Tema: Os desafios para conter a demência digital no Brasil.
Introdução:
Na obra “Banalidade do mal”, a escritora Hannah Arendt afirma que a alienação é um
fenômeno da recusa do caráter humano, alicerçado na negativa da reflexão e na tendência em
não assumir a iniciativa própria de seus atos. Paralelamente, quando se observa os desafios
para conter a demência digital no Brasil, nota-se que tal raciocínio é corroborado, não só em
virtude do alheamento da população brasileira, mas também da passividade existente. Nessa
ótica, é fundamental destacar a falta de educação digital e os desafios da saúde mental como
formadores do problema.
D1:
Primeiramente, vale salientar a falta de educação digital promove continuidade da
problemática visto que muitos brasileiros não recebem educação adequada sobre como
consumir informações de maneira segura e responsável na era digital. Acerca disso, é vital
trazer o debate do filósofo Jurgen Habermas, o qual define a ação comunicativa como um
elemento que consiste na capacidade de uma pessoa em exercer a cidadania e combater os
empecilhos da sociedade. No entanto, embora seja um pensamento ideal, percebe-se que, ao
observar os desafios para combater a demência digital, isso não é firmado na prática, sendo
uma consequência direta da irresponsabilidade dos órgãos públicos e da alienação vista na
“Banalidade”.
D2:
Outrossim, é importante ressaltar que, de acordo com Immanuel Kant, o princípio da ética é
agir de forma que essa ação possa ser uma prática universal. Conjuntamente, a perpetuação da
saúde mental vai de encontro a ética kantiana, na medida em que o uso excessivo de
tecnologia e a exposição constante a notícias negativas nas redes sociais podem ter impactos
negativos na saúde mental das pessoas. Desse modo, a demência digital tornou-se uma
ocorrência prejudicial a ordem social.
Conclusão:
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse entrave. Para tanto, cabe o Governo
o incentivo de autogestão digital, por meio de educar as pessoas de sobre o uso responsável da
tecnologia, promovendo a desconexão quando necessário. Isso pode ser potencializado com
conscientização sobre equilíbrio, educação digital, recursos de autogestão entre outras
questões, a fim de capacitar os indivíduos a gerenciar de forma mais eficaz e saudável seu
tempo e uso da tecnologia. Feito isso, além de manter uma ordem social, o conflito vivenciado
na literatura de Hannah não se tornará uma realidade no país.