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Crise e Desafios do Judiciário Brasileiro

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João Guilherme Marinho Machado- 2226114

O artigo “A Tragédia do Judiciário”, de Ivo Teixeira Gico Jr., aborda a crise do


Judiciário brasileiro, destacando a morosidade e a falta de uniformidade nas
decisões judiciais como principais fatores que causam insegurança jurídica e
congestionamento dos tribunais.

O Judiciário brasileiro é considerado lento e ineficaz, com várias tentativas


de reforma que não solucionaram o problema do congestionamento. O Brasil tem
um dos maiores números de processos por juiz no mundo, mas não consegue
resolvê-los em tempo adequado, resultando em uma crescente acumulação de
casos.

O autor utiliza a “tragédia dos comuns” para explicar como o livre acesso ao
Judiciário resulta em sobreutilização. Assim como em um recurso comum, onde o
uso descontrolado leva à exaustão, o uso excessivo do Judiciário compromete sua
eficiência, aumentando ainda mais a morosidade.

O artigo defende que a falta de uniformidade nas jurisprudências leva ao


subinvestimento em “capital jurídico”, gerando insegurança. Sem regras claras e
consistentes, as partes têm dificuldade em prever o resultado de seus casos, o que
aumenta a demanda por decisões judiciais e, portanto, o congestionamento.

A insegurança jurídica resulta em maior litigância, uma vez que as partes,


sem saber qual será o desfecho de seus casos, optam por levar suas disputas ao
Judiciário. Essa litigância é exacerbada pelos baixos custos de acesso ao sistema
judicial no Brasil, criando um ciclo de sobreutilização.

O congestionamento dos tribunais desincentiva litigantes legítimos,


enquanto aqueles que buscam atrasar obrigações utilizam o Judiciário para esse
fim. Isso cria um problema de “seleção adversa”, onde as pessoas com direitos
legítimos acabam desestimuladas a litigar.
Reformas que ampliam o acesso ao Judiciário, como o fortalecimento da
Defensoria Pública, não resolvem o problema estrutural da morosidade. Ao
contrário, essas medidas tendem a aumentar o número de processos, agravando
ainda mais o congestionamento.

Para resolver a crise, o autor sugere maior investimento em capital jurídico,


criando incentivos para a uniformização das decisões e desestimulando a litigância
excessiva. Ele defende que o Judiciário deve ser tratado como um recurso escasso,
com políticas mais eficientes para a gestão dos recursos disponíveis.

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