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Nota Técnica Subsas #18-2020

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18/05/2020 SEI/GDF - 40060037 - Nota Técnica

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL


SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO DISTRITO FEDERAL
Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social
Subsecretaria de Assistência Social

Nota Técnica N.º 18/2020 - SEDES/SEADS/SUBSAS Brasília-DF, 13 de maio de 2020.


NOTA TÉCNICA SUBSAS Nº 18/2020
ASSUNTO: Estabelece diretrizes para o atendimento remoto nas unidades de assistência social.

1. APRESENTAÇÃO
A presente nota tem o obje vo de estabelecer as diretrizes e procedimentos para o
atendimento às famílias e indivíduos no âmbito das unidades socioassistenciais diante do contexto de
propagação da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A con nuidade da oferta de serviços e a vidades no âmbito da assistência social, deve ser
assegurado de acordo com a Portaria SNAS/MC Nº 54 de 1º abril de 2020 que apresenta nota técnica
que define as recomendações para a essencialidade dos serviços.
Conforme preconiza a Portaria Nº 337 de 24 de março de 2020 do Ministério da
Cidadania, cabe aos gestores, para preservar a oferta regular e essencial das ações socioassistenciais, em
seu ar go 3º
IV - flexibilizar as a vidades presenciais dos usuários no âmbito dos Centros de
Referência da Assistência Social - CRAS e dos Centros Especializados de
Assistência Social - CREAS, com vistas a reduzir a circulação de pessoas e evitar
a aglomeração nos equipamentos;
V - intensificar as a vidades de:
a) disseminação de informação aos usuários acerca do cuidado e prevenção da
transmissão, conforme orientações do Ministério da Saúde;
b) disseminação de informações à rede socioassistencial aos profissionais e
usuários do SUAS acerca das estratégias e procedimentos que serão adotados
para assegurar as ofertas essenciais; e
c) acompanhamento remoto dos usuários, por meio de ligação telefônica ou
aplica vos de mensagens - como WhatsApp, principalmente daqueles dos
como grupos de risco, tais como idosos, gestantes e lactantes, visando
assegurar a sua proteção.
VI - organizar a oferta dos serviços, programas e bene cios socioassistenciais
preferencialmente por agendamento remoto, priorizando os atendimentos
individualizados graves ou urgentes, evitando-se a aglomeração de pessoas nas
salas de espera ou recepção das unidades;
VII - realização de atendimentos individuais em ambientes amplos, arejados e
constantemente limpos, atentando para a garan a de sigilo e privacidade do
atendimento, ainda que se opte por realizá-los em locais abertos como
varandas, quintais, tendas, etc; e
VIII - suspensão temporária de eventos, encontros, cursos de formação,
oficinas, entre outras a vidades cole vas.
Destarte e diante do reconhecimento público da assistência social como direito de
proteção social e serviço essencial à sociedade, esta nota discorre acerca do atendimento
socioassistencial por meio remoto.
2. DIRETRIZES GERAIS

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São diretrizes gerais do atendimento remoto nas unidades de assistência social durante o
contexto da pandemia da COVID-19
a) Afiançar emergencialmente as seguranças de acolhida, renda e apoio e auxílio: o atendimento
de considerar que as seguranças mais ameaçadas em razão das consequências sociais da pandemia do
COVID-19.
b) Primazia da autodeclaração: o atendimento remoto deve ser pautado pela declaração da pessoa
atendida, de forma que o servidor não seja responsabilizado por informações inverídicas. Deve ser
considerado, como amparo legal, a Lei Nº 7.115/1983, que diz:
Art. 1º - A declaração des nada a fazer prova de vida, residência, pobreza,
dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando firmada
pelo próprio interessado ou por procurador bastante, e sob as penas da Lei,
presume-se verdadeira.
c) Registro ins tucional: todas as ações desenvolvidas devem ser registradas de forma ins tucional
no Sistema SIDS. Sugere-se que em todas as evoluções de atendimentos remotos sejam acrescidas o
ar go 3º da Lei Nº 7.115/1983, que diz:
Art. 3º - A declaração mencionará expressamente a responsabilidade do
declarante.
3. DOS PROCEDIMENTOS
O atendimento socioassistencial durante o contexto da pandemia foi definido pelo Plano
de Con ngência da SEDES 2020 v.01, e compõe três modalidades de oferta das ações socioassistenciais:
a) Recepção e acolhida inicial remota;
b) Atendimento par cularizado remoto;
c) Atendimento presencial em caráter excepcional.
Tendo em vista que a assistência social consiste em serviço essencial à sociedade, todas as
ações realizadas devem adotar os princípios do Sistema Único de Assistência Social e os obje vos desta
polí ca, principalmente de assegurar a proteção social do público mais afetado pelas consequências
socioeconômico atual.

3.1. Recepção e acolhida inicial remota


Trata-se do contato inicial da pessoa atendida que visa iden ficar as suas necessidades e
sinalizar as intervenções a serem realizadas.
A recepção e acolhida inicial remota será operacionalizada da seguinte forma:

Por meio telefônico


Por agente social ou especialista em assistência social
No horário das 9 às 17 horas, de segunda à sexta-feira.

OBSERVAÇÃO: O horário definido acima se refere ao horário para atendimento da


recepção e não necessariamente o horário de trabalho de cada servidor. Durante este período, sempre
deverão ter profissionais atendendo as linhas disponibilizadas ao público, garan ndo 40 horas de
atendimento semanal.
A recepção e acolhida inicial remota consiste em:

Escuta qualificada: capacidade de ouvir com atenção e respeito ao relato da pessoa


quanto a sua situação que requer atendimento da assistência social.
Iden ficação das necessidades: habilidade de perceber as necessidades básicas da
família a par r do processo de escuta. A família não necessariamente informará asser vamente o

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que quer ou precisa. Ela tratará da sua situação, suas privações e contexto social. Cabe ao
profissional, ao ouvir o relato, iden ficar quais são as necessidades que devem receber a atenção
da assistência social, seja de forma imediata, seja por meio de providências posteriores.
Registro das informações: inserção de dados, relatos e análises sobre a família no
SIDS. O sistema integrado de desenvolvimento social (SIDS) é a ferramenta ins tucional oficial para
registro de todas as informações sobre as famílias e as intervenções realizadas com elas. As
informações constantes no SIDS devem ser preenchidas com presteza e rigor. Todos os dados
obrigatórios devem ser inseridos, inclusive os dados complementares (aba específica). A cada
atendimento as informações básicas das famílias devem ser confirmadas e atualizadas caso haja
alguma mudança (telefone, endereço, composição familiar, renda e etc.). Sempre que possível,
deverá ser adicionada a foto da responsável familiar no SIDS, desde que haja os recursos
necessários e a autorização da pessoa. Todas as intervenções ou tenta vas de intervenções com as
famílias devem ser evoluídas no SIDS como registro oficial da ação socioassistencial. É importante
registrar questões como: tenta va de contato telefônico, busca a va para entrega de autorização
de saque, dentre outras feituras junto às famílias. Para registrar as responsabilidades decorrentes
do processo de autodeclaração, pode ser inserida ao final da evolução de caso a menção expressa
de que as informações registradas são de inteira responsabilidade do declarante sob a escuta e
registro do servidor.
Intervenção imediata: ação ou entrega ofertada a par r do atendimento imediato.
Haverá situações da família cuja as necessidades iden ficadas demandam por intervenção imediata
que deverá ser adotada pelo profissional que está naquele momento recepcionando o
atendimento. Dentre tais situações encontram-se:

SITUAÇÃO NECESSIDADE INTERVENÇÃO


Requerimento e avaliação da solicitação de cesta de
Insegurança alimentar Alimentos
alimentos em caráter emergencial
Situação de abandono, negligência, Orientação para Efetuar denúncia ou informar com cuidado e detalhe
isolamento, indício de violência ou obtenção de qual órgão/ins tuição deve ser acionado e como
registro de violência. proteção deve ser acionado.
Dúvidas quanto ao sistema de garan a de Orientação para Informar com cuidado e detalhe qual
direitos sobre a condição de algum obtenção de órgão/ins tuição deve ser acionado e como deve ser
membro da família proteção acionado.

OBSERVAÇÃO: Cabe ao servidor avaliar o grau de emergência da situação, podendo haver casos diferentes dos
expostos neste quadro. Em caso de dúvida, o gerente deve ser consultado para auxiliar o servidor no processo de
avaliação e definição da intervenção.

Providências para con nuidade do atendimento: ação que envolve algum


procedimento/intervenção para além do que foi garan do de imediato ou que demande análise
técnica. Esses casos devem ser direcionados para atendimento par cularizado remoto, por meio de
agendamento. É impera vo que a família encerre o atendimento da recepção sabendo a data e
horário em que será realizado o atendimento par cularizado. Para tanto, será disponibilizada
agenda em meio eletrônico para cada especialista disponível na unidade. Em caso de emergência,
deve ser acionado o gerente da unidade para definição de especialista que atenda a demanda no
momento em que ela foi apresentada sem necessidade de agendamento. Dentre as situações para
providências posteriores, encontram-se:

SITUAÇÃO NECESSIDADE INTERVENÇÃO POSSÍVEL


Insegurança de renda grave, com Suporte monetário Requerimento de auxílio em
privação material que ameace a razão de calamidade social
sobrevivência, com causa para posterior análise do
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intrinsecamente relacionada à COVID Especialista em Assistência


19. Social
Orientação técnica sobre
Escuta e orientação
Insegurança grave de convívio ou convivência e vínculo e familiar
vivência com risco de rompimento Suporte financeiro para lidar com o risco Avaliação e solicitação de
familiar. apresentado bene cio vulnerabilidade
Privação material grave que afete a
possibilidade de moradia ou que afete Suporte ou auxílio para mudança ou Concessão do bene cio
a segurança de convívio ou vivência permanência de moradia excepcional
de um ou mais membro
Orientação técnica sobre
Escuta e orientação convivência e vínculo e
familiar.
Conflitos familiares graves que afetem
Suporte financeiro para lidar com o risco Avaliação e concessão de
a saúde ou segurança, ou evitem/
apresentado bene cio vulnerabilidade
enfrentem situações de violência.
Suporte ou auxílio para mudança ou Avaliação e concessão do
permanência de moradia bene cio excepcional
Impossibilidade de garan a de Local para isolamento em caráter Avaliação e concessão do
isolamento para prevenção ou temporário ou recursos para custear os bene cio excepcional
tratamento da COVID-19 em razão de gastos e prejuízos provenientes de
condição de pobreza ou extrema medidas de proteção anteriormente Avaliação para concessão de
pobreza adotadas auxílio vulnerabilidade
Encaminhamento para rede de
proteção
Escuta e orientação Orientação técnica sobre
Situação de abandono, negligência,
convivência e vínculo e familiar
isolamento, indício de violência ou
registro de violência. Suporte financeiro para permi r os meios
Avaliação e concessão de
de enfrentar o risco vivenciado, que
bene cio vulnerabilidade
demande avaliação técnica.
Agendamento para
Casos de primeiro atendimento na
Avaliação técnica atendimento par cularizado
assistência social
remoto.

OBSERVAÇÃO: As situações expostas aqui não limitam o rol de possibilidades que possam vir a aparecer. É preciso
que o servidor tenha a habilidade de iden ficar se há realmente algum elemento que aponte para a importância de
serem adotadas providências posteriores que direcionem ao atendimento par cularizado remoto.

3.2. Atendimento par cularizado remoto


Trata-se do atendimento realizado pelo especialista em assistência social, des nado a
intervenções que não puderam ser sanadas na recepção, encaminhamentos recebidos da rede, busca
a va e casos referenciados. As famílias ou indivíduos já atendidos nos serviços socioassistenciais devem
ser entendidas como caso referenciados.
Atendimento par cularizado remoto visa a garan a das necessidades básicas de
forma imediata, bem como a manutenção do vínculo com os serviços. As famílias deverão ser atendidas
no que tange à segurança de renda; segurança alimentar; registro, orientações e encaminhamentos sobre
possíveis incidências de violência, e orientações sobre acesso a direitos.
O atendimento par cularizado remoto poderá ser operacionalizado das seguintes
formas:
a) Em caráter emergencial: Quando iden ficado na recepção e que precise de uma intervenção
técnica imediata durante a mesma ligação.

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A tomada de decisão para a inclusão nessa modalidade de atendimento deve


considerar o grau de emergencialidade do caso, pois é impera vo que situações emergenciais
graves sejam direcionadas ao especialista em assistência social para atendimento par cularizado
imediato. Embora o enfrentamento de toda situação de insegurança possa ser entendida por
urgente, o termo emergente se refere a situações em que a ausência da intervenção naquele
momento pode agravar o risco, aprofundar danos e ameaçar a segurança de integridade do
usuário.
São exemplos de situações emergenciais graves:

SITUAÇÕES EMERGENCIAIS PARA INTERVENÇÃO IMEDIATA - Exemplos


Risco à vida por situação de abandono, negligência, isolamento ou violência
Violência sexual ou sica contra mulheres, crianças, adolescentes, pessoas idosas ou com deficiência ocorrida nos
úl mos dias, ou em decorrência do estado de isolamento social.
Penúria extrema que ameace a sobrevivência.
Situação de desabrigamento.

b) Por providência para con nuidade de atendimento: Contato a ser feito pelo especialista após a
recepção indicar a necessidade de mais intervenções.
c) Por busca a va: para atendimento de famílias iden ficadas a par r dos processos de vigilância
socioassistencial de cada território.
d) Por encaminhamento recebido: para a demanda encaminhada por outros órgão durante e antes
do contexto da pandemia do COVID-19.

No âmbito dos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (CREAS),


deverão ser consideradas as famílias em demanda reprimida para inserção no PAEFI, priorizando o
atendimento de casos que envolvam risco. Por situações de risco, entendem-se aquelas em que a
situação de violência esteja em curso e ausência de intervenção imediata poderá ocasionar
agravamento da situação. Considerando a grande vulnerabilidade de pessoas idosas nesse
contexto, também deverá ser priorizado o atendimento de solicitações de vagas para o
acolhimento de pessoas idosas, com caracterís cas de longa permanência. Nestes casos, o relatório
poderá ser realizado a par r do atendimento remoto, devendo esta informação constar no
relatório.
No âmbito dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), deverão ser
priorizados os encaminhamentos enviados pela secretaria de saúde do DF, conforme processo SEI
00060-00141439/2020-20.

e) Famílias que já estavam em acompanhamento: para dar con nuidade às ações imprescindíveis
pactuadas com as famílias, cuja a interrupção possa agravar a situação de vulnerabilidade ou fazer com a
família reincida numa situação de risco, bem como para iden ficar situações de agravos provocados pelos
impactos sociais da pandemia.
f) Famílias atendidas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV: para
oferecer proteção integral às famílias de pessoas atendidas neste serviço. Este atendimento será
realizado pelos especialistas em assistência social (educador social) de referência do grupo em que o
membro da família par cipa.
O atendimento par cularizado remoto consiste em:

Escuta qualificada: capacidade de ouvir com atenção e respeito ao relato da pessoa


quanto a sua situação que requer atendimento da assistência social.
Registro das informações: inserção de dados, relatos e análises sobre a família no
SIDS. As informações constantes no SIDS devem ser preenchidas com presteza e rigor. Todos os
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dados obrigatórios devem ser inseridos, inclusive os dados complementares (aba específica). A
cada atendimento as informações básicas das famílias devem ser confirmadas e atualizadas caso
haja alguma mudança (telefone, endereço, composição familiar, renda e etc.). Sempre que possível,
deverá ser adicionada a foto da responsável familiar no SIDS, desde que haja os recursos
necessários e a autorização da pessoa. Todas as intervenções ou tenta vas de intervenções com as
famílias devem ser evoluídas no SIDS como registro oficial da ação socioassistencial. É importante
registrar questões como: tenta va de contato telefônico, busca a va para entrega de autorização
de saque, dentre outras feituras junto às famílias. Para registrar as responsabilidades decorrentes
do processo de autodeclaração, pode ser inserida ao final da evolução de caso a menção expressa
de que as informações registradas são de inteira responsabilidade do declarante sob a escuta e
registro do servidor.
Atualização do Cadastro Único: Sempre que possível e, de forma integrada o
atendimento par cularizado, os dados do Cadastro Único deverão ser atualizados durante o
atendimento par cularizado. O atendimento do Cadastro Único por meio remoto é regulado pela
Portaria MC Nº 368, de 29 de abril de 2020, e pela a Instrução Operacional N° 4/2020 -
SAGI/DECAU.
Intervenção técnica: Procedimentos adotados pelo profissional para a resolução do
caso apresentado.

O atendimento par cularizado remoto deverá ser organizado por meio de agenda
disponibilizada em meio eletrônico. São caracterís cas relevantes da agenda:

Garan r ao usuário a data de hora exata de seu próximo atendimento. Isso garante a
segurança de acolhida, tranquiliza a família ao permi r que ela saiba quando será atendida, evita
repe das ligações que pesam e conges onam o trabalho de forma remota.
Permi r uma organização ní da do trabalho do servidor que poderá planejar suas
intervenções com mais qualidade, programando as suas ligações, preparando-se com
antecedência e adequando os seus atendimentos à disponibilidade da sua carga horária.

A agenda para atendimento par cularizado remoto deve considerar:

O tempo de duração média de 1 hora por atendimento. Caso se trate de uma caso já
conhecido, que demande muitas intervenções e que o profissional já tenha a avaliação de que
pode levar mais tempo que 1 hora, recomenda-se o agendamento de mais de um campo para a
mesma família ou indivíduo.
Os dias que o servidor não es ver disponível para atendimento deverão ser
sinalizados na agenda.
O gerente da unidade é responsável por alinhar as agendas dos servidores às suas
condições, por exemplo, em caso de afastamentos o gerente deve indicar o que deve ser feito com
as famílias previamente agendados.
Sempre que for necessário desmarcar um atendimento, deve ser feito o contato com
a família indicando a desmarcação e a nova data e horário para atendimento.
A agenda deve conter espaços para a demanda proveniente da recepção, para os
encaminhamentos e ações de busca a va.

3.3. Atendimento presencial em caráter excepcional


O atendimento presencial será realizado excepcionalmente nas seguintes situações:
a) Solicitação presencial de vaga de acolhimento por pessoa desabrigada ou em situação de rua:
a vaga deverá ser solicitada pelo Módulo Central de Vagas e, se necessário, a equipe do Serviço
Especializado em Abordagem Social do território deverá ser acionado para o transporte do usuário.

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b) Entregas de autorização de saque para bene cios eventuais e bolsas sociais: Deverão ser
construída estratégias para que não haja aglomeração ou deslocamento desnecessário da população. A
entrega de autorização de saque de bene cios ou bolsas sociais deve ser realizada mediante
agendamento prévio com os beneficiários para distribuir a população em horários diferenciados. Os
usuários também devem ser orientados a higienizar as mãos antes e depois de assinar listagem.
c) Atendimentos emergenciais de indivíduos que busquem as unidades em decorrência de uma
situação de violência que acabaram de sofrer e necessitem de atendimento imediato: Deverão ser
garan dos acolhida inicial e encaminhamentos emergenciais.
d) Pessoas que, no atendimento remoto par cularizado, o especialista iden ficar a necessidade
de atendimento presencial: Esta medida deve ser realizada somente em caráter excepcional, quando for
iden ficada a impossibilidade do atendimento remoto, como, por exemplo, situações em que um
membro familiar não consiga falar com sigilo pelo telefone sem se colocar em maior risco de violência
familiar e não haja a possibilidade dele realizar essa ligação de outro lugar.
e) Pessoas que buscarem a unidade e não possuírem nenhuma forma possível de acesso a
tecnologia de atendimento remoto: no caso de pessoas que informarem, ao buscar a unidade
presencialmente, que não possuem acesso a aparelho de telefone para o atendimento remoto, deverá
ser agendado o atendimento presencial.
Cabe destacar que o atendimento presencial prescinde do uso de equipamentos de
proteção individual, tanto para o servidor quanto para o usuário. Deve ser estruturado local de
atendimento que garanta a distância entre profissional e usuário, com o uso de estratégias como
duplicação de mesas ou colocação de faixas para ampliar a distância. O atendimento deve se dar em local
aberto e ven lado, sem uso de aparelhos de ar-condicionado. As unidades que não conseguirem
estruturar esses locais de atendimento devem informar às respec vas diretorias para a construção de
alterna vas em conjunto.
Os gerentes das unidades são os responsáveis por prestar quaisquer orientações de
pessoas que chegarem presencialmente à unidade e devem preparar os espaços e os servidores para
qualquer possibilidade de atendimento que seja necessário.
3.4. Orientações presenciais
Quando usuários buscarem diretamente a unidade para atendimento, eles deverão ser
informados sobre quais os procedimentos que deverão para o acesso ao atendimento. Essas informações
deverão ser realizadas por servidores e não por segurança das unidades. Também deverão ser afixados
cartazes, com linguagem acessível, nas portas das unidades com os telefones disponibilizados para o
atendimento e seu horário de atendimento.
4. OPERACIONALIZAÇÃO PARA CONCESSÕES DE BENEFÍCIOS SOCIOASSISTENCIAIS
Diante do contexto de calamidade social a operacionalização dos bene cios eventuais
deverá seguir da seguinte forma:

Para os auxílios natalidade, por morte e vulnerabilidade temporária devem ser


adotados os procedimentos já estabelecidos na ro na de trabalho.
Para o enfrentamento das situações de insegurança de renda ocasionadas pelas
consequências sociais da pandemia, deverá ser privilegiado o uso do Auxílio para Situação de
desastre ou Calamidade Pública. Como o Auxílio Vulnerabilidade possui um limite de concessões
por ano, o seu uso para esse contexto poderá limitar o acesso das famílias ao bene cio
vulnerabilidade em situações em que ele for necessário, inclusive em conjunto com o bene cio
calamidade.
O auxílio em situação de desastre ou calamidade pública está estabelecido pela Lei
5.165/2013, a saber:

Art. 23. O auxílio em situação de desastre ou calamidade pública é provisão


suplementar e provisória de assistência social prestada para suprir a família e o

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indivíduo dos meios necessários à sobrevivência, durante as situações


calamitosas, com o obje vo de assegurar a dignidade e a reconstrução da
autonomia familiar e pessoal.
Art. 24. As situações de calamidade pública e desastre caracterizam-se por
eventos anormais, decorrentes de baixas ou altas temperaturas, tempestades,
enchentes, inversão térmica, desabamentos, incêndios, epidemias, os quais
causem sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança ou à vida de
seus integrantes, e outras situações imprevistas ou decorrentes de caso
fortuito.
Art. 25. O auxílio é concedido na forma de pecúnia e bens de consumo, em
caráter provisório e suplementar, sendo seu valor fixado de acordo com o grau
de complexidade do atendimento de vulnerabilidade e risco pessoal das
famílias e indivíduos afetados.
§ 1º O requerente pode solicitar cumula vamente a concessão das duas formas
dos bene cios.
§ 2º O atendimento na forma de pecúnia e de bens de consumo é concedido de
pronto, visando à redução dos danos causados pela situação calamitosa.
§ 3º O valor em pecúnia é de R$ 408,00 (quatrocentos e oito reais).
Art. 26. O auxílio é concedido às famílias e aos indivíduos ví mas de situações
de desastre ou de calamidade pública que se encontrem impossibilitados de
arcar sozinhos com o restabelecimento de sua dignidade.

O processo de solicitação do bene cio poderá ocorrer de duas formas. Por


elaboração de parecer individual para cada família, através do SIDS (o qual está sendo atualizado
para essa nova modalidade) ou por elaboração de parecer cole vo com anexação da listagem de
famílias.
A concessão de forma cole va deve dar em situações em que o especialista
iden ficar que existe um grupo populacional específico que, por compar lharem situações
socioeconômicas similares, estão sofrendo o mesmo impacto provocado pela situação de
calamidade. Exemplos: grupos de catadores, trabalhadores sexuais ou empregados domés cos que
ficaram sem acesso de renda durante esse contexto. Cabe destacar que mesmo que a concessão se
dê de forma cole va, os prontuários individuais deverão ser atualizados com o registro dessa
informação.

5. TELETRABALHO
Trata-se de regime de trabalho conforme determinado pelo Decreto nº 40.526/2020 o qual
estabelece,
Art. 2º O teletrabalho em caráter excepcional e temporário é uma modalidade
de cumprimento das obrigações funcionais que incumbe ao servidor público,
não afastado por licença médica, seja para tratamento da própria saúde ou
para acompanhamento de familiar enfermo, que apresente qualquer das
situações descritas no art. 1º, com vistas a resguardar a prestação dos serviços
públicos que não compreendem o atendimento direto ao público.
Deverão estar em regime de teletrabalho os servidores que estejam abrangidos por
alguma das situações elencada no ar go 1º do Decreto 40.526/2020, a saber:
Art. 1º Ficam estabelecidos os critérios para realização de teletrabalho, em
caráter excepcional e temporário, para servidores, efe vos e comissionados,
empregados públicos e contratados que forem acome dos por febre ou
sintomas respiratórios ou que tenham retornado de viagem internacional nos
úl mos quatorze dias e daqui para frente, idosos acima de sessenta anos,
imunossuprimidos e gestantes, bem como aqueles que estão em convívio com
familiar diagnos cado com o COVID-19.

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As seguintes a vidades poderão ser realizadas em regime de teletrabalho:

Recepção, acolhida inicial e atendimento par cularizado remoto, desde que


fornecido as ferramentas necessárias. Exemplo: disponibilização de linha telefônica;
Elaboração de relatórios socioassistenciais e realização de encaminhamentos;
Ar culações com outros órgãos, serviços e com o Sistema de Garan a de Direitos,
realizadas por telefone, e-mails, mensagens instantâneas e chamadas de voz;
Capacitações, estudos e cursos virtuais para qualificação do trabalho;
Respostas e tramitação processual por meio do SEI.

Todas as a vidades executadas em regime de teletrabalho deverão ser


estabelecidas pelo gerente da unidade e deverão constar em processo SEI conforme estabelecido pela
Circular DIGEP Nº 08/2020.
6. DA GESTÃO TERRITORIAL
Compete aos gerentes das unidades fortalecer a gestão territorial dos serviços
socioassistenciais durante o contexto da pandemia do COVID-19. São ações que devem ser executadas
nesse período:

Buscar informações sobre como os serviços das regiões de abrangência estão


funcionando durante o contexto da pandemia, registrar as informações e disponibilizar para as
equipes que estão realizando o atendimento, a fim de qualificar as orientações dadas aos usuários.
Iden ficar nos territórios de abrangência quais são os grupos populacionais mais
afetados pelos impactos sociais da pandemia e estruturar projetos de busca a va.
Fortalecer a ar culação interins tucional entre os serviços do território, o sistema
de garan a de direitos e demais polí cas públicas com atuação no território, com o repasse
constante de informações atualizadas e, quando necessário, com construção de fluxo específicos
para o contexto de Covid-19.
Manter diálogo constante e atuação conjunta entre serviços da Proteção Social
Básica e Especial, mantendo a tude colabora va para o fortalecimento conjunto e ar culado dos
serviços.

7. DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO
A nota técnica será apresentada e discu da em reuniões com os gestores das unidades de
cada território. Nesta reunião também serão iden ficados e analisadas situações locais que impedem a
plena implementação dessas ações, tais como: déficit de servidores, falta de espaço sico para alocar
todos os profissionais com segurança etc. Nestes casos, as Diretorias construirão alterna vas locais em
conjunto com os gestores locais.
Após a reunião, os gestores locais deverão disponibilizar e realizar estudo conjuntos da
Nota Técnica com todos os profissionais da unidade, inclusive podendo realizar reuniões por conferência
virtual para alcançar os profissionais em teletrabalho. As dúvidas e ques onamentos devem ser
encaminhadas para as respec vas Diretorias (DAIF, DICON e DISEFI) para atualização de F.A.Q. (frequently
asked ques ons - perguntas frequentes respondidas) e qualificação de procedimentos, se necessário.
Os procedimentos descritos nessa Nota Técnica poderão ser alterados a qualquer
momento, a par r de análise técnica da SUBSAS, considerando necessidades dos serviços, os impactos
socioeconômicos da pandemia, bem como as transformações no curso do contágio e novas informações
cien ficas sobre a transmissão do SARS-Cov-2.

KARINY GERALDA ALVES VEIGA


https://sei.df.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=46575814&infra_siste… 9/10
18/05/2020 SEI/GDF - 40060037 - Nota Técnica

Subsecretária de Assistência Social

NATHALIA ELIZA DE FREITAS


Coordenadora de Proteção Social Básica

DELMA PEREIRA BORGES


Diretora de Atenção Integral às Famílias

CLAYTON ANDREONI BATISTA


Diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

ANGELA CRISTINA RAMIREZ DE ANDRADE


Coordenadora de Proteção Social Especial

FELIPE AREDA
Diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos

"Brasília - Patrimônio Cultural da Humanidade"

SEPN 515 Bloco A Ed. Banco do Brasil - Bairro Asa Norte - CEP 70770-501 - DF

32349608

00431-00006717/2020-00 Doc. SEI/GDF 40060037

https://sei.df.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=46575814&infra_sist… 10/10

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