Apostila Tratamento Cirúrgico
Apostila Tratamento Cirúrgico
PACIENTES EM TRATAMENTO
CIRÚRGICO
Enfermagem
na Clínica
Cirúrgica
NATAL/RN
2022
INSTITUTO DE ENSINO E CULTURA – IEC
Rua: Rua Apodi 392, Tirol - Natal – RN
Telefone: (84) 3344-3686
e-mail: [email protected]
EQUIPE GESTORA
Diretora Geral: Oscarina Saraiva Coelho
Vice-Diretora: Maria José Fernandes Torres
Normalização Bibliográfica
Zora Yonara Cândido Duarte dos Santos
Dados Catalográficos
AACR2 – Anglo-American Cataloguing Rules 2.
Zora Yonara Cândido Duarte dos Santos
Bibliotecária/Documentalista
CRB 15ª Região / 457
45 p.
1. INTRODUÇÃO 04
2. PACIENTE CIRÚRGICO 04
2.1 ASPECTOS PSICO-SOCIAIS E PSICO-ESPIRITUAIS 04
3. TRATAMENTO CIRÚRGICO E ENFERMAGEM EM
PERIOPERATÓRIO 05
4. CLASSIFICAÇÃO DAS MODALIDADES CIRÚRGICAS 05
5. CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS QUANTO À INFECÇÃO
OU CONTAMINAÇÃO 06
6. PRÉ-OPERATÓRIO 06
7. INTRA-OPERATÓRIO 08
8. PÓS-OPERATÓRIO 09
9. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES
OPERATÓRIAS 10
10. PRINCIPAIS CIRURGIAS 16
10.1 CIRURGIAS NEUROLÓGICAS 16
10.2 CIRURGIAS OFTÁLMICAS 18
10.3 TREPANAÇÃO CÓRNEO-ESCLERÓTICA 19
11. CIRÚRGIAS OTORINOLARINGOLÓGICAS 20
11.1 CIRURGIA DO OUVIDO 20
11.2 CIRURGIA DO NARIZ 21
11.3 CIRURGIA DAS AMIGDALAS E DA LARINGE 22
11.4 CIRURGIA DO SISTEMA ENDÓCRIMO 24
11.5 CIRURGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 25
11.6 CIRURGIA DO APARELHO CARDIOVASCULAR 27
11.7 CIRURGIA DO INTESTINO GROSSO 29
12. FERIDAS E CURATIVOS 34
13. ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO 37
13.1 CONCEITO 37
13.2 LOCALIZÇÃO 37
13.3 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 37
13.4 SALA DE CIRURGIA 37
13.5 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE UMA SALA DE
CIRURGIA 38
14. NORMAS E ROTINAS DO CENTRO CIRÚRGICO 38
15. FUNÇÕES DO CIRCULANTE 40
16. FUNÇÕES DO INSTRUMENTADOR 41
17. ESTERILIZAÇÃO E TIPOS DE ANESTESIA 42
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1. INTRODUÇÃO
2. PACIENTE CIRÚRGICO
Pode ser:
Paliativa: Realizada para melhorar as condições orgânicas do cliente ou
sua qualidade de vida, sem efetuar a cura.
Reconstrução (plástica): Realizada com a finalidade estética ou corretiva.
Curativa: Realizada com a finalidade de retirar um órgão que não está
fazendo bem ao organismo e proporcionar a cura.
Radical: Remoção parcial ou total de um órgão ou segmento.
ANOTAÇÕES:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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6. PRÉ-OPERATÓRIO
Objetivo
Classificação
Pré-operatório mediato: período que vai do momento da internação até
24 horas antes da cirurgia;
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Cuidados de enfermagem
Pré-operatório mediato
Assistir psicologicamente o paciente, chamando-o pelo nome, ouvi-lo e
colaborar para sua adaptação hospitalar e esclarecer dúvidas;
Verificar os sinais vitais em 6/6 horas;
Pesar o paciente é importante para o cálculo das doses medicamentosas,
detectar retenção hídrica e controlar o peso;
Colher material para exames laboratoriais (EPF, EAS, Hemograma,
Bioquímica), para detectar infecções urinárias e parasitoses que deverão
ser tratadas antes de submeter o ato cirúrgico e evitar complicações
cirúrgicas;
Realizar risco cirúrgico (ECG);
Observar e anotar a aceitação da dieta; pois a nutrição inadequada
interfere na cicatrização da ferida operatória, possibilita ocorrência de
infecção, aumentando o repouso no leito e o tempo de hospitalização;
Melhorar a capacidade respiratória: através de exercícios respiratórios,
nebulização, drenagem postural, técnica de percussão, ingestão hídrica e
exclusão do fumo;
Orientar quanto ao uso de comadre e compadre para prevenir desconfortos
pós-operatórios;
Promover recreação, ocupando o tempo com distrações e permitir a
socialização. Importante para equilíbrio emocional.
Promover assistência espiritual, pois a fé traz esperança e segurança,
diminuindo a ansiedade.
Pré-operatório imediato
Higiene corporal na manhã que antecede o ato cirúrgico e uma hora antes
do mesmo, para reduzir a flora bacteriana cutânea;
Lavar os cabelos na véspera da cirurgia;
Higiene oral após as refeições e uma hora antes da cirurgia
Cortar as unhas e limpá-las e retirar esmalte, para prevenir infecção e
permitir a avaliação da circulação;
Oferecer alimentos até 8 horas antes da cirurgia, sendo que a última
refeição deverá ser mínima em resíduos, para evitar distensão gástrica,
vômitos e aspiração;
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7. INTRA-OPERATÓRIO
Objetivos
8. PÓS-OPERATÓRIO
Objetivos
Classificação
Pós-operatório imediato: período que inicia após o ato cirúrgico e vai até
completar 24 horas que realizou a cirurgia;
Pós-operatório mediato: após 24 horas que procedeu ao ato cirúrgico em
diante;
Pós-operatório tardio: esse período normalmente é de difícil
determinação. Geralmente se relaciona com o desaparecimento dos
achados clínicos como dor, mal estar e instabilidade hemodinâmica.
Cuidados de enfermagem
Pós-operatório imediato:
Transferir o paciente da maca para o leito, com dois ou três técnicos de
enfermagem, através de movimentos uniformes e leves para evitar queda
da pressão arterial, trações de sondas e cateteres, perdas de punções
venosas e tubo endotraqueal;
Posicionar o paciente em decúbito dorsal /horizontal com a cabeça
lateralizada e o pescoço estendido, para prevenir aspiração nos casos de
vômitos e favorecer a respiração;
Observar o estado de consciência;
Conectar os tubos de drenagem os frascos coletores e mantê-los abertos;
Observar e anotar o estado externo dos curativos;
Verificar SSVV de 15/15’, de 30/30’, de 45/45’ até atingir de 4/4 horas (o
espaçamento depende do retorno aos padrões normais);
Estimular inspirações profundas de 1/1 hora e Espirometria de incentivo;
Aliviar a dor através do posicionamento adequado no leito, mudança de
decúbito, ambiente tranquilo, roupas de cama limpas e secas,
administração de analgésico prescrito;
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Pós-operatório mediato:
A deambulação é precoce na maioria dos casos, ou seja, 12 ou 24 horas
aproximadamente após o ato cirúrgico;
Ajudar na higiene corporal se necessário ou supervisionar. Cobrir os
curativos com plásticos, pois a umidade favorece o desenvolvimento de
infecções;
Manter HV, a administração de medicamentos como antibióticos e
analgésicos conforme prescrição médica;
Supervisionar higiene oral;
Observar e anotar a aceitação da dieta;
Administrar antieméticos prescrito em caso de náuseas e vômitos;
Oferecer líquido por via oral quando liberado;
Observar e anotar drenagem dos drenos e sondas;
Realizar curativo diário de acordo com a prescrição do enfermeiro e /ou
médico preconizado pelos serviços de controle de infecção hospitalar.
9.1 CIRCULATÓRIOS
Hemorragia
É a perda de sangue consequente ao rompimento de vasos sanguíneos,
podendo ser de origem arterial ou venosa. A hemorragia é uma complicação
incomum, mas grave da cirurgia, podendo resultar em morte. Pode apresentar-se
de maneira insidiosa ou em caráter de emergência a qualquer momento, seja
aquela que ocorre durante a cirurgia ou ocorrem 24 horas após a cirurgia.
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Classificação:
a) Hemorragia interna - Quando o sangramento se faz para o interior de uma
cavidade. Pode haver exteriorização do sangue através dos orifícios naturais
como: boca, nariz, ouvido, orifício vaginal e reto.
b) Hemorragia externa - A localização do sangramento é visível e o sangue se
exterioriza através da pele que foi rompida.
c) Sinais e sintomas:
Taquicardia;
Hipotensão;
Agitação ou prostração;
Taquipnéia;
Sensação de sede e sudorese;
Visão turva
Pele úmida e fria
Lipotimia
d) Cuidados prestados pelo Técnico de Enfermagem:
Deitar o paciente com MMII elevados;
Manter o paciente aquecido;
Realizar lavagem gástrica em casos de hemorragia digestiva e quando
indicado pelo médico;
Realizar curativo compressivo nas incisões cirúrgicas;
Monitorar SSVV;
Providenciar coleta de amostras sanguíneas para exames laboratoriais;
Realizar transfusão sanguínea ou hemoderivados conforme solicitação
médica;
Auxiliar o médico e enfermeiro na realização de procedimentos invasivos;
Preparar o paciente para que, havendo necessidade, seja submetido uma
nova intervenção cirúrgica de urgência.
Hemorragias específicas:
Hemorragia nasal:
Colocar o paciente sentado;
Inclinar a cabeça para trás;
Colocar bolsa contendo gelo sobre o nariz;
Pressionar a face lateral do nariz que está sangrando.
Hemorragia digestiva:
Colocar o paciente em decúbito dorsal;
Jejum absoluto;
Colocar bolsa contendo gelo, sobre o abdômen;
Elevar os MMII.
Hemorragia genital:
Repousar a paciente com os MMII mais elevados;
Colocar bolsa contendo gelo, na região suprapúbica;
Fazer tamponamento vaginal;
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Classificação:
a) Choque hipovolêmico: Ocorre quando existe uma diminuição no volume
intravascular.
Causas: Quadro Clínico:
Hemorragias; Retorno venoso reduzido;
Desidratação; Pulso filiforme;
Queimaduras; Hipotensão;
Taquicardia.
b)Choque Cardiogênico: Ocorre quando o coração apresenta a capacidade de
bombeamento prejudicado.
Quadro clínico:
Apnéia;
Queda da saturação;
Arritmia e ausência dos batimentos cardíacos;
Hipotensão ou pressão arterial inaudível;
Palidez;
Cianose;
Sudorese;
Estado de inconsciência;
Midríase.
Estase circulatória.
Sintomas e sinais:
Desconforto ou queimação na porção posterior da perna;
Febre;
Sensação de formigamento e de peso na perna;
Pode haver vermelhidão, edema, calor no trajeto da veia.
Dor persistente no local ou cãibra .
Complicações respiratórias:
Pré-operatório:
Observar ocorrência de paralisia, rebaixamento do nível de consciência
alterações auditivas e visuais, alterações na fala, incontinências urinária e
intestinal;
Observar a marcha, acompanhar nas deambulações, se necessário, e
fornecer apoio.
Controlar de 2/2 hs a pressão arterial, pois a hipertensão poderá indicar
aumento de pressão intracraniana;
Estar atento às queixas de cefaléia;
Anotar e controlar o débito urinário;
Realizar controle hídrico;
Fazer tricotomia do couro cabeludo;
Ajudar na higienização;
O cateterismo vesical deverá ser feito de preferência no centro cirúrgico;
Apoiar psicológico.
Pós-operatório:
Avaliar nível de consciência;
Elevar a cabeceira quando indicado;
Verificar sinais vitais rigorosamente;
Fazer mudanças de decúbito em bloco em 2/2 horas quando indicado;
Fazer controle hidroeletrolítico;
Administrar medicamentos prescritos para reduzir o edema cerebral e
anticonvulsivante;
Observar sangramentos do curativo e nas ataduras que envolvem o crânio;
Anotar volume e aspecto das drenagens (se houver dreno de sucção);
Monitorar e medir a PIC usando técnicas assépticas;
O curativo é compressivo e deverá ser trocado após 24 horas. Se houver
dreno de penrose, será retirado aproximadamente após 24 horas com
indicação do neurocirurgião, e se houver o de sucção, após 72 horas;
Pesar pela manhã, antes do dejejum, parâmetro que identifica ocorrência
de retenção hídrica;
Ensinar o autocuidado ao paciente;
Manter corretos os gotejamentos das infusões venosas.
Pós-operatório:
Observar rigorosamente a coloração da pele, temperatura e sensibilidade
das extremidades;
Exercícios de contrações musculares isométricas;
Verificar SSVV;
Cuidado com infusão venosa;
Deambulação precoce;
Observar se há queixas de distensão abdominal devido flatulência e visar o
enfermeiro;
Observar se há sangramento pelo curativo;
Ajudar na colocação de meias elásticas quando indicado.
Pré-operatório:
Assistir psicologicamente e esclarecer dúvidas;
Realizar higiene corporal e oral;
Tricotomia facial no sexo masculino;
Orientar o paciente sobre o efeito do colírio;
Administrar colírios a cada 10’ durante quatro doses, pelo menos 1 hora
antes da cirurgia (midriaticotópico - facilita a retirada do cristalino);
Ao terminar a cirurgia, a enfermagem deve preparar o opérculo para o
curativo;
Verificar sinais vitais.
Pós-operatório:
Evitar decúbito do lado cirurgiado;
Manter curativo oclusivo por 24 horas (usar óculos por 5 dias, após a
retirada do tampão ocular);
Deambular no final do dia, levantar devagar do leito e com ajuda;
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Complicações cirúrgicas:
Hemorragias;
Deiscência das suturas.
Pré-operatório:
Educar o paciente quanto às atividades que aumentam a pressão ocular:
correr, subir escadas, inclinar para pegar objetos e girar a cabeça
rapidamente e espirrar;
A assistência psicológica é muito importante; poderá haver perdas visuais
significativas e apreensão quanto ao prognóstico;
Administrar colírios (Pilocarpina - substância miótica, afasta a íris da córnea
para permitir a drenagem do humor aquoso através dos espaços linfáticos
para o canal de Schlemn);
Diminuir a ingestão hídrica;
Jejum de 8 horas;
Higienização completa.
Pós-operatório:
Manter repouso no leito por 24 horas para evitar prolapso da íris;
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Pós-operatório:
Deitar do lado afetado para facilitar a drenagem pela força da gravidade;
Aliviar a dor;
Deambulação precoce;
Observar quantidade e aspecto das secreções;
Dieta líquido-pastosa na tarde da cirurgia;
Nos pacientes com instalação do tubo plástico no ouvido: não molhar o
ouvido durante o banho; após a alta ele deve estar orientado que os
mergulhos são contra indicados e que devem ser utilizados tampões
auditivos durante a natação.
Pré-operatório:
Não molhar o ouvido acometido;
Jejum 8 horas;
Verificar SSVV;
Tricotomia periauricular;
Evitar resfriados;
Oferecer líquidos orais de 2/2 h para prevenir desidratações (até 8 horas
antes do ato cirúrgico).
Pós-operatório:
Decúbito ao lado operado;
Dieta pastosa no pós-operatório imediato e, após, livre;
Observar: tonteiras, vômitos e simetria de face;
Curativo: não retirá-lo até segunda ordem médica e observar se há
sangramento;
Antibioticoterapia por cinco dias aproximadamente, obedecendo, com rigor,
os horários;
Não lavar os cabelos.
Pré-operatório:
Verificar SSVV;
Higiene oral e corporal uma hora antes da cirurgia;
Jejum de 8 horas;
Apoiar psicologicamente.
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Pós-operatório:
Manter a cabeceira do leito elevada para reduzir o edema e favorecer a
drenagem;
Fazer higiene oral com frequência (quatro vezes ao dia ou de acordo com a
necessidade), pois a respiração é oral e possibilita ocorrência de halitose;
Oferecer dieta líquida pastosa no jantar;
Deambulação precoce;
O curativo deverá ser retirado em torno de 36 horas;
Evitar correntes de ar frio;
Verificar SSVV de 2/2 horas nas primeiras 6 horas;
Atentar para ocorrência de sangramento, náuseas, vômitos e dispnéia.
Comunicar o enfermeiro.
Pré-operatório:
Assistir psicologicamente;
Higienização completa;
Jejum 8 horas;
Verificar sinais vitais.
Pós-operatório:
Manter o paciente em decúbito dorsal com a cabeceira ligeiramente
elevada;
Compressas de gelo para reduzir sangramentos, edemas e dor;
Dieta líquida no dia da cirurgia;
Evitar assoar o nariz e fazer pressão sobre o mesmo (não usar óculos por
algumas semanas);
O tampão nasal é retirado em torno de 24 horas;
Deambulação precoce;
Observar sinais e sintomas de hemorragia.
a) Amigdalectomia e adenoidectomia
Amigdalectomia: Remoção cirúrgica das amígdalas palatinas (par de estruturas
linfóides localizadas na orofaringe);
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Indicações:
Amigdalectomia: Em casos de abscessos ou hipertrofia periamigdalianos
severos que dificultam a deglutição e a respiração;
Adenoidectomia: Em casos de hipertrofia acentuada das adenóides.
Pré-operatório:
Atentar às queixas de tosse e resfriado;
Higienização;
Jejum de 8 horas;
Tricotomia facial nos indivíduos adulto do sexo masculino;
Verificar SSVV.
Pós-operatório:
Decúbito dorsal com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem por via
oral;
Aplicar compressa de gelo no local nos casos de hemorragias;
Atentar para ocorrência de náuseas e vômitos. Fornecer recipiente para
coletá-los, se necessário;
Evitar tossir e falar, pois provocam dor;
Auxiliar na higiene oral, utilizar soluções alcalinas para facilitar a remoção
de secreções espessas e prevenir odores desagradáveis;
Dieta líquida ou semilíquida, fria, natural ou gelada, sendo que a última, em
excesso, poderá provocar resfriados. Evitar sucos cítricos, pois aumentam
a dor;
Aliviar a dor, mas deve ser evitado o ácido acetilsalicílico, pois é contra
indicado por aumentar os sangramentos;
Evitar exposição ao sol;
Verificar SSVV de 2/2 horas nas primeiras 6 horas;
Observar sinais de hemorragia.
Indicação: Neoplasias.
Pré-operatório:
Assistir psicologicamente, alguns não consegue falar e ficam curiosos com
os resultados do tratamento, temem o câncer e a morte;
Proporcionar assistência espiritual;
Verificar SSVV;
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Higiene oral criteriosa e com uso de antissépticos orais para reduzir a flora
bacteriana;
Jejum de 8 horas;
Enema na noite de véspera ou 8 horas antes da cirurgia;
Tricotomia facial, cervical anterior e torácica nos indivíduos do sexo
masculino.
Pós-operatório:
Observar rigorosamente a eficiência respiratória e atentar quanto à
ocorrência de inquietação, dispnéia e taquicardia;
Verificar SSVV;
Antes e após administração de analgésicos e sedativos verificar SSVV; as
medicações que deprimem a respiração devem ser evitadas;
Evitar falar por aproximadamente três dias e oferecer papel e caneta para
facilitar a comunicação;
Cuidados com tubo de laringectomia;
Manter o leito em semi-Fowler após recuperação anestésica;
Estimular deambulação precoce;
Cuidados com hidratação venosa;
Atentar para a higiene oral;
Aproximadamente após uma semana iniciar a alimentação oral; até este
momento, ela será realizada por sonda nasogástrica;
Transmitir confiança;
Umidificar o ambiente, pois o ar frio e seco é irritante às mucosas.
Pré-operatório:
Assistir psicologicamente: os pacientes com hiperfunção glandular são
bastante inquietos e apreensivos. Ocupar o seu tempo com recreações ou
atividades que o motivem e tranquilizem;
Estimular inspirações profundas;
Verificar SSVV;
Enema na noite de véspera da cirurgia;
Orientar quanto ao jejum de 8 horas antes da operação;
Fazer tricotomia cervical anterior e facial quando houver pêlos.
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Pós-operatório:
Após a recuperação anestésica manter o leito em semi-Fowler para
favorecer a drenagem, regredir o edema e reduzir a dor;
Verificar SSVV;
Observar e anotar ocorrência de sangramento pelo curativo e comunicar o
enfermeiro;
Atentar quanto ao aparecimento de taquicardia, palidez, cianose,
hipotensão, hipotermia e dispnéia;
Manter material para traqueostomia de emergência à vista, necessários
nos casos de edema de glote;
A primeira dieta deve ser líquida para facilitar a ingestão e evitar a dor;
Bolsa de gelo na região cervical poderá ser indicada quando houver
hemorragia intensa e grandes edemas;
Orientar para que o paciente fale baixo e observar e anotar ocorrência de
rouquidão;
Deambulação após 24 horas;
Controlar diurese;
Aliviar a dor.
Complicações cirúrgicas: Hemorragia, edema de glote, hipocalcemia e afonia.
Indicações: Nas obstruções das vias aéreas superiores por objetos estranhos,
tumores, colapso da parede por compressão dos bócios tireoidianos, queda da
língua (A.V.C., T.C.E), excessivas secreções traqueobrônquicas; para uso de
respiradores.
Pré-operatório:
Manter-se calmo, transmitir tranquilidade e confiança;
Verificar SSVV;
Fazer tricotomia (quando não for emergência) cervical anterior e facial nos
homens;
Pós-operatório:
Observar rigorosamente SSVV;
Após estabilização dos sinais vitais, manter o leito em Fowler, para facilitar
as drenagens e favorecer a mecânica respiratória;
Aspirar às secreções traqueobrônquicas de 2/2 horas ou quando
necessário, seguindo rigorosamente a técnica asséptica;
Estimular a tosse para facilitar a eliminação das secreções;
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Pré-operatório:
Interromper o fumo;
Aumentar a ingestão hídrica para fluidificar as secreções
traqueobrônquicas;
Fazer nebulização;
Estimular a tosse;
Anotar aspecto e volume das secreções expectoradas;
Estimular deambulação;
Verificar SSVV;
Orientar e supervisionar os exercícios respiratórios;
Jejum de 8 horas;
Enema 8 horas antes da cirurgia ou logo após o início do jejum;
Tricotomia nas regiões axilar torácica e pubiana;
Realizado cateterismo vesical preferencialmente na sala de cirurgia;
Apoiar psicologicamente.
Pós-operatório:
Observar o estado de consciência e resposta aos estímulos;
Verificar SSVV;
Após estabilização dos SSVV, manter o leito em semi-Fowler;
Controlar a diurese;
Cuidado com drenagem torácica;
Estimular inspirações profundas;
O uso de analgésicos deve ser mínimo para prevenir depressão
respiratória;
Estimular a tosse;
Mudanças de decúbito de 2/2 horas no P.O.I. e estimular deambulação
após este momento;
Cuidados com infusão venosa;
Observar se há sangramento pelos curativos;
Esclarecer as dúvidas; auxiliar quando necessário;
NBZ para fluidificar as secreções.
Pré-operatório:
Manter o leito em Trendelemburg, para facilitar o retorno venoso, reduzir o
edema e aliviar a dor;
Usar meias elásticas;
Deambular periodicamente;
Estimular a ingestão hídrica;
Higienização completa;
Enema e na noite de véspera da cirurgia;
Jejum de 8 horas;
Tricotomia do membro afetado, da região inguinal e pubiana
Pós-operatório:
Controlar SSVV;
Observar sinais de choque;
Observar coloração e temperatura da extremidade enfaixada;
Observar sangramento nas ataduras;
Manter o leito em Trendelemburg;
No 1º P.O. deambular de 2/2 hs por 5’ e retornar ao leito;
Dieta livre após o retorno do peristaltismo.
Cirurgias cardíacas
a) Revascularização da artéria coronária: É o enxerto de um vaso na artéria
coronária ocluída.
Pré-operatório
Ajudar o paciente a enfrentar a situação encorajando com apoio
psicológico;
Preparar a família para eventos pós-operatório;
Administrar ansiolítico conforme prescrito;
Adquirir os exames pré- internação (RX de tórax, ECG, hemograma
completo, bioquímica);
Realizar prova cruzada para possível transfusão sanguínea, além de
doação do sangue autólogo;
Explicar o procedimento e tratamento;
Orientar quanto ao jejum;
Higiene corporal e oral com solução antisséptica 1 hora antes da cirurgia;
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Pós-operatório:
Obtenção da estabilidade hemodinâmica e recuperação da anestesia geral;
Observar nível de consciência;
Cuidados intensivos em UTI;
Desmame da ventilação mecânica conforme indicação médica e ofertar
oxigênio;
Aspiração traqueobrônquica quando necessário;
Exercício respiratório por fisioterapia;
Administrar medicamentos conforme prescrito;
Controlar hidratação venosa em bomba de infusão;
Observar o local da incisão cirúrgica (curativo e sangramento);
Monitorização cardíaca e SPO2;
Verificar PA em 15’ em 15’ no POI, em 30’/30’, em 1/1 hora; depois em 2/2
e aumentando o intervalo até receber alta;
Verificar SSVV;
Observar SNG
Observar cateter de Swan-Ganz;
Medir PAM e PVC
Realizar ECG
Manter a permeabilidade dos drenos e anotar aspecto e volume da
drenagem;
Pinçar drenos antes de desprezar as secreções;
Observar SVD e notar débito urinário para controle hídrico;
Deambulação quando solicitado pelo médico;
Incentivar o autocuidado
Programa de reabilitação cardíaca;
Consulta de acompanhamento com cirurgião.
Pré-operatório:
Observar e anotar a aceitação da dieta, que deverá ser pobre em resíduos
(dieta líquida 48 a 72 horas antes da operação);
Enemas diários, que iniciam na antevéspera da cirurgia (alterados no caso
de oclusão ou suboclusão intestinal);
Colher fezes para exame coprológico;
Estimular a ingestão hídrica;
Observar e anotar aspecto e frequência das eliminações intestinais;
Orientar quanto ao jejum (12 horas antes do ato operatório) e identificar
com placa no leito;
Preparar o paciente psicologicamente para o tratamento cirúrgico;
Fazer tricotomia ampla abdominal, axilar e perineal; sondagem
nasogástrica.
Pós-operatório:
Manter o paciente em posição confortável;
Observar sinais de choque;
Verificar sinais vitais;
Observar e anotar aspecto dos curativos (sangramento);
Manter sonda nasogástrica aberta e anotar volume e aspecto das
drenagens;
Estimular exercícios respiratórios;
Ajudar nas mudanças de decúbito;
Deambulação precoce;
Manter corretos os gotejamentos dos soros.
Pré-operatório:
Ouvir com atenção, minimizar os receios, contribuir para a aceitação da
modificação anatômica e adaptação à nova forma de eliminação intestinal,
compreender a ansiedade e irritação, depressão ou agressividade do
paciente;
Orientar como usar o dispositivo de ileostomia ou colostomia;
Observar e anotar frequência e aspecto das eliminações intestinais;
Dieta pobre em resíduos;
Colher fezes para enxames;
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Jejum de 12 horas;
Preparo intestinal de acordo com a orientação (contra indicada a
enteróclise nos casos de abdome agudo);
Tricotomia axilar, abdominal e pubiana;
Orientar para esvaziar a bexiga;
Verificar SSVV.
Pós-operatório
A bolsa coletora para ileostomia deve conter um orifício que ultrapassa o
estoma e que não deixa a pele, ao redor do mesmo, exposta pois a
excreção contém enzima que escarifica a pele. (bolsa com orifício na parte
inferior são apropriadas para o esvaziamento da mesma, sem necessidade
de trocá-las frequentemente);
Aspirina triturada ou pequenos pedacinhos de carvão atuam com o
desodorizante quando colocados na bolsa coletora;
Após o retorno do peristaltismo é oferecido dieta em pequena quantidade,
líquidos sem resíduos. O espinafre e a salsa são excelentes
desodorizantes e deve ser estimulado a sua ingestão;
Alimentos muito quente e gelado devem ser evitados, bem como o fumo,
porque excita o peristaltismo; peixe, feijão, cebola, repolho, pepino,
rabanete, ovos, dão odor fedido às eliminações;
Manter o ambiente bem ventilado;
Observar e anotar o aspecto da eliminação pela ileostomia ou colostomia;
Orientar o paciente quanto o auto cuidado;
Ouvir com atenção o paciente;
Ingerir bastante líquido (água de coco previne distúrbios hidroeletrolíticos);
Em torno de 60 dias o paciente pode voltar gradualmente as sua atividades
normais.
OBS: A região colostomizada deve ser lavada com água e sabão e em volta
pincelar povidine. Encaminhar o paciente ao grupo de ostomizados.
Pré-operatório:
Exames pré- admissionais;
Encorajar o paciente com apoio psicológico;
Verificar SSVV;
Puncionar acesso venoso periférico;
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Pós-operatório
Aliviar a dor com analgésico prescrito e promover bem estar;
Verificar SSVV;
Avaliar nível de consciência;
Observar icterícia coloração das fezes;
Relatar queixas de dor, náuseas e vômitos;
Exercício respiratório;
Observar curativo e sangramento na incisão cirúrgica;
Desprezar e anotar drenagem biliar pelo dreno;
Administrar medicamentos por acesso venoso;
Observar sonda SNG;
Incentivar a ingerir uma dieta hipolipídicas;
Deambulação precoce;
Orientar o paciente que vai para casa com o dreno;
Instruir aos familiares em casos de complicações pós-alta.
Patogenia:
É de causa desconhecida, mas parece ser um distúrbio hormonal que
ocorre no processo de envelhecimento. O aumento da glândula causa o
estreitamento da uretra prostática e pressão na bexiga, dificultando a passagem
normal da urina.
Sinais e sintomas:
Inicialmente é assintomático;
Nictúria e polaciúria
Sintomas de infecção urinária: disúria e febre;
Diminuição no tamanho e força do jato urinário;
A obstrução prolongada ao fluxo urinário poderá determinar complicações
renais: Hidronefrose e insuficiência renal.
Meios de diagnósticos:
Anamnese e exame físico;
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Tratamento:
Clínico - Administrar analgésico conforme prescrição médica.
- Administrar antibiótico conforme prescrição médica (profilático).
Pré-operatório:
Realizar controle de diurese;
Observar o funcionamento da sonda vesical ou da cistostomia,
quando houver, sendo que a primeira deve está fixada na região
medial da coxa e a segunda no abdome;
Oferecer entre 2.500 ml a 3.000ml / dia de líquido orais para corrigir e
prevenir desidratação, exceto em pacientes com insuficiência
cardiovascular e renal;
Excluir fumo e fazer exercício respiratório;
Auxiliar na colocação de meias antiembólicas, quando indicado
(prevenção de complicações circulatórias devido à posição de
litotomia no trans-operatório);
Jejum de 8 horas;
Fazer enteróclise para prevenir o esforço na evacuação pós-
operatório, que favorece a ocorrência de hemorragia;
Tricotomia: Nas técnicas por via uretral, tricotomizar a região pubiana
e nas abdominais acrescer a região abdominal e pélvica.
Pré-operatório:
Luvas de procedimentos
Soro fisiológico 0,9%
Solução antisséptica
Lamina de bisturi (quando necessário para retirada de pontos de sutura)
Micropore ou esparadrapo
Os drenos de feridas são tubos que saem da área periincisional quer para
dentro de um dispositivo de aspiração de ferida (fechado), quer para dentro de
curativos (aberto). O princípio consiste em permitir a saída do sangue e dos
líquidos serosos que poderiam de outra forma, servir como um meio de cultura
para as bactérias. A quantidade de drenagem sanguinolenta no curativo cirúrgico
é avaliada com frequência, pois a quantidade excessiva deverá ser relatada de
imediato, observar hemorragias e comunicar ao Enfermeiro e o Médico cirurgião.
As feridas cicatrizam-se por diferentes mecanismos, são estes a cicatrização por
primeira, segunda e terceira intenção. Com a redução do tempo de internação,
grande parte da cicatrização ocorre em casa, e a enfermagem deve desempenhar
seu papel informando ao paciente sobre os cuidados que deverão ter com a
ferida.
Retirada de pontos
A retirada dos fios de sutura é colocada para aproximar as bordas de uma
lesão, facilitando a cicatrização. A retirada completa dos pontos ocorre em torno
de oito dias após a cirurgia. Em alguns casos, os pontos podem ser retirados
alternados para evitar deiscência de sutura, caso não tenha ocorrido à
cicatrização da ferida. Neste caso os pontos alternados que não foram retirados
poderão permanecer por mais alguns dias. Já em suturas contínuas, deve-se
cortar uma extremidade e retirar os pontos pelo lado oposto.
ANOTAÇÕES:
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13.1 CONCEITO
Centro cirúrgico é uma unidade especializada de um hospital, constituída
por mais de uma sala de cirurgia, destinada à realização de procedimentos de
qualquer natureza, que venha requerer intervenção cirúrgica, bem como à
recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata.
13.2 LOCALIZAÇÃO
A unidade de Centro Cirúrgico deve ocupar uma área independente da
circulação geral, ficando livre do trânsito de pessoas e materiais estranho ao
serviço, devendo ser acessível ás enfermarias cirúrgicas.
Problemas éticos
Ser leal para com o paciente, mesmo nos momentos de angústia ou de medo;
Ser leal para com os colegas de profissão, ser cortês e cooperativo, são
atitudes necessárias para a boa harmonia;
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Vestir avental
Apanhe o avental com uma das mãos, puxando-o diretamente para cima
do pacote;
Segurando a gola com as mãos, desfaça suavemente as dobras do
avental;
Colocar as mão dentro das aberturas das mangas e mantenha-as para
cima, ao nível dos ombros;
Vestir e oferecer as fiaxas para o circulante.
40
Calçar luvas
Calçar primeiro a mão esquerda;
Levantar parte do envelope com a mão esquerda e retirar a luva;
Calçar a mão esquerda deixando o punho dobrado;
Calçar a mão direita, depois poderá pegar na parte interna da dobra do punho
com a mão esquerda já enluvada;
Ajustar as luvas e colocar o punho da luva sobre o punho do capote.
OBS:
o Não aproximar do campo esterilizado;
o Ao abrir em recipiente não coloque a tampa para baixo (emborcada) e sim
para cima;
o Quando colocar objetos esterilizados na mesa de instrumentação faça com
técnica asséptica;
o Entrar 15’ antes do cirurgião.
OBS:
o Não vire as costas para a mesa esterilizada ou para os membros da
equipe.
o Se a luva for furada troque-a imediatamente.
o Conserve a mesa de Instrumentação seca.
o Mantenha o máximo de silêncio, evite tossir e respirar.
Processo de Esterilização
Métodos de esterilização
Físicos
Gases
Químicos
Ácido peracetico
Líquidos Glutoraldeído
ANOTAÇÕES:
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Tipos de anestesias
ANOTAÇÕES:
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