SOLICITAÇÃO DO CASO
anamnese de um paciente com alteração no sistema neurológico, focando todas as suas etapas
(dados biográficos, queixa principal, história da doença atual, história patológica pregressa,
história familiar, avaliação funcional e hábitos de vida, revisão dos sistemas)
Realizar o exame físico de um paciente com alteração no sistema neurológico, focando todas as
suas etapas (avaliação da função mental, da função motora, da função sensorial, da função
cerebelar,
avaliação dos 12 pares de nervos cranianos e teste dos reflexos superficiais e tendinosos) e
considerando as técnicas propedêuticas.
realizar todos os sinais vitais, todo tipo de procedimentos necessários para o paciente
avaliar prescrição médica, administrar medicação e o conhecimento de todas as medicações.
O CASO EM SI
A glicemia da paciente está aumentada, mas não quer dizer que ela seja diabética,
pois ela pode ter se alimentado, que justifica a utilização do soro glicosado, até
para manter a consciência. Mas caso a paciente relata ser diabética, a prescrição
não é indicada.
As prescrições médicas:
AAS 100 mg - remédio serve para diminuir a agregação de plaquetas e inibir a formação de
coágulos no interior das artérias, e é indicado somente para pacientes que já tiveram um evento
cardiovascular, pois quem já teve um evento cardíaco tem grande risco de sofrer outro.
Posologia nesse caso – 02 cpr
Captopril 25 mg - indicado para o tratamento da hipertensão
Clopidogrel 75 mg - ajuda a impedir que as plaquetas aderem. Isso impede que formem coágulos
sanguíneos. Posologia – 01 x ao dia
Cloridrato de ranitidina - proteção gástrica - posologia – 1 x ao dia
Dipirona 1 ampola IV – se febre ou dor
Enalapril 5mg – inibidores de ECA - envolve a inibição da enzima conversora da angiotensina
(ECA
Enoxaparina 40 mg = anti trombose
Fenitoína 100 mg – inibição de epilepsia
Glicose hipertônica 50% 20 ml
Heparina não-fracionada 5000 UI - heparina de baixo peso molecular - anticoagulante
Omeprazol, 20 mg cápsula – proteção gástrica
Sinvastatina 40mg (ou estatina) – anti hipertensivo.
Obs: Não sei porque a associação do omeprazol com a ranitidina.
Não tenho a certeza do uso da fenitoina em caso de AVE.
Não sei porque a associação do captopril com o enalapril.
Na neuroanatomia, os nervos cranianos atuam na execução das
funções motoras e sensoriais do corpo humano. São os nervos
cranianos que conectam o encéfalo aos músculos e órgãos dos
sentidos. Os nervos cranianos são compostos por 12 pares
simetricamente dispostos e que se estendem predominantemente nos
órgãos localizados na cabeça.
Os 12 pares de nervos cranianos – Anatomia
Os nervos se originam em parte no cérebro e em parte na medula
espinhal. Os primeiros são os nervos cranianos e são em número de 12,
ou melhor, 12 pares, um à direita e o outro à esquerda.
I é o nervo olfativo, para a sensibilidade olfativa;
II é o nervo óptico, para a sensibilidade visual;
III, o IV e o VI (motor ocular comum, patético ou troclear e
motor ocular externo) se destinam aos movimentos dos olhos
e das pálpebras;
V é o trigêmeo (assim chamado porque é formado de três
ramos), e é responsável pela sensibilidade da face, pela
percepção do paladar e pela mastigação;
VII é o nervo craniano facial, para a sensibilidade gustativa e
os movimentos dos músculos da expressão;
VIII, o acústico, é formado por dois nervos, o coclear para a
sensibilidade auditiva e o vestibular para o equilíbrio;
IX, o glossofaríngeo, é responsável pela sensibilidade
gustativa e pelos movimentos da língua, do palato mole e da
faringe;
X, nervo vago ou pneumogástrico, ramifica-se para o coração,
os pulmões, os órgãos abdominais e o ouvido externo;
XI é o nervo espinhal, para os músculos do pescoço, da
faringe e da laringe;
XII por fim, há o hipoglosso para os movimentos da língua.
Nervos cranianos e suas funções
A seguir listaremos os nervos cranianos e suas funções:
Nervo olfativo
São nervos cranianos formado por milhões de feixes nervosos que
conduzem impulsos nervosos provenientes de estímulos olfativos.
Localizam-se no epitélio nasal e são constituídos por células olfativas.
Nervo óptico
O nervo óptico é formado por um cordão de fibras nervosas que vai da
região posterior das orbitas oculares e se estende até o crânio por meio
do canal óptico. Sofrem decussação, que nada mais é do que o
cruzamento em “X”. Nervos e tractos ópticos conduzem impulsos
visuais.
Nervo craniano oculomotor
O nervo oculomotor é um dos nervos cranianos motores, cuja função
está relacionada aos movimentos dos olhos. É formado por fibras que
adentram na fissura orbital e distribuem-se aos músculos das pálpebras
e retos medial, laterais e oblíquos. Além disso, os nervos oculomotores
conduzem as fibras vegetativas, responsáveis pelos movimentos da irís.
Função do Nervo troclear
As fibras do nervo troclear provém do núcleo contralateral, cruzam com
as do lado oposto na face dorsal do mesencéfalo, contornam o
pedúnculo cerebral de trás para frente, atravessam a fissura orbitária
superior, e penetram na órbita, onde se ramificam no músculo oblíquo
superior do olho.
Função do Nervo trigêmeo
Esses nervos cranianos são constituídos por duas raízes, uma sensitiva
e outra motora. As ramificações dos periféricos dos neurônios
provenientes da raiz sensitiva dão origem aos nervos oftálmico, maxilar
e mandibular.
Os nervos oftálmicos possuem propriedades predominantemente
sensitivas, assim como os nervos maxilares; já o nervo mandibular é
um nervo craniano hibrido, pois além das funções sensitivas também
apresenta propriedades motoras. Este nervo ramifica-se pela pele,
dentes e mucosas, assim como os músculos relacionados à mastigação.
Nervo craniano facial
O nervo facial apresenta fibras motoras e vegetativas, responsáveis por
inervar os músculos da cabeça e pescoço. Originam-se da face ventro
lateral da ponte, de sua margem inferior, próximo ao cerebelo.
São nervos cranianos que possuem uma região motora e outra
sensorial. A região motora é o próprio nervo facial, que é responsável
por realizar os movimentos musculares da cabeça e do pescoço. Já a
região sensorial, designado “nervo intermediário”, é responsável pela
sensibilidade muscular, atuando na função de transmitir as
informações gustatórias.
Função do Nervo vestíbulococlear
São nervos cranianos que apresentam ações sensitivas, segmentado
nas áreas vestibular e coclear. A região vestibular atua na transmissão
de impulsos relacionados ao equilíbrio, enviando-os à ponte, medula
oblonga e ao cerebelo. Localiza-se na face ventrolateral da ponte, ao
lado dos nervos facial e intermediário.
Já o nervo coclear atua na transmissão de impulsos relacionados à
audição, conduzindo-os aos núcleos cocleares. É formado por fibras
provenientes dos neurônios do gânglio espiral.
Nervo craniano glossofaríngeo
São nervos cranianos híbridos, que apresentam funções sensitiva e
motora, atuando na sensibilidade da língua (1/3 posterior) , da faringe
(cuja parte motora atua) e tuba auditiva. As fibras sensitivas desse
nervo são provenientes dos corpos celulares do gânglios superiores
(craniais) e inferiores (caudais).
Já as fibras motoras são provenientes do núcleo ambíguo e das células
cuja origem advém da medula oblonga.
Nervo vago
O nervo vago tem sua origem partindo da extremidade craniana da
medula oblonga e estendendo-se pelo pescoço, tórax e abdômen,
através de ramificações radiculares. Possui funções sensitivas e
motoras, sendo responsável por inervações parassimpáticas, como por
exemplo, a administração da frequência cardíaca.
Além disso os nervos cranianos vagos inervam, através e fibras motoras
viscerais, a pele do duto auditivo externo, a laringe, a faringe, vísceras
torácicas e grande parte das abdominais, constituindo sinapses em
gânglios parassimpáticos.
Nervo acessório
São nervos cranianos motores que atuam nas ações provenientes aos
movimentos da cabeça, pescoço e deglutição. Tem sua origem no sulco
dorsal da medula oblonga e na área lateral das primeiras cinco porções
da medula espinhal.
Função do Nervo hipoglosso
Outro exemplo de nervos cranianos predominantemente motor. Tem
sua origem proveniente da medula oblonga, passando pelo canal
hormônimo e subdividindo-se nos músculos da língua, sendo
responsável pelos movimentos da mesma.
Neuroanatomia dos nervos cranianos
Estudando mais a fundo a neuroanatomia podemos observar que, nos
nervos, embora haja certa especificidade de condução, as diferentes
fibras condutoras de impulsos sensitivos e motores são francamente
estremadas.
De acordo com estudos relacionados à neurociência, nos ramos
cutâneos há naturalmente predominância de fibras sensitivas
condutoras de sensibilidades térmica, táctil e dolorosa, embora também
existam outras, motoras viscerais, destinadas a glândulas, músculos
eretores de pelos e à musculatura lisa dos vasos.
Características dos ramos profundos e viscerais
Nos ramos profundos dos nervos cranianos, musculares, há
predominância de fibras motoras somáticas destinadas à
musculatura esquelética, embora existam também fibras motoras
viscerais, destinadas à musculatura lisa dos vasos e fibras sensitivas
condutoras de sensibilidade a dor, tacto-pressão, muscular, articular e
tendínea.
Nos ramos viscerais encontram-se fibras sensitivas condutoras de
sensibilidade interoceptiva e motoras viscerais. Na medula espinal e
encéfalo, todavia, as fibras condutoras dessas diversas variedades de
impulsos dispõem-se grupadas, de tal modo que quase todos os de
mesma natureza transitam em vias que lhe são próprias.
Impulsos veiculados por nervos
Assim, impulsos de tacto e pressão veiculados por nervos cranianos,
quer superficiais, quer profundos, seguem através de determinadas
cadeias neuronais; impulsos dolorosos, provenientes da pele ou de
tecidos profundos seguem através de outras cadeias.
O mesmo acontece com impulsos originados em músculos, tendões
e articulações, e com impulsos provenientes de centros superiores do
neuro-eixo, destinados à musculatura esquelética, lisa, cardíaca e ao
tecido glandular.