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História 5°

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SAE DIGITAL S/A

LIVRO DO PROFESSOR
SAE DIGITAL S/A
HISTÓRIA
Curitiba
2022 5.° ANO – LIVRO 1
ENSINO FUNDAMENTAL

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 1 09/09/2021 16:46:25


© 2022 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor
dos direitos autorais.

Catalogação na Publicação (CIP)


Ensino Fundamental : História : 5.o ano: livro 1 : professor – 1. ed. –
Curitiba, PR : SAE Digital S/A, 2022.
104 p.
ISBN: 978-65-5593-030-6
1. Ensino Fundamental. 2. História. 3. Educação.
I. Título.
CDD: 372.89
  CDU: 93/99:371.1

Gerência de conteúdo educacional Rita Egashira Vanzela


Gerência editorial Tassiane Aparecida Sauerbier
Coordenação editorial Emanoelle Almeida
Edição Camila Castro de Souza, Caroline Schlegel, Leonardo Torres Mathias Fajardo, Maria Victória Ribeiro Ruy,
Sara Vitoria Silva Monteiro, Wilma Joseane Wünsch
Coordenação de Revisão Fabiana Teixeira Lima
Revisão Ana Paula Gurski Ferraz, Brunno Freire, Camille Chiquett, Igor Spisila, Juliana Basichetti Martins, Kelly
Cristina Miranda, Ludmilla Borinelli, Marcela Batista Martinhão, Marcela Vidal Machado, Marilene
Wojslaw Pereira Dias, Pamela de Fátima Leal, Priscila Sousa, Thainara Gabardo, Victor Truccolo
Cotejo Anna Karolina de Souza, Rafaella Ravedutti, Wagner Revoredo
Qualidade Mariana Chaves, Raul Jungles
Projeto gráfico Evandro Pissaia, Jéssica Suelen de Morais
Arte da capa Cinthia Satoko Fujii de Siqueira, Deny Mayer Machado, Scarllet Gabardo Anderson, Wagner de Oliveira
Ramari
Iconografia Ana Paula de Jesus Gonçalves Cruz, Paulo Gustavo Costa
Ilustrações Carlos Morevi, Deny Mayer Machado, Scarllet Anderson
Supervisão de Diagramação Marina Prado Pereira de Mello
Diagramação André Lima, Bruna Aparecida de Andrade, Fernanda Wolf, Flávia Sousa Gonçalves, Gustavo Ribeiro
Vieira, Jéssica Xavier de Carvalho, Kássio Nery, Luana Santos, Luciana Nesello Künzel, Luisa Piechnik
Souza, Maisa Leepkaln, Mariana Oliveira, Nadiny da Silva, Ralph Glauber Barbosa, Raphaela Candido,
Silvia Santos, Thiago Figueiredo Venâncio
Coordenação de processos Janaina Alves
Processos Luana Rosa de Souza, Vitor Ribeiro
Colaboração externa Amyr Borhot Hamud (Revisão), Edição e Revisão Texto Finito (Preparação de Texto), Melanie Beretta
Blitzkow (Análise de Linguagem), Michelle Cezak Shoji (Análise de Linguagem), Sincronia Design
Gráfico (Diagramação), Thayse Betazzi Lummertz (Análise de Linguagem)
Autoria Camila Castro de Souza

Todos os direitos reservados.

SAE DIGITAL S/A.


R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150
Mossunguê – Curitiba – PR
0800 725 9797 | Site: sae.digital

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LIVRO 1 ENSINO
M E N T A L
FUNDA SUMÁRIO

Pilares pedagógicos.............................................................................. VI
Protagonismo..................................................................................................... VI
Rigor conceitual e conteúdo relevante............................................................... VI
Complexidade e saberes múltiplos.................................................................... VI
Transformação da realidade.............................................................................. VI
Tecnologia digital relevante – SAE Digital............................................ VII
Conceito de tecnologia digital relevante – SAE Digital..................................... VII
Outras considerações a respeito de tecnologia digital relevante.................... VII
Ensino Fundamental............................................................................. VII
SAE Digital no Ensino Fundamental................................................................. VIII
Conheça o material do SAE Digital....................................................... XI
Impressos............................................................................................................ XI
Digital................................................................................................................XV
Pressupostos teórico-metodológicos.................................................. XIX
A Base Nacional Comum Curricular.................................................................XIX
Competências gerais da Educação Básica.......................................................XX
BNCC no Ensino Fundamental – Anos Iniciais..................................................XXI
História...........................................................................................................XXIII
Programação anual de conteúdos ..................................................XXIV

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SAE Digital Fundamental
Anos Iniciais

e BNCC
Estímulo à oralidade e
troca de experiências.

Educação Infantil
Estímulo em rodas de conversa e
valorização do conhecimento
prévio da criança.

Saberes Apro
Autoconhecimento e Ensino Médio iniciais pelo
Mundo do
autocuidado
Vínculo do conteúdo com o aluno
contexto e exploração de
questões complexas em
Cuidar de sua saúde física e emocional,
gonismo
Prota
relação a conceitos ou a
reconhecendo suas emoções e as dos visões de mundo.
outros, com autocrítica e capacidade
para lidar com elas.
Tomada de
Fundamental ações
Cultura digital
Anos Finais

e
Comunicar-se, acessar e Busca por novas conexões entre os

idad
produzir informações e objetos apreendidos, atrelando-se
um ou mais conhecimentos de
conhecimentos, resolver Iniciativa

ação da real
diferentes áreas.
problemas e exercer
protagonismo e autoria. concreta

Repertório cultural Fundamental


Anos Iniciais

form
Fruir e participar de práticas
Engajamento
diversificadas da produção Os objetos de conhecimento são estudados

ns
artístico-cultural. e analisados sob diferentes perspectivas:

Tra
geográfica, científica, matemática, histórica,
filosófica e linguística.

Mundo
transformado Co
mp
Educação Infantil le x
id a d e
e sabere
Conexões entre todos os campos de
experiências e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento preconizados pela BNCC.

Trabalho e Novas
conexões Conhecimentos Inter
projeto de vida
de diferentes dos
áreas
Entender o mundo do trabalho e fazer Pré-vestibular
escolhas alinhadas à cidadania e ao seu
projeto de vida com liberdade, autonomia Quantidade considerável de questões de
criticidade e responsabilidade. vestibular e de Enem que trazem
abordagens complexas e interdisciplinares.
Ensino Médio Fundamenta
Comunicação
Tomada de ações, transformação da realidade
Anos Finais
local, engajamento naquilo que o aluno pode e
Estabelecimento de relação e
Expressar-se e partilhar informações, consegue empreender e em ações que
conteúdos curriculares para com
transformam o mundo.
experiências, ideias, sentimentos e e interação com o mundo, bem
produzir sentidos que levem ao engajamento social e cient
entendimento mútuo.

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INFOGRÁFICO
Fundamental
Anos Finais
SAE E BNCC
Relação do conhecimento prévio
com os saberes das ciências.

Ensino Médio
Problematização e vínculo entre curiosidade,
bem como estabelecimento de ponte entre
conhecimentos prévios e novos.

s Aproximação
s pelo afeto Educação Infantil
Autonomia Responsabilidade e cidadania
Construção do letramento científico,
matemático e linguístico em consonância
com os direitos de aprendizagem e os
campos de experiências. Tomar decisões com base em princípios
rotagonismo éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
Mundo das Fundamental
ciências Anos Iniciais Pensamento científi-
co crítico e criativo
Ri

Construção e apresentação dos


go

conceitos estruturais das ciências que


permitirão o desenvolvimento das
rc

habilidades previstas no segmento. Investigar causas, elaborar e testar


onc

Relevância hipóteses, formular e resolver


problemas e criar soluções.
eitua

Fundamental
Anos Finais
l e conteúdo

Aprofundamento do conhecimento Conhecimento


científico por meio de apresentação e
Pesquisas e sistematização de conteúdos relevantes.
descobertas Entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e
rele

colaborar com a sociedade.


Ensino Médio
va

Domínio
nte

Exposição sistematizada e hierarquizada de


das bases conhecimento e informação relevante.

p los conceituais
últi
de e saberes m
Pré-vestibular
Compreensão da abordagem teórica
Mundo com apresentação de conteúdo relevante,
sistematizado e hierarquizado. Argumentação
ntos revisitado
Interdependência
ntes dos saberes Formular, negociar e defender ideias,
reas pontos de vista e decisões comuns,
Educação Infantil com base em direitos humanos,
consciência socioambiental, consumo
Observação da realidade para responsável e ética.
compreensão do mundo e
Fundamental desenvolvimento integral da criança.

Fundamental Anos Iniciais Empatia e cooperação


Anos Finais
Estabelecimento de relação entre
ecimento de relação entre os os conteúdos curriculares para
curriculares para compreensão compreensão e interação com o Fazer-se respeitar e promover respeito ao
ão com o mundo, bem como mundo. outro e aos direitos humanos, com
amento social e científico. acolhimento e valorização da diversidade,
sem preconceito de qualquer natureza.

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Pilares pedagógicos
Os pilares pedagógicos Os pilares pedagógicos do sistema de ensino do SAE Digital vêm ao encontro
do sistema de ensino das habilidades esperadas dos aprendizes, expostos a um ambiente que exige
do SAE Digital visam
o desenvolvimento
leitura plural do mundo, caracterizada por constantes mudanças nos campos
de competências que científico, tecnológico e político.
contribuam para viabilização Os desafios da atualidade preveem uma formação que priorize a capacidade
do projeto de vida dos de refletir e de interpretar as realidades local e global, bem como agir de acordo
estudantes, de forma que
ele incida positivamente na com as necessidades coletivas por meio do desenvolvimento da empatia, da
sociedade global. resiliência e do senso de cooperação.
Para desenvolver habilidades que atendam a tão complexas necessidades,
as estratégias do SAE Digital estão fundamentadas em quatro pilares do trabalho
pedagógico: protagonismo, rigor conceitual e conteúdo relevante, complexidade
e saberes múltiplos e transformação da realidade.
A educação é o Protagonismo
único fazer capaz de
transformar potenciais em Uma prática pedagógica estruturada no protagonismo considera o es-
competências para viver. tudante como centro do processo de sua aprendizagem, tem como ponto de
Agir em favor de nossas partida os conhecimentos prévios que ele possui para, a partir deles, promover
gerações, nessa perspectiva, o fortalecimento de sua identidade, a sua autonomia e o desenvolvimento das
é criar concepções e
práticas educacionais que
habilidades necessárias à concretização de seu projeto de vida e sua atuação
sejam capazes de gerar na sociedade com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, susten-
competências para que táveis e solidários.
o indivíduo transforme
a si mesmo e as suas Rigor conceitual e conteúdo relevante
circunstâncias a partir do
desenvolvimento pleno de Esse pilar, que abarca duas ideias complementares, corrobora o enten-
seus potenciais. (DELORS, dimento de que a educação deve sempre se pautar em bases conceituais do
2001, p. 100) conhecimento acadêmico e científico. Na era da informação, a escola assume
o papel de propulsora da pesquisa para a escolha, a apropriação e a produção
do conhecimento por parte dos professores e dos estudantes, a fim de garan-
tir a sistematização dos processos de ensino e de aprendizagem pautados na
precisão da cientificidade e na relevância do currículo.
O material didático Complexidade e saberes múltiplos
consistente fundamenta-se
em cuidadosa construção O paradigma atual do conhecimento requer a superação da disposição
conceitual e adequação estanque do currículo escolar. Trazemos como proposta para o trabalho peda-
metodológica. As formas gógico o pilar complexidade e saberes múltiplos visando ao desenvolvimento
e os mecanismos que do pensamento complexo, que só se efetiva por meio de um trabalho inter e
norteiam a realização do
trabalho e a elaboração de
transdisciplinar. Promover a religação dos saberes com vistas à formação de
suas conclusões são claros, leitores competentes e capazes de atuar em um cenário complexo é um dos
apropriados e resistentes compromissos impreteríveis dos quais a escola não pode se eximir.
ao processo de crítica
franca e aberta. Ele gera Transformação da realidade
conhecimento confiável.
Com base no entendimento da educação como agente transformador da
realidade, o sistema de ensino do SAE Digital incorpora à sua proposta pedagó-
gica um trabalho sistemático com temas contemporâneos de relevância social
que afetam a vida humana em escala local, regional e global. Ao promover
a consciência dos direitos e deveres de todo ser humano, o exercício pleno
da cidadania e a tomada de decisões para iniciativas concretas de impacto
socioambiental, visamos à manutenção do estado democrático de direito e à
transformação da realidade.

VI HISTÓRIA

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Tecnologia digital relevante – SAE Digital
Conceito de tecnologia digital relevante – SAE Digital
São recursos digitais – livros, atividades, jogos, realidade aumentada,
vídeos, animações, aplicativos, plataforma adaptativa, avaliações, ferramentas
de gestão escolar, de gestão da aprendizagem e de desenvolvimento dos profis-
sionais da Educação – concebidos com intencionalidade pedagógica, integrados
à proposta e aos conteúdos dos materiais impressos e com uma dinâmica efi-
ciente, a fim de que cumpram um papel efetivo no processo educativo por meio
a) da interação do aluno com o conteúdo digital, tendo como propósito
contribuir com a sua aprendizagem;
b) da sensibilização/motivação do aluno para a aprendizagem;
c) da promoção da apropriação de conceitos ou do desenvolvimento de
habilidades e atitudes;
d) do acompanhamento do desempenho e das adaptações e das personali-
zações necessárias a uma aprendizagem significativa;
e) da gestão do desempenho e da aprendizagem do aluno;
f) da formação permanente do professor.
Outras considerações a respeito de
tecnologia digital relevante
O projeto de Tecnologia digital relevante – SAE Digital também tem como
enfoque aproximar a produção do SAE Digital às metodologias contemporâneas
da aprendizagem:
• Por desenvolver o conteúdo digital produzido em consonância com o ma-
terial impresso, pode ser considerado como um modelo híbrido de ensino.
• Por promover a autonomia do aluno em seu processo de aprendizagem,
os objetos digitais podem ser considerados como metodologia ativa.
• Por promover o uso de diversas mídias digitais, os objetos digitais podem
contribuir para o letramento digital.
• Por ofertar feedbacks do desempenho dos alunos, pode contribuir com
a regulação e a autorregulação da aprendizagem.

Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental faz parte de um dos níveis da Educação Básica.
Desde 2006, passou a ter duração de 9 anos, de acordo com a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação (LDB n.º 9.394/96), em que foram alterados os artigos 29,
30, 32 e 87, por meio da Lei Ordinária n.º 11.274/2006.
O Ensino Fundamental é obrigatório e atende as crianças a partir dos 6
anos de idade. Está dividido da seguinte forma:
• Anos Iniciais – do 1.o ao 5.o ano.
• Anos Finais – do 6.o ao 9.o ano.
Além da LDB, o Ensino Fundamental é regido por documentos, como as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional
de Educação (PNE) de 2014, as resoluções do Conselho Nacional de Educação
(CNE) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

HISTÓRIA VII

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Essa etapa, sendo posterior à Educação Infantil, deve preservar a ludicida-
de, bem como introduzir o estudante ao universo da especulação científica. Por
isso, as experiências e as vivências são tão importantes nessa fase, pois alargam
a educação do olhar, aguçam a percepção, desenvolvem a capacidade de inte-
ragir com os fenômenos naturais e sociais, em decorrência disso, fomentam a
construção de conceitos e desenvolvem as habilidades necessárias à atuação
em sociedade.
Conforme documento da BNCC, o

Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem,


aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação
Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas ex-
periências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com
o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de
testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção
de conhecimentos.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Versão Final.
Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2018.

Nessa fase da educação, a fim de se efetivar o trabalho pedagógico que


possibilite o desenvolvimento dos domínios cognitivos necessários à construção
do conhecimento pelas crianças, o trabalho com a aquisição do código alfabé-
tico – leitura e escrita – se apresenta como prioridade no processo de ensino
e aprendizagem.
Por fim, vale ressaltar que, como sugere a BNCC, nos dois primeiros anos
do Ensino Fundamental, deve haver um esforço concentrado na alfabetização:

[...] a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas
oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de
modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao
seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Versão Final.
Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2018.

SAE Digital no Ensino Fundamental


Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o trabalho escolar deve instigar
nos alunos a curiosidade e o prazer pelas descobertas, além de promover a
aprendizagem das diferentes formas de sistematização das informações e dos
temas trabalhados. Isso porque o conhecimento adquirido já nos primeiros
anos do Ensino Fundamental é essencial para o desempenho dos alunos nas
próximas fases da vida escolar.
Os conteúdos que compõem o sistema de ensino do SAE Digital estão
relacionados às seguintes áreas de conhecimento:
• Linguagens.
• Matemática.
• Ciências da Natureza.
• Ciências Humanas.

VIII HISTÓRIA

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Linguagens
Estar envolvido nas práticas
É por meio da linguagem que o ser humano expressa ideias, pensa- sociais possibilita ampliação das
mentos, sentimentos e intenções e estabelece relações interpessoais. Com linguagens e domínio cada vez
ela é possível construir os quadros de referências culturais – concepções e maior de diferentes padrões de
ideologias –, mitos, representações, conhecimento científico e arte. fala e escrita.

A linguagem – seja ela oral, escrita, imagética, corporal – faz parte da


atividade discursiva, ou seja, do ato de falar e de expressar ao outro clara-
mente ideias, informações ou sentimentos.
O homem apreende o mundo em que vive por meio da linguagem, que
dá a ele meios para se posicionar criticamente perante os outros, tornando-se
um agente transformador. Dessa forma, é possível compreendê-la como uma
das maiores ferramentas da convivência humana.
Para construir um mundo melhor, faz-se necessário aprimorar o co-
nhecimento dos saberes provenientes da área de linguagens e colocá-los
em prática.
Neste material você vai encontrar a seleção e a sistematização dos
saberes por meio da:
• Língua Portuguesa.
• Língua Inglesa.
• Língua Espanhola.
• Arte.
• Educação Física.

Matemática
Marcos Mesa Sam Wordley/Shutterstock
O trabalho desenvolvido em Matemática tem como objetivo a compreen-
são e o uso dos conteúdos relevantes na resolução de desafios e problemas;
a busca pelos resultados; a prática de levantar hipóteses e confrontá-las,
sem receio de errar.

[...] A Matemática se faz presente desde cedo e durante toda a vida dos in-
divíduos. O indivíduo está imerso num mundo de números (quantificando, me-
dindo, comparando, realizando cálculos etc.) quando realiza diversas atividades
do cotidiano: em casa, nas ruas, na escola [...]. Para que ele seja bem-sucedido
nessas atividades é necessário que o indivíduo seja numeralizado. Mas o que
significa ser numeralizado? [...] ser numeralizado significa “ser capaz de pensar
sobre e discutir relações numéricas e espaciais utilizando as convenções da nossa
própria cultura” [...]. Ser numeralizado está além de resolver cálculos, é ter uma
boa compreensão e intuição sobre os números, sendo capaz de compreender
as regras implícitas que envolvem os conceitos matemáticos, utilizando-os nas
suas práticas cotidianas, nos diversos contextos e em diferentes sistemas de
comunicação e representação. [...]

O sentido de número [...] refere-se à habilidade de lidar, de forma flexível e


eficiente, com números e quantidades nas situações cotidianas extraescolares. [...]

BATISTA, Rosita Marina Ferreira; SILVA, Juliana Ferreira Gomes da; SPINILLO, Alina Galvão. Os
usos e funções dos números e medidas em situações escolares e extraescolares. Simpósio
Internacional de Pesquisa em Educação Matemática. Pernambuco, 2008.

HISTÓRIA IX

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Com base nessas reflexões, o material do SAE Digital apresenta os
As propostas de trabalho conteúdos relevantes da área de Matemática relacionados à resolução de
partem sempre do conhecimento problemas na vida cotidiana e à aplicação desses saberes nos desafios pró-
prévio dos alunos sobre
prios do mundo escolar. A proposta de trabalho leva em conta a capacidade
os conteúdos relevantes,
confrontando esse saber prévio intelectual, a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio
com as explicações apresentadas lógico dos alunos, reforçando que não há como dissociar um aspecto do outro.
no espaço escolar. Dessa forma, o material do SAE Digital propõe um trabalho no qual en-
sinar e aprender Matemática não se limite a dar respostas, mas sim a propor
investigações, respeitar as ideias e o conhecimento prévio de cada aluno, pos-
sibilitando o desenvolvimento da vontade de estudar os conteúdos da área.
Ciências Humanas
A área das Ciências Humanas tem um objetivo maior, que é ampliar
a compreensão dos alunos sobre sua realidade e a das pessoas em outros
espaços e outros períodos.
Para tanto, essa área trabalha com a consciência de que os alunos são
agentes transformadores do seu momento histórico, do seu espaço geográ-
fico, e fazem constantes reflexões sobre os acontecimentos na sociedade em
que vivem. Dessa forma, podem fazer escolhas e estabelecer critérios para
orientar suas ações de maneira mais consciente e propositiva.
No material do SAE Digital, as Ciências Humanas compreendem:
• Geografia. • História. • Filosofia.
A Geografia estuda as relações entre o processo histórico que regula a
formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza, por meio
da leitura do espaço geográfico e da paisagem.
A História estuda as sociedades humanas ao longo do tempo, estimu-
lando no estudante a sua identificação como sujeito histórico.
A Filosofia desenvolve nos alunos a capacidade de pensar, o espírito
crítico e o gosto pela busca do conhecimento e dos saberes elaborados por
diferentes filósofos em períodos e locais diversos.
Ciências da Natureza
O ensino de Ciências da Natureza possibilita que diferentes explicações
sobre o mundo, as transformações produzidas pelo ser humano e os fenô-
menos da natureza possam ser expostos, comparados e compreendidos.
O trabalho nessa área permite que o conhecimento prévio dos alunos seja
explorado e contraposto com diferentes explicações, de forma crítica, ques-
tionadora, investigativa e reflexiva. As propostas de reflexão desenvolvem a
percepção dos limites de cada conceito e a explicação dos modelos científicos,
favorecendo a construção da autonomia de pensamentos e ações.
São características gerais do trabalho escolar com as Ciências da
Natureza: a) buscar a compreensão dos fenômenos da natureza; b) gerar
representações do mundo; c) descobrir e explicar fenômenos naturais;
d) ­organizar e sintetizar o conhecimento científico em teorias.

X HISTÓRIA

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Conheça o material do SAE Digital
Impressos
O material de cada ano está organizado em quatro livros. Cada livro do
aluno contém os seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa,
Matemática, História, Geografia, Ciências, Arte e Filosofia. O componente cur-
ricular Língua Inglesa é oferecido em um livro a parte anualmente. Já o com-
ponente de Língua Espanhola, para todos os anos, é oferecido separadamente.
Livros e fichas – aluno
Livros
Os componentes curriculares são organizados em unidades, e estas, em
capítulos.
As aberturas dos capítulos funcionam para os alunos como uma provoca-
ção, uma vez que eles são convidados a apresentarem o que já sabem sobre o
tema, relacionando esse saber à leitura de uma imagem.
Em seguida, o material conduz os alunos por um caminho de leituras,
debates, relação de atividades individuais e coletivas, produções de textos e
experimentos. A intenção é ampliar e aprofundar conhecimentos ou, em algu-
mas situações, confrontar saberes e elaborar outros.
As propostas de trabalho são apresentadas em seções de atividades com
objetivos específicos. Na página seguinte, é possível conhecê-las melhor.

HISTÓRIA XI

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Seções,
boxes e
ícones do
seu livro HISTÓRIA

CONVERSA VAI... CONVERSA VEM...


VALE A PENA CONHECER
Momento de conversar com os colegas e os
Sugestões de leituras e filmes para ampliar as
professores sobre o que você já sabe ou aprendeu. No
informações sobre o que você está estudando.
início dos capítulos essa seção aparece como Conversa
vai... e, na página seguinte, Conversa vem...
AGORA VOCÊ JÁ SABE
MÃO NA MASSA Esta seção está no final de cada unidade e vai
ajudá-lo a revisar o que aprendeu.
A�vidades que dialogam com o que você aprendeu.
Quanto mais você pra�car, mais esperto ficará em
relação aos conteúdos aprendidos.
TREM DA HISTÓRIA

Textos sobre os acontecimentos de épocas ou de


DE OLHO NO LOCAL lugares diferentes.

A�vidades sobre a realidade do seu local.

GLOSSÁRIO Realidade aumentada


A�vidades e conteúdos digitais que podem
Explicações sobre as palavras desconhecidas de um texto. ser acessados com o celular ou o tablet.
São jogos, animações, infográficos, vídeos
e exercícios intera�vos que ajudarão você a
aprender ainda mais.
PARA SABER MAIS
Atividades em grupo
Textos para ampliar seu conhecimento.
Momento de trabalhar com os colegas: trocar
informações, ideias e produzir em grupo.

COM A LUPA NA MÃO Oralidade


Momento de expor suas ideias e conversar
A�vidades que vão despertar sua curiosidade, como com os colegas sobre o que você já sabe ou
entrevistas, pesquisas e observações. quer aprender.

Educação financeira
APRENDER BRINCANDO Indica o desenvolvimento da educação para o
consumo consciente.
A�vidades para jogar, montar e diver�r-se. Elas vão
desafiar seu conhecimento.

CONHEÇA QUEM É

Informações sobre quem inventou, desenvolveu ou


falou algo que fez a diferença em nosso mundo.

XII HISTÓRIA

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As aberturas de capítulos, os conteúdos e as atividades apresentadas
estão inseridos em um projeto gráfico e pedagógico com identidade definida,
respeitando as necessidades de cada ano escolar. Em razão disso, para cada
ano o material tem especificidades, como tamanho de letra diferenciado, es-
paço adequado por faixa etária (para o aluno registrar sua produção), desafios
cognitivos que se intensificam ano a ano, entre outros. Essa preocupação tem
como base a ideia de que, se os alunos que frequentam o Ensino Fundamental
passam por transformações ao longo dos anos, o material tem que acompa-
nhá-los nesse movimento.
As unidades e os capítulos programados para cada livro, por componentes
curriculares, buscam se adequar ao trabalho realizado em dez semanas de aula,
com a seguinte sugestão de distribuição:

Componente curricular Aulas por semana Total de aulas

Matemática 5 50
Língua Portuguesa 5 50
Geografia 3 30
História 3 30
Ciências 3 30
Artes 1 10
Língua Inglesa 2 20
Filosofia 1 10
Educação Física 2 20
Língua Espanhola 1 10

O Livro do aluno possui, ainda, o Material de apoio. Esse material encon-


tra-se nas páginas finais do livro e serve para os alunos praticarem atividades
externas ao livro, reforçando assim seu aprendizado.
As atividades do Material de apoio podem apresentar as seguintes
modalidades:
• destaque e cole. • figuras.
• recorte e cole. • jogos.
• mapas.
Fichas
Como recurso complementar, as Fichas de atividades auxiliam na aprendi-
zagem dos alunos do 1.° ao 5.° ano. Elas apresentam atividades sistematizadoras
do conteúdo trabalhado em cada capítulo do livro.
As Fichas de atividades são organizadas em um bloco, com páginas des-
tacáveis, e podem ser utilizadas em diversas possibilidades pedagógicas (como
lição de casa, apoio pedagógico, avaliação continuada feita em sala de aula) ou
de acordo com a proposta da escola.
O bloco apresenta fichas para os seguintes componentes curriculares:
• Língua Portuguesa. • Geografia.
• Matemática. • Ciências.
• História. • Educação Física.

HISTÓRIA XIII

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Livros e fichas – professor
Livros
O material para o professor apresenta uma organização especial, com um
livro por componente curricular.
No livro do livro 1, são expostas:
• apresentação dos princípios pedagógicos do material;
• proposta de trabalho pedagógico por componente curricular;
• explicação das seções do Livro do professor;
• programação anual dos conteúdos (unidades, capítulos, conteúdos des-
critos, sugestão do número de aulas).
O miolo do Livro do professor apresenta o Livro do aluno de forma reduzida.
No entorno do Livro do aluno, há os encaminhamentos pedagógicos propostos
ao professor, organizados nas seguintes seções:
• Objetivos do capítulo – sempre no início de cada capítulo, determinam
as metas a serem alcançadas relacionadas ao conteúdo abordado e à
expectativa de aprendizagem por parte dos alunos;
• Encaminhamento metodológico – orientações sugeridas, sejam em
relação ao conteúdo, ao procedimento ou à atitude para desenvolver o
trabalho;
• Dica para ampliar o trabalho – indicações de filmes e sites, sinopses e
pequenos textos;
• Sugestão de atividade – indicações de tarefa para serem realizadas em
sala de aula;
• Resposta – gabaritos e sugestões de resposta às atividades propostas;
• Realidade aumentada – apresenta a lista de RAs que fazem parte do
capítulo;
• Orientação para RA – encaminhamentos metodológicos e sugestão de
atividade inseridos na página que apresenta o ícone da RA.
Fichas
As Fichas de atividades para o professor apresentam o mesmo conteúdo
das fichas para o aluno e têm, ainda, gabaritos e encaminhamentos metodo-
lógicos. Apresentam numeração sequencial, indicando a ordem ideal de uso
do material. Porém, essa numeração não aparece nas Fichas de atividades do
aluno. A intenção é deixar a cargo da escola a decisão sobre quais fichas enviar
para o aluno fazer em casa e quais trabalhar em sala de aula.

XIV HISTÓRIA

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Digital
A experiência com os materiais didáticos SAE Digital vai além do material
impresso.
Alunos e professores contam com uma versão digital dos livros, disponível
para lousa digital, computadores, tablets e smartphones, na qual estão inseridos
os objetos digitais e os áudios para língua estrangeira. Também há atividades
propostas na Plataforma de Aprendizagem Adaptativa, na Plataforma Digital
Literária e no Portal SAE Digital.
Conheça a seguir cada um desses materiais.
Realidade aumentada
Objeto Digital
A Realidade aumentada (RA) é um instrumento digital que possibi-
lita a construção de um trabalho interativo entre o aluno e o conteúdo
de cada capítulo. Ela está presente em todos os capítulos do material,
indicada por um ícone.
A RA, ao ser acessada, apresenta um dos 14 diferentes tipos de
interação, como jogos, atividades, animações.
Para acessá-la, é preciso fazer o download do aplicativo SAE RA. Depois
de todos os dados baixados, não será mais necessário o uso da internet. Com o
aplicativo instalado, o usuário deve direcionar a câmera do aparelho eletrônico
escolhido para a página que apresenta o ícone e usufruir da atividade interativa
que aparecerá.
Livros Digitais e Realidade aumentada – aluno
Essa ferramenta inovadora permite visualizar animações, ampliar imagens,
acompanhar slides e fixar o conteúdo por meio de diversas interações. Ao todo,
são 14 formas de interação disponíveis para auxiliar o trabalho do professor e
tornar o aprendizado mais dinâmico, sendo um complemento para a sala de
aula e para os estudos em casa. Depois de baixados, os recursos podem ser
utilizados offline, ou seja, não necessitando a conexão com a internet.
Nos livros impressos, um QR Code permite a visualização das Realidades
aumentadas.
As Realidades aumentadas estão disponíveis do 1.° ao 5.° ano para os com-
ponentes curriculares de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia,
Ciências, Língua Inglesa, Arte, Filosofia, Educação Física e Língua Espanhola.

HISTÓRIA XV

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Livros Digitais e Realidade aumentada – professor
O Livro digital do professor apresenta o mesmo conteúdo do Livro digital
do aluno, acrescido de orientações metodológicas. Estas referem-se tanto às
atividades do livro impresso quanto às Realidades aumentadas.
Os encaminhamentos metodológicos para as realidades aumentadas re-
ferem-se ao conteúdo do componente curricular e à forma do próprio objeto.
Além disso, oferecem sugestões de como ampliar o trabalho com a atividade
proposta na Realidade aumentada.
Plataforma de Aprendizagem Adaptativa
A ferramenta oferece questões e videoaulas prontas para os alunos utiliza-
rem como forma de estudo. Para os anos iniciais, a Plataforma de aprendizagem
adaptativa é oferecida para os componentes curriculares de Língua Portuguesa
e Matemática, para 4.° e 5.° anos, para todos os livros do ano escolar.
O professor disponibiliza aos alunos exercícios e videoaulas de determina-
do tema, sempre conectados a um dos capítulos trabalhados no livro didático.
A escola indica o número mínimo de questões que os alunos devem acertar,
além de estipular um prazo para a resolução das atividades.
Em casa, os alunos acessam um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
e iniciam a resolução dos exercícios disponibilizados. Caso ele não obtenha o
número de acertos necessários, será direcionado a uma videoaula, para retomar
os temas em questão. Ao término da videoaula, será disponibilizada uma nova
sequência de exercícios sobre o mesmo tema.
O sistema gera, ainda, relatórios sobre o desempenho individual do aluno
e sobre o desempenho da turma.
Plataforma Digital Literária
A Plataforma Digital Literária é uma ferramenta que tem como objetivo o
trabalho com obras significativas das literaturas brasileira e mundial.
Antes do período de matrículas, a escola recebe a lista de obras que
são indicadas para serem trabalhadas, por livro, com cada turma do Ensino
Fundamental.
São oferecidas cinco opções de trabalho para cada ano. A escola pode,
então, escolher com qual obra prefere trabalhar.
Por meio dessa ferramenta, o professor realiza o trabalho com o livro
selecionado. Para isso, ele conta com:
• encaminhamentos metodológicos;
• avaliações;
• propostas de produção de texto;
• vídeos de contextualização histórica, que podem ser
aplicados em sala de aula.
Ao trabalhar com a Plataforma Digital Literária, os
alunos contam com:
• vídeos que instigam a leitura;
• quizzes;
• questões digitais elaboradas sobre o contexto literário
da obra.

XVI HISTÓRIA

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Os livros selecionados e indicados* pelo sistema de ensino do SAE Digital para a escolha da escola são:

Plataforma Digital Literária – Ensino Fundamental Anos Iniciais

Ano Título do livro Autor Editora

O mundo no black power de Tayó Kiusam de Oliveira Peirópolis

Chin Chan Chun Milton Célio de Oliveira Filho Brinque-Book

1.° Três tigres tristes Fernando Vilela e Nina Barbieri Brinque-Book

Gildo Silvana Rando Brinque-Book

O lobo Maurinho Gustavo Luiz & Mig Melhoramentos

O saci e a reciclagem do lixo Samuel Murgel Branco Moderna

Pé-de-bicho Márcia Leite Pulo do Gato

2.° Pode levar Lorenz Pauli Biruta

Kabá Darebu Daniel Munduruku Brinque-Book

Eu tenho um pequeno problema Heinz Janisch Salamandra

Prendedor de sonhos João Anzanello Carrascoza Scipione

Ou isto ou aquilo Cecília Meireles Nova Fronteira

3.° Chapeuzinho Amarelo Chico Buarque e Ziraldo Autêntica

O catador de pensamentos Monika Feth Brinque-Book

A verdadeira história dos três porquinhos John Scieszka Companhia das Letrinhas

Um outro país para Azzi Sarah Garland Pulo do Gato

Raul da Ferrugem Azul Ana Maria Machado Nova Fronteira

4.° Não era uma vez Marcos Rey Global

Babá de dragão Josh Lacey Escarlate

Doutora Judy Moody Megan McDonald Salamandra

Breve história de um pequeno amor Marina Colasanti FTD

A bolsa amarela Lygia Bojunga Nunes Casa Lygia Bojunga

Carta errante, avó atrapalhada,


5.° Mirna Pinsky FTD
menina aniversariante

Patacoadas Patricia Auerbach Escarlate

Histórias à brasileira Vol. 1 Ana Maria Machado Companhia das Letrinhas

A Plataforma Literária apresenta atividades para todos os livros indicados,


porém, tais livros nãosão vendidos pelo SAE Digital.

HISTÓRIA XVII

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Portal SAE Digital
O Portal SAE Digital é um ambiente virtual desenvolvido para ampliar a
possibilidade de interação e troca de informação entre educadores e escola.
São várias ferramentas de interação e conteúdo pedagógico disponibiliza-
das em diferentes formatos e linguagens, entre eles está o Banco de provas, que
apresenta uma avaliação por livro para cada um dos componentes curriculares.
Cada prova conta com 10 questões, entre dissertativas e de múltipla escolha,
que abordam o conteúdo trabalhado em cada livro. Todas as questões recebem
um valor de acordo com o grau de desafio apresentado.
As provas estão disponíveis em dois formatos:
• PDF – não editável, para a aplicação de um mesmo instrumento de ava-
liação em todas as turmas, caso a escola considere essa possibilidade.
• Word – editável, para se adequar à realidade de cada turma, caso a escola
considere essa possibilidade.
Em ambos os formatos há tanto a versão para o aluno, com o espaço
destinado às respostas, quanto a versão para o professor, com os gabaritos.
O portal também apresenta um ambiente de notícias educacionais atua-
lizadas constantemente. O objetivo é deixar educadores, alunos e pais sempre
atualizados das mudanças que estão ocorrendo e afetam, direta ou indireta-
mente, o aprendizado dos alunos.

@aleksandr_samochernyi/Freepik

• Atividades de sistematização • Educação Inclusiva • Livros da coordenação


• Áudios • Experiências científicas • Material do professor
• Banco de provas • Fichas de atividades • Personagens do SAE
• Baú de letras • Habilidades na BNCC • Livros – Plataforma Digital
Literária
• Desafio SAE Kids • Língua Inglesa – fichas de
atividades • Produção de texto
• Educação Física complementar
• Letra cursiva • Projetos

XVIII HISTÓRIA

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Desafio SAE kids
É a avaliação externa proposta pelo SAE Digital.
Em um mesmo dia, todos os alunos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais
– da rede SAE Digital ficam concentrados, fazendo a prova, repleta de desafios
para o raciocínio lógico, a interpretação de textos e a compreensão dos con-
teúdos estudados. O Desafio SAE kids ocorre semestralmente, totalizando duas
provas no ano.
O Desafio SAE kids é oferecido para os alunos dos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos
do Ensino Fundamental. Para o 1º ano, são 10 itens que apresentam conteúdos
de Língua Portuguesa e Matemática. Para os 2º e 3º anos, são 25 itens, e para
o 4º e 5º anos, são 30 itens que apresentam conteúdos de Língua Portuguesa,
Matemática, História, Geografia, Ciências, Arte, Inglês e Filosofia.

Pressupostos teórico-metodológicos
A Base Nacional Comum Curricular
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter
normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e mo-
dalidades da Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus direitos
de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o
Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclu-
sivamente à educação escolar, tal como a define o § 1.º do Artigo 1.º da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n.º 9.394/1996)1, e está orienta-
do pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana
integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como
fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN)2.
Referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das
redes escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas
pedagógicas das instituições escolares, a BNCC integra a política nacional da
Educação Básica e vai contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações
– em âmbito federal, estadual e municipal – referentes à formação de professo-
res, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a
oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação.
Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a fragmentação das
políticas educacionais, enseje o fortalecimento do regime de colaboração entre
as três esferas de governo e seja balizadora da qualidade da educação. Assim,
para além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que
sistemas, redes e instituições garantam um patamar comum de aprendizagens
a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental.
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na
BNCC devem assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências
gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem
e desenvolvimento.

HISTÓRIA XIX

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Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos
(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocio-
nais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana,
do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “[...] educação
deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação
da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada
para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013), mostrando-se também alinhada
à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
É imprescindível destacar que as competências gerais da Educação Básica
apresentadas a seguir se inter-relacionam e se desdobram no tratamento didá-
tico proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos,
no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos
termos da LDB.
Competências gerais da Educação Básica

1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos so-


bre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar
a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria
das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3) Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das
locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural.
4) Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como co-
nhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos
em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendi-
mento mútuo.
5) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e co-
municação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas
e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6) Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se
de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas
ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

XX HISTÓRIA

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7) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões co-
muns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
8) Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo- se na diversidade humana e reconhecendo suas emo-
ções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9) Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos
e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
dades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexi-
bilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Versão Final.
Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2018.

BNCC no Ensino Fundamental – Anos Iniciais


A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais –, ao valorizar as situações
lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as expe-
riências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto
a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento,
pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo. Exemplos disso são
as novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, tes-
tá-las, refutá-las e elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção
de conhecimentos.
Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes
em seu processo de desenvolvimento, que repercutem em suas relações con-
sigo mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior
desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam
suas interações com o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo
os usos sociais da escrita e da matemática, permite a participação no mundo
letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela; a
afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta
em formas mais ativas de se relacionarem com tal coletivo e com as normas que
regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento
de suas potencialidades, pelo acolhimento e pela valorização das diferenças.
Ampliam-se também as experiências para o desenvolvimento da oralida-
de e dos processos de percepção, compreensão e representação, elementos
importantes para a apropriação do sistema de escrita alfabética e de outros
sistemas de representação, como os signos matemáticos, os registros artísticos,
midiáticos e científicos e as formas de representação do tempo e do espaço. Os
alunos se deparam com uma variedade de situações que envolvem conceitos
e fazeres científicos, desenvolvendo observações, análises, argumentações e
potencializando descobertas.

HISTÓRIA XXI

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As experiências das crianças em seu contexto familiar, social e cultural,
suas memórias, seu pertencimento a um grupo e sua interação com as mais
diversas tecnologias de informação e comunicação são fontes que estimulam sua
curiosidade e a formulação de perguntas. O estímulo ao pensamento criativo,
lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de
fazer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas
produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação,
possibilita aos alunos ampliar sua compreensão de si mesmos, do mundo natural
e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza.
As características dessa faixa etária demandam um trabalho no ambiente
escolar que se organize em torno dos interesses manifestos pelas crianças, de
suas vivências mais imediatas para que, com base nessas vivências, elas possam,
progressivamente, ampliar essa compreensão, o que se dá pela mobilização
de operações cognitivas cada vez mais complexas e pela sensibilidade para
apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar.
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve
ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que
os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao
desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvi-
mento em práticas diversificadas de letramentos. Como aponta o Parecer CNE/
CEB n.º 11/2010, “os conteúdos dos diversos componentes curriculares [...],
ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos
olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um
modo mais significativo” (BRASIL, 2010).
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhe-
cimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela am-
pliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das
crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que
ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão
de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sis-
temas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a
natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente.
Além desses aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvolvimento,
na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser
consideradas medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de
aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a pro-
mover uma maior integração entre elas. Afinal, essa transição se caracteriza por
mudanças pedagógicas na estrutura educacional, decorrentes principalmente
da diferenciação dos componentes curriculares. Como bem destaca o Parecer
CNE/CEB n.º 11/2010, “os alunos, ao mudarem do professor generalista dos anos
iniciais para os professores especialistas dos diferentes componentes curricu-
lares, costumam se ressentir diante das muitas exigências que têm de atender,
feitas pelo grande número de docentes dos anos finais” (BRASIL, 2010). Realizar
as necessárias adaptações e articulações, tanto no 5º quanto no 6º ano, para
apoiar os alunos nesse processo de transição, pode evitar ruptura no processo
de aprendizagem, garantindo-lhes maiores condições de sucesso.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Versão Final.
Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2018.

Nas próximas páginas, você encontrará os pressupostos teórico-metodoló-


gicos e os objetivos gerais da disciplina. Para conhecer os objetivos específicos
e encaminhamentos metodológicos para cada capítulo, por componente, você
deve usar o Livro do professor.

XXII HISTÓRIA

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Rido/Shutterstock
História
Entende-se por ensino de História o estudo das sociedades humanas si-
tuadas em tempo e espaço determinados, bem como o estudo de seu processo
de formação, evidenciando-se as manifestações sociais, políticas, econômicas
e culturais que atribuem significados à vida humana.
No processo de formação dessas sociedades são evidentes mudanças e
permanências, bem como semelhanças e diferenças entre as manifestações
culturais dos diferentes grupos. A História é o componente curricular que pro-
move estas articulações entre tempos distintos: presente e passado.
A proposta do material do SAE Digital é apresentar um trabalho em História
que promova o diálogo constante entre o saber produzido historicamente e os
conhecimentos prévios dos alunos, elaborados no meio onde vivem. A propos-
ta acredita que a aprendizagem histórica pode ser enriquecida por meio das
contribuições do ensino reflexivo, crítico e vivenciado.
Compreendendo a relevância do estudo de temas como diversidade,
pluralidade cultural e identidade, o campo de abordagem da História vem se
expandindo desde o século XX, abarcando novas fontes que desbancaram a ex-
clusividade dos documentos oficiais. Assim, passaram a ser consideradas outras
fontes para o estudo da História, como informações sobre grupos que eram
preteridos pela historiografia, como mulheres, indígenas, trabalhadores, afri-
canos, afrodescendentes, entre outros. Ao mesmo tempo, o ensino de História
buscou aproximação com outros meios de leitura do mundo e das realidades.
Despertou-se para o que ficou conhecido como História e Novas Linguagens:
cinema, literatura, fotografia e obras de arte que expressam visões de mundo
e colocam seus protagonistas como sujeitos históricos.
No processo de construção e aquisição do conhecimento histórico no con-
texto escolar, os estudantes passaram a ser vistos cada vez mais como sujeitos
históricos ativos na construção do conhecimento. A proposta de um ensino
significativo de História no Ensino Fundamental – Anos Iniciais –, pressupõe
um trabalho criterioso, com noções e conceitos históricos que, somados aos
conhecimentos prévios, subsidiarão a formação do pensamento histórico e
serão pré-requisitos para o trabalho com os conteúdos que estarão elencados
nos anos posteriores.
Competências específicas de História
para o Ensino Fundamental

1) Compreender acontecimentos históricos, relações de poder, processos


e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais,
políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes es-
paços para analisar, se posicionar e intervir no mundo contemporâneo.
2) Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando
acontecimentos e processos de transformação à manutenção das
estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como pro-
blematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
3) Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em
relação a documentos, interpretações e contextos históricos espe-
cíficos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a
empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.

HISTÓRIA XXIII

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4) Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos,
culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, se posi-
cionando criticamente com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
5) Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias
no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta
o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.
6) Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos nortea-
dores da produção historiográfica.
7) Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comu-
nicação, de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus
significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Versão Final.
Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2018.

Programação anual de conteúdos


Nas próximas páginas, você encontrará a programação anual* do seu
componente curricular.
O material do Sistema de Ensino do SAE Digital passa por atualizações
constantes ao longo do ano, em todos os livros. Assim, é importante perma-
necer atento para algumas mudanças que vierem a ocorrer nas programações
dos conteúdos.
*No QR Code aqui disposto, apresentamos também uma
proposta de trabalho para os modelos trimestrais.

Rido/Shutterstock

XXIV HISTÓRIA

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 24 09/09/2021 16:46:49


Programação anual de conteúdos – História – 5.o ano
Unidades Capítulos Conteúdos Habilidades Aulas

• Formas de governo
EF05HI02
• Características da forma republicana
1. República • República no tempo
EF05HI04 10
EF05HI05
• República brasileira

• Declaração dos Direitos do


Homem e do Cidadão
• ONU
Livro 1

1. Direitos 2. História dos direitos EF05HI04


humanos • Declaração Universal dos Direitos Humanos EF05HI05 10
humanos • Constituições brasileiras
• Declaração Universal dos
Direitos das Crianças

3. Direitos políticos no • Os direitos políticos EF05HI05


10
Brasil republicano • Conquistas de direitos políticos no Brasil EF05HI06

• Leis antirracistas
• Conquista da liberdade religiosa EF05HI02
1. Igualdade de direitos por afrodescendentes EF05HI04 10
EF05HI05
• Conquistas de direitos por
imigrantes europeus e asiáticos
Livro 2

2. Direitos civis
no Brasil • Da criação da SPI e da Funai aos
2. Lutas indígenas pelos EF05HI04
movimentos indígenas rurais EF05HI05 10
direitos civis • Reservas indígenas

• Luta pelo acesso à terra EF05HI01


EF05HI04
3. Direito à terra • Quilombos EF05HI05 10
• Colônias EF05HI09

• Conquistas dos afrodescendentes EF05HI03


e acesso à educação EF05HI04
1. Direito à educação • Conquistas dos direitos sociais das mulheres EF05HI05 10
EF05HI09
• Educação especial
Livro 3

3. Direitos sociais
• Revolta da Vacina e epidemias EF05HI04
2. Direito à saúde • Santas Casas EF05HI05 10

• Greves operárias EF05HI04


3. Direito ao trabalho • Legislação trabalhista EF05HI05 10

• O que são patrimônios cultural, EF05HI01


EF05HI03
histórico e natural?
1. Patrimônio histórico • O que é patrimônio material e imaterial?
EF05HI07 8
EF05HI09
• ONU e os patrimônios da humanidade EF05HI10

• Patrimônios na história do Brasil


• Coleções imperiais EF05HI06
2. Patrimônios nacionais • Criação do patrimônio nacional EF05HI10 8
• Patrimônio arqueológico no Brasil
Livro 4

4. Direitos
culturais
• Ação do Estado – D. Pedro II,
Vargas, ditadura civil-militar EF05HI07
3. Patrimônios brasileiros • Redemocratização EF05HI09 7
EF05HI10
• Patrimônios culturais e matriz
indígena, europeia e africana

4. Celebrações e saberes • Bens brasileiros no patrimônio mundial EF05HI09


7
da cultura popular • Festas religiosas EF05HI10

HISTÓRIA XXV

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 25 09/09/2021 16:46:49


Anotações

XXVI HISTÓRIA

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 26 09/09/2021 16:46:49


LIVRO 1 Ó R I A
H I S T
5.o ANO

UNIDADE 1 Direitos humanos


CAPÍTULO 1 República................................216
CAPÍTULO 2 História dos direitos humanos....229
CAPÍTULO 3 Direitos políticos no
Brasil republicano.....................242
RiccardoM.,TatyanaD.,LorelynM./Shutterstock

Nagy-Bagoly, Juriah Mosin/Shutterstock

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 215 09/09/2021 16:46:51


U N IDA D E 1 ESCOLA DIGITAL
an os
D ire ito s hu m
O
Objetivos do capítulo UL

1
C A PÍT
• Relembrar o que é uma
constituição.
• Aprender a interpretar
República
trechos de documentos
oficiais, como a
Constituição Federal de
1988. i conhecer a
Neste capít ulo, você va
• Compreender adminis trativa de um
a
o significado da organização política e
do
organização política tema de governo adota
república, que é o sis
e administrativa da
República Federativa do no Brasil.
Brasil.
• Conhecer conceitos
como os de Estado,
formas de Estado
(unitário ou federal),
formas de governo
(monarquia ou
república).

Realidade aumentada
• Cidadania no Brasil
• Executivo, Legislativo e
Judiciário

Encaminhamento
metodológico
Neste capítulo, serão
trabalhadas as habilidades
EF05HI02, EF05HI04 e
Ink Drop, Lyudmyla Kharlamova/Shutterstock

EF05HI05 da BNCC. Com


base nessas habilidades,
espera-se que o aluno, ao CONVERSA VAI...
longo do 5. ano do Ensino
o

Fundamental, seja capaz sta pá gin a. Vo cê


Ob se rve a im ag em de
de identificar os mecanis- ce es sa ba nd eir a. O
qu e
mos de organização do ce rta me nte rec on he
poder político e de com- o pa ís?
ela rep res en ta pa ra
preender a ideia de Estado 216
e/ou de outras formas de
ordenação social (habili-
dade EF05HI02). Ainda se Eles provavelmente reconhecerão que é a bandeira do Brasil. Comente a eles
pretende fazer com que que a bandeira é um símbolo pátrio ou símbolo nacional.
os estudantes associem a
noção de cidadania com o
respeito à diversidade, à
pluralidade e aos direitos
humanos e os compreen-
dam como conquistas
ao longo da história
(habilidades EF05HI04 e
EF05HI05).
Utilize a pergunta da
seção Conversa vai... para
iniciar o trabalho deste
capítulo. Deixe os alunos
livres para a responderem.

216 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 216 09/09/2021 16:47:01


CONVERSA VEM...
L

bo lo de ide nti da de
ba nd eir a do Bra sil foi cri ad a co mo um sím partir de determinadas
A atu al
? fontes de significado que
e sig nif ica ide nti da de
na cio na l. Vo cê sa be o qu são construídas social-
mente, como o gênero,
nacionalidade ou classe
social, e que passam a ser
usadas pelos indivíduos
como plataforma de cons-
trução de sua identidade.”
Identidade cultural. Brasil
escola. Disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/
sociologia/identidade-cultural.
O que é sociedade? htm. Acesso em: 21 ago.
2019.
Há milhares de anos, os seres humanos se relacionam e vivem em grupo.
Participando de um grupo há mais proteção, as pessoas se ajudam em atividades No ícone Atividades em
do dia a dia. Foi assim que as primeiras sociedades humanas se organizaram.
grupo deixe os alunos for-
marem seus próprios gru-
Uma sociedade é composta de um grupo de pessoas ou vários grupos de pes- pos. Esse já é um trabalho
soas que se relacionam entre si, ou seja, convivem em um determinado lugar. Por de perceber a identidade
conviverem próximas umas das outras, essas pessoas desenvolvem características de um grupo, pois os es-
parecidas como hábitos de se vestir, tipos de alimentos que consomem. Essas ca- tudantes se unirão aos co-
legas que possuem maior
racterísticas identificam e criam a identidade de uma sociedade.
afinidade. Ao passearem
Observe em sua escola se existem diferentes grupos de pessoas. Depois ob- pela escola, eles encontra-
serve os elementos que identificam esses grupos. rão uma grande caracte-
rística que a identifica: os
VALE A PENA CONHECER alunos utilizam uniforme.
Há escolas que separam
A autora canadense Valerie Wyatt explica de manei- os segmentos com cores
diferentes de uniforme.
entos

ra simples a organização política e administrativa de um


Melhoram

Outros grupos menores


país. Ainda mostra o passo a passo para que você possa que poderão ser identifi-
construir seu país: primeiro, como implantar uma iden- cados: dos trabalhadores
tidade; segundo, como dirigir um país; e terceiro, como da escola, dos professo-
conhecer seus vizinhos. Quer saber como aplicar esses res, dos praticantes de
esportes como jogadores
passos? Então, não deixe de ler esta obra. de futebol, jogadores
• WYATT, Valerie. Como construir seu país. de vôlei.
Ilustrações de Fred Rix. Tradução de Júlio Andrade
EF22_5_HIS_L1_U1_01

Filho. São Paulo: Melhoramentos, 2013.

HISTÓRIA 217

Encaminhamento metodológico
Conhecer os símbolos nacionais é fundamental para a construção do senti-
mento de pertencimento e respeito de uma nação. Esses elementos (a bandeira,
os hinos, o brasão e o selo) representam a identidade de um país. Pergunte aos
alunos se eles já ouviram expressões como coração é verde e amarelo ou alma
é verde e amarela. Se já ouviram, o que eles entendem com essas expressões?
Essas expressões referem-se ao sentimento nacionalista de amor à nossa pátria,
o Brasil, pois verde e amarelo são nossas cores símbolo.
Após esses questionamentos, retome a pergunta da seção Conversa vem...:
Você sabe o que é “identidade”? Comente com os alunos que:
“O conceito de identidade refere-se a uma parte mais individual do sujeito
social, mas que ainda assim é totalmente dependente do âmbito comum e da
convivência social. De forma geral, entende-se por identidade aquilo que se rela-
ciona com o conjunto de entendimentos que uma pessoa possui sobre si mesma
e sobre tudo aquilo que lhe é significativo. Esse entendimento é construído a

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 217

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 217 09/09/2021 16:47:04


Encaminhamento Direitos e deveres
metodológico Com a organização das primeiras sociedades humanas houve a necessidade
Ao longo do Ensino de criar regras e normas de convivência. Elas estabelecem uma forma de agir que
Fundamental Anos Iniciais, vale para todos e precisa ser aceita por todos, pois ajuda a melhorar o relaciona-
em diversos momentos mento entre as pessoas. Isso significa que na família, na escola, na vizinhança ou
foram trabalhados o que
são direitos e deveres. entre os amigos existem acordos entre as pessoas.
Com o intuito de resga- Nem só de deveres vivem os seres humanos. Nós precisamos ser respeitados,
tar esses conceitos e o precisamos ter liberdade para expor nossas ideias. Assim, ao longo da história as
conhecimento prévio dos pessoas conquistaram direitos.
estudantes, sugere-se a Converse com seus amigos sobre o que são deveres. O que é ter direitos? Os
discussão em sala de aula
das questões propostas no direitos devem ser iguais para todos? Por quê? O que acontece quando em
ícone Oralidade, porque uma sociedade ou em um grupo social apenas poucas pessoas têm direitos e
falar em direitos e deve- outras não têm?
res é falar em cidadania.
Comente com os alunos
que durante milhares O que é política?
e milhares de anos, as
Até o momento você conheceu o que é uma
regras eram estabelecidas

aboikis, serato/Shutterstock
apenas pelo costume, tor- sociedade, como ela se organiza com a definição
nando-se uma tradição a de deveres e a aquisição de direitos. Sabia que
que todos seguiam. Ainda tudo isso faz parte da política?
hoje, há sociedades que Há cerca de 2 300 anos, na Grécia Antiga,
seguem regras estabeleci-
das por tradição. viveu um filósofo chamado Aristóteles. Ele afir-
Contudo, os seres mou que o ser humano é um ser político. Sabe
humanos não sobrevi- por quê? Porque política é a capacidade que os
vem apenas cumprindo seres humanos têm de negociar e se relacionar.
regras. Nós precisamos Para Aristóteles a política é a busca pela convi-
ter benefícios, ter direitos vência em harmonia.
para manter a sociedade
em equilíbrio, caso con-
trário viveríamos em uma GLOSSÁRIO SANZIO, Rafael. Escola de Atenas
(detalhe), 1509. Palazzi Pontifici, Vaticano.
sociedade repressiva e
O pintor representou Aristóteles, filósofo
autoritária. Comente que Harmonia: sem conflito; em paz. que viveu na Grécia Antiga há mais de
a definição dos deveres 2 mil anos.
e a aquisição dos direitos
fazem parte da políti-
ca. Política pode ser um

EF22_5_HIS_L1_U1_01
conceito abstrato para
os alunos. Oriente-os em
raciocínios que partam
das práticas políticas e das 218 HISTÓRIA
instituições. Apresente
algumas situações gover-
namentais como exemplo pessoas específicas. O conceito, como apresentado em Aristóteles, é bastante
de políticas públicas (edu- abrangente. Comente que o ser humano é um ser político e a política é exercida
cação, saúde, justiça), na pelos cidadãos (seres humanos), e para esse exercício é necessário conhecer as
Constituição Federal como leis (política).
reguladora das relações
entre indivíduos, entre
indivíduos e instituições
(empresas) e nas relações
do indivíduo com o Estado
(escolas, postos de saúde,
tribunais etc.).
Evite juízos de valor, ou
“tomar partido”, e atente
para as estruturas e rela-
ções. Ressalte que política
vai além de partidos e

218 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 218 09/09/2021 16:47:08


MÃO NA MASSA alimentação, à educação,
Para viver em harmonia, é necessário haver regras de convivência. As pes- ao lazer, à profissionaliza-
ção, à cultura, à dignida-
soas devem se respeitar, escutar o outro, ajudar quem precisa, colaborar na
de, ao respeito, à liberda-
divisão das tarefas e ser solidárias. Na escola, você também pode fazer polí- de e à convivência familiar
tica. Converse com seus colegas e, em sala de aula, estabeleçam as regras de e comunitária, além de
convivência de sua turma. Elaborem um cartaz bem criativo e o exponham na colocá-los a salvo de toda
sala, para que todos conheçam as regras e as respeitem. forma de negligência,
discriminação, exploração,
violência, crueldade e
opressão.”
O que é Estado? Disponível em:
http://url.sae.digital/CJwJfuf.
O Estado é uma organização política de uma sociedade, localizado em um Acesso em: 5 ago. 2019.

território próprio que é reconhecido por outras sociedades. O Brasil é um Estado Apresente as defini-
formado pela sociedade brasileira. ções de termos como
No Estado existem instituições criadas para auxiliar na administração e no negligência (falta de
controle do que acontece nele. Em um Estado existem regras de convivência
cuidado) e discriminação
(preconceito; tratar mal
importantes para toda a sociedade, estabelecidas em um documento chamado alguém em razão de suas
Constituição. características físicas ou
jeito de ser).

graphic-line/Shutterstock
Constituição é um documento no qual se baseiam todas as leis de um
país. Suas funções são regulamentar a organização política de um
país e estabelecer os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos,
tanto governantes quanto governados.
EF22_5_HIS_L1_U1_01

HISTÓRIA 219

Encaminhamento metodológico
Um conceito que merece um pouco mais de atenção é o de Estado. Um bom
paralelo a se traçar é com as escolas, realizando a atividade da seção Mão na
massa. Diga aos alunos que as regras de convivência, criadas em conjunto na
sala de aula, representam um exercício de política.
Apresente o conceito de constituição e compare as regras de convivência
da turma com a constituição, que é um conjunto de regras de âmbito nacional.
Explique aos alunos que é fundamental não somente saber o que é uma cons-
tituição, mas também conhecer a que rege o nosso país, pois sem acesso aos
nossos direitos como cidadãos não há como defendê-los. Afinal, como exigir algo
que nos é desconhecido?
Faça uma roda de conversa e discuta com os alunos o artigo da atual
Constituição do Brasil que assegura os direitos das crianças:
“Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 219

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 219 09/09/2021 16:47:11


Objeto Digital

Resposta MÃO NA MASSA

1. Resposta pessoal. 1. A Constituição é o principal conjunto de leis de um país. Se é


Apesar de ser uma um documento tão importante para uma sociedade, a Constituição deve
resposta que deve ser ser escrita por um pequeno grupo de pessoas? Deve ser resultado de de-
elaborada com base nas
bates envolvendo toda a sociedade? Qual o risco de ter uma constituição
inferências dos alunos, é
importante que o texto escrita por um pequeno grupo de pessoas?
contenha informações
como: uma Constituição é
elaborada por um grupo
de pessoas, com base em
debates que envolveram
a sociedade ou que a
beneficie. Quando a
Constituição é escrita
por uma pessoa ou por
um grupo pequeno de
pessoas, é arriscado
formular leis autoritárias Ser cidadão
que não beneficiem a
sociedade como um todo. Cidadão é toda pessoa que integra um Estado e possui direitos e deveres po-
líticos, sociais e civis garantidos por lei. Como cada país possui sua própria lei, os
Encaminhamento direitos e deveres podem variar.
metodológico
Para realizar a ativi-
Praticar a cidadania
dade proposta na seção O cidadão exerce a cidadania. Para esse
Mão na massa e facilitar a exercício, é necessário conhecer seus direitos e GLOSSÁRIO
compreensão da temática deveres. O respeito é uma característica funda-
sobre política e conceito Exercer: pôr em prática.
de Constituição, sugere-se mental para a prática da política e da cidadania.
uma atividade com os alu- Sabe quando você toma uma vacina? Então, essa é uma forma de exercer cidada-
nos. Pergunte se alguém na nia. “Tomar a vacina” é tanto um direito quanto um dever. O direito de ter acesso
turma mora em um condo- à saúde e o dever de cuidar de si mesmo para não transmitir doenças aos outros.
mínio. Nesse condomínio
há regras? Todos precisam
cumprir essas regras? Será
Lyu
dm

que todos os moradores


yla
Kh
arla

cumprem essas regras?


mo
va/

O que acontece quando


huS
tte

algum morador deixa de


rst
oc
k

cumprir alguma regra? Com


base nas respostas do(s)
aluno(s) explique para man- 220 HISTÓRIA
ter a ordem no condomínio
existe um administrador,
geralmente um síndico ou e serem votados é uma liberdade política criada com a Constituição de 1988,
uma síndica. As situações elaborada logo após o período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985).
que ocorrem no condomí-
nio são debates em uma Ao longo do livro, serão apresentados diferentes momentos da história do
reunião com os moradores. Brasil e como os direitos e os deveres dos brasileiros passaram por alterações.
Um exemplo de conquista de direito civil que pode ser citado é o direito ao voto
Explique aos alunos para as mulheres. No último capítulo desta unidade, há uma discussão mais
que a cidadania é um di- extensa sobre esse tema.
reito conquistado. Isso sig-
nifica que, para o governo Orientação para RA
oficializar os direitos e de-
veres dos cidadãos, estes Esta Realidade aumentada apresenta a história da cidadania na república
precisaram reivindicá-los, brasileira. Retome as características da cidadania no governo republicano atual:
como o direito ao voto. Teria sido sempre assim? Destaque as diferenças entre cada etapa da história da
A compreensão de que República do Brasil e a atualidade: todos os habitantes sempre foram considerados
todos os brasileiros são ci- cidadãos? O que foi necessário para ter direito ao voto no início da república, e o
dadãos passíveis de votar que é necessário atualmente para votar? A população sempre pôde escolher seu
representante? A república brasileira sempre zelou pelos direitos humanos?

220 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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DE OLHO NO LOCAL
éticos, democráticos,
Agora que você já sabe o que é ser um cidadão, vamos praticar a cidada- inclusivos, sustentáveis e
nia? Observe os arredores de sua casa ou de sua escola. Há algum problema
solidários.”
BRASIL. Ministério da
na região? Existe alguma situação ou local que pode ser melhorado? Em uma Educação. Base Nacional
Comum Curricular (BNCC).
folha, registre por meio de desenho, colagem ou texto uma sugestão de atitu- Brasília: MEC/CONSED/
de cidadã que pode ser realizada nesses espaços. UNDIME, 2018. Disponível em:
http://url.sae.digital/AU7kfM6.
Acesso em: 22 ago. 2019. p. 9-10.

Formas de governo Sugestão de atividade


Para Aristóteles, governos puros seriam aque- As crianças são cida-
GLOSSÁRIO dãos em formação. Por
les em que os governantes agem com justiça e as isso, é fundamental que
pessoas vivem com dignidade, pois os direitos de Dignidade: virtude; compreendam valores
todos são respeitados. Já os governos impuros se- honra; respeito aos éticos e tenham noções do
riam todos aqueles em que os governantes não próprios sentimentos. que é política. Afinal, es-
tamos em uma sociedade
agem de acordo com as leis e não asseguram os Assegurar: garantir. de informação, e a infor-
direitos das pessoas. mação está em toda parte
A corrupção é um jeito de corromper um governo. Chama-se corrupta a pes- e em diferentes suportes
soa que age com o intuito de se beneficiar de algo ou de alguém. e meios de comunicação,
como jornais e revistas im-
pressos, televisão e mídias
VALE A PENA CONHECER sociais digitais. As crian-
ças não estão à margem
A cidade de Egolândia é pequena e fica muito lon- dessa realidade. Direta ou

Salamandra
ge. Contudo, só é pequena no tamanho, porque é gran-
indiretamente, elas rece-
bem informações. Nesse
de na quantidade de “rabos presos”. Não sabe o que sentido, os professores são
significa “rabo preso”? Então, leia esta obra de Ruth pessoas importantes no
Rocha: processo de formação des-
ses pequenos cidadãos.
• ROCHA, Ruth. Uma história de rabos presos. Diante do cenário polí-
São Paulo: Salamandra, 2012. tico atual, a Controladoria-
Geral da União (CGU)
Com essa obra, você também vai compreender a iniciou a campanha
política e a corrupção. Pequenas Corrupções –
Diga não! É quase senso
comum o entendimento
de corrupção como crime
político e desvio de di-
nheiro público. Entretanto,
há pequenas atitudes do
HISTÓRIA 221
cotidiano que também são
corruptíveis (por exemplo,
fazer “gato” para acessar
TVs por assinatura é uma
Encaminhamento metodológico forma de corrupção). São
Na seção De olho no local, o aluno é instigado a exercer a cidadania. Ele pode pequenas atitudes que as
sugerir, por exemplo, a coleta seletiva de lixo ou a realização de campanha de crianças podem trabalhar
para harmonizar o convívio
doação de brinquedos para alguma instituição perto da própria residência ou em sociedade: não colar
perto da escola. Enfim, são atitudes simples, mas que asseguram o respeito e a na prova, não furar fila na
harmonia no convívio entre as pessoas. cantina ou em caixas de
Essa atividade tem como fundamento as competências gerais da educação supermercado etc. Mostre
básica preconizadas pela BNCC. a eles que não é bom tirar
“7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para vantagem de alguém ou
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que de algo. Os materiais da
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o campanha estão no portal
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento da CGU, disponível em:
ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. http://url.sae.digital/M1ai50d.
[...] Acesso em: 5 ago. 2019.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibi-
lidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 221

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COM A LUPA NA MÃO
Resposta
1. Os olhos estão Vimos que, desde a Grécia Antiga, os filósofos colocam a justiça como
vendados, ela segura uma uma característica importante para um bom governo.
espada em uma de suas Você já viu como a justiça é representada? Ela aparece como uma deusa
mãos e há uma balança na relacionada à cultura da Grécia e da Roma Antiga.
outra mão.
2. A venda nos olhos A Justiça é associada a figuras femininas

Billion Photos/Shutterstock
da justiça simboliza a desde a Antiguidade. A deusa egípcia Maat
imparcialidade. Para (cujo nome deu origem à palavra “magistrado”)
ser uma pessoa justa,
não se pode beneficiar muitas vezes era retratada com uma espada na
alguém por ser conhecido, mão. Na Grécia, o papel cabia a Têmis, que já
amigo ou integrante da trazia uma balança na mão direita. Em sua ver-
família. A balança indica são romana, batizada Justitia, a mesma deusa
equilíbrio na decisão. Para
ser uma pessoa justa, passou a trazer também a espada e a venda
devem ser analisados os nos olhos. Para completar, a balança e a espa-
argumentos contra e a da também são instrumentos de São Miguel,
favor. A espada mostra
como a justiça é forte. Para o arcanjo justiceiro, que apesar de já fazer parte da tradição judaica
ser uma pessoa justa, é passou a ser retratado assim nos primeiros séculos do cristianismo.
necessário ser firme em
seus valores éticos e em Disponível em: http://url.sae.digital/GaI6bQh. Acesso em: 5 ago. 2019.

suas responsabilidades, 1. Observe a imagem. Trata-se de uma escultura que representa a justiça.
porque há casos em que
a justiça deve ser imposta Identifique e escreva os elementos existentes nessa representação.
e, por isso, nem sempre
consegue agradar aos dois
lados.

2. Realize uma breve pesquisa e descubra o significado dos elementos repre-


sentados na imagem.

EF22_5_HIS_L1_U1_01
222 HISTÓRIA

222 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 222 09/09/2021 16:47:14


Objeto Digital

Divisão do poder
Para governar e administrar um Estado de forma justa, geral-
mente a organização política é dividida em três poderes: Executivo,
Legislativo e Judiciário.
No Brasil nós temos essa divisão de poderes. Vamos conhecer as características?

Poder Características
• Tem a função de administrar as coisas públicas e aprovar ou
não as leis elaboradas pelo Poder Legislativo.

Executivo
• É exercido por uma pessoa, que pode ser um presidente ou um
monarca.
• É o poder Executivo que executa as leis propostas pelo
Legislativo.
• Tem a função de propor e elaborar as leis, que devem ser apro-
vadas pelo Poder Executivo.
Legislativo
• É exercido pelas assembleias, que são formadas por represen-
tantes eleitos pelos cidadãos (Deputados e Senadores).
• Tem a função de julgar as ações ou situações que não estão de
acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo e aprova-
Judiciário
das pelo Poder Executivo.
• É exercido pelos juízes e pelas cortes de justiça.

CONHEÇA QUEM É
aboikis, ArtMechanic/W.Commons

Barão Montesquieu (1689-1755) nasceu


na França. Estudou as obras de Aristóteles e
de Cícero, pensou em uma forma de dividir o
poder político. No ano de 1748, Montesquieu
publicou o livro O espírito das leis. Nessa obra,
ele apresentou a ideia da divisão dos três po-
deres: Executivo, Legislativo e Judiciário. Dessa
forma, o governo estaria impedido de se tornar DESCONHECIDO. Retrato de
Montesquieu. 1728. Óleo sobre tela,
abusivo, corrupto, injusto e desonesto.
EF22_5_HIS_L1_U1_01
EF22_5_HIS_L1_U1_01

63 cm x 52 cm. Palácio de Versalhes,


Versalhes (França).

HISTÓRIA 223

Encaminhamento metodológico
Enfatize aos alunos que as ideias de Aristóteles e Cícero, filósofos da
Antiguidade, são estudadas até os dias atuais, da mesma forma que o pen-
samento de Montesquieu. Todas essas teorias servem como base para o de-
senvolvimento da política atual em diferentes países do mundo. Comente
também que a divisão dos três poderes pode acontecer em outras formas de
governo, como a monarquia. Durante o período imperial (1822-1889), vigorou
a Constituição de 1824, a primeira Constituição do Brasil. Nesse documento, o
imperador D. Pedro I dividiu os poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário. Para
garantir seu domínio político sobre os outros poderes, criou também o Poder
Moderador, extinto quando houve a proclamação da República.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 223

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 223 09/09/2021 16:47:15


Encaminhamento Império brasileiro
metodológico No dia 7 de setembro de 1822, o Brasil se tornou independente de Portugal.
Deixou de ser uma colônia governada pelo reino português e passou a ser um
O governo de D. Pedro
II foi o mais longo da his- Estado nacional, que significa ter um governo próprio.
tória do Brasil. Ele gover- Após a Independência, o Brasil adotou a monarquia como forma de governo.
nou de 1840 a 1889. Seu D. Pedro I foi o monarca: o imperador. Também houve a elaboração de uma
governo era uma monar- Constituição, em 1824. O poder foi dividido em:
quia parlamentarista, sis-
tema de governo em que,
Executivo Legislativo Judiciário Moderador
além do rei ou imperador,
havia também um pri- Formado por Exercido pelo
meiro-ministro. Ocorriam Exercido pelo duas câmaras: a Exercido pelos imperador, que
eleições para deputados,
mas muitas vezes eram imperador. dos senadores e juízes. controlava os
fraudadas. a dos deputados. outros poderes.

Dica para ampliar A Constituição imposta pelo imperador, só os


o trabalho homens eram eleitores e eleitos, desde que ti-
vessem determinada renda. Isso significa que a GLOSSÁRIO
“Para os padrões da
época, a Constituição de maioria dos cidadãos brasileiros não tinha direito Renda: riqueza; quan-
1824 [...] foi avançada: político. Os homens mais pobres, as mulheres e tia em dinheiro.
podiam votar todos os ho- os escravizados não podiam votar nem ser vota-
mens a partir de 25 anos,
com renda mínima anual dos, ou seja, não podiam participar da política.
de 100 mil réis. Os libertos
votavam nas eleições pri-

Picasa 2.7, VAndreas/Shutterstock/ François-René Moreau/W.Commons


márias, e o critério de ren-
da acabava por não excluir
do direito ao voto a maior
parte da população pobre,
uma vez que a maioria dos
trabalhadores ganhava
mais de 100 mil réis por
ano. Por fim, analfabetos
também tinham direito
a voto. Essa Constituição
continuou a vigorar até D. Pedro I, imperador D. Pedro II, imperador
o fim da monarquia, e os do Brasil (1822-1831). do Brasil (1840-1889).
dados apontam para um CALIXTO, Benedito. Retrato de D. Pedro I.
1902. Óleo sobre tela, 140 cm x 100 cm.
Museu Paulista, USP, São Paulo (Brasil).
MOREAUX, François-René. Família imperial
(detalhe). 1857. Óleo sobre tela, color.,

cenário interessante: antes


64 cm x 83 cm. Museu Imperial do Brasil.

EF22_5_HIS_L1_U1_01
de 1811, 50% da popu-
lação masculina adulta
votava, o que equivalia a
13% da população total. 224 HISTÓRIA
Para dar uma ideia, em tor-
no de 1870, a população
votante na Inglaterra ficava
em torno de 7%; na Itália, imagens representa um dos três poderes que formam o governo brasileiro atual.
2%; em Portugal, 9%; na Peça a eles que façam a associação entre imagem e poder. Explique o sentido
Holanda, 2,5%; nos EUA, das imagens e, em seguida, proponha aos alunos uma pesquisa para conhece-
18%. Sufrágio universal rem quem é o representante de cada poder em sua região. Por exemplo: conhe-
masculino existia apenas cer os representantes do Poder Executivo nos âmbitos municipal (o prefeito de
na França e Suíça.” sua cidade), estadual (o governador de seu estado) e federal (o presidente do
SCHWARCZ, Lilia; STARLING, Brasil). Você pode ampliar a pesquisa incluindo o nome do respectivo vice (pre-
Heloisa. Brasil: uma biografia. feito, governador e presidente), além de citar o nome de dois vereadores.
São Paulo: Companhia das
Letras, 2015. p. 235.
Enfatize que as três instâncias (Executivo, Legislativo e Judiciário) possuem
poderes iguais e atribuições diferentes. Isso significa que o presidente não é
mais poderoso ou mais importante que o Congresso.
Orientação para RA
Na atividade proposta
nesta Realidade aumen-
tada, explique aos alu-
nos que cada uma das

224 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 224 09/09/2021 16:47:18


República
Vimos que na Grécia Antiga, um bom governo é aquele em que os cidadãos
possuem seus direitos políticos e sociais assegurados. Um bom governo permite
a participação de todos os cidadãos na administração dos bens públicos, ou seja,
todos aqueles bens que são de uso comum a todos. Essa forma de governo é cha-
mada república.

A palavra república é originária do latim, língua oficial da civilização roma-


na na Antiguidade. É formada pela união das palavras:
res + publicae = coisa + pública.

Vocês já decidiram algo coletivamente? Dentro da sala de aula, ou com outros


colegas? A república funciona de maneira parecida. Por meio de nossa participa-
ção política, nas eleições e no cotidiano, ela se baseia na vontade de cada um,
somada, para tomar decisões e garantir que todos sejamos ouvidos. Ela é a forma
de governo que administra todas as coisas que são de uso comum, para que todos
vivam com dignidade. Outra característica da república é o fato de os cidadãos
escolherem seus representantes entre si. Isso significa que todo cidadão pode se
candidatar a um cargo político. Caso receba maior número de votos, a pessoa é
eleita. E cada governo possui tempo determinado por lei.
I'm friday/Shutterstock
EF22_5_HIS_L1_U1_01
EF22_5_HIS_L1_U1_01

HISTÓRIA 225

Encaminhamento metodológico
Comente que em época de eleição, é importante conhecer o histórico dos
candidatos para não ser enganado por promessas que nunca serão realizadas.
Esses políticos que enganam os cidadãos realizam os governos impuros, na con-
cepção de Aristóteles.
Em tempos de rápido e fácil acesso à internet, os cidadãos podem ser ludi-
briados pelas fake news (notícias falsas). Converse com os alunos a respeito da
importância de não acreditarem em tudo o que está escrito na internet. Ao rea-
lizarem pesquisas em sites de busca, é necessário procurar páginas confiáveis,
pois elas geralmente apresentam conteúdos de boa qualidade.
Sobre a segurança na internet, acesse a página do Comitê Gestor da Internet
no Brasil. Se possível, faça o download da Revista.br.
• http://url.sae.digital/Re5lo0J.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 225

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 225 09/09/2021 16:47:20


Encaminhamento República brasileira
metodológico A Proclamação da República no Brasil aconteceu em 15 de novembro de 1889.
A primeira Constituição republicana é de 1891. Com esse documento, houve a
“A experiência republi-
extinção do Poder Moderador. Entretanto, permaneceram os poderes Executivo,
cana no Brasil iniciou-se
com um golpe militar, Legislativo e Judiciário. O primeiro presidente do Brasil foi o marechal Deodoro da
em 15 de novembro de Fonseca, um militar.
1889, e com baixa ade- As pessoas mais pobres não participaram desse processo. Quando foi pro-
são popular. A população clamada a República no Brasil, a maioria das pessoas não pôde participar da vida
mais pobre não participou
do início da República, política, pois os analfabetos não podiam votar. Se aproximadamente metade da
pois todo o movimento população era de mulheres e a maior parte dos homens era analfabeta, pode-
foi essencialmente mili- -se afirmar que nesse período pouquíssimas pessoas participavam da política
tar, recebendo o apoio brasileira.
de uma parcela da elite

R.M. Nunes/Shutterstock
brasileira. Entretanto, essa
baixa adesão popular não
significou a ausência de
Patricia dos Santos/Shutterstock

discussões públicas entre


intelectuais em jornais e
panfletos, ressaltando a
necessidade de mudança
política. O império, no
final da década de 1880,
era associado a uma O edifício do Palácio do Planalto é a sede
forma de governo que não do Poder Executivo nacional. A escultura Os
candangos é uma homenagem aos trabalhadores
representava o progresso O edifício do Supremo Tribunal Fede
ral é da construção civil que construíram Brasília e
.
idealizado pelos militares, a sede do Poder Judiciário brasileiro receberam o apelido de candangos.
representando o oposto:
governo associado à es-
cravidão e aos desmandos
de um monarca velho e
cansado, incapaz de lide-
rar a nação.
Há várias instituições Giancarlo Liguori/Shutterstock

no Brasil que participam


da administração do país,
como o Supremo Tribunal
Federal. Essas instituições O edifício do Congresso Nacional é a
possuem representantes sede do Poder Legislativo do Brasil.
e estes são autoridades

EF22_5_HIS_L1_U1_01
políticas e administrativas
responsáveis por oficiali-
zar leis, decretos e até o
nome do nosso país. 226 HISTÓRIA

226 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 226 09/09/2021 16:47:21


Divisão política e administrativa do Brasil
Oficialmente, na Constituição de 1891, o Brasil foi chamado República dos
Estados Unidos do Brasil. Desde a Constituição de 1967 até hoje somos a República
Federativa do Brasil. Na Constituição de 1988, está definida a organização política
e administrativa do Brasil. Leia o artigo 18 da Constituição Federal.

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa


do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Disponível em: http://url.sae.digital/uT1IyeJ. Acesso em: 5 ago. 2019.

O texto da Constituição explica que o território brasileiro está dividido em


estados, municípios e o Distrito Federal. Os estados são as unidades federativas.
O Distrito Federal também é uma unidade federativa e compreende a capital na-
cional, a cidade de Brasília.

DE OLHO NO LOCAL
Você viu que dividimos a administração do país em Federal, Estadual e
Municipal. Com a ajuda de um adulto, pesquise os nomes dos representantes
do Poder Executivo de sua região e complete o esquema a seguir.

Federal
Presidente
Vice-presidente

Estadual
Governador
Vice-governador

Municipal
Prefeito
Vice-prefeito
EF22_5_HIS_L1_U1_01
EF22_5_HIS_L1_U1_01

HISTÓRIA 227

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 227

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 227 09/09/2021 16:47:22


MÃO NA MASSA
Resposta
1. É a capacidade de as 1. O que é política?
pessoas negociarem e se
relacionarem.
2. Uma forma de
governo é pura quando o
governante zela pelo bem
do povo. Ao corromper
essa forma de governo, 2. Escreva as diferenças entre as formas de governo consideradas puras e
ou seja, pensar em seu impuras.
próprio bem, o governo
torna-se impuro.
3. B, A, C, A, C.
4.
a) Errada. Em uma
monarquia o governo é
exercido por um monarca 3. Relacione as colunas de acordo com as características dos poderes.
que pode ser um rei, uma a) Legislativo
rainha, um imperador ou Encarregado da justiça.
uma imperatriz. b) Judiciário
Responsável por elaborar as leis.
b) Correta. c) Executivo
c) Errada. A corrupção é Poder que tem a responsabilidade de
uma forma de corromper administrar as coisas públicas.
um bom governo.
Exercido por assembleias formadas por
d) Errada. No Brasil, a
primeira Constituição representantes eleitos pelos cidadãos.
foi elaborada em 1824, Exercido por uma pessoa, que pode ser
durante o Império.
um presidente ou um monarca.
4. Marque com um X a alternativa correta. Depois, em seu caderno, escreva
as frases corrigindo o que está errado.
a) A Monarquia o governo é exercido pelo presidente.
b) Durante o Império no Brasil o imperador exercia o Poder Moderador
e o Poder Executivo.
c) A corrupção é uma forma natural de governo.

EF22_5_HIS_L1_U1_01
d) No Brasil, a Constituição só existe a partir da República.

228 HISTÓRIA

228 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 228 09/09/2021 16:47:23


U N IDA D E 1 ESCOLA DIGITAL
an os
D ire ito s hu m
O
UL Encaminhamento

História dos anos


2
C A PÍT

metodológico

direitos hum
Neste capítulo, serão
trabalhadas as habilidades
EF05HI04 e EF05HI05 da
BNCC para que, ao longo
do ano, o aluno seja capaz
de associar a noção de ci-
dadania com os princípios
va i co nh ec er o qu e
Ne ste ca pít ulo, vo cê de respeito à diversidade,
no s e as lei s qu e os à pluralidade e aos direitos
sã o os dir eit os hu ma humanos. Além disso, ele
e no Bra sil.
de fen de m no mu nd o terá subsídios para asso-
ciar o conceito de cidada-
nia à conquista de direitos
dos povos e das socieda-
des, compreendendo-o
como conquista histórica.

Iakov Kalinin/Shutterstock
“Uma imagem fala
mais que mil palavras”.
Essa frase, quase senso
comum na sociedade
contemporânea, faz
parte do exercício da
seção Conversa vai....
Riccardo M., Tatyana D., Lorelyn M./Shutterstock

Desenvolva com os alunos


a capacidade de leitura
de textos não verbais, ou
Nagy-Bagoly, Juriah Mosin/Shutterstock
seja, leitura de imagens.
As imagens mostram
mãos em comunhão,
atitudes de auxílio e de
amparo.
Na pergunta, aponte
que todos temos direi-
tos, porém são direitos
CONVERSA VAI... diferentes. As crianças
têm mais direitos que os
Qu ais sã o ele s?
To do s tem os dir eit os! adultos, pois entendemos
igu ais ao s do s que elas precisam de
Os se us dir eit os sã o mais proteção e cuidado.
se us co leg as? A mesma coisa com os
229 idosos, que têm direitos
diferentes por precisar de
mais proteção.
Objetivos do capítulo
• Conhecer a origem da defesa dos direitos humanos.
• Conhecer a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789.
• Saber sobre a criação e a importância da Organização das Nações Unidas
(ONU).
• Relacionar os avanços das leis ocorridos na história do Brasil no que diz
respeito aos direitos humanos com base nas constituições brasileiras de 1824,
1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988.
• Compreender a Declaração Universal dos Direitos das Crianças.
• Conhecer e compreender o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Realidade aumentada
• Leis brasileiras
• Estatuto da Criança e do Adolescente

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 229

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 229 09/09/2021 16:47:31


Encaminhamento
CONVERSA VEM...
metodológico os
ex ist em alg un s dir eit
Os direitos humanos s e cri an ça s têm dir eit os dif ere nte s, ma s
Ido so a
os? E o qu e ele s têm
estão presentes em nosso tod as as pe sso as . Qu ais sã o es se s dir eit
dia a dia, em nossas ati- igu ais pa ra
ve res?
tudes no convívio social. ve r co m os no sso s de
Trabalhar os direitos
humanos é exercitar a
empatia, a capacidade de
nos colocarmos no lugar
do outro e de realizar-
mos ações de auxílio e
compreensão da situação
ou condição de outras
pessoas. Ainda que este
material apresente alguns O que são direitos humanos?
conceitos e norteie as
ações que propiciam a Os direitos e deveres de todos os cidadãos estão intima-
convivência digna, o res- mente relacionados, pois, a cada vez que uma pessoa não
peito à pessoa humana se cumpre com seus deveres, ela pode desrespeitar o direi-
dará, de fato, no convívio to de outra pessoa. Que tal pensar nisso em relação à
dos alunos uns com os
outros e na intervenção sua sala de aula?
pontual feita por você, Afinal, os direitos humanos são apenas os prin-
professor. cípios básicos de uma convivência digna e livre para
O professor é um que todas as pessoas possam viver bem. Há várias
mediador de conflitos em leis, no mundo e no Brasil, criadas para defender esses
sala de aula. É importante
que, ao presenciar uma si- direitos. Nessas diferentes leis, existe um artigo que é
tuação de desrespeito en- igual em todas elas: todos são iguais perante a lei, sem
tre colegas, você faça uma distinção de cor, nacionalidade ou religião.
intervenção e, com diá-
logo, esclareça a situação Direito natural
somente com os alunos
envolvidos. Dessa forma, Atualmente, os direitos humanos são compreendidos
Riccardo M., Tatyana D., Lorelyn M./Shutterstock

conquistará a confiança como direitos naturais de cada pessoa humana.


e o respeito dos alunos e Direito natural é aquele que nasce com a gente. Ou seja, é
eles terão a oportunida- naturalmente nosso e ninguém pode nos tirar, não importa o que
de de refletir sobre suas aconteça. Nós, como seres humanos que somos, temos necessida-
ações e sobre as conse-

EF22_5_HIS_L1_U1_02
quências que elas podem des de comer, de dormir, de estarmos protegidos das mudanças
gerar. Nessas situações,
é importante também
orientar o aluno quanto 230 HISTÓRIA
aos seus sentimentos e à
forma de expressá-los.
Com relação ao concei- onde nascemos, do tom de nossa pele, da religião que praticamos ou de possuir-
to de dignidade da pessoa mos alguma dificuldade física ou mental.
humana, é possível que
cause estranhamento ao
aluno. Contudo, é utiliza-
do em documentos sobre
os direitos humanos e
está inclusive em nossa
Constituição. Seu conceito
é amplo e complexo para
os alunos dessa faixa etá-
ria. Por isso, o significado
foi simplificado e tratamos
disso a partir do respeito
de sermos quem somos,
independentemente de

230 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 230 09/09/2021 16:47:32


climáticas (chuva, frio, calor) em uma moradia, de ter saúde, trabalho e educação.
Contudo, nem todos
Também temos direito a viver com dignidade, ou seja, somos livres e merecemos
os demais membros da
ser respeitados pelo que somos. sociedade se conforma-
Todos esses direitos não dependem de onde nascemos, nem do tom de nossa vam com essa situação.
pele, nem da religião que praticamos ou de possuirmos alguma dificuldade física Ao contrário, lutavam com
ou mental. Essa consciência e esse conceito sobre direitos são fatos recentes. o objetivo de acabar com
esses privilégios ou pelos
Nem sempre foi assim. menos diminuir as dife-
História da conquista de direitos renças entres as pessoas.
Por isso é que dizemos
Apesar de serem direitos naturais de todas as pessoas, os direitos humanos que as conquistas por
foram conquistados e são resultado de disputas e relações de poder. Ao longo da direitos e pela cidadania
história da humanidade, ocorreram, e ainda ocorrem, vários casos de desrespeito foi uma longa e árdua luta,
às pessoas. Geralmente isso acontece quando os governantes se consideram do- da qual participaram mi-
lhares de pessoas. Foram
nos do poder. Um exemplo dessa atitude está na história da França e foi uma das elas que possibilitaram
causas da Revolução Francesa de 1789. que hoje a maior parte
dos países reconheçam
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão os chamados Direitos
O rei Luís XVI governou a França entre 1774 e 1792. Ele pouco fazia para Humanos.
ajudar seu povo, que estava passando fome e praticamente não podia participar
Dica para ampliar
das decisões políticas do reino. Contudo, as pessoas tinham o dever de honrar
o trabalho
seu governante. Por isso, homens e mulheres lutaram contra o poder do rei. Eles
queriam melhores condições de vida e de trabalho, além de participar da política Segundo Jaime Pinsky:
francesa, acabar com a monarquia e proclamar a república. “A cidadania instaura-
No ano de 1789, em meio à luta do povo francês por seus direitos, foi elabo- -se a partir dos processos
de lutas que culmina-
rada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Esse ram na Independência
documento tratava da cidadania. Naquela época, ser cidadão dos Estados Unidos da
significava ser livre e igual em direitos. Contudo, cidadãos eram América do Norte e na
os homens com mais de 21 anos que pudessem comprovar lansvi
Revolução Francesa. Esses
sua riqueza. Mesmo tendo lutado na revolução ao lado
sio
n/
dois eventos romperam
Sh

o princípio de legitimida-
utt
ersto

dos homens, as mulheres permaneceram excluí- de que vigia até então,


ck

das, principalmente da política. baseado nos deveres dos


O que você pensa sobre estabelecer o direi- súditos, e passaram a
to de cidadania apenas a quem ganhar uma estruturá-lo a partir dos
renda elevada? Será que uma pessoa pobre
direitos do cidadão. Desse
Quando um governante se acha dono
momento em diante
não tem interesses e não deve ter o direitos so- todos os tipos de luta
EF22_5_HIS_L1_U1_02
EF22_5_HIS_L1_U1_02

do poder, ele só pensa em seu próprio


ciais e políticos? benefício e daqueles que lhe são próximos, foram travados para que
ignorando as necessidades de seu povo.
se ampliassem o conceito
e a prática de cidadania
HISTÓRIA 231 e o mundo ocidental os
estendesse para mulhe-
res, crianças, minorias
Encaminhamento metodológico nacionais, étnicas, sexuais,
etárias. Nesse sentido
No contexto da Revolução Francesa de 1789, o objetivo de acabar com a pode-se afirmar que, na
monarquia está relacionado às formas puras e impuras de governo pensadas sua acepção mais ampla,
por Aristóteles. A monarquia é uma forma pura de governo. Contudo, quando cidadania é a expressão
ela é corrompida, ou seja, quando o governante pensa somente em seu próprio concreta do exercício da
benefício e não trabalha para o bem da população, transforma-se em um gover- democracia.”
no impuro. Na França revolucionária, tratava-se de uma monarquia absolutista, PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla
centralizadora do poder, e que mantinha o povo como súditos responsáveis pela Bassanezi (org.). História da
manutenção do luxo da nobreza. Cidadania. 3. ed. São Paulo:
No ícone Oralidade discuta com os alunos o que é ter privilégio e retome Contexto, 2005. p. 10.
o debate sobre o que são direitos e deveres. Comente a ideia de que durante
grande parte da história, os grupos privilegiados pensavam em assegurar, por
meio de seus governantes, todos os privilégios possíveis. Assim, muitos reis
governavam para atender aquelas pessoas que viviam em seu entorno e faziam
parte de um grupo que se considerava especial, diferente, “de sangue azul”.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 231

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 231 09/09/2021 16:47:33


COM A LUPA NA MÃO
Encaminhamento

Andy Lidstone/Shutterstock
metodológico Para deixar registradas todas as decisões
A elaboração da que deveriam beneficiar a população, os revo-
Declaração dos Direitos do lucionários franceses criaram a Declaração dos
Homem e do Cidadão, em Direitos do Homem e do Cidadão, no dia 26 de
1789, transformou o ho- agosto de 1789. Esse documento promovia va-
mem comum em cidadão, lores de liberdade, de igualdade e de fraterni-
cujos direitos civis lhe são
garantidos por lei [...]. dade. Leia os artigos.
O artigo primeiro da Selo postal francês criado
Declaração estabelece que Art. 1º – Os homens nascem e são em 2002 para homenagear a
Revolução Francesa. Nele aparece
“os homens nascem e per- livres e iguais em direitos. As distinções o lema dos revolucionários:
manecem livres e iguais liberdade, igualdade e
em direitos”, tais direitos sociais só podem fundamentar-se na fraternidade.

são naturais e imprescrití- utilidade comum.


veis e cabe a toda e qual- [...] GLOSSÁRIO
quer associação política Art. 4º – A liberdade consiste em
sua defesa e sua conserva- Valores: qualidades
poder fazer tudo que não prejudique o
ção. Esses direitos con- humanas intelectual ou
sistem na liberdade, no próximo. Assim, o exercício dos direitos
moral que despertam
direito à propriedade, na naturais de cada homem não tem por li-
respeito.
segurança e na resistência mites senão aqueles que asseguram aos
à opressão. Fraternidade: amor ao
outros membros da sociedade o gozo
O novo homem que a próximo; união entre
dos mesmos direitos. Estes limites ape-
partir disso nasce é intrin- pessoas que lutam pe-
secamente um cidadão, nas podem ser determinados pela lei.
las mesmas causas.
cuja liberdade deve estar DECLARAÇÃO dos Direitos do Homem e do Cidadão. 1789. Gozo: fazer uso de algo,
também assegurada, en- Disponível em: http://url.sae.digital/cOKZPzf
tendendo-se a liberdade Acesso em: 5 ago. 2019. usufruir de algo.
como o “direito de fazer
tudo o que não prejudique Podemos dizer que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão era
os outros” (artigo 4). [...]. válida para todas as pessoas? Explique sua resposta.
Contudo, a Declaração
não se restringe a asse-
gurar os direitos civis do
cidadão, ela estabelece
também seus limites. Se
ao cidadão é assegurado
o direito de falar e escre-

EF22_5_HIS_L1_U1_02
ver, imprimir e publicar,
não lhe cabe o direito de
ofender ou desobedecer
ao que é normatizado pela 232 HISTÓRIA
lei. E esta é, sem dúvida,
uma restrição bastante
ponderável, pois coloca a
lei acima dos direitos de • http://url.sae.digital/cOKZPzf. Acesso em: 5 ago. 2019.
cidadania, tão recente-
mente alcançados.” Resposta
ODALIA, Nilo. A liberdade
como meta coletiva. In: Não. Somente os homens conquistaram o direito de participar da política. As
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla mulheres não puderam usufruir desses direitos, e mesmo entre os homens,
Bassanezi (org.). História da aqueles que fossem desprovidos de riqueza também eram excluídos.
Cidadania. 3. ed. São Paulo:
Contexto, 2005. p. 166-167.

Dica para ampliar


o trabalho
A íntegra do texto da
Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão está
disponível em:

232 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 232 09/09/2021 16:47:34


Everett Historical/Shutterstock

ONU e a Declaração dos [...] Frisa-se que, além


Direitos do Homem e do da função de proteger
o homem de eventuais
Cidadão arbitrariedades cometi-
A Declaração dos Direitos do Homem e das pelo Poder Público,
do Cidadão não atingiu todas as pessoas em os direitos fundamentais
também se prestam a
1789. Contudo, foi um documento muito im- compelir o Estado a tomar
portante, pois apresentou as primeiras defi- Soldados franceses utilizando fogo para um conjunto de medidas
atacar seus inimigos em uma batalha
nições de direitos humanos e serviu de base Alemanha, em 1915.
na que impliquem melhorias
para outros documentos recentes, como a nas condições sociais dos
Declaração Universal dos Direitos Humanos Shutterstock
cidadãos. [...] buscando
Everett Historical/
resguardar o homem na
de 1948. sua liberdade (direitos in-
dividuais), nas suas neces-
Organização das Nações Unidas sidades (direitos sociais,
(ONU) econômicos e culturais)
e na sua preservação
Há alguns anos ocorreram dois conflitos (direitos relacionados à
que afetaram a vida de pessoas no mundo fraternidade e à solidarie-
inteiro. Foram duas guerras tão grandes e dade) [...].
longas que receberam o nome de Primeira struída
Para um melhor en-
l da Alemanha, de tendimento, repisamos,
Guerra Mundial (1914-1918) e Segunda Berlim, atual capitadurante a Segunda Guerra
por bombardeios m de maio de 1945. os direitos fundamentais
Guerra Mundial (1939-1945). Essas guerras Mundial. Image
devem ser vistos como a
causaram milhares de mortes e destruição de categoria instituída com
cidades inteiras. o objetivo de proteção
A Segunda Guerra Mundial foi ainda mais aos direitos à dignidade, à
liberdade, à propriedade
United Nations/W.Commons
violenta. Diante desses acontecimentos, hou-
e à igualdade de todos os
ve a necessidade de se criar uma instituição seres humanos. A expres-
com poder para auxiliar as pessoas que vi- são fundamental demons-
viam nos países atingidos pela guerra, e para tra que tais direitos são
a manutenção da paz entre os povos. Então, imprescindíveis à condi-
no dia 26 de junho de 1945, foi assinada a ção humana e ao convívio
social.”
Carta das Nações Unidas, na cidade de São IURCONVITE, Adriano
Francisco, Estados Unidos da América. Com dos Santos. Os direitos
fundamentais: suas
essa carta aconteceu a criação da Organização Bandeira da ONU, organização dimensões e sua incidência
das Nações Unidas, a ONU. internacional em que os países trabalham na Constituição. Âmbito
EF22_5_HIS_L1_U1_02
EF22_5_HIS_L1_U1_02

voluntariamente pelo desenvolvimento e Jurídico. Rio Grande, X, n. 48,


pela manutenção da paz. dez. 2007. Disponível em:
http://url.sae.digital/CABHSbD.
Acesso em: 5 ago. 2019.
HISTÓRIA 233

Dica para ampliar o trabalho


Compreender o que são os direitos fundamentais das pessoas é com-
preender por que houve a necessidade de redigir textos como a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789, bem como da criação da
Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, e da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, em 1948. Com o intuito de concretizar esse conceito com os
alunos, utilize o texto da Constituição brasileira de 1988.
Para aprofundar a explicação sobre os direitos fundamentais, disponibi-
lizamos um excerto do artigo do advogado e professor Adriano dos Santos
Iurconvite.
“1. Os direitos fundamentais
1.1 Conceito de direitos fundamentais
Os direitos fundamentais são também conhecidos como direitos humanos,
direitos subjetivos públicos, direitos do homem, direitos individuais, liberdades
fundamentais ou liberdades públicas. [...]

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 233

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 233 09/09/2021 16:47:35


Declaração Universal dos Direitos Humanos
Pouco tempo depois, em 10 de dezem-

Elizabeth Paik/Shutterstock
Dica para ampliar
o trabalho bro de 1948, a ONU adotou e proclamou a
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O ícone Educação fi-
nanceira, que está alinha- Esse documento foi criado para que não ocor-
do à Competência Geral 7 resse o desrespeito à dignidade humana. Isso
da BNCC, pode ser inte- significa que não pode haver desrespeito aos
ressante para pensar esse direitos humanos em nenhum conflito ou em Todas as pessoas possuem o direito de
ponto. Uma das questões ações praticadas por qualquer pessoa. manifestar sua opinião e o direito de ir e vir.
levantadas pela ONU é o
planejamento e o controle Alguns direitos assegurados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos:
do consumo e de gestão • Todos são iguais perante a lei.
dos recursos naturais, • Todas as pessoas possuem direito ao lazer, a atividades culturais e ao pleno
para que as gerações fu- desenvolvimento de sua personalidade.
turas possam ter uma boa
vida. Assim, para além da • Todo ser humano tem o direito à propriedade e à moradia.
Declaração Universal dos • Todos os direitos e liberdades são assegurados por lei e as pessoas têm o
Direitos Humanos, a ONU dever de respeitar o próximo e a lei.
participa de outros espa-
ços que buscam garantir COM A LUPA NA MÃO
a dignidade das futuras
gerações humanas. É o Leia com atenção o preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos
caso da ação 17 Objetivos de 1948.
do desenvolvimento
sustentável. Pensando GLOSSÁRIO
Considerando que o desprezo e o desres-
em um modelo global
para erradicar a pobreza, peito pelos direitos humanos resultaram em Preâmbulo: parte
promover o bem-estar e a atos bárbaros que ultrajaram a consciência inicial que antece-
qualidade de vida às pes- da humanidade e que o advento de um mun- de um documento
soas, além de incentivar a do em que mulheres e homens gozem de li- ou uma lei.
preservação do planeta, a berdade de palavra, de crença e da liberdade
ONU lançou em 2015 essa Ultrajaram: ofen-
de viverem a salvo do temor e da necessida- deram gravemente.
campanha. Até 2030, a
meta é reduzir os impac- de foi proclamado como a mais alta aspiração Advento: início.
tos negativos da ação do do ser humano comum.
homem no meio ambiente [...]
e, consequentemente, di- A Assembleia Geral [ONU] proclama a presente Declaração Universal
minuir esses impactos na dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos
vida dos seres humanos.
os povos e todas as nações [...].
Você pode trazer esses
pontos e conversar com os

EF22_5_HIS_L1_U1_02
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: http://url.sae.digital/qIiHRwt.
alunos sobre como eles se Acesso em: 5 ago. 2019.
relacionam com os Direitos
Humanos e como eles po-
dem adotá-los no seu dia 234 HISTÓRIA
a dia. Os objetivos estão
disponíveis no link abaixo:
• https://nacoesunidas.
org/pos2015/
O desenvolvimento
sustentável também pode
ser trabalhado com os
componentes curriculares
de Ciências e Geografia. A
natureza oferece alterna-
tivas de fontes de ener-
gia renováveis e limpas.
Energia eólica e solar,
carros elétricos, consumo
consciente, tudo isso faz
parte dos direitos huma-
nos e do desenvolvimento
sustentável.

234 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 234 09/09/2021 16:47:36


De acordo com o texto, os direitos humanos são destinados para quais 1. Toda a pessoa su-
pessoas? jeita a perseguição tem o
direito de procurar e de
se beneficiar de asilo em
outros países.
2. Este direito não
pode, porém, ser invocado
no caso de processo real-
mente existente por crime
de direito comum ou por
atividades contrárias aos
Refugiados e os direitos humanos fins e aos princípios das
Nações Unidas.”
Alguns países não respeitam os direitos humanos. Isso acaba forçando as pes- [...]
soas a fugir e buscar refúgio em outras nações. Essas pessoas são conhecidas DECLARAÇÃO Universal Dos
como refugiados. Direitos Humanos de 1948.
Disponível em: http://url.sae.
Você já ouviu a palavra refugiado? Refugiado é a pessoa que sai de seu local digital/VMCu8T4. Acesso em:
29 jul. 2019.
de origem para se proteger em outro lugar. Geralmente são vítimas de guerras ou
de crises econômicas. Hoje no mundo existem mais de 70 milhões de refugiados, Se possível, leia os
que buscam qualidade de vida e direitos humanos. artigos em sala de aula
e pense na questão dos
refugiados em relação à
Declaração Universal dos

Macrovector/Shutterstock
Direitos Humanos: Os re-
fugiados têm seus direitos
respeitados nos países de
origem? Como eles devem
ser tratados nos países
nos quais se refugiam?
O tema dos refugiados
no Brasil foi muito comen-
tado nos últimos anos.
Você pode explorá-lo com
os alunos, principalmente
Quando o refugiado chega a um
local seguro, ele pede asilo, ou As diferentes ins�tuições se o estado e/ou a cidade
seja, permissão para ficar em que trabalham em
parceria com a ONU
onde vocês moram rece-
proteção nessa nova localidade.
atuam em defesa de beu refugiados.
milhares de pessoas e, Para mais informações,
muitas vezes, estão nos
campos de refugiados, acesse os endereços a
EF22_5_HIS_L1_U1_02
EF22_5_HIS_L1_U1_02

locais construídos para


abrigá-los provisoriamente.
seguir.
• https://www.mdh.gov.
br/refugiados
HISTÓRIA 235 • http://url.sae.digital/
z8uyIxF
Encaminhamento metodológico Resposta
É interessante atentar para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Com esse documento,
principalmente para os artigos 6º, 13º e 14º: os direitos humanos
“[...] foram compreendidos
Artigo 6° como direitos universais,
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da ou seja, para todas as
sua personalidade jurídica. pessoas, incluindo homens,
[...] mulheres e crianças.
Artigo 13°
1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua resi-
dência no interior de um Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra,
incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.
Artigo 14°

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 235

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 235 09/09/2021 16:47:37


COM A LUPA NA MÃO
Encaminhamento
metodológico 1. A questão dos refugiados é uma situação que deixa em alerta as autorida-
Na seção Com a lupa des e os governantes de muitos países do mundo, pois está relacionada
na mão, você pode ex- aos direitos humanos. Pesquise em jornais e revistas notícias sobre o tema
plorar a construção de refugiados. Recorte os títulos das notícias e cole neste espaço. Eles serão
gráficos simples. Utilize
o conteúdo das notícias, utilizados em um debate em sala de aula.
por exemplo: número de
refugiados que saem de
seus países de origem e
quantos chegam ao Brasil.
O Alto Comissariado da
Organização das Nações
Unidas para Refugiados
(Acnur) é um órgão da
ONU destinado às ques-
tões dos refugiados. Na pá-
gina do Acnur, você encon-
trará notícias para utilizar
em sala de aula. Disponível
em: https://nacoesunidas.
org/agencias/acnur/.
É possível também
retornar ao que foi sugeri-
do no ícone de Educação
financeira nas páginas an-
teriores. Os 17 Objetivos
do Desenvolvimento
Sustentável podem ser
usados aqui para expandir
o debate sobre os direitos
humanos.

EF22_5_HIS_L1_U1_02
236

236 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 236 09/09/2021 16:47:37


Objeto Digital

Direitos humanos no Brasil Elabore uma linha do


O Brasil também elaborou leis que estabelecem os direitos hu- tempo com os alunos
manos. Nas constituições brasileiras, é possível ver como ocorre- referente aos principais
aspectos das sete consti-
ram as discussões a respeito dos direitos humanos desde a Constituição de 1824, tuições brasileiras.
no tempo do Brasil Império. Constituição de 1824
Primeira Constituição
Direitos humanos e a ditadura do Brasil. Foi outorgada

GrandeDuc/Shutterstock
civil-militar pelo imperador D. Pedro I.
Isso significa que foi im-
Em 1964, foi iniciada uma ditadura civil-militar posta pelo governante du-
no Brasil. Você sabe o que é uma ditadura? rante o período imperial.
Ditadura é um governo que suprime os direitos Mesmo assim, há artigos
políticos das pessoas. que defendem os direitos
No Brasil, a Constituição de 1967 reduziu as fundamentais dos brasilei-
liberdades civil e política. ros, prezando pelo respei-
Na Ditadura brasileira existiram os atos institu- to aos direitos civis e
cionais, decretos tão rígidos que chegaram a atin- políticos. Além dos pode-
gir os direitos humanos. res Executivo, Legislativo e
Em um governo ditatorial, os direitos Judiciário, houve a criação
Durante boa parte do governo ditatorial, não civis, políticos e até mesmo os direitos do Poder Moderador,
era permitido protestar contra o governo nem vo- humanos podem ser desrespeitados.
dando ao imperador
tar para presidente. poderes ilimitados diante
da Constituição, o que
Na década de 1980, o povo brasileiro foi para as ruas. Eles queriam interferia no cumprimento
seus direitos políticos e civis de volta. das leis.
Constituição de 1891
Primeira Constituição
Novo momento político Republicana. Foi ela-
A Ditadura acabou em 1985. Em 1988, foi promulgada uma nova Constituição, borada por votação, ou
chamada Constituição Cidadã, que assegurou todos os direitos humanos, sociais e seja, foi promulgada.
Ampliou os direitos e as
fundamentais aos cidadãos brasileiros. garantias fundamentais
Em 1989 as eleições para presidente voltaram a ser diretas, ou seja, as pes- dos brasileiros existentes
soas podiam votar para presidente. O habeas corpus, ação da justiça que protege na Constituição anterior,
o direito de ir e vir da pessoa, ou seja, protege a liberdade, agora é um direito abrangendo os estrangei-
garantido por lei. Os trabalhadores, as crianças, os idosos e as pessoas com difi- ros residentes no Brasil.
Ainda instituiu o habeas
culdades físicas e mentais possuem legislação própria para garantir seus direitos. corpus, ação judicial que
protege o direito de ir
EF22_5_HIS_L1_U1_02
EF22_5_HIS_L1_U1_02

e vir de um indivíduo
quando esse direito é
ameaçado.
HISTÓRIA 237 “O habeas corpus é um
dos instrumentos legais
mais importantes no
Orientação para RA direito brasileiro. A partir
da Constituição Federal de
Esta Realidade aumentada apresenta a história de algumas leis brasileiras, 1988, tornou-se uma das
como o Estatuto da Criança e do Adolescente. Aponte que todas as crianças principais medidas para
possuem direitos garantidos por lei. Questione a turma: Para que servem as leis? proteção e amparo do
Poderíamos viver em uma sociedade sem leis? Como ela funcionaria? Por que direito de liberdade de ir e
existe um estatuto de leis exclusivo para crianças? O mais importante é frisar vir no país.
que as leis são regras de convivência que visam a uma sociedade harmônica; [...]
como, nas sociedades, as crianças são a parte mais frágil, elas necessitam de Habeas corpus é um
proteção e de direitos diferenciados. tipo de medida legal utili-
Encaminhamento metodológico zada quando alguém está
sofrendo ou está sendo
Linhas do tempo são interessantes para que os alunos tenham melhor per- ameaçado de sofrer priva-
cepção de temporalidade e de ordem dos acontecimentos. Trabalhe a linha do ção de liberdade. Ou seja,
tempo dos direitos com bastante cuidado e atenção. Após isso, o aluno pode é utilizada para proteger o
partir para um desafio mais complexo e exercitar o que foi aprendido. direito de ir e vir de todos

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 237

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 237 09/09/2021 16:47:38


Lyu
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la

Declaração Universal dos


K ha
rla
os cidadãos brasileiros. A

m
ov
Direitos das Crianças

a/
causa da privação de loco-

Sh
u
tte
moção deve estar ligada

rsto
ck
a um abuso de poder por Houve um tempo em que as crianças eram
uma autoridade ou um tratadas como pequenos adultos. Ao invés de
ato ilegal.” estudar, elas trabalhavam por horas seguidas.
Disponível em: http://url.sae.
digital/y0gHEM7. Acesso em:
Ou seja, não se respeitava a infância.
5 ago. 2019. No dia 20 de novembro de 1959, durante
Assembleia Geral na ONU, houve a criação da
O Poder Moderador foi
extinto, ficando somente Declaração Universal dos Direitos das Crianças.
os poderes Executivo, Essa lei tem como objetivo assegurar que todas as
Legislativo e Judiciário. pessoas, de todos os países do planeta, respeitem as necessidades fundamentais
Estado e religião foram se- das crianças. O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, é responsável
parados e passou a haver
liberdade de culto a todas pela fiscalização do cumprimento dos direitos das crianças. O Unicef foi criado em
as pessoas. 1946 para auxiliar as crianças que sofreram as consequências da Segunda Guerra
Constituição de 1934 Mundial (1939-1945).
Moderna e inovadora. Agora você conhecerá os direitos fundamentais da Declaração Universal dos
Trouxe melhoria para os Direitos das Crianças.
trabalhadores brasileiros, Toda criança tem direito:
proibindo a diferença
salarial entre homens
e mulheres, por idade,
nacionalidade ou esta- I. à igualdade sem distinção de raça, nacionalidade ou religião.
do civil (casado, solteiro II. à proteção para desenvolver de forma saudável o físico, o
ou divorciado). Também mental, o espiritual e o convívio social.
proibia o trabalho infantil III. a um nome e a uma nacionalidade.
para crianças com me-
nos de 14 anos de idade. IV. a moradia, alimentação e assistência médica – e sua mãe
Reconheceu o direito de também.
descanso remunerado aos V. à educação e a cuidados especiais quando sofre de algum
trabalhadores, a jornada impedimento físico ou mental.
de trabalho de oito horas VI. a amor, carinho e atenção por parte dos pais e da sociedade.
por dia e o salário mínimo.
Luis Louro/Shutterstock

Limitou o uso do habeas VII. à educação gratuita e ao lazer.


corpus. VIII. à prioridade no socorro, em todas as circunstâncias.
Constituição de 1937 IX. à proteção contra o abandono e a exploração no trabalho.
Criada com base na X. de crescer em meio a solidariedade entre os povos, com-
carta ditatorial polonesa preensão, amizade e justiça.

EF22_5_HIS_L1_U1_02
de 1935, recebeu o nome
de Constituição Polaca.
Com ela, houve a redução
dos direitos e das garan- 238 HISTÓRIA
tias individuais dos brasi-
leiros, pois o Brasil vivia
um período de ditadura Constituição de 1967
chamado Estado Novo. Documento criado pelos militares. Estudiosos a consideram um retrocesso,
Manteve a limitação do pois os direitos sociais dos brasileiros diminuíram: houve a redução da idade
uso do habeas corpus. mínima de permissão de trabalho para 12 anos e não era permitido fazer greve.
Constituição de 1946 Nesse período, foram elaborados os atos institucionais: AI-1, AI-2, AI-3, AI-4 e
Criada após a ditadura, AI-5. No dia 13 de dezembro de 1968 foi publicado o AI-5 o mais severo dos atos
devolveu alguns direitos institucionais. O AI-2 já havia suspendido o habeas corpus para crimes políti-
e garantias individuais cos. Com o AI-5, os direitos humanos foram afetados, porque as medidas eram
aos brasileiros e manteve autoritárias.
a definição do habeas Constituição de 1988
corpus. Nas transgressões Finda a Ditadura Militar, foi necessária a reelaboração da Constituição
disciplinares não cabia Federal. O novo documento traz mais direitos sociais e políticos, buscando res-
habeas corpus. taurar os direitos perdidos na ditadura, mas também promover novos. A partir
de 1988 pudemos votar para Presidente, além de termos garantias para direitos
trabalhistas e segurança social.

238 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 238 09/09/2021 16:47:44


Objeto Digital

Estatuto da Criança e do Adolescente meio de um caça-palavra,


No Brasil, temos uma lei específica para cuidar das os alunos retomam os
crianças. É o Estatuto da Criança e do Adolescente, tam- principais direitos prome-
bém chamado ECA, que são as iniciais do nome dessa lei. tidos às crianças nesse
estatuto, como carinho,
O ECA foi criado em 1990 e define criança como alimentação, educação
a pessoa desde o dia do seu nascimento até 12 KKTa
n/Sh
utte
rsto
etc. Aproveite o momen-
to para citar exemplos
ck
anos de idade. Adolescente é a pessoa entre 12
e 18 anos de idade. Então, essa lei protege pes- concretos de cada direito.
soas do seu nascimento até os 18 anos.
O direito à educação e ao
conhecimento se con-
Entre os artigos que compreendem o ECA cretiza não só na escola,
há informações a respeito dos direitos políti- mas também no acesso à
cos, que veremos no próximo capítulo, bem cultura; uma das formas
como sobre os direitos de ir e vir. Isso significa de garantir a segurança da
criança é a obrigatorieda-
que toda criança tem liberdade para ir ao cine-
Tanto a Declaração Universal dos
de de estar acompanhada
ma, ao teatro e até mesmo de viajar, desde que Direitos das Crianças quanto o ECA dos pais ou da autorização
siga as orientações da lei. asseguram o direito à identidade deles para deixar a comar-
pessoal da criança, ou seja, desde o
momento em que nasce, a pessoa ca em que reside etc.
tem direito a um nome e a uma
Olesia Bilkei/Shuttestock

nacionalidade.

Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis)


anos poderá viajar para fora da comarca onde reside
desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa
autorização judicial.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.
Acesso em: 26 ago. 2019.

VALE A PENA CONHECER

Venha conhecer o Estatuto da Criança e do Adolescente


Melhoramentos

(ECA) com Estefânia Joyce. Ela é uma menina que não gosta
de seu nome e procurou um advogado para saber se pode
ou não trocar de nome. Encontrou o Dr. Abílio, que irá lhe
explicar todos os seus direitos e deveres com base no ECA.
• ANDRADE, Tiago de Melo. Tire o pé do meu direi-
to: tudo o que você sempre quis saber sobre seus
EF22_5_HIS_L1_U1_02
EF22_5_HIS_L1_U1_02

direitos! São Paulo: Melhoramentos, 2010.

HISTÓRIA 239

Dica para ampliar o trabalho


Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso a diversões e espetáculos
públicos classificados como adequados à sua faixa etária.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar
e permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas
dos pais ou responsável.
[...]
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside,
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8069.htm. Acesso em: 5 ago. 2019

Orientação para RA
Apresente esta Realidade aumentada após a aula que abordará a Declaração
Universal dos Direitos das Crianças e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Por

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 239

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 239 09/09/2021 16:47:47


Resposta MÃO NA MASSA

1. 1. Com a ajuda de um adulto, pesquise a Declaração Universal dos Direitos


a) Ela foi publicada em Humanos para responder às questões abaixo.
1948.
a) Quando ela foi publicada?
b) 30 artigos.
c) Resposta pessoal.
2. Estatuto da Criança e b) Na Declaração, cada direito aparece na forma de artigo. Quantos arti-
do Adolescente. gos ela apresenta?
3. Resposta pessoal.

c) Qual artigo você acha mais importante? Por quê?

2. Escreva o que significa a sigla ECA.

3. Entre os direitos citados na Declaração Universal dos Direitos das Crianças,


qual você considera mais importante? Explique sua resposta.

EF22_5_HIS_L1_U1_02
240 HISTÓRIA

240 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 240 09/09/2021 16:47:57


4. Observe as imagens e escreva a que direito da criança elas se referem:
a) Direito a amor, carinho e atenção por

ESB Professional/Shutterstock
parte dos pais e da sociedade.

b) Direito à educação gratuita e ao lazer.

ESB Professional/Shutterstock

c) Direito à proteção para desenvolver


kzww/Shutterstock

de forma saudável o físico, o mental,

o espiritual e o convívio social.

d) Direito à educação e a cuidados


Olesia Bilkei/Shutterstock

especiais quando a criança sofre de

algum impedimento físico ou mental.


EF22_5_HIS_L1_U1_02
EF22_5_HIS_L1_U1_02

HISTÓRIA 241

Resposta
4. As respostas estão no Livro do aluno.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 241

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 241 09/09/2021 16:48:00


U N IDAD E 1 ESCOLA DIGITAL
an os
D ire ito s hu m
O
Objetivos do capítulo UL
lí t ic os no
3 s p o

C A PÍT
• Compreender o
D ir e it o
conceito de cidadania.
ano
• Compreender quais
são os direitos políticos
Brasil republic
dos brasileiros.
• Reconhecer as
transformações na forma va i co nh ec er os
republicana de governo Ne ste ca pít ulo, vo cê
no Brasil, destacando cid ad ão s bra sile iro s.
dir eit os po líti co s do s
suas diferenças e quando
foi ampliada ou limitada
a participação do
cidadão na política.
• Relacionar o exercício
da cidadania no Brasil
durante os períodos

utterstock
imperial e republicano

Sh
e compreender a

iago Melo/
permanência e as

Flat art, Th
mudanças em cada um
deles.
• Conhecer a luta das
sufragistas.
• Aprender as lutas
pelo voto universal e
pelo direito de voto dos
analfabetos e dos jovens
com menos de 18 anos.

Realidade aumentada
CONVERSA VAI...
• Participação feminina
na política brasileira
e sã o dir eit os
Vo cê já co nh ec e o qu
Encaminhamento s dir eit os , es tão os
hu ma no s. En tre es se
metodológico m do dir eit o ao vo to,
dir eit os po líti co s. Alé
o
Neste capítulo, será sã o ne ce ssá rio s pa ra
qu ais ou tro s dir eit os
continuado o traba-
ia?
lho com a habilidade ex erc ício da cid ad an
EF05HI05 da BNCC, que 242
pretende associar o
conceito de cidadania à
conquista de direitos dos
povos e das sociedades,
compreendendo-o como
conquista histórica. Ainda
será trabalhada a habili-
dade EF05HI06, que visa
à comparação do uso de
diferentes linguagens e
tecnologias no proces-
so de comunicação e à
avaliação dos significados
sociais, políticos e cultu-
rais atribuídos a elas.

242 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 242 09/09/2021 16:48:12


CONVERSA VEM...
L

pe la
iro s sã o as se gu rad os
dir eit os po líti co s do s cid ad ão s bra sile competidor pelos bens da
Os os
ca da s as for ma s co mo produção capitalista. Mas
o Fe de ral . Ne sse do cu me nto sã o ex pli
Co ns titu içã e iss o é preciso não confundir
. O qu e vo cê ac ha qu
po de m ma nif es tar a so be ran ia po pu lar cidadania com as soluções
cid ad ão s
individualistas estimuladas
sig nif ica? pelo próprio sistema de
competição hoje vigen-
te, ou seja, o indivíduo
que prefere pagar por
sua segurança em um
condomínio fechado ou
contratando ‘polícia’ par-
ticular, não exigindo que
o poder público forneça
a segurança de ir e vir no
Cidadania espaço urbano, não está
exercendo sua cidadania.
A cidadania existe quando cumprimos nossos deveres e temos nossos direitos E um dos grandes pro-
garantidos. Porém, o exercício da cidadania não é igual em todos os países, pois blemas para o exercício
cada país define quais são os direitos e deveres que seus cidadãos devem praticar. da cidadania em nossa
É essa combinação de direitos e deveres que garante uma vida cidadã para todos.
sociedade é exatamente o
individualismo incentivado
pela sociedade de consu-
VALE A PENA CONHECER mo e pelo neoliberalismo.
Ao nos preocuparmos

nhas/ Divulgação
Eleição dos Bichos é um livro para ajudar a entender apenas com nós mesmos,
como funcionam as eleições. A história se passa na flo- ao abandonar a defesa
resta, quando alguns bichos ficam descontentes com o da coletividade, estamos
Companhia das Letri
governo do Leão. A solução vem por meio de uma elei- enfraquecendo a cidada-
nia em nosso país, assim
sirtravelalot/Shutterstock

ção! O Leão, a Preguiça, a Macaca e a Cobra disputam a como nossos próprios


presidência da floresta. direitos. Assim, é tarefa
• RODRIGUES, André et al. Eleição dos bichos. São Paulo: Companhia dos educadores apontar
os limites da cidadania e
das Letrinhas, 2018. da democracia em nossa
sociedade.”
CIDADANIA. In: SILVA, Kalina
Vanderlei; SILVA, Maciel
Henrique. Dicionário de
Conceitos Históricos. São
Paulo: Contexto, 2010. p. 50.
EF22_5_HIS_L1_U1_03

HISTÓRIA 243

Encaminhamento metodológico
Na seção Conversa vem... explique que soberania popular é o direito exercido
diretamente pelo povo, conforme os termos da Constituição, ou indiretamente,
quando forem eleitos os representantes por meio do voto.
Conceituar cidadania não é uma atividade simples. Seu conceito é amplo e
vai além do direito de votar. A cidadania também está associada à luta por me-
lhores condições de vida para toda a população. Realizar protestos em prol de
alguma melhoria para a sociedade, como melhora na educação e na saúde públi-
ca, é um exercício de cidadania que envolve a participação política. Proteger e
preservar o bem público também é uma forma de exercer a cidadania. Segundo
o Dicionário de Conceitos Históricos, cidadania pode ser definida como:
“[...] toda prática que envolve reivindicação, interesse pela coletividade, or-
ganização de associações, luta pela qualidade de vida, seja na família, no bairro,
no trabalho ou na escola. Ela implica um aprendizado contínuo, uma mudan-
ça de conduta diante da sociedade de consumo que coloca o indivíduo como

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 243

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Arquivo da Agência Brasil
Encaminhamento Diretas Já
metodológico Entre 1983 e 1984, o Brasil foi sacudido por
Ambos os conceitos manifestações pedindo o retorno da democra-
centrais na compreensão cia em nosso país, as quais ficaram conhecidas
do conteúdo, democracia como Diretas Já. O objetivo era possibilitar que
e ditadura, devem ser
inicialmente abordados a população brasileira escolhesse o presiden- Imagem de 16 de abril de 1984. As
ruas do país foram tomadas pelos
a fim de ajudar o aluno a te da República pelo voto direto, assim como manifestantes que pediam a volta da
compreender as diferen- participação na política, com eleições
ocorre hoje. Mas essa meta não foi alcançada, diretas para presidente. Esse movimento
ças entre ambos. pois a proposta foi rejeitada no Congresso. ficou conhecido como Diretas Já.
Desenhe na lousa

rook76/Shutterstock
uma tabela. Em um lado,
escreva todas as carac- Por outro lado, mesmo com a derrota
terísticas de um governo das Diretas Já, a ditadura civil-militar chegou
democrático: voto livre, ao fim em 1985, quando o Congresso ele-
liberdade de expressão, geu um civil para a presidência da República:
alternância de poder. No Tancredo Neves. O presidente eleito mor-
outro, as características
de um governo ditatorial: reu no mesmo ano e o vice-presidente, José
ausência do voto, ausência Selo de 1985, homenagem ao presidente Sarney, assumiu a presidência da República
Tancredo Neves, primeiro presidente
de liberdade de expressão civil, eleito indiretamente após o período brasileira.
e ausência de alternân- de regime militar. Por motivo de saúde,
faleceu antes de assumir o cargo.
cia de poder entre os
governantes.
COM A LUPA NA MÃO
O resultado do movimento das Diretas Já foi a votação da Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) n.o 5, mais conhecida como Emenda
Constitucional Dante de Oliveira. Essa lei tinha como objetivo permitir a rea-
lização de eleições diretas para presi-
dente. Sua votação ocorreu em 25 de Votação da PEC n.o 5

Fonte: Câmara dos Deputados.


abril de 1984 e foi rejeitada, pois não 3
113
atingiu a quantidade de votos necessá-
ria para sua aprovação, ou seja, mais de 298
2/3 dos votos. Por isso, o Colégio 65
Eleitoral elegeu indiretamente Tancredo
Neves como presidente do Brasil. Deputados a favor Deputados contra

EF22_5_HIS_L1_U1_03
Observe o gráfico da votação. Deputados ausentes Deputados que não
votaram

244 HISTÓRIA

244 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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a) De acordo com os números apresentados no gráfico, o que a popula-
ção e os deputados desejavam com a votação da PEC n.o 5? Explique
sua resposta.

b) A história nos revela que a PEC n.o 5 foi rejeitada porque não atingiu a
quantidade de votos necessária, mais de 2/3 dos votos. Quantos votos
seriam necessários para ser aprovada?

c) Quantos votos faltaram para que a Emenda Dante de Oliveira fosse


aprovada?

Constituição brasileira de 1988


Desde 15 de novembro de 1889 até hoje, no século XXI, vivemos a forma de
governo republicana.
Durante o governo de José Sarney, houve uma Assembleia Nacional Constituinte
que elaborou e aprovou uma nova Constituição para o Brasil em 1988. O povo bra-
sileiro pedia uma nova Constituição, que restabelecesse o direito de participar da
vida política do país. Tudo porque, no dia 30 de março de 1964, ocorreu um golpe
militar, e o Brasil foi governado até 1985 como uma ditadura.
O retorno pleno da democracia ocorreu em 1989, com a eleição de Fernando
Collor de Mello.
Arquivo Agência Brasil

O deputado Ulysses
Guimarães (1916-1992)
segurando a recém-
-aprovada Constituição,
em 5 de outubro de 1988.
EF22_5_HIS_L1_U1_03
EF22_5_HIS_L1_U1_03

HISTÓRIA 245

Resposta
a) O gráfico mostra que a maioria, ou seja, 298 deputados, desejava a realização
de eleições diretas para presidente.
b) Para saber a resposta, basta somar todos os números de deputados e dividir
por três. Ou você pode aproveitar e trabalhar o conteúdo de Matemática e
realizar as operações de fração. Total de deputados: 479. A divisão precisa ser
arredondada, resultando em 320 votos.
c) 22 votos a favor.
Encaminhamento metodológico
Os dados inseridos no gráfico foram retirados da página da Câmara dos
Deputados.
• http://url.sae.digital/gNza4ef.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 245

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Resposta MÃO NA MASSA

1. 1. Ao longo da história do Brasil republicano houve um período em que os


Ditadura: governo direitos políticos e civis foram limitados pelos governantes durante a di-
autoritário de uma tadura civil-militar. A população descontente lutou para conquistar seus
pessoa, ausência de direitos. Em 1985 houve o retorno da democracia.
separação dos poderes,
uso de violência e Faça uma pesquisa sobre as principais características de uma ditadura e
censura contra pessoas de uma democracia. Depois anote-as no quadro abaixo.
que não concordam com
as políticas impostas.
Desrespeito pela Ditadura Democracia
Constituição.
Democracia: governo
marcado pela separação
dos poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário),
eleições regulares
(normalmente a cada
quatro anos), liberdade
de expressão e igualdade
entre todos os cidadãos.
A última palavra sempre é
da Constituição.

Pro
sto
ck-
stu
dio/
Shutt
ersto

EF22_5_HIS_L1_U1_03
ck

246 HISTÓRIA

246 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 246 09/09/2021 16:48:33


2. De acordo com a Constituição de 1988, o Brasil do século XXI apresenta
uma estrutura governamental dividida em áreas de administração nacio-
nal, estadual e local. Vamos relembrar a atuação dos poderes existentes
no Brasil? Então, relacione as colunas.
a) Poder Executivo Nível federal: presidente e
vice-presidente da República e
ministros.
Nível estadual: tribunais com os
b) Poder Legislativo desembargadores e os juízes.
Nível municipal: Câmara Municipal,
onde atuam os vereadores.
Nível federal: Congresso Nacional,
dividido entre o Senado Federal, onde
c) Poder Judiciário atuam os senadores, e a Câmara dos
Deputados, onde atuam os
deputados federais.
Nível estadual: governador,
vice-governador e secretários.
Nível municipal: prefeito, vice-prefeito
e secretários municipais.
Nível federal: Tribunais Superiores,
onde atuam os ministros.
Nível estadual: Assembleia Legislativa,
onde atuam os deputados estaduais.
3. Qual dos três poderes você acha que é o mais importante? Por quê?

4. Você gostaria de trabalhar com qual dos três poderes?


EF22_5_HIS_L1_U1_03
EF22_5_HIS_L1_U1_03

HISTÓRIA 247

Resposta
2. A, C, B, B, A, A, C, B.
3. Resposta pessoal.
4. Resposta pessoal.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 247

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 247 09/09/2021 16:48:41


Encaminhamento Direitos políticos
metodológico É comum que os direitos políticos sejam explicados como sinônimo de cidada-
Fala-se que ser cida- nia. Não está errado, porque o exercício da cidadania inclui o respeito aos direitos
dão é exercer a cidadania. políticos, que, de maneira simples, podem ser explicados como a participação do
Cidadania engloba os cidadão na política de seu país. E como isso acontece?
direitos e deveres civis, De acordo com a Constituição de 1988, todo cidadão tem direito a se mani-
políticos e sociais para
um indivíduo (o cidadão) festar publicamente. Isso significa que ele pode protestar solicitando melhores
conviver em sociedade. condições de saúde, de educação etc. O direito de protestar inclui poder realizar
Contudo, isso é abstrato greves para reivindicar melhoria nos direitos trabalhistas bem como nos serviços
para a criança. Ela pre- públicos básicos, como educação e saúde.
cisa compreender esses
conceitos para ser capaz
Arquivo Agência Estado

CP DC Press/Shutterstock
de responder a perguntas
como: “Quais são os direi-
tos dos cidadãos? Quais
são os deveres dos cida-
dãos? Exercer a cidadania
é apenas seguir o que está
prescrito em leis?”.
Com essa atividade,
serão trabalhados valores
considerados fundamen-
tais para a formação da No ano de 1917, aconteceu um Na imagem, manifestação de professores
cidadania: cooperação, movimento grevista nacional. Operários de e profissionais da saúde da cidade do Rio
sinceridade, perdão, uma fábrica de São Paulo aderiram de Janeiro, em 2016.
à greve e pararam as máquinas.
respeito, diálogo, solida-
riedade, não agressão e Abaixo está uma pequena linha do tempo, com as conquistas de alguns direi-
bondade. Escreva cada
uma dessas palavras em tos referentes ao voto e à participação política na história da República Brasileira.
um pedaço pequeno de Eleições diretas
papel. Repita até fechar o Mulheres
alfabetizadas Fechadas
restabelecidas.
Podem votar
total de alunos da tur- Homens conquistam as eleições Mobilizações todas as pessoas
alfabetizados Obrigatoriedade direito ao diretas para pelos direitos (inclusive
ma. Depois, cole-as com podem votar. do voto secreto. voto. Presidente. políticos. analfabetos).
fita adesiva embaixo das
carteiras ou das cadeiras
1889 1916 1932 1964 1985 1988
dos alunos. Quando eles Proclamação Constituição Início da Fim da Constituição
entrarem em sala, inicie da República de 1932 Ditadura Ditadura Cidadã
Civil-Militar Civil-Militar
a aula, introduza o tema
cidadania e depois peça

EF22_5_HIS_L1_U1_03
a eles que procurem algo
embaixo da carteira/ca-
deira. Como as palavras se
repetirão, forme grupos 248 HISTÓRIA
de alunos que possuem
as mesmas palavras. Após
formarem os grupos, peça com o outro para poderem encontrar o significado das palavras. Cooperação é
que conversem sobre o trabalho em equipe;
significado delas. Se ne- • sinceridade, diálogo e não agressão – a exposição das ideias dos alunos
cessário, utilize um dicio- necessita de diálogo entre os alunos para chegar a um consenso do que será
nário. Por fim, peça que exposto à turma. Espera-se que não existam agressões durante a atividade;
relacionem a palavra com
o conteúdo cidadania e • respeito – enquanto um grupo fala, os outros grupos permanecerão em
cite exemplo(s) prático(s) silêncio, apenas ouvindo.
do dia a dia. Cada grupo Caso haja tempo, solicite aos alunos que relacionem essas palavras com os
fará a exposição de suas itens citados na Declaração Universal dos Direitos das Crianças, no Estatuto
ideias. da Criança e do Adolescente (ECA) ou na Declaração Universal dos Direitos
A própria estrutura da Humanos.
atividade trabalha alguns
dos conceitos:
• cooperação – eles
precisarão cooperar um

248 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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Objeto Digital

APRENDER BRINCANDO
Orientação para RA
Observe os espaços nos quais você convive, sua escola, sua Este objeto digital
casa, o bairro onde mora. Será que tudo está funcionando bem traz mais detalhes sobre
ou precisa de melhorias? Vá até a página 35 do Material de apoio e faça sua a trajetória de vida de
reivindicação. Lembre-se de que as reivindicações públicas de direitos políti- Bertha Lutz, bem como a
conquista do voto femini-
cos beneficiam um grupo de pessoas, não um único indivíduo.
no no Brasil. É importante
desenvolver com a turma
Luta das mulheres por direitos políticos a compreensão de que
essa conquista foi fruto de
Vimos que os manifestantes da Revolução Francesa de 1789 queriam maior muitos anos de trabalho
político e envolveu mui-
participação na política. Naquele ano, elaboraram a Declaração dos Direitos do tas mulheres. Aproveite
Homem e do Cidadão. Com esse documento, parte da população masculina aci- para discutir com a turma
ma de 21 anos adquiriu direitos políticos. As mulheres participaram da Revolução as implicações da limita-
Francesa e não conseguiram o direito ao voto. ção do voto apenas aos
A luta das mulheres pelo direito ao voto durou muitos anos. Esse movimen- homens, e a relação disso
com outros direitos das
to ficou conhecido como sufragista, porque elas queriam a aprovação do sufrá- mulheres, como direitos
gio universal. Sufrágio é o processo de votação, a participação em uma eleição. trabalhistas (licença-ma-
Universal porque as sufragistas desejavam direitos políticos iguais a todos. ternidade, equiparação
de salários, entre ou-
tros). Após a interação

Everett Historical/Shutterstock
com o objeto digital,
Everett Historical/Shutterstock

pode ser interessante


trabalhar com os alunos
os seguintes dados da
contemporaneidade:
• As mulheres são
hoje apenas 10,5% do
Congresso Nacional
brasileiro;
• Segundo o IBGE, em
2014 a média salarial
dos homens brasileiros
No início da década de 1920, nos Estados Unidos da foi de R$ 2.512,07,
América, mulheres integrantes do movimento sufragista enquanto a das mulheres
reivindicavam o direito ao sufrágio universal, ou seja, o
direito de votar das mulheres. foi de R$ 2.016,63 – ou
Ilustração que representa a participação
seja, mulheres recebem
EF22_5_HIS_L1_U1_03

cerca de 80% do que os


EF22_5_HIS_L1_U1_03

das mulheres no processo revolucionário


francês de 1789. homens recebem.
A partir dessas infor-
HISTÓRIA 249 mações, a transformação
do papel da mulher na
sociedade pode ser loca-
Sugestão de atividade lizada não só no passado
como também no presen-
O voto feminino foi uma conquista nacional e internacional. Gradativamente, te. Comparando a realida-
as mulheres estão conquistando mais direitos civis, políticos e sociais. de atual com o contexto
Solicite aos alunos a elaboração de um jornal com o tema Mulheres brasilei- de atuação de Bertha
ras. Estipule o período que os alunos deverão pesquisar, por exemplo, década de Lutz, podemos notar con-
1920, década de 1990 ou anos 2000. Caso seja difícil encontrar conteúdos mais tinuidades e rupturas: a
antigos, crie uma seção histórica. licença-maternidade hoje
O próximo passo é dividir a turma em grupos. Cada grupo ficará responsável é um direito garantido,
por uma parte do jornal. Leve um jornal para a sala de aula para que os alunos porém a diferença salarial
observem quais são essas partes. Não se esqueça das seções de lazer e cultura, ainda existe; as mulheres
nem das propagandas e dos filmes referentes às mulheres brasileiras. há décadas podem votar e
Se for possível, para montar o jornal, utilize folhas de sulfite ou papel kraft se candidatar, ainda assim,
tamanho A3 (29,5 cm x 42 cm). são imensa minoria nos
O jornal também pode ter uma versão digital ou em vídeo. Dependerá do cargos políticos.
tempo e dos recursos destinados a esta atividade.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 249

PG22LP251SDH0_MIOLO_EF22_5_HIS_L1_LP.indb 249 09/09/2021 16:48:48


Encaminhamento Voto feminino no Brasil

Arquivo Nacional
metodológico No Brasil, o movimento sufragis-
ta teve como figura importante a bió-
Aproveite a discussão
do tema do sufrágio femi- loga Bertha Lutz. O movimento rece-
nino para comentar que, beu apoio do então presidente Getúlio
para além do voto, há Vargas (1882-1954), que, pelo Decreto
outros direitos civis que as n.o 21.076, de 24 de fevereiro de 1932,
mulheres conquistaram ou criou o Código Eleitoral brasileiro.
ainda estão conquistando.
Até janeiro de 2018, as Essa lei garantiu a participação femi-
Grupo das primeiras eleitoras do Brasil
mulheres sauditas não po- nina nas eleições federais, estaduais e do estado do Rio Grande do Norte.
diam frequentar estádios municipais. Elas participaram das eleições em 1928.
esportivos, e até junho do
mesmo ano não podiam
dirigir automóveis. Agora, CONHEÇA QUEM É
as mulheres sauditas
comemoram a conquistas Bertha Maria Julia Lutz (1894-1976) foi uma das principais lideranças do
desses direitos. A exclusão movimento sufragista brasileiro. Filha do cientista Adolfo Lutz, Bertha estu-
das mulheres, entretanto, dou Ciências na Universidade de Sorbonne, em Paris.
não é um problema ape- Também atuou na política e foi eleita deputada federal suplente em 1934,
nas da Arábia Saudita e de tomando posse em 1936. Bertha participou da elaboração da Constituição
outros países distantes – a
representatividade femi- de 1934, quando o então presidente Getúlio Vargas garantiu a igualdade de
nina no Congresso saudita direitos políticos às mulheres.
(19,9%), por exemplo, é Pela sua luta a favor da cidadania e dos direitos humanos, participou da
superior à do Congresso elaboração da Carta da ONU, em 1945.
brasileiro (10,5%).

Agência Nacional
• http://url.sae.digital/
United States Library of Congress's

deDdIuq e http://url.sae.
digital/bRMaFWE.

Bertha Lutz, em 1925. Bertha Lutz e os membros da delegação brasileira


que participaram da Conferência de São Francisco,

EF22_5_HIS_L1_U1_03
em 1945. Nesse evento, foi assinada a Carta da ONU.

250 HISTÓRIA

250 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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TREM DA HISTÓRIA
de metal, por isso o
nome caneta bico de

Revista da Semana
pena ou caneta-tinteiro.
1. Nos primeiros anos da República no Para escrever, era
Brasil, as eleições eram manuais. As necessário mergulhar a
pessoas escreviam em um pedaço ponta da pena na tinta.
de papel o nome do candidato em Pergunte aos alunos:
quem votariam. Esse sistema facilita-
Por que são necessários
fósforos em uma eleição?
va as fraudes nas eleições. A falta de Para queimar os votos
fiscalização no momento da votação originais e substituir pelos
permitia que até pessoas mortas vo- votos do candidato que
tassem. Veja o que mostra a Revista queria ser eleito.
da Semana, uma revista do Rio de
O que seria uma “urna
para inglês ver”? Explique
Janeiro, em novembro de 1909. que a expressão “para
inglês ver” significa que
Na imagem está escrito: “COMO SE
uma medida é tomada
FAZ UMA ELEIÇÃO – Uma urna para AMARO. Como se faz uma eleição. Revista apenas para efeitos de
da Semana. Rio de Janeiro, 10 (495):
inglês ver... Pena e tinta para a fabrica- [6], 7 nov. 1909. (AMARO DO AMARAL). aparência. No caso, uma
ção das atas; meia dúzia de fósforos e Biblioteca Nacional. “urna para inglês ver” se-
alguns cadáveres!... E, pronto! Só não sai eleito aquele, cuja votação não ria uma urna para manter
a aparência democrática
obedecer a este princípio...”. das eleições do período.
a) Identifique e escreva o período em que foi elaborada a ilustração. Depois, compare com
as informações referen-
tes ao processo eleitoral
atual, que utiliza urna
b) Qual o tema representado na imagem? eletrônica e biometria.

c) Explique por que há esqueletos representados na imagem.


EF22_5_HIS_L1_U1_03
EF22_5_HIS_L1_U1_03

HISTÓRIA 251

Resposta
1.
a) Novembro de 1909.
b) As fraudes ocorridas no início do século passado durante o período de
eleição no Brasil.
c) O sistema de votação em pedaços de papel facilitava a fraude nas eleições
e não havia controle de quem era eleitor, então pessoas votavam em nome de
eleitores falecidos. Por isso, há esqueletos na imagem.
Encaminhamento metodológico
Explore os objetos antigos apresentados nessa fonte histórica.
• Urna: trata-se de uma caixa de madeira fechada com um cadeado.
• Pena e tinta: no início do século XX, ainda não havia canetas esferográficas
como nós conhecemos na atualidade. Era utilizada uma pena com uma ponta

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 251

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Voto

Leandro PP/Shutterstock
Com o objetivo de evitar fraude elei-
toral, ou seja, troca de votos ou uma pes-
soa votar mais de uma vez usando o tí-
tulo de outras pessoas, a Justiça Eleitoral
Federal criou formas mais seguras de
fiscalização. Uma dessas formas é a urna
eletrônica, utilizada pela primeira vez nas
eleições de 1996 para prefeito. Com a pesquisadoresUrna eletrônica, criada por um grupo de
do Instituto Nacional de Pesquisas
urna eletrônica, ficou muito mais rápido Espaciais, o INPE, em parceria com o Centro
Técnico Aeroespacial (CTA), que fica na cidade de
contar os votos porque cada urna emite São José dos Campos. Em 2009, o TSE recebeu
um relatório com o total de candidatos premiação de melhor ideia tecnológica da
Business Software Aliance (BSA) dos Estados
votados por seção eleitoral. Unidos da América.
As inovações no sistema de eleições brasileiro não pararam. Em 2008, a Justiça
Eleitoral iniciou o Programa de Identificação Biométrica. A biometria utiliza as im-
pressões digitais para identificar as pessoas.
estherpoon/Shutterstock

A impressão digital também é chamada de


datilograma (datilo = dedo + grama = letra).
Ela está localizada nas pontas de nossos
dedos. As papilas, esses desenhos que
existem na pele das pontas dos dedos, são
únicas para cada pessoa. Não se repetem em
mais ninguém, nem em gêmeos idênticos.

As impressões eram utilizadas para identificação das

HQuality/Shutterstock
pessoas quando faziam os documentos, como o Registro
Geral, mais conhecido como RG.
A tecnologia eleitoral agora reconhece o eleitor pela im-
pressão digital, um método mais seguro para evitar fraudes.
Para utilizar o sistema biométrico, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas também passaram por
modificações. As pessoas que já possuem o título de eleitor No sistema biométrico, um
scanner lê as impressões
precisam ir a um cartório eleitoral para atualizar seus da- digitais das pessoas.
dos. Os títulos novos são feitos com todas as informações biométricas necessárias.
No Brasil, o voto é obrigatório para pessoas acima de 18 anos. Contudo, para
alguns eleitores é facultativo, ou seja, eles votam se quiserem. É o caso dos ado-

EF22_5_HIS_L1_U1_03
lescentes entre 16 e 18 anos, idosos acima dos 70 anos de idade e analfabetos.

252 HISTÓRIA

252 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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APRENDER BRINCANDO
Encaminhamento
Agora que você conheceu as formas de governo, a história das constitui- metodológico
ções do Brasil e quais são os direitos políticos dos brasileiros, vá até as pági- Para realizar a ativi-
nas 37 e 39 do Material de apoio e se divirta com o Jogo dos direitos políticos. dade da seção Aprender
brincando é necessário
um dado para cada grupo
de alunos. O ideal é forma
MÃO NA MASSA grupos com até quatro
alunos. Os alunos deverão
1. Na vida em sociedade temos direitos e deveres. Os direitos são garantidos cumprir as orientações
por lei, por meio da constituição. O que é a constituição? indicadas nas casas do
tabuleiro. Termina o jogo
o primeiro jogador que
conquistar seus direitos
por meio da Constituição.

2. O que é cidadania?

3. Os deveres existem para organizar a vida em comunidade. E os direitos?

4. Explique o que é biometria. Por que a biometria é utilizada no processo


eleitoral do Brasil?

5. Quando as mulheres conquistaram o direito ao sufrágio universal no Brasil?


EF22_5_HIS_L1_U1_03
EF22_5_HIS_L1_U1_03

HISTÓRIA 253

Resposta
1. É um conjunto de normas que regulamenta nossa vida em sociedade e que,
assim, define nossos direitos e deveres. É a lei máxima do país.
2. Cidadania é a relação de respeito com o meio onde vivemos e com as pessoas
que fazem parte dele, seja na escola, seja em casa. A cidadania está sempre
presente em nosso dia a dia.
3. Os direitos existem para que cada um de nós tenha uma vida digna e decente,
ainda que nem sempre eles sejam respeitados.
4. A biometria utiliza as impressões digitais para identificar as pessoas. A
biometria é adotada no processo eleitoral brasileiro porque é considerada um
método mais seguro e rápido de registrar votos do que o voto impresso.
5. Em 1932, quando o presidente Getúlio Vargas aprovou o Código Eleitoral
brasileiro.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 253

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AGORA
Encaminhamento VOCÊ JÁ
SABE...
metodológico Sei Dúvida Não sei
Na seção Agora você
já sabe, é o momento de & Monarquia é o poder exercido por uma pessoa. O título de monarca é
relembrar o que já foi es- transmitido hereditariamente e seu governo é vitalício.
tudado. Faça a leitura de
cada tópico com os alunos & Na república, os cidadãos escolhem seus representantes de governo
retomando, se necessário, por meio das eleições e do voto, e os governantes exercem o poder por
os conceitos abordados tempo determinado por lei.
e peça-lhes que pintem
cada item com base na & O período imperial no Brasil ocorreu entre 1822 e 1889.
legenda. O período republicano iniciou em 15 de novembro de 1889, quando o
Essa seção visa à pro-
&
marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República.
moção da autorregulação
da aprendizagem, da auto- & Os direitos humanos são os direitos naturais de cada pessoa.
nomia e da autoavaliação
& A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) afirmava que
como prioridade nos
processos educacionais. todos os homens nascem iguais e devem continuar iguais perante a lei,
Possibilitar aos alunos que mas não definiu direitos políticos às mulheres.
desenvolvam um olhar
& A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição criada em
crítico a respeito da forma
como eles aprendem é 1945, principalmente para a manutenção da paz entre os povos.
uma das grandes con- A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) foi criada para que
tribuições que um livro &
não ocorra o desrespeito à dignidade humana.
didático e um professor
podem proporcionar. & As crianças possuem seus direitos assegurados pela Declaração
Sugerimos que essa Universal dos Direitos das Crianças e, no Brasil, pelo Estatuto da Criança
seção seja explorada em e do Adolescente (ECA).
todo o seu potencial, não
só com enfoque na au- & Ao longo de sua história, o Brasil teve mais de uma constituição federal.
toconsciência do aluno,
& Entre 1964 e 1985 o Brasil vivenciou uma ditadura civil-militar, em que
mas na autocrítica do
professor. Ao utilizarmos houve a redução dos direitos políticos com a Constituição de 1967 e os
essa seção em sua totali- atos institucionais.
dade, podemos expandir Em 1984, ocorreu o movimento das Diretas Já pela liberdade dos direi-
o processo de ensino e &
aprendizagem, oferecendo tos políticos dos brasileiros.
insumos para a avaliação O Código Eleitoral Brasileiro de 1932 permitiu o sufrágio feminino.
e validação dos objetivos &
propostos.

254 HISTÓRIA

254 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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MATERIAL DE APOIO

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MATERIAL Unidade 1 – Direitos humanos
DE APOIO
Página: 249

CataVic/Shutterstock
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HISTÓRIA
HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 35

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MATERIAL Unidade 1 – Direitos humanos
DE APOIO
Página: 253
Denis Cristo/Shutterstock

4. Suspeita de corrupção
política. Você
está encarregado
da Comissão
Parlamentar de
Inquérito (CPI). Não
jogue uma rodada.
6. Você foi fazer o
cadastro biométrico
para o título de
eleitor. Não jogue
uma rodada.

4
5. Fique atento: pessoas acima
dos 18 anos e com menos
de 70 anos são obrigadas a
votar em todas as eleições.
Avance 4 espaços.

3. Constituição Art. 6.o: São


direitos sociais: a educação,
a saúde e o trabalho.
Avance 4 espaços.

3
5

1. Constituição Art. 5.o, XV:

2
É livre a locomoção em 2. Forma impura de
território nacional. Inicie governo: início
o jogo. da tirania. Você
perdeu seus
direitos políticos.
Volte para o início
do jogo.

1
Jogo dos direitos políticos
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HISTÓRIA
HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 37

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MATERIAL Unidade 1 – Direitos humanos
DE APOIO
Página: 253

7. Deputados federais 8. No dia 05/10/1988


e senadores estão foi promulgada a
no Congresso Constituição Cidadã
Nacional reunidos em no Brasil. Você
Assembleia Nacional ganhou direitos
Constituinte. Avance políticos.
3 espaços. Avance 4 espaços.

7 8
6

9. Forma autoritária de
governo: início da
ditadura. Você perdeu
seus direitos políticos.

9
Volte 7 espaços.
Cole

10. Início de sua


campanha para
presidente do Brasil.
Não jogue uma
rodada.

10

11. Você ganhou as


eleições diretas 12. Constituição Art. 1.o:
para presidente. Seus princípios
Reúna todos os fundamentais estão
jogadores e avance assegurados. FIM.
6 espaços.

11 12
EF22_5_HIS_L1_U1_03_MA

HISTÓRIA
HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 39

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Referências
ANDRADE, Tiago de Melo. Tire o pé do meu direito: tudo o que você sempre quis saber sobre seus direitos! São Paulo:
Melhoramentos, 2010.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao91.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao34.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao67.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1969. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao67emc69.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1937. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao37.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao46.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Constituição Política do Império do Brasil de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao24.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso
em: 20 ago. 2018.
CAVALCANTE FILHO, João Trindade. Direito Constitucional Objetivo: teoria e questões. 6. ed. Brasília: Alumnus, 2017.
GOUCHER, Candice; WALTON, Linda. Migração humana: história mundial em movimento. In: GOUCHER, Candice;
WALTON, Linda. História mundial: jornadas do passado ao presente. Porto Alegre: ArtMed, 2011. p. 13-35. Disponível
em: http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/G/GOUCHER_Candice/Historia_mundial/Liberado/
Cap_01.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.
IACOCCA, Liliana; IACOCCA, Michele. Entre neste livro: a Constituição para crianças. São Paulo: Ática, 2003. (Coleção Pé
no Chão).
IURCONVITE, Adriano dos Santos. Os direitos fundamentais: suas dimensões e sua incidência na Constituição. Âmbito
Jurídico. Rio Grande, X, n. 48, dez 2007. Disponível em: www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=artigos_
leitura_pdf&%20artigo_id=4528. Acesso em: 30 ago. 2018.
LOPEZ, Adriana; MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora 34, 2015. p. 518-519.
MACEDO, Madu. Constituição em miúdos. Brasília: Senado Federal, 2015.
NADAI, Elza; BITTENCOURT, Circe. Repensando a noção de tempo histórico no ensino. In: PINSKY, Jaime. O ensino de
História e a criação do fato. 14. ed. São Paulo: Contexto, 2014. p. 93-120.
PACHECO, Ricardo de Aguiar. Alfabetização humanística: o ensino de história nas séries iniciais. In: BARBOSA, Maria
Carmen Silveira et al. A infância no ensino fundamental de 9 anos. Porto Alegre: Penso, 2012. p. 81-88.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (org.). História da cidadania. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
ROCHA, Jamile Simão Cury Ferreira; CURY, Paulo José Simão; ROCHA, Rodrigo Ferreira. Breve ensaio sobre família:
da Pré-História à Contemporaneidade. Revista Jus Populis. n. 1, v. 1, p. 243-268, jan./jun. 2015. Disponível em: http://
revistadigital.unibarretos.net/index.php/JusPopulis/article/download/46/47. Acesso em: 20 ago. 2018.
VILLA, Marco Antonio. A história das constituições brasileiras. São Paulo: Leya, 2011.
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. Tradução de Fernando Santos. São Paulo: Unesp, 2006.
WYATT, Valerie. Como construir seu país. Tradução de Clene Salles e Julio de Andrade Filho. São Paulo: Melhoramentos, 2013.

XXVII

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XXVIII

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XXIX

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XXX

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XXXI

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XXXII

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XXXIII

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XXXIV

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FICHAS DE ATIVIDADES

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A
CH
– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
1

FI
O
C A PÍ T UL UNIDADE 1

1 NOME:
REPÚBLICA

DATA:

German Federal Archives/W.Commons


Bertolt Brecht
(1898-1956),
autor de peças
teatrais e poeta
alemão.

1. Bertolt Brecht disse:

“O pior analfabeto é o analfabeto político [...]. Ele não ouve, não


fala, nem participa de eventos políticos.”
NOGUEIRA, Camila. O pior analfabeto é o analfabeto político: a atualidade de Bertolt Brecht.
Disponível em: http://url.sae.digital/ysU7irV. Acesso em: 5 ago. 2019.

a) Escreva o significado de analfabeto.


Analfabeto é a pessoa que desconhece o alfabeto; aquele que não sabe ler nem

escrever.

b) Com base em sua resposta anterior, explique o que você entendeu com
a frase de Bertolt Brecht. Converse com seus amigos sobre o significado
dessa frase e, em seguida, escreva sua conclusão.
O pior analfabeto é aquele que não conhece seus direitos e acaba sendo iludido

por pessoas que detêm esse conhecimento.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 117

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2. Analise o mapa e faça o que se pede a seguir.
BRASIL – POLÍTICO

SAE DIGITAL S/A


^ Capital nacional
Boa Vista !
H
AP H
! Capitais estaduais
RR
0º Equador
Macapá !
H

H Belém
!
H São Luís
!
H Manaus
!
H Fortaleza
!
Teresina
AM PA MA H
! CE
RN H
!Natal
João
PB !
H Pessoa
PI
TO PE H
! Recife
AC H Porto
!
Velho
Rio !
H Palmas AL !
H Maceió
Branco H
!
RO SE !
H Aracaju

MT BA H Salvador
!

15º
DF
H Cuiabá
! Brasília ^

¬
Goiânia !
H
MG
GO N
Belo
Campo Horizonte ES
OCEANO Grande H
!
PACÍFICO H
! H Vitória
!
O L
MS RJ
SP
23º27'30" Trópico de Capricórnio H Rio de Janeiro
!
H São Paulo
!
S
PR
H Curitiba
!

SC !
OCEANO
H Florianópolis
ATLÂNTICO
1:46 000 000
30º RS
H Porto Alegre
! 0 460 920 km

Escala aproximada
Projeção Cilíndrica
60º 45º

a) Circule no mapa a localização do Distrito Federal.


O aluno deve localizar o Distrito Federal na região Centro-Oeste do Brasil, próximo
a Goiânia, capital de Goiás.
b) Quantas unidades federativas existem no Brasil?

27 unidades federativas, sendo 26 estados e o Distrito Federal.

c) Localize e pinte no mapa o estado onde você mora.


Resposta pessoal. Espera-se que o aluno saiba localizar o estado onde mora.
d) Localize e identifique com um símbolo de sua escolha o estado onde
você nasceu.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno saiba localizar o estado onde nasceu.

118 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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A
CH
– HISTÓRIA
FICHA DE ATIVIDADES
2

FI
O
C A PÍ T UL UNIDADE 1

1 NOME:
REPÚBLICA

DATA:

1. Leia o texto com atenção.

A outra versão da fábula Pedro e o lobo – ou das


“Artimanhas da Governabilidade”
Pedro era um jovem de uma aldeia de pastores. Há tempos, a pe-
quena vila vinha sendo vítima do desmantelamento de seus rebanhos
de ovelhas ante as vilanias dos lobos da região.
Pedro lançou sua candidatura a pastor oficial do vilarejo. Na cam-
panha, apresentou as credenciais da coragem e valentia e prometeu
combater sem tréguas os inimigos dos rebanhos. Foi eleito com o apoio
massivo da população que não aguentava mais sofrer.
Logo na sua primeira missão, confrontou-se com a matilha. Pensou,
calculou e achou que não teria forças para vencê-los, também não po-
dia apresentar-se como derrotado ao povo que nele confiara. Foi aí que
teve a ideia brilhante: negociar com os lobos. Fez a proposta: “Vocês fi-
cam com dez por cento do rebanho e me deixam seguir com o restante,
sem lutas, sem conflitos”. Os lobos acharam bom o negócio.
Pedro voltou ao vilarejo e o povoado não percebeu que faltavam algu-
mas ovelhas. Feliz, acreditou que sua estratégia era a melhor possível.
No dia seguinte, voltou a pastorear. Os lobos pediram 20%. O pastor
titubeou, mas assentiu. Afinal, o povo não tinha notado os primeiros Chris-Elgad_Snyder_art/Shutterstock

dez por cento. E assim foi, a cada dia mais dez por cento do rebanho
era entregue aos lobos. Pedro voltava ao vilarejo, pacífico e solerte, e
preenchia o vácuo com discursos inflamados em favor do patriotismo
da aldeia e da resistência pacífica.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 119

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Quando ao final restava pouco mais que 30% do rebanho, Pedro perce-
beu que já não poderia prosseguir e resolveu enfrentar a matilha. Os lobos
trucaram: “Você vai lutar sozinho contra nós?”. Ao que Pedro redarguiu:
“Vou chamar o povo da aldeia. Vou gritar: é o Lobo, é o Lobo”. O general dos
lobos sorriu e disse: “Experimente cha-
má-los. Vamos lhes contar que você tem GLOSSÁRIO
negociado conosco nesse tempo todo. E
afinal, eles nem mais lembram que exis- Titubear: ficar na dúvida.
tem lobos, não é?”. “Bem” – pensou Pe- Assentir: concordar.
dro – “acho que eles já se acostumaram Solerte: sentir-se esperto.
a viver sem algumas ovelhas.” Redarguir: argumentar.

CALDAS, Andrea do Rocio. A outra versão da fábula Pedro e o lobo – ou das “Artimanhas da
Governabilidade”. Disponível em: http://url.sae.digital/0Ae9lkH.
Acesso em: 5 ago. 2019.

a) Quando Pedro lançou sua candidatura, qual foi a proposta de governo


que ele apresentou ao pessoal do vilarejo?
Com coragem e valentia, prometeu combater os inimigos dos rebanhos, no caso,

os lobos.
b) Pedro conseguiu vencer os lobos?
Não.
c) Pedro conseguiu parar os ataques dos lobos contra os rebanhos do vila-
rejo? Explique a estratégia utilizada por ele.
Sim. Ele negociou com os lobos. Ofereceu 10 por cento do rebanho aos lobos para

que ficassem longe do vilarejo.


d) A estratégia de Pedro resolveu o problema dos ataques aos rebanhos?
Explique sua resposta.
Não. Os lobos pediam cada vez mais ovelhas e os rebanhos continuavam diminuindo.

e) A estratégia utilizada por Pedro foi correta? Explique.


Resposta pessoal. Neste momento, faça uma roda de conversa e deixe que cada
aluno exponha sua opinião.

120 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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CH
– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
3

FI
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C A PÍ T UL UNIDADE 1

1 NOME:
REPÚBLICA – REVISÃO DE CO
NTEÚDOS

DATA:

1. Marque F para as afirmativas falsas e V para as verdadeiras.


a) V O Poder Judiciário é exercido pelos juízes.
b) V O Poder Legislativo tem a responsabilidade de elaborar leis que
serão aprovadas pelo Poder Executivo.
c) F O Poder Executivo é exercido pelas assembleias.
d) V Ao Poder Judiciário compete julgar as ações ou situações que
não estão de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislati-
vo e aprovadas pelo Poder Executivo.

2. Explique o que é uma constituição.


Constituição é um conjunto de leis fundamentais que organiza a vida de um país.

3. Quando e quem elaborou a primeira Constituição do Brasil?


A primeira Constituição do Brasil foi outorgada em 1824, por D. Pedro I.

Fer Gregory/Shutterstock

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 121

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4. Leia o texto a seguir.

Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Políti-


ca, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da
Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele
sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais
Poderes Políticos.
BRASIL. Constituição política do império do Brasil de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Constituicao/Constituicao24.htm. Acesso em: 5 ago. 2019.

a) O texto é um documento. Identifique e escreva que documento é esse.


A Constituição Política do Império do Brasil de 1824.

b) O texto se refere a um poder político. Identifique e escreva que poder


político é esse.
O Poder Moderador.

c) Quem exercia esse poder político?


Somente o imperador. yui/Shutterstock

Bandeira do Império do Brasil.

122 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
4

FI
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C A PÍ T UL UNIDADE 1

2 NOME:
HISTÓRIA DOS DIREITOS HU
MANOS

DATA:

1. Escreva o significado de empatia.


Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender a situação pela

qual o outro está passando e tentar auxiliar as pessoas.

2. Observe as imagens e faça o que se pede a seguir.


a) Marque a que representa empatia.

pinholeimaging/Shutterstock
b) Explique por que você escolheu essa imagem. Qual mensagem ela
transmite?
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno comente que a imagem com a mão aberta

representa alguém que está com intenção de ajudar as outras pessoas que estão

pedindo ajuda.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 123

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3. O quadro a seguir apresenta palavras que representam nossos direitos e deve-
res. Organize as palavras, separando-as nos dois grupos apresentados na tabela.

estudar – alimentação – arrumar o quarto – respeitar as diferenças –


habitação – não sujar a rua – cuidar dos materiais escolares –
dignidade – preservar o meio ambiente – cumprir horários –
assistência médica – cuidados com a saúde – liberdade de ir e vir
– ter um nome – igualdade – atividades de cooperação –
ser solidário – respeito – brincar – proteção

DIREITOS DEVERES
estudar arrumar o quarto
alimentação respeitar as diferenças
habitação respeito
dignidade cuidar dos materiais escolares
assistência médica não sujar a rua
liberdade de ir e vir preservar o meio ambiente
igualdade cumprir horários
brincar cuidados com a saúde
ter um nome atividades de cooperação
proteção ser solidário

4. Entre as palavras do quadro, escolha duas: uma que represente um direito e


outra que represente um dever. Depois, explique por que você fez essa escolha.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno saiba diferenciar o que são deveres e direitos.

124 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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A
CH
– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
5

FI
O
C A PÍ T UL UNIDADE 1

2 NOME:
HISTÓRIA DOS DIREITOS HU
MANOS

DATA:

1. O Fundo das Nações Unidas para a Infân-

Free Wind 2014/Shutterstock


cia (Unicef), entre outras funções, auxilia
refugiados. Explique por que uma pessoa
se torna um refugiado.
Refugiado é a pessoa que sai de seu local de

origem para buscar um local seguro para morar.

Acampamento de refugiados na Som


em 2010. A Unicef manteve uma tenália,
da-
-escola para atender às crianças.

2. Escreva uma legenda para a imagem a seguir, de acordo com o que foi
estudado sobre a Declaração Universal dos Direitos das Crianças e sobre o ECA.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno faça referência ao que está escrito na Declaração

Universal dos Direitos das Crianças e no ECA, leis que defendem que todos são iguais

para a lei, sem diferenciação de cor, religião ou nacionalidade.


Rawpixel.com/Shutterstock

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 125

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3. Abaixo você vê três cartazes. Escreva, em cada um deles, um direito que
você acha importante, mas que não está previsto na Declaração Universal
dos Direitos das Crianças.

ssoal.
Resposta pe

LLL
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

126 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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A
CH
– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
6

FI
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C A PÍ T UL UNIDADE 1

2 NOME:
HISTÓRIA DOS DIREITOS HU
MA NOS

DATA:

1. Analise os gráficos abaixo.

Origem dos refugiados que moram no Brasil – m


 arço 2018

Síria Líbano
Paquistão
do Congo Iraque
Colômbia Mali
Angola Outros

Estados brasileiros que acolhem refugiados

São Paulo
Rio de Janeiro
Paraná
Rio Grande do Sul
Distrito Federal
Santa Catarina
Minas Gerais
Outros
Disponível em: http://url.sae.digital/pjTEm22. Acesso em: 5 ago. 2019.

a) Qual o maior grupo de refugiados que veio para o Brasil?


Os sírios ou as pessoas da Síria.

b) Em qual estado brasileiro há maior número de refugiados?


Em São Paulo.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 127

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c) Escolha um dos grupos que se refugiam no Brasil mencionados no grá-
fico da página anterior. Com a ajuda de um adulto, pesquise o motivo
de eles terem saído de seus países de origem. Registre a resposta nas
linhas abaixo.
Resposta pessoal.

2. Elabore um desenho ou cole uma imagem que represente uma atitude de


respeito a um direito da criança.

128 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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A
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– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
7

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C A PÍ T UL UNIDADE 1

2 HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMA

NOME:
NO S – REVISÃO DE CONTEÚDOS

DATA:

1. Leia o texto com atenção. Depois, faça o que se pede.

Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia Na-


cional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo
dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da
corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos
naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declara-
ção, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lem-
bre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os
atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer
momento comparados com a finalidade de toda a instituição política,
sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos ci-
dadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se
dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.
Em razão disto, a Assembleia Nacional reconhece e declara, na pre-
sença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e
do cidadão [...].
DECLARAÇÃO de Direitos do Homem e do Cidadão. 1789. Disponível em: http://url.sae.digital/S2F2M1l.
Acesso em: 5 ago. 2019.
a) O texto se refere a qual documento histórico?
O texto se refere à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

b) Quem escreveu esse documento?


Conforme o texto, quem escreveu esse documento foram os representantes do

povo francês.

c) Sublinhe no texto o trecho que mostra por que esse documento foi criado.
O aluno deverá sublinhar o seguinte trecho do texto: “tendo em vista que a
ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas
causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar
solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem”.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 129

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2. A imagem ao lado representa uma das

ckiii
Fettullah OZASLAN/Shuttersto
ações exercidas pela ONU. Relacionado ao
trabalho dessa organização, escreva um tex-
to que explique o significado da imagem.

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno

compreenda que cuidar do meio ambiente

é uma das funções da ONU. Por isso, essa

organização realiza, anualmente, encontros

com representantes de diversos países para

discutir práticas de como proteger o planeta. Esse é um dever universal,

ou seja, de todos.

130 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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A
CH
– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
8

FI
O
C A PÍ T UL UNIDADE 1

3 NOME:
DIREITOS POLÍTICOS NO BR
ASIL REPUBLICANO

DATA:

1. O que é cidadania?
Cidadania compreende o conjunto de direitos e deveres políticos, sociais e civis

praticados pelos indivíduos em uma sociedade.

2. Como os direitos e os deveres são apresentados para os cidadãos? Cite um


exemplo.
Os direitos e os deveres são apresentados para os cidadãos na forma de leis, como a

constituição.

3. O que é Constituição? Explique por que um país precisa de uma Constituição.


Constituição é a lei máxima de um país. Elabora-se uma constituição para se

estabelecerem os direitos e os deveres dos cidadãos e de seus representantes

governamentais.

4. Como é conhecida a Constituição atual do Brasil? Por que recebeu esse nome?
A Constituição atual do Brasil é chamada de Constituição Cidadã, porque foi elaborada

após o fim do regime militar brasileiro, o que aumentou a liberdade política, social e

civil dos cidadãos brasileiros.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 131

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5. Observe as imagens e assinale aquelas que indicam exercícios da cidadania.

Lyudmyla Kharlamova/Shutterstock
Explique por que você marcou essas imagens.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que exercer a cidadania também é

cuidar do meio ambiente e do espaço onde se vive. É um dever do cidadão.

6. Marque F para as alternativas falsas e V para as verdadeiras.


a) F Os indivíduos só possuem direitos a partir dos 18 anos de idade,
quando viram cidadãos.
b) V Todo cidadão tem direito à vida, à liberdade, à saúde e à educação.

c) V Os direitos e deveres dos cidadãos e de seus representantes go-


vernamentais são definidos por lei, por meio da Constituição.
d) F Somente os homens são cidadãos, de acordo com a Constituição
de 1988.

132 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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A
CH
– HISTÓ RIA
FICHA DE ATIVIDADES
9

FI
O
C A PÍ T UL UNIDADE 1

3 NOME:
DIREITOS POLÍTICOS NO BR
ASIL REPUBLICANO

DATA:

1. Observe o gráfico a seguir, que indica o número de eleitores com até


24 anos que votaram nas eleições de 2016. Depois, faça o que se pede.

Eleições em Manaus – Amazonas


80 000

70 000

60 000

50 000

40 000

30 000

20 000

10 000

0
16 anos 17 anos 18 a 20 anos 21 a 24 anos

Homens Mulheres

Fonte: TSE.
Disponível em: http://url.sae.digital/ZM1Wefg. Acesso em: 5 ago. 2019.

a) Identifique e escreva o tema do gráfico.


Número de eleitores que votaram nas eleições de 2016 em Manaus, capital do

estado do Amazonas.

b) Os dados apresentados estão divididos em colunas (vertical) e em linhas


(horizontal). Identifique e escreva quais informações aparecem nas colunas.
As informações das colunas mostram a quantidade de homens e mulheres que

votaram e as idades dos eleitores.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 133

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c) Das faixas etárias que aparecem no gráfico, quais são obrigadas a votar?
Homens e mulheres com 18 anos ou mais.

d) No gráfico, há informações sobre eleitores que possuem direito faculta-


tivo de votar? Se sim, identifique e escreva quem são eles.
Sim. Há eleitores que possuem direito facultativo de votar. No gráfico, estão

representados por homens e mulheres adolescentes de 16 e 17 anos.

e) Identifique e escreva o grupo que teve o maior número de eleitores.


Mulheres entre 21 e 24 anos.

f) Identifique e escreva quais grupos tiveram o menor número de eleitores.


Homens e mulheres de 16 anos.

g) Observando todos os grupos, qual apresentou maior número de eleito-


res no total?
O grupo de mulheres entre 21 e 24 anos.

134 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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A
CH
– HISTÓRIA
FICHA DE ATIVIDADES
10

FI
O
C A PÍ T UL UNIDADE 1

3 DIREITOS POLÍTICOS NO BR
DE CONTEÚDOS
NOME:
ASIL REPU BLICANO – REVISÃO

DATA:

1. Leia o texto a seguir.

Em nosso país, a soberania popular é exercida pelo sufrágio univer-


sal, voto direto e secreto, sendo facultativo para os maiores de 16 anos
e menores de 18, assim como para os maiores de 70 anos e analfabetos.
Contudo, o voto é obrigatório para os eleitores que tenham entre 18 e
70 anos.
Pode-se concluir, portanto, que sufrágio é um direito público sub-
jetivo, ou seja, um direito próprio da condição de cidadão, que inclui
tanto o poder de escolha dos representantes quanto a possibilidade de
concorrer aos cargos públicos eletivos. Quanto ao voto, embora seja
obrigatório para uma determinada faixa da população, representa uma
verdadeira conquista política para o povo brasileiro.
PAES, Janiere Portela Leite. O sufrágio e o voto no Brasil: direito ou obrigação? Disponível em: http://www.tse.jus.
br/o-tse/escola-judiciaria-eleitoral/publicacoes/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-eje-n.-3-ano-3/o-sufragio-
e-o-voto-no-brasil-direito-ou-obrigacao. Acesso em: 21 ago. 2019.

Marque as alternativas que indicam para quais pessoas o voto é facultativo.


a) x Pessoas acima de 70 anos de idade.

b) Jovens com 21 anos de idade.

c) Crianças acompanhadas pelos pais.

d) x Analfabetos.

e) x Adolescentes entre 16 e 18 anos de idade.

f) Pessoas que perderam o título de eleitor.

HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR 135

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2. Observe as imagens e escreva a forma de votação retratada em cada uma delas.

Lucasmello/Shutterstock
Biometria Urna eletrônica Voto impresso

3. No preâmbulo da Constituição brasileira de 1988 está escrito:

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia


Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado
a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade,
a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, pro-
mulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA RE-
PÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://url.sae.digital/kWJpfle.
Acesso em: 5 ago. 2019.

a) De acordo com o texto, qual o objetivo de reunir a Assembleia Nacional


Constituinte?
Para instituir um Estado democrático.

b) O que aconteceu antes de 1988 para que a Assembleia Nacional Consti-


tuinte se reunisse com esse objetivo?
O Brasil vivenciou um período de regime militar entre 1964 e 1985.

136 HISTÓRIA • LIVRO DO PROFESSOR

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