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Dificuldade de Ler e Escrever

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Kedma Silva
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Dificuldade de ler e escrever

parte I

17/04/2002

“Os homens se sobressaem de diferentes maneiras.


Mas onde está aquele que pode fazer tudo bem?”

Muitas crianças sofrem com a dificuldade na aprendizagem. A inaptidão é expressa naquelas


crianças que, na idade escolar, não atingem o que pode ser razoavelmente esperado delas. A
inteligência não se encontra prejudicada nesses casos.

Estamos diante de um assunto que diz respeito a problemas no aprendizado, que resulta em
distúrbios de leitura muito significativos. Fica difícil traduzir os sons em símbolos (letras) e
também para compreender o que está escrito.

As crianças com grave desordem de leitura cometem equívocos, como inversões, omissões
e/ou acréscimos de letras ou palavras. Podem incluir problemas como orientação espacial,
noção de tempo, linguagem escrita, soletração, memória, percepção auditiva e visual e
habilidades motoras.

Como diagnosticar a dislexia?


Os problemas escolares não devem ser vistos tardiamente. Já na creche, os profissionais
podem acompanhar atentamente o desenvolvimento da linguagem do bebê e anotar os
sintomas. E partir daí recorrer a um plano de ajuda para aquele bebê, que não esteja
correspondendo às expectativas de seu desenvolvimento.

Na fase da pré-alfabetização, alguns sintomas de dificuldade evidenciam-se na compreensão


do que a professora pede, na lentidão para executar tarefas (de tal maneira que a criança,
dificilmente, vai completá-la), distração, além de alterações de comportamento. Tal quadro
exige intervenção imediata.

Com o acúmulo dos sintomas, durante o período escolar, a criança vai se mostrando frustrada,
complexada e as dificuldades se acentuam, porque acreditamos que os problemas psicológicos
são agravantes nesses casos.

A quem os pais devem recorrer inicialmente?


A intervenção deve ser feita prematuramente, visando um tratamento adequado a cada criança,
especificamente, através de técnicas e metodologias próprias.

Acreditamos também que as escolas devem destinar cada vez mais tempo e atenção especial
a este problema. As crianças podem ser beneficiadas com programas de prevenção e de
desenvolvimento, apoio e recuperação.

Detectadas as dificuldades, a escola deve intervir, orientando os pais a procurarem tratamento


especializado. O fonoaudiólogo é o profissional mais adequado nesse momento. Ele vai fazer o
diagnóstico e, se necessário, o encaminhamento a um neuropediatra, que examinará a criança.
Os profissionais vão estabelecer planos de tratamento específicos para cada caso. A
psicoterapia costuma dar excelentes resultados.

Cal Coimbra
http://www.jfservice.com.br/viver/arquivo/dicas/2002/04/17-Cal/
Dificuldade de aprendizagem
parte II

17/05/2002

"Nós somos seres sensíveis, o que significa que


temos o poder de sentir ou perceber e
de experimentar sensações e sentimentos."
Alexander Lowen*

No artigo anterior, falamos das dificuldades escolares que afetam parte das crianças e dos
problemas emocionais, que podem ser fatores agravantes. Falamos também que os pais
devem procurar um profissional especializado, fonoaudiólogo, sob a orientação da escola, para
que a intervenção seja feita o mais breve possível.

A relação da fonoaudiologia com a escola


A fonoaudiologia que está presente nas relações profissionais com instituições de ensino
preocupa-se basicamente com a prevenção das dificuldades dos alunos. Na verdade, não é
justo afirmar que tais alunos são os únicos responsáveis por suas dificuldades. A escola
envolve, além deles, a família e os profissionais que nela trabalham.

No contexto escolar, em que o trabalho fonoaudiológico ainda não está inserido, podemos
observar que se continua trabalhando em clínicas para atender aos problemas de
aprendizagem que aparecem, na maioria das vezes, muito tarde. O que poderia ser evitado,
prevenindo, torna-se problema e acaba por encobrir deficiências da instituição educacional.

Como tentar resolver as dificuldades?


Uma saída para essas questões, já tão debatidas, seria a melhoria na formação do professor,
possibilitando a troca de experiências profissionais. O professor não precisa saber todos os
assuntos que envolvem diagnóstico, tratamento, tal como um expert, mas informações
suficientes para que o fonoaudiólogo possa orientá-lo de maneira adequada. Abrindo espaço
para discussões, o professor tem mais chance de falar de suas angústias, dificuldades na
relação com a criança e a escola, possibilitando reflexões sobre a prática pedagógica nos
campos da prevenção e do tratamento.

Outra saída seria as escolas contratarem fonoaudiólogos, especialistas em linguagem, para


uma consultoria junto a todos os setores da escola e analisarem as questões que envolvem as
necessidades reais da prática pedagógica. Trocar informações, refletir sobre os problemas para
clarear as dificuldades observadas, as chances na busca de soluções são maiores.

Entendemos que cada escola tem seu modo próprio de funcionamento, que deve ser
respeitado, e sabemos que existe um objetivo comum de melhorar a qualidade do ensino.
Depende de esforço conjunto de todos os profissionais envolvidos na questão escolar.

* In Brandi, Edmée- Voz falada: estudo, avaliação, tratamento. Atheneu, Rio, 1990.

http://www.jfservice.com.br/viver/arquivo/dicas/2002/05/17-Cal/

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