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Recurso Extraordinário

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Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Janeiro

Processo nº: xxxxxxxxxxxxxxxxxx

Recorrente: xxxxxxxx
Recorridos: xxxxxxxx

Colenda Turma,

Egrégio Supremo Tribunal Federal,

O Estado de [Estado], ora Recorrente, por seus advogados que ao final subscrevem, com
fundamento no artigo 102, III, "a", da Constituição Federal de 1988, e nos artigos 1.029 e
seguintes do Código de Processo Civil, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
interpor o presente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

em face do acórdão proferido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que
negou provimento ao Recurso de Apelação interposto pelo Recorrente, conforme os
fundamentos a seguir expostos.

1. CABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

O presente recurso extraordinário é cabível, pois a questão em debate envolve matéria de


índole constitucional, sendo discutida a violação ao artigo 2º da Constituição Federal, que
consagra o Princípio da Separação de Poderes. O acórdão recorrido determinou a contratação
de intérprete de LIBRAS sem considerar os limites e a discricionariedade administrativa que
devem ser observados pela Administração Pública. Tal decisão constitui ingerência no Poder
Executivo, violando diretamente a norma constitucional.

2. NÃO DISCUSSÃO DE MATÉRIA DE FATO

O recurso extraordinário não visa rediscutir matéria de fato, uma vez que os fatos do processo
já foram devidamente analisados pelas instâncias ordinárias. O que se questiona é a violação
direta ao texto constitucional, especialmente no que se refere à separação dos Poderes, sendo
o ponto central a possibilidade de o Judiciário impor a contratação de servidores ao Poder
Executivo, o que configura intervenção indevida em sua esfera de atuação.

3. PREQUESTIONAMENTO

A matéria constitucional foi devidamente prequestionada nas instâncias inferiores. O acórdão


recorrido enfrentou diretamente o tema da separação de Poderes, mas decidiu pela
prevalência do direito dos estudantes com deficiência auditiva à educação, o que teria
justificado a imposição da contratação de intérprete de LIBRAS. No entanto, o acórdão deixou
de considerar que a medida viola o princípio da separação dos Poderes, ao determinar uma
obrigação administrativa que depende de discricionariedade do Executivo.

4. REPERCUSSÃO GERAL

A questão trazida neste recurso possui repercussão geral, uma vez que envolve a interpretação
e aplicação de norma constitucional que afeta não apenas as partes envolvidas no presente
processo, mas também a organização e funcionamento de toda a Administração Pública. O
debate sobre os limites da atuação do Poder Judiciário frente à discricionariedade
administrativa é de relevante interesse público, pois impacta diretamente o equilíbrio entre os
Poderes da República e a governabilidade do Estado.
O precedente em análise poderá orientar inúmeras outras decisões judiciais que envolvem
intervenções do Poder Judiciário em políticas públicas e na gestão administrativa do Executivo,
sendo essencial definir os limites dessas intervenções para a preservação da autonomia e
independência dos Poderes.

5. VIOLAÇÃO AO ART. 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

O acórdão recorrido violou diretamente o artigo 2º da Constituição Federal de 1988, que


estabelece a separação dos Poderes da União, determinando que os Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário devem ser independentes e harmônicos entre si. A decisão judicial que
impôs a contratação de intérprete de LIBRAS invade a esfera de atuação do Poder Executivo,
desconsiderando os limites orçamentários, administrativos e a discricionariedade deste na
alocação de recursos humanos.

Ao impor tal obrigação, o Judiciário, no caso concreto, desconsiderou que cabe à


Administração Pública, dentro de sua competência discricionária e conforme os princípios da
legalidade, eficiência e economicidade, realizar as contratações necessárias ao cumprimento
de suas funções. O acórdão recorrido, ao determinar diretamente a contratação de servidores,
interferiu na autonomia administrativa do Estado, desrespeitando o princípio da separação dos
Poderes.

6. PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se:


a) O recebimento e processamento do presente recurso extraordinário;
b) O provimento do recurso para reformar o acórdão recorrido, reconhecendo a violação ao
artigo 2º da Constituição Federal e afastando a determinação judicial de contratação de
intérprete de LIBRAS, em respeito ao Princípio da Separação de Poderes;
c) A condenação dos recorridos ao pagamento dos ônus sucumbenciais.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Três Rios, 22/09/2024

André Luiz Silveira Júnior


OAB xxxxxxxxxxx

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