Milton Gabriel Sumaile
Eletrónica Digital
Circuitos Lógicos Digitais
Informática aplicada
2 Ano
Universidade pedagógica de Maputo
Maputo
2023
Milton Gabriel Sumaile
Circuitos Lógicos Digitais
Trabalho de caracter
avaliativo da cadeira de
Eletrónica Digital
a ser apresentado na
faculdade de engenharias e
tecnologias no
departamento de
informático curso de
licenciatura em informática
aplicada 2°ano.
Eng: Doglass Mendonça
Universidade pedagógica de Maputo
Maputo
2023
ii
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
1. Objetivos...................................................................................................................................4
1.1. Geral......................................................................................................................................4
1.3. Metodologia...........................................................................................................................4
2. Circuitos lógicos digitais..........................................................................................................5
2.1. Tipos de circuitos lógicos......................................................................................................5
2.1.1.Circuitos Digitais Combinatórios........................................................................................5
2.1.2. Circuitos Aritméticos..........................................................................................................6
2.1.2. Comparadores.....................................................................................................................9
2.1.3. Decodificador...................................................................................................................11
2.1.4. Codificador.......................................................................................................................12
2.1.5. Multiplexador...................................................................................................................13
2.1.6. Demultiplexador...............................................................................................................14
2.2. Circuitos sequenciais...........................................................................................................15
2.3. Registrador de Deslocamento..............................................................................................22
2.3.1. Registrador........................................................................................................................22
2.3.2. Deslocamento...................................................................................................................23
2.3.6. Registrador com entrada paralela e saída paralela............................................................26
2.4. Registadores de deslocamento com contadores...................................................................27
2.4.1. Contador Johnson.............................................................................................................27
2.4.2. Contador em Anel.............................................................................................................29
3. Conclusão...............................................................................................................................31
4. Bibliografia.............................................................................................................................32
iii
iv
1. Introdução
Neste trabalho de pesquisa apresentamos os circuitos combinatórios e sequenciais. Circuitos
combinatórios (ou circuitos combinatórios ou combinações) são circuitos cujas saídas são
definidos exclusivamente por suas entradas. Circuitos combinatórios são formadas quando os
circuitos simples rede de portas lógicas são combinados para formar circuitos mais complexos,
tais como adicionadores e comparadores, Circuitos sequenciais tem memória de tal forma que as
saídas variam baseado em dados anteriores, saídas e ciclos de clock. Exemplos de circuitos
sequenciais são flip flops, registradores e contadores, que são blocos de construção de
computadores digitais.
1. Objetivos
1.1. Geral
Debater sobre os circuitos lógicos.
1.2. Específicos
Implementar circuitos combinatórios usando portas lógicas;
Implementar circuitos sequenciais utilizando portas lógicas;
Diferenciar entre os circuitos combinatórios e sequenciais.
1.3. Metodologia
Para a produção deste trabalho, recorreu-se essencialmente a pesquisa bibliográfica que, segundo
Marconi & Lakatos (2003, p.158) “é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já
realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes
relacionados com o tema”. Deste modo, escolha do tema, elaboração do plano de trabalho,
identificação e busca do material, compilação e elaboração de fichas de resumos, análise e
interpretação e redação do artigo.
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2. Circuitos lógicos digitais
Um circuito lógico digital (ou comutação) tem níveis de tensão para serem alternados de um
valor para outro, mas tem um número finito de valores distintos (geralmente 0 para falso e 1 para
verdadeiro). Esses circuitos operam um conjunto definido de regras lógicas, por isso também são
conhecidos como circuitos lógicos. Estes são circuitos básicos usados em telefones celulares,
calculadoras, computadores e outros.
2.1. Tipos de circuitos lógicos
Existem dois tipos de circuitos digitais, dependendo de sua saída e memória utilizada:
Circuitos Digitais Combinatórios;
Circuitos sequenciais.
2.1.1. Circuitos Digitais Combinatórios
Consiste em portas lógicas cujas saídas, a qualquer momento, são determinadas apenas pela
combinação atual de entradas e não têm memória. Estes circuitos desenvolvidos usando portas
lógicas AND, OR, NOT, NAND e NOR. Essas portas lógicas são blocos de construção de
circuitos combinatórios. Um circuito combinatório consiste em variáveis de entrada e variáveis
de saída. Uma vez que esses circuitos não dependem de entradas anteriores para gerar qualquer
saída, os circuitos lógicos combinatórios também o são. Um circuito combinatório pode ter um
número n de entradas e um número m de saídas. Em circuitos combinatórios, a saída a qualquer
momento é uma função direta das entradas externas aplicadas.
Figura 1: esboço de um circuito combinatório, fonte_ manual de informática aplicada EAD.
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Exemplo usando portas lógica AND & OR
Em uma determinada unidade de transformação química, três produtos químicos líquidos
diferentes são usados, e cada um é armazenado num tanque separado. Um sensor de nível em
cada tanque produz uma HIGH (1) de tensão quando o nível de produto químico no reservatório
cai abaixo de um determinado ponto. Desenhe um circuito que controla o nível de produto
químico em cada tanque e indica quando o nível de qualquer dos dois tanques cai abaixo do
ponto especificado.
Solução
Três tanque se traduz em três entradas, digamos A, B e C. Quaisquer dos dois indicadores se
traduz em qualquer dois das três entradas, isto é, AB, AC ou BC. Se algum destes (AB, AC ou
BC - SOPs ) for 1, então o indicador mostrará um 1. O circuito irá consistir de três , 2 - entrada
portas AND para indicar um 1 , quando o nível de qualquer um dos dois tanques há perda
(gotas) , OU -ed em conjunto , isto é, a saída será um 1 (HIGH) , se qualquer uma das
combinações for HIGH( 1 ) . A expressão booleana para o circuito será: Y = AB + AC + BC, e o
circuito é mostrado na Figura abaixo.
Figura 2: fonte: Manual de informática aplicada EAD.
2.1.2. Circuitos Aritméticos
Um circuito combinatório aritmético implementa operações aritméticas como adição, subtração,
multiplicação e divisão com números binários.
Meio Somador
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Este arranjo lógico é capaz de "calcular" a soma de dois bits. Para um melhor entendimento
analise os quatro possíveis casos da soma de dois bits e veja que esta análise é fundamental para
o equacionamento da função.
Para montarmos a tabela verdade do problema vamos chamar o primeiro número de A, o segundo
de B, o resultado de S e o "vai um" de C ( Carry Bit ). Observamos que nos três primeiros casos o
Carry Bit é sempre nulo, mas no último caso ele tem o valor 1. Uma vez montada a tabela
verdade chegamos à função lógica através da resolução dos mapas de Karnaughs
correspondentes, um para a saída A e outro para a saída B. E, depois, construímos o circuito com
portas lógicas.
Somador Completo
Um somador completo aceita três entradas A , B e Cin ( um carry de entrada) , e gera duas
saídas ; uma soma e uma carry de saída , Cout , como mostrado na Figura abaixo.
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Figura 4: Tabela verdade do somador completo
As expressões booleanas resultantes da tabela verdade são as seguintes:
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Circuito Lógico
2.1.2. Comparadores
Comparadores são outros circuitos combinatórios comuns e úteis. Comparadores binários são
feitos de portas AND, NOR e NOT. Comparador compara os números binários e determinar se o
valor de entrada A, é maior que, ou menor do que igual ao valor da entrada B. Existem dois tipos
principais de Digital Comparador disponíveis e estes são:
Comparador de identidade - um comparador de identidade é um comparador digital que
possui apenas um terminal de saída para quando A = B, quer “HIGH” A = B = 1 ou
“LOW” A = B = 0;
Comparador de Magnitude - um comparador Magnitude é um comparador digital, que
tem três terminais de saída, uma para cada igualdade, A = B, A> B e A <B.
A finalidade de um comparador digital é para comparar um conjunto de variáveis ou números
desconhecidos, por exemplo, A (A1, A2, A3, .... Um, etc.) contra a de um valor constante ou
desconhecido tal como B (B1, B2, B3 , .... Bn, etc) e produzir uma condição de saída ou a flag
consoante o resultado da comparação. Por exemplo, um comparador de grandeza de dois números
A e B de 1-bit seria produzir as seguintes três condições de saída, quando em comparação com o
outro. A> B, A = B, A <B
Isto é útil se duas variáveis estão a ser comparados para produzir uma saída quando qualquer uma
das três condições são alcançados. Por exemplo, produzir uma saída a partir de um contador,
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quando um certo número de contagem é atingido. Podemos verificar as operações básicas de
comparação com portas logicas nas figuras abaixo:
Figura: operações básicas de comparação.
Figura: Tabela verdade para 1bit comparador.
Na tabela verdade, as saídas são derivadas da seguinte forma:
(A > B) = AB’
(A = B) = A’B’ + AB
(A < B) = A’B.
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Figura: Circuito logico para comparador de 1 bit.
2.1.3. Decodificador
Decodificador é um circuito combinatório que ativa uma saída diferente para cada código
diferente colocado em suas entradas. Um exemplo de tabela verdade e projeto de circuito esta
logo abaixo:
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2.1.4. Codificador
Este circuito executa a função inversa a do codificador, ou seja, produz um código diferente em
suas saídas para cada entrada diferente ativada. Podemos analisar o projeto do circuito através de
uma tabela verdade construída a partir da sua definição
A tabela verdade pode parecer um pouco estranha pois apesar de ter quatro variáveis de entrada
não tem a esperadas dezasseis linhas. O problema é que as quatro entradas só podem ser ativadas
uma de cada vez e com isso temos que eliminar todas as outras combinações possíveis para elas,
mas para resolvermos o circuito através dos mapas de Karnaugh teremos que ter todas as linhas.
Vamos então introduzir o conceito de irrelevância.
Em alguns casos de circuitos combinatórios teremos situações que nunca acontecem e, portanto,
não nos importaremos com os valores das entradas destes casos. Dizemos então que são casos
irrelevantes, ou seja, tanto faz as entradas terem nível lógico 1 ou nível lógico zero. A grande
vantagem desta situação é que para resolvermos os mapas de Karnaugh destes circuitos podemos
considerar os níveis lógicos como 1 ou como 0 levando em consideração apenas nos for mais
conveniente para conseguirmos um maior enlace do mapa sem nos esquecer das regras que regem
esses enlaces. Analise então como fica o projeto deste codificador:
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Observe que a entrada I0 não é conectada no circuito propriamente dito e que pela lógica isto está
certo, pois quando esta estiver ativada devemos ter nas saídas A = 0 e B = 0. Um exemplo de
aplicação para os codificadores e decodificadores são os teclados de computadores. Você já deve
ter notado que um teclado deste tipo tem normalmente 105 teclas, mas o fio que os conecta com o
gabinete da CPU é muito fino para conter 105 fios.
Na verdade, as teclas são codificadas através de um codificador para economizarmos em fios.
Veja que um codificador com 7 saídas pode ter 128 entradas. Isso significa que podemos
transmitir por uma via de 7 fios 128 valores diferentes, onde cada valor representa uma tecla. O
circuito responsável pela codificação de teclados dos computadores atuais é mais complexo que
este que estudamos, mas o princípio de funcionamento é o mesmo.
2.1.5. Multiplexador
Para analisarmos este circuito vamos usar como exemplo uma chave mecânica de 1 polo e 4
posições. Analise o desenho abaixo:
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Com esta chave podemos conectar 4 entradas (I0, I1, I2 e I3) com uma única saída (S) de acordo
com a seleção que fizermos girando o seu eixo. Este circuito está muito presente em nosso
cotidiano, basta repararmos.
Como exemplo podemos citar a chave seletora de toca-discos, rádio, cassete, CD, etc em
aparelhos de som. O multiplexador digital funciona da mesma forma e função, porem opera
apenas com sinais digitais e a sua seleção também é feita digitalmente. Um exemplo de circuito
multiplexador digital está desenhado logo abaixo:
2.1.6. Demultiplexador
Este circuito tem a função inversa à do circuito anterior, ou seja, pode conectar uma única entrada
à várias saídas de acordo com a seleção feita. A chave mecânica nos servirá novamente de
exemplo. Analise o circuito abaixo onde temos uma chave mecânica e também o circuito digital
que executa a função semelhante a esta chave:
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2.2. Circuitos sequenciais
Circuitos sequenciais são circuitos combinatórios com algum feedback das saídas. Em um
circuito sequencial, o estado da saída depende não apenas sobre os estados atuais, mas dos
estados imediatamente anteriores. Circuitos sequenciais têm algum tipo de “memória” inerente
construído para eles como eles são capazes de levar em conta o seu estado de entrada anterior,
bem como aqueles que realmente presente.
Circuitos lógicos sequenciais são geralmente denominado como dois dispositivos de estado ou
Bistables. Estes podem ter suas saídas definido em um dos dois estados básicos: um nível lógico
“1” (SET) ou um nível lógico “0” (RESET), e continuará a ser “fechada “indefinidamente deste
estado atual até que seja aplicado algum outro impulso de disparo ou de entrada de sinal, o que
fará com que o biestável de mudar o seu estado, mais uma vez.
Bistables pode reter qualquer um destes estados indefinidamente, o que os torna úteis para fins de
armazenamento. Circuitos lógicos sequenciais podem ser construídos para produzir tanto flip-
flops disparados por borda simples ou circuitos sequenciais mais complexos, como registros de
armazenamento, registradores de deslocamento, dispositivos de memória ou contadores.
Existem dois tipos de Bistables
Latches;
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Flip flops.
Latches (Fechos) and flip-flops diferem na maneira em que eles mudam de um estado para outro.
2.2.1. Latches
Latches são um tipo de dispositivos bistable (biestáveis) que podem estar em qualquer um dos
dois estados: SET ou RESET. Uma ativo HIGH entrada S - R Latches é formado por duas portas
de acoplamento cruzado NOR , tal como mostrado na Figura abaixo:
Uma entrada S-R para activa LOW, fecho é formado com duas portas NAND de acoplamento
cruzado, como mostrado na Figura abaixo:
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A saída de cada uma das portas está ligado a uma entrada da porta oposta. O circuito produz o
feedback regenerativo característica de todos os multivibradores.
O latch (trinco) S’ - R ‘(com OR negativo ou equivalentes utilizados para as portas NAND) é
mostrado na Figura abaixo:
Premissas:
As entradas e a saída Q são HIGH
Q está ligado a entrada G2 , e quando R ‘input a HIGH, a saída do G2 ( Q’ ) é LOW; que
é a entrada para G1 , garantindo que a sua saída (Q) é HIGH
Quando Q é HIGH, a trava(Latch) está no estado SET
Quando entrada de R ‘ é LOW e S’ é HIGH, a saída do G2 é HIGHé acoplado de volta à
entrada de um dos símbolos G1 , uma vez que S ‹ Q é HIGH, a saída do G1 é LOW
Quando a saída Q é LOW, a trava está no estado de RESET, e a trava permanece lá até
que um LOW é aplicado a entrada do S ‘
As saídas de um trava são sempre complemento um do outro; quando Q = HIGH, Q ‘= LOW e
vice- versa. Uma condição ocorre quando inválido LOWs são aplicadas a ambos os lados S ‘e R
‘ao mesmo tempo. Enquanto os níveis LOW são realizadas simultaneamente nas entradas, tanto
saídas Q “Q e são forçados HIGH, violando a operação complementar básica da saída.
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O trinco (trav) S’ - R ‘ tem os seguintes modos , como mostrado na Tabela 3.5 . Estes são SET,
RESET, nenhuma mudança e Estado inválido.
2.2.1.1. Exemplo trava (Latch)
Se as formas de onda a S’ -R ‘são aplicados às entradas da trava (como mostrado na Figura),
determinar a forma de onda que irá ser observado na saída Q. Suponha que Q é inicialmente LO.
A forma de onda resultante é mostrada em vermelho na Figura 3.17. Utilizando a tabela verdade
de trava (latch) para se obter o Q para a entradas de dado S’ e R ‘. Inicialmente Q = 0; Para S’R ‘:
11 = nenhuma mudança; 10 = Reset; 01 = set. A saída Q é mostrada na Tabela a seguir.
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2.2.1.2. A Trava Gated S -R
O fechado S -R exige trava uma entrada de habilitação (EN), o S e R insere o estado que a trava
vai quando um alto nível é aplicado à entrada EN. A trava não vai mudar até que PT é HIGH,
mas desde que ele continua a ser elevado, a saída é controlado pelo estado das entradas S e R.
Estado inválido ocorre quando ambos os lados S e R são simultaneamente HIGH (em oposição
ao normal, S - R em que o trinco estado inválido ocorre quando as duas entradas S e R são
LOWs, ao mesmo tempo ). O diagrama lógico e o símbolo para o fechado S - R trinco são
mostrados na Figura abaixo:
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2.2.2. Flip Flops
Flip flops são dispositivos biestáveis síncronos, nesse estado as mudanças de saída única em um
ponto especificado em um relógio de entrada de disparo. Um flip-flop disparado por borda muda
de estado, quer a:
Pulso de relógio (edge) positivo (rising edge);
Pulso de relógio (edge) negativo (falling edge) do pulso de clock;
O flip flop é sensível às suas entradas apenas com esta transição do clock.
Existem três tipos de flip flops, ou seja: S -R, D e J -K.
2.2.2.1. Edge-triggered S-R Flip Flop
O flip flop é síncrono, porque os dados sobre suas entradas são transferidos para a saída do flip
flop, apenas na borda de disparo do pulso de clock (triggering edge of the clock pulse). Quando S
= 1 e R = 0, Q = 1 na extremidade de disparo do impulso de relógio - SE. Quando S = 0 e R = 1,
Q = 0 na triggering edge do impulso de relógio - RESET. Quando S = R = 0, a saída não muda.
Quando S = R = 1, a condição inválida, mesma operação tem a trava S -R gated. O flip flop não
pode alterar o estado, exceto na triggering edge de um pulso de clock.
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Diagrama de Esquerda: S = 1, R = 0, define flip flop na borda do relógio positivo. Se já definido,
permanece SET. diagrama do meio: S = 0, R = 1, RESETS flip flop na borda do relógio positivo.
Se já RESET, ele permanece RESET. Diagrama direita: S = 0, R = 0, flip flop não muda. Se SET,
permanece SET; Se RESET, ele permanece RESET. A tabela verdade para o flip-flop edge-
triggered é mostrada na Tabela verdade abaixo:
2.2.2.2. J-K Flip Flops
Comportamento semelhante ao flip flops R- S, mas lida adequadamente com o caso em que
ambas as entradas R e S são 1. O flip-flop irá escolher arbitrariamente um dos possíveis estados
de saída R- S. A trava principal (no lado da entrada) só pode mudar de estado uma vez, enquanto
o relógio é HIGH.
2.2.2.3. D Flip Flops
Aplicações de circuitos sequenciais Flip-flops pode ser utilizado para realizar operações de
contagem. Existem duas categorias de contadores:
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2.2.2.4. Contadores assíncronos
Eventos assíncronos são eventos que não têm uma relação de tempo fixo uns com os outros, isto
é, os eventos não ocorrem ao mesmo tempo. Em um flip flop assíncrono, o primeiro flip flop é
cronometrado pelo pulso de clock externo e, em seguida, cada um flip flop sucessivo é
cronometrado pela saída do flip flop anterior.
2.2.2.5. Contadores síncronos
Em um contador síncrono, o clock de entrada é ligado a todos os flip-flops de modo que eles são
temporizados simultaneamente.
Operação Bit Asynchronous com Contador Binário usando J -K Flip Flop.
A linha do relógio - clock line (CLK) está ligado à entrada de clock de apenas o primeiro flip
flop, ff0. O segundo flip flop, FF1, é desencadeada pela saída Q’0 de ff0. Ff0 muda de estado na
borda positiva contínua de cada pulso de clock. FF1 muda de estado somente quando acionada
por uma transição positiva contínua da saída Q’0 de ff0.
2.3. Registrador de Deslocamento
2.3.1. Registrador
Um registrador é um circuito digital com duas funções básicas: armazenamento de dados e
movimentação de dados. A capacidade de armazenamento de um registrador o torna um
importante tipo de dispositivo de memória.
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Figura: O flip-flop como um elemento de armazenamento.
0 num flip-flop D. Um nível 1 é aplicado na entrada de dados como mostrado, e um pulso de
clock é aplicado armazenando o nível 1 setando o flip-flop. Quando o nível 1 na entrada é
removido, o flipflop permanece no estado setado, armazenando assim o 1. Um procedimento
similar se aplica ao armazenamento de um nível 0 resetando o flip-flop, como também está
ilustrado na figura acima. A capacidade de armazenamento de um registrador é o número total de
bits (1s e 0s) dos dados digitais que ele pode reter. Cada estágio (flip-flop) é um registrador de
deslocamento que representa um bit da capacidade de armazenamento; portanto, o número de
estágios num registrador determina sua capacidade de armazenamento.
2.3.2. Deslocamento
A capacidade de deslocamento de um registrador permite o movimento de dados de um estágio
para outro dentro do registrador ou ainda para dentro ou para fora do registrador com a aplicação
de pulsos de clock. A figura abaixo ilustra os tipos de movimentos de dados em registradores de
deslocamento.
Figura: Movimentos básicos de dados em registradores de deslocamento. (São usados quatro bits
como ilustração. Os bits se movem na direção das setas.)
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2.3.3. Registadores de deslocamento com saída e entrada serial
O registrador de deslocamento com entrada e saída serial aceita dados seriais – ou seja, um bit de
cada vez numa única linha. Ele gera em sua saída a informação armazenada também de forma
serial.
Vamos analisar primeiro a entrada serial de dados num registrador de deslocamento típico. A
Figura abaixo mostra um dispositivo de 4 bits implementado com flip-flops D. Com quatro
estágios, esse registrador de deslocamento pode armazenar até quatro bits de dados.
Figura: Registrador com entrada e saída serial.
2.3.4. Registrador com entrada serial e saída paralela
Os bits de dados são inseridos serialmente (primeiro o bit mais à direita) nesse tipo de registrador
da mesma forma conforme discutido anteriormente. A diferença está na forma na qual os bits de
dados são obtidos na saída do registrador; num registrador com saída paralela, a saída de cada
estágio está disponível. Uma vez armazenados os dados, cada bit aparece em sua linha de saída
respetiva e todos os bits são disponibilizados simultaneamente, em vez de um bit de cada vez
como no registrador com saída serial.
A Figura abaixo mostra um registrador de deslocamento de 4 bits com entrada serial/saída
paralela e o seu símbolo lógico em bloco.
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O CI 74HC164 é um exemplo de um CI registrador de deslocamento que tem entrada serial/saída
paralela. O diagrama lógico é mostrado na Figura 9–10(a) e o símbolo lógico em bloco é
mostrado na parte (b). Observe que esse dispositivo tem duas entradas seriais com possibilidade
de controle, A e B, e uma entrada de clear ( ) que é ativa em nível BAIXO. As saída paralelas são
de Q0 a Q7.
Figura: O CI 74HC164 registrador de deslocamento de 8 bits com entrada serial e saída paralela.
2.3.5. Registrador com entrada paralela e saída serial
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Para um registrador com entrada de dados em paralelo, os bits são inseridos simultaneamente nos
seus respetivos estágios em linhas paralelas em vez de bit a bit numa única linha como acontece
com a entrada serial de dados. A saída serial é a mesma descrita na Seção anterior, uma vez que
os dados estejam completamente armazenados no registrador.
2.3.6. Registrador com entrada paralela e saída paralela
A entrada paralela de dados foi descrita na Seção 9–4 e a saída paralela de dados também foi
discutida anteriormente. O registrador com entrada paralela e saída paralela emprega os dois
métodos. Imediatamente em seguida à entrada de todos os bits de dados, esses aparecem nas
saídas em paralelo.
A Figura abaixo mostra um registrador com entrada paralela e saída paralela.
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2.4. Registadores de deslocamento com contadores
Um registrador de deslocamento usado como contador é basicamente um registrador de
deslocamento com a saída serial conectada de volta à entrada serial para produzir seqüências
especiais. Esses dispositivos são freqüentemente classificados como contadores porque exibem
uma seqüência de dados específica. Dois dos tipos mais comuns de registradores de
deslocamento usados como contadores, o contador Johnson e o contador em anel.
2.4.1. Contador Johnson
Em um contador Johnson, o complemento da saída do último flip-flop é conectado de volta na
entrada D do primeiro flip-flop (isso pode ser feito também com outros tipos de flip-flops). Esse
arranjo com realimentação produz uma seqüência característica de estados, conforme mostra a
Tabela 9–1 para um dispositivo de 4 bits e na Tabela 9–2 para um dispositivo de 5 bits. Observe
que a seqüência de 4 bits tem um total de 10 estados. Em geral, um contador Johnson produz um
módulo de 2n, onde n é o número de estágios no contador. As implementações de contadores
Johnson de 4 e 5 estágios são mostradas abaixo. A implementação de um contador Johnson é
muito simples independentemente do número de estágios. A saída Q de cada estágio é conectada
na entrada D do próximo estágio (considerando que flip-flops D sejam usados). A única exceção
é que a saída do último estágio é conectada de volta na entrada D do primeiro estágio. Conforme
mostra as sequências nas tabelas abaixo, o contador é “preenchido” com 1s da esquerda para a
direita e, em seguida, é “preenchido” com 0s novamente.
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2.4.2. Contador em Anel
O contador em anel utiliza um flip-flop para cada estado em sua sequência. Ele tem a vantagem
de não necessitar de portas de decodificação. No caso de um contador em anel de 10 bits, existe
uma única saída para cada dígito decimal. A figura abaixo mostra um diagrama lógico para um
contador em anel de 10 bits. A sequência para esse contador em anel é dada na Tabela.
Inicialmente, um nível 1 está presente no primeiro flip-flop e o restante dos flip-flops estão
resetados. Observe que as conexões entre estágios são as mesmas que para um contador Johnson,
exceto que a saída Q em vez de é realimentada a partir do último estágio. As dez saídas do
contador indicam diretamente a contagem decimal dos pulsos de clock. Por exemplo, um nível 1
em Q0 representa zero, um nível 1 em Q1 representa um, um nível 1 em Q2 representa dois, um
nível 1 em Q3 representa três, e assim por diante. Temos que verificar que um nível 1 é sempre
mantido no contador e simplesmente desloca “em torno do anel”, avançando um estágio para
cada pulso de clock
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3. Conclusão
Os circuitos lógicos digitais desempenham um papel fundamental na área da eletrônica digital,
sendo responsáveis pela manipulação e processamento de informações em forma binária. Eles
são compostos por portas lógicas, que realizam operações lógicas básicas, como AND, OR e
NOT. Esses circuitos são amplamente utilizados em diversas aplicações, como computadores,
dispositivos móveis, sistemas de comunicação e automação industrial. Ao longo da pesquisa, foi
possível compreender os princípios de funcionamento dos circuitos lógicos digitais, incluindo a
análise e projeto desses circuitos utilizando técnicas como álgebra booleana e mapas de
Karnaugh. Além disso, foram explorados diferentes tipos de circuitos lógicos, como os circuitos
combinacionais e sequenciais. Os circuitos combinacionais realizam operações lógicas imediatas
com base nas entradas presentes em determinado instante de tempo, gerando saídas
correspondentes. Já os circuitos sequenciais possuem elementos de memória, permitindo o
armazenamento de informações e a realização de operações dependentes do estado anterior do
circuito. Durante a pesquisa, também foi abordada a importância da minimização dos circuitos
lógicos digitais, visando reduzir o número de componentes utilizados e otimizar o desempenho.
Para isso, foram apresentadas técnicas como a simplificação de expressões booleanas e a
aplicação de mapas de Karnaugh. Além disso, foram discutidos aspetos relacionados à
implementação física dos circuitos lógicos digitais, abrangendo tecnologias como transistores,
portas lógicas e circuitos integrados. Também foram explorados conceitos como atraso de
propagação, consumo de energia e tolerância a falhas, visando garantir a confiabilidade e
eficiência dos circuitos. Por fim, conclui-se que os circuitos lógicos digitais desempenham um
papel essencial no desenvolvimento de sistemas eletrônicos modernos, proporcionando o
processamento rápido e confiável de informações em formato digital. A compreensão dos
princípios e técnicas relacionadas a esses circuitos é fundamental para profissionais da área de
eletrônica e computação, contribuindo para o avanço tecnológico e a criação de soluções
inovadoras.
32
4. Bibliografia
Floyd, Thomas L. Sistemas digitais [recurso eletrônico] : fundamentos e aplicações /
Thomas L.. 9. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2007;
THANENBAUN, ANDREW, 1939 Organização Estruturada de Computadores Andrew
Thanenbaun Ed. Prentice Hall do Brasil;
TAUB, HERBERT, 1918 Eletrônica Digital Herbert Taub Donald Schilling Ed. McGraw
do Brasil;
IODETA, IVÃ VALEIJE, 1957 Elementos de Eletrônica Digital Ivan V. Iodeta Francisco
G. Capuano Ed. Érica - São Paulo.
33