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Fundamentos do Concreto Armado

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Capitulo 1

Introdução aos Estudos do Concreto

1.1. Princípio do Concreto

A pedra foi o primeiro material utilizado pelo homem para fins estruturais. As
principais limitações eram:
- dificuldade de corte;
- dificuldade de locomoção;
- dificuldade de assentamento;
- baixa resistência à tração.

Por isso os gregos tentaram reduzir vãos utilizando colunatas. A adoção


dos arcos foi recurso dos romanos.
O cimento dos romanos (cinza vulcânica + cal) permitia a moldagem e
soldagem de peças formando blocos maiores de pedra.
Posteriormente, tentou-se armar as pedras nas regiões de tração.
Finalmente, com o surgimento do cimento postland, se tornou possível o
concreto, um material pétreo moldável e que permite a inclusão de barras de
aço para absorva esforços de tração.
A partir da década de 20, foi possível utilizar o concreto em grandes
estruturas com segurança e economia.
As principais informações necessárias ao conhecimento do concreto
são:
- resistência;
- durabilidade;
- deformação.

1.2. Constituição do Concreto:

O concreto é constituído por uma mistura de água, cimento e agregados


inertes. A água e cimento formam a pasta, cuja formação é aderir as partículas
de agregados.
Temos então, um material monolítico com característica de pedra.
Dentre vários fatores a resistência do concreto depende principalmente de
três:

- resistência do agregado;
- resistência da pasta;
- resistência da ligação agregado - pasta.

2
A armadura complementa o concreto formando o conjunto resistente aos
diferentes esforços que surgem numa estrutura.

1.3. Usos Típicos e Vantagens do Concreto

Praticamente o concreto armado pode ser adotado em todos os tipos de


obras. As limitações continuam no que se refere a altíssimas resistências.
Com o surgimento e desenvolvimento do concreto protendido as soluções
se tornaram mais arrojadas e econômicas.
O concreto apresenta as seguintes vantagens:
- baixo custo;
- facilidade de execução;
- durabilidade;
- economia em manutenção.

1.4. Princípios da Tecnologia do Concreto

A tecnologia do concreto consiste em se determinar as propriedades que


se necessitam para o concreto endurecido.
Portando, o estudo do concreto deve compreender:
- concreto endurecido;
- concreto fresco;
- materiais;
- dosagem do concreto;
- produção do concreto;
- qualidade do concreto;
- custo.

3
Capitulo 2
Concreto Endurecido

2.1. Resistência

2.1.1. Tipo de Cimento

Do tipo de cimento depende a resistência da pasta e, portanto, também


a resistência do concreto. Dessa forma, a influencia do cimento se manifesta
tanto no valor da resistência, quanto na evolução da resistência com o tempo.

2.1.2. Relação Água/Cimento

Quanto menor a relação água/cimento, menor será a porosidade da


pasta formada e, portanto, maior será a aderência pasta/agregado, que
também tem influência na resistência do concreto. A relação ente a resistência,
fc, e a relação água/cimento, x, foi estudada por Abrams e pode ser
representada pela expressão:

Fc=A/Bx

Sendo A e B duas constantes que dependem do cimento e do grau de


hidratação.

2.1.3. Idade

A idade influi na resistência do concreto através da evolução da


hidratação do cimento. A medida que o cimento é hidratado, os espaços
ocupados por um gel (cimento + água) vão sendo substituídos por pasta
hidratada (material sólido). Os vazios remanescentes dependem da relação
água/cimento inicial.
Os valores relativos, aproximados, típicos de resistência a diversas
idades são mostrados a seguir:

Idade (dias) 3 7 21 28
Resistência 50% 70% 92% 100%

2.1.4. Temperatura ou Maturidade

A temperatura tem influência sobre a resistência pelo efeito sobre a


velocidade das reações de hidratação. Define-se maturidade como o produto

4
do tempo, em hora ou dia, pela temperatura em ºC. A umidade de maturidade
pode ser hora ºC ou dia ºC. O uso da maturidade é muito prático para
determinação de prazos de cura, de desforma e de carregamento.

2.1.5. Agregado/Cimento

Como a resistência do agregado é, em geral, maior do que a da pasta,


quando maior a proporção de agregados maior será a resistência do concreto.
Mas há limites nessa proporção.

2.1.6. Tamanho Máximo do Agregado

Concreto com agregados maior tendem a ter resistência menores


mantendo-se constante as demais fatores. A influencia do tamanho do
agregado aumenta com a redução da relação água/cimento.

2.1.7. Simultaneidade de Fatores

Na pratica do concreto, dificilmente se tem um único fator variando


isoladamente. Ao variar um dos fatores, pode-se influenciar outros, de modo
que o resultado passe a ser efeito e combinado de várias causas. Esses efeitos
tanto podem se somar quanto se compensar.

2.1.8. Ensaios Para Determinação da Resistência

- Ruptura por compressão diametral;


- Ruptura por compressão de corpos-de-prova cilíndricos;
- Ruptura por tração na flexão de corpos-de-prova prismáticos.

Existem ensaios na própria estrutura:


- esclerometria;
- ultra-som;
- arrancamento de pinos;
- cravação de pinos.

2.2. Módulo de Deformação

É a medida de deformação do concreto, definida pela relação entre


tensão e deformação relativa.
Na norma NBR6118 consta uma expressão que relaciona o módulo de
deformação com a resistência:

5
Ec=4 700fcj Ec=6 600fcj Ec=9 500fcj

Tanto o valor da resistência quanto o módulo de deformação são dados


em MPa.
Os valores para módulo de deformação situam entre 20 000MPa e
45000MPa, para resistência entre 20MPa e 50MPa.

2.3. Retração

A retração é a redução de dimensão do concreto devido a:


- perda de água capilar (retração hidráulica);
- redução de volume dos produtos de hidratação (retração autógena) –
normalmente os produtos tendem a aumentar quando diminuem é retração.

A retração é um fenômeno que ocorre na pasta de cimento.


Os fatores de retração são:
- qualidade da pasta;
- perda de água por secagem.
A pasta sofre mais retrações do que a argamassa e esta mais que o
concreto. O agregado não sofre retração e tendem a conter a retração da
pasta. Por outro lado, quanto mais água houver na pasta, maior será a
retração.
A redução das dimensões provocada pela retração da origem a tensões
de tração que podem causar a fissuração do concreto, que é mais intensa nas
primeiras idades, quando ainda é pequena a resistência do concreto. Por essa
razão deve-se evitar a perda de água no concreto com recurso de cura.
As principais causas que podem intensificar a evaporação da água e,
consequentemente, são agravantes da retração são:
- baixa umidade relativa do ar;
- temperatura elevada;
- vento.

A falta de cura tem efeito nocivo sobre a resistência, porque a retração


provoca uma fissuração generalizada. Essas fissuras constituem um caminho
para a umidade e outros agentes agressivos que podem atacar a armadura ou
o próprio concreto.

2.4. Fluência

A fluência é uma deformação lenta apresentada pelo concreto quando


submetido a um carregamento permanente.
Como a retração, a fluência é um fenômeno que ocorre na pasta, e, por
isso, aumenta com o acréscimo de pasta no concreto.
Os fatores que influência na fluência são:

6
- quantidade de pasta no concreto;
- idade no carregamento;
- relação tensão/resistência;
- perda de idade do concreto.

Quanto maior a relação tensão/resistência, maior a deformação por


fluência.
Para valores até 0,5, a deformação tende a se estabilizar; do contrário a
deformação pode aumentar até a ruptura.
As pequenas idades a deformação por fluência é maior devido a menor
resistência do concreto.
A fluência pode ter resultados benéficos, pois uma peça estrutural sujeita
a esforços pode se deformar aliviando as tensões. Com deformações lentas há
uma acomodação sem o aparecimento de fissuras. Esse fenômeno é
denominado relaxação de tensões.

Obs.: o processo de cura é jogar água por mais ou menos 14 dias.

2.5. Permeabilidade

A permeabilidade do concreto está relacionada com a durabilidade. Em


um concreto impermeável é impelido a acesso de agentes agressivos ao seu
interior e também à armadura.
A permeabilidade está relacionada com a porosidade da pasta. Quanto
menos porosidade, menos permeável será a pasta e, portanto, o concreto.
A porosidade da pasta depende de dois fatores:
- relação água/cimento;
- grau de hidratação da pasta.
A relação água/cimento define a estrutura da pasta. Quanto menor essa
relação, mais próximas estarão os grãos de cimento uns dos outros,
caracterizando assim menor porosidade. Como os produtos de hidratação
ocupam um volume maior do que o cimento, a porosidade diminui à medida
que a hidratação evolui.
São mostradas as seguir, as idades a partir das quais concretos com
diferentes relações água/cimento se tornam impermeáveis.

Relação a/c 0,40 0,50 0,60 0,70


Idade (dias) 3 7 28 360

2.6. Carbonatação

7
O hidróxido de cal, formado na hidratação do cimento, combina com o
CO2 do ar, formando carbonato de cálcio. O meio se torna menos alcalino
oferecendo menor proteção a armadura. (Queda no Ph)
A alta permeabilidade do concreto favorece a carbonatação.
No quadro a seguir é mostrada a influência da relação a/c sobre a
profundidade da carbonatação do concreto. (corrosão -> carbonatação)

Relação a/c 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70


Tempo p/10mm (anos) 70 25 12 7 6 5
Tempo p/20mm (anos) 330 100 50 30 25 20

2.7. Durabilidade

A durabilidade é uma característica que se define em função das


condições que o concreto está submetido. De um modo geral, a durabilidade é
assegurada por uma permeabilidade baixa.
Além disso, o cimento pode ser escolhido de forma a resistir a certos
agentes.
Quando o concreto precisa estar exposto a ácidos, deve-se lembrar que
o cimento não é resistente a eles, recorre-se, neste caso, a revestimentos
protetores tipo resina epóxi (existem outros materiais).

2.8. Colmotação

Podem surgir no concreto microfissuras devido a inicio de ruptura,


retração ou qualquer outra causa. Se essas microfissuras se mantiverem
fechadas, pode haver uma hidratação de partículas de cimento ainda não
completamente hidratado, resultando um fechamento dessas aberturas como
uma cicatrização.
É um fenômeno mais comum em concreto novos, podem haver em
concreto de até 3 anos de idade.

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Capitulo 3
Concreto Fresco

3.1.Trabalhabilidade

Trabalhabilidade é a propriedade do concreto fresco que identifica sua


maior ou menor aptidão para ser empregado com determinada finalidade, sem
perda de sua homogeneidade.
A trabalhabilidade é profundamente influenciada pela consistência e pela
coesão.
Os principais fatores que afetam a trabalhabilidade são:

a) Fatores internos:
- consistência;
- traço (principalmente quantidade de água);
- granulometria;
- forma do grão;
- aditivos (plastificantes).

b) Fatores externos:
- tipo de mistura;
- tipo de transporte;
- tipo de lançamento;
- tipo de adensamento;
- dimensão da peça e armadura.

A característica fundamental para que um concreto seja bem adensado


é a trabalhabilidade, isto é, a adequação da consistência ao processo utilizado
para o lançamento e adensamento.

3.2. Consistência

A consistência depende principalmente da quantidade de água da


mistura. Aumentando a quantidade de água, a mistura fresca se torna mais
mole, mais plástica, mais trabalhável.
Areias mais finas e aumento do teor de cimento são fatores de aumento
da demanda de água.
O principal método para se medis a consistência do concreto é o método
“do abatimento do tronco de cone”. (Trabalhabilidade não mede, o que se
mede é a consistência).
ENSAIO DE CONSTÊNCIA PELO ABATIMENTO DO TRONCO DE
CONE- ANNT (SLUMP- mede a consistência).

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A medida da trabalhabilidade é feita pelo abatimento causado na massa
de concreto pelo seu próprio peso.
O aparelho consiste em uma fôrma troncônica de diâmetro de 10cm a
20cm e altura de 30cm, dentro da qual é colocada uma massa de concreto em
3 camadas iguais, adensadas, cada uma com 25 golpes, com uma barra de
16mm de diâmetro.
Logo após, retira-se lentamente o molde levantando-o verticalmente e
determina-se a diferença entre a altura do molde e a da massa de concreto,
após assentado.

3.3. Coesão

A coesão é a propriedade pela qual os concretos se mantêm misturados,


isto é, seus componentes não se separam. Na pratica, avalia-se coesão pelo
aspecto da mistura conforme figura:
Coesão é caracterizada quando:
- os agregados não se mostram limpos;
- as bordas se mostram convexas;
- não há tendência de água ou pasta nas bordas.

Os fatores que influenciam a coesão são:


- teor de finos;
- as incorporado;
- proporção de água.

3.4. Exsudação

Quando o concreto, devido a falta de finos, não consegue reter a água


de amassamento, esta sobe, acumulamdo-se na superfície livre do concreto
ainda fresco.
O fenômeno da exsudação está associado ao fenômeno de retração.
Além de retração existem outros efeitos nocivos, pois a água, na ascensão
através do concreto, abre uma grande quantidade de canalículos e bolsas, ao
encontrar grandes agregados de armadura, prejudicando a aderência e a
resitência do concreto

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Capitulo 4
Cimento

4.1. Obtenção

O cimento é um produto constituído principalmente de silicatos e


alumínatos de cálcio, que, depois de hidratados, funicionam como uma cola
que liga as partículas de agregados entre si.
O cimento é obtido a partir das operações de magem, mistura de
calcário e argila; essa mistura é colocada em um forno onde é aquecida até
praticamente o início da fusão, produzindo após o resfriamento rápido, um
material denominado clíquer. O clíquer é moído juntamente com o gesso,
resultando no cimento Portland como se encontra no mercado, na forma de um
pó muito fino, cinzento levemente esverdiado.

4.2. Composição

O resultado desse processo é um produto constituído por vários óxidos:


Os principais são:
- Cão, SiO2, Al2, Fe2O3
Os componentes resultantes do óxido são:
- C3S, C2S, C3A, C4AF

4.3. Adições

Adições é diferente de aditivos. Adições são produtos colocados durante


a fabricação, se for depois são aditivos.
Podem ser adicionados ao cimento determinados materiais para
modificar ou obter certas propriedades:
- escória de alto forno;
- pozolanas;
- calcário.

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4.4. Tipos de Cimento

- Cimento Postland Comum – CPI


- Cimento Postland de Alto Forno Inicial –CPII – ARI
- Cimento Postland de Alto Forno – CPIII
- Cimento Postland Pozolânico – CPIV
- Cimento Postland Resistência a Sulfatos – CPV (bom para o mar)
- Cimento Postland Composto – CPII
CPII-E (com escória e calcário)
CPII-Z (com pozolana e calcário) – mais utilizado e mais fácil de
encontrar.
CPII-F (com calcário)

4.5. Classes de Cimento

As designações das classes de cimento 25, 32 e 40 são resistências,


respectivamente, 25MPa, 32MPa e 40Mpa.
As resistências mínimas são mostradas no quadro:

Classe
Idade 25 32 40 ARI
1 - - - 14
3 8 10 15 24
7 15 20 25 34
28 25 32* 40 -
91 32 40 48 -

* Cimento mais popular CPII-Z 32.


** O Cimento tem que aparentar essa resistência.
*** Olhar sempre a validade (3 meses)

4.6. Ensaios

Resistência: consiste em moldar quatro corpos-de-prova cilíndricas por


idade com 5cm de diâmetro e 10cm de altura, conserva-los em câmera úmida
até o ensaio e rompe-los com as idades especificadas, geralmente 3, 7 e 28
dias. A resistência do cimento influencia na resistência do concreto.
Pega: a pega do cimento é definida como o momento em que uma pasta
com consistência inicial oferece uma certa resistência à penetração de uma
agulha (VICAT) de seção circular igual a 1,0mm², sob a ação de um peso de

12
300gt; essa resistência é atingida quando a agulha fica retida 1mm acima do
fundo do molde.
Finura: consiste em determinar a porcentagem retida de uma amostra do
cimento em uma peneira 0,74mm.
Outros ensaios: idade do cimento, baixas resistências, calor de
hidratação, etc.

Osb.: Os ensaios não são feitos diariamente, pois é caro.


Grandes consumos de cimento são vendidos em carreta, não em sacos.

13
Capitulo 5
Agregados

5.1. Agregado no Concreto

O agregado é um componente que desempenha a função de material de


enchimento e de material resistente, constituindo por partículas que devem ser
cimentadas entre si pela pasta. O agregado ocupa entre 60% e 80% do volume
total do concreto.
O aumento da proporção de material inerte resulta um aumento de
resistência do concreto, alem de melhorar outras propriedades, como redução
da retração e fluência.

5.2. Agregado Miúdo e Graúdo

Os agregados se subdividem em agregados graúdos e agregados


miúdos, de acordo com o tamanho das partículas, que é definido por abertura
de malha de peneira. Denomina-se agregado graúdo aquele cujas partículas
são retidas em uma peneira com malha quadrada com abertura de lado igual a
4,8mm. O agregado cujas partículas passam nessa peneira é denominado
agregado miúdo.

5.3. Obtenção dos agregados

- Minerais ao natural (areia);


- Minerais beneficiados (passam por um processo industrial, como a
brita);
- Artificiais (argila expandida, polímeros).

5.4. Propriedades dos Agregados

- Resistência mecânica;
- Resistência à abrasão (atrito);
- Sanidade (alteração de itemperes como cor, forma);
- Massa especifica e massa unitária (muitos vazios);

14
- Porosidade;
- Absorção.

5.5. Textura e Forma de Agregados

Os agregados podem ter textura lisa ou áspera. As partículas lisas


exigem menos pasto, mas a resistência obtida é menor.
Quanto ao arredondamento, as partículas podem ser angulosas e
arredondadas.
(c) comprimento; (l) largura; (e) espessura

Quando: l/e e c/e <= 2 : cúbico


l/e e c/e > 2 : lamelar (mais achatada)

Partículas lamelares tornam o concreto áspero e difícil de rolar, exigindo,


portanto, mais argamassa. Quanto maior o índice de forma, menos favorável a
forma da partícula.

5.5.1. Estabilidade Química e Relativa

Se o agregado apresentar substancias relativas como cloreto e sulfato é


necessário providenciar um outro tipo de cimento.

5.5.2. Substancias Deletérias

São materiais trazidos pelos agregados que comprometem a


resistências do concreto (materiais orgânicos).

5.5.3. Umidade

É a água presente na superfície doas partículas dos agregados (não


considera-se a água presente dentro do agregado. Somente a umidade da
areia, agregados miúdos).

5.6. Granulometria e Tamanho da Particula

A determinação dos tamanhos das partículas e sua distribuição são


feitas por peneiramento. Série normal é constituída pelas seguintes peneiras:

152 – 76 – 38 – 19 – 9,5 – 4,8

15
2,4 – 1,2 – 0,6 – 0,3 – 0,15

Existem outras peneiras intermediárias:

100 – 50 – 25 – 12,5
63 – 32 – 16 – 8

5.7. Norma de Agregados

A seguir os principais tópicos da norma:


NBR7217: Granulometria;
NBR7218: Materiais pulverulentos;
NBR7809: Índide de forma;
NBR7220: Matéria orgânica;
NBR9776: Massa especifica.

5.8. Controle de Agregados

Devido à diversidade de procedências, heterogeneidade do mineral e


origem, por isso costuma-se fazer inspeção visual amostragem e
granulometria.

16
Capitulo 6
Aditivos

6.1. Apresentação

Aditivos são produtos químicos usados em pequenos teores para


melhorar propriedades do concreto fresco e do concreto endurecido.
O desempenho do aditivo depende basicamente do:
- Aditivo indicado;
- Concreto bem dosado
- Teor correto de aditivos;
- Produção correta do concreto.

Aditivos não corrigem falhas no preparo do concreto

Obs.: O teor de aditivos esta relacionada ao teor de cimento

6.2. Tipos e Aplicações

Os aditivos são designados pela forma de atuação sobre o concreto. Há


uma grande variedade (mais de 20 tipos de aditivos), mas pode-se destacar os
apresentados a seguir:

6.2.1. Aceleradores (tipo A)

São produtos que aceleram o endurecimento do concreto. O CaCl2 é


considerado um dos principais aceleradores, mas provoca corrosão. Costuma
ser usado em industria de pré-moldados.
Aumenta a resistência de até 50% em 24 ou 36 horas.
Os teores se situam entre 1% e 2%.
Deve ser aplicado em casos de forma rápida.

Obs.: Pode-se usar o cimento acelerador.

6.2.2. Retardadores (tipo R)

São produtos que retardam o início de pega, prolongando o tempo de


transporte e aplicação do concreto.
São substancias à base de açucares, como gloconatos e sacarose.

17
Pode-se retardar o tempo de pega por 2h ou 3 horas, aumentando o
tempo de trabalho.
Os teores se situam entre 0,2% e 0,3%.

Obs.: Normalmente a pega se consolida em 1h após o preparo.

6.2.3. Plastificantes

São produtos que buscam melhorar a plasticidade da mistura,


possibilitando a redução da quantidade de água (de 6% a 8%).
Os teores utilizados situam-se entre 0.2% e 0,5%.

Obs.: Retardadores e plastificantes sempre vêem dês empresas de concreto.


Os aditivos são adicionados na água para depois serem adicionados no
traço.
Os aditivos são normalmente em litros, mas tem em pó.

6.2.4. Superplastificantes

Têm um comportamento análogo ao dos plastificantes. Porém, propicia


uma redução de água muito superior (20%).
A composição dos superplastificantes é a base de melanina, naftalina,
etc.
Os teores típicos estão entre 0,8% e 1,2%.

Obs.: É usado em situações que precisam de concreto quase fluido.


Normalmente é utilizado quando não da para usar o vibrador, pois não
precisa muito de adensamento.

6.2.5. Incorporadores de Ar

Estes aditivos atuam formando bolhas muito pequenas (0,05mm e


0,2mm)
O teor de ar incorporado está entre 0,05% e 0,1%.
Os aditivos incorporadores de ar melhoram a coesão, reduz-se a
quantidade de água, contribui para concretos impermeáveis. São mais usados
em paises com temperaturas negativas.

Obs.: Ar aprisionado é diferente de ar incorporado.

6.2.6. Outros

a) Expansores: reduzem a expansão do concreto a partir da produção de


gases (tipo fermento). Utilizado no preenchimento de cavidades (argamassa
expansiva).

18
b) Compensadores de Retração: propicia um concreto que combate o
aparecimento da retração. (para quando não da para aplicar a cura.)

c) Impermeabilizantes: consiste na obstrução dos poros por sabões de


sódio. Utilizado em fundações (toda fundação deveria ser utilizado o
impermeabilizantes).

d) Pigmentos: adicionam cor ao concreto. Muito utilizado em concreto


aparente colorido (melhor usar o cimento Portland branco).

e) Bactericidas: evitam a formação de fungos. São à base de sulfato de


cobre. Utilizados em concreto para uso em depósito de alimentos.

6.3. Recomendações Gerais

- Procurar produtos de fabricantes conhecidos;


- Observar prazo de validade;
- Não misturar aditivos de fabricantes diferentes;
- Solicitar orientação do fabricante;
- Observar e respeitar os limites de teores (na embalagem do aditivo);
- Realizar experiências para pleno conhecimento do aditivo.

Obs.: Os aditivos podem ser usados de mais de um tipo, mas tem que ser do
mesmo fabricante.

19
Capitulo 7
Dosagem do Concreto

A dosagem do concreto é procedimento pelo qual se determinam as


proporções de cimento, água, agregados e aditivos que resultam numa mistura
que tenha as características necessárias tanto no estado fresco quanto depois
de endurecido.
No estado fresco o concreto deve apresentar duas características
fundamentais:
- consistência;
- coesão.

No estado endurecido, as características desejáveis são:


- resistência;
-coesão.

Quando se estuda uma dosagem de concreto, a experiência é que vai


dar as proporções (traço) definitivas da mistura. Por essa razão não se
justificam métodos complicados, que exijam muito trabalho e tempo, mas que,
devem ser confirmados pela prática. Prática é o campo ou obra; laboratório não
é estágio definitivo.

7.1. Metodologia

Para dosar o concreto são necessários as seguintes informações:


a) Característica dos materiais;
b) Resistência do concreto;
c) Método de preparo;
d) Trabalhabilidade;
e) Tamanho máximo do agregado;
f) Condições de exposição da estrutura;
g) Outras (dimensão da peça, massa especifica, idade, etc).

7.1.1. Característica dos Materiais

São muito importantes:


a) Tipo e classe de cimento (normalmente é o CPII-Z-32);
b) Correspondência entre valores de resistência e água/cimento;
c) Forma, arredondamento e textura superficial dos agregados;
d) Granulometria dos agregados;
e) Teor de ultrafinos (areia);
f) Outras informações (natureza, absorção, etc).

20
Obs.: É importante anotar os tipos de materiais.

7.1.2. Resistência do Concreto

Deve ser especificada no projeto a resistência característica do concreto,


fck. Conhecido os desvios-padrão, Sd, e a resistência aos 28 dias, fc28, tem-se:

fc28 = fck + 1,65Sd

O valor de fac é obtido pelo projetista a partir da resistência do projeto,


fcd, e do coeficiente de majoração, que para o concreto é 1,4.

fck = 1,4.fcd

7.1.3. Método de Dosagem e Mistura

As operações de execução têm influencia direta nos desvios-padrão da


distribuição de resultados.
O valor de Sd é determinado experimentalmente ou de acordo com a
NBR6118, pode-se adotar um dos valores: 4,0MPa, 5,5MPa, 7,0MPa, segundo
as condições de execução e controle.

Obs.: Sempre a resistência cai, o fck não é alcançado na pratica, tem sempre q
pensar no desvio.

7.1.4. Trabalhabilidade

O concreto é trabalhável quando:


- Tem consistência adequada ao método de transporte, lançamento e
adensamento.
- Tem coesão, isto é, submete-se a todas essas operações sem
segregação.
- É fácil de ser adensado.

Obs.: O slump tem que medir a 1=x.


Fc28 = 29MPa não tem problema, tem que ligar para o engenheiro calculista ele
quem diz se vai poder continuar com 29 ou não (se fosse o desejado 30MPa).

7.1.5. Tamanho Máximo do Agregado

O tamanho máximo do agregado deve ser determinado em função das


dimensões das peças a serem concretadas e dos espaçamentos das barras de
armadura.
Segundo a norma NBR6168, o tamanho máximo do agregado não deve
ser maior que:

21
- 0,8 vezes a distância entre as barras de armadura nem plano
horizontal;
- 1,2 vezes a distância entre barras de armadura num plano horizontal;
- 0,25 vezes a menor distância entre duas faces opostas de fôrmas;
- 0,33 vezes a espessura de lajes
- 0,25 vezes o diâmetro da tubulação

Obs.: Na prática normalmente é a brita nº1 (19mm) e a nº2 (25mm).

7.1.6. Condições de Exposição da Estrutura

As condições de exposição da estrutura podem exigir limitações da


relação água/cimento para assegurar a proteção da armadura.
Os limites máximos recomendados pelo ACI 3/8 são mostrados no
quadro:

Quadro1: Valores máximos de água/cimento em função das condições de


exposição.

Tipo de Condições de Exposição


Peça Imersão contínua ou Água do mar e sulfatos
freqüente
Delgados com peno 0,45 0,40
comprimento da
armadura.
Outras 0,50 0,45

7.1.7. Outras Providências

Podem ser necessárias outras providências em caso especiais, como,


por exemplo, concreto-massa, concretagem em tempo frio, etc.

7.2. Designação do Traço

O traço ou compostos do concreto pode ser designado de diversas


maneiras porém as mais utilizadas são as mostradas a seguir:

7.2.1. Teores em Massa por Metro Cúbico de Concreto

As quantidades dos componentes são designadas em quantidade por m³


de concreto. A umidade exige uma correção do traço que deve ser feita na
execução.

22
Ex.: 300kg de cimento
720kg de areia
1200kg de brita
180kg de água
(Tudo por m³ de concreto)

Esta designação é prática para cálculos de quantidade de material e


seus respectivos custos.

7.2.2. Proporções em Massa

As quantidades de materiais são referidas à quantidade de cimento.


Esta maneira de designar os traços é mais comum em laboratórios ou
em obras que tem balança.
A mistura é indicada por uma proporção com a forma geral:

1:m1:m2:X

Que significa: para cada 1kg de cimento tem-se m1kg de areia, m2kg de brita e
Xkg(l) de água.

7.2.3. Proporções em Volume

As quantidades de materiais são designadas em proporções em


volumes de materiais soltos, referidas ao volume de cimento solto.
Esta forma de designação é utilizada em obras de pequeno e, às vezes,
médio porte, onde os materiais são dosados em volumes.
A indicação é feita pela expressão:

1:n1:n2:na

Que significa: para cada 1 volume de cimento solto tem-se n1 volume de areia,
n2 volume de brita (pedra) e na volume de água.

7.3. Procedimento de Dosagem

7.3.1. Cálculo da Resistência do Concreto aos 28 dias

A partir da equação:

fc28 = fck + 1.65Sd

Sendo:
Sd = 4,0MPa: para controle rigoroso;
Sd = 5,0MPa: para controle razoável;

23
Sd = 7,0MPa: para controle regular.

7.3.2. Fixação da Quantidade de Água

A quantidade de água necessária (teor de água), expressa em l/m³, é em


função do abatimento pretendido, do tamanho máximo e da forma,
arredondamento e textura superficial das partículas de agregados.

Quadro 02: Teor de água (l/m³) em função do abatimento e do tamanho


máximo do agregado.

Abatimento Dmáx (mm)


(mm) 9,5 19 25 38
10 183 162 154 143
20 196 173 165 153
30 204 180 172 159
40 210 186 177 164
50 215 190 181 167
60 219 193 184 171
80 225 199 189 176
100 230 203 194 180
120 235 207 197 183
150 240 212 202 187
Obs.: l/m³

Quadro 03: Escolha da consistência do concreto em função do tipo de


elemento estrutural.

Elemento Abatimento (mm)


Estrutural Pouco Armada Muito Armada
Laje <=60 +/- 10 <=70 +/- 10
Viga e Parede Armada <=60 +/- 10 <=80 +/- 10
Pilar de Edifício <=60 +/-10 <=80 +/-10
Parede de Fundação, <=60 +/-10 <=70 +/-10
Sapata, Tubulões.

7.3.3. Fixação da Relação a/c

Deve prever o menor fator água/cimento a partir dos critérios a seguir:


a) Pelo critério da resistência
Quadro 04: fc28 em função da a/c

a/c Classe do Cimento


25 35 40
0,35 38,6 48,2 60,3
0,40 34,1 42,6 53,3
0,45 30,1 37,7 47,1
0,50 26,6 33,3 41,6

24
0,55 23,5 29,4 36,8
0,60 20,8 26,0 32,5
0,65 18,4 23,0 28,7
0,70 16,2 20,3 25,4
0,75 14,4 18,0 22,2

Pode-se usar também a seguinte expressão linear para estimativa da


resistência dos concretos:

fc28 = (A’/x) – B’

Os valores de A’ e B’ dependem da classe do cimento e são dados no


Quadro 05:

Classe do Cimento A’ B’
25 17 9
32 21 11
40 26 14

Como há uma tendência em se utilizar a classe do cimento 32, por isso
será utilizada a expressão:

X = 21/(fc28 + 11)

Podem ser utilizadas, ainda, curvas médias de correlação entre


resistência à compressão e relação água/cimento, de acordo com os tipos e
classes do cimento.

b) Pelo critério da durabilidade


Consulte o quadro do item 7.1.6.

7.3.4. Cálculo do Teor de Cimento

A partir do teor de água e da relação água/cimento

C = a/x

C = ter de cimento
a = teor de água
x = fator a/c

7.3.5. Cálculo do teor de Agregado Total

O volume de cada material é quociente da sua massa pela respectiva


massa específica; o total dos volumes dos materiais é igual a 1m³ ou 1000ml.
Sendo:
C – teor de cimento (Kg/m³)

25
Gc – massa específica do cimento (Kg/l) (adotar Gc = 3,1Kg/l)
M – teor de agregados total (Kg/l)
Gm – massa específica média dos agregados (Kg/l) (adotar Gm =
2,65Kg/l)
a – teor de água (l/m³)

Tem-se:

(C/Gc) + (M/Gm) + a = 1000

Portanto:

M = (1000 – C/Gc – a).Gm

7.3.6. Cálculo do Teor de Agregado Miúdo

A partir de observações experimentais, obtiveram-se parâmetros que


permitem estabelecer a proporção de agregados miúdos e de agregado graúdo
no concreto. Serão apresentados os critérios mais usados.
a) Teor de Argamassa Seca
Denomina-se M1 e M2 respectivamente os teores de agregados miúdos
e agregados graúdos, sendo as o teor de argamassa seca, tem-se:

M = M1 + M2
M1 = as(C + M) – C

O teor de argamassa seca situa-se, em geral, entre 45% e 55%.

b) Relação Agregado Miúdo/ Agregados Total


O teor de agregados miúdos/ agregados total é definido pela relação:

Am = M1/M

Esta relação se situa entre 35% e 45%. São mostrados valores típicos
no quadro 6.
Quadro 6: Am em função do teor de cimento.

C Concreto
Kg/m³ A B C D
250 39 40 41 42
300 38 39 40 41
350 37 38 39 40
400 36 37 38 39
450 35 36 37 38
500 34 35 36 37

A – Concretos Correntes
B – Concretos para peças delgadas
C – Concretos Aparentes

26
D – Concretos bombeados.

c) Teor Real de Argamassa


Esse teor se situa em torno de 55% a 60% dos concretos comuns,
chegando até 65% em concretos ricos em argamassa.
Podem ser adotados os seguintes valores para volume absolutos de
agregados graúdos por outro cúbico de concreto.
- Concretos correntes: 0,42m³ a 0,45m³ (gconcreto: 2650kg/m³)
- Concretos aparentes: 0,40m³ a 0,42m².
- Concretos muito plásticos: 0,36m³ a 0,40m³.
Então:
M2 = (1 – ar)gconcreto

7.3.7. Correção das Massas Específicas dos Agregados

Os teores de agregados calculados anteriormente foram obtidos a partir


de uma massa específica média. No entanto, é necessário uma correção para
que não resultem diferenças de volume. Assim, sendo g1 e g2 respectivamente
as massas específicas dos agregados miúdos e graúdos, as suas massas
corrigidas são:

M’1 = M1.g1/gm M’2 = M2.g2/gm

7.3.8. Correção Devido a Umidade dos Agregados

O agregado em geral se apresenta úmido, a quantidade de água livre


trazida pela umidade deve ser considerada.
Sendo o teor da massa úmida sempre expresso em função da massa
seca, tem-se:

Mh1 = M’1(1+ h)

Onde M é a massa de material seco, Mh a massa de material úmido e h


o valor da umidade.
- O agregado miúdo pode apresentar umidade entre 0% a 10%. São
mais freqüentes valores entre 5% e 8%.
- A umidade do agregado graúdo é geralmente desprezível.
- A diferença de quantidade de agregados úmidos para as quantidade de
material seco é a própria quantidade de água:

a’ = a – (M’h1 – M’1)

7.3.9. Teor por m³ Concreto

Cimento: C(kg)
Areia: M’h1(kg)
Brita: M’2(kg)
Água: a’(l)

7.3.10. Produção em Massa

27
O traço da proporção em massa é obtido pelos quocientes entre as
diversas quantidades e a quantidade de cimento.

1 : m 1 : m2 :x [Material Seco]
Obs.: Veja o item 7.2.2. (M’1 e a sem ‘)

7.3.11. Proporção em Volume

Encontre o volume dos materiais a partir das suas respectivas massas


aparentes (dc, d1, d2).
Então:
1 : n1 : n 2 : na [Material Úmido]
Obs.: Veja o item 7.2.3.

7.3.12. Cálculo da Padiola

A partir da proporção em volume (1 : n1 : n2 : na). Chegamos nas


dimensões da padiola.
Utilizamos como referência um saco de cimento (35l) para todos os
materiais. O volume de agregados é calculado com base nesse volume.

Ex.:

28
Capítulo 08
Produção de Concreto

8.1. Mistura

A mistura ou amassamento do concreto consiste em fazer com que os


materiais componentes entre em contato íntimo, de modo a obter-se um
recobrimento de pasta de cimento sobre as partículas dos agregados.
A mistura pode ser manual ou mecânica.
O amassamento manual deve ser empregado em obras de pequena
importância (máximo um saco de cimento).
No amassamento manual mistura-se o seco agregado miúdo e cimento.
A seguir, é adiciona água e misturado o agregado graúdo.
A mistura mecânica é feita em máquinas especiais nomeadas
betoneiras, que são constituídas essencialmente por um tambor e pás fixas ou
móveis, para produzir a mistura.
Em cada betoneira deve ser utilizada um número inteiro de saco de
cimento.
Em cada betoneira deve ser utilizada um número inteiro de saco de
cimento.
As betoneiras de eixo inclinado ou basculantes têm uma única abertura
para carga e descarga.
As betoneiras de eixo horizontal são carregadas por um lado e
descarregadas por outro, sendo indicadas para volumes superiores a 500 litros.

Tempo de Mistura (não é muito usado na prática)

É contado a partir do instante em que todos os materiais tenham sido


lançados na cuba.
A Norma sugere os seguintes valores:
- betoneira inclinada: t(s) = 120d(m) (na prática é no olho 3min)
- betoneira eixo horizontal: t(s) = 60d(m)
- betoneira eixo vertical: t(s) = 30d(m)

A ordem mais econômica de colocação dos materiais é:


1) Parte da brita + parte da água;
2) Cimento + resto da água + areia;
3) Restante da brita.

29
Fator importante a verificar na compra de uma betoneira é a velocidade;
- Basculante: 30Mpm
- Eixo horizontal: 15Mpm

A Norma classifica as betoneiras pela capacidade de mistura. Portanto,


é necessário conhecer o traço que será adotado antes de comprar ou alugar
uma betoneira.

8.2. Transporte

O concreto deve ser transportado do local da mistura para a de


lançamento rapidamente para não perder suas propriedades.
Esses transportes pode ser horizontal (vagonetes, galhota, etc); vertical
(caçambas, guinchos, etc) e oblíquo (calhas, gruas, etc).
O transporte pode ser realizado por meio de bombas especiais, que
recalcam o concreto através de canalizações.
O transporte por bombas é utilizado dentro de um raio de ação dado
pela fórmula H + D = 300m. O de H é a altura e D a distância horizontal. Cada
curva corresponde a 10m de redução na distância de bombeamento.
O concreto deve ter consistência plástica para facilitar o transporte.
A limpeza e a lubrificação da tubulação são importantes.

8.3. Lançamento

O concreto deve ser lançado logo após a mistura, não sendo permitido,
entre o amassamento e o lançamento, intervalo superior a sua hora. Não se
admite, o uso de concreto remisturado.
Antes de colocar o concreto as formas devem ser molhadas, a fim de
impedir a absorção de água de amassamento. As formas devem ser
estanques, para não permitir a fuga da nata de cimento.
A altura de lançamento, em concretagem comuns, deve, no máximo, ser
igual a 2m.
Para peças com altura superior deve-se abrir janelas laterais na forma,
que são fechadas à medida que a peça é concretada.
O concreto deve ser lançamento o mais próximo possível da sua posição
final, não devendo fluir dentro das formas.
As camadas de lançamento devem ter altura igual a, aproximadamente,
¾ da altura do vibrador.

Plano de Concretagem (Juntas)

Nas grandes estruturas, o lançamento do concreto é feito de acordo com


um plano.
Podemos agrupar as juntas em dois tipos:

30
a) Juntas permanentes: cuja finalidade é permitir as deformações da
estrutura.
b) Juntas de construção: feitas de acordo com a interrupção da
execução.

É interessante organizar o programa de execução, de tal modo que a


interrupção da concretagem se dê numa junta permanente aproveitado-a assim
como junta de construção.
Quando a junta de construção não pode ser evitada, devemos ter os
seguintes cuidados.
a) A superfície antiga deve ser rugosa.
b) Deve ser perfeitamente limpa.
c) Abundantemente molhada.
d) Lançar o concreto novo predominantemente plástico na junta.

8.4. Adensamento

O adensamento do concreto lançado tem por objetivo deslocar, com


esforço, os elementos que o compõem, e orienta-los para se obter maior
compacidade, obrigando as partículas a ocupar os vazios e desalojar o ar.
Pode ser manual (socamento ou apilamento) ou mecânico (vibração ou
centrifugação).
No adensamento manual, as camadas de concreto não devem exceder
20cm; no mecânico, ¾ de altura da agulha do vibrador.
As características principais de um vibrador são a freqüência, a
amplitude e a potência.
Raio de ação: é a distância além do qual o vibrador não exerce mais sua
influência (R = +/- 50cm).
O raio de ação é proporcional a raiz quadrada da potência. Para duplicar
o raio é necessário quadruplicar a potência.
A aplicação do vibrador requer os seguintes cuidados:
a) As posições sucessivas devem ser inferiores ao raio de ação.
b) O aparecimento de argamassa na superfície a acessão de bolhas de
ar, indicam o fim do adensamento.
c) Respeitar a altura das camadas de concreto.
d) Inserir o vibrador rapidamente e retira-lo lentamente, ambas com o
aparelho em funcionamento.

8.5. Cura

31
É o conjunto de medidas com a finalidade de evitar a evaporação
prematura da água de amassamento, necessária a hidratação do cimento.
A Norma sugere cura durante 14 dias. No mínimo durante 7 dias.
Os principais métodos de cura são:
a) Irrigação da superfície;
b) Recobrimento com areia ou sacos úmidos;
c) Compostos impermeabilizantes de cura;
d) Recobrimento com papeis impermeáveis;
e) Aplicação superficial de cloreto de cálcio (800g/m²).

32
Capítulo 09
Controle Tecnológico do Concreto

9.1. Objetivos do Controle

Denomina-se controle tecnológico do concreto uma série de operações


conduzidas no canteiro de obras, com a finalidade de garantir um material de
acordo com as especificações e com as exigências da obra. Para tanto, o
engenheiro deve:
1) Fazer a verificação da dosagem;
2) Estudar os materiais;
3) Determinar a resistência à compressão;
4) Verificar por ensaios não-destrutivos;
5) Controle estatístico periódico do concreto.

A verificação do traço serve para observar se a proporção dos materiais


está atequada.
Quanto aos materiais, os agregados terão sua granulometria verificada e
deverão ser isentos de impurezas.
A resistência à compressão é verificada nas idades 3, 7 e 28 dias
dependendo da necessidade do controle.
Todos os resultados devem ser tratados estatisticamente para avaliação
do trabalho executado, e se necessário, adotar medidas visando segurança e
economia.

9.2. Verificação da Resistência

É determinada através de ensaios em corpo-de-prova que reproduzem o


concreto da estrutura.
As amostras são colhidas na boca da betoneira, ou do caminhão
betoneira, segundo a Norma.
Os corpos podem ser cilíndricos, cúbicos ou prismáticos.
Os corpos-de-prova cilíndricos podem ser ensaiados axialmente para a
determinação da resistência a compressão.
Não havendo laboratório nas proximidades da obra, a própria obra deve
instalar seu laboratório para ensaios mecânicos.

9.3. Capeamento

33
O capeamento permite retirar todas as imperfeições do topo do corpo-
de-prova.
Pode ser feito com pasta de cimento ou por meio de uma mistura de
enxofre e material silicoso.
No segundo, a mistura é adequada até a fusão, everte-se o líquido entre
o corpo-de-prova e uma placa retificada. Rapidamente endurece e , depois de
uma hora, pode ser realizado o ensaio.

9.4. Trabalhabilidade

É verificada pelo ensaio do abatimento (slump test) sendo indicada os


valores abaixo:

Concreto para fundações 20 a 60mm


Concreto para estrutura comum 40 a 60mm
Concreto bombeado 70 a 100mm
Concreto aparente 50 a 70mm
Concreto para peças esbeltas ou com muita armadura 60 a 80mm

O ensaio deve estar atento ao manuseio do betoneiro.

9.5. Tipos de Controle

Controle “A”: Rigoroso (Sd=40kgf/cm²)


a) Há assistência de um profissional especialista em tecnologia do
concreto;
b) Todos materiais são medidos e pesados;
c) Determina a unidade frequentemente.

Controle “B”: Razoável (Sd=55Kgf/cm²)


a) Há assistência de um profissional especialista em tecnologia do
concreto (pode ser técnico);
b) O cimento é medido em peso e os agregados em volume;
c) Determina a umidade frequentimente.

Controle “C”: Regular (Sd=70kdf/cm²)


a) Não a assistência de um especialista;
b) O cimento é medido em peso e os agregados em volume;
c) A umidade do agregado é estimada.

34
Capítulo 10
Concreto de Alto Desempenho – CAD

10.1. Apresentação

Concreto de alto desempenho é todo concreto que apresenta uma


relação a/c menor que 0,4 e resistência à compressão maior que 50mPa a
28dias.
O CAD pode ser produzido a partir de aditivos redutores de água; menor
relação a/c; superplastificantes; adições minerais; tipos e quantidade de
cimento.
O CAD requer um controle tecnológico rigoroso.

10.2. Vantagens Técnicas

 Altas resistências à compressão em baixas idades e em idades


avançadas;
 Retração menor;
 Fluência menor;
 Ausência de exsudação;
 Excelente aderência ao concreto antigo;
 Ausência de segregação no lançamento e adensamento;
 Reduzida carbonatação;
 Baixo coeficiente de difusão de cloretos;
 Reduzida permeabilidade;
 Reduzido risco de corrosão;
 Alto módulo de elasticidade, ou seja, pequenas deformações.

10.3. Vantagens Econômicas

 Estruturas duráveis com baixo custo de manutenção;


 Elementos estruturais de menores dimensões;
 Economia nas fundações, em formas e em armaduras;
 Redução de número e dimensões de pilares;
 Maior resistência para a mesma dimensão de fundação;
 Prazos curtos de desformas.

Os custos da estrutura pode reduzir em até 15% com o uso de CAD.

35
O CAD propicia manutenção zero nas estruturas.
A permeabilidade chega a ser 10000 vezes menor que a permeabilidade
dos concretos convencionais.

10.4. Aplicação

 Edifícios com poucas pilares e dimensões reduzidas;


 Estrutura de concreto aparente em ambiente agressivo;
 Soleiras de vestedouros, pois resiste à abrasão;
 Estruturas para desforma precoce;
 Pisos industriais;
 Obras marítimas;
 Obras de reparo e reforço estrutural, por ter boa aderência;
 Estruturas protendidas e pré-fabricadas.

36
Capítulo 11
Durabilidade do Concreto versus
Agressividade do Meio

11.1. Durabilidade

De acordo com o comitê 201 do ACI, durabilidade do concreto de


cimento Portland é definida como a sua capacidade de resistir à ação de
intempéries, ataques químicos, abrasão, ou qualquer outro processo de
deterioração.
O estudo da durabilidade passa pela avaliação e compatibilização entre
a agrassão do meio e a qualidade de execução do concreto.

11.2. Agressividade do Meio

São eventos naturais ou provocado pelo homem, inerente ou não, que


comprometem a constituição própria do material.
Convém ressaltar que qualquer tipo de agressividade se constitui uma
causa de deterioração da estrutura. Portanto comprometendo a sua
durabilidade.

11.3. Causas Intrínsecas

As causas intrínsecas subdivididas da seguinte forma:


- Falhas humanas durante a construção: deficiência de concretagem,
inadequação de escoramentos e formas, deficiência nas armaduras, utilização
incorreta dos materiais, inexistência de controle de qualidade.
- Falha humana durante a utilização: ausência de manutenção.
- Causas naturais: decorrente da porosidade, causas químicas, causas
físicas, causas biológicas.

11.4. Causas Extrínsecas

As causas extrínsecas estão subdivididas da seguinte forma:


- Falhas humanas durante o projeto;

37
- Falhas humanas durante a utilização;
- Ações mecânicas;
- Ações químicas;
- Ações biológicas.

11.5. Processos Físicos de Deterioração das Estruturas de


Concreto

- Fissuração;
- Desagregação do concreto;
- Carbonatação;
- Perda de aderência;
- Desgaste do concreto.

38
Capítulo 12
Concretos Especiais

12.1. Concretos Leves

Admite-se em geral valor de 2000kg/m³ como máximo valor de massa


específica para o concreto ser considerado leve.
A redução do peso do concreto leve é obtida pela formação de vazios,
por um dos três processos indicados a seguir:
a) Concretos poros, celulares ou abrados: obtido pela formação de
gases ou espumas estáveis, aprisionadas no interior da massa. São especiais
leves (300kg/m³ a 1200kg/m³ - pó de alumínio deixa mais poroso), de ótimo
isolamento térmico e de baixa resistência mecânica.
b) Concreto sem finos: obtidos pela produção de concreto sem agregado
miúdo. Moderadamente leves (700kg/m³ a 1800kg/m³) e bom isolamento
térmico.
c) Concreto com agregados leves: em que os agregados têm estrutura
porosa e massa específica bem menor do que os agregados naturais.
A resistência varia no mesmo sentido da massa específica, acontecendo
o inverso com o isolamento térmico.

12.2. Concreto Massa

É o concreto utilizado em peças de grandes dimensões, sem armadura,


e caracterizado por consumos baixos de cimento (bom para usar nas
barragens), agregados de elevado diâmetro máximo, e baixa quantidade de
calor de hidratação.

12.3. Concreto Coloidal

Concreto injetado ou coloidal é um concreto obtido a partir da injeção


com uma argamassa, de modo a preencher os vazios de uma agregado graúdo
previamente colocado nas formas.
O concreto coloidal apresenta vantagens na técnica do concreto
submerso ou em reparações de defeitos pela baixa retração que apresenta.

39
12.4. Concreto à Vácuo

A quantidade de água utilizada para misturar e adensar o concreto é


maior que a necessária para a hidratação do aglomerante.
Para melhorar a trabalhabilidade acrescenta-se água em excesso e
depois retira-se essa água.
O cocreto à vácuo só se aplica (hoje em dia não se usa mais) em
estruturas reduzidas.

12.5. Concretos Refratários

Se o concreto, durante o seu uso, tiver de suportar elevadas


temperaturas, é necessário produzir concreto refratário.
O concreto normal a 200ºC-300ºC perde suas qualidades e se
desagrega.
Para obter um concreto refratário devemos utilizar o cimento aluminoso
e, como agregados, materiais refratários.

Temperatura de Serviço Aglomerante Agregado


<300ºC Cimento Portland Normais
300ºC-500ºC Normais
500ºC-800ºC Cimento Tijolo cerâmico comum
800ºC-1000ºC Refratário comum
1000ºC-1200ºC Aluminoso Refratário>=25% Al2O3
1200ºC-1400°C Refratários especiais

O preparo e lançamento do concreto refratário é análogo ao do concreto


convencional.

12.6. Concretos Pesados

É aquele cuja massa específica é bastante superior à massa específica


dos concretos correntes (+/- 3000kg/m³).
Sua importância passou a ser reconhecida com o advento da energia
atômica. A necessidade de proteção de pessoas contra os efeitos biológicos
das radiações: raioX, bombas de cobalto, emissão de radiação, reatores
nucleares, etc.

40
Utiliza-se agregado de massa específica maior, por isso a possibilidade
de haver segregação é maior. É necessário também utilizar formas mais
resistentes.

41
Capítulo 13
Solo-Cimento

13.1. Apresentação

O solo-cimento é um material alternativo de baixo custo, obtida pela


mistura do solo, cimento e um pouco de água. No início, essa mistura parece
uma “farofa” úmida. Após ser compactada, ela endurece com o tempo, ganha
resistência e durabilidade suficiente diversas aplicações.
Uma grande vantagem do solo-cimento é que o solo, um material local,
constitui justamente a maior parcela da mistura.
Vários fatores podem influir nas características finais do produto:
- Dosagem de cimento;
- Natureza do solo;
- Teor de umidade;
- Compactação.

13.2. Aplicação

O solo-cimento pode ser usado como tijolo ou blocos, parede maciça,


pavimento e ensacado.
Os tijolos ou blocos são produzidos em prensas, dispensados da queima
em fornos. Eles só precisam ser umedecidos, para que se tornem resistentes.
Apresentam, ainda, um excelente aspecto final. A cura deve ser feita com as
peças separadas e protegidas do sol e da chuva.
As paredes maciças são compactadas no próprio local, em camadas
sucessivas, no sentido vertical, com o auxílio de formas e guias.
Os pavimentos também são compactados no local, com o auxílio de
formas, mas em uma única camada. Eles constituem placas maciças,
totalmente apoiadas no chão.
O solo-cimento ensacado resulta da colocação da “farofa” úmida em
sacos que funcionam como formas. Depois de terem a sua boca costurada,
esses sacos são utilizados.

13.3. Solo Indicado

As quantidades mais adequadas dos componentes são determinadas


através de ensaios em laboratórios de acordo com o tipo de solo e cimento.

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No estudo do solo-cimento, o primeiro passo é fazer a coleta correta do
solo, para a execução de sua classificação em laboratório. Para saber se o solo
é indicado, faça o teste da caixa.

a) Retire uma amostra de 4kg do solo, eliminando a camada superficial.


b) Misture água aos poucos até que o solo fique com aparência de
argamassa.
c) Coloque na caixa. A parte interna deve ser untada com óleo.
d) Encha até a boca.
e) Guarde a caixa durante 7 dias, protegida da chuva e do sol.
f) Após esse período faça a leitura da retração, no sentido do
comprimento da caixa. Se essa soma não ultrapassar 2cm e não
aparecer trincas, o solo é adequado.

13.4. Dosagem

Nas obras de pequeno porte é utilizado um traço padrão de 1 para 12


(1:10-1:13).
Preparo do solo-cimento deverá ser feito adicionando-se água pouco a
pouco, até se obter a umidade adequada, a qual pode ser verificada pelo
seguinte método: tomar um punhado de mistura e apertar na mão. Ao abrir a
mão, a massa deverá ter a sua forma. Se isto não ocorrer, é porque a umidade
deve ser aumentada.
Deixando-se a pelota cair de uma altura aproximadamente 1m, ela
deverá despedaçar-se, do contrário a umidade é excessiva.

13.5. Mistura

1) Passe o solo por uma peneira de malha de 4mm a 6mm;


2) Esparrame o solo sobre uma superfície lisa e impermeável, formando
uma camada de 20 a 30cm. Espalhe o cimento e revolva até ficar
com uma coloração uniforme.
3) Espalhe a mistura e acrescente água aos poucos, de preferência
com um regador (chuveiro).

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Capítulo 14
Ferro-Cimento

14.1. Apresentação

Argamassa armada ou ferro-cimento pode ser definida como um micro


concreto armado, resultante da associação da argamassa (cimento, areai e
água), com uma armadura de aço constituída por fios de pequeno diâmetro e
pouco espaçados entre si.
No Brasil é regida pela Norma NBR11173/89 da ABNT.

14.2. Informações Técnicas

 Utiliza-se vergalhões finos, de bilota 3,4mm ou 4,2mm, amarrados


com arame reduzido nº18.
 Possui pequena espessura (20mm em média), o que lhe permite
baixo peso.
 Fácil modelagem.
 Fácil manuseio (pois é leve).
 Necessita de equipamentos leves.
 Adequada resistência mecânica.
 Unidade de compra: m².

As formas utilizadas para a argamassa armada estão sendo substituídas


de madeira para aço, plástico ou material sintético para diminuir o custo.
A argamassa armada permite a utilização de produtos para acabamento
superficial sejam estes de ordem estética, proteção contra umidade, abrasão
ou corrosão.

14.3. Traço

Para saber a quantidade de água, você aperta na mão se pingar é


porque tem muito. Se estiver esfarelando, é porque tem pouca água.

Traço para peças de pequeno porte Rendimento por saco de cimento


1 saco de cimento
4 latas de areia* 4m² de parede (com 2cm de espessura)
1 lata de água*

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*Lata de 18L.

14.4. Emprego

 Caixa d’água;
 Escadarias drenantes;
 Muros de arrimo;
 Módulos sanitários;
 Sistemas construtivos;
 Revestimento de canais;
 Silos agrícolas.

A ampla utilização da argamassa armada é decorrente do seu potencial.


Além do baixo custo, ela possui boa resistência mecânica, é leve e tem fácil
manuseio.

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