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O Impacto do Cancelamento Virtual

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Ana Luísa
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Na obra "O mal-estar da pós-modernidade", publicada pela primeira vez em 1997, Bauman

retoma a teoria freudiana de que ao longo da modernidade, os cidadãos trocaram a liberdade


pela segurança. Tal mudança gerou no mundo comportamentos de ordem, repressão,
regulação das vontades e prazeres e a sociedade tornou-se cada vez mais dura, mais sólida,
repressiva e autoritária.

Nesse contexto, no Brasil contemporâneo, pode-se mencionar, por exemplo, o “Tribunal da


Internet”, um movimento onde as pessoas julgam e condenam outras sem dar a chance de
explicarem seus erros. Com base nesse cenário, podemos citar Raphael Sousa, dono da página
de fofocas Choquei. Raphael trancou o seu perfil pessoal no Instagram, após receber uma
avalanche de críticas e xingamentos, acusado de ter contribuído para a morte de uma jovem
de 22 anos que teve seu nome envolvido em uma Fake News.

Ademais, na maioria das vezes, o cancelamento é usado como uma forma de boicotar e isolar
pessoas da internet. Acerca disso, os mais afetados são os “digitais influencers”, pois se
expressam através das redes sociais, gerando conteúdo e, por meio dele, impactam indivíduos
e comunidades. Dessa maneira, a pessoa se torna uma imagem pública, tendo seus ideais
julgados pelo tribunal da Internet, que dita o que é certo e errado. Uma evidência disso, é o
caso da cantora Karol Conká, onde, após ter participado de um “reality show”, não foi somente
xingada, mas ameaçada. Logo após o ocorrido, Karol lançou um documentário denominado “A
vida depois do tombo”, nele, a cantora revelou que o cancelamento lhe trouxe transtornos
mentais, um deles foi a ansiedade. Desse modo, fica claro que o conceito “cancelar”, não é
utilizado somente para punir um cidadão, mas para o desestabilizar.

É evidente, portanto, que medidas exequíveis são fundamentais para atenuar o avanço da
problemática. Sendo assim, é dever da mídia, debater o assunto nas redes sociais em parceria
com influenciadores digitais, propondo a reflexão de adultos e jovens, a fim de reduzir tal
mazela. Ademais, é papel das escolas, propor atividades dinâmicas, como rodas de conversas,
tarefas e lições, que irão abordar o tema do cancelamento virtual, para que assim, situações
semelhantes à de Karol Conká não sejam presenciadas com frequência.

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