. Custo acessível e disponibilidade no mercado local

Um elemento essencial para a promoção das práticas de segurança voltadas à HM


é a disponibilização de preparações alcoólicas de custo acessível ou de baixo custo
comercial, sempre considerando outros requisitos que contribuem para o aceite e para
a adesão às práticas adequadas de HM, incluindo a opinião do usuário, que é
fundamental em qualquer programa de melhoria de adesão à HM (CDC, 2002).

É altamente recomendável que qualquer medida de intervenção no programa de HM,


seja na troca de produto/marca por preço, queixa dos usuários, resultados de
indicadores de estrutura, processos ou resultados, seja feita uma avaliação pré e pós-
intervenção, como parte de um projeto de melhoria de qualidade.

2.5.9. Realização de pré-qualificação ou avaliação prévia de preparação alcoólica


para higiene das mãos

A pré-qualificação ou avaliação prévia compreende um processo que inclui a


obtenção de uma série de informações e a realização de avaliações legal, técnica e
funcional antes da decisão de compra.

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Assim, a pré-qualificação da preparação alcoólica para as mãos, a qual pode ser
requisitada pela CCIH/CCIRAS, pode auxiliar na escolha daquelas mais apropriadas
para a aquisição e uso em serviços de saúde.

Na oportunidade, a instituição de saúde pode solicitar laudos de eficácia


antimicrobiana da preparação alcoólica para a HM, a fim de agregar informações aos
resultados dos testes de uso, pelos profissionais de saúde.

2.6. Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos

A antissepsia cirúrgica das mãos ou preparo pré-operatório das mãos da equipe


cirúrgica tem os seguintes objetivos (CDC, 2002; OMS, 2009b; WHO, 2018; ARHAI
SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014; BRASIL, 2009; BRASIL, 2017):

✓ eliminar a microbiota transitória e reduzir a microbiota residente da pele das


mãos e dos antebraços dos profissionais;
✓ inibir o crescimento da microbiota residente sob a mãos enluvadas, durante o
procedimento cirúrgico, por meio da atividade persistente dos produtos
antissépticos degermantes ou produto à base de álcool (PBA);
✓ reduzir a multiplicação da microbiota residente da pele das mãos da equipe
cirúrgica, durante o procedimento, caso ocorra perfuração da luva cirúrgica, sem
ser notada.

Existem duas técnicas para realizar a antissepsia cirúrgica das mãos (CDC, 2002;
OMS, 2009b; WHO, 2018; ARHAI SCOTLAND, 2023; ONTARIO AHPP, 2014; BRASIL,
2009; BRASIL, 2017):

✓ degermação cirúrgica das mãos/antebraços, utilizando produto degermante,


com princípios ativos à base de PVP-I a 10% ou CHG (2% ou 4%), associados
a detergente, que necessitam de água.
✓ fricção das mãos/antebraços com produto à base de álcool (PBA), e não há
necessidade de água, podendo o álcool ser associado a um antisséptico (CHG,
por exemplo). Contudo, o PBA deve ser específico para este fim e deve

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comprovar efeito persistente por meio de laudos de resultados destes efeitos
por métodos padronizados, por exemplo a norma americana - FDA/ASTM -
E1115 ou europeia - EN 12791 (OMS, 2009b; WHO, 2009; WHO, 2018; BRASIL,
2017).

Há fortes evidências científicas sobre a segurança do uso de PBA específico para


antissepsia cirúrgica das mãos, podendo, portanto, substituir a técnica tradicional,
com CHG ou PVPI degermante, no preparo pré-operatório das mãos, ressaltando
que a eficácia do álcool depende de seu tipo, concentração, formulação e tempo de
contato (OMS, 2009b; GONÇALVES et. al., 2012; WHO, 2018).

O PBA para fricção cirúrgica das mãos pode estar associado ou não a antissépticos.
Contudo, devem ser avaliados estudos que atestem a efetividade do produto. Por
exemplo, no estudo de HENNIG et. al. (2017), foi evidenciado que produto contendo
somente álcool (45% de etanol, 18% de n-propanol) obteve significativa redução
microbiana, quando comparado com álcool associado a CHG (61% de etanol, 1%de
CHG).

A duração e técnicas corretas de antissepsia cirúrgica das mãos com antisséptico


degermante (CHG ou PVPI) ou com PBA específico para fricção cirúrgica das mãos
e antebraços podem ser acessadas na publicação da Anvisa, intitulada “Medidas de
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde” (BRASIL, 2017).

2.6.1. Requisitos básicos para a seleção de produtos para Fricção Cirúrgica das
Mãos com PBA

A atividade persistente e sustentada do PBA para antissepsia cirúrgica das mãos pode
ser demonstrada por meio de laudos de resultados destes efeitos pelo método
americano - FDA/ASTM - E1115 ou europeu - EN 12791 (OMS, 2009b; WHO, 2009;
WHO, 2018; ANVISA, 2018).

Além de atender aos objetivos já descritos da preparação alcoólica específica para


fricção cirúrgica das mãos, para selecionar o PBA na antissepsia cirúrgica das mãos e

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antebraços, o produto deve cumprir com os critérios (itens 2.5.1; 2.5.2; e 2.5.6)
definidos para seleção de PBA para fricção antisséptica das mãos.

2.6.2. Recomendações gerais para Antissepsia Cirúrgica das Mãos (OMS, 2009b;
WHO, 2018; ARHAI SCOTLAND, 2023; BRASIL, 2017)

Para a seleção de produtos para antissepsia cirúrgica das mãos (degermação


cirúrgica ou fricção com PBA), deve-se levar em consideração a efetividade do
produto, tempo de atividade persistente ou residual do princípio ativo, preferência
dos usuários, facilidade do profissional aderir à técnica, risco de efeitos adversos
(ressecamento, irritação da pele e dermatite), a conformidade com a legislação
brasileira, e o custo, além das evidências científicas atuais (WHO, 2018; GLOWICZ
et al., 2023).

Na entrada do bloco operatório, o profissional da equipe cirúrgica deve lavar as mãos


com sabonete não associado a antisséptico, antes do procedimento cirúrgico.
Recomenda-se retirar os adornos (anel, pulseira, relógio, etc.), não utilizar unhas
artificiais ou extensores, além de sempre manter unhas curtas e limpas, sem
esmaltes (WHO, 2018; GLOWICZ et al., 2023).

Na sequência, ao realizar a degermação cirúrgica das mãos com PVP-I ou CHG,


utilizar a esponja, aplicando o produto degermante em todas as superfícies das mãos
e antebraços, enxaguar para retirar todo o resíduo com água de qualidade e secar
bem com compressa estéril antes de calçar luvas estéreis. O tempo total de duração
do procedimento deve ser de 2 a 5 minutos, conforme o protocolo institucional, e
recomendação do fabricante (WHO, 2009; WHO, 2018; BRASIL, 2017).

Caso seja feita a fricção cirúrgica com PBA (em vez da degermação cirúrgica das
mãos com PVP-I ou CHG), cabe lembrar que a atividade de PBA pode ser
prejudicada se as mãos não estiverem completamente secas (após lavar as mãos
com sabonete comum - não associado a antisséptico). Para maior efetividade
durante o procedimento, as mãos e antebraços devem permanecer úmidos com o
álcool ao friccioná-los, exigindo cerca de 4 a 6 mL ou mais, dependendo do tamanho
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das mãos/antebraços. O tempo necessário para fricção da PA depende da
formulação e recomendação do fabricante, cujo tempo de contato pode ser de um
minuto e 30 segundos a três minutos. As mãos/antebraços devem estar secos antes
de calçar luvas cirúrgicas estéreis (WHO, 2009; WHO, 2018; GLOWICZ et al., 2023).

Recomenda-se a repetição da HM com sabonete não associado a antisséptico, se


sujeira visível, e realizar a degermação cirúrgica das mãos e antebraços (com PVP-
I ou CHG) ou fricção destas com PBA antes de passar ao procedimento cirúrgico
seguinte. No entanto, a degermação cirúrgica e fricção com PBA não devem ser
realizadas sequencialmente, por não haver necessidade e pelo risco em causar
dermatose nas mãos/antebraços (WHO, 2009; WHO, 2018; BRASIL, 2017).

Ressalta-se que o lavabo cirúrgico deve ser exclusivo para o preparo cirúrgico das
mãos e antebraços e não deve ser utilizado para descarte de resíduos humanos,
medicamentos, alimentos e nem para lavar materiais e instrumentos cirúrgicos
(GLOWICZ et al., 2023).

Desse modo, os dispensadores de PBA para a fricção cirúrgica das mãos devem ser
instalados no lavabo cirúrgico existente no bloco cirúrgico (com produtos
degermantes - CHG e PVP-I), em quantidade suficiente para atender ao número de
membros das equipes e procedimentos cirúrgicos. Também devem ser
disponibilizados junto ao lavabo, dispensador com sabonete não associado a
antisséptico, toalha de papel e lixeira com acionamento por pedal, cartazes/folders
com técnica de degermação cirúrgica e fricção com PBA, além de relógio/cronômetro
para controle do tempo de antissepsia cirúrgica das mãos/antebraços.

Nas salas cirúrgicas devem ser disponibilizados somente preparação alcoólica para
a HM nos cinco momentos (preferencialmente na parede e junto ao equipamento de
anestesiologia, ou em outros locais indicados pela CCIH/CCIRAS), de acordo com o
fluxo de trabalho e preferência dos profissionais.

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3. REQUISITOS BÁSICOS PARA A SELEÇÃO DE LUVAS (ESTÉREIS E NÃO
ESTÉREIS) PARA AS MÃOS

O principal papel das luvas para as mãos (luvas cirúrgicas – estéreis e luvas para
procedimentos não cirúrgicos – que não são estéreis) consiste na proteção dos
profissionais e dos pacientes em serviços de saúde (BRASIL, 2009; CVE/SP, 2016;
BRASIL, 2023).

Assim, recomenda-se o uso de luvas em serviços de saúde por duas razões


fundamentais (BRASIL, 2009; CVE/SP, 2016):

✓ para reduzir o risco de contaminação das mãos de profissionais da saúde com


sangue e outros fluidos corporais;
✓ para reduzir o risco de disseminação de microrganismos no ambiente e de
transmissão do profissional da saúde para o paciente e vice-versa,bem como de
um paciente para outro.

De acordo com os cinco momentos para a HM, o profissional de saúde deve


higienizar as mãos imediatamente antes de calçar as luvas e após retirá-las.
(BRASIL, 2009; OMS, 2009a; OMS, 2014; CVE/SP, 2016).

No entanto, as luvas podem atuar como veículo de transmissão de microrganismos,


caso as luvas sejam utilizadas sem necessidade e de maneira incorreta. Além disso,
as proteínas presentes no látex de borracha natural podem causar alergias por meio
de contato direto com a pele ou por inalação do pó presente nas luvas de látex.
Ressalta-se que as luvas com pó constituem barreira importante para a
implementação das melhores práticas de HM em serviços de saúde. Isto ocorre
porque os resíduos de pó presentes nas luvas ao entrar em contato com o produto
alcoólico formam uma reação e substância indesejável nas mãos e isso pode inibir a
prática de HM com preparação alcoólica após a retirada das luvas (BRASIL, 2009;
OMS, 2009a; OMS, 2014; CVE/SP, 2016; ANVISA, 2018).

Dessa forma, ao selecionar o tipo de luva a ser utilizado no serviço de saúde, deve-
se priorizar as luvas com menor risco alérgeno. Por exemplo, as luvas de látex com
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GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
pó podem aumentar o risco de dermatite de contato e alergia pelo látex (antígenos
proteicos e químicos) e ainda ser uma barreira para a adequada HM (presença de
pó e necessidade de lavar as mãos, não tendo a pia/lavabo próximo ao ponto de
assistência).

Assim, deve-se considerar também os indivíduos sensibilizados a substâncias


alérgenas, que devem usar luvas de polímeros de vinil, polímeros de neoprene e
polímeros de estireno butadieno, disponíveis no mercado brasileiro. Importante
verificar as informações fornecidas pelo fabricante quanto às substâncias utilizadas
na fabricação destas luvas.

Diante do exposto, é recomendável a seleção de luvas de procedimento não


cirúrgico e cirúrgico isentas de pó (talco) para uso em serviços de saúde, pois
isso evita reações em contato com a preparação alcoólica para a HM, facilitando a
correta HM nos cinco momentos e na antissepsia cirúrgica das mãos.

Atenção: Manter as luvas (luvas cirúrgicas – estéreis e luvas para procedimentos


não cirúrgicos – não estéreis) na embalagem ou caixa original, até o seu uso – não
manipular ou porcionar pequenas quantidades em quaisquer embalagens, como
saco plástico. As luvas são de uso único e, portanto, devem ser descartadas após o
término do cuidado ou o procedimento (CDC, 2002; GLOWICZ et al, 2023; BRASIL,
2009; OMS, 2009a; BRASIL, 2023).

Mais informações sobre uso correto de luvas para prevenção da transmissão de


microrganismos em serviços de saúde constam no Folheto Informativo – Uso de
Luvas, disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-
br/assuntos/servicosdesaude/prevencao-e-controle-de-infeccao-e-resistencia-
microbiana/UsodeLuvasFolhetoInformativo.pdf

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4. RECOMENDAÇÕES PÓS-MERCADO PARA PRODUTOS ENVOLVIDOS NA
HIGIENE DAS MÃOS

Os serviços de saúde devem proceder à notificação à vigilância sanitária (VISA), por


meio do sistema Notivisa ou e-Notivisa, sempre que for identificada irregularidade
quanto à situação do estabelecimento fornecedor, do produto ou na ocorrência de
desvio de qualidade dos produtos. Para isso, devem acessar o seguinte endereço
eletrônico: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-
monitoramento/notificacoes.

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NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 05/2024: ORIENTAÇÕES


GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
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