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SUMÁRIO
Lei nº 5346, de 26 de Maio de 1992 ................................................... 3
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas ............55
Decreto-Lei Nº 2.848/1940 e suas alterações (Parte Geral do Código Penal):
Títulos De I A III. ............................................................................96
Questões ...................................................................................... 106
Gabarito ....................................................................................... 110
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LEI Nº 5346, DE 26 DE MAIO DE 1992
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO
DE ALAGOAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
TÍTULO I
GENERALIDADES
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º O presente estatuto tem o fim de regular a situação, deveres,
direitos e prerrogativas dos servidores públicos militares do Estado de
Alagoas.
Art. 2º A Polícia Militar do Estado de Alagoas, Força Auxiliar e reserva
do Exército, é uma instituição permanente, organizada com base na
hierarquia e na disciplina, subordinada administrativa e operacionalmente
ao Governador do Estado, incumbida das atividades de polícia ostensiva e
da preservação da ordem pública.
Parágrafo único. A Polícia Militar, para fins de defesa interna,
subordina-se diretamente ao Exército Brasileiro e deverá estar adestrada
para desempenhar os misteres pertinentes a missão supra.
Art. 3º Os integrantes da Polícia Militar do Estado de Alagoas, em
razão da destinação constitucional da Corporação e em decorrências das
leis vigentes, querem do sexo masculino ou feminino, constituem uma
categoria especial de servidores públicos, denominados “militares”.
§ 1º Os militares posicionam-se em uma das seguintes condições:
a) na ativa
I. os militares de carreira;
II. os alunos dos cursos de formação policial militar, em todos os níveis,
e os alunos dos cursos de adaptação de oficiais, quando procedentes
do meio civil;
III. os componentes da reserva remunerada, quando convocados e
designados para serviço especificado.
b) na inatividade
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I. quando transferido para reserva remunerada, permanecem
percebendo remuneração do Estado, porém sujeitos à prestação de
serviço ativo, mediante convocação e designação:
II. reformados, quando tendo passado por uma ou duas situações
anteriores, ativa e reserva remunerada, estão dispensados
definitivamente da prestação de serviço ativo, continuando a perceber
remuneração do Estado.
§ 2º São militares de carreira aqueles que, oriundo do meio civil,
concluam cursos de formação policial militar, em todos os níveis, ou de
adaptação de oficiais, permanecendo no serviço policial militar.
§ 3º São militares temporários aqueles que, oriundo do meio civil, são
matriculados, após concurso público, para frequentarem curso de formação
policial militar ou de adaptação de oficiais.
Art. 4º O serviço policial militar consiste no exercício das atividades
inerentes à Polícia Militar e a sua condição de força auxiliar e reserva do
Exército, compreendendo todos os encargos previstos na legislação
específica e peculiar, relacionados com a preservação da ordem pública e o
policiamento ostensivo.
Art. 5º A carreira policial militar é caracterizada pela atividade
continuada e devotada às finalidades da Corporação.
§ 1º A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa.
§ 2º É privativa de brasileiro nato a carreira de oficial da Polícia Militar.
CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÃO
Art. 6º Para efeito deste estatuto serão obedecidas as seguintes
conceituações:
I. Polícia Ostensiva - é o ramo da polícia administrativa que tem
atribuição à prática de atos de prevenção e repressão destinadas à
preservação da Ordem Pública;
II. Ordem Pública - é a situação de convivência pacífica e harmoniosa da
população, fundada nos princípios éticos vigentes na sociedade;
III. Serviço ativo - é aquele desempenhado pelo policial militar nos
órgãos, cargos e funções previstas na legislação pertinente;
IV. Posto - é o grau hierárquico privativo do oficial, conferido por ato do
Chefe do Poder Executivo;
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V. Graduação - é o grau hierárquico privativo das praças, conferido por
ato do Comandante Geral;
VI. Precedência - é a condição hierárquica assegurada entre os quadros
e dentro destes, pela antiguidade do posto ou graduação;
VII. Agregado (este texto foi revogado pela lei n° 6150 de 11 Mai 2000).
VIII. Policial Militar Temporário - condição de serviço ativo transitório,
exercido por policial militar, quando oriundo do meio civil, para
frequentar curso de formação ou adaptação de oficiais;
IX. Cargo - é o encargo administrativo previsto na legislação da
Corporação, com denominação própria, atribuições específicas e
estipêndio correspondente, devendo ser provido e exercido na forma
da lei;
X. Função - é o exercício do cargo, através do conjunto dos direitos,
obrigações e atribuições do policial militar em sua atividade
profissional específica;
XI. Hierarquia - é a ordenação da autoridade nos diferentes níveis, dentro
da estrutura policial militar;
XII. Disciplina - é a rigorosa observância e acatamento integral das leis,
regulamentos, normas e dispositivos que fundamentam a
XIII. Organização Policial Militar;
XIV. Matrícula - é o ato administrativo do Comandante que atribui direito
ao policial militar designado para frequentar curso ou estágio;
XV. Nomeação - é a modalidade de movimentação em que o cargo a ser
ocupado pelo policial militar é nela especificado;
XVI. Extraviado ou Desaparecido - é a situação de desaparecimento do
policial militar quando não houver indícios de deserção;
XVII. Deserção - é a situação em que o policial militar deixa de comparecer,
sem licença, à unidade onde serve por mais de oito dias consecutivos;
XVIII. Ausente - é a situação em que o policial militar deixa de comparecer
ou se afasta de sua organização por mais de vinte e quatro horas
consecutivas;
XIX. Organização Policial Militar (OPM) - é a denominação genérica dada
aos órgãos de direção, apoio e execução, ou qualquer outra unidade
administrativa da Corporação;
XX. Efetivação - é o ato de tornar o policial militar efetivo no seu
respectivo quadro;
XXI. Serviço Temporário - é o período de tempo vivenciado no serviço
ativo, para onde os militares, quando oriundo do meio civil, se
encontram matriculados nos cursos de formação ou adaptação;
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XXII. Comissionado - é o grau hierárquico temporário, atribuído pelo
Comandante Geral ao policial militar oriundo do meio civil,
matriculado em curso de formação ou adaptação;
XXIII. Interinidade - é a situação em que se encontra o policial militar no
exercício de cargo cujo provimento é de grau hierárquico superior ao
seu;
XXIV. Legislação Básica - é a legislação federal ou estadual que serve de
base na elaboração da legislação peculiar;
XXV. Legislação Peculiar - é a legislação inerente às atividades ou
administração da Polícia Militar, legislação própria da Corporação;
XXVI. Legislação Específica - é a legislação que trata de um único assunto.
Parágrafo Único. São equivalentes as expressões: “serviço ativo”, “em
atividade”, “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”,
“em serviço”, e “em atividade policial militar”.
TÍTULO II
DO INGRESSO, HIERARQUIA E DISCIPLINA
CAPÍTULO I
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR
Art. 7º O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é facultado
a todos os brasileiros, sem distinção de raça, sexo, cor ou credo religioso,
mediante matrícula ou nomeação, após aprovação em concurso público de
prova ou provas e títulos, observadas as condições prescritas em
regulamentos da Corporação.
Art. 8º A matrícula nos cursos de formação e adaptação de militares,
serviço temporário, necessária para o ingresso nos quadros da Polícia
Militar, obedecerá normas elaboradas pelo Comandante Geral da
Corporação, dando as condições relativas à nacionalidade, idade, altura,
aptidão física e intelectual, sanidade física e mental, idoneidade moral, além
da necessidade do candidato não exercer nem ter exercido atividades
prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional.
§ 1º Com a incorporação no serviço temporário, o voluntário
selecionado será comissionado pelo Comandante Geral nos seguintes graus
hierárquicos:
I. soldado 3ª classe - para os alunos do curso de formação de soldados
de ambos os sexos;
II. cabo - para os alunos do curso de formação de sargentos, quando
oriundos do meio civil ou soldado da Corporação;
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III. cadete do 1º, 2º, 3º e 4º ano respectivamente, para os alunos do
curso de formação de oficiais;
IV. 2° tenente - para os alunos de curso ou estágio de adaptação de
oficiais;
§ 2º Após a conclusão, com aproveitamento, dos cursos referidos no
parágrafo anterior, os militares neles matriculados terão suas situações de
serviço regularizadas, com a efetivação da seguinte forma:
a) os policiais militares inseridos nos itens I e II serão, por ato do
Comandante Geral, efetivados e promovidos ao grau hierárquico que
o curso o habilite;
b) os militares após concluírem com aproveitamento o último ano do
curso de formação de oficiais, serão por ato do Comandante Geral
declarados Aspirantes a Oficial;
c) os militares inseridos no item IV, após a conclusão do curso ou estágio
de adaptação de oficiais, serão confirmados no posto de 2°tenente
por ato do Governador do Estado, mediante proposta do Comandante
Geral.
CAPÍTULO II
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 9º A hierarquia e disciplina são a base institucional da Polícia
Militar.
§ 1º A hierarquia é estabelecida por postos e por graduações.
§ 2º A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau
hierárquico.
§ 3º A disciplina baseia-se no regular e harmônico cumprimento do
dever de cada componente da Polícia Militar.
§ 4º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em
todas as circunstâncias entre os militares da ativa, da reserva remunerada
e reformados.
Art. 10. Os círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os
militares de uma mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o
espírito de camaradagem em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo
do respeito mútuo.
Art. 11. A escala hierárquica na Polícia Militar está agrupada de acordo
com os círculos seguintes:
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a) os círculos hierárquicos de oficiais:
I - círculo de oficiais superiores
Coronel
Tenente-Coronel
Major
II - círculo de oficiais intermediários:
Capitão
III - círculo de oficiais subalternos:
Primeiro Tenente
Segundo Tenente
b) os círculos hierárquicos de praças:
I - círculo de subtenentes e sargentos:
Subtenente
Primeiro Sargento
Segundo Sargento
Terceiro Sargento
II - círculo de cabos e soldados:
Cabo
Soldado
§ 1º Condições para a frequência dos círculos:
I - frequentam o círculo de oficiais subalternos:
O aspirante a oficial e, excepcionalmente ou em reuniões sociais, o
cadete e o aluno do CHO.
II - frequenta o círculo de subtenentes e sargentos:
Excepcionalmente ou em reuniões sociais, o aluno do Curso de
Formação de Sargentos.
III - frequentam o círculo de cabo e soldado:
Os alunos dos cursos de formação de cabos e soldados.
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§ 2º Os aspirantes a oficial e os cadetes são denominados “Praças
Especiais”.
§ 3º Os graus hierárquicos, inicial e final, dos diversos Quadros e
Qualificações são fixados separadamente, para cada caso, em legislação
específica.
§ 4º Sempre que o policial militar da reserva ou reformado fizer uso
do posto ou da graduação, deverá mencionar esta situação.
Art. 12. A precedência entre os militares da ativa do mesmo grau
hierárquico, é assegurada pela antiguidade no posto ou graduação,
ressalvado os casos de precedência funcional estabelecido em lei ou
regulamento.
Art. 13. A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir
da data da publicação do ato da respectiva promoção, declaração,
nomeação ou inclusão.
§ 1º Caso haja igualdade na antiguidade referida no caput deste
artigo, a mesma será estabelecida através dos seguintes critérios:
a) promoção na mesma data, o mais antigo será aquele que o era no
posto ou graduação anterior, e assim sucessivamente até que haja o
desempate;
b) declaração na mesma data, o mais antigo será aquele que obteve
maior grau intelectual no final do curso;
c) nomeação na mesma data, o mais antigo durante a realização do
curso ou estágio de adaptação será aquele que obteve maior grau no
concurso público, e quando da sua efetivação, será mais antigo aquele
que o concluir com maior grau;
d) inclusão na mesma data, o mais antigo será aquele que obteve maior
grau no concurso de admissão;
e) promoção por conclusão de curso de formação na mesma data, o mais
antigo será aquele que obteve maior grau intelectual no final do
curso;
f) entre os cadetes a antiguidade será estabelecida pelo ano em que o
mesmo se encontre cursando;
§ 2º Caso persista o empate na antiguidade, a mesma será definida
através da data do nascimento, onde o mais idoso será o mais antigo.
§ 3º Em igualdade de posto ou graduação, os militares da ativa têm
precedência sobre os da inatividade.
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§ 4º O aluno do Curso de Habilitação a Oficial será equiparado
hierarquicamente ao Cadete do último ano.
Art. 14. A precedência entre as Praças Especiais e as demais praças, é
assim regulada:
I. o aspirante a oficial é hierarquicamente superior as demais praças;
II. o cadete é hierarquicamente superior ao subtenente.
TÍTULO III
DO CARGO, FUNÇÃO, COMANDO E SUBORDINAÇÃO
CAPÍTULO I
DO CARGO E DA FUNÇÃO
Art. 15. O cargo policial militar é aquele especificado nos Quadros de
Organização da Corporação.
Art. 16. Os cargos militares serão providos com pessoal que satisfaça
aos requisitos de grau hierárquico e qualificação exigidas para seu
desempenho.
Art. 17. O cargo policial militar é considerado vago a partir das seguintes
situações:
I. na data de sua criação;
II. na data da exoneração do titular.
Parágrafo Único. Considera-se também vago, cujo ocupante tenha:
I - falecido, a partir da data do falecimento;
II - sido considerado extraviado ou desertor, a partir da data do termo de
deserção ou extravio.
Art. 18. São funções militares o exercício dos cargos previstos nos
Quadros de Organização da Corporação.
§ 1º São consideradas funções policiais militares ou de interesse
policial militar o exercício do cargo nos seguintes órgãos:
I. em órgãos federais relacionados com as missões das Forças
Auxiliares;
II. na Casa Militar do Governador;
III. nas Assessorias Militares;
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IV. no Gabinete do Presidente da República ou do Vice-Presidente da
República;
V. estabelecimentos de Ensino das Forças Armadas ou de outra
VI. Corporação Militar, no país ou no Exterior, como instrutor ou aluno;
VII. outras Corporações Militares, durante o período passado à disposição.
*VII. em função de Subdelegado de Polícia e no DETRAN;
*VIII. em órgãos internacionais quando em missão de Paz.
§ 2º Os militares nomeados ou designados para o exercício dos cargos
previstos no parágrafo primeiro deste artigo só poderão permanecer no
máximo, nesta situação por um período de quatro anos, contínuos ou não,
exceto quando no exercício da chefia do gabinete ou da assessoria.
§ 3º Ao término de cada período previsto no parágrafo segundo deste
artigo, o policial militar terá que retornar a Corporação, onde aguardará, no
mínimo, o prazo de dois (02) anos para um novo afastamento.
Art. 19. O exercício, por policial militar, de cargo ou função não
especificado na legislação da Corporação será considerado de natureza civil.
Parágrafo único. O policial militar da ativa que aceitar cargo, função
ou emprego público temporário, não eletivo, ainda que na administração
indireta ou fundacional pública, ficará agregado ao respectivo quadro e
somente poderá, enquanto permanecer nesta situação, ser promovido pelo
critério de antiguidade, contando-se lhe o tempo de serviço apenas para
aquela modalidade de promoção e transferência para reserva, sendo,
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido, ex-
offício, para a inatividade.
Art. 20. O provimento do cargo em caráter efetivo ou interino será
efetuado por ato da autoridade competente, obedecendo os critérios de
confiança e habilitação com o que a legislação especificar.
Art. 21. Qualquer função, que, pela sua natureza, generalidade,
peculiaridade, vulto ou duração não foi catalogada no Quadro de
Organização da Corporação, será cumprida como encargo, serviço ou
comissão de atividade policial militar.
Redação dada pela Lei 5751, de 28/11/95.
CAPÍTULO II
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
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Art. 22. O comando é o exercício do cargo de chefia que habilita
conduzir homens ou dirigir uma Organização Policial Militar.
§ 1º O comando está vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa impessoal, cujo exercício o policial militar se define e se
caracteriza como chefe.
§ 2º Aplica-se a direção e a chefia de Organização Policial Militar, no
que couber, o estabelecido para o comando.
Art. 23. O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Alagoas
tem honras, regalias, direitos, deveres e prerrogativas de Secretário de
Estado, inclusive referendar atos administrativos
Art. 24. A subordinação não afeta de modo algum a dignidade pessoal
e o decoro do policial militar, limitando-se exclusivamente a estrutura
hierarquizada da Polícia Militar.
Art. 25. O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício
do comando, da chefia e da direção das Organizações Militares.
Art. 26. Os subtenentes e sargentos são formados para auxiliar e
complementar as atividades dos oficiais, quer no adestramento e no
emprego dos meios, quer na instrução, administração e no comando das
frações de tropa.
§ 1º No comando de elementos subordinados, os subtenentes e
sargentos deverão se impor pela lealdade, exemplo e capacidade técnico-
profissional.
§ 2º É incumbência dos subtenentes e sargentos assegurar a
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, regras de serviço e
normas operativas por parte das praças diretamente subordinadas, bem
como a manutenção da coesão e da moral das mesmas em todas as
circunstâncias.
Art. 27. Os cabos e soldados são essencialmente elementos de
execução.
Art. 28. Às praças especiais cabem a rigorosa observância das
prescrições regulamentares que lhes são pertinentes, sendo-lhes exigida
inteira dedicação ao estudo e aprendizado técnico-profissional.
Art. 29. Cabe ao policial militar a responsabilidade integral pelas
decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar.
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Parágrafo Único. No cumprimento de ordens recebidas, o executante
responde pelas omissões, erros e excessos que cometer.
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 9
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TÍTULO IV
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS, DEVERES E OBRIGAÇÕES E
ÉTICA DOS MILITARES
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS
Art. 30. Os direitos e prerrogativas dos militares são constituídos
pelas honras, dignidade e distinção devida aos graus hierárquicos e cargos
exercidos.
§ 1º São direitos e prerrogativas dos militares:
I. plenitude da patente dos oficiais com as prerrogativas, direitos e
deveres a elas inerentes, na ativa e na inatividade;
II. uso dos títulos e designação hierárquica correspondente ao posto ou
graduação;
III. uso dos uniformes, insígnias e distintivos da Corporação, de forma
privativa, quando na ativa;
IV. processo e julgamento pela justiça militar estadual, nos crimes
militares definidos em lei;
V. honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados
em leis ou regulamentos;
VI. prisão especial, em quartel da Corporação, a disposição da autoridade
judiciária competente, quando sujeito à prisão antes da condenação
irrecorrível;
VII. cumprimento de pena privativa de liberdade em unidade da própria
Corporação ou presídio militar, nos casos de condenação que não lhe
implique na perda do posto ou da graduação, cujo comandante, chefe
ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou detido;
VIII. assistência de oficial, quando praça, e de oficial de posto superior ao
seu, se sujeito a prisão em flagrante, circunstância em que
permanecerá na repartição competente da polícia judiciária, somente
o tempo necessário à lavratura do auto respectivo, sendo,
imediatamente após, conduzido à autoridade policial militar mais
próxima, mediante escolta da própria Corporação;
IX. porte de arma para oficiais conforme legislação federal;
X. porte de arma para as praças conforme legislação federal e restrições
imposta pela Corporação;
XI. transferência voluntária para a reserva remunerada aos trinta (30)
anos de serviço, se do sexo masculino e vinte e cinco (25) anos, se
do sexo feminino;
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XII. estabilidade para as praças com mais de dez (10) anos de efetivo
serviço;
XIII. décimo terceiro salário com base na remuneração integral, devida no
mês de dezembro;
XIV. salário família para os seus dependentes, conforme legislação
própria;
XV. férias anuais remuneradas com vantagem, de pelo menos, um terço
amais do que a remuneração normal;
XVI. licença à maternidade;
XVII. licença à paternidade;
XVIII. assistência jurídica integral e gratuita por parte do Estado, quando
indiciado ou processado nos crimes ocorridos em atos de serviço;
XIX. revisão periódica da remuneração dos inativos na mesma proporção
e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos
militares em atividade, sendo também estendido aos inativos
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos
servidores da ativa, inclusive quando decorrentes da reclassificação
de cargo ou função ocupada, em que se deu a transferência para
reserva remunerada ou reforma;
XX. percepção de remuneração;
XXI. promoção;
XXII. pensão por morte correspondente ao total da remuneração do policial
militar ativo ou inativo;
XXIII. demissão ou licenciamento voluntário;
XXIV. adicional de remuneração para as atividades insalubres, penosas ou
perigosas, conforme dispuser a legislação própria;
XXV. a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim
entendida como um conjunto de atividades relacionadas com a
prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo
serviços profissionais médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem
como o fornecimento e aplicação de meios, cuidados e demais atos
médicos e paramédicos necessários;
XXVI. percepção da remuneração do posto ou graduação imediatamente
superior, quando da sua transferência para inatividade contar vinte e
cinco (25) anos de efetivo serviço, se do sexo feminino e trinta (30)
anos se do sexo masculino. Caso seja ocupante do último posto da
hierarquia da Corporação, terá seu soldo aumentado de dois décimos.
XXVII. percepção correspondente ao seu grau hierárquico, calculada com
base no soldo integral, quando não contando vinte e cinco (25) anos,
se do sexo feminino, ou trinta (30), se do sexo masculino, for
transferido para reserva remunerada, ex-offício, por ter atingido a
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idade limite de permanência no serviço ativo, no seu posto ou
graduação.
§ 2º Os professores civis contratados para ministrarem aulas nos cursos
realizados no Centro de Ensino e Instrução da Polícia Militar, além dos
direitos previstos em outras legislações, terão as seguintes honras:
I. de coronel, quando lecionar no curso superior de polícia;
II. de major, quando lecionar no curso de aperfeiçoamento de oficiais;
III. de capitão, quando lecionar nos cursos de formação, adaptação e
habilitação para oficiais;
IV. de primeiro tenente, quando lecionar nos demais cursos ou estágios.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES
Art. 31. São deveres dos militares aqueles emanados de vínculos
racionais e morais que os ligam à comunidade e a segurança,
compreendendo essencialmente:
I. dedicação integral ao serviço policial militar;
II. fidelidade a instituição a que pertence, mesmo com o risco da própria
vida;
III. culto aos símbolos nacionais e estaduais;
IV. probidade e lealdade em todas as circunstâncias;
V. disciplina e respeito a hierarquia;
VI. rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
VII. tratar o subordinado com dignidade e urbanidade.
Art. 32. O cidadão, após o ingresso e conclusão do curso de formação
ou adaptação, prestará compromisso de honra, na forma regulamentar, no
qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e deveres
institucionais e manifestará sua disposição de bem cumpri-los.
§ 1º O compromisso a que se refere o caput deste artigo, terá caráter
solene e será prestado a Bandeira Nacional.
§ 2º O compromisso do aspirante a oficial será prestado no dia da
declaração e de acordo com o cerimonial constante no regulamento do
Estabelecimento de Ensino.
§ 3º O compromisso de oficial ao primeiro posto será prestado em
solenidade especialmente programada para este fim.
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92.
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CAPÍTULO III
DA VIOLAÇÃO, DOS DEVERES E DAS OBRIGAÇÕES
Art. 33. Constituirão violação dos deveres e das obrigações militares:
a prática de crime, de contravenção e de transgressão disciplinar.
§ 1º A violação dos deveres e das obrigações militares é tão grave
quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.
§ 2º No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar, será
considerada a violação mais grave.
Art. 34. A inobservância dos deveres especificados nas leis e
regulamentos ou na falta de exatidão no cumprimento dos mesmos,
acarretará para o policial militar responsabilidade funcional, pecuniária,
disciplinar ou penal, de conformidade com a legislação específica ou
peculiar.
SEÇÃO I
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
Art. 35. As transgressões disciplinares são especificadas no
regulamento disciplinar da Polícia Militar do estado de Alagoas.
§ 1º O regulamento disciplinar da Polícia Militar estabelecer as normas
para a aplicação e amplitude das punições disciplinares.
§ 2º As punições disciplinares de detenção ou prisão não poderão
ultrapassar a trinta (30) dias.
Art. 36. Ao cadete que cometer transgressão disciplinar, aplica-se,
além das sanções disciplinares previstas no regulamento disciplinar da
Polícia Militar, as existentes nos Regimentos Internos dos Estabelecimentos
de Ensino onde estiver matriculado.
SEÇÃO II
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA
Art. 37. O oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como
policial militar da ativa, será submetido a Conselho de Justificação na forma
da legislação peculiar.
§ 1º O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, será
afastado dos exercícios de suas funções, automaticamente, a critério da
autoridade competente.
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§ 2º O Conselho de Justificação também poderá ser aplicado aos
oficiais da reserva.
Art. 38. O aspirante a oficial e as praças com estabilidade assegurada,
presumivelmente incapaz de permanecer na ativa, serão submetidos a
Conselho de Disciplina na forma da legislação peculiar.
§ 1º O aspirante a oficial ou a praça com estabilidade assegurada, ao
ser submetido a Conselho de Disciplina, será afastada da atividade que
estiver exercendo.
§ 2º O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado a praça da
reserva.
CAPÍTULO IV
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR
Art. 39. A ética policial militar é estabelecida através do sentimento do
dever, pundonor militar e do decoro da classe, imposta a cada integrante
da Polícia Militar, pela conduta moral e profissional irrepreensíveis com
observância dos seguintes preceitos:
I. amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade
pessoal;
II. exercer com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe
couber em decorrência do cargo;
III. respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV. cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as
ordens da autoridade competente;
V. ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do
mérito dos subordinados;
VI. zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e também do
subordinado, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
VII. empregar toda energia em benefício do serviço;
VIII. praticar permanentemente a camaradagem e desenvolver o espírito
de cooperação;
IX. ser discreto nas atitudes, maneiras e linguagem escrita e falada;
X. abster-se detratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa,
relativa à segurança nacional ou pública;
XI. respeitar as autoridades civis;
XII. cumprir seus deveres de cidadão;
XIII. proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV. observar as normas de boa educação;
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XV. garantir a assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como
chefe de família modelar;
XVI. conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que
não prejudique os princípios da disciplina, respeito e decoro policial
militar;
XVII. abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter
facilidades pessoais de qualquer natureza ou para negócios
particulares ou de terceiros;
XVIII. abster-se na inatividade do uso das designações hierárquicas,
quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades industriais;
c) em atividades comerciais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito
de assuntos políticos ou militares, excetuando-se os de
natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado;
e) no exercício de função de natureza não policial militar, mesmo
oficiais.
XIX. zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus
integrantes.
TÍTULO V
DO AUSENTE, DESERTOR, DESAPARECIDO E EXTRAVIADO
CAPÍTULO I
DO AUSENTE E DO DESERTOR
Art. 40. É considerado ausente o policial militar que por mais de vinte
e quatro (24) horas consecutivas:
I. deixe de comparecer a sua Organização Policial Militar sem comunicar
o motivo do impedimento;
II. afaste-se, sem licença, da Organização Policial Militar onde serve ou
do local onde deva permanecer.
Art. 41. É considerado desertor o policial militar que por mais de oito
(08) dias consecutivos:
I. deixe de comparecer à sua Organização Policial Militar, sem
comunicar o motivo do impedimento;
II. afaste-se, sem licença, da Organização Policial Militar onde serve ou
do local onde deva permanecer.
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Art. 42. A deserção do policial militar acarreta uma interrupção do
serviço ativo.
§ 1º A interrupção do serviço ativo é caracterizada após o cumprimento
das formalidades legais, e o desertor é posto na condição de agregado, se
oficial ou praça com estabilidade.
§ 2º A demissão do oficial ou a exclusão do policial militar com
estabilidade assegurada processar-se-á após seis meses de agregação, se
não houver captura ou apresentação voluntária antes deste prazo.
§ 3º A praça sem estabilidade assegurada será automaticamente
excluída após oficialmente declarada desertora.
§ 4º O policial militar desertor que for capturado ou se apresentar
voluntariamente, será submetido a inspeção de saúde:
I. se julgado apto e não tenha sido excluído ou demitido, será submetido
a processo pelo Conselho competente;
II. se julgado apto e já tiver sido demitido ou excluído, será readmitido
ou reincluído, agregado e responderá ao processo.
III. se julgado incapaz definitivamente e não tenha sido demitido ou
excluído, se oficial, responderá a processo, se praça com estabilidade,
será excluída e isenta de processo.
IV. se julgado incapaz definitivamente e já tiver sido demitido ou
excluído, se oficial, responderá a processo, se praça ficará isenta do
mesmo.
CAPÍTULO II
DO DESAPARECIDO E EXTRAVIADO
Art. 43. É considerado desaparecido o policial militar da ativa que, no
desempenho de qualquer serviço, viagem, operações militares ou em caso
de calamidade pública, tiver seu paradeiro ignorado por mais de oito (08)
dias.
Parágrafo Único. A situação de desaparecimento só será considerada
quando não houver indício de deserção.
Art. 44. O policial militar que, na forma do artigo anterior, permanecer
desaparecido por mais de trinta (30) dias, será oficialmente considerado
extraviado, e, a partir desta data, agregado.
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92
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Art. 45. O extravio do policial militar da ativa acarretará na interrupção
do seu serviço ativo.
§ 1º O desligamento do serviço ativo será feito seis (06) meses após a
agregação por motivo de extravio.
§ 2º Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública
ou outros acidentes oficialmente reconhecidos, o extravio do policial militar
da ativa será considerado, para fins deste Estatuto, como falecimento.
Art. 46. O reaparecimento do policial militar considerado desaparecido
ou extraviado, já desligado do serviço ativo, resulta em sua reinclusão e
nova agregação enquanto se apura as causas que deram origem ao
afastamento.
Parágrafo Único. O policial militar reaparecido será submetido a sindicância
por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar, se assim julgar
necessário.
TTÍTULO VI
DA EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
CAPÍTULO ÚNICO
DAS FORMAS DE EXCLUSÃO
Art.47. A exclusão do serviço ativo da Polícia Militar e o consequente
desligamento da OPM a que estiver vinculado o policial militar será feita
mediante:
I. transferência para a reserva remunerada;
II. reforma;
III. demissão;
IV. licenciamento;
V. anulação de incorporação.
§ 1º A exclusão do serviço ativo da Polícia Militar com referência aos
incisos I, II, e III do caput deste artigo, será processada após a expedição
de ato do Governador do Estado.
§ 2º A exclusão do serviço ativo referentes aos incisos IV e V do caput
deste artigo, processar-se-á por ato do Comandante Geral da Polícia Militar.
Art. 48. O policial militar da ativa, enquadrado em um dos incisos I,
II, III e IV do artigo 47, será automaticamente afastado do cargo e posto
na condição de adido especial na OPM onde servir, a partir da protocolização
do requerimento ou ata de inspeção de saúde.
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Parágrafo Único. O desligamento do policial militar da Organização em
que serve deverá ser feita após a publicação no Boletim Geral do ato oficial
correspondente.
SEÇÃO I
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA
Art. 49. A passagem do policial militar para a situação de inatividade,
mediante transferência para a reserva remunerada, se efetuará:
I. a pedido;
II. ex-offício.
Parágrafo Único. Não será concedida transferência para reserva
remunerada a pedido, ao policial militar que:
a) estiver respondendo a Inquérito ou Processo em qualquer
jurisdição;
b) estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
Art. 50. A transferência para a reserva remunerada, a pedido, será
concedida mediante requerimento, ao policial militar que contar, no
mínimo, vinte e cinco (25) anos de serviço, se do sexo feminino, e trinta
(30), se do masculino.
Art. 51. A transferência para a reserva remunerada, “ex-offício”,
verificar-se-á sempre que o policial militar incidir nos seguintes casos:
I. atingir as seguintes idades limites:
a) círculo dos oficiais
1.- QOPM
Coronel 58 anos
Tenente Coronel, 56 anos
Major 52 anos
Capitão, 1º Tenente e 2º Tenente 50 anos
2.- QOS
Coronel 62 anos
Tenente Coronel, 60 anos
Major 58 anos
Capitão, 1º Tenente e 2º Tenente, 57 anos
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3.- QOA e QOE
Major 58 anos
Capitão 57 anos
1º Tenente 56 anos
2º Tenente 55 anos
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92
4.- CAPELÃO
Major 62 anos
Capitão 60 anos
1º Tenente 58 anos
2º Tenente 57 anos
5.- QOPFem
Coronel 50 anos
Tenente Coronel, 48 anos
Major 47 anos
Capitão, 1º Tenente e 2º Tenente, 45 anos
b) círculo das praças
1.- Masculino
Subtenente 58 anos
1º Sargento 57 anos
2º Sargento 56 anos
3º Sargento, Cabo e Soldado 55 anos
2.- Feminino
Subtenente 50 anos
1º Sargento 48 anos
2º Sargento 47 anos
3º Sargento, Cabo e Soldado 45 anos
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II. atingir o policial militar trinta e cinco (35) anos de efetivo serviço, se
do sexo masculino, ou trinta (30) anos se do sexo feminino;
III. ultrapassar dois (02) anos, contínuos ou não, em licença para
acompanhar tratamento de saúde de pessoa da família;
IV. for o oficial considerado não habilitado para o acesso, em caráter
definitivo, através de Conselho de Justificação, provocado pela
Comissão de Promoções de Oficiais;
V. ultrapassar dois (02) anos, contínuos ou não, em licença para tratar
de interesse particular;
VI. ultrapassar dois (02) anos, contínuos ou não, afastado da Corporação
em virtude de haver sido empossado em cargo público civil,
temporário, não eletivo, inclusive da Administração Indireta, ou
Fundacional Pública, à disposição de órgão público;
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92
VII. ser diplomado em cargo eletivo, de conformidade com a Constituição
Federal;
VIII. após três (03) indicações, depois de devidamente habilitado em
seleção interna, para frequentar Curso Superior de Polícia, Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais ou Curso de Aperfeiçoamento de
Sargentos, não o completar ou não aceitar as indicações.
§ 1º A transferência para a reserva remunerada ex-offício processar-se-
á, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 2º Não se aplicará o inciso II deste artigo aos oficiais que estejam
exercendo os cargos de Comandante Geral, Chefe da Casa Militar do
Governador e Chefe da Assessoria Militar da Assembleia Legislativa,
enquanto permanecer no cargo.
§ 3º O coronel que permanecer por mais de dez (10) anos no posto, será
transferido ex-offício para a reserva remunerada, independente do seu
tempo de serviço, exceto as hipóteses do parágrafo anterior.
Art. 52. A transferência para a reserva remunerada não isenta o policial
militar da indenização dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a
terceiros, nem do pagamento das pensões decorrentes de sentença judicial.
Parágrafo Único. A transferência do policial militar para a reserva
remunerada poderá ser suspensa na vigência do estado de defesa e estado
de sítio, ou em caso de mobilização.
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SEÇÃO II
DA REFORMA
Art. 53. A passagem do policial militar para a situação de inatividade,
mediante reforma, se efetua ex-offício.
Art. 54. A reforma do que trata o artigo anterior será aplicada ao
policial militar que:
I. atingir as seguintes idades limites de permanência na reserva
remunerada:
a) para oficial superior, sessenta e quatro (64) anos, se do sexo
masculino, e cinquenta e dois (52) se do sexo feminino;
b) para capitão e oficial subalterno, sessenta e dois (62) anos, se
do sexo masculino, e cinquenta e dois (52) se do sexo feminino;
c) para praças, sessenta (60) anos, se do sexo masculino, e
cinquenta e cinco (55) se do sexo feminino.
II. for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo da Polícia da
Militar;
III. estiver agregado por mais de doze meses, contínuos ou não, por ter
sido julgado incapaz temporariamente para o serviço da Polícia
Militar, durante o período de trinta e seis meses, mediante
homologação da junta policial militar de saúde, ainda mesmo que se
trate de moléstia curável;
IV. for condenado a pena de reforma, prevista no código penal militar,
ou sentença passada em julgado;
V. sendo oficial, quando determinada a sua reforma por sentença
irrecorrível, em consequência de Conselho de Justificação a que foi
submetido;
VI. sendo aspirante a oficial ou praça com estabilidade assegurada,
quando determinada a sua reforma pelo Comandante Geral,
VII. em razão de julgamento de Conselho de Disciplina a que foi
submetido.
§ 1º O policial militar reformado na forma do inciso V deste artigo, só
readquirirá a situação anterior, por força de sentença irrecorrível, e com
relação ao inciso VI, por decisão do Comandante Geral.
§ 2º Fica o Comandante Geral da Polícia Militar autorizado a reformar,
através de ato administrativo, todos os militares da reserva remunerada
que atingirem idade limite.
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§ 3º Anualmente, no mês de fevereiro, a Diretoria de Pessoal da
Corporação organizará relação dos militares da reserva remunerada que
atingiram, até aquela data, idade limite de permanência naquela situação.
§ 4º A situação de inatividade do policial militar da reserva remunerada,
quando reformado por limite de idade, não sofrerá solução de continuidade,
ficando apenas desobrigado de convocação.
Art. 55. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:
I. ferimento recebido na manutenção da ordem pública ou enfermidade
contraída nessa situação ou que nela tenha sua causa eficiente;
II. acidente em serviço;
III. doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com relação de causa e
efeito a condição inerente ao serviço;
IV. tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave e outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões
da medicina especializada;
V. acidente ou doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e
efeito com o serviço.
Redação modificada pela lei nº 5358 de 01 JUL 92
§ 1º Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste artigo serão
comprovados por atestado de origem ou inquérito sanitário de origem,
previstos em regulamentação própria.
§ 2º Os casos previstos nos incisos IV e V serão submetidos a inquérito
sanitário de origem, para confirmação ou não de sua causa e efeito, ou
correlação com o serviço.
§ 3º O parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose, para os
portadores de lesões aparentemente inativa, ficará condicionado a um
período de consolidação extra- nosocomial nunca inferior a seis (06) meses,
contados a partir da época da cura.
§ 4º Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio mental ou
neuro-mental grave, no qual esgotados os meios habituais de tratamento,
permaneça alteração completa ou considerável na personalidade, destruída
a autodeterminação do pragmatismo e tornado o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho, comprovado
através de inquérito sanitário de origem.
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§ 5º Ficam excluídas do conceito de alienação mental as epilepsias
psíquicas e neurológicas, assim julgadas através de inquérito sanitário de
origem.
§ 6º Consideram-se paralisia todo caso de neuropatia grave e definitiva
que afeta a motilidade, sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas,
no qual esgotados os meios habituais de tratamento, permaneçam
distúrbios graves, extensos e definitivos que tornem o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§ 7º São também equiparadas às paralisias os casos de afecção osteo-
musculo- articulares graves e crônicas (reumatismos graves e crônicos ou
progressivos e doenças similares), nos quais, esgotados os meios habituais
de tratamento, permaneçam distúrbios extensos e definidos, quer osteo-
musculo-articulares residuais, quer secundários das funções nervosas,
motilidade, troficidade, ou nas funções que tornem o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§ 8º São equiparadas à cegueira, não só os casos de afecções crônicas,
progressivas e incuráveis que conduzirão à cegueira total, como também os
de visão rudimentares que apenas permitam a percepção de vultos, não
susceptíveis de correção por lentes, nem removíveis por tratamento médico
cirúrgico, comprovados através do inquérito sanitário de origem.
Art. 56. O policial militar da ativa, julgado incapaz definitivamente, por
um dos motivos constantes nos incisos do artigo 55, será reformado
obedecendo os seguintes critérios:
I - quando a incapacidade decorrer dos casos previstos nos incisos I e II, o
policial militar terá direito a promoção ao posto ou graduação
imediatamente superior e proventos integrais;
II - quando a doença, moléstia ou enfermidade tiver relação de causa e
efeito com o serviço, e o policial militar não for considerado inválido, terá
direito a proventos integrais;
III - quando a doença, moléstia ou enfermidade tiver relação de causa e
efeito com o serviço, e o policial militar for considerado inválido, terá direito
a promoção ao posto ou graduação imediatamente superior e proventos
integrais;
IV - quando a doença, moléstia ou enfermidade não tiver relação de causa
ou efeito com o serviço, e o policial militar não for considerado inválido, terá
direito a proventos proporcionais ao seu tempo de serviço;
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V - quando a doença, moléstia ou enfermidade não tiver relação de causa
e efeito com o serviço, e o policial militar for considerado inválido, terá
direito a proventos integrais.
Parágrafo Único. Todos os casos previstos neste artigo só serão
atendidos depois de devidamente comprovados através de inquérito
sanitário de origem.
Art. 57. O policial militar reformado por incapacidade definitiva, que for
julgado apto em inspeção ou junta superior de saúde, em grau de recurso,
poderá retornar ao serviço ativo.
Parágrafo Único. O retorno ao serviço ativo somente ocorrerá se o tempo
decorrido na situação de reformado não ultrapassar dois (02) anos, e se
processará na conformidade com o previsto para o excedente.
Art. 58. O policial militar reformado por alienação mental, enquanto não
ocorrer a designação judicial do curador, terá sua remuneração paga aos
seus benificiários, desde que o tenha sob sua guarda e responsabilidade e
lhe dispense tratamento humano e condigno.
§ 1º A interdição do policial militar reformado por alienação mental
quando não providenciada por iniciativa dos parentes ou responsáveis,
dentro de sessenta (60) dias contados da data da reforma, será promovido
pela Corporação.
§ 2º O internamento do policial militar reformado por alienação mental,
em instituição apropriada, será também providenciado pela Corporação,
quando ocorrer uma das seguintes hipóteses:
a) não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;
b) não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas no
caput deste artigo.
Art.59. Para fins constantes neste Estatuto, são considerados postos
ou graduações imediatamente superiores, além das demais devidamente
explicitadas, as seguintes:
I. 1º Tenente - para alunos do curso ou estágio de adaptação de oficiais;
II. 2º Tenente - para os aspirantes a oficial, cadetes, alunos do curso de
habilitação a oficiais e subtenentes;
III. 3º Sargento - para os cabos e alunos do curso de formação de
sargentos;
IV. Cabo - para os soldados e alunos do curso de formação de cabos, e
alunos do curso de formação de soldados.
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SEÇÃO III
DA DEMISSÃO
Art. 60. A demissão da Polícia Militar aplica-se exclusivamente aos oficiais,
e se efetua da seguinte forma:
I. a pedido;
II. ex-offício.
Art. 61. A demissão a pedido será concedida mediante requerimento
do interessado:
I. sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais de cinco
(05) anos de oficialato na Corporação;
II. com indenização das despesas feitas pelo Estado com a sua
preparação e formação, quando contar menos de cinco (05) anos de
oficialato na Corporação.
§ 1º No caso do oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração
igual ou superior a seis (06) meses e inferior ou igual a dezoito (18) meses
por conta do Estado, e não havendo decorrido mais de três (03) anos do
seu término, a demissão só será concedida mediante indenização de todas
as despesas correspondentes ao referido curso ou estágio.
§ 2º No caso do oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração
superior a dezoito (18) meses por conta do Estado, aplicar-se-á o disposto
no parágrafo anterior, se ainda não houver decorrido mais de cinco (05)
anos de seu término.
§ 3º O oficial demissionário, a pedido, ingressará na reserva não
remunerada, sendo a sua situação militar definida pela lei do serviço militar.
§ 4º O direito a demissão a pedido, pode ser suspenso, na vigência
do estado de defesa ou estado de sítio.
Art. 62. O Oficial da Polícia Militar será demitido “ex-offício”, quando:
I. for empossado em cargo público permanente, estranho à sua
carreira;
II. se alistar como candidato a cargo eletivo e contar na época do
alistamento menos de dez (10) anos de serviço;
III. falecer ou for considerado falecido;
IV. for considerado desertor conforme artigo 41.
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Art. 63. Será também demitido “ex-offício” o Oficial que houver
perdido o Posto e a Patente, sem direito a qualquer remuneração ou
indenização e terá a sua situação militar definida pela lei do Serviço Militar.
Art. 64. O Oficial da Polícia Militar só perderá o Posto e Patente
quando:
I. for condenado na Justiça Comum ou Militar a pena restritiva de
liberdade individual, superior a dois (02) anos, em decorrência de
sentença condenatória transitada em julgado e o Conselho de Justiça
Militar decidir sobre a sua perda;
II. for julgado indigno para o oficialato ou com ele incompatível, por
decisão do Conselho de Justiça Militar, nos casos previstos no inciso I
deste artigo;
III. for julgado indigno para o oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de sentença irrecorrível, nos julgamentos dos Conselhos de
Justificação.
SEÇÃO IV
DO LICENCIAMENTO
Art. 65. O licenciamento do serviço ativo, aplicado somente às Praças,
se efetua:
I. a pedido;
II. ex-offício.
§ 1º O licenciamento a pedido poderá ser concedido a qualquer época,
desde que não haja prejuízo para o tesouro do Estado.
§ 2º O licenciamento “ex-offício” será feito na forma da legislação
própria:
a) a bem da disciplina;
b) por inadaptação ao serviço policial militar durante o período de
formação;
c) falta de aproveitamento no período de formação;
d) por falecimento ou por ter sido considerado falecido;
e) por ter a praça infringido o § 3º do artigo 116 deste Estatuto.
§ 3º No caso do licenciamento “ex-offício” por falta de aproveitamento
no período de formação, o mesmo poderá, a critério da Corporação ser
rematriculado.
Art. 66. O direito ao licenciamento a pedido poderá ser suspenso na
vigência do estado de defesa ou estado de sítio.
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Art. 67. O licenciamento a pedido será concedido mediante
requerimento do interessado obedecendo os seguintes critérios:
I. sem indenização aos cofres públicos, quando não tiver feito qualquer
curso ou estágio de duração superior a seis (06) meses.
II. com indenização das despesas feitas pelo Estado com sua
especialização em curso ou estágio superior a seis (06) meses e não
contar doze (12) meses após o término do referido curso ou estágio.
Art. 68. O licenciamento “ex-offício” do aspirante a oficial e da praça
com estabilidade assegurada, a bem da disciplina, ocorrerá quando:
I. submetido a Conselho de Disciplina e julgado culpado, assim decidir
o Comandante Geral;
II. perder ou haver perdido a nacionalidade brasileira, se Aspirante a
Oficial;
Parágrafo único. O aspirante a oficial ou a praça com estabilidade
assegurada, licenciada a bem da disciplina, só poderá readquirir a situação
anterior por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar, se o
licenciamento foi consequência de julgamento do Conselho de Disciplina.
Art. 69. É da competência do Comandante Geral da Polícia Militar o ato
de licenciamento “ex-offício”.
Art. 70. O licenciamento acarreta a perda do seu grau hierárquico e não
isenta das indenizações dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a
terceiros, nem das pensões decorrentes de sentença judicial.
Art. 71. O policial militar licenciado não tem direito a qualquer
remuneração e terá sua situação definida pela Lei do Serviço Militar.
Art. 72. Será licenciada “ex-offício” a praça que se alistar candidato a
cargo eletivo, e contar na época do alistamento menos de dez (10) anos de
serviço.
Art. 73. Será também licenciado “ex-offício” o aspirante a oficial e as
praças empossadas em cargo público permanente, estranho à sua carreira.
SEÇÃO V
DA ANULAÇÃO DE INCORPORAÇÃO
Art. 74. A anulação de incorporação de voluntários selecionado será
aplicada ao policial militar que:
I. tenha prestado por escrito, durante o recrutamento, declarações
falsas;
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II. tenha utilizado durante o recrutamento documentos falsificados ou de
outrem;
III. responda processo criminal na Justiça Comum antes ou durante o
período de formação.
§ 1º A anulação de incorporação poderá ocorrer em qualquer época
dentro do período de formação.
§ 2º A praça que tiver sua incorporação anulada não terá direito a
qualquer remuneração ou indenização, e sua situação será definida pela Lei
do Serviço Militar, semelhante ao licenciamento.
TÍTULO VII
DA REMUNERAÇÃO, DA PROMOÇÃO E DOS UNIFORMES DA
POLÍCIA MILITAR
CAPÍTULO I
DA REMUNERAÇÃO
Art. 75. A remuneração dos militares compreende vencimentos ou
proventos, adicionais, indenizações e outros direitos, e é devida em bases
estabelecidas em lei específica e na Constituição Estadual.
CAPÍTULO II
DA PROMOÇÃO
Art. 76. O acesso na hierarquia policial militar é seletivo, gradual,
sucessivo e será feito mediante promoção, de conformidade com o disposto
na legislação e Regulamento de Promoções de Oficiais e Praças, de modo a
obter-se um fluxo regular e equilibrado.
§ 1º O planejamento da carreira dos oficiais e praças, obedecidas as
disposições da legislação e regulamentos peculiares a que se refere este
artigo, é atribuído ao Comandante Geral da Polícia Militar e Chefe do Estado
Maior Geral, respectivamente.
§ 2º A promoção é um ato administrativo que tem como finalidade
básica a seleção dos militares para o exercício de cargos e funções
pertinentes ao grau hierárquico superior.
§ 3º A promoção dos oficiais será realizada por ato do Governador do
Estado, mediante proposta do Comandante Geral; a das praças por ato do
Comandante Geral, mediante proposta da Comissão de Promoção de
Praças.
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§ 4º Haverá promoção especial ao grau hierárquico imediatamente
superior para os militares inválidos em decorrência de lesão grave adquirida
no cumprimento do dever, prevista no Art. 276 da Constituição Estadual.
CAPÍTULO III
DOS UNIFORMES DA POLÍCIA MILITAR
Art. 77. Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígnias
e emblemas são privativos dos militares e simbolizam a autoridade com as
prerrogativas que lhes são inerentes.
§ 1º Constituem crimes previstos no Código Penal Militar o
desrespeito pelo militar aos uniformes, distintivos, insígnias e emblemas
militares.
§ 2º É vedado a qualquer civil ou organização desta natureza usar
uniforme ou ostentar distintivo, insígnia ou emblema que possam ser
confundidos com os adotados pela Polícia Militar.
§ 3º São responsáveis pela infração disposta no parágrafo anterior,
além dos indivíduos que as tenham cometida, os empregadores, Diretores
ou Chefes das Repartições Públicas, Empresas e Organizações de qualquer
natureza, que tenha adotado ou consentido o uso de uniformes, distintivos,
insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na
Polícia Militar.
Art. 78. O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias,
emblemas, bem como os modelos, descrições, composição, peças,
acessórios e outras disposições, são estabelecidos em regulamentação
peculiar da Polícia Militar.
Art. 79. O policial militar fardado tem as obrigações correspondentes
aos uniformes que usa, e aos distintivos, emblemas ou às insígnias que
ostenta.
TÍTULO VIII
DA AGREGAÇÃO, DA REVERSÃO E DO EXCEDENTE
CAPÍTULO I
DA AGREGAÇÃO
Art. 80. A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa fica
temporariamente afastado do exercício do cargo no âmbito da Corporação,
permanecendo no lugar em que lhe competir na escala hierárquica de seu
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Quadro ou Qualificação, com a anotação esclarecedora da situação da
abreviatura Ag.”
“Parágrafo único – A agregação não abre vaga para fins de
promoção.”
Redação modificada pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000
Art. 81. O policial militar da ativa será agregado e considerado para todos
os efeitos legais, como em serviço ativo, quando:
I. for nomeado ou designado para cargo ou função considerado de
natureza policial militar, estabelecido em Lei ou Decreto e não
previsto no Quadro de Organização da Polícia Militar;
II. aceitar cargo, função ou emprego público temporário, não eletivo,
ainda que na Administração Indireta ou Fundacional Pública;
III. se alistar como candidato a cargo eletivo e contar mais de dez (10)
anos de serviço na época do afastamento;
IV. for posto à disposição de Estabelecimento de Ensino das Forças
Armadas ou outras Corporações militares, no país ou no exterior;
V. for posto à disposição do governo federal para exercer cargo ou
função em órgãos federais, embora considera função de natureza
policial militar, exceto na condição de aluno;
*VI - for posto à disposição de Secretaria de Estado ou de outro órgão desta
unidade da federação, ou de outro Estado ou Território para exercer função
de natureza civil exceto nas hipóteses previstas nos incisos VII e VIII do §
1º do Art. 18 desta Lei.
Redação dada pela Lei nº 5941, de 31/07/97.
§ 1ºAagregaçãodopolicial militar nos casos dos incisos I, II, IV, V e VI
deste artigo, será contada a partir da data da publicação do Ato oficial de
nomeação, designação ou passagem à disposição para o novo cargo até a
data oficial da exoneração, dispensa do policial militar ou transferência “ex-
offício” para a reserva.
§ 2º A agregação do policial militar, no caso do inciso III, será contada
a partir da data de registro como candidato até sua diplomação ou regresso
à Corporação, caso não seja eleito.
Art.82. O policial militar da ativa será agregado quando afastado,
temporariamente, do serviço ativo, por motivo de:
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I- ter sido julgado incapaz temporariamente, após noventa (90) dias
contínuos ou não, no período de cento e oitenta (180) dias de
licença para tratamento de serviço;
II- ter entrado de licença para tratar de assunto particular;
III- ter entrado de licença para acompanhar tratamento de pessoa da
família, a partir das prorrogações;
IV- ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o
processo de reforma;
V- ter sido considerado oficialmente extraviado;
VI- ter sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção
previsto no Código Penal Militar, se Oficial ou Praça com
estabilidade assegurada;
VII- como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido
capturado e reincluído a fim de se ver processar;
VIII- ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a seis
(06) meses em sentença transitado em julgado, enquanto durar a
execução da mesma, exceto se concedida a suspensão
condicional;
IX- ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto,
graduação, cargo ou função prevista no Código Penal Militar;
X- ter entrado de licença para acompanhamento de cônjuge nos casos
previstos nos §§ 2º e 4º do Art. 104 deste Estatuto.
§ 1º A agregação do policial militar, nos casos dos incisos I e IV do caput
deste artigo, é contado a partir do primeiro dia após os respectivos prazos
e enquanto durar o evento.
§ 2º A agregação do policial militar, nos casos dos incisos II, III, V, VI,
VII, VIII, IX e X deste artigo, é contada a partir da data indicada no ato que
tornar público o evento.
Art. 83. O policial militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares
concernentes as suas relações com outros militares e autoridades civis,
salvo quando o titular de cargo que lhe dê precedência funcional sobre
outros militares mais graduados ou mais antigo.
Art. 84. O policial militar agregado ficará adido, para efeito de alterações
e remuneração, à Organização Policial Militar que lhe for designado,
continuando a figurar no respectivo registro, sem número, no lugar até que
então ocupava.
Art. 85. A agregação do policial militar se faz por ato do Comandante
Geral da Polícia Militar.
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Redação modificada pela lei nº 5358 de 01 JUL 92
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CAPÍTULO II
DA REVERSÃO
Art. 86. Reversão é o ato pelo qual o policial militar, cessado o motivo
que determinou a sua agregação, readquire o direito do exercício do cargo
próprio do quadro ou qualificação a que pertença.
Redação modificada pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000
Art. 87. A reversão do policial militar se faz por ato do Comandante Geral
da Polícia Militar.
CAPÍTULO III
DO EXCEDENTE
Art. 88. Excedente é a situação transitória a que, automaticamente,
passa o policial militar que:
I- havendo sido revertido, esteja completo o efetivo do quadro ou
qualificação a que pertença;
II- foi revogado pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000.
III- é promovido por bravura, sem haver vaga;
IV- foi revogado pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000.
V- sendo mais moderno na respectiva escala hierárquica, ultrapassa
o efetivo de seu quadro, em virtude de promoção de outro policial
militar em ressarcimento de preterição ou retorno ao serviço, aos
termos do art. 57 deste estatuto.
VI- foi revogado pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000.
§ 1º O policial militar cuja situação é de excedente, ocupa posição
relativa à sua antiguidade na escala hierárquica, com a abreviatura “excd”,
e receberá o número que lhe competir, em consequência da primeira vaga
que se verificar.
§ 2º O policial militar cuja situação é de excedente, é considerado, para
todos os efeitos, como em serviço, e concorre, respeitados os requisitos
legais, em igualdade de condições e sem nenhuma restrição, a qualquer
cargo policial militar, bem como a promoção.
§ 3º O policial militar promovido por bravura, sem haver vaga,
ocupará a primeira vaga aberta, deslocando o princípio de promoção a ser
seguido para a vaga seguinte.
§ 4º - foi revogado pela lei nº 6150 de 11 MAI 2000.
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TÍTULO IX
DOS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS, DAS LICENÇAS E DAS
RECOMPENSAS
CAPÍTULO I
DOS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS
Art. 89. São considerados afastamentos temporários os seguintes:
Férias, Núpcias, Luto, Instalação e Trânsito.
SEÇÃO I
DAS FÉRIAS
Art. 90. O período de férias anual é um afastamento temporário do
serviço, obrigatoriamente concedido aos militares para descanso, a partir
do último mês do ano a que se refere e usufruído no ano seguinte.
§ 1º Os policiais militares têm direito por ano de serviço, ao gozo de
trinta (30) dias de férias remuneradas com pelo menos 1/3 (um terço) a
mais da remuneração correspondente ao período e paga até a data do início
do período de repouso.
§ 2º É facultado ao servidor militar converter 1/3 das férias como
abono pecuniário, desde que o requeira com, pelo menos, sessenta (60)
dias de antecedência.
§ 3º O período de férias não gozado por motivo de necessidades do
serviço, mas que o policial militar já tenha recebido a remuneração
correspondente pelo menos 1/3 (um terço), poderá ser contado em dobro.
Art. 91. São autoridades competentes para conceder férias:
I- o Comandante Geral, ao Chefe do Estado Maior e a si próprio, após
comunicar ao Governo do Estado;
II- o Chefe do Estado Maior Geral, aos Oficiais do EMG da Corporação,
aos Comandantes do Policiamento da Capital, do Interior e do
Corpo de Bombeiros, ao Ajudante Geral, aos Comandantes de
Unidades, Estabelecimentos de Ensino, Diretores e aos
Comandantes de Subunidades Independentes;
III- os Diretores, Comandantes de Unidades, Subunidades
Independente, Centro e Estabelecimento de Ensino Policial Militar,
aos que servem sob suas ordens.
§ 1º A concessão de férias não será prejudicada por:
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a) gozo anterior de licença para tratamento de saúde ou licença
especial;
b) punição anterior decorrida de contravenção ou de transgressão
disciplinar;
c) ordem ou cumprimento de atos de serviços.
§ 2º A concessão das férias não acumulará o direito que o policial
militar tem de gozar as licenças regulamentares previstas em lei.
§ 3º Somente em caso de interesse da Segurança Nacional, de
Manutenção da Ordem Pública, de extrema necessidade do serviço, de
transferência para a inatividade ou para cumprimento de punição
decorrente de crime, contravenção ou transgressão disciplinar de natureza
grave e em caso de baixa hospitalar, os militares terão interrompidas ou
deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem
direito.
§ 4º São autoridades competentes para interromper ou deixar de
conceder férias previstas neste estatuto, as seguintes:
a) o Governador do Estado, no caso de interesse da Segurança
Nacional e de Manutenção da Ordem Pública;
b) b) o Comandante Geral, em caso de extrema necessidade do
serviço ou de transferência para a inatividade.
§ 5º Na impossibilidade absoluta do gozo de férias no ano seguinte,
pelos motivos previstos no § 3º deste artigo, o período de férias não
gozados será computado dia-a-dia e contado em dobro.
Art.92. O gozo de férias anual obedecerá às prescrições estabelecidas
em regulamentação própria:
§ 1º O período de férias anual poderá ser gozado onde interessar ao
policial militar, dentro do País, mediante permissão do respectivo
comandante, chefe ou diretor; para o exterior, com consentimento do
Governador do Estado.
§2º O policial militar em gozo de férias não perderá o direito ao soldo
e vantagens que esteja percebendo ao iniciá-la.
§ 3º As férias escolares serão concedidas de conformidade com o
regulamento do estabelecimento de ensino da Polícia Militar de Alagoas.
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SEÇÃO II
NÚPCIAS E LUTO
Art. 93. O afastamento do serviço, por motivo de núpcias, será
concedido ao policial militar pelo prazo de oito (08) dias, quando solicitado
antecipadamente ao seu comandante imediato, e será contado a partir da
data do evento, ficando o beneficiado com obrigação da apresentação da
certidão de casamento ao término do mesmo.
Parágrafo Único. Quando não solicitado antecipadamente a concessão
do afastamento o policial militar só poderá fazê-lo até trinta (30) dias após
a data do casamento.
Art. 94. O afastamento do serviço por motivo de luto será concedido
ao policial militar pelo prazo de oito (08) dias, a partir da data em que a
autoridade a qual o beneficiário esteja subordinado tome conhecimento do
óbito da pessoa intimamente relacionada como: pais, cônjuge,
companheira, filhos, irmãos, sogros e avós.
SEÇÃO III
TRÂNSITO E INSTALAÇÃO
Art. 95. Trânsito é o período de afastamento total do serviço,
concedido ao policial militar cuja movimentação implique,
obrigatoriamente, em mudança de Guarnição ou para frequentar cursos ou
estágio fora do Estado; destina-se aos preparativos decorrentes dessa
mudança.
Parágrafo Único. Os períodos concedidos relativos a trânsito são previstos
em regulamentação própria.
Art. 96. Instalação é o período de tempo concedido ao policial militar
para fixar residência, no limite máximo de cinco (05) dias,
independentemente de ter gozado trânsito.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
Art. 97. Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, em
caráter temporário, concedida ao policial militar, e pode ser:
I. especial;
II. para trato de interesse particular;
III. para acompanhar tratamento de saúde de pessoa da família;
IV. para tratamento de saúde própria;
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V. licença à maternidade;
VI. licença à paternidade;
VII. licença para acompanhar o cônjuge.
Art. 98. Licença especial é o afastamento do serviço, relativo a cada
quinquênio de efetivo serviço prestado à Corporação, concedido ao policial
militar que a requerer, sem que implique em qualquer restrição para a sua
carreira.
§ 1º A licença especial tem a duração de 03 meses e será gozada de
uma só vez, podendo ser suspensa a qualquer época, a critério do
interessado.
§ 2º O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo
de efetivo serviço.
§ 3º Os períodos de licença especial não gozados pelo policial militar
serão a pedido computados dia-a-dia e contado em dobro para fins
estabelecidos neste estatuto.
§ 4º A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de licença
para tratamento de saúde ou para que sejam cumpridos atos de serviços.
§ 5º Uma vez concedida a licença especial, o policial militar será
exonerado do cargo ou dispensado do exercício das funções que exerce e
ficará adido à Organização Policial Militar onde servir.
§ 6º A licença especial será concedida pelo comandante Geral da Polícia
Militar, de acordo com o interesse do serviço, e respeitando as quotas
estipuladas por este.
§ 7º A licença especial só poderá ser suspensa ex-offício, em caso do
País entrar em estado de Defesa ou de Sítio, ou para cumprimento de
sentença que importe em restrição à liberdade individual.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE INTERESSE PARTICULAR
Art. 99. A licença para trato de interesse particular é concedida ao
policial militar com 10 (dez) anos ou mais de efetivo serviço que a requerer
com esta finalidade.
§ 1º A licença para trato de interesse particular será concedida
sempre com prejuízo da remuneração e do tempo de efetivo serviço,
podendo ser suspensa a pedido e a qualquer tempo do período do seu gozo.
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§ 2º A licença para trato de interesse particular é concedida pelo
Comandante Geral da Polícia Militar, desde que o País não se encontre em
estado de Defesa ou estado de Sítio.
§ 3º O período máximo de licença para trato de interesse particular
será de (dois) anos, contínuos ou não, não podendo ser obtida nova licença,
após completar esse prazo.
§ 4º A licença para trato de interesse particular poderá ser suspensa
“ex-offício”, em caso do País entrar em estado de Defesa ou de Sítio, ou
para cumprimento de sentença que importe em restrição à liberdade
individual.
SEÇÃO III
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR TRATAMENTO DE PESSOA
DA FAMÍLIA
Art. 100. O policial militar poderá obter licença para acompanhar
tratamento de saúde de pessoa da família, desde que prove ser
indispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 1º A licença de que trata o caput deste artigo será concedida pelo
Comandante Geral ao policial militar, depois de ter sido exarado parecer da
Junta Policial Militar de Saúde.
§ 2º A licença terá duração máxima de trinta (30) dias, podendo ser
prorrogada por iguais períodos, através de novos pareceres da Junta Policial
Militar de Saúde.
§ 3º O prazo máximo dessa licença será de vinte e quatro (24) meses,
contínuos ou não.
§ 4º A licença de que trata este artigo será concedida com
remuneração integral até o prazo máximo de doze (12) meses
ininterruptos, com 2/3 (dois terços) da remuneração se exceder a este
prazo.
§ 5º Verificado não mais persistir a causa que motivou a licença para
acompanhar tratamento de saúde de pessoa da família, a autoridade
competente poderá mandar cassá-la, a pedido ou ex-offício, sendo que, no
segundo caso, só se realizará após inspeção de saúde realizado pela Junta
Policial Militar de Saúde.
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SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE PRÓPRIA
Art. 101. A licença para tratamento de saúde própria será concedida
pelo Comandante Geral, ex-offício, ao policial militar, mediante inspeção de
saúde e terá a duração de trinta (30) dias, podendo ser prorrogada por
iguais períodos.
§ 1º A licença terá início na data em que o policial militar for julgado
incapaz temporariamente para o serviço, pelo médico ou pela Junta Policial
Militar de Saúde que conclua pela necessidade da mesma.
§ 2º Se a natureza ou gravidade da doença for atestada por médico
especialista estranho à Polícia Militar, o policial militar será atendido pela
Junta Policial Militar de Saúde para homologar ou não o atestado
apresentado e consequente concessão da licença.
SEÇÃO V
LICENÇA À MATERNIDADE
Art. 102. O policial militar feminina gestante terá direito a licença à
maternidade com duração de cento e vinte (120) dias, concedidos a partir
do oitavo (8º) mês de gestação, ou a contar da data do parto, mediante
requerimento da interessada e após inspeção de saúde, sem prejuízo da
remuneração e da contagem do tempo de efetivo serviço.
Parágrafo Único. Terá também direito a essa licença o policial militar
feminino que aceitar guarda de criança, com idade inferior a trinta (30)
dias, por determinação judicial, ou recebê-la como filho adotivo, contados
a partir da data do aceite.
SEÇÃO VI
LICENÇA À PATERNIDADE
Art. 103. O policial militar terá direito a licença à paternidade com
duração de cinco (05) dias, concedidos a contar da data do nascimento do
filho, mediante requerimento do interessado.
Parágrafo Único. Terá direito a essa licença o policial militar que
aceitar guarda de criança com idade inferior a trinta (30) dias, por
determinação judicial, ou recebê-la como filho adotivo, contados a partir da
data do aceite.
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SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE
Art. 104. O policial militar terá direito à licença para acompanhamento
do cônjuge, quando for ele mandado servir ou frequentar curso fora do
Estado.
§ 1º Se o cônjuge é policial militar e seu afastamento do Estado é
para frequentar curso de interesse da Corporação, a licença será com
remuneração e contado o tempo, como de efetivo serviço, correspondente
ao período do curso.
§ 2º Se o cônjuge é policial militar, mas o seu afastamento é por outro
motivo que não curso, a licença será sem remuneração e sem contagem de
tempo de efetivo serviço.
§ 3º Se o cônjuge não é policial militar, a licença será sem
remuneração e sem contagem de tempo de efetivo serviço, qualquer que
seja a circunstância.
§ 4º Nos casos previstos nos §§ 2º e 3º deste artigo o policial militar
agregará.
CAPÍTULO III
DAS RECOMPENSAS
Art. 105. As recompensas constituem reconhecimento dos bons
serviços prestados pelos militares.
§ 1º As recompensas serão concedidas de acordo com as normas
estabelecidas nas leis e regulamentos da Corporação.
§ 2º São recompensas militares:
I. os prêmios de honras ao mérito;
II. as condecorações por serviços prestados, tempo de serviço ou por
aplicação e estudo;
III. os elogios, louvores e referências elogiosas;
IV. as dispensas do serviço.
Art. 106. As dispensas do serviço são afastamentos totais, em caráter
temporário, concedidas pelo Comandante, Chefe ou Diretor de OPM aos
militares diretamente subordinados.
Parágrafo Único. As dispensas de serviço serão concedidas com a
remuneração integral e computadas como tempo de efetivo serviço.
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TÍTULO X
DO TEMPO DE SERVIÇO
CAPÍTULO ÚNICO
DA APURAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 107. Os militares começam a contar tempo de serviço a partir da
data de sua inclusão, matrícula em órgão de formação ou nomeação para
posto na Polícia Militar.
§ 1º Considera-se como data de inclusão, para fins deste artigo:
I- a data do ato em que o policial militar é considerado incluído na
Corporação;
II - a data de matrícula em órgão de formação de policial militar;
III - a data de apresentação do policial militar pronto para o serviço, após
ato de nomeação.
§ 2º O policial militar reincluído, recomeça a contar tempo de serviço
a partir da data de reinclusão.
§ 3º Quando, por motivo de força maior, oficialmente reconhecido
(inundação, naufrágio, incêndio, sinistro aéreo ou outras calamidades),
faltarem dados para a contagem de tempo de serviço, caberá ao Comando
Geral da Polícia Militar arbitrar o tempo a ser computado para cada caso
particular, de acordo com os elementos disponíveis.
Art. 108. A apuração do tempo de serviço do policial militar, será feita
através do somatório de:
I. tempo de efetivo serviço;
II. tempo de serviço averbado.
Art. 109. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado
dia-a-dia, entre a data de inclusão e a data limite estabelecida para o
desligamento do policial militar do serviço ativo, mesmo que tal espaço de
tempo seja parcelado.
§ 1º O tempo de serviço prestado em órgão público, federal, estadual
e municipal, antes do ingresso na Polícia Militar, será computado como
efetivo serviço.
§ 2º Será também considerado como tempo de efetivo serviço os
períodos de licença especial e férias não gozados e contados em dobro.
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§ 3º O tempo de efetivo serviço de que trata o caput deste artigo e
seus parágrafos, será apurado e totalizados em dias, aplicado o divisor 365
(trezentos e sessenta e cinco), para a correspondente obtenção dos anos.
§ 4º O policial militar da reserva remunerada convocado para o
serviço ativo, de conformidade com o artigo 118 desta lei, terá o tempo que
passar nesta situação computado dia a dia, como serviço ativo.
Art. 110. Tempo de serviço averbado, para fins de inatividade, é a
expressão que designa o cômputo do tempo de serviço prestado pelo policial
militar antes do ingresso na Corporação em atividade privada, de acordo
com a Constituição Estadual.
Art. 111. Não será computável para qualquer efeito, o tempo:
a) que ultrapassar de um (01) ano, contínuo ou não, em licença
para tratamento de saúde de pessoa da família;
b) passado em licença para trato de interesse particular;
c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena de suspensão de exercício
do posto, graduação, cargo ou função, por sentença transitada
em julgado;
e) decorrido em cumprimento de pena restritiva de liberdade por
sentença transitado em julgado, desde que não tenha sido
concedida suspensão condicional da pena, quando então, o
tempo que exceder ao período da pena será computado para
todos os efeitos, caso as decisões estipuladas na sentença não
o impeçam.
Art. 112. O tempo que o policial militar vier a passar afastado do
exercício de suas funções, em consequência de ferimentos recebidos em
acidente quando em serviço, na manutenção da Ordem Pública, ou em
razão de moléstia adquirida no exercício de qualquer função policial militar,
será computado como se ele o tivesse passado no exercício daquelas
funções.
Art. 113. O tempo passado pelo policial militar no exercício de
atividade decorrentes ou dependentes de operações de guerra será
regulado em legislação específica.
Art. 114. A data limite para o final de contagem de ano de serviço,
para fins de passagem à inatividade, será a do desligamento do serviço
ativo.
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Art. 115. Na contagem dos anos de serviço não se pode computar
qualquer superposição de tempo de serviço público (federal, estadual e
municipal), fundacional pública ou privado prestado ao mesmo tempo e já
computado após a inclusão, matrícula em órgão de formação, nomeação
para posto ou graduação ou reinclusão na Polícia Militar, nem com os
acréscimos de tempo, para os possuidores de curso universitário.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS E FINAIS
Art. 116. O policial militar da ativa poderá contrair matrimônio desde
que observada a legislação civil peculiar.
§ 1º É vedado o casamento ao cadete, masculino e feminino, durante
a realização do Curso de Formação de Oficiais.
§ 2º Ao policial militar, masculino e feminino, fica vedado o casamento
durante a realização do curso de formação de soldados e sargentos;
§ 3º O policial militar que contrair matrimônio em desacordo com os
§§ 1º e 2º deste artigo será desligado, ex-offício, do curso em que esteja
matriculado.
Art. 117. A nomeação de policial militar para os encargos de que trata
o item VI do artigo 51 somente poderá ser feita:
I. pela autoridade federal ou estadual competente, mediante requisição
ao Governador do Estado, quando o cargo for da alçada federal ou de
outra unidade da federação;
II. pelo Governador do Estado ou mediante sua autorização, nos demais
casos.
Parágrafo Único. Enquanto permanecer no cargo de que trata o inciso VI do
artigo 51, é assegurado ao policial militar:
a) opção entre a remuneração do cargo ou emprego e a do posto ou
graduação;
b) a promoção apenas pelo critério de antiguidade;
c) contagem do tempo de serviço para promoção pelo critério de
antiguidade e transferência para inatividade.
Art. 118. O oficial da reserva remunerada poderá ser convocado para
o serviço ativo, por ato do Governador do Estado, para:
I. ser designado para compor o Conselho de Justificação;
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II. ser encarregado de inquérito policial militar ou incumbido de outros
procedimentos administrativos, na falta de oficial da ativa em
situação hierárquica compatível com a do oficial envolvido.
§ 1º O oficial convocado nos termos deste artigo terá direitos e deveres
dos da ativa de igual situação hierárquica, exceto quanto à promoção, e
contará o tempo desse serviço em seu favor.
§ 2º A convocação e designação de que trata este artigo terá a duração
necessária ao cumprimento da missão que lhe deu origem, não devendo ser
superior ao prazo de doze (12) meses, e dependerá da anuência do
convocado, que será precedida de inspeção de saúde.
Art. 119. É vedado o uso, por parte de organização civil, de designações
que possam sugerir sua vinculação à Polícia Militar.
Parágrafo Único. Excetuam-se das prescrições deste artigo as
Associações, Clubes, Círculos e outros que congregam membros da Polícia
Militar e que se destinam, exclusivamente, a promover intercâmbio social e
assistencial entre militares e seus familiares e entre esses e a sociedade
civil local.
Art. 120. Os benificiários do policial militar da ativa, falecido ou
extraviado em ato de serviço, terão direito à pensão especial paga pelo
Estado, correspondente à remuneração integral do novo posto ou
graduação, caso o qual venha a ser promovido.
Art. 121. São adotados na Polícia Militar, em matéria não regulada na
legislação estadual, as leis e regulamentos em vigor no Exército Brasileiro,
no que lhe for pertinente, até que sejam adotados leis e regulamentos
específicos.
Art. 122. Ocorrendo o licenciamento do serviço ativo, a pedido, previsto
nesta lei, é facultada a reinclusão, uma vez satisfeita as seguintes
exigências:
I. existência de vagas;
II. interesse da Corporação;
III. sanidade física e mental do requerente, comprovada em inspeção
médica e teste de aptidão física (TAF);
IV. tenha o licenciamento ocorrido enquanto o peticionário não se
encontrar no mau comportamento;
V. estenda-se o afastamento por período não superior a oito (08) anos;
VI. conte o postulante, na data da reinclusão, no máximo, a idade de
quarenta (40) anos.
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Parágrafo único. Não serão reincluídos os praças licenciados
disciplinarmente da Polícia Militar.
Art. 123. Serão organizados bienalmente almanaques contendo a
relação nominal dos oficiais e aspirantes a oficial, bem como dos
subtenentes e sargentos da ativa, distribuídos por ordem de antiguidade
nos postos e graduações dos respectivos quadros, a cargo da primeira seção
do Estado Maior Geral, para os oficiais e Diretoria de Pessoal para
subtenentes e sargentos.
Art. 124. Os cadetes serão declarados aspirantes a oficial pelo
Comandante Geral.
Parágrafo Único. Quando concluírem o curso de formação em outra
Unidade da Federação, os cadetes serão declarados pelo Comandante Geral
daquela Polícia Militar, sendo os atos de declaração ratificados pelo
Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Alagoas, bem como as
promoções dos cadetes, de um para outro ano.
Art. 125. O oficial da Polícia Militar que tiver exercido o cargo de
Comandante Geral por dois (02) consecutivos, ou quatro (04)
alternados, quando exonerado, será transferido para a reserva
remunerada com os direitos e vantagens inerentes ao respectivo
cargo, face a relevância que lhe é reconhecido.
Parágrafo Único. O interstício para os efeitos deste artigo poderá ser
complementado pelo tempo de serviço prestado pelo oficial da Polícia Militar
em cargos privativos de oficial superior previstos no Quadro de Organização
da Corporação.
Foi suspensa a aplicabilidade, com efeito ex nunc, do art. 125 e
respectivo parágrafo único da Lei nº 5.346, de 26 de maio de 1992,
por decisão do STF (Of nº 012-P/MC- STF), para a Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 1380-7/600 do Governo do Estado de
Alagoas, conforme se observa DOE nº 035, de 22.02.97.
Art. 126. Considera-se acidente em serviço aqueles ocorridos com
policial militar da ativa quando:
I. no exercício dos deveres previstos neste Estatuto e outra legislação e
regulamentos da Corporação;
II. no exercício de suas atribuições funcionais, durante o expediente
normal, ou quando determinado por autoridade competente, em sua
prorrogação ou antecipação;
III. no cumprimento de ordem da autoridade competente;
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IV. no decorrer de viagem, em objeto de serviço, previsto em
regulamento ou autorizado por autoridade competente;
V. no decorrer de viagem imposta por motivo de movimentação,
efetuada no interesse do serviço ou a pedido;
VI. no deslocamento entre a sua residência e a organização em que serve
ou o local de trabalho, e vice-versa, comprovado que não houve
mudança de itinerário.
§ 1º Será aplicado o disposto no caput deste artigo ao policial militar
da inatividade, quando convocado e designado para o serviço ativo,
enquanto durar sua permanência nessa situação.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput desse artigo aos militares
acidentados em decorrência da prática de crime doloso ou culposo,
transgressão disciplinar, ou litígio entre superior e subordinado.
§ 3º Os casos previstos neste artigo serão devidamente apurados em
inquérito policial militar para esse fim mandado instaurar.
§ 4º Considera-se ainda acidente em serviço aquele que por si só não
é a causa única e exclusiva da redução de capacidade do policial militar,
desde que haja relação de causa e efeito.
§ 5º Para todos os acidentes em serviço serão obrigatoriamente
expedidos atestados de origem e, na sua falta, por motivos justificados,
serão instaurados inquéritos sanitários de origem, para sua devida
elucidação.
§ 6º As hipóteses dos incisos I a VI do caput deste artigo não se aplica
a casos anteriormente consumados.
Art. 127. O policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por
qualquer ato administrativo, poderá recorrer ou interpor pedido de queixa,
reconsideração ou representação, segundo legislação vigente na
Corporação.
§ 1º O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em quinze (15) dias corridos, a contar do recebimento da
comunicação oficial, quando se tratar de composição de Quadro
de Acesso para promoção;
b) em cento e vinte (120) dias, nos demais casos.
§ 2º O prazo de prescrição será contado a partir da publicação, No
Diário Oficial, Boletim Geral da Corporação ou Boletim da organização
policial militar.
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§ 3º O policial militar da ativa que recorrer ao Poder Judiciário deverá
participar, antecipadamente, esta iniciativa à autoridade a que estiver
subordinado, ficando esta obrigada a levar o fato ao conhecimento do
Comandante Geral.
§ 4º O recurso de que trata o caput deste artigo não poderá ser
impetrado coletivamente.
Art. 128. O policial militar aprovado em concurso público para o curso
de formação de oficiais, será automaticamente, após sua matrícula,
transferido para o quadro de praças especiais e comissionado na graduação
de cadete do serviço temporário.
Art. 129. O policial militar comissionado no grau hierárquico previsto
no serviço temporário, que seja desligado do curso que frequenta, pelos
motivos abaixo relacionados, terá sua situação regulada da seguinte forma:
I. problema de saúde - permanecerá no serviço ativo, na unidade de
ensino, no mesmo grau hierárquico em que se encontrava na ocasião
do desligamento e terá rematrícula assegurada, uma única vez, após
ser considerado apto em inspeção de saúde;
II. não aproveitamento intelectual:
a) se oriundo da própria Corporação, será exonerado do grau
hierárquico que exerce no serviço temporário, retornando ao
Corpo de Tropa, na mesma graduação que possuía antes da
matrícula no curso de formação;
b) se oriundo do meio civil, será exonerado do grau hierárquico
que exerce no serviço temporário, transferido para uma
Unidade do Corpo de Tropa na graduação de soldado 2ª classe.
§ 1º Os incisos I e II deste artigo aplicam-se aos alunos do curso de
formação de sargentos.
§ 2º O inciso I e a letra “a” do inciso II deste artigo aplicam-se aos
alunos do curso de formação de cabos.
§ 3º Para os alunos do curso de formação de soldados aplica-se o
disposto no inciso I deste artigo e, caso seja por falta de aproveitamento,
será licenciado, podendo ser rematriculado uma única vez no curso
subsequente, a critério do Comandante Geral.
§ 4º Para os cadetes, aplica-se o disposto no inciso I e letra “a” do
inciso II; no caso da letra “b” do inciso II, será exonerado do grau
hierárquico em comissão que exerce no serviço temporário, transferido para
uma Unidade do Corpo de Tropa, na graduação de 3º sargento.
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§ 5º Para os alunos do curso ou estágio de adaptação de oficiais,
aplica-se o disposto no inciso I e letra “a” do inciso II; no caso da letra “b”
do inciso II, o aluno será exonerado do grau hierárquico em comissão que
exerce no serviço temporário e demitido do serviço ativo.
Art. 130. O policial militar indicado para exercer cargos e funções
estranhos à Polícia Militar, só será oficializado após sua anuência, não se
excluindo a responsabilidade dos atos administrativos aos quais a lei lhe
impuser.
Art. 131. Aplicam-se aos militares femininos a legislação e as normas
em vigor na Corporação, no que lhes couber.
Art. 132. Após a vigência do presente estatuto, serão a ele ajustados
todos os dispositivos legais e regulamentos que com ele tenham ou venham
a ter pertinência.
Art. 133. Cabe à Polícia Militar a supervisão das atividades
operacionais das guardas municipais e das empresas de vigilância.
Art. 134. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogada Lei nº 3696 de 28 de dezembro de 1976 e toda legislação que lhe
é complementar e demais disposições em contrário.
PALÁCIO MARECHAL FLORIANO, em Maceió, 26 de Maio de 1992,
104º da República.
GERALDO BULHÕES BARROS GOVERNADOR
NILTON ROCHA - CEL PM COMANDANTE GERAL
(DO N° 097, de 27 de maio de 1992)
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REGULAMENTO DISCIPLINAR DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE
ALAGOAS
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DAS GENERALIDADES
Art. 1.º - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Alagoas tem
por finalidade definir, especificar e classificar as transgressões disciplinares;
estabelecer normas relativas à amplitude e à aplicação das punições a elas
inerentes, à classificação do comportamento policial militar das praças e à
interposição de recursos disciplinares.
Parágrafo Único - São também tratadas, em parte, neste
Regulamento, as recompensas especificadas no Estatuto dos Policiais
Militares.
Art. 2.º - A camaradagem é indispensável à formação e ao convívio
da família policial militar, cumprindo existir as melhores relações sociais
entre os policiais militares.
Parágrafo Único - Incumbe aos superiores incentivar e manter a
harmonia, a solidariedade e a amizade entre seus subordinados.
Art. 3.º - A civilidade é parte integrante da educação policial militar,
importando ao superior tratar os subordinados com justiça e interesse; por
sua vez, o subordinado é obrigado a todas as provas de respeito e
deferência para com seus superiores.
Parágrafo Único - As demonstrações de camaradagem e civilidade,
obrigatórias entre os policiais militares, devem ser extensivas aos oficiais e
praças das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados
da Federação e do Distrito Federal; das Forças Armadas brasileiras e Forças
Militares estrangeiras.
Art. 4.º - Para efeito deste Regulamento, todas as Organizações
Policiais militares, tais como: Quartel do Comando-Geral; Comandos de
Policiamento; Diretorias; Seções de EMG; Unidades, Subunidades e outros
Órgãos Independentes, serão denominados “OPM”.
Parágrafo Único - A palavra “Comandante”, quando usada
genericamente, engloba, também, os cargos de Diretor, Chefe, Ajudante-
Geral e Subchefe do Estado Maior.
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CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 5.º - A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional
da Polícia Militar, devendo ser mantidas, permanentemente, pelos policiais
militares na ativa e na inatividade.
§ 1.º - A hierarquia militar é a ordem e a subordinação dos diversos
postos e graduações que constituem a carreira militar, na conformidade do
Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas, e que investe de
autoridade o de maior posto ou graduação, ou de cargo mais elevado.
§ 2.º - A disciplina policial militar é a rigorosa observância e o
acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições,
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de
cada um dos componentes do organismo policial militar.
§ 3.º - São manifestações essenciais de disciplina:
a) a correção de atitudes;
b) a obediência pronta às ordens dos superiores hierárquicos;
c) a colaboração espontânea à disciplina coletiva e à eficiência da
instituição;
d) a consciência das responsabilidades;
e) a rigorosa observância das prescrições regulamentares.
f) o respeito para com a ética policial militar.
Art. 6.º - As ordens, quando emanadas de autoridade competente,
devem ser prontamente obedecidas, cabendo inteira responsabilidade à
autoridade que a determinar.
§ 1.º - Quando a ordem parecer obscura, cabe ao subordinado
solicitar os esclarecimentos necessários ao seu total entendimento e
compreensão.
§ 2.º - Quando a ordem importar em responsabilidade para o
executante e não for manifestamente ilegal, poderá o mesmo solicitar a sua
confirmação por escrito, cumprindo a autoridade que a emitiu, atender a
solicitação; e ao subordinado a execução da ordem recebida.
§ 3.º - Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da ordem
recebida, a responsabilidade pelos excessos e abusos que cometer.
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§ 4.º - Ainda que não se trate de ato de serviço, deve o policial militar
obediência aos seus superiores hierárquicos.
Art. 7.º - O policial militar que encontrar subordinado seu na prática
de transgressão disciplinar deverá levar o fato, por escrito, ao conhecimento
da autoridade competente, no prazo regulamentar.
CAPÍTULO III
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR
Art. 8.º - A honra, o sentimento do dever, o pundonor policial militar
e o decoro da classe impõem-se, a cada um dos integrantes da Polícia
Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos
seguintes preceitos:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de
dignidade pessoal;
II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que
lhe couberem em decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e
as ordens das autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do
mérito dos subordinados;
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também,
pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
VII - empregar toda as suas energias em benefício do serviço;
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o
espírito de cooperação;
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem
escrita e falada;
X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa
de qualquer natureza;
XI - acatar as autoridades civis;
XII - cumprir os seus deveres de cidadão;
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública ou particular;
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XIV - observar as normas da boa educação;
XV - garantir ou contribuir para a assistência moral e material do lar,
e se conduzir de maneira modelar na vida familiar;
XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade,
de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito
e do decoro militar;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter
facilidade pessoal de qualquer natureza, ou para encaminhar negócios
particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, de uso das designações
hierárquicas:
a) em atividades político-partidária;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de
assuntos políticos ou policiais militares, excetuando-se os de natureza
exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
e) no exercício do cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja
da Administração Pública.
XIX - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um de seus
integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética policial
militar;
CAPÍTULO IV
DA ESFERA DE AÇÃO DO REGULAMENTO DISCIPLINAR
E DA COMPETÊNCIA PARA A SUA APLICAÇÃO
Art. 9.º - Estão sujeitos a este Regulamento, os policiais militares na
ativa e os na inatividade.
Parágrafo Único - Os alunos de órgãos específicos de formação de
policiais militares também estão sujeitos aos regulamentos, normas e
prescrições das OPM em que estejam matriculados.
Art. 10 - As disposições deste Regulamento aplicam-se aos policiais
militares na inatividade quando, ainda no meio civil, se conduzam, inclusive
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por manifestações através da imprensa, de modo a prejudicar os princípios
da hierarquia, da disciplina, do respeito e do decoro policial militar.
Art. 11 - A competência para aplicar as prescrições contidas neste
Regulamento é conferida ao cargo e não ao grau hierárquico. São
competentes para aplicá-las:
I - o Governador do Estado e o Comandante Geral, a todos aqueles
que estiverem sujeitos a este Regulamento;
II - o Chefe do EMG, a todos os que lhe são subordinados, na
qualidade de Subcomandante da Corporação;
III - os Chefes de Gabinetes e Assessorias Militares, aos que
estiverem sob suas ordens;
IV - os Comandantes Intermediários, Diretores e Ajudante Geral, aos
que servirem sob suas ordens;
V - o Subchefe do EMG e Comandantes de OPM, aos que estiverem
sob suas ordens;
VI - os Chefes de Seções do EMG, Assessorias do Comando Geral e
os Subcomandantes de OPM, aos que servirem sob suas ordens;
VII - os demais Chefes de Seções, até o nível Batalhão, inclusive;
Comandantes de Subunidades incorporadas e de Pelotões destacados, aos
que estiverem sob suas ordens.
Parágrafo Único - A competência para apurar e punir atos de
indisciplina do Comandante Geral da Corporação é exclusiva do Governador
do Estado.
Art. 12 - Quando, para preservação da disciplina e do decoro da
Corporação, a ocorrência exigir uma pronta intervenção, mesmo sem
possuir ascendência funcional sobre o transgressor, a autoridade policial
militar de maior antiguidade que presenciar ou tiver conhecimento do fato
deverá tomar imediatas e enérgicas providências, inclusive, prendê-lo em
nome da autoridade competente, dando ciência a esta, pelo meio mais
rápido, da ocorrência e das providências em seu nome tomadas.
Art. 13 - Quando a ocorrência disciplinar envolver policiais militares
de mais de uma OPM, caberá ao Comandante imediatamente superior na
linha de subordinação apurar ou determinar a apuração dos fatos, adotar
as medidas disciplinares de sua competência ou comunicar às autoridades
competentes.
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Parágrafo Único - No caso de ocorrência disciplinar envolvendo
policiais militares e servidor público de outra instituição, a autoridade
policial militar competente deverá tomar as medidas disciplinares referentes
àqueles que lhe são subordinados, informando ao escalão superior sobre a
ocorrência, apuração e medidas adotadas, dando ciência também do fato à
autoridade interessada, ou sugerindo essa medida, se for o caso.
Art. 14 - A autoridade policial militar competente, quando a
transgressão da disciplina aparentemente se revestir de gravidade que
possa resultar em medida disciplinar mais rigorosa, deve apura-la mediante
sindicância.
§ 1.º - São autoridades competentes para instaurar sindicância,
observados os limites previstos no art. 11:
I - o Comandante Geral da Corporação;
II - o Chefe do EMG;
III - os Comandantes Intermediários;
IV - os Chefes de Gabinetes e Assessorias Militares;
V - os Diretores, Chefes de Seções do EMG e o Ajudante Geral;
VI - os Comandantes de Unidades e Subunidades Independentes.
§ 2.º - A apuração em sindicância, a que se refere este artigo, deverá
seguir as disposições previstas em manual específico da Corporação, sem
prejuízo das disposições contidas neste Regulamento.
CAPÍTULO V
DA PARTE DISCIPLINAR
Art. 15 - Parte disciplinar é a narração escrita, obrigatória, feita por
policial militar, e dirigida à autoridade competente, pertinente a ato ou fato
de natureza disciplinar praticado por policial militar:
I - de posto ou graduação igual à do signatário e de menor
antiguidade;
II - de posto ou graduação inferior à do signatário.
Art. 16 - A Parte deve ser:
I - clara, concisa e precisa; conter os dados capazes de identificar as
pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data e a hora da ocorrência; e
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caracterizar as circunstâncias que a envolveram, sem tecer comentários ou
opiniões pessoais.
II - a expressão da verdade, devendo a autoridade a que foi dirigida
adotar as providências da sua competência, na conformidade do
estabelecido neste Regulamento.
III - apresentada em duas vias e no prazo de dois dias úteis, contados
da observação ou conhecimento do fato.
Parágrafo Único - Quando, por força do disposto no art. 12, o
transgressor for preso antes da nota de punição publicada em Boletim, a
Parte deve ser apresentada nas primeiras vinte e quatro horas
subsequentes à prisão.
Art. 17 - A autoridade que receber Parte, não tendo competência
disciplinar sobre o transgressor, deve encaminhá-la ao seu superior
imediato.
Art. 18 - Nos casos de participação de ocorrência com policial militar
de OPM diversa daquela a que pertence o signatário da Parte, deve este,
direta ou indiretamente, ser notificado da solução dada, no prazo máximo
de quinze dias úteis.
Art. 19 - A solução de Parte será dada no prazo de quatro dias úteis,
após conferido ao transgressor o direito de defesa a que se refere o art. 78.
Parágrafo Único - Quando a solução depender de resultado de exames
médicos ou perícias a que for submetido o transgressor, e não for possível
cumprir o prazo estabelecido neste artigo, a solução será proferida nos dois
dias úteis subsequentes ao recebimento dos exames e/ou perícias.
Art. 20 - O pedido de solução de Parte é direito conferido ao seu
signatário e terá cabimento quando:
I - não for observado o disposto no art. 18;
II - signatário e transgressor pertencerem à mesma OPM e a
autoridade com competência disciplinar deixar de solucionar a Parte no
prazo estabelecido neste Regulamento.
§ 1.º - Em qualquer das hipóteses enumeradas neste artigo, o pedido
de solução de Parte será por escrito e encaminhado através do comandante
a que estiver o signatário da Parte diretamente subordinado.
§ 2.º - Transcorrido o prazo de oito dias, contados da apresentação
do pedido de solução, sem resposta da autoridade competente, caberá,
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contra esta, apresentação de Parte ou Comunicação, obedecidas as
disposições previstas neste Regulamento.
CAPÍTULO VI
DA COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR
Art. 21 - Comunicação disciplinar é a narração escrita, feita por policial
militar, e dirigida à autoridade competente, pertinente a ato ou fato de
natureza disciplinar praticado por superior hierárquico.
Parágrafo Único - Para efeito do disposto neste artigo, entende-se
também como superior hierárquico o policial militar que, mesmo de posto
ou graduação igual à do signatário da Comunicação, lhe seja de maior
antiguidade.
Art. 22 - A Comunicação deve ser dirigida ao comandante da OPM a
que pertence o superior hierárquico, no prazo de dois dias úteis, contados
da observação do fato. Se o transgressor da disciplina for o comandante da
OPM, a Comunicação será, no mesmo prazo, dirigida ao seu comandante
imediato.
§ 1.º - Na condição de prazo prevista neste artigo, o signatário da
Comunicação remeterá cópia da mesma à autoridade nela referida, para o
devido conhecimento.
§ 2.º - O comunicante deve ser afastado da subordinação direta da
autoridade contra quem formulou a Comunicação, se for o caso. Deve, no
entanto, ser mantido na localidade onde serve, salvo a existência de fatos
que contraindiquem a sua permanência na mesma.
Art. 23 - Não terá cabimento a Comunicação quando o ato ou fato de
indisciplina for presenciado por autoridade superior a do transgressor.
§ 1.º - Transcorrido o prazo regulamentar, sem que seja apresentada
a Parte pela autoridade superior, fica automaticamente restabelecido o
direito de Comunicação, nos dois dias úteis subsequentes, ao policial militar
de maior posto ou graduação que, sendo inferior ao transgressor na escala
hierárquica, presenciou a ocorrência.
§ 2.º - O direito de Comunicação a que se refere o parágrafo anterior
será exclusivo do policial militar que, por gesto de indisciplina praticado por
superior hierárquico, venha a ter, de qualquer forma, a sua dignidade
pessoal afetada.
Art. 24 - Aplica-se à Comunicação as disposições previstas para a
Parte, contidas no arts. 16, 17, 18, 19 e art. 20, ns. I, II e § 2.º.
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Art. 25 - O pedido de solução de Comunicação será por escrito e
dirigido à autoridade com competência para solucioná-la, observada a
cadeia de comando.
TÍTULO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES E ESPECIFICAÇÕES
Art. 26 - Transgressão disciplinar é a violação, por ação ou omissão,
dos princípios da ética, dos deveres e das obrigações policiais militares,
estatuídos em leis, regulamentos, normas ou disposições, na sua
manifestação elementar e simples. Distingue-se do crime militar, que
consiste na ofensa aos bens juridicamente tutelados pelo Código Penal
Militar.
Art. 27 - São transgressões disciplinares:
I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina, especificadas
neste Regulamento;
II - todas as ações ou omissões não especificadas neste regulamento,
nem qualificadas como crime nas leis penais, praticadas contra:
a) a Bandeira, o Hino, o Selo e as Armas Nacionais, os Símbolos
Estaduais ou Patrióticos e Instituições Nacionais, Estaduais e Municipais;
b) a honra e o pundonor policial militar, o decoro da classe, os
preceitos sociais e as normas da moral;
c) os preceitos de subordinação, regras e ordens de serviço
estabelecidas em leis, regulamentos ou prescritos por autoridade
competente.
Art. 28 - A instância criminal e administrativa são independentes e
podem ser concomitantes. A instauração de inquérito ou ação criminal não
impede a imposição imediata, na esfera administrativa, de penalidade
cabível pela transgressão disciplinar residual ou subjacente ao mesmo fato,
ressalvado o disposto no § 2.º do Art. 33 da Lei n.º 5.346, de 26 de maio
de 1992.
CAPÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO
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Art. 29 - As transgressões disciplinares se classificam segundo sua
intensidade em:
I - Leves;
II - Médias;
III - Graves.
SEÇÃO I
DAS TRANSGRESSÕES LEVES
Art. 30 - São transgressões disciplinares leves:
I - andar o policial militar a pé ou em coletivos públicos com uniforme
inadequado,
contrariando o Regulamento de Uniformes da Corporação ou normas
a respeito;
II - conversar ou fazer ruído em ocasiões, lugares ou horas
impróprias;
III - conversar com sentinela, salvo sobre objeto de serviço;
IV - dar toques ou fazer sinais, sem ordem para tal;
V - deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrar em OPM onde não
sirva, de dar ciência da sua presença ao oficial de dia e, em seguida, de
procurar o comandante ou o oficial de posto mais elevado presente, para
cumprimentá-lo;
VI - deixar de comunicar ao superior a execução de ordem recebida
tão logo seja possível;
VII - deixar o oficial de encaminhar ao escalão superior comunicação
de subordinado versando da impetração de recurso, perante o Poder
Judiciário, sobre ato administrativo;
VIII - deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar a
superior, ressalvadas as exceções previstas no Regulamento de
Continência, Honras e Sinais de Respeito das Forças Armadas;
IX - deixar de avisar aos policiais militares, em companhia dos quais
estiver, da aproximação de superior;
X - deixar o oficial ou aspirante a oficial, tão logo seus afazeres o
permitam, de apresentar-se ao de maior posto ou ao substituto legal
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imediato, da OPM onde serve, para cumprimentá-lo, salvo ordem ou
instrução a respeito;
XI - deixar o superior de determinar a saída imediata, de solenidade
policial militar ou civil, de subordinado que a ela compareça em uniforme
diferente do marcado;
XII - deixar o subtenente ou sargento, tão logo seus afazeres o
permitam, de apresentar-se ao seu comandante ou chefe imediato;
XIII - deixar o subtenente, sargento, cabo ou soldado, ao entrar em
OPM onde não sirva, de apresentar-se ao oficial de dia ou seu substituto
legal;
XIV - deixar, o policial da ativa, de comunicar previamente e por via
hierárquica, seu casamento a autoridade competente;
XV - dirigir-se a superior ou este a subordinado, quando no quartel
ou a serviço, tratando-o ou a ele se referindo, sem designar o grau
hierárquico;
XVI - fumar em lugar ou ocasiões onde isso seja vedado, ou quando
se dirigir ao superior;
XVII - não se apresentar a superior hierárquico ou de sua presença
retirar-se, sem obediência às normas regulamentares;
XVIII - penetrar o policial militar sem permissão ou ordem, em
aposentos destinados a superior ou onde esse se ache, bem como em
qualquer lugar onde a entrada lhe seja vedada;
XIX - permanecer a praça em dependência da OPM, desde que seja
estranho ao serviço, ou sem consentimento ou ordem de autoridade
competente;
XX - pealizar ou propor transações pecuniárias envolvendo superior,
igual ou subordinado, no âmbito da OPM ou área policial militar. Não são
considerados transações pecuniárias os empréstimos em dinheiro sem
auferir lucro;
XXI - sentar-se a praça, em público, à mesa em que estiver oficial ou
vice-versa, salvo em solenidades, festividades, ou reuniões sociais;
XXII - sobrepor à uniforme insígnia ou medalha não regulamentar,
bem como indevidamente distintivo ou condecoração;
XXIII - usar o uniforme, quando de folga, se isso contrariar ordem de
autoridade competente;
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XXIV - usar joias e outros adereços que prejudiquem a apresentação
pessoal, quando uniformizado;
XXV - usar, quando uniformizado, penteados exagerados, perucas,
maquilagens excessivas, unhas demasiadamente longas ou com esmalte
extravagante;
XXVI - usar, quando uniformizado, barba, cabelo, bigode ou
costeletas excessivamente compridos ou exagerados, contrariando
disposições a respeito.
SEÇÃO II
DAS TRANSGRESSÕES MÉDIAS
Art. 31 - São transgressões disciplinares médias:
I - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de
autoridade competente, ou para retardar a sua execução;
II - andar o policial, quando a cavalo, a trote ou a galope, sem
necessidade, por vias públicas e, bem assim castigar inutilmente a
montada;
III - apresentar-se desuniformizado, mal uniformizado ou com o
uniforme alterado;
IV - apresentar Parte, Comunicação ou recurso sem seguir as normas
e preceitos regulamentares; ou em termos desrespeitosos ou com
argumentos falsos ou de má fé; ou mesmo sem justa causa ou razão;
V - autorizar, promover ou assinar petições coletivas dirigidas a
qualquer autoridade civil ou policial militar;
VI - chegar atrasado a qualquer ato de serviço ou expediente para o
qual se achava nominalmente escalado;
VII - concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizade
entre camaradas;
VIII - comparecer o policial militar a qualquer solenidade, festividade
ou reunião social com uniforme diferente do marcado;
IX - contrair dívidas ou assumir compromisso superior às suas
possibilidades, comprometendo o bom nome da classe;
X - conversar, sentar-se ou fumar a sentinela, o plantão da hora, ou
ainda, consentir na formação ou permanência de grupo, ou de pessoa junto
a seu posto de serviço;
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XI - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente
inexequível, que possa acarretar ao subordinado responsabilidade, ainda
que não chegue a ser cumprida;
XII - deixar de comunicar a tempo, ao superior imediato, ocorrência
no âmbito de suas atribuições quando se julgar suspeito ou impedido de
providenciar a respeito;
XIII - deixar de informar processo que lhe for encaminhado, exceto
nos casos de suspeição ou impedimento, ou absoluta falta de elementos,
hipóteses em que estas circunstâncias serão fundamentadas;
XIV - deixar de apresentar-se nos prazos regulamentares, à OPM,
para a qual tenha sido transferido ou classificado e às autoridades
competentes, nos casos de comissão ou serviço extraordinário para o qual
tenha sido designado;
XV - deixar ou negar-se a receber vencimentos, alimentação,
fardamento, equipamento ou material que lhe seja destinado ou deva ficar
em seu poder ou sob sua responsabilidade;
XVI - deixar o policial militar, presente a solenidades internas ou
externas onde se
encontrarem superiores hierárquicos, de saudá-los de acordo com as
normas regulamentares;
XVII - deixar deliberadamente de corresponder a cumprimento de
subordinado;
XVIII - deixar o subordinado, quer uniformizado, quer em traje civil,
de cumprimentar superior, uniformizado ou não, neste caso desde que o
conheça, ou de prestar-lhe as homenagens e sinais regulamentares de
consideração e respeito;
XIX - deixar de participar a tempo, à autoridade imediatamente
superior, impossibilidade de comparecer à OPM, ou a qualquer ato de
serviço;
XX - deixar de portar, o policial militar, o seu documento de
identidade, estando ou não fardado;
XXI - deixar de recolher-se, imediatamente, à OPM quando souber
que foi procurado para o serviço;
XXII - deixar de pagar dívida nos prazos previstos, salvo se esta for
necessária e comprovadamente contraída em benefício da família, teve
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aplicação justa e ocorreu fato impeditivo, grave e inevitável a que não deu
causa;
XXIII - deixar de encaminhar à autoridade competente, na linha de
subordinação e no mais curto prazo, recurso ou documento que receber,
desde que elaborado de acordo com os preceitos regulamentares, se não
estiver na sua alçada dar solução;
XXIV - deixar alguém conversar ou entender-se com preso de justiça
incomunicável, sem autorização de autoridade competente;
XXV - desrespeitar em público as convenções sociais;
XXVI - desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil;
XXVII - desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem
policial, judicial ou administrativa;
XXVIII - dificultar ao subordinado a apresentação de recursos;
XXIX - entrar ou sair de qualquer OPM, o cabo ou soldado, com
objetos ou embrulhos, sem autorização do comandante da guarda ou
autorização similar;
XXX - entrar ou sair de OPM ou Força Armada, sem prévio
conhecimento ou ordem da autoridade competente;
XXXI - frequentar lugares incompatíveis com seu nível social e o
decoro da classe;
XXXII - içar ou arriar Bandeira ou insígnia, sem ordem para tal;
XXXIII - invocar circunstâncias de matrimônio ou de encargo de
família para eximir-se de obrigações funcionais;
XXXIV - maltratar ou não ter o devido cuidado no trato com animais;
XXXV - não zelar devidamente, danificar ou extraviar por negligência
ou desobediência regras ou normas de serviço, material da Fazenda
Nacional, Estadual ou Municipal que esteja ou não sob sua responsabilidade
direta;
XXXVI - não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que
tiver ciência e não lhe couber reprimir, ao conhecimento de autoridade
competente, no mais curto prazo;
XXXVII - omitir, em nota de ocorrência, relatório ou qualquer
documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
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XXXVIII - participar o policial militar da ativa, de firma comercial, de
emprego industrial de qualquer natureza, ou nelas exercer função ou
emprego remunerado;
XXXIX - penetrar ou tentar penetrar o policial militar em alojamento
de outra subunidade, depois da revista do recolher, salvo os oficiais ou
sargentos, que, pelas suas funções, sejam a isto obrigados;
XL - permutar serviço sem permissão de autoridade competente;
XLI - portar a praça arma regulamentar sem estar de serviço o sem
ordem para tal;
XLII - portar-se sem compostura em lugar público;
XLIII - punir subordinado sem que lhe seja assegurado o direito de
defesa;
XLIV - prender subordinado sem nota de punição publicada em
Boletim, a não ser pelas razões previstas no art. 12, ou permitir que
permaneça preso, nessa circunstância, por período superior a setenta e
duas horas;
XLV - retardar a execução de qualquer ordem;
XLVI - ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial cuja
divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do serviço;
XLVII - ter pouco cuidado com asseio próprio ou coletivo, em qualquer
circunstância;
XLVIII - tomar compromisso pela OPM que comanda ou em que serve
sem estar autorizado;
XLIX - usar em serviço armamento ou equipamento que não seja
regulamentar, salvo em caso de ordem ou autorização do comandante da
OPM ou chefe direto;
L - usar uniforme, o policial da reserva ou reformado, fora dos casos
previstos, em leis ou regulamentos.
SEÇÃO III
DAS TRANSGRESSÕES GRAVES
Art. 32 - São transgressões graves:
I - abandonar serviço para o qual tenha sido designado, quando isso
não configurar crime;
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II - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OPM fora das horas
de expediente, desde que não seja o respectivo chefe ou sem sua ordem
escrita com a expressa declaração de motivo, salvo situações de
emergência;
III - aceitar o policial militar qualquer manifestação coletiva de seus
subordinados, salvo a exceção de número anterior;
IV - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de
disposição legal ou ordem;
V - autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação
coletiva, seja de caráter
reivindicatório, seja de crítica ou de apoio a ato de superior, com
exceção das demonstrações íntimas de boa e sã camaradagem e com
conhecimento do homenageado;
VI - censurar ato de superior ou procurar desconsiderá-lo;
VII - dar conhecimentos de fatos, documentos ou assuntos policiais-
militares a quem deles não deva ter conhecimento e não tenha atribuições
para neles intervir;
VIII - deixar de punir transgressor da disciplina;
IX - deixar de comunicar ao superior imediato ou na ausência deste a
qualquer autoridade superior, toda informação que tiver sobre iminente
perturbação da ordem pública ou grave alteração do serviço, logo que disto
tenha conhecimento;
X - deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por
negligências ou incúria, medidas contra qualquer irregularidade que venha
a tomar conhecimento;
XI - deixar o Comandante da Guarda ou agente correspondente de
cumprir as prescrições regulamentares com respeito à entrada ou à
permanência na OPM de civis, militares ou policiais-militares estranhos à
mesma;
XII - deixar que presos conservem em seu poder instrumento ou
objetos não permitidos;
XIII - desrespeitar corporação judiciária, ou qualquer de seus
membros, bem como criticar, em público ou pela imprensa, seus atos ou
decisões;
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XIV - dirigir memoriais ou petições, a qualquer autoridade, sobre
assuntos da alçada do Comandante Geral, salvo em grau de recurso e na
forma prevista neste Regulamento;
XV - dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa a
superior;
XVI - discutir ou provocar discussões, por qualquer veículo de
comunicação, sobre assuntos políticos, militares, ou policiais-militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, quando
devidamente autorizados;
XVII - disparar arma por imprudência, negligência ou sem
necessidade;
XVIII - dormir em serviço, quando houver ordem contrária;
XIX - efetuar desconto em vencimento, não autorizado por autoridade
competente, ou determiná-lo fora dos casos previstos nas leis e
regulamentos;
XX - embriagar-se ou induzir outrem à embriaguez, no âmbito do
quartel ou em área de domínio policial militar, embora tal estado não tenha
sido constatado por médico;
XXI - exercer qualquer atividade remunerada estando dispensado ou
licenciado para tratamento de saúde;
XXII - espalhar boatos ou notícias tendenciosas;
XXIII - esquivar-se a satisfazer compromissos de ordem moral ou
pecuniária que houver assumido;
XXIV - envolver, indevidamente, o nome de outrem para se esquivar
de responsabilidade;
XXV - fazer o policial da ativa, da reserva ou reformado, uso do posto
ou graduação para obter facilidades ou satisfazer interesses pessoais, de
qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares seus ou de
terceiros;
XXVI - fazer uso ou autorizar o uso de veículos oficiais para fins não
previstos em normas regulamentares;
XXVII - faltar a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou
a que deva assistir;
XXVIII - faltar à verdade;
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XXIX - fazer diretamente, ou por intermédio de outrem, transações
pecuniárias envolvendo assunto de serviço, bens da Administração Pública
ou material proibido, quando não configurar crime;
XXX - frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações
profissionais com caráter de sindicatos ou similares;
XXXI - induzir outrem à prática de transgressões disciplinares;
XXXII - maltratar preso sob sua guarda;
XXXIII - manter em seu poder, indevidamente, bens da fazenda
pública ou de particulares;
XXXIV - manter relações de amizade com pessoas de notórios e
desabonadores antecedentes ou apresentar-se publicamente com elas,
salvo se por motivo de serviço;
XXXV - manter relacionamento íntimo não recomendável ou
socialmente reprovável, com superiores, pares, subordinados ou civis;
XXXVI - não atender a observação de autoridade hierárquica superior
competente, para satisfazer débito já reclamado;
XXXVII - não atender à obrigação de dar assistência a sua família ou
dependente legalmente constituídos;
XXXVIII - não cumprir ordem recebida, quando manifestamente legal;
XXXIX - não se apresentar no final da licença, férias ou dispensa do
serviço, ou, ainda, depois de saber que qualquer delas lhe foi suspensa;
XL - ofender a moral por atos, gestos ou palavras;
XLI - ofender, provocar ou desafiar superior, seu igual ou
subordinado;
XLII - prestar informação a superior induzindo-o a erro deliberada ou
intencionalmente;
XLIII - procurar desacreditar seu igual ou subordinado;
XLIV - promover ou tomar parte em jogos proibidos;
XLV - promover escândalo ou nele envolver-se, comprometendo o
prestígio e a imagem da corporação;
XLVI - provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de origem de
alarme injustificável;
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XLVII - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos,
documentos ou assuntos policiais-militares que possam concorrer para o
desprestígio da Corporação ou firam a disciplina ou a segurança;
XLVIII - recusar-se o policial militar a identificar-se, quando
justificadamente solicitado;
XLIX - representar a OPM e mesmo a Corporação, em qualquer ato,
sem estar devidamente autorizado;
L - retardar ou prejudicar medidas ou ações de ordem judicial ou
policial de que esteja investido ou que deva promover;
LI - retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sob jurisdição policial
militar, material viatura ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem
do responsável ou proprietário;
LII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de qualquer
dever policial militar;
LIII - soltar preso ou detido ou dispensar Parte de ocorrência sem
ordem de autoridade competente;
LIV - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial
militar, tóxicos, entorpecentes ou drogas afins, a não ser mediante
prescrição de autoridade médica militar competente;
LV - ter em seu poder ou introduzir, em área policial militar ou sob a
jurisdição policial militar, inflamável ou explosivos sem permissão da
autoridade competente;
LVI - ter em seu poder ou introduzir, em área policial militar ou sob
jurisdição policial militar, bebidas alcoólicas, salvo quando devidamente
autorizado;
LVII - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial
militar ou sob a jurisdição policial militar publicações, estampas ou jornais
que atentem contra a disciplina ou a moral;
LVIII - trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção em
qualquer serviço ou instrução;
LIX - travar discussão, rixa ou luta corporal com seu igual ou
subordinado;
LX - usar violência desnecessária em ato de serviço;
LXI - utilizar-se do anonimato para qualquer fim;
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LXII - utilizar ou autorizar a utilização de subordinados para serviços
não previstos em regulamento;
LXIII - violar ou deixar de preservar local de crime.
Art. 33 - Serão ainda classificadas como graves:
I - as transgressões referidas no número II, letras a e b, do art. 27;
II - as transgressões mencionadas no número II, letra c, do mesmo
artigo, quando:
a) forem de natureza desonrosa;
b) forem ofensivas à dignidade policial militar e profissional;
c) forem atentatórias às instituições ou ao Estado;
d) atingirem gravemente o prestígio da corporação.
Parágrafo Único - A classificação das transgressões, às quais se refere
o número II deste artigo, será dada pela autoridade que a aplicar, levando-
se em consideração as circunstâncias e as consequências do fato, devendo
justificar seu proceder no próprio ato em que impuser a penalidade.
CAPÍTULO III
DO JULGAMENTO
Art. 34 - O julgamento das transgressões deve ser precedido de um
exame e de uma análise que considerem:
I - a culpabilidade;
II - os antecedentes do transgressor;
III - as causas que a determinaram;
IV - a natureza dos fatos ou os atos que a envolveram;
V - as consequências que dela possam advir;
VI - as causas que as justifiquem ou as circunstâncias que as atenuem
e/ou as agravem.
SEÇÃO I
DAS CAUSAS DE JUSTIFIÇÃO
Art. 35 - São causas de justificação:
I - ter sido cometida a transgressão na prática de ação meritória, no
interesse do serviço ou da segurança pública;
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II - ter sido praticada a transgressão em legítima defesa, própria ou
de outrem;
III - ter sido cometida a transgressão sob coação irresistível ou em
obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico;
IV - ter sido cometida a transgressão pelo uso imperativo de força
necessária, a fim de compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu
dever no caso de perigo, necessidade urgente, calamidade pública,
manutenção da ordem e da disciplina;
V - ter sido praticada a transgressão por erro plenamente justificado,
em circunstância que supôs situação de fato que, se existisse, tornaria a
ação legítima;
VI - ter sido praticada a transgressão para livrar de perigo atual ou
iminente, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se e não havia outro modo de fazê-lo.
§ 1.º - Não haverá punição quando for reconhecida qualquer causa
de justificação.
§ 2.º - Não há isenção de punição disciplinar quando o erro de que
trata o número V deste artigo deriva de culpa do transgressor.
§ 3.º - Em qualquer das hipóteses deste artigo, o agente responderá
pelos excessos praticados.
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SEÇÃO II
DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES
Art. 36 - São circunstâncias atenuantes:
I - estar no comportamento bom, ótimo ou excepcional;
II - relevâncias de serviços prestados, comprovados mediante
condecorações, medalhas, títulos, elogios individuais e outras disposições
contidas em leis, decretos e regulamentos;
III - falta de prática no serviço.
IV - ter o transgressor:
a) cometido o ato de indisciplina por motivo de relevante valor social
ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após
o ato de indisciplina, evitar ou diminuir as suas consequências, ou ter, antes
da solução da Parte ou Sindicância, reparado o dano;
c) cometido a transgressão sob coação a que podia resistir, ou sob a
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto de terceiro;
d) confessado, espontaneamente, perante a autoridade policial militar
competente, a autoria da transgressão ignorada ou imputada a outrem;
e) mais de setenta anos de idade, na data do fato.
SEÇÃO III
DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
Art. 37 - São circunstâncias agravantes:
I - comportamento mau ou insuficiente;
II - prática ou conexão de duas ou mais transgressões;
III - reincidência de transgressão;
IV - conluio de duas ou mais pessoas;
V - a embriaguez alcoólica preordenada;
VI - induzimento de outrem à coautoria;
VII - ter abusado o transgressor de sua autoridade hierárquica;
VIII - ser praticada a transgressão:
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a) com premeditação;
b) em presença de tropa ou de público;
c) em presença de subordinado;
d) durante a execução do serviço;
e) fora do quartel, estando o transgressor fardado;
f) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade
ou vantagem de outro ato de indisciplina;
g) mediante dissimulação, ou outro recurso que dificulte a
identificação da sua autoria;
§ 1.º - Ocorre a reincidência, quando o policial militar comete nova
transgressão, depois de punido por ato de indisciplina anterior.
§ 2.º - Para efeito de reincidência e agravamento da punição, não
prevalece a transgressão anterior, se entre a data do cumprimento da
punição a ela inerente e o ato de indisciplina posterior tiver decorrido
período de tempo superior a cinco anos.
SEÇÃO IV
DA ISENÇÃO DE PUNIÇÃO
Art. 38 - É isento de punição o transgressor que por um dos motivos
seguintes era, ao tempo da transgressão, inteiramente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento:
I - doença mental;
II - embriaguez acidental completa, advinda de caso fortuito ou força
maior;
III - embriaguez patológica completa.
§ 1.º - A embriaguez proveniente de caso fortuito é aquela em que o
agente não tem conhecimento do efeito da substância que está ingerindo
ou quando ignora condição própria, de modo a embriagar-se quando ingere
substância que contém álcool ou substância de efeitos análogos;
§ 2.º - A embriaguez proveniente de força maior é a que resulta de
situação fática em que o agente se vê em situação em que é obrigado a
beber substância de teor alcóolico.
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§ 3.º - Nos casos previstos neste artigo, o transgressor da disciplina,
quando a situação de fato o exigir, será submetido, a pedido da autoridade
julgadora, a exames médicos por junta competente e/ou a exames periciais
complementares.
TÍTULO III
DAS PUNIÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DA GRADAÇÃO E EXECUÇÃO
Art. 39 - A punição disciplinar visa o benefício educativo ao punido e
o fortalecimento da disciplina da Corporação.
Art. 40 - As punições disciplinares a que estão sujeitos os policiais
militares são as seguintes, em ordem de gravidade crescente:
I - advertência;
II - repreensão;
III - detenção;
IV - prisão;
V - licenciamento a bem da disciplina.
Art. 41 - Advertência - é a forma mais branda de punir. Consiste numa
admoestação feita verbalmente ao transgressor, podendo ser em caráter
particular ou ostensivamente.
§ 1.º - Quando ostensivamente, poderá ser na presença de
superiores, no círculo de seus pares, ou na presença de toda ou parte da
OPM.
§ 2.º - A advertência, por ser verbal, não deve constar das alterações
do punido, devendo, entretanto, ser registrada em sua ficha disciplinar,
para efeito de reincidência.
Art. 42 - Repreensão - consiste numa admoestação mais enérgica do
que a advertência e não priva o punido da liberdade.
Art. 43 - Detenção - consiste no cerceamento da liberdade do punido,
o qual deve permanecer no quartel da OPM onde serve, sem que fique, no
entanto, confinado.
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§ 1.º - O punido fica sujeito a todos os atos de instrução e serviço e
ao retorno às dependências do quartel nas horas de repouso, quando tratar-
se de atividades externas.
§ 2.º - Em casos especiais, e mediante justificativa da autoridade no
próprio ato em que aplicou a penalidade, o policial militar pode cumpri-la
em sua residência, ou em outro local que lhe for determinado.
Art. 44 - Prisão - consiste em manter o transgressor circunscrito às
dependências do alojamento de seus pares, ou em não as havendo, em
local determinado e adaptado, sem grades, na própria OPM do sancionado.
§ 1.º - O preso, a critério da autoridade que o puniu, fica sujeito, a
instrução e a trabalho interno na OPM, na conformidade das aptidões ou
ocupações anteriores, desde que compatíveis com a execução da punição e
sem prejuízo do disposto neste artigo.
§ 2.º - O punido que oferecer perigo a integridade física própria ou de
outrem, ou que se comportar de maneira nociva à disciplina, será recolhido
a compartimento fechado, na sua OPM, ou em local determinado.
§ 3.º - As condições previstas nos §§ 1.º e 2.º deste artigo devem ser
declaradas nos atos em que forem aplicadas as penalidades.
§ 4.º - Em casos especiais, pode ser aplicado o disposto no § 2.º do
artigo anterior.
Art. 45 - Quando a punição de detenção ou de prisão recair sobre
pessoal inativo, será esclarecido o local onde o punido cumprirá o corretivo.
Art. 46 - O punido com detenção ou prisão, a princípio, fará suas
refeições na OPM onde serve, salvo disposição em contrário de autoridade
competente.
Art. 47 - A prisão de qualquer transgressor, sem nota de punição
publicada em Boletim Interno da OPM, só poderá ocorrer por ordem das
autoridades referidas nos nºs I, II, III, IV e V do Art. 11.
Parágrafo Único - Excluem-se da aplicação deste artigo as disposições
contidas no art. 12.
Art. 48 - Licenciamento a bem da disciplina consiste no afastamento
“ex-offício”, do policial militar das fileiras da Corporação, conforme prescrito
no Estatuto dos Policiais militares.
§ 1.º O licenciamento a bem da disciplina deve ser aplicado à praça
sem estabilidade assegurada, mediante análise de suas alterações por
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iniciativa do Comandante, ou por ordem das autoridades relacionadas nos
itens I, II e III do Art. 11, quando:
I - a transgressão afeta o sentimento do dever, a honra pessoal, o
pundonor e o decoro policial militar, e como repressão imediata, assim se
torna absolutamente necessária à disciplina;
II - no comportamento MAU, se nesta condição sobrevir prática de
transgressão disciplinar de qualquer espécie e natureza.
§ 2.º - O licenciamento a bem da disciplina poderá ser aplicado às
praças com estabilidade assegurada quando, numa das situações previstas
no parágrafo anterior, for julgado culpado por decisão de
Conselho de Disciplina, se assim decidir o Comandante Geral.
§ 3.º - O licenciamento do aspirante a oficial, a bem da disciplina,
ocorrerá quando:
I - incluso numa das situações previstas no n.º I do § 1.º, for julgado
culpado por Conselho de Disciplina, se assim decidir o Comandante Geral;
II - perder ou houver perdido a nacionalidade brasileira.
§ 4.º - O ato de licenciamento “ex-offício”, a bem da disciplina, é da
competência do Comandante Geral da Corporação.
Art. 49 - A perda do posto e da patente dos oficiais, assim como a
perda da graduação das praças poderá resultar ainda por efeito de
condenação na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade por
sentença transitada em julgado, na conformidade do estabelecido na
Constituição Federal, Constituição Estadual e Estatuto dos Policiais
Militares.
CAPÍTULO II
DAS REGRAS DE APLICAÇÃO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 50 - A aplicação da punição compreende uma descrição sumária,
clara e precisa dos fatos e circunstâncias que determinaram a transgressão,
o enquadramento da punição e a decorrente publicação em Boletim da OPM.
Art. 51 - A aplicação da punição deve ser feita com justiça, serenidade
e imparcialidade, para que o punido fique consciente e convicto de que a
mesma se inspira no cumprimento exclusivo de um dever.
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Art. 52 - A aplicação da primeira punição classificada como “prisão” é
da competência das autoridades referidas nos n.ºs I, II, III, IV e V do art.
11.
Art. 53 - Nenhum policial militar deve ser interrogado ou ouvido em
estado de embriaguez ou sob ação de psicotrópicos.
Art. 54 - O tempo de detenção ou prisão, antes da respectiva
publicação em Boletim Interno da OPM, não deve ultrapassar de 72 horas
e só poderá ocorrer nas hipóteses previstas no art. 12.
Art. 55 - Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes,
ambas com ação disciplinar sobre o transgressor, conhecerem da
transgressão, à de nível mais elevado competirá punir, salvo se entender
que a punição está dentro dos limites de competência do menor nível, caso
em que esta comunicará ao superior a sanção disciplinar que aplicou.
Art. 56 - A punição disciplinar não exime o punido das
responsabilidades civil e penal que lhe couber.
SEÇÃO II
DOS LIMITES DA PUNIÇÃO
Art. 57 - A punição deve ser proporcional à gravidade da
transgressão, dentro dos seguintes limites, sem prejuízo do disposto nos
§§ 1.º, 2.º e 3.º do art. 48:
I - de advertência ou de repreensão para as transgressões leves;
II - de quatro a vinte dias de detenção para as transgressões médias;
III - de quatro a vinte dias de prisão para as transgressões graves.
§ 1.º - A punição não pode ultrapassar ao limite mínimo previsto neste
artigo, quando ocorrerem apenas circunstâncias atenuantes.
§ 2.º - A punição deve ser dosada quando ocorrerem circunstâncias
atenuantes e agravantes.
§ 3.º - Os limites máximos previstos para a detenção e a prisão
podem ser alterados, conforme o estabelecido no n° IV do art. 73.
§ 4.º - Por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de
uma punição.
§ 5.º - Quando a simultaneidade de transgressões resultar de
desígnios autônomos, a cada uma deve ser imposta a punição
correspondente. Em caso de conexão, aplicasse-lhe a punição disciplinar
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correspondente à transgressão mais grave, sendo consideradas as demais
como agravantes da principal.
§ 6.º - Sobrevindo sanção disciplinar de detenção ou de prisão por
fato posterior ao início do cumprimento da punição, far-se-á a unificação,
desprezando-se, para esse fim, o período de punição já cumprido. Hipótese
em que o punido, mesmo que da unificação resulte período superior, só
cumprirá o limite de trinta dias.
Art. 58 - Quando uma autoridade, ao julgar uma transgressão,
concluir que a punição a aplicar está além do limite máximo que lhe é
autorizado, cabe à mesma, por escrito, expor os motivos e por fim solicitar
à autoridade superior, com ação disciplinar sobre o transgressor, a
aplicação da punição devida.
Art. 59 - A punição máxima que cada autoridade referida no Art. 11
pode aplicar, acha-se especificada no quadro seguinte.
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SEÇÃO III
DO ENQUADRAMENTO
Art. 60 - Enquadramento - é a caracterização da transgressão
acrescida de outros detalhes relacionados com o comportamento do
transgressor, cumprimento da punição, justificação ou isenção. No
enquadramento são necessariamente mencionados:
I - a transgressão cometida, em termos precisos e sintéticos e a
especificação dos artigos deste Regulamento implicados. Não devem ser
emitidos comentários deprimentes e/ou ofensivos, sendo, porém,
permitidos os ensinamentos decorrentes, desde que não contenham
alusões pessoais;
II - os itens, artigos e parágrafos das circunstâncias atenuantes e/ou
agravantes, causas de justificação ou isenção;
III - a classificação da transgressão;
IV - a punição imposta;
V - o local de cumprimento da punição, se for o caso;
VI - a classificação do comportamento militar em que a praça punida
permaneça ou ingresse;
VII - a data do início do comprimento da punição, se o punido tiver
sido preso na conformidade do art. 12;
VIII - a determinação para posterior cumprimento, se o punido estiver
baixado, afastado do serviço ou à disposição de outra autoridade.
IX - o esclarecimento quanto ao uso do direito de defesa do punido.
Parágrafo Único - Quando ocorrer causa de justificação ou de isenção,
no enquadramento, menciona-se a justificação da falta ou o motivo da
isenção, em lugar da punição imposta.
SEÇÃO IV
DA PUBLICAÇÃO
Art. 61 - Publicação em Boletim - é o ato administrativo que formaliza
a aplicação da punição, sua justificação ou a sua isenção.
Art. 62 - As punições de repreensão, detenção e prisão devem ser
publicadas em Boletim da OPM, constar das alterações do punido e
registradas em sua ficha disciplinar.
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§ 1.º - A publicação da punição imposta a oficial ou aspirante a oficial,
em princípio, deve ser feita em Boletim Reservado, podendo ser em Boletim
Ostensivo, se as circunstâncias ou a natureza da transgressão assim o
recomendarem.
§ 2.º - Quando a autoridade que aplica a punição não dispuser de
Boletim para a sua aplicação, esta deve ser feita, mediante solicitação
escrita no da autoridade imediatamente superior.
SEÇÃO V
DA CONTAGEM DE TEMPO DE PUNIÇÃO
Art. 63 - O início do cumprimento da punição disciplinar deve ocorrer
com a distribuição do Boletim da OPM que publicar a aplicação da punição.
Parágrafo Único - A contagem do tempo de cumprimento da punição
vai do momento em que o punido for mantido detido ou preso até aquele
em que for posto em liberdade.
Art. 64 - A autoridade que necessitar punir subordinado, à disposição
ou a serviço de outra autoridade, deve a ela requisitar a sua apresentação
para a aplicação da punição.
Parágrafo Único - Quando o local determinado para o cumprimento
da punição não for a sua OPM, pode solicitar àquela autoridade que
determine a apresentação do punido diretamente ao local designado.
Art. 65 - O cumprimento de punição disciplinar, por policial militar
afastado temporariamente do serviço ou em gozo de qualquer tipo de
licença, deve ocorrer após a sua apresentação, pronto na OPM.
Parágrafo Único - Somente para o cumprimento de punição resultante
do cometimento de transgressão disciplinar classificada como grave, o
policial militar, por determinação das autoridades elencadas no n° I do art.
11, pode ter interrompido ou deixar de gozar, na época prevista, o período
de férias a que tiver direito.
Art. 66 - A interrupção da contagem de tempo de punição, nos casos
de baixa a hospital ou enfermaria e outros, vai do momento em que o
punido for retirado do local de cumprimento da punição até o seu retorno,
desde que fique comprovado que houve má fé por parte do transgressor.
Parágrafo Único - O afastamento e o retorno do punido ao local de
cumprimento da punição devem ser publicados em Boletim da OPM.
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CAPÍTULO III
DA MODIFICAÇÃO NA APLICAÇÃO DAS PUNIÇÕES
Art. 67 - A modificação da aplicação de punição pode ser realizada
pela autoridade que a aplicou ou por outra, superior e competente, quando
tiver conhecimento de fatos que recomendem tal procedimento.
Parágrafo Único - As modificações da aplicação de punição são:
I - Anulação;
II - relevação;
III - atenuação;
IV - agravação.
Art. 68 - A anulação da punição consiste em tornar sem efeito a
aplicação da mesma.
§ 1.º - Deve ser concedida quando for comprovado ter ocorrido
injustiça ou ilegalidade na sua aplicação, devendo ser concedido ao punido,
o dobro de dias de dispensa em que esteve sancionado disciplinarmente.
§ 2.º - Far-se-á em obediência aos prazos seguintes:
I - em qualquer tempo e em qualquer circunstância, pelas autoridades
especificadas no n° I do art.11;
II - no prazo de sessenta dias, pelas demais autoridades.
§ 3.º - A anulação sendo concedida ainda durante o cumprimento de
punição, importa em ser o punido posto em liberdade imediatamente.
Art. 69 - A anulação de punição deve eliminar toda e qualquer
anotação e/ou registro nas alterações do militar relativos à sua aplicação.
Art. 70 - A autoridade que tome conhecimento de comprovada
ilegalidade ou injustiça na aplicação de punição e não tenha competência
para anulá-la ou não disponha dos prazos referidos no § 2.º do art. 68,
deve propor a sua anulação à autoridade competente, devidamente
fundamentado, caso o prejudicado ainda não tenha impetrado recurso
disciplinar.
Art. 71 - A relevação de punição consiste na suspensão do
cumprimento da punição imposta.
Parágrafo Único - A relevação pode ser concedida quando já tiver sido
cumprida, pelo menos, metade da punição imposta, nos seguintes casos:
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I - quando ficar comprovado que foram atingidos os objetivos visados
com a aplicação da mesma;
II - por motivo de passagem de comando, data de aniversário da
Corporação, aniversário da OPM, ou data nacional.
Art. 72 - A atenuação consiste na diminuição ou na transformação da
punição proposta ou aplicada em uma menos rigorosa, se assim exigir o
interesse da disciplina e da ação educativa do punido, observadas as
disposições seguintes:
I - Em nenhuma hipótese, a atenuação modificará a classificação das
transgressões previstas neste Regulamento;
II - a repreensão pode ser atenuada para advertência;
III - nas punições de detenção e de prisão, a atenuação consiste na
redução do quantitativo de dias aplicados, sendo vedada quando a punição
proposta ou aplicada for a mínima estabelecida nos ns. II e III do art. 57.
Art. 73 - A agravação consiste no aumento ou na transformação da
punição proposta ou aplicada em uma mais rigorosa, se assim exigir o
interesse da disciplina e da ação educativa do punido, observadas as
disposições seguintes:
I - em nenhuma hipótese, a agravação modificará a classificação das
transgressões previstas neste Regulamento;
II - a advertência pode ser agravada para repreensão;
III - a repreensão pode ser agravada, no máximo, para três dias de
detenção, sem, no entanto, alterar-lhe a classificação;
IV - a detenção e a prisão podem ser agravadas até o limite máximo
de trinta dias.
Art. 74 - São competentes para anular, relevar, atenuar e agravar as
punições impostas por si ou por seus subordinados as autoridades
discriminadas no Art. 11, devendo esta decisão ser justificada em Boletim.
TÍTULO IV
DO COMPORTAMENTO POLICIAL MILITAR
CAPÍTULO ÚNICO
DA CLASSIFICAÇÃO
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Art. 75 - O comportamento das praças espelha o seu procedimento
civil e policial militar, e deve ser classificado nas seguintes categorias:
I - excepcional;
II - ótimo;
III - bom;
III - insuficiente; e
IV - mau.
§ 1.º - Ao ser incluída na Polícia Militar, a praça será classificada no
comportamento “BOM”.
§ 2.º - A melhoria e a degradação são da competência do Comandante
Geral e dos Comandantes de OPM, obedecido o disposto neste Capitulo e,
necessariamente, publicadas em Boletim.
§ 3.º - A punição de advertência não é considerada para efeito de
classificação de comportamento.
Art. 76 - A melhoria de comportamento far-se-á automaticamente e
começa a partir da data de inclusão da praça na Corporação ou, quando for
o caso, do dia subsequente ao de encerramento do cumprimento da última
punição, obedecidos os prazos seguintes, sem que a praça haja sofrido
qualquer punição disciplinar:
I - do mau para o insuficiente, um ano;
II - do insuficiente para o bom, um ano;
III - do bom para o ótimo, quatro anos;
IV - do ótimo para o excepcional, quatro anos.
Art. 77 - A degradação de comportamento é automática e ocorrerá,
nas condições e prazos seguintes:
I - do excepcional para o ótimo, quando a praça for punida pela prática
de transgressão disciplinar classificada como leve ou média;
II - do excepcional para o bom, quando a praça for punida pela prática
de transgressão disciplinar classificada como grave;
III - do ótimo para o bom, quando a praça, no período de quatro anos
consecutivos, for punida pela prática de mais de uma transgressão
disciplinar classificada como média;
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IV - do bom para o insuficiente, quando a praça, no período de um
ano, for punida pela prática de até duas transgressões disciplinares
classificadas como graves;
V - do bom para o mau, quando a praça, no período de um ano, for
punida pela prática de mais de duas transgressões disciplinares
classificadas como graves;
VI - do insuficiente para o mau, quando a praça, no período de um
ano, for punida pela prática de mais de duas transgressões disciplinares
classificadas como graves.
§ 1.º - os prazos a que se refere este artigo são contados em sentido
decrescente, tomando se como referência a data da punição da qual
resultará o ingresso da praça no comportamento inferior.
§ 2.º - Tão somente para aplicabilidade deste artigo, com exceção dos
ns. I e II, as transgressões de qualquer classe são conversíveis umas às
outras, conforme equivalência a seguir, bastando uma punição pela prática
de transgressão classificada como leve, além dos limites estabelecidos, para
alterar a categoria de comportamento:
I - duas transgressões classificadas como leves equivalem a uma
classificada como média;
II - quatro transgressões classificadas como leves equivalem a uma
classificada como grave;
III - duas transgressões classificadas como médias equivalem a uma
classificada como grave.
TÍTULO V
DOS DIREITOS E RECOMPENSAS
CAPÍTULO I
DO DIREITO DE DEFESA
Art. 78 - Ninguém será punido sem que lhe seja assegurado o direito
de defesa, sob pena de nulidade do ato administrativo.
Art. 79 - A autoridade, a quem o documento disciplinar é dirigido,
quando não instaurar sindicância em torno do assunto, providenciará para
que o policial tido como transgressor seja notificado do teor do mesmo para,
no prazo máximo de três dias úteis, apresentar defesa por escrito, podendo
arrolar até três testemunhas e fazer juntada das demais provas que lhe
convier, pertinentes ao feito.
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§ 1.º - A notificação será assinada pelo Oficial encarregado da
apuração e far-se-á acompanhar de cópia autêntica do documento ao qual
se refere;
§ 2.º - O policial militar, sobre o qual recai a acusação de transgressão
da disciplina, deve passar recibo na primeira via da notificação. Havendo
recusa em assiná-la, será expedida certidão relativa ao fato e publicada a
notificação em Boletim da OPM.
§ 3.º - Sendo apresentada a defesa escrita pelo transgressor, ou por
seu representante legal, nomeado por procuração, será certificado o seu
recebimento e feita a juntada da mesma ao processo para a competente
solução de Parte, no prazo estabelecido pelo art. 19.
§ 4.º - Decorrido o prazo, sem que haja a apresentação de defesa
escrita, os fatos constantes do documento disciplinar serão tidos como
verdadeiros, devendo ser certificada a carência e adotado os demais
procedimentos, conforme o previsto no parágrafo anterior.
§ 5. º - A apresentação de defesa escrita não exime o transgressor
de ser ouvido no processo, se assim entender o julgador; nem impede a
apuração mais acurado do fato mediante sindicância, se for necessário.
Art. 80 - Quando a punição disciplinar a ser imposta for a prevista no
n° V do art. 40, pelo motivo exposto no art. 48, § 1.º, II, o Comandante do
policial militar implicado, após determinar a consolidação da sua ficha
disciplinar em Libelo Disciplinar e adotar todas as medidas de defesa
elencadas no artigo anterior, encaminhará o processo contendo o Libelo
Acusatório ao Comandante Geral com o pedido de Licenciamento.
Parágrafo Único - Quando o motivo da punição resultar de causa
prevista no art. 48, § 1.º, I, deve conferir o direito de defesa ao
transgressor, conforme o previsto no artigo anterior, e encaminhar o
processo ao Comandante Geral com o pedido de Licenciamento.
Art. 81 - Os modelos de notificação, juntada de defesa, certidão de
recusa à notificação e notificação para publicação em Boletim, são aqueles
constantes no anexo I deste Regulamento.
CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO RECURSOS
SEÇÃO I
GENERALIDADES
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Art. 82 - Interpor recurso disciplinar é o direito concedido ao policial
militar que se julgue, ou julgue subordinado seu, prejudicado, ofendido ou
injustiçado por superior hierárquico, na esfera disciplinar, para provocar o
reexame do ato administrativo pertinente, visando a anulação ou a
modificação da punição.
Parágrafo Único - São recursos disciplinares:
I - o pedido de reconsideração de ato;
II - a queixa;
II - a representação.
Art. 83 - Não será prejudicado o recurso, que, por erro, falta ou
omissão causados pela administração da corporação, não tiver seguimento
ou não for apresentado dentro do prazo.
Art. 84 - O recurso, em termos respeitosos, precisará o objetivo que
o fundamenta de modo a esclarecer o fato, sem comentários nem
insinuações, podendo ser acompanhado de peças de documentos
comprobatórios, ou somente a eles fazer referência, quando se tratar de
documentos oficiais. Deve ser encaminhado por via hierárquica.
Art. 85 - A autoridade a quem couber solucionar o recurso disciplinar
deve proceder ou mandar proceder as averiguações que julgar necessárias,
decidindo no prazo regulamentar.
Art. 86 - Da solução de recurso só caberá interposição de novos
recursos às autoridades superiores até o Comandante Geral, como última
instância na esfera recursal.
Parágrafo Único - Quando a punição tiver sido imposta pelo
Comandante Geral, caberá recurso ao Governador do Estado.
Art. 87 - Não caberá recurso sobre fato já apreciado anteriormente e
decidido por via recursal, esgotadas as esferas de decisão.
Art. 88 - A autoridade, a quem é dirigido o recurso disciplinar, deve
solucioná-lo no prazo máximo de quatro dias úteis.
§ 1.º - A solução de que trata este artigo, deve ser publicada em
Boletim Interno ou Geral, se o recorrente for praça e em Boletim Reservado
se for oficial.
§ 2.º - Se o recurso for julgado inteira ou parcialmente procedente, a
modificação da punição será publicada no mesmo Boletim da solução.
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Art. 89 - O direito de recorrer prescreve no prazo estabelecido no art.
127, § 1.º, letra “b” do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,
contados a partir da publicação do ato punitivo, em Boletim.
SEÇÃO II
DA RECONSIDERAÇÃO DE ATO
Art. 90 - Reconsideração de ato é o recurso interposto à autoridade
que aplicou a punição, pelo meio do qual o policial militar, que se julgue
diretamente prejudicado, ofendido ou injustiçado, solicita à autoridade que
praticou o ato, que reexamine sua decisão, visando a anulação ou
modificação da punição aplicada.
Parágrafo Único - O recurso de que trata este artigo será interposto
mediante requerimento fundamentado do recorrente, ou de seu
representante nomeado por procuração, a contar da data em que
oficialmente tomar conhecimento dos fatos que o motivaram.
SEÇÃO III
DA QUEIXA DISCIPLINAR
Art. 91 - A queixa é o recurso disciplinar interposto pelo policial militar
que se julgue injustiçado, dirigido à autoridade superior imediata àquela
que tiver imposta a punição, pleiteando a sua anulação ou modificação.
Parágrafo Único - A apresentação de queixa:
I - só será cabível após ter sido publicada em Boletim a solução do
pedido de reconsideração de ato;
II - será interposta mediante requerimento fundamentado do
queixoso, ou de seu representante, nomeado por procuração;
Art. 92 - A íntegra da queixa deve ser precedida de comunicação, por
escrito, à autoridade de quem vai se queixar e encaminhada por via
hierárquica, em termos respeitosos, contando o objetivo desse recurso.
Art. 93 - Aplica-se à queixa, além das disposições contidas na Seção
I deste Capítulo, o disposto no § 2.º do art. 22 deste Regulamento.
SEÇÃO IV
DA REPRESENTAÇÃO
Art. 94 - Representação - é o recurso disciplinar redigido sob forma
de ofício, interposto por autoridade que julgue subordinado seu estar sendo
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vítima de injustiça ou prejudicado em seus direitos, por ato de autoridade
superior.
§ 1.º - Deve também impetrar representação o indivíduo que tenha
serviço sob seu comando ou jurisdição prejudicado por ato de autoridade
superior que repute irregular ou injusto.
§ 2.º - Não caberá representação quando o subordinado, que tem
como prejudicado, haja exercido o seu direito de recurso.
§ 3.º - A aplica-se à representação as mesmas disposições previstas
para a queixa.
CAPÍTULO III
DO CANCELAMENTO DE PUNIÇÃO
Art. 95 - Cancelamento de punição é o direito conferido ao policial
militar de ter cancelada a averbação de punição e outras notas a ela
relacionadas, em suas alterações.
§ 1.º - O cancelamento a que se refere este artigo:
I - será conferido, mediante requerimento, ao policial militar que
tenha completado cinco anos de efetivo serviço sem que haja sofrido
qualquer punição disciplinar, inclusive a de advertência;
II - anula todos os efeitos dela decorrentes, passando, inclusive, a
contagem de tempo para classificação de comportamento à data da última
punição sofrida, anterior à cancelada.
Art. 96 - A solução de requerimento de cancelamento de punição é da
competência do Comandante da OPM a que pertence o interessado.
Art. 97 - Todas as anotações relacionadas com as punições canceladas
devem ser tingidas de maneira que não seja possível a sua leitura. Na
margem onde for feito o cancelamento, deve ser anotado o número e a data
do Boletim da autoridade que concedeu o cancelamento, sendo esta
anotação rubricada pela autoridade competente para assinar as folhas de
alterações.
Parágrafo Único - nas OPM onde a ficha disciplinar for informatizada,
o espaço onde constava as anotações da punição ficará em branco, devendo
ser registrado, em local próprio, o número e a data do Boletim em que
publicou o cancelamento.
CAPÍTULO IV
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DAS RECOMPENSAS
SEÇÃO I
DA NATUREZA E COMPETÊNCIA PARA CONCESSÃO
Art. 98 - Recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços
prestados por policiais militares.
Art. 99 - Além de outras previstas em leis e regulamentos especiais,
são recompensas policiais militares:
I - o elogio;
II - as dispensas do serviço;
III - dispensa da revista do recolher e do pernoite.
Art. 100 - São competentes para conceder as recompensas de que
trata este Capítulo, as autoridades especificadas no Art. 11 deste
Regulamento.
Parágrafo Único - Quando o serviço prestado pelo subordinado der
lugar à recompensa que escape à alçada de uma autoridade, esta fará a
devida comunicação à autoridade imediatamente superior.
SEÇÃO II
DAS REGRAS PARA A CONCESSÃO
Art. 101 - O elogio pode ser individual ou coletivo.
§ 1.º - O elogio individual, que coloca em relevo as qualidades morais
e profissionais, somente poderá ser formulado a policiais militares que se
hajam destacado do resto da coletividade no desempenho de ato de serviço
ou ação meritória. Os aspectos principais que devem ser abordados são os
referentes ao caráter, à coragem e desprendimento, à inteligência, às
condutas civil e policial militar, às culturas profissional e geral, à capacidade
como instrutor, à capacidade como comandante e como administrador, e à
capacidade física.
§ 2.º - Só serão registrados nos assentamentos dos policiais militares
os elogios individuais obtidos no desempenho de funções próprias à policia
militar e concedidos por autoridades com atribuição para fazê-lo.
§ 3.º - O elogio coletivo visa a reconhecer e a ressaltar um grupo de
policiais militares ou fração de tropa ao cumprir destacadamente uma
determinada missão.
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§ 4.º - Quando a autoridade que elogiar não dispuser de Boletim para
a publicação, deve ser feita, mediante solicitação escrita, no da autoridade
imediatamente superior.
Art. 102 - As dispensas do serviço, como recompensas, podem ser:
I - dispensa total do serviço, que isenta de todos os trabalhos da OPM,
inclusive os de instrução;
II - dispensa parcial do serviço, quando isenta de alguns trabalhos,
que devem ser especificados na própria concessão.
§ 1.º - A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo máximo de
oito dias e não deve ultrapassar o total de dezesseis dias, no decorrer de
um ano civil. Esta dispensa não invalida o direito de férias.
§ 2.º - A dispensa total do serviço para ser gozada fora da sede, fica
subordinada às mesmas regras de concessão de férias.
§ 3.º - A dispensa total de serviço é regulada por períodos de 24
horas, contados de Boletim a Boletim. A sua publicação deve ser feita, no
mínimo 24 horas antes do seu início, salvo motivo de força maior.
Art. 103 - As dispensas da revista do recolher e de pernoitar no
quartel, podem ser incluídas em uma mesma concessão. Não justificam a
ausência do serviço para o qual o policial militar está ou for escalado e nem
da instrução a que deva comparecer.
SEÇÃO III
DA AMPLIAÇÃO, RESTRIÇÃO E ANULAÇÃO
Art. 104 - São competentes para anular, restringir ou ampliar as
recompensas concedidas por si ou por seus subordinados as autoridades
especificadas no Art. 11, devendo esta decisão ser justificada em Boletim.
Art. 105 - O afastamento total do serviço, bem como o seu gozo fora
da guarnição, pode ser cassado por exigência do serviço ou outro qualquer
motivo de interesse geral, a juízo do Comandante da OPM ou autoridade
superior, sendo, por isso, indispensável que o interessado deixe declarado,
no próprio OPM, o lugar onde pretende gozar a dispensa.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 106 - Os julgamentos que forem submetidos os policiais militares,
perante Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina, serão
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conduzidos segundo normas próprias ao funcionamento dos referidos
Conselhos.
Parágrafo Único - As causas determinantes que levam o policial militar
a ser submetido a um destes Conselhos, “ex-offício” ou a pedido, e as
condições para sua instauração, funcionamento e providências decorrentes,
estão estabelecidas na legislação peculiar.
Art. 107 - O Comandante Geral, se for o caso, baixará instruções
complementares necessárias à interpretação, orientação e aplicação deste
Regulamento.
Palácio Floriano Peixoto em Maceió/AL, 06 de novembro de 1996, 108º da
República
DIVALDO SURUAGY
Governador
JOÃO EVARISTO DOS SANTOS FILHO - Cel PM
Comandante Geral
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DECRETO-LEI Nº 2.848/1940 E SUAS ALTERAÇÕES (PARTE GERAL
DO CÓDIGO PENAL): TÍTULOS DE I A III.
PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Lei penal no tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais
da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-
se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 1984)
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 1984)
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território
nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza
pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
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bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada,
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço
aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no
Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
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§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí
cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro
motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições
previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando
idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira
produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no
Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros
efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - sujeitá-lo a medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com
o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de
tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se
os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Frações não computáveis da pena (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas
restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de
cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos
incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO II
DO CRIME
Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente
é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
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sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui
a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua
definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois
terços. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida
de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o
crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser
punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime
exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3 º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-
la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só
é punível o autor da coação ou da ordem. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(Vide ADPF 779)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular
de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia
de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1 º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever
legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 2 º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado,
a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legítima defesa
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Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779)
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste
artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança
pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém
durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vide ADPF 779)
TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente
capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação
especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Embriaguez
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II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de
efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1 º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa,
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2 º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía,
ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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QUESTÕES
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QUESTÕES
1. O Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas regula a situação,
deveres, direitos e prerrogativas dos servidores públicos militares do
estado.
( ) Certo ( ) Errado
2. A Polícia Militar do Estado de Alagoas é uma instituição subordinada
diretamente ao Governo Federal.
( ) Certo ( ) Errado
3. A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa.
( ) Certo ( ) Errado
4. São considerados militares de carreira aqueles que, oriundos do meio
civil, concluam cursos de formação policial militar em todos os níveis ou de
adaptação de oficiais.
( ) Certo ( ) Errado
5. A disciplina é a ordenação da autoridade nos diferentes níveis dentro da
estrutura policial militar.
( ) Certo ( ) Errado
6. O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é facultado a todos os
brasileiros mediante concurso público.
( ) Certo ( ) Errado
7. A hierarquia é estabelecida por postos e graduações, sendo a autoridade
e a responsabilidade decrescentes com o grau hierárquico.
( ) Certo ( ) Errado
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8. O policial militar reformado por alienação mental tem a sua remuneração
paga aos seus beneficiários desde que o tenham sob sua guarda e
responsabilidade e lhe dispensem tratamento adequado.
( ) Certo ( ) Errado
9. O comando é o exercício do cargo de chefia que habilita conduzir homens
ou dirigir uma Organização Policial Militar.
( ) Certo ( ) Errado
10. O policial militar que se alistar candidato a cargo eletivo, e contar com
mais de dez anos de serviço, será automaticamente agregado a partir da
data de registro como candidato até sua diplomação ou regresso à
Corporação.
( ) Certo ( ) Errado
11. As transgressões disciplinares são especificadas no Regulamento
Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas e as punições de detenção
ou prisão não poderão ultrapassar trinta dias.
( ) Certo ( ) Errado
12. A ética policial militar inclui o dever de exercer as funções que lhe
couberem com autoridade, eficiência e probidade.
( ) Certo ( ) Errado
13. A Polícia Militar do Estado de Alagoas deve estar adestrada para
desempenhar atividades de defesa interna diretamente subordinadas ao
Exército Brasileiro.
( ) Certo ( ) Errado
14. O policial militar da ativa julgado incapaz definitivamente para o serviço
policial será reformado, independentemente de sua condição de saúde.
( ) Certo ( ) Errado
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15. A transferência para a reserva remunerada pode ocorrer tanto a pedido
quanto ex offício.
( ) Certo ( ) Errado
16. O tempo de serviço do policial militar começa a ser contado a partir da
data de sua inclusão, matrícula em órgão de formação ou nomeação para
posto na Polícia Militar.
( ) Certo ( ) Errado
17. A demissão do oficial da Polícia Militar pode ocorrer apenas a pedido,
sem qualquer outra condição.
( ) Certo ( ) Errado
18. A licença especial é concedida por um período de três meses e pode ser
suspensa em caso de necessidade do serviço ou estado de defesa.
( ) Certo ( ) Errado
19. A promoção no âmbito da Polícia Militar é seletiva, gradual, sucessiva e
depende de aprovação em concurso público interno.
( ) Certo ( ) Errado
20. O policial militar fardado não possui nenhuma obrigação correspondente
aos uniformes, distintivos, insígnias ou emblemas que ostenta.
( ) Certo ( ) Errado
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GABARITO
QUESTÃO RESPOSTA
1° C
2° E
3° C
4° C
5° E
6° C
7° E
8° C
9° C
10° C
11° C
12° C
13° C
14° E
15° C
16° C
17° E
18° C
19° E
20° E
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“É impossível vencer alguém que não desiste.”
- Bebe Ruth
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SUMÁRIO
Lei nº 5346, de 26 de Maio de 1992 ................................................... 3
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas ............55
Decreto-Lei Nº 2.848/1940 e suas alterações (Parte Geral do Código Penal):
Títulos De I A III. ............................................................................96
Questões ...................................................................................... 106
Gabarito ....................................................................................... 110
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LEI Nº 5346, DE 26 DE MAIO DE 1992
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO
DE ALAGOAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
TÍTULO I
GENERALIDADES
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º O presente estatuto tem o fim de regular a situação, deveres,
direitos e prerrogativas dos servidores públicos militares do Estado de
Alagoas.
Art. 2º A Polícia Militar do Estado de Alagoas, Força Auxiliar e reserva
do Exército, é uma instituição permanente, organizada com base na
hierarquia e na disciplina, subordinada administrativa e operacionalmente
ao Governador do Estado, incumbida das atividades de polícia ostensiva e
da preservação da ordem pública.
Parágrafo único. A Polícia Militar, para fins de defesa interna,
subordina-se diretamente ao Exército Brasileiro e deverá estar adestrada
para desempenhar os misteres pertinentes a missão supra.
Art. 3º Os integrantes da Polícia Militar do Estado de Alagoas, em
razão da destinação constitucional da Corporação e em decorrências das
leis vigentes, querem do sexo masculino ou feminino, constituem uma
categoria especial de servidores públicos, denominados “militares”.
§ 1º Os militares posicionam-se em uma das seguintes condições:
a) na ativa
I. os militares de carreira;
II. os alunos dos cursos de formação policial militar, em todos os níveis,
e os alunos dos cursos de adaptação de oficiais, quando procedentes
do meio civil;
III. os componentes da reserva remunerada, quando convocados e
designados para serviço especificado.
b) na inatividade
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I. quando transferido para reserva remunerada, permanecem
percebendo remuneração do Estado, porém sujeitos à prestação de
serviço ativo, mediante convocação e designação:
II. reformados, quando tendo passado por uma ou duas situações
anteriores, ativa e reserva remunerada, estão dispensados
definitivamente da prestação de serviço ativo, continuando a perceber
remuneração do Estado.
§ 2º São militares de carreira aqueles que, oriundo do meio civil,
concluam cursos de formação policial militar, em todos os níveis, ou de
adaptação de oficiais, permanecendo no serviço policial militar.
§ 3º São militares temporários aqueles que, oriundo do meio civil, são
matriculados, após concurso público, para frequentarem curso de formação
policial militar ou de adaptação de oficiais.
Art. 4º O serviço policial militar consiste no exercício das atividades
inerentes à Polícia Militar e a sua condição de força auxiliar e reserva do
Exército, compreendendo todos os encargos previstos na legislação
específica e peculiar, relacionados com a preservação da ordem pública e o
policiamento ostensivo.
Art. 5º A carreira policial militar é caracterizada pela atividade
continuada e devotada às finalidades da Corporação.
§ 1º A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa.
§ 2º É privativa de brasileiro nato a carreira de oficial da Polícia Militar.
CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÃO
Art. 6º Para efeito deste estatuto serão obedecidas as seguintes
conceituações:
I. Polícia Ostensiva - é o ramo da polícia administrativa que tem
atribuição à prática de atos de prevenção e repressão destinadas à
preservação da Ordem Pública;
II. Ordem Pública - é a situação de convivência pacífica e harmoniosa da
população, fundada nos princípios éticos vigentes na sociedade;
III. Serviço ativo - é aquele desempenhado pelo policial militar nos
órgãos, cargos e funções previstas na legislação pertinente;
IV. Posto - é o grau hierárquico privativo do oficial, conferido por ato do
Chefe do Poder Executivo;
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V. Graduação - é o grau hierárquico privativo das praças, conferido por
ato do Comandante Geral;
VI. Precedência - é a condição hierárquica assegurada entre os quadros
e dentro destes, pela antiguidade do posto ou graduação;
VII. Agregado (este texto foi revogado pela lei n° 6150 de 11 Mai 2000).
VIII. Policial Militar Temporário - condição de serviço ativo transitório,
exercido por policial militar, quando oriundo do meio civil, para
frequentar curso de formação ou adaptação de oficiais;
IX. Cargo - é o encargo administrativo previsto na legislação da
Corporação, com denominação própria, atribuições específicas e
estipêndio correspondente, devendo ser provido e exercido na forma
da lei;
X. Função - é o exercício do cargo, através do conjunto dos direitos,
obrigações e atribuições do policial militar em sua atividade
profissional específica;
XI. Hierarquia - é a ordenação da autoridade nos diferentes níveis, dentro
da estrutura policial militar;
XII. Disciplina - é a rigorosa observância e acatamento integral das leis,
regulamentos, normas e dispositivos que fundamentam a
XIII. Organização Policial Militar;
XIV. Matrícula - é o ato administrativo do Comandante que atribui direito
ao policial militar designado para frequentar curso ou estágio;
XV. Nomeação - é a modalidade de movimentação em que o cargo a ser
ocupado pelo policial militar é nela especificado;
XVI. Extraviado ou Desaparecido - é a situação de desaparecimento do
policial militar quando não houver indícios de deserção;
XVII. Deserção - é a situação em que o policial militar deixa de comparecer,
sem licença, à unidade onde serve por mais de oito dias consecutivos;
XVIII. Ausente - é a situação em que o policial militar deixa de comparecer
ou se afasta de sua organização por mais de vinte e quatro horas
consecutivas;
XIX. Organização Policial Militar (OPM) - é a denominação genérica dada
aos órgãos de direção, apoio e execução, ou qualquer outra unidade
administrativa da Corporação;
XX. Efetivação - é o ato de tornar o policial militar efetivo no seu
respectivo quadro;
XXI. Serviço Temporário - é o período de tempo vivenciado no serviço
ativo, para onde os militares, quando oriundo do meio civil, se
encontram matriculados nos cursos de formação ou adaptação;
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XXII. Comissionado - é o grau hierárquico temporário, atribuído pelo
Comandante Geral ao policial militar oriundo do meio civil,
matriculado em curso de formação ou adaptação;
XXIII. Interinidade - é a situação em que se encontra o policial militar no
exercício de cargo cujo provimento é de grau hierárquico superior ao
seu;
XXIV. Legislação Básica - é a legislação federal ou estadual que serve de
base na elaboração da legislação peculiar;
XXV. Legislação Peculiar - é a legislação inerente às atividades ou
administração da Polícia Militar, legislação própria da Corporação;
XXVI. Legislação Específica - é a legislação que trata de um único assunto.
Parágrafo Único. São equivalentes as expressões: “serviço ativo”, “em
atividade”, “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”,
“em serviço”, e “em atividade policial militar”.
TÍTULO II
DO INGRESSO, HIERARQUIA E DISCIPLINA
CAPÍTULO I
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR
Art. 7º O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é facultado
a todos os brasileiros, sem distinção de raça, sexo, cor ou credo religioso,
mediante matrícula ou nomeação, após aprovação em concurso público de
prova ou provas e títulos, observadas as condições prescritas em
regulamentos da Corporação.
Art. 8º A matrícula nos cursos de formação e adaptação de militares,
serviço temporário, necessária para o ingresso nos quadros da Polícia
Militar, obedecerá normas elaboradas pelo Comandante Geral da
Corporação, dando as condições relativas à nacionalidade, idade, altura,
aptidão física e intelectual, sanidade física e mental, idoneidade moral, além
da necessidade do candidato não exercer nem ter exercido atividades
prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional.
§ 1º Com a incorporação no serviço temporário, o voluntário
selecionado será comissionado pelo Comandante Geral nos seguintes graus
hierárquicos:
I. soldado 3ª classe - para os alunos do curso de formação de soldados
de ambos os sexos;
II. cabo - para os alunos do curso de formação de sargentos, quando
oriundos do meio civil ou soldado da Corporação;
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III. cadete do 1º, 2º, 3º e 4º ano respectivamente, para os alunos do
curso de formação de oficiais;
IV. 2° tenente - para os alunos de curso ou estágio de adaptação de
oficiais;
§ 2º Após a conclusão, com aproveitamento, dos cursos referidos no
parágrafo anterior, os militares neles matriculados terão suas situações de
serviço regularizadas, com a efetivação da seguinte forma:
a) os policiais militares inseridos nos itens I e II serão, por ato do
Comandante Geral, efetivados e promovidos ao grau hierárquico que
o curso o habilite;
b) os militares após concluírem com aproveitamento o último ano do
curso de formação de oficiais, serão por ato do Comandante Geral
declarados Aspirantes a Oficial;
c) os militares inseridos no item IV, após a conclusão do curso ou estágio
de adaptação de oficiais, serão confirmados no posto de 2°tenente
por ato do Governador do Estado, mediante proposta do Comandante
Geral.
CAPÍTULO II
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 9º A hierarquia e disciplina são a base institucional da Polícia
Militar.
§ 1º A hierarquia é estabelecida por postos e por graduações.
§ 2º A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau
hierárquico.
§ 3º A disciplina baseia-se no regular e harmônico cumprimento do
dever de cada componente da Polícia Militar.
§ 4º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em
todas as circunstâncias entre os militares da ativa, da reserva remunerada
e reformados.
Art. 10. Os círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os
militares de uma mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o
espírito de camaradagem em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo
do respeito mútuo.
Art. 11. A escala hierárquica na Polícia Militar está agrupada de acordo
com os círculos seguintes:
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a) os círculos hierárquicos de oficiais:
I - círculo de oficiais superiores
Coronel
Tenente-Coronel
Major
II - círculo de oficiais intermediários:
Capitão
III - círculo de oficiais subalternos:
Primeiro Tenente
Segundo Tenente
b) os círculos hierárquicos de praças:
I - círculo de subtenentes e sargentos:
Subtenente
Primeiro Sargento
Segundo Sargento
Terceiro Sargento
II - círculo de cabos e soldados:
Cabo
Soldado
§ 1º Condições para a frequência dos círculos:
I - frequentam o círculo de oficiais subalternos:
O aspirante a oficial e, excepcionalmente ou em reuniões sociais, o
cadete e o aluno do CHO.
II - frequenta o círculo de subtenentes e sargentos:
Excepcionalmente ou em reuniões sociais, o aluno do Curso de
Formação de Sargentos.
III - frequentam o círculo de cabo e soldado:
Os alunos dos cursos de formação de cabos e soldados.
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§ 2º Os aspirantes a oficial e os cadetes são denominados “Praças
Especiais”.
§ 3º Os graus hierárquicos, inicial e final, dos diversos Quadros e
Qualificações são fixados separadamente, para cada caso, em legislação
específica.
§ 4º Sempre que o policial militar da reserva ou reformado fizer uso
do posto ou da graduação, deverá mencionar esta situação.
Art. 12. A precedência entre os militares da ativa do mesmo grau
hierárquico, é assegurada pela antiguidade no posto ou graduação,
ressalvado os casos de precedência funcional estabelecido em lei ou
regulamento.
Art. 13. A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir
da data da publicação do ato da respectiva promoção, declaração,
nomeação ou inclusão.
§ 1º Caso haja igualdade na antiguidade referida no caput deste
artigo, a mesma será estabelecida através dos seguintes critérios:
a) promoção na mesma data, o mais antigo será aquele que o era no
posto ou graduação anterior, e assim sucessivamente até que haja o
desempate;
b) declaração na mesma data, o mais antigo será aquele que obteve
maior grau intelectual no final do curso;
c) nomeação na mesma data, o mais antigo durante a realização do
curso ou estágio de adaptação será aquele que obteve maior grau no
concurso público, e quando da sua efetivação, será mais antigo aquele
que o concluir com maior grau;
d) inclusão na mesma data, o mais antigo será aquele que obteve maior
grau no concurso de admissão;
e) promoção por conclusão de curso de formação na mesma data, o mais
antigo será aquele que obteve maior grau intelectual no final do
curso;
f) entre os cadetes a antiguidade será estabelecida pelo ano em que o
mesmo se encontre cursando;
§ 2º Caso persista o empate na antiguidade, a mesma será definida
através da data do nascimento, onde o mais idoso será o mais antigo.
§ 3º Em igualdade de posto ou graduação, os militares da ativa têm
precedência sobre os da inatividade.
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§ 4º O aluno do Curso de Habilitação a Oficial será equiparado
hierarquicamente ao Cadete do último ano.
Art. 14. A precedência entre as Praças Especiais e as demais praças, é
assim regulada:
I. o aspirante a oficial é hierarquicamente superior as demais praças;
II. o cadete é hierarquicamente superior ao subtenente.
TÍTULO III
DO CARGO, FUNÇÃO, COMANDO E SUBORDINAÇÃO
CAPÍTULO I
DO CARGO E DA FUNÇÃO
Art. 15. O cargo policial militar é aquele especificado nos Quadros de
Organização da Corporação.
Art. 16. Os cargos militares serão providos com pessoal que satisfaça
aos requisitos de grau hierárquico e qualificação exigidas para seu
desempenho.
Art. 17. O cargo policial militar é considerado vago a partir das seguintes
situações:
I. na data de sua criação;
II. na data da exoneração do titular.
Parágrafo Único. Considera-se também vago, cujo ocupante tenha:
I - falecido, a partir da data do falecimento;
II - sido considerado extraviado ou desertor, a partir da data do termo de
deserção ou extravio.
Art. 18. São funções militares o exercício dos cargos previstos nos
Quadros de Organização da Corporação.
§ 1º São consideradas funções policiais militares ou de interesse
policial militar o exercício do cargo nos seguintes órgãos:
I. em órgãos federais relacionados com as missões das Forças
Auxiliares;
II. na Casa Militar do Governador;
III. nas Assessorias Militares;
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IV. no Gabinete do Presidente da República ou do Vice-Presidente da
República;
V. estabelecimentos de Ensino das Forças Armadas ou de outra
VI. Corporação Militar, no país ou no Exterior, como instrutor ou aluno;
VII. outras Corporações Militares, durante o período passado à disposição.
*VII. em função de Subdelegado de Polícia e no DETRAN;
*VIII. em órgãos internacionais quando em missão de Paz.
§ 2º Os militares nomeados ou designados para o exercício dos cargos
previstos no parágrafo primeiro deste artigo só poderão permanecer no
máximo, nesta situação por um período de quatro anos, contínuos ou não,
exceto quando no exercício da chefia do gabinete ou da assessoria.
§ 3º Ao término de cada período previsto no parágrafo segundo deste
artigo, o policial militar terá que retornar a Corporação, onde aguardará, no
mínimo, o prazo de dois (02) anos para um novo afastamento.
Art. 19. O exercício, por policial militar, de cargo ou função não
especificado na legislação da Corporação será considerado de natureza civil.
Parágrafo único. O policial militar da ativa que aceitar cargo, função
ou emprego público temporário, não eletivo, ainda que na administração
indireta ou fundacional pública, ficará agregado ao respectivo quadro e
somente poderá, enquanto permanecer nesta situação, ser promovido pelo
critério de antiguidade, contando-se lhe o tempo de serviço apenas para
aquela modalidade de promoção e transferência para reserva, sendo,
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido, ex-
offício, para a inatividade.
Art. 20. O provimento do cargo em caráter efetivo ou interino será
efetuado por ato da autoridade competente, obedecendo os critérios de
confiança e habilitação com o que a legislação especificar.
Art. 21. Qualquer função, que, pela sua natureza, generalidade,
peculiaridade, vulto ou duração não foi catalogada no Quadro de
Organização da Corporação, será cumprida como encargo, serviço ou
comissão de atividade policial militar.
Redação dada pela Lei 5751, de 28/11/95.
CAPÍTULO II
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
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Art. 22. O comando é o exercício do cargo de chefia que habilita
conduzir homens ou dirigir uma Organização Policial Militar.
§ 1º O comando está vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa impessoal, cujo exercício o policial militar se define e se
caracteriza como chefe.
§ 2º Aplica-se a direção e a chefia de Organização Policial Militar, no
que couber, o estabelecido para o comando.
Art. 23. O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Alagoas
tem honras, regalias, direitos, deveres e prerrogativas de Secretário de
Estado, inclusive referendar atos administrativos
Art. 24. A subordinação não afeta de modo algum a dignidade pessoal
e o decoro do policial militar, limitando-se exclusivamente a estrutura
hierarquizada da Polícia Militar.
Art. 25. O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício
do comando, da chefia e da direção das Organizações Militares.
Art. 26. Os subtenentes e sargentos são formados para auxiliar e
complementar as atividades dos oficiais, quer no adestramento e no
emprego dos meios, quer na instrução, administração e no comando das
frações de tropa.
§ 1º No comando de elementos subordinados, os subtenentes e
sargentos deverão se impor pela lealdade, exemplo e capacidade técnico-
profissional.
§ 2º É incumbência dos subtenentes e sargentos assegurar a
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, regras de serviço e
normas operativas por parte das praças diretamente subordinadas, bem
como a manutenção da coesão e da moral das mesmas em todas as
circunstâncias.
Art. 27. Os cabos e soldados são essencialmente elementos de
execução.
Art. 28. Às praças especiais cabem a rigorosa observância das
prescrições regulamentares que lhes são pertinentes, sendo-lhes exigida
inteira dedicação ao estudo e aprendizado técnico-profissional.
Art. 29. Cabe ao policial militar a responsabilidade integral pelas
decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar.
12
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Parágrafo Único. No cumprimento de ordens recebidas, o executante
responde pelas omissões, erros e excessos que cometer.
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 9
13
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TÍTULO IV
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS, DEVERES E OBRIGAÇÕES E
ÉTICA DOS MILITARES
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS
Art. 30. Os direitos e prerrogativas dos militares são constituídos
pelas honras, dignidade e distinção devida aos graus hierárquicos e cargos
exercidos.
§ 1º São direitos e prerrogativas dos militares:
I. plenitude da patente dos oficiais com as prerrogativas, direitos e
deveres a elas inerentes, na ativa e na inatividade;
II. uso dos títulos e designação hierárquica correspondente ao posto ou
graduação;
III. uso dos uniformes, insígnias e distintivos da Corporação, de forma
privativa, quando na ativa;
IV. processo e julgamento pela justiça militar estadual, nos crimes
militares definidos em lei;
V. honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados
em leis ou regulamentos;
VI. prisão especial, em quartel da Corporação, a disposição da autoridade
judiciária competente, quando sujeito à prisão antes da condenação
irrecorrível;
VII. cumprimento de pena privativa de liberdade em unidade da própria
Corporação ou presídio militar, nos casos de condenação que não lhe
implique na perda do posto ou da graduação, cujo comandante, chefe
ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou detido;
VIII. assistência de oficial, quando praça, e de oficial de posto superior ao
seu, se sujeito a prisão em flagrante, circunstância em que
permanecerá na repartição competente da polícia judiciária, somente
o tempo necessário à lavratura do auto respectivo, sendo,
imediatamente após, conduzido à autoridade policial militar mais
próxima, mediante escolta da própria Corporação;
IX. porte de arma para oficiais conforme legislação federal;
X. porte de arma para as praças conforme legislação federal e restrições
imposta pela Corporação;
XI. transferência voluntária para a reserva remunerada aos trinta (30)
anos de serviço, se do sexo masculino e vinte e cinco (25) anos, se
do sexo feminino;
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XII. estabilidade para as praças com mais de dez (10) anos de efetivo
serviço;
XIII. décimo terceiro salário com base na remuneração integral, devida no
mês de dezembro;
XIV. salário família para os seus dependentes, conforme legislação
própria;
XV. férias anuais remuneradas com vantagem, de pelo menos, um terço
amais do que a remuneração normal;
XVI. licença à maternidade;
XVII. licença à paternidade;
XVIII. assistência jurídica integral e gratuita por parte do Estado, quando
indiciado ou processado nos crimes ocorridos em atos de serviço;
XIX. revisão periódica da remuneração dos inativos na mesma proporção
e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos
militares em atividade, sendo também estendido aos inativos
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos
servidores da ativa, inclusive quando decorrentes da reclassificação
de cargo ou função ocupada, em que se deu a transferência para
reserva remunerada ou reforma;
XX. percepção de remuneração;
XXI. promoção;
XXII. pensão por morte correspondente ao total da remuneração do policial
militar ativo ou inativo;
XXIII. demissão ou licenciamento voluntário;
XXIV. adicional de remuneração para as atividades insalubres, penosas ou
perigosas, conforme dispuser a legislação própria;
XXV. a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim
entendida como um conjunto de atividades relacionadas com a
prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo
serviços profissionais médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem
como o fornecimento e aplicação de meios, cuidados e demais atos
médicos e paramédicos necessários;
XXVI. percepção da remuneração do posto ou graduação imediatamente
superior, quando da sua transferência para inatividade contar vinte e
cinco (25) anos de efetivo serviço, se do sexo feminino e trinta (30)
anos se do sexo masculino. Caso seja ocupante do último posto da
hierarquia da Corporação, terá seu soldo aumentado de dois décimos.
XXVII. percepção correspondente ao seu grau hierárquico, calculada com
base no soldo integral, quando não contando vinte e cinco (25) anos,
se do sexo feminino, ou trinta (30), se do sexo masculino, for
transferido para reserva remunerada, ex-offício, por ter atingido a
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idade limite de permanência no serviço ativo, no seu posto ou
graduação.
§ 2º Os professores civis contratados para ministrarem aulas nos cursos
realizados no Centro de Ensino e Instrução da Polícia Militar, além dos
direitos previstos em outras legislações, terão as seguintes honras:
I. de coronel, quando lecionar no curso superior de polícia;
II. de major, quando lecionar no curso de aperfeiçoamento de oficiais;
III. de capitão, quando lecionar nos cursos de formação, adaptação e
habilitação para oficiais;
IV. de primeiro tenente, quando lecionar nos demais cursos ou estágios.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES
Art. 31. São deveres dos militares aqueles emanados de vínculos
racionais e morais que os ligam à comunidade e a segurança,
compreendendo essencialmente:
I. dedicação integral ao serviço policial militar;
II. fidelidade a instituição a que pertence, mesmo com o risco da própria
vida;
III. culto aos símbolos nacionais e estaduais;
IV. probidade e lealdade em todas as circunstâncias;
V. disciplina e respeito a hierarquia;
VI. rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
VII. tratar o subordinado com dignidade e urbanidade.
Art. 32. O cidadão, após o ingresso e conclusão do curso de formação
ou adaptação, prestará compromisso de honra, na forma regulamentar, no
qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e deveres
institucionais e manifestará sua disposição de bem cumpri-los.
§ 1º O compromisso a que se refere o caput deste artigo, terá caráter
solene e será prestado a Bandeira Nacional.
§ 2º O compromisso do aspirante a oficial será prestado no dia da
declaração e de acordo com o cerimonial constante no regulamento do
Estabelecimento de Ensino.
§ 3º O compromisso de oficial ao primeiro posto será prestado em
solenidade especialmente programada para este fim.
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92.
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CAPÍTULO III
DA VIOLAÇÃO, DOS DEVERES E DAS OBRIGAÇÕES
Art. 33. Constituirão violação dos deveres e das obrigações militares:
a prática de crime, de contravenção e de transgressão disciplinar.
§ 1º A violação dos deveres e das obrigações militares é tão grave
quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.
§ 2º No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar, será
considerada a violação mais grave.
Art. 34. A inobservância dos deveres especificados nas leis e
regulamentos ou na falta de exatidão no cumprimento dos mesmos,
acarretará para o policial militar responsabilidade funcional, pecuniária,
disciplinar ou penal, de conformidade com a legislação específica ou
peculiar.
SEÇÃO I
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
Art. 35. As transgressões disciplinares são especificadas no
regulamento disciplinar da Polícia Militar do estado de Alagoas.
§ 1º O regulamento disciplinar da Polícia Militar estabelecer as normas
para a aplicação e amplitude das punições disciplinares.
§ 2º As punições disciplinares de detenção ou prisão não poderão
ultrapassar a trinta (30) dias.
Art. 36. Ao cadete que cometer transgressão disciplinar, aplica-se,
além das sanções disciplinares previstas no regulamento disciplinar da
Polícia Militar, as existentes nos Regimentos Internos dos Estabelecimentos
de Ensino onde estiver matriculado.
SEÇÃO II
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA
Art. 37. O oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como
policial militar da ativa, será submetido a Conselho de Justificação na forma
da legislação peculiar.
§ 1º O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, será
afastado dos exercícios de suas funções, automaticamente, a critério da
autoridade competente.
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§ 2º O Conselho de Justificação também poderá ser aplicado aos
oficiais da reserva.
Art. 38. O aspirante a oficial e as praças com estabilidade assegurada,
presumivelmente incapaz de permanecer na ativa, serão submetidos a
Conselho de Disciplina na forma da legislação peculiar.
§ 1º O aspirante a oficial ou a praça com estabilidade assegurada, ao
ser submetido a Conselho de Disciplina, será afastada da atividade que
estiver exercendo.
§ 2º O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado a praça da
reserva.
CAPÍTULO IV
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR
Art. 39. A ética policial militar é estabelecida através do sentimento do
dever, pundonor militar e do decoro da classe, imposta a cada integrante
da Polícia Militar, pela conduta moral e profissional irrepreensíveis com
observância dos seguintes preceitos:
I. amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade
pessoal;
II. exercer com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe
couber em decorrência do cargo;
III. respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV. cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as
ordens da autoridade competente;
V. ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do
mérito dos subordinados;
VI. zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e também do
subordinado, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
VII. empregar toda energia em benefício do serviço;
VIII. praticar permanentemente a camaradagem e desenvolver o espírito
de cooperação;
IX. ser discreto nas atitudes, maneiras e linguagem escrita e falada;
X. abster-se detratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa,
relativa à segurança nacional ou pública;
XI. respeitar as autoridades civis;
XII. cumprir seus deveres de cidadão;
XIII. proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV. observar as normas de boa educação;
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XV. garantir a assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como
chefe de família modelar;
XVI. conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que
não prejudique os princípios da disciplina, respeito e decoro policial
militar;
XVII. abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter
facilidades pessoais de qualquer natureza ou para negócios
particulares ou de terceiros;
XVIII. abster-se na inatividade do uso das designações hierárquicas,
quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades industriais;
c) em atividades comerciais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito
de assuntos políticos ou militares, excetuando-se os de
natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado;
e) no exercício de função de natureza não policial militar, mesmo
oficiais.
XIX. zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus
integrantes.
TÍTULO V
DO AUSENTE, DESERTOR, DESAPARECIDO E EXTRAVIADO
CAPÍTULO I
DO AUSENTE E DO DESERTOR
Art. 40. É considerado ausente o policial militar que por mais de vinte
e quatro (24) horas consecutivas:
I. deixe de comparecer a sua Organização Policial Militar sem comunicar
o motivo do impedimento;
II. afaste-se, sem licença, da Organização Policial Militar onde serve ou
do local onde deva permanecer.
Art. 41. É considerado desertor o policial militar que por mais de oito
(08) dias consecutivos:
I. deixe de comparecer à sua Organização Policial Militar, sem
comunicar o motivo do impedimento;
II. afaste-se, sem licença, da Organização Policial Militar onde serve ou
do local onde deva permanecer.
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Art. 42. A deserção do policial militar acarreta uma interrupção do
serviço ativo.
§ 1º A interrupção do serviço ativo é caracterizada após o cumprimento
das formalidades legais, e o desertor é posto na condição de agregado, se
oficial ou praça com estabilidade.
§ 2º A demissão do oficial ou a exclusão do policial militar com
estabilidade assegurada processar-se-á após seis meses de agregação, se
não houver captura ou apresentação voluntária antes deste prazo.
§ 3º A praça sem estabilidade assegurada será automaticamente
excluída após oficialmente declarada desertora.
§ 4º O policial militar desertor que for capturado ou se apresentar
voluntariamente, será submetido a inspeção de saúde:
I. se julgado apto e não tenha sido excluído ou demitido, será submetido
a processo pelo Conselho competente;
II. se julgado apto e já tiver sido demitido ou excluído, será readmitido
ou reincluído, agregado e responderá ao processo.
III. se julgado incapaz definitivamente e não tenha sido demitido ou
excluído, se oficial, responderá a processo, se praça com estabilidade,
será excluída e isenta de processo.
IV. se julgado incapaz definitivamente e já tiver sido demitido ou
excluído, se oficial, responderá a processo, se praça ficará isenta do
mesmo.
CAPÍTULO II
DO DESAPARECIDO E EXTRAVIADO
Art. 43. É considerado desaparecido o policial militar da ativa que, no
desempenho de qualquer serviço, viagem, operações militares ou em caso
de calamidade pública, tiver seu paradeiro ignorado por mais de oito (08)
dias.
Parágrafo Único. A situação de desaparecimento só será considerada
quando não houver indício de deserção.
Art. 44. O policial militar que, na forma do artigo anterior, permanecer
desaparecido por mais de trinta (30) dias, será oficialmente considerado
extraviado, e, a partir desta data, agregado.
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92
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Art. 45. O extravio do policial militar da ativa acarretará na interrupção
do seu serviço ativo.
§ 1º O desligamento do serviço ativo será feito seis (06) meses após a
agregação por motivo de extravio.
§ 2º Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública
ou outros acidentes oficialmente reconhecidos, o extravio do policial militar
da ativa será considerado, para fins deste Estatuto, como falecimento.
Art. 46. O reaparecimento do policial militar considerado desaparecido
ou extraviado, já desligado do serviço ativo, resulta em sua reinclusão e
nova agregação enquanto se apura as causas que deram origem ao
afastamento.
Parágrafo Único. O policial militar reaparecido será submetido a sindicância
por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar, se assim julgar
necessário.
TTÍTULO VI
DA EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
CAPÍTULO ÚNICO
DAS FORMAS DE EXCLUSÃO
Art.47. A exclusão do serviço ativo da Polícia Militar e o consequente
desligamento da OPM a que estiver vinculado o policial militar será feita
mediante:
I. transferência para a reserva remunerada;
II. reforma;
III. demissão;
IV. licenciamento;
V. anulação de incorporação.
§ 1º A exclusão do serviço ativo da Polícia Militar com referência aos
incisos I, II, e III do caput deste artigo, será processada após a expedição
de ato do Governador do Estado.
§ 2º A exclusão do serviço ativo referentes aos incisos IV e V do caput
deste artigo, processar-se-á por ato do Comandante Geral da Polícia Militar.
Art. 48. O policial militar da ativa, enquadrado em um dos incisos I,
II, III e IV do artigo 47, será automaticamente afastado do cargo e posto
na condição de adido especial na OPM onde servir, a partir da protocolização
do requerimento ou ata de inspeção de saúde.
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Parágrafo Único. O desligamento do policial militar da Organização em
que serve deverá ser feita após a publicação no Boletim Geral do ato oficial
correspondente.
SEÇÃO I
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA
Art. 49. A passagem do policial militar para a situação de inatividade,
mediante transferência para a reserva remunerada, se efetuará:
I. a pedido;
II. ex-offício.
Parágrafo Único. Não será concedida transferência para reserva
remunerada a pedido, ao policial militar que:
a) estiver respondendo a Inquérito ou Processo em qualquer
jurisdição;
b) estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
Art. 50. A transferência para a reserva remunerada, a pedido, será
concedida mediante requerimento, ao policial militar que contar, no
mínimo, vinte e cinco (25) anos de serviço, se do sexo feminino, e trinta
(30), se do masculino.
Art. 51. A transferência para a reserva remunerada, “ex-offício”,
verificar-se-á sempre que o policial militar incidir nos seguintes casos:
I. atingir as seguintes idades limites:
a) círculo dos oficiais
1.- QOPM
Coronel 58 anos
Tenente Coronel, 56 anos
Major 52 anos
Capitão, 1º Tenente e 2º Tenente 50 anos
2.- QOS
Coronel 62 anos
Tenente Coronel, 60 anos
Major 58 anos
Capitão, 1º Tenente e 2º Tenente, 57 anos
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3.- QOA e QOE
Major 58 anos
Capitão 57 anos
1º Tenente 56 anos
2º Tenente 55 anos
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92
4.- CAPELÃO
Major 62 anos
Capitão 60 anos
1º Tenente 58 anos
2º Tenente 57 anos
5.- QOPFem
Coronel 50 anos
Tenente Coronel, 48 anos
Major 47 anos
Capitão, 1º Tenente e 2º Tenente, 45 anos
b) círculo das praças
1.- Masculino
Subtenente 58 anos
1º Sargento 57 anos
2º Sargento 56 anos
3º Sargento, Cabo e Soldado 55 anos
2.- Feminino
Subtenente 50 anos
1º Sargento 48 anos
2º Sargento 47 anos
3º Sargento, Cabo e Soldado 45 anos
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II. atingir o policial militar trinta e cinco (35) anos de efetivo serviço, se
do sexo masculino, ou trinta (30) anos se do sexo feminino;
III. ultrapassar dois (02) anos, contínuos ou não, em licença para
acompanhar tratamento de saúde de pessoa da família;
IV. for o oficial considerado não habilitado para o acesso, em caráter
definitivo, através de Conselho de Justificação, provocado pela
Comissão de Promoções de Oficiais;
V. ultrapassar dois (02) anos, contínuos ou não, em licença para tratar
de interesse particular;
VI. ultrapassar dois (02) anos, contínuos ou não, afastado da Corporação
em virtude de haver sido empossado em cargo público civil,
temporário, não eletivo, inclusive da Administração Indireta, ou
Fundacional Pública, à disposição de órgão público;
Redação modificada pela lei nº 5357 de 01 JUL 92
VII. ser diplomado em cargo eletivo, de conformidade com a Constituição
Federal;
VIII. após três (03) indicações, depois de devidamente habilitado em
seleção interna, para frequentar Curso Superior de Polícia, Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais ou Curso de Aperfeiçoamento de
Sargentos, não o completar ou não aceitar as indicações.
§ 1º A transferência para a reserva remunerada ex-offício processar-se-
á, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 2º Não se aplicará o inciso II deste artigo aos oficiais que estejam
exercendo os cargos de Comandante Geral, Chefe da Casa Militar do
Governador e Chefe da Assessoria Militar da Assembleia Legislativa,
enquanto permanecer no cargo.
§ 3º O coronel que permanecer por mais de dez (10) anos no posto, será
transferido ex-offício para a reserva remunerada, independente do seu
tempo de serviço, exceto as hipóteses do parágrafo anterior.
Art. 52. A transferência para a reserva remunerada não isenta o policial
militar da indenização dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a
terceiros, nem do pagamento das pensões decorrentes de sentença judicial.
Parágrafo Único. A transferência do policial militar para a reserva
remunerada poderá ser suspensa na vigência do estado de defesa e estado
de sítio, ou em caso de mobilização.
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SEÇÃO II
DA REFORMA
Art. 53. A passagem do policial militar para a situação de inatividade,
mediante reforma, se efetua ex-offício.
Art. 54. A reforma do que trata o artigo anterior será aplicada ao
policial militar que:
I. atingir as seguintes idades limites de permanência na reserva
remunerada:
a) para oficial superior, sessenta e quatro (64) anos, se do sexo
masculino, e cinquenta e dois (52) se do sexo feminino;
b) para capitão e oficial subalterno, sessenta e dois (62) anos, se
do sexo masculino, e cinquenta e dois (52) se do sexo feminino;
c) para praças, sessenta (60) anos, se do sexo masculino, e
cinquenta e cinco (55) se do sexo feminino.
II. for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo da Polícia da
Militar;
III. estiver agregado por mais de doze meses, contínuos ou não, por ter
sido julgado incapaz temporariamente para o serviço da Polícia
Militar, durante o período de trinta e seis meses, mediante
homologação da junta policial militar de saúde, ainda mesmo que se
trate de moléstia curável;
IV. for condenado a pena de reforma, prevista no código penal militar,
ou sentença passada em julgado;
V. sendo oficial, quando determinada a sua reforma por sentença
irrecorrível, em consequência de Conselho de Justificação a que foi
submetido;
VI. sendo aspirante a oficial ou praça com estabilidade assegurada,
quando determinada a sua reforma pelo Comandante Geral,
VII. em razão de julgamento de Conselho de Disciplina a que foi
submetido.
§ 1º O policial militar reformado na forma do inciso V deste artigo, só
readquirirá a situação anterior, por força de sentença irrecorrível, e com
relação ao inciso VI, por decisão do Comandante Geral.
§ 2º Fica o Comandante Geral da Polícia Militar autorizado a reformar,
através de ato administrativo, todos os militares da reserva remunerada
que atingirem idade limite.
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§ 3º Anualmente, no mês de fevereiro, a Diretoria de Pessoal da
Corporação organizará relação dos militares da reserva remunerada que
atingiram, até aquela data, idade limite de permanência naquela situação.
§ 4º A situação de inatividade do policial militar da reserva remunerada,
quando reformado por limite de idade, não sofrerá solução de continuidade,
ficando apenas desobrigado de convocação.
Art. 55. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:
I. ferimento recebido na manutenção da ordem pública ou enfermidade
contraída nessa situação ou que nela tenha sua causa eficiente;
II. acidente em serviço;
III. doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com relação de causa e
efeito a condição inerente ao serviço;
IV. tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave e outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões
da medicina especializada;
V. acidente ou doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e
efeito com o serviço.
Redação modificada pela lei nº 5358 de 01 JUL 92
§ 1º Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste artigo serão
comprovados por atestado de origem ou inquérito sanitário de origem,
previstos em regulamentação própria.
§ 2º Os casos previstos nos incisos IV e V serão submetidos a inquérito
sanitário de origem, para confirmação ou não de sua causa e efeito, ou
correlação com o serviço.
§ 3º O parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose, para os
portadores de lesões aparentemente inativa, ficará condicionado a um
período de consolidação extra- nosocomial nunca inferior a seis (06) meses,
contados a partir da época da cura.
§ 4º Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio mental ou
neuro-mental grave, no qual esgotados os meios habituais de tratamento,
permaneça alteração completa ou considerável na personalidade, destruída
a autodeterminação do pragmatismo e tornado o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho, comprovado
através de inquérito sanitário de origem.
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§ 5º Ficam excluídas do conceito de alienação mental as epilepsias
psíquicas e neurológicas, assim julgadas através de inquérito sanitário de
origem.
§ 6º Consideram-se paralisia todo caso de neuropatia grave e definitiva
que afeta a motilidade, sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas,
no qual esgotados os meios habituais de tratamento, permaneçam
distúrbios graves, extensos e definitivos que tornem o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§ 7º São também equiparadas às paralisias os casos de afecção osteo-
musculo- articulares graves e crônicas (reumatismos graves e crônicos ou
progressivos e doenças similares), nos quais, esgotados os meios habituais
de tratamento, permaneçam distúrbios extensos e definidos, quer osteo-
musculo-articulares residuais, quer secundários das funções nervosas,
motilidade, troficidade, ou nas funções que tornem o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§ 8º São equiparadas à cegueira, não só os casos de afecções crônicas,
progressivas e incuráveis que conduzirão à cegueira total, como também os
de visão rudimentares que apenas permitam a percepção de vultos, não
susceptíveis de correção por lentes, nem removíveis por tratamento médico
cirúrgico, comprovados através do inquérito sanitário de origem.
Art. 56. O policial militar da ativa, julgado incapaz definitivamente, por
um dos motivos constantes nos incisos do artigo 55, será reformado
obedecendo os seguintes critérios:
I - quando a incapacidade decorrer dos casos previstos nos incisos I e II, o
policial militar terá direito a promoção ao posto ou graduação
imediatamente superior e proventos integrais;
II - quando a doença, moléstia ou enfermidade tiver relação de causa e
efeito com o serviço, e o policial militar não for considerado inválido, terá
direito a proventos integrais;
III - quando a doença, moléstia ou enfermidade tiver relação de causa e
efeito com o serviço, e o policial militar for considerado inválido, terá direito
a promoção ao posto ou graduação imediatamente superior e proventos
integrais;
IV - quando a doença, moléstia ou enfermidade não tiver relação de causa
ou efeito com o serviço, e o policial militar não for considerado inválido, terá
direito a proventos proporcionais ao seu tempo de serviço;
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V - quando a doença, moléstia ou enfermidade não tiver relação de causa
e efeito com o serviço, e o policial militar for considerado inválido, terá
direito a proventos integrais.
Parágrafo Único. Todos os casos previstos neste artigo só serão
atendidos depois de devidamente comprovados através de inquérito
sanitário de origem.
Art. 57. O policial militar reformado por incapacidade definitiva, que for
julgado apto em inspeção ou junta superior de saúde, em grau de recurso,
poderá retornar ao serviço ativo.
Parágrafo Único. O retorno ao serviço ativo somente ocorrerá se o tempo
decorrido na situação de reformado não ultrapassar dois (02) anos, e se
processará na conformidade com o previsto para o excedente.
Art. 58. O policial militar reformado por alienação mental, enquanto não
ocorrer a designação judicial do curador, terá sua remuneração paga aos
seus benificiários, desde que o tenha sob sua guarda e responsabilidade e
lhe dispense tratamento humano e condigno.
§ 1º A interdição do policial militar reformado por alienação mental
quando não providenciada por iniciativa dos parentes ou responsáveis,
dentro de sessenta (60) dias contados da data da reforma, será promovido
pela Corporação.
§ 2º O internamento do policial militar reformado por alienação mental,
em instituição apropriada, será também providenciado pela Corporação,
quando ocorrer uma das seguintes hipóteses:
a) não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;
b) não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas no
caput deste artigo.
Art.59. Para fins constantes neste Estatuto, são considerados postos
ou graduações imediatamente superiores, além das demais devidamente
explicitadas, as seguintes:
I. 1º Tenente - para alunos do curso ou estágio de adaptação de oficiais;
II. 2º Tenente - para os aspirantes a oficial, cadetes, alunos do curso de
habilitação a oficiais e subtenentes;
III. 3º Sargento - para os cabos e alunos do curso de formação de
sargentos;
IV. Cabo - para os soldados e alunos do curso de formação de cabos, e
alunos do curso de formação de soldados.
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SEÇÃO III
DA DEMISSÃO
Art. 60. A demissão da Polícia Militar aplica-se exclusivamente aos oficiais,
e se efetua da seguinte forma:
I. a pedido;
II. ex-offício.
Art. 61. A demissão a pedido será concedida mediante requerimento
do interessado:
I. sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais de cinco
(05) anos de oficialato na Corporação;
II. com indenização das despesas feitas pelo Estado com a sua
preparação e formação, quando contar menos de cinco (05) anos de
oficialato na Corporação.
§ 1º No caso do oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração
igual ou superior a seis (06) meses e inferior ou igual a dezoito (18) meses
por conta do Estado, e não havendo decorrido mais de três (03) anos do
seu término, a demissão só será concedida mediante indenização de todas
as despesas correspondentes ao referido curso ou estágio.
§ 2º No caso do oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração
superior a dezoito (18) meses por conta do Estado, aplicar-se-á o disposto
no parágrafo anterior, se ainda não houver decorrido mais de cinco (05)
anos de seu término.
§ 3º O oficial demissionário, a pedido, ingressará na reserva não
remunerada, sendo a sua situação militar definida pela lei do serviço militar.
§ 4º O direito a demissão a pedido, pode ser suspenso, na vigência
do estado de defesa ou estado de sítio.
Art. 62. O Oficial da Polícia Militar será demitido “ex-offício”, quando:
I. for empossado em cargo público permanente, estranho à sua
carreira;
II. se alistar como candidato a cargo eletivo e contar na época do
alistamento menos de dez (10) anos de serviço;
III. falecer ou for considerado falecido;
IV. for considerado desertor conforme artigo 41.
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Art. 63. Será também demitido “ex-offício” o Oficial que houver
perdido o Posto e a Patente, sem direito a qualquer remuneração ou
indenização e terá a sua situação militar definida pela lei do Serviço Militar.
Art. 64. O Oficial da Polícia Militar só perderá o Posto e Patente
quando:
I. for condenado na Justiça Comum ou Militar a pena restritiva de
liberdade individual, superior a dois (02) anos, em decorrência de
sentença condenatória transitada em julgado e o Conselho de Justiça
Militar decidir sobre a sua perda;
II. for julgado indigno para o oficialato ou com ele incompatível, por
decisão do Conselho de Justiça Militar, nos casos previstos no inciso I
deste artigo;
III. for julgado indigno para o oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de sentença irrecorrível, nos julgamentos dos Conselhos de
Justificação.
SEÇÃO IV
DO LICENCIAMENTO
Art. 65. O licenciamento do serviço ativo, aplicado somente às Praças,
se efetua:
I. a pedido;
II. ex-offício.
§ 1º O licenciamento a pedido poderá ser concedido a qualquer época,
desde que não haja prejuízo para o tesouro do Estado.
§ 2º O licenciamento “ex-offício” será feito na forma da legislação
própria:
a) a bem da disciplina;
b) por inadaptação ao serviço policial militar durante o período de
formação;
c) falta de aproveitamento no período de formação;
d) por falecimento ou por ter sido considerado falecido;
e) por ter a praça infringido o § 3º do artigo 116 deste Estatuto.
§ 3º No caso do licenciamento “ex-offício” por falta de aproveitamento
no período de formação, o mesmo poderá, a critério da Corporação ser
rematriculado.
Art. 66. O direito ao licenciamento a pedido poderá ser suspenso na
vigência do estado de defesa ou estado de sítio.
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Art. 67. O licenciamento a pedido será concedido mediante
requerimento do interessado obedecendo os seguintes critérios:
I. sem indenização aos cofres públicos, quando não tiver feito qualquer
curso ou estágio de duração superior a seis (06) meses.
II. com indenização das despesas feitas pelo Estado com sua
especialização em curso ou estágio superior a seis (06) meses e não
contar doze (12) meses após o término do referido curso ou estágio.
Art. 68. O licenciamento “ex-offício” do aspirante a oficial e da praça
com estabilidade assegurada, a bem da disciplina, ocorrerá quando:
I. submetido a Conselho de Disciplina e julgado culpado, assim decidir
o Comandante Geral;
II. perder ou haver perdido a nacionalidade brasileira, se Aspirante a
Oficial;
Parágrafo único. O aspirante a oficial ou a praça com estabilidade
assegurada, licenciada a bem da disciplina, só poderá readquirir a situação
anterior por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar, se o
licenciamento foi consequência de julgamento do Conselho de Disciplina.
Art. 69. É da competência do Comandante Geral da Polícia Militar o ato
de licenciamento “ex-offício”.
Art. 70. O licenciamento acarreta a perda do seu grau hierárquico e não
isenta das indenizações dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a
terceiros, nem das pensões decorrentes de sentença judicial.
Art. 71. O policial militar licenciado não tem direito a qualquer
remuneração e terá sua situação definida pela Lei do Serviço Militar.
Art. 72. Será licenciada “ex-offício” a praça que se alistar candidato a
cargo eletivo, e contar na época do alistamento menos de dez (10) anos de
serviço.
Art. 73. Será também licenciado “ex-offício” o aspirante a oficial e as
praças empossadas em cargo público permanente, estranho à sua carreira.
SEÇÃO V
DA ANULAÇÃO DE INCORPORAÇÃO
Art. 74. A anulação de incorporação de voluntários selecionado será
aplicada ao policial militar que:
I. tenha prestado por escrito, durante o recrutamento, declarações
falsas;
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II. tenha utilizado durante o recrutamento documentos falsificados ou de
outrem;
III. responda processo criminal na Justiça Comum antes ou durante o
período de formação.
§ 1º A anulação de incorporação poderá ocorrer em qualquer época
dentro do período de formação.
§ 2º A praça que tiver sua incorporação anulada não terá direito a
qualquer remuneração ou indenização, e sua situação será definida pela Lei
do Serviço Militar, semelhante ao licenciamento.
TÍTULO VII
DA REMUNERAÇÃO, DA PROMOÇÃO E DOS UNIFORMES DA
POLÍCIA MILITAR
CAPÍTULO I
DA REMUNERAÇÃO
Art. 75. A remuneração dos militares compreende vencimentos ou
proventos, adicionais, indenizações e outros direitos, e é devida em bases
estabelecidas em lei específica e na Constituição Estadual.
CAPÍTULO II
DA PROMOÇÃO
Art. 76. O acesso na hierarquia policial militar é seletivo, gradual,
sucessivo e será feito mediante promoção, de conformidade com o disposto
na legislação e Regulamento de Promoções de Oficiais e Praças, de modo a
obter-se um fluxo regular e equilibrado.
§ 1º O planejamento da carreira dos oficiais e praças, obedecidas as
disposições da legislação e regulamentos peculiares a que se refere este
artigo, é atribuído ao Comandante Geral da Polícia Militar e Chefe do Estado
Maior Geral, respectivamente.
§ 2º A promoção é um ato administrativo que tem como finalidade
básica a seleção dos militares para o exercício de cargos e funções
pertinentes ao grau hierárquico superior.
§ 3º A promoção dos oficiais será realizada por ato do Governador do
Estado, mediante proposta do Comandante Geral; a das praças por ato do
Comandante Geral, mediante proposta da Comissão de Promoção de
Praças.
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§ 4º Haverá promoção especial ao grau hierárquico imediatamente
superior para os militares inválidos em decorrência de lesão grave adquirida
no cumprimento do dever, prevista no Art. 276 da Constituição Estadual.
CAPÍTULO III
DOS UNIFORMES DA POLÍCIA MILITAR
Art. 77. Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígnias
e emblemas são privativos dos militares e simbolizam a autoridade com as
prerrogativas que lhes são inerentes.
§ 1º Constituem crimes previstos no Código Penal Militar o
desrespeito pelo militar aos uniformes, distintivos, insígnias e emblemas
militares.
§ 2º É vedado a qualquer civil ou organização desta natureza usar
uniforme ou ostentar distintivo, insígnia ou emblema que possam ser
confundidos com os adotados pela Polícia Militar.
§ 3º São responsáveis pela infração disposta no parágrafo anterior,
além dos indivíduos que as tenham cometida, os empregadores, Diretores
ou Chefes das Repartições Públicas, Empresas e Organizações de qualquer
natureza, que tenha adotado ou consentido o uso de uniformes, distintivos,
insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na
Polícia Militar.
Art. 78. O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias,
emblemas, bem como os modelos, descrições, composição, peças,
acessórios e outras disposições, são estabelecidos em regulamentação
peculiar da Polícia Militar.
Art. 79. O policial militar fardado tem as obrigações correspondentes
aos uniformes que usa, e aos distintivos, emblemas ou às insígnias que
ostenta.
TÍTULO VIII
DA AGREGAÇÃO, DA REVERSÃO E DO EXCEDENTE
CAPÍTULO I
DA AGREGAÇÃO
Art. 80. A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa fica
temporariamente afastado do exercício do cargo no âmbito da Corporação,
permanecendo no lugar em que lhe competir na escala hierárquica de seu
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Quadro ou Qualificação, com a anotação esclarecedora da situação da
abreviatura Ag.”
“Parágrafo único – A agregação não abre vaga para fins de
promoção.”
Redação modificada pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000
Art. 81. O policial militar da ativa será agregado e considerado para todos
os efeitos legais, como em serviço ativo, quando:
I. for nomeado ou designado para cargo ou função considerado de
natureza policial militar, estabelecido em Lei ou Decreto e não
previsto no Quadro de Organização da Polícia Militar;
II. aceitar cargo, função ou emprego público temporário, não eletivo,
ainda que na Administração Indireta ou Fundacional Pública;
III. se alistar como candidato a cargo eletivo e contar mais de dez (10)
anos de serviço na época do afastamento;
IV. for posto à disposição de Estabelecimento de Ensino das Forças
Armadas ou outras Corporações militares, no país ou no exterior;
V. for posto à disposição do governo federal para exercer cargo ou
função em órgãos federais, embora considera função de natureza
policial militar, exceto na condição de aluno;
*VI - for posto à disposição de Secretaria de Estado ou de outro órgão desta
unidade da federação, ou de outro Estado ou Território para exercer função
de natureza civil exceto nas hipóteses previstas nos incisos VII e VIII do §
1º do Art. 18 desta Lei.
Redação dada pela Lei nº 5941, de 31/07/97.
§ 1ºAagregaçãodopolicial militar nos casos dos incisos I, II, IV, V e VI
deste artigo, será contada a partir da data da publicação do Ato oficial de
nomeação, designação ou passagem à disposição para o novo cargo até a
data oficial da exoneração, dispensa do policial militar ou transferência “ex-
offício” para a reserva.
§ 2º A agregação do policial militar, no caso do inciso III, será contada
a partir da data de registro como candidato até sua diplomação ou regresso
à Corporação, caso não seja eleito.
Art.82. O policial militar da ativa será agregado quando afastado,
temporariamente, do serviço ativo, por motivo de:
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I- ter sido julgado incapaz temporariamente, após noventa (90) dias
contínuos ou não, no período de cento e oitenta (180) dias de
licença para tratamento de serviço;
II- ter entrado de licença para tratar de assunto particular;
III- ter entrado de licença para acompanhar tratamento de pessoa da
família, a partir das prorrogações;
IV- ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o
processo de reforma;
V- ter sido considerado oficialmente extraviado;
VI- ter sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção
previsto no Código Penal Militar, se Oficial ou Praça com
estabilidade assegurada;
VII- como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido
capturado e reincluído a fim de se ver processar;
VIII- ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a seis
(06) meses em sentença transitado em julgado, enquanto durar a
execução da mesma, exceto se concedida a suspensão
condicional;
IX- ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto,
graduação, cargo ou função prevista no Código Penal Militar;
X- ter entrado de licença para acompanhamento de cônjuge nos casos
previstos nos §§ 2º e 4º do Art. 104 deste Estatuto.
§ 1º A agregação do policial militar, nos casos dos incisos I e IV do caput
deste artigo, é contado a partir do primeiro dia após os respectivos prazos
e enquanto durar o evento.
§ 2º A agregação do policial militar, nos casos dos incisos II, III, V, VI,
VII, VIII, IX e X deste artigo, é contada a partir da data indicada no ato que
tornar público o evento.
Art. 83. O policial militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares
concernentes as suas relações com outros militares e autoridades civis,
salvo quando o titular de cargo que lhe dê precedência funcional sobre
outros militares mais graduados ou mais antigo.
Art. 84. O policial militar agregado ficará adido, para efeito de alterações
e remuneração, à Organização Policial Militar que lhe for designado,
continuando a figurar no respectivo registro, sem número, no lugar até que
então ocupava.
Art. 85. A agregação do policial militar se faz por ato do Comandante
Geral da Polícia Militar.
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Redação modificada pela lei nº 5358 de 01 JUL 92
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CAPÍTULO II
DA REVERSÃO
Art. 86. Reversão é o ato pelo qual o policial militar, cessado o motivo
que determinou a sua agregação, readquire o direito do exercício do cargo
próprio do quadro ou qualificação a que pertença.
Redação modificada pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000
Art. 87. A reversão do policial militar se faz por ato do Comandante Geral
da Polícia Militar.
CAPÍTULO III
DO EXCEDENTE
Art. 88. Excedente é a situação transitória a que, automaticamente,
passa o policial militar que:
I- havendo sido revertido, esteja completo o efetivo do quadro ou
qualificação a que pertença;
II- foi revogado pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000.
III- é promovido por bravura, sem haver vaga;
IV- foi revogado pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000.
V- sendo mais moderno na respectiva escala hierárquica, ultrapassa
o efetivo de seu quadro, em virtude de promoção de outro policial
militar em ressarcimento de preterição ou retorno ao serviço, aos
termos do art. 57 deste estatuto.
VI- foi revogado pela lei n° 6150 de 11 MAI 2000.
§ 1º O policial militar cuja situação é de excedente, ocupa posição
relativa à sua antiguidade na escala hierárquica, com a abreviatura “excd”,
e receberá o número que lhe competir, em consequência da primeira vaga
que se verificar.
§ 2º O policial militar cuja situação é de excedente, é considerado, para
todos os efeitos, como em serviço, e concorre, respeitados os requisitos
legais, em igualdade de condições e sem nenhuma restrição, a qualquer
cargo policial militar, bem como a promoção.
§ 3º O policial militar promovido por bravura, sem haver vaga,
ocupará a primeira vaga aberta, deslocando o princípio de promoção a ser
seguido para a vaga seguinte.
§ 4º - foi revogado pela lei nº 6150 de 11 MAI 2000.
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TÍTULO IX
DOS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS, DAS LICENÇAS E DAS
RECOMPENSAS
CAPÍTULO I
DOS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS
Art. 89. São considerados afastamentos temporários os seguintes:
Férias, Núpcias, Luto, Instalação e Trânsito.
SEÇÃO I
DAS FÉRIAS
Art. 90. O período de férias anual é um afastamento temporário do
serviço, obrigatoriamente concedido aos militares para descanso, a partir
do último mês do ano a que se refere e usufruído no ano seguinte.
§ 1º Os policiais militares têm direito por ano de serviço, ao gozo de
trinta (30) dias de férias remuneradas com pelo menos 1/3 (um terço) a
mais da remuneração correspondente ao período e paga até a data do início
do período de repouso.
§ 2º É facultado ao servidor militar converter 1/3 das férias como
abono pecuniário, desde que o requeira com, pelo menos, sessenta (60)
dias de antecedência.
§ 3º O período de férias não gozado por motivo de necessidades do
serviço, mas que o policial militar já tenha recebido a remuneração
correspondente pelo menos 1/3 (um terço), poderá ser contado em dobro.
Art. 91. São autoridades competentes para conceder férias:
I- o Comandante Geral, ao Chefe do Estado Maior e a si próprio, após
comunicar ao Governo do Estado;
II- o Chefe do Estado Maior Geral, aos Oficiais do EMG da Corporação,
aos Comandantes do Policiamento da Capital, do Interior e do
Corpo de Bombeiros, ao Ajudante Geral, aos Comandantes de
Unidades, Estabelecimentos de Ensino, Diretores e aos
Comandantes de Subunidades Independentes;
III- os Diretores, Comandantes de Unidades, Subunidades
Independente, Centro e Estabelecimento de Ensino Policial Militar,
aos que servem sob suas ordens.
§ 1º A concessão de férias não será prejudicada por:
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a) gozo anterior de licença para tratamento de saúde ou licença
especial;
b) punição anterior decorrida de contravenção ou de transgressão
disciplinar;
c) ordem ou cumprimento de atos de serviços.
§ 2º A concessão das férias não acumulará o direito que o policial
militar tem de gozar as licenças regulamentares previstas em lei.
§ 3º Somente em caso de interesse da Segurança Nacional, de
Manutenção da Ordem Pública, de extrema necessidade do serviço, de
transferência para a inatividade ou para cumprimento de punição
decorrente de crime, contravenção ou transgressão disciplinar de natureza
grave e em caso de baixa hospitalar, os militares terão interrompidas ou
deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem
direito.
§ 4º São autoridades competentes para interromper ou deixar de
conceder férias previstas neste estatuto, as seguintes:
a) o Governador do Estado, no caso de interesse da Segurança
Nacional e de Manutenção da Ordem Pública;
b) b) o Comandante Geral, em caso de extrema necessidade do
serviço ou de transferência para a inatividade.
§ 5º Na impossibilidade absoluta do gozo de férias no ano seguinte,
pelos motivos previstos no § 3º deste artigo, o período de férias não
gozados será computado dia-a-dia e contado em dobro.
Art.92. O gozo de férias anual obedecerá às prescrições estabelecidas
em regulamentação própria:
§ 1º O período de férias anual poderá ser gozado onde interessar ao
policial militar, dentro do País, mediante permissão do respectivo
comandante, chefe ou diretor; para o exterior, com consentimento do
Governador do Estado.
§2º O policial militar em gozo de férias não perderá o direito ao soldo
e vantagens que esteja percebendo ao iniciá-la.
§ 3º As férias escolares serão concedidas de conformidade com o
regulamento do estabelecimento de ensino da Polícia Militar de Alagoas.
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SEÇÃO II
NÚPCIAS E LUTO
Art. 93. O afastamento do serviço, por motivo de núpcias, será
concedido ao policial militar pelo prazo de oito (08) dias, quando solicitado
antecipadamente ao seu comandante imediato, e será contado a partir da
data do evento, ficando o beneficiado com obrigação da apresentação da
certidão de casamento ao término do mesmo.
Parágrafo Único. Quando não solicitado antecipadamente a concessão
do afastamento o policial militar só poderá fazê-lo até trinta (30) dias após
a data do casamento.
Art. 94. O afastamento do serviço por motivo de luto será concedido
ao policial militar pelo prazo de oito (08) dias, a partir da data em que a
autoridade a qual o beneficiário esteja subordinado tome conhecimento do
óbito da pessoa intimamente relacionada como: pais, cônjuge,
companheira, filhos, irmãos, sogros e avós.
SEÇÃO III
TRÂNSITO E INSTALAÇÃO
Art. 95. Trânsito é o período de afastamento total do serviço,
concedido ao policial militar cuja movimentação implique,
obrigatoriamente, em mudança de Guarnição ou para frequentar cursos ou
estágio fora do Estado; destina-se aos preparativos decorrentes dessa
mudança.
Parágrafo Único. Os períodos concedidos relativos a trânsito são previstos
em regulamentação própria.
Art. 96. Instalação é o período de tempo concedido ao policial militar
para fixar residência, no limite máximo de cinco (05) dias,
independentemente de ter gozado trânsito.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
Art. 97. Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, em
caráter temporário, concedida ao policial militar, e pode ser:
I. especial;
II. para trato de interesse particular;
III. para acompanhar tratamento de saúde de pessoa da família;
IV. para tratamento de saúde própria;
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V. licença à maternidade;
VI. licença à paternidade;
VII. licença para acompanhar o cônjuge.
Art. 98. Licença especial é o afastamento do serviço, relativo a cada
quinquênio de efetivo serviço prestado à Corporação, concedido ao policial
militar que a requerer, sem que implique em qualquer restrição para a sua
carreira.
§ 1º A licença especial tem a duração de 03 meses e será gozada de
uma só vez, podendo ser suspensa a qualquer época, a critério do
interessado.
§ 2º O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo
de efetivo serviço.
§ 3º Os períodos de licença especial não gozados pelo policial militar
serão a pedido computados dia-a-dia e contado em dobro para fins
estabelecidos neste estatuto.
§ 4º A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de licença
para tratamento de saúde ou para que sejam cumpridos atos de serviços.
§ 5º Uma vez concedida a licença especial, o policial militar será
exonerado do cargo ou dispensado do exercício das funções que exerce e
ficará adido à Organização Policial Militar onde servir.
§ 6º A licença especial será concedida pelo comandante Geral da Polícia
Militar, de acordo com o interesse do serviço, e respeitando as quotas
estipuladas por este.
§ 7º A licença especial só poderá ser suspensa ex-offício, em caso do
País entrar em estado de Defesa ou de Sítio, ou para cumprimento de
sentença que importe em restrição à liberdade individual.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE INTERESSE PARTICULAR
Art. 99. A licença para trato de interesse particular é concedida ao
policial militar com 10 (dez) anos ou mais de efetivo serviço que a requerer
com esta finalidade.
§ 1º A licença para trato de interesse particular será concedida
sempre com prejuízo da remuneração e do tempo de efetivo serviço,
podendo ser suspensa a pedido e a qualquer tempo do período do seu gozo.
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§ 2º A licença para trato de interesse particular é concedida pelo
Comandante Geral da Polícia Militar, desde que o País não se encontre em
estado de Defesa ou estado de Sítio.
§ 3º O período máximo de licença para trato de interesse particular
será de (dois) anos, contínuos ou não, não podendo ser obtida nova licença,
após completar esse prazo.
§ 4º A licença para trato de interesse particular poderá ser suspensa
“ex-offício”, em caso do País entrar em estado de Defesa ou de Sítio, ou
para cumprimento de sentença que importe em restrição à liberdade
individual.
SEÇÃO III
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR TRATAMENTO DE PESSOA
DA FAMÍLIA
Art. 100. O policial militar poderá obter licença para acompanhar
tratamento de saúde de pessoa da família, desde que prove ser
indispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 1º A licença de que trata o caput deste artigo será concedida pelo
Comandante Geral ao policial militar, depois de ter sido exarado parecer da
Junta Policial Militar de Saúde.
§ 2º A licença terá duração máxima de trinta (30) dias, podendo ser
prorrogada por iguais períodos, através de novos pareceres da Junta Policial
Militar de Saúde.
§ 3º O prazo máximo dessa licença será de vinte e quatro (24) meses,
contínuos ou não.
§ 4º A licença de que trata este artigo será concedida com
remuneração integral até o prazo máximo de doze (12) meses
ininterruptos, com 2/3 (dois terços) da remuneração se exceder a este
prazo.
§ 5º Verificado não mais persistir a causa que motivou a licença para
acompanhar tratamento de saúde de pessoa da família, a autoridade
competente poderá mandar cassá-la, a pedido ou ex-offício, sendo que, no
segundo caso, só se realizará após inspeção de saúde realizado pela Junta
Policial Militar de Saúde.
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SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE PRÓPRIA
Art. 101. A licença para tratamento de saúde própria será concedida
pelo Comandante Geral, ex-offício, ao policial militar, mediante inspeção de
saúde e terá a duração de trinta (30) dias, podendo ser prorrogada por
iguais períodos.
§ 1º A licença terá início na data em que o policial militar for julgado
incapaz temporariamente para o serviço, pelo médico ou pela Junta Policial
Militar de Saúde que conclua pela necessidade da mesma.
§ 2º Se a natureza ou gravidade da doença for atestada por médico
especialista estranho à Polícia Militar, o policial militar será atendido pela
Junta Policial Militar de Saúde para homologar ou não o atestado
apresentado e consequente concessão da licença.
SEÇÃO V
LICENÇA À MATERNIDADE
Art. 102. O policial militar feminina gestante terá direito a licença à
maternidade com duração de cento e vinte (120) dias, concedidos a partir
do oitavo (8º) mês de gestação, ou a contar da data do parto, mediante
requerimento da interessada e após inspeção de saúde, sem prejuízo da
remuneração e da contagem do tempo de efetivo serviço.
Parágrafo Único. Terá também direito a essa licença o policial militar
feminino que aceitar guarda de criança, com idade inferior a trinta (30)
dias, por determinação judicial, ou recebê-la como filho adotivo, contados
a partir da data do aceite.
SEÇÃO VI
LICENÇA À PATERNIDADE
Art. 103. O policial militar terá direito a licença à paternidade com
duração de cinco (05) dias, concedidos a contar da data do nascimento do
filho, mediante requerimento do interessado.
Parágrafo Único. Terá direito a essa licença o policial militar que
aceitar guarda de criança com idade inferior a trinta (30) dias, por
determinação judicial, ou recebê-la como filho adotivo, contados a partir da
data do aceite.
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SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE
Art. 104. O policial militar terá direito à licença para acompanhamento
do cônjuge, quando for ele mandado servir ou frequentar curso fora do
Estado.
§ 1º Se o cônjuge é policial militar e seu afastamento do Estado é
para frequentar curso de interesse da Corporação, a licença será com
remuneração e contado o tempo, como de efetivo serviço, correspondente
ao período do curso.
§ 2º Se o cônjuge é policial militar, mas o seu afastamento é por outro
motivo que não curso, a licença será sem remuneração e sem contagem de
tempo de efetivo serviço.
§ 3º Se o cônjuge não é policial militar, a licença será sem
remuneração e sem contagem de tempo de efetivo serviço, qualquer que
seja a circunstância.
§ 4º Nos casos previstos nos §§ 2º e 3º deste artigo o policial militar
agregará.
CAPÍTULO III
DAS RECOMPENSAS
Art. 105. As recompensas constituem reconhecimento dos bons
serviços prestados pelos militares.
§ 1º As recompensas serão concedidas de acordo com as normas
estabelecidas nas leis e regulamentos da Corporação.
§ 2º São recompensas militares:
I. os prêmios de honras ao mérito;
II. as condecorações por serviços prestados, tempo de serviço ou por
aplicação e estudo;
III. os elogios, louvores e referências elogiosas;
IV. as dispensas do serviço.
Art. 106. As dispensas do serviço são afastamentos totais, em caráter
temporário, concedidas pelo Comandante, Chefe ou Diretor de OPM aos
militares diretamente subordinados.
Parágrafo Único. As dispensas de serviço serão concedidas com a
remuneração integral e computadas como tempo de efetivo serviço.
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TÍTULO X
DO TEMPO DE SERVIÇO
CAPÍTULO ÚNICO
DA APURAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 107. Os militares começam a contar tempo de serviço a partir da
data de sua inclusão, matrícula em órgão de formação ou nomeação para
posto na Polícia Militar.
§ 1º Considera-se como data de inclusão, para fins deste artigo:
I- a data do ato em que o policial militar é considerado incluído na
Corporação;
II - a data de matrícula em órgão de formação de policial militar;
III - a data de apresentação do policial militar pronto para o serviço, após
ato de nomeação.
§ 2º O policial militar reincluído, recomeça a contar tempo de serviço
a partir da data de reinclusão.
§ 3º Quando, por motivo de força maior, oficialmente reconhecido
(inundação, naufrágio, incêndio, sinistro aéreo ou outras calamidades),
faltarem dados para a contagem de tempo de serviço, caberá ao Comando
Geral da Polícia Militar arbitrar o tempo a ser computado para cada caso
particular, de acordo com os elementos disponíveis.
Art. 108. A apuração do tempo de serviço do policial militar, será feita
através do somatório de:
I. tempo de efetivo serviço;
II. tempo de serviço averbado.
Art. 109. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado
dia-a-dia, entre a data de inclusão e a data limite estabelecida para o
desligamento do policial militar do serviço ativo, mesmo que tal espaço de
tempo seja parcelado.
§ 1º O tempo de serviço prestado em órgão público, federal, estadual
e municipal, antes do ingresso na Polícia Militar, será computado como
efetivo serviço.
§ 2º Será também considerado como tempo de efetivo serviço os
períodos de licença especial e férias não gozados e contados em dobro.
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§ 3º O tempo de efetivo serviço de que trata o caput deste artigo e
seus parágrafos, será apurado e totalizados em dias, aplicado o divisor 365
(trezentos e sessenta e cinco), para a correspondente obtenção dos anos.
§ 4º O policial militar da reserva remunerada convocado para o
serviço ativo, de conformidade com o artigo 118 desta lei, terá o tempo que
passar nesta situação computado dia a dia, como serviço ativo.
Art. 110. Tempo de serviço averbado, para fins de inatividade, é a
expressão que designa o cômputo do tempo de serviço prestado pelo policial
militar antes do ingresso na Corporação em atividade privada, de acordo
com a Constituição Estadual.
Art. 111. Não será computável para qualquer efeito, o tempo:
a) que ultrapassar de um (01) ano, contínuo ou não, em licença
para tratamento de saúde de pessoa da família;
b) passado em licença para trato de interesse particular;
c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena de suspensão de exercício
do posto, graduação, cargo ou função, por sentença transitada
em julgado;
e) decorrido em cumprimento de pena restritiva de liberdade por
sentença transitado em julgado, desde que não tenha sido
concedida suspensão condicional da pena, quando então, o
tempo que exceder ao período da pena será computado para
todos os efeitos, caso as decisões estipuladas na sentença não
o impeçam.
Art. 112. O tempo que o policial militar vier a passar afastado do
exercício de suas funções, em consequência de ferimentos recebidos em
acidente quando em serviço, na manutenção da Ordem Pública, ou em
razão de moléstia adquirida no exercício de qualquer função policial militar,
será computado como se ele o tivesse passado no exercício daquelas
funções.
Art. 113. O tempo passado pelo policial militar no exercício de
atividade decorrentes ou dependentes de operações de guerra será
regulado em legislação específica.
Art. 114. A data limite para o final de contagem de ano de serviço,
para fins de passagem à inatividade, será a do desligamento do serviço
ativo.
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Art. 115. Na contagem dos anos de serviço não se pode computar
qualquer superposição de tempo de serviço público (federal, estadual e
municipal), fundacional pública ou privado prestado ao mesmo tempo e já
computado após a inclusão, matrícula em órgão de formação, nomeação
para posto ou graduação ou reinclusão na Polícia Militar, nem com os
acréscimos de tempo, para os possuidores de curso universitário.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS E FINAIS
Art. 116. O policial militar da ativa poderá contrair matrimônio desde
que observada a legislação civil peculiar.
§ 1º É vedado o casamento ao cadete, masculino e feminino, durante
a realização do Curso de Formação de Oficiais.
§ 2º Ao policial militar, masculino e feminino, fica vedado o casamento
durante a realização do curso de formação de soldados e sargentos;
§ 3º O policial militar que contrair matrimônio em desacordo com os
§§ 1º e 2º deste artigo será desligado, ex-offício, do curso em que esteja
matriculado.
Art. 117. A nomeação de policial militar para os encargos de que trata
o item VI do artigo 51 somente poderá ser feita:
I. pela autoridade federal ou estadual competente, mediante requisição
ao Governador do Estado, quando o cargo for da alçada federal ou de
outra unidade da federação;
II. pelo Governador do Estado ou mediante sua autorização, nos demais
casos.
Parágrafo Único. Enquanto permanecer no cargo de que trata o inciso VI do
artigo 51, é assegurado ao policial militar:
a) opção entre a remuneração do cargo ou emprego e a do posto ou
graduação;
b) a promoção apenas pelo critério de antiguidade;
c) contagem do tempo de serviço para promoção pelo critério de
antiguidade e transferência para inatividade.
Art. 118. O oficial da reserva remunerada poderá ser convocado para
o serviço ativo, por ato do Governador do Estado, para:
I. ser designado para compor o Conselho de Justificação;
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II. ser encarregado de inquérito policial militar ou incumbido de outros
procedimentos administrativos, na falta de oficial da ativa em
situação hierárquica compatível com a do oficial envolvido.
§ 1º O oficial convocado nos termos deste artigo terá direitos e deveres
dos da ativa de igual situação hierárquica, exceto quanto à promoção, e
contará o tempo desse serviço em seu favor.
§ 2º A convocação e designação de que trata este artigo terá a duração
necessária ao cumprimento da missão que lhe deu origem, não devendo ser
superior ao prazo de doze (12) meses, e dependerá da anuência do
convocado, que será precedida de inspeção de saúde.
Art. 119. É vedado o uso, por parte de organização civil, de designações
que possam sugerir sua vinculação à Polícia Militar.
Parágrafo Único. Excetuam-se das prescrições deste artigo as
Associações, Clubes, Círculos e outros que congregam membros da Polícia
Militar e que se destinam, exclusivamente, a promover intercâmbio social e
assistencial entre militares e seus familiares e entre esses e a sociedade
civil local.
Art. 120. Os benificiários do policial militar da ativa, falecido ou
extraviado em ato de serviço, terão direito à pensão especial paga pelo
Estado, correspondente à remuneração integral do novo posto ou
graduação, caso o qual venha a ser promovido.
Art. 121. São adotados na Polícia Militar, em matéria não regulada na
legislação estadual, as leis e regulamentos em vigor no Exército Brasileiro,
no que lhe for pertinente, até que sejam adotados leis e regulamentos
específicos.
Art. 122. Ocorrendo o licenciamento do serviço ativo, a pedido, previsto
nesta lei, é facultada a reinclusão, uma vez satisfeita as seguintes
exigências:
I. existência de vagas;
II. interesse da Corporação;
III. sanidade física e mental do requerente, comprovada em inspeção
médica e teste de aptidão física (TAF);
IV. tenha o licenciamento ocorrido enquanto o peticionário não se
encontrar no mau comportamento;
V. estenda-se o afastamento por período não superior a oito (08) anos;
VI. conte o postulante, na data da reinclusão, no máximo, a idade de
quarenta (40) anos.
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Parágrafo único. Não serão reincluídos os praças licenciados
disciplinarmente da Polícia Militar.
Art. 123. Serão organizados bienalmente almanaques contendo a
relação nominal dos oficiais e aspirantes a oficial, bem como dos
subtenentes e sargentos da ativa, distribuídos por ordem de antiguidade
nos postos e graduações dos respectivos quadros, a cargo da primeira seção
do Estado Maior Geral, para os oficiais e Diretoria de Pessoal para
subtenentes e sargentos.
Art. 124. Os cadetes serão declarados aspirantes a oficial pelo
Comandante Geral.
Parágrafo Único. Quando concluírem o curso de formação em outra
Unidade da Federação, os cadetes serão declarados pelo Comandante Geral
daquela Polícia Militar, sendo os atos de declaração ratificados pelo
Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Alagoas, bem como as
promoções dos cadetes, de um para outro ano.
Art. 125. O oficial da Polícia Militar que tiver exercido o cargo de
Comandante Geral por dois (02) consecutivos, ou quatro (04)
alternados, quando exonerado, será transferido para a reserva
remunerada com os direitos e vantagens inerentes ao respectivo
cargo, face a relevância que lhe é reconhecido.
Parágrafo Único. O interstício para os efeitos deste artigo poderá ser
complementado pelo tempo de serviço prestado pelo oficial da Polícia Militar
em cargos privativos de oficial superior previstos no Quadro de Organização
da Corporação.
Foi suspensa a aplicabilidade, com efeito ex nunc, do art. 125 e
respectivo parágrafo único da Lei nº 5.346, de 26 de maio de 1992,
por decisão do STF (Of nº 012-P/MC- STF), para a Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 1380-7/600 do Governo do Estado de
Alagoas, conforme se observa DOE nº 035, de 22.02.97.
Art. 126. Considera-se acidente em serviço aqueles ocorridos com
policial militar da ativa quando:
I. no exercício dos deveres previstos neste Estatuto e outra legislação e
regulamentos da Corporação;
II. no exercício de suas atribuições funcionais, durante o expediente
normal, ou quando determinado por autoridade competente, em sua
prorrogação ou antecipação;
III. no cumprimento de ordem da autoridade competente;
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IV. no decorrer de viagem, em objeto de serviço, previsto em
regulamento ou autorizado por autoridade competente;
V. no decorrer de viagem imposta por motivo de movimentação,
efetuada no interesse do serviço ou a pedido;
VI. no deslocamento entre a sua residência e a organização em que serve
ou o local de trabalho, e vice-versa, comprovado que não houve
mudança de itinerário.
§ 1º Será aplicado o disposto no caput deste artigo ao policial militar
da inatividade, quando convocado e designado para o serviço ativo,
enquanto durar sua permanência nessa situação.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput desse artigo aos militares
acidentados em decorrência da prática de crime doloso ou culposo,
transgressão disciplinar, ou litígio entre superior e subordinado.
§ 3º Os casos previstos neste artigo serão devidamente apurados em
inquérito policial militar para esse fim mandado instaurar.
§ 4º Considera-se ainda acidente em serviço aquele que por si só não
é a causa única e exclusiva da redução de capacidade do policial militar,
desde que haja relação de causa e efeito.
§ 5º Para todos os acidentes em serviço serão obrigatoriamente
expedidos atestados de origem e, na sua falta, por motivos justificados,
serão instaurados inquéritos sanitários de origem, para sua devida
elucidação.
§ 6º As hipóteses dos incisos I a VI do caput deste artigo não se aplica
a casos anteriormente consumados.
Art. 127. O policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por
qualquer ato administrativo, poderá recorrer ou interpor pedido de queixa,
reconsideração ou representação, segundo legislação vigente na
Corporação.
§ 1º O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em quinze (15) dias corridos, a contar do recebimento da
comunicação oficial, quando se tratar de composição de Quadro
de Acesso para promoção;
b) em cento e vinte (120) dias, nos demais casos.
§ 2º O prazo de prescrição será contado a partir da publicação, No
Diário Oficial, Boletim Geral da Corporação ou Boletim da organização
policial militar.
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§ 3º O policial militar da ativa que recorrer ao Poder Judiciário deverá
participar, antecipadamente, esta iniciativa à autoridade a que estiver
subordinado, ficando esta obrigada a levar o fato ao conhecimento do
Comandante Geral.
§ 4º O recurso de que trata o caput deste artigo não poderá ser
impetrado coletivamente.
Art. 128. O policial militar aprovado em concurso público para o curso
de formação de oficiais, será automaticamente, após sua matrícula,
transferido para o quadro de praças especiais e comissionado na graduação
de cadete do serviço temporário.
Art. 129. O policial militar comissionado no grau hierárquico previsto
no serviço temporário, que seja desligado do curso que frequenta, pelos
motivos abaixo relacionados, terá sua situação regulada da seguinte forma:
I. problema de saúde - permanecerá no serviço ativo, na unidade de
ensino, no mesmo grau hierárquico em que se encontrava na ocasião
do desligamento e terá rematrícula assegurada, uma única vez, após
ser considerado apto em inspeção de saúde;
II. não aproveitamento intelectual:
a) se oriundo da própria Corporação, será exonerado do grau
hierárquico que exerce no serviço temporário, retornando ao
Corpo de Tropa, na mesma graduação que possuía antes da
matrícula no curso de formação;
b) se oriundo do meio civil, será exonerado do grau hierárquico
que exerce no serviço temporário, transferido para uma
Unidade do Corpo de Tropa na graduação de soldado 2ª classe.
§ 1º Os incisos I e II deste artigo aplicam-se aos alunos do curso de
formação de sargentos.
§ 2º O inciso I e a letra “a” do inciso II deste artigo aplicam-se aos
alunos do curso de formação de cabos.
§ 3º Para os alunos do curso de formação de soldados aplica-se o
disposto no inciso I deste artigo e, caso seja por falta de aproveitamento,
será licenciado, podendo ser rematriculado uma única vez no curso
subsequente, a critério do Comandante Geral.
§ 4º Para os cadetes, aplica-se o disposto no inciso I e letra “a” do
inciso II; no caso da letra “b” do inciso II, será exonerado do grau
hierárquico em comissão que exerce no serviço temporário, transferido para
uma Unidade do Corpo de Tropa, na graduação de 3º sargento.
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§ 5º Para os alunos do curso ou estágio de adaptação de oficiais,
aplica-se o disposto no inciso I e letra “a” do inciso II; no caso da letra “b”
do inciso II, o aluno será exonerado do grau hierárquico em comissão que
exerce no serviço temporário e demitido do serviço ativo.
Art. 130. O policial militar indicado para exercer cargos e funções
estranhos à Polícia Militar, só será oficializado após sua anuência, não se
excluindo a responsabilidade dos atos administrativos aos quais a lei lhe
impuser.
Art. 131. Aplicam-se aos militares femininos a legislação e as normas
em vigor na Corporação, no que lhes couber.
Art. 132. Após a vigência do presente estatuto, serão a ele ajustados
todos os dispositivos legais e regulamentos que com ele tenham ou venham
a ter pertinência.
Art. 133. Cabe à Polícia Militar a supervisão das atividades
operacionais das guardas municipais e das empresas de vigilância.
Art. 134. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogada Lei nº 3696 de 28 de dezembro de 1976 e toda legislação que lhe
é complementar e demais disposições em contrário.
PALÁCIO MARECHAL FLORIANO, em Maceió, 26 de Maio de 1992,
104º da República.
GERALDO BULHÕES BARROS GOVERNADOR
NILTON ROCHA - CEL PM COMANDANTE GERAL
(DO N° 097, de 27 de maio de 1992)
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REGULAMENTO DISCIPLINAR DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE
ALAGOAS
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DAS GENERALIDADES
Art. 1.º - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Alagoas tem
por finalidade definir, especificar e classificar as transgressões disciplinares;
estabelecer normas relativas à amplitude e à aplicação das punições a elas
inerentes, à classificação do comportamento policial militar das praças e à
interposição de recursos disciplinares.
Parágrafo Único - São também tratadas, em parte, neste
Regulamento, as recompensas especificadas no Estatuto dos Policiais
Militares.
Art. 2.º - A camaradagem é indispensável à formação e ao convívio
da família policial militar, cumprindo existir as melhores relações sociais
entre os policiais militares.
Parágrafo Único - Incumbe aos superiores incentivar e manter a
harmonia, a solidariedade e a amizade entre seus subordinados.
Art. 3.º - A civilidade é parte integrante da educação policial militar,
importando ao superior tratar os subordinados com justiça e interesse; por
sua vez, o subordinado é obrigado a todas as provas de respeito e
deferência para com seus superiores.
Parágrafo Único - As demonstrações de camaradagem e civilidade,
obrigatórias entre os policiais militares, devem ser extensivas aos oficiais e
praças das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados
da Federação e do Distrito Federal; das Forças Armadas brasileiras e Forças
Militares estrangeiras.
Art. 4.º - Para efeito deste Regulamento, todas as Organizações
Policiais militares, tais como: Quartel do Comando-Geral; Comandos de
Policiamento; Diretorias; Seções de EMG; Unidades, Subunidades e outros
Órgãos Independentes, serão denominados “OPM”.
Parágrafo Único - A palavra “Comandante”, quando usada
genericamente, engloba, também, os cargos de Diretor, Chefe, Ajudante-
Geral e Subchefe do Estado Maior.
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CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 5.º - A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional
da Polícia Militar, devendo ser mantidas, permanentemente, pelos policiais
militares na ativa e na inatividade.
§ 1.º - A hierarquia militar é a ordem e a subordinação dos diversos
postos e graduações que constituem a carreira militar, na conformidade do
Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas, e que investe de
autoridade o de maior posto ou graduação, ou de cargo mais elevado.
§ 2.º - A disciplina policial militar é a rigorosa observância e o
acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições,
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de
cada um dos componentes do organismo policial militar.
§ 3.º - São manifestações essenciais de disciplina:
a) a correção de atitudes;
b) a obediência pronta às ordens dos superiores hierárquicos;
c) a colaboração espontânea à disciplina coletiva e à eficiência da
instituição;
d) a consciência das responsabilidades;
e) a rigorosa observância das prescrições regulamentares.
f) o respeito para com a ética policial militar.
Art. 6.º - As ordens, quando emanadas de autoridade competente,
devem ser prontamente obedecidas, cabendo inteira responsabilidade à
autoridade que a determinar.
§ 1.º - Quando a ordem parecer obscura, cabe ao subordinado
solicitar os esclarecimentos necessários ao seu total entendimento e
compreensão.
§ 2.º - Quando a ordem importar em responsabilidade para o
executante e não for manifestamente ilegal, poderá o mesmo solicitar a sua
confirmação por escrito, cumprindo a autoridade que a emitiu, atender a
solicitação; e ao subordinado a execução da ordem recebida.
§ 3.º - Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da ordem
recebida, a responsabilidade pelos excessos e abusos que cometer.
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§ 4.º - Ainda que não se trate de ato de serviço, deve o policial militar
obediência aos seus superiores hierárquicos.
Art. 7.º - O policial militar que encontrar subordinado seu na prática
de transgressão disciplinar deverá levar o fato, por escrito, ao conhecimento
da autoridade competente, no prazo regulamentar.
CAPÍTULO III
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR
Art. 8.º - A honra, o sentimento do dever, o pundonor policial militar
e o decoro da classe impõem-se, a cada um dos integrantes da Polícia
Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos
seguintes preceitos:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de
dignidade pessoal;
II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que
lhe couberem em decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e
as ordens das autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do
mérito dos subordinados;
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também,
pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
VII - empregar toda as suas energias em benefício do serviço;
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o
espírito de cooperação;
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem
escrita e falada;
X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa
de qualquer natureza;
XI - acatar as autoridades civis;
XII - cumprir os seus deveres de cidadão;
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública ou particular;
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XIV - observar as normas da boa educação;
XV - garantir ou contribuir para a assistência moral e material do lar,
e se conduzir de maneira modelar na vida familiar;
XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade,
de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito
e do decoro militar;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter
facilidade pessoal de qualquer natureza, ou para encaminhar negócios
particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, de uso das designações
hierárquicas:
a) em atividades político-partidária;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de
assuntos políticos ou policiais militares, excetuando-se os de natureza
exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
e) no exercício do cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja
da Administração Pública.
XIX - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um de seus
integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética policial
militar;
CAPÍTULO IV
DA ESFERA DE AÇÃO DO REGULAMENTO DISCIPLINAR
E DA COMPETÊNCIA PARA A SUA APLICAÇÃO
Art. 9.º - Estão sujeitos a este Regulamento, os policiais militares na
ativa e os na inatividade.
Parágrafo Único - Os alunos de órgãos específicos de formação de
policiais militares também estão sujeitos aos regulamentos, normas e
prescrições das OPM em que estejam matriculados.
Art. 10 - As disposições deste Regulamento aplicam-se aos policiais
militares na inatividade quando, ainda no meio civil, se conduzam, inclusive
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por manifestações através da imprensa, de modo a prejudicar os princípios
da hierarquia, da disciplina, do respeito e do decoro policial militar.
Art. 11 - A competência para aplicar as prescrições contidas neste
Regulamento é conferida ao cargo e não ao grau hierárquico. São
competentes para aplicá-las:
I - o Governador do Estado e o Comandante Geral, a todos aqueles
que estiverem sujeitos a este Regulamento;
II - o Chefe do EMG, a todos os que lhe são subordinados, na
qualidade de Subcomandante da Corporação;
III - os Chefes de Gabinetes e Assessorias Militares, aos que
estiverem sob suas ordens;
IV - os Comandantes Intermediários, Diretores e Ajudante Geral, aos
que servirem sob suas ordens;
V - o Subchefe do EMG e Comandantes de OPM, aos que estiverem
sob suas ordens;
VI - os Chefes de Seções do EMG, Assessorias do Comando Geral e
os Subcomandantes de OPM, aos que servirem sob suas ordens;
VII - os demais Chefes de Seções, até o nível Batalhão, inclusive;
Comandantes de Subunidades incorporadas e de Pelotões destacados, aos
que estiverem sob suas ordens.
Parágrafo Único - A competência para apurar e punir atos de
indisciplina do Comandante Geral da Corporação é exclusiva do Governador
do Estado.
Art. 12 - Quando, para preservação da disciplina e do decoro da
Corporação, a ocorrência exigir uma pronta intervenção, mesmo sem
possuir ascendência funcional sobre o transgressor, a autoridade policial
militar de maior antiguidade que presenciar ou tiver conhecimento do fato
deverá tomar imediatas e enérgicas providências, inclusive, prendê-lo em
nome da autoridade competente, dando ciência a esta, pelo meio mais
rápido, da ocorrência e das providências em seu nome tomadas.
Art. 13 - Quando a ocorrência disciplinar envolver policiais militares
de mais de uma OPM, caberá ao Comandante imediatamente superior na
linha de subordinação apurar ou determinar a apuração dos fatos, adotar
as medidas disciplinares de sua competência ou comunicar às autoridades
competentes.
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Parágrafo Único - No caso de ocorrência disciplinar envolvendo
policiais militares e servidor público de outra instituição, a autoridade
policial militar competente deverá tomar as medidas disciplinares referentes
àqueles que lhe são subordinados, informando ao escalão superior sobre a
ocorrência, apuração e medidas adotadas, dando ciência também do fato à
autoridade interessada, ou sugerindo essa medida, se for o caso.
Art. 14 - A autoridade policial militar competente, quando a
transgressão da disciplina aparentemente se revestir de gravidade que
possa resultar em medida disciplinar mais rigorosa, deve apura-la mediante
sindicância.
§ 1.º - São autoridades competentes para instaurar sindicância,
observados os limites previstos no art. 11:
I - o Comandante Geral da Corporação;
II - o Chefe do EMG;
III - os Comandantes Intermediários;
IV - os Chefes de Gabinetes e Assessorias Militares;
V - os Diretores, Chefes de Seções do EMG e o Ajudante Geral;
VI - os Comandantes de Unidades e Subunidades Independentes.
§ 2.º - A apuração em sindicância, a que se refere este artigo, deverá
seguir as disposições previstas em manual específico da Corporação, sem
prejuízo das disposições contidas neste Regulamento.
CAPÍTULO V
DA PARTE DISCIPLINAR
Art. 15 - Parte disciplinar é a narração escrita, obrigatória, feita por
policial militar, e dirigida à autoridade competente, pertinente a ato ou fato
de natureza disciplinar praticado por policial militar:
I - de posto ou graduação igual à do signatário e de menor
antiguidade;
II - de posto ou graduação inferior à do signatário.
Art. 16 - A Parte deve ser:
I - clara, concisa e precisa; conter os dados capazes de identificar as
pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data e a hora da ocorrência; e
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caracterizar as circunstâncias que a envolveram, sem tecer comentários ou
opiniões pessoais.
II - a expressão da verdade, devendo a autoridade a que foi dirigida
adotar as providências da sua competência, na conformidade do
estabelecido neste Regulamento.
III - apresentada em duas vias e no prazo de dois dias úteis, contados
da observação ou conhecimento do fato.
Parágrafo Único - Quando, por força do disposto no art. 12, o
transgressor for preso antes da nota de punição publicada em Boletim, a
Parte deve ser apresentada nas primeiras vinte e quatro horas
subsequentes à prisão.
Art. 17 - A autoridade que receber Parte, não tendo competência
disciplinar sobre o transgressor, deve encaminhá-la ao seu superior
imediato.
Art. 18 - Nos casos de participação de ocorrência com policial militar
de OPM diversa daquela a que pertence o signatário da Parte, deve este,
direta ou indiretamente, ser notificado da solução dada, no prazo máximo
de quinze dias úteis.
Art. 19 - A solução de Parte será dada no prazo de quatro dias úteis,
após conferido ao transgressor o direito de defesa a que se refere o art. 78.
Parágrafo Único - Quando a solução depender de resultado de exames
médicos ou perícias a que for submetido o transgressor, e não for possível
cumprir o prazo estabelecido neste artigo, a solução será proferida nos dois
dias úteis subsequentes ao recebimento dos exames e/ou perícias.
Art. 20 - O pedido de solução de Parte é direito conferido ao seu
signatário e terá cabimento quando:
I - não for observado o disposto no art. 18;
II - signatário e transgressor pertencerem à mesma OPM e a
autoridade com competência disciplinar deixar de solucionar a Parte no
prazo estabelecido neste Regulamento.
§ 1.º - Em qualquer das hipóteses enumeradas neste artigo, o pedido
de solução de Parte será por escrito e encaminhado através do comandante
a que estiver o signatário da Parte diretamente subordinado.
§ 2.º - Transcorrido o prazo de oito dias, contados da apresentação
do pedido de solução, sem resposta da autoridade competente, caberá,
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contra esta, apresentação de Parte ou Comunicação, obedecidas as
disposições previstas neste Regulamento.
CAPÍTULO VI
DA COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR
Art. 21 - Comunicação disciplinar é a narração escrita, feita por policial
militar, e dirigida à autoridade competente, pertinente a ato ou fato de
natureza disciplinar praticado por superior hierárquico.
Parágrafo Único - Para efeito do disposto neste artigo, entende-se
também como superior hierárquico o policial militar que, mesmo de posto
ou graduação igual à do signatário da Comunicação, lhe seja de maior
antiguidade.
Art. 22 - A Comunicação deve ser dirigida ao comandante da OPM a
que pertence o superior hierárquico, no prazo de dois dias úteis, contados
da observação do fato. Se o transgressor da disciplina for o comandante da
OPM, a Comunicação será, no mesmo prazo, dirigida ao seu comandante
imediato.
§ 1.º - Na condição de prazo prevista neste artigo, o signatário da
Comunicação remeterá cópia da mesma à autoridade nela referida, para o
devido conhecimento.
§ 2.º - O comunicante deve ser afastado da subordinação direta da
autoridade contra quem formulou a Comunicação, se for o caso. Deve, no
entanto, ser mantido na localidade onde serve, salvo a existência de fatos
que contraindiquem a sua permanência na mesma.
Art. 23 - Não terá cabimento a Comunicação quando o ato ou fato de
indisciplina for presenciado por autoridade superior a do transgressor.
§ 1.º - Transcorrido o prazo regulamentar, sem que seja apresentada
a Parte pela autoridade superior, fica automaticamente restabelecido o
direito de Comunicação, nos dois dias úteis subsequentes, ao policial militar
de maior posto ou graduação que, sendo inferior ao transgressor na escala
hierárquica, presenciou a ocorrência.
§ 2.º - O direito de Comunicação a que se refere o parágrafo anterior
será exclusivo do policial militar que, por gesto de indisciplina praticado por
superior hierárquico, venha a ter, de qualquer forma, a sua dignidade
pessoal afetada.
Art. 24 - Aplica-se à Comunicação as disposições previstas para a
Parte, contidas no arts. 16, 17, 18, 19 e art. 20, ns. I, II e § 2.º.
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Art. 25 - O pedido de solução de Comunicação será por escrito e
dirigido à autoridade com competência para solucioná-la, observada a
cadeia de comando.
TÍTULO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES E ESPECIFICAÇÕES
Art. 26 - Transgressão disciplinar é a violação, por ação ou omissão,
dos princípios da ética, dos deveres e das obrigações policiais militares,
estatuídos em leis, regulamentos, normas ou disposições, na sua
manifestação elementar e simples. Distingue-se do crime militar, que
consiste na ofensa aos bens juridicamente tutelados pelo Código Penal
Militar.
Art. 27 - São transgressões disciplinares:
I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina, especificadas
neste Regulamento;
II - todas as ações ou omissões não especificadas neste regulamento,
nem qualificadas como crime nas leis penais, praticadas contra:
a) a Bandeira, o Hino, o Selo e as Armas Nacionais, os Símbolos
Estaduais ou Patrióticos e Instituições Nacionais, Estaduais e Municipais;
b) a honra e o pundonor policial militar, o decoro da classe, os
preceitos sociais e as normas da moral;
c) os preceitos de subordinação, regras e ordens de serviço
estabelecidas em leis, regulamentos ou prescritos por autoridade
competente.
Art. 28 - A instância criminal e administrativa são independentes e
podem ser concomitantes. A instauração de inquérito ou ação criminal não
impede a imposição imediata, na esfera administrativa, de penalidade
cabível pela transgressão disciplinar residual ou subjacente ao mesmo fato,
ressalvado o disposto no § 2.º do Art. 33 da Lei n.º 5.346, de 26 de maio
de 1992.
CAPÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO
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Art. 29 - As transgressões disciplinares se classificam segundo sua
intensidade em:
I - Leves;
II - Médias;
III - Graves.
SEÇÃO I
DAS TRANSGRESSÕES LEVES
Art. 30 - São transgressões disciplinares leves:
I - andar o policial militar a pé ou em coletivos públicos com uniforme
inadequado,
contrariando o Regulamento de Uniformes da Corporação ou normas
a respeito;
II - conversar ou fazer ruído em ocasiões, lugares ou horas
impróprias;
III - conversar com sentinela, salvo sobre objeto de serviço;
IV - dar toques ou fazer sinais, sem ordem para tal;
V - deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrar em OPM onde não
sirva, de dar ciência da sua presença ao oficial de dia e, em seguida, de
procurar o comandante ou o oficial de posto mais elevado presente, para
cumprimentá-lo;
VI - deixar de comunicar ao superior a execução de ordem recebida
tão logo seja possível;
VII - deixar o oficial de encaminhar ao escalão superior comunicação
de subordinado versando da impetração de recurso, perante o Poder
Judiciário, sobre ato administrativo;
VIII - deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar a
superior, ressalvadas as exceções previstas no Regulamento de
Continência, Honras e Sinais de Respeito das Forças Armadas;
IX - deixar de avisar aos policiais militares, em companhia dos quais
estiver, da aproximação de superior;
X - deixar o oficial ou aspirante a oficial, tão logo seus afazeres o
permitam, de apresentar-se ao de maior posto ou ao substituto legal
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imediato, da OPM onde serve, para cumprimentá-lo, salvo ordem ou
instrução a respeito;
XI - deixar o superior de determinar a saída imediata, de solenidade
policial militar ou civil, de subordinado que a ela compareça em uniforme
diferente do marcado;
XII - deixar o subtenente ou sargento, tão logo seus afazeres o
permitam, de apresentar-se ao seu comandante ou chefe imediato;
XIII - deixar o subtenente, sargento, cabo ou soldado, ao entrar em
OPM onde não sirva, de apresentar-se ao oficial de dia ou seu substituto
legal;
XIV - deixar, o policial da ativa, de comunicar previamente e por via
hierárquica, seu casamento a autoridade competente;
XV - dirigir-se a superior ou este a subordinado, quando no quartel
ou a serviço, tratando-o ou a ele se referindo, sem designar o grau
hierárquico;
XVI - fumar em lugar ou ocasiões onde isso seja vedado, ou quando
se dirigir ao superior;
XVII - não se apresentar a superior hierárquico ou de sua presença
retirar-se, sem obediência às normas regulamentares;
XVIII - penetrar o policial militar sem permissão ou ordem, em
aposentos destinados a superior ou onde esse se ache, bem como em
qualquer lugar onde a entrada lhe seja vedada;
XIX - permanecer a praça em dependência da OPM, desde que seja
estranho ao serviço, ou sem consentimento ou ordem de autoridade
competente;
XX - pealizar ou propor transações pecuniárias envolvendo superior,
igual ou subordinado, no âmbito da OPM ou área policial militar. Não são
considerados transações pecuniárias os empréstimos em dinheiro sem
auferir lucro;
XXI - sentar-se a praça, em público, à mesa em que estiver oficial ou
vice-versa, salvo em solenidades, festividades, ou reuniões sociais;
XXII - sobrepor à uniforme insígnia ou medalha não regulamentar,
bem como indevidamente distintivo ou condecoração;
XXIII - usar o uniforme, quando de folga, se isso contrariar ordem de
autoridade competente;
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XXIV - usar joias e outros adereços que prejudiquem a apresentação
pessoal, quando uniformizado;
XXV - usar, quando uniformizado, penteados exagerados, perucas,
maquilagens excessivas, unhas demasiadamente longas ou com esmalte
extravagante;
XXVI - usar, quando uniformizado, barba, cabelo, bigode ou
costeletas excessivamente compridos ou exagerados, contrariando
disposições a respeito.
SEÇÃO II
DAS TRANSGRESSÕES MÉDIAS
Art. 31 - São transgressões disciplinares médias:
I - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de
autoridade competente, ou para retardar a sua execução;
II - andar o policial, quando a cavalo, a trote ou a galope, sem
necessidade, por vias públicas e, bem assim castigar inutilmente a
montada;
III - apresentar-se desuniformizado, mal uniformizado ou com o
uniforme alterado;
IV - apresentar Parte, Comunicação ou recurso sem seguir as normas
e preceitos regulamentares; ou em termos desrespeitosos ou com
argumentos falsos ou de má fé; ou mesmo sem justa causa ou razão;
V - autorizar, promover ou assinar petições coletivas dirigidas a
qualquer autoridade civil ou policial militar;
VI - chegar atrasado a qualquer ato de serviço ou expediente para o
qual se achava nominalmente escalado;
VII - concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizade
entre camaradas;
VIII - comparecer o policial militar a qualquer solenidade, festividade
ou reunião social com uniforme diferente do marcado;
IX - contrair dívidas ou assumir compromisso superior às suas
possibilidades, comprometendo o bom nome da classe;
X - conversar, sentar-se ou fumar a sentinela, o plantão da hora, ou
ainda, consentir na formação ou permanência de grupo, ou de pessoa junto
a seu posto de serviço;
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XI - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente
inexequível, que possa acarretar ao subordinado responsabilidade, ainda
que não chegue a ser cumprida;
XII - deixar de comunicar a tempo, ao superior imediato, ocorrência
no âmbito de suas atribuições quando se julgar suspeito ou impedido de
providenciar a respeito;
XIII - deixar de informar processo que lhe for encaminhado, exceto
nos casos de suspeição ou impedimento, ou absoluta falta de elementos,
hipóteses em que estas circunstâncias serão fundamentadas;
XIV - deixar de apresentar-se nos prazos regulamentares, à OPM,
para a qual tenha sido transferido ou classificado e às autoridades
competentes, nos casos de comissão ou serviço extraordinário para o qual
tenha sido designado;
XV - deixar ou negar-se a receber vencimentos, alimentação,
fardamento, equipamento ou material que lhe seja destinado ou deva ficar
em seu poder ou sob sua responsabilidade;
XVI - deixar o policial militar, presente a solenidades internas ou
externas onde se
encontrarem superiores hierárquicos, de saudá-los de acordo com as
normas regulamentares;
XVII - deixar deliberadamente de corresponder a cumprimento de
subordinado;
XVIII - deixar o subordinado, quer uniformizado, quer em traje civil,
de cumprimentar superior, uniformizado ou não, neste caso desde que o
conheça, ou de prestar-lhe as homenagens e sinais regulamentares de
consideração e respeito;
XIX - deixar de participar a tempo, à autoridade imediatamente
superior, impossibilidade de comparecer à OPM, ou a qualquer ato de
serviço;
XX - deixar de portar, o policial militar, o seu documento de
identidade, estando ou não fardado;
XXI - deixar de recolher-se, imediatamente, à OPM quando souber
que foi procurado para o serviço;
XXII - deixar de pagar dívida nos prazos previstos, salvo se esta for
necessária e comprovadamente contraída em benefício da família, teve
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aplicação justa e ocorreu fato impeditivo, grave e inevitável a que não deu
causa;
XXIII - deixar de encaminhar à autoridade competente, na linha de
subordinação e no mais curto prazo, recurso ou documento que receber,
desde que elaborado de acordo com os preceitos regulamentares, se não
estiver na sua alçada dar solução;
XXIV - deixar alguém conversar ou entender-se com preso de justiça
incomunicável, sem autorização de autoridade competente;
XXV - desrespeitar em público as convenções sociais;
XXVI - desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil;
XXVII - desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem
policial, judicial ou administrativa;
XXVIII - dificultar ao subordinado a apresentação de recursos;
XXIX - entrar ou sair de qualquer OPM, o cabo ou soldado, com
objetos ou embrulhos, sem autorização do comandante da guarda ou
autorização similar;
XXX - entrar ou sair de OPM ou Força Armada, sem prévio
conhecimento ou ordem da autoridade competente;
XXXI - frequentar lugares incompatíveis com seu nível social e o
decoro da classe;
XXXII - içar ou arriar Bandeira ou insígnia, sem ordem para tal;
XXXIII - invocar circunstâncias de matrimônio ou de encargo de
família para eximir-se de obrigações funcionais;
XXXIV - maltratar ou não ter o devido cuidado no trato com animais;
XXXV - não zelar devidamente, danificar ou extraviar por negligência
ou desobediência regras ou normas de serviço, material da Fazenda
Nacional, Estadual ou Municipal que esteja ou não sob sua responsabilidade
direta;
XXXVI - não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que
tiver ciência e não lhe couber reprimir, ao conhecimento de autoridade
competente, no mais curto prazo;
XXXVII - omitir, em nota de ocorrência, relatório ou qualquer
documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
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XXXVIII - participar o policial militar da ativa, de firma comercial, de
emprego industrial de qualquer natureza, ou nelas exercer função ou
emprego remunerado;
XXXIX - penetrar ou tentar penetrar o policial militar em alojamento
de outra subunidade, depois da revista do recolher, salvo os oficiais ou
sargentos, que, pelas suas funções, sejam a isto obrigados;
XL - permutar serviço sem permissão de autoridade competente;
XLI - portar a praça arma regulamentar sem estar de serviço o sem
ordem para tal;
XLII - portar-se sem compostura em lugar público;
XLIII - punir subordinado sem que lhe seja assegurado o direito de
defesa;
XLIV - prender subordinado sem nota de punição publicada em
Boletim, a não ser pelas razões previstas no art. 12, ou permitir que
permaneça preso, nessa circunstância, por período superior a setenta e
duas horas;
XLV - retardar a execução de qualquer ordem;
XLVI - ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial cuja
divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do serviço;
XLVII - ter pouco cuidado com asseio próprio ou coletivo, em qualquer
circunstância;
XLVIII - tomar compromisso pela OPM que comanda ou em que serve
sem estar autorizado;
XLIX - usar em serviço armamento ou equipamento que não seja
regulamentar, salvo em caso de ordem ou autorização do comandante da
OPM ou chefe direto;
L - usar uniforme, o policial da reserva ou reformado, fora dos casos
previstos, em leis ou regulamentos.
SEÇÃO III
DAS TRANSGRESSÕES GRAVES
Art. 32 - São transgressões graves:
I - abandonar serviço para o qual tenha sido designado, quando isso
não configurar crime;
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II - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OPM fora das horas
de expediente, desde que não seja o respectivo chefe ou sem sua ordem
escrita com a expressa declaração de motivo, salvo situações de
emergência;
III - aceitar o policial militar qualquer manifestação coletiva de seus
subordinados, salvo a exceção de número anterior;
IV - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de
disposição legal ou ordem;
V - autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação
coletiva, seja de caráter
reivindicatório, seja de crítica ou de apoio a ato de superior, com
exceção das demonstrações íntimas de boa e sã camaradagem e com
conhecimento do homenageado;
VI - censurar ato de superior ou procurar desconsiderá-lo;
VII - dar conhecimentos de fatos, documentos ou assuntos policiais-
militares a quem deles não deva ter conhecimento e não tenha atribuições
para neles intervir;
VIII - deixar de punir transgressor da disciplina;
IX - deixar de comunicar ao superior imediato ou na ausência deste a
qualquer autoridade superior, toda informação que tiver sobre iminente
perturbação da ordem pública ou grave alteração do serviço, logo que disto
tenha conhecimento;
X - deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por
negligências ou incúria, medidas contra qualquer irregularidade que venha
a tomar conhecimento;
XI - deixar o Comandante da Guarda ou agente correspondente de
cumprir as prescrições regulamentares com respeito à entrada ou à
permanência na OPM de civis, militares ou policiais-militares estranhos à
mesma;
XII - deixar que presos conservem em seu poder instrumento ou
objetos não permitidos;
XIII - desrespeitar corporação judiciária, ou qualquer de seus
membros, bem como criticar, em público ou pela imprensa, seus atos ou
decisões;
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XIV - dirigir memoriais ou petições, a qualquer autoridade, sobre
assuntos da alçada do Comandante Geral, salvo em grau de recurso e na
forma prevista neste Regulamento;
XV - dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa a
superior;
XVI - discutir ou provocar discussões, por qualquer veículo de
comunicação, sobre assuntos políticos, militares, ou policiais-militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, quando
devidamente autorizados;
XVII - disparar arma por imprudência, negligência ou sem
necessidade;
XVIII - dormir em serviço, quando houver ordem contrária;
XIX - efetuar desconto em vencimento, não autorizado por autoridade
competente, ou determiná-lo fora dos casos previstos nas leis e
regulamentos;
XX - embriagar-se ou induzir outrem à embriaguez, no âmbito do
quartel ou em área de domínio policial militar, embora tal estado não tenha
sido constatado por médico;
XXI - exercer qualquer atividade remunerada estando dispensado ou
licenciado para tratamento de saúde;
XXII - espalhar boatos ou notícias tendenciosas;
XXIII - esquivar-se a satisfazer compromissos de ordem moral ou
pecuniária que houver assumido;
XXIV - envolver, indevidamente, o nome de outrem para se esquivar
de responsabilidade;
XXV - fazer o policial da ativa, da reserva ou reformado, uso do posto
ou graduação para obter facilidades ou satisfazer interesses pessoais, de
qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares seus ou de
terceiros;
XXVI - fazer uso ou autorizar o uso de veículos oficiais para fins não
previstos em normas regulamentares;
XXVII - faltar a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou
a que deva assistir;
XXVIII - faltar à verdade;
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XXIX - fazer diretamente, ou por intermédio de outrem, transações
pecuniárias envolvendo assunto de serviço, bens da Administração Pública
ou material proibido, quando não configurar crime;
XXX - frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações
profissionais com caráter de sindicatos ou similares;
XXXI - induzir outrem à prática de transgressões disciplinares;
XXXII - maltratar preso sob sua guarda;
XXXIII - manter em seu poder, indevidamente, bens da fazenda
pública ou de particulares;
XXXIV - manter relações de amizade com pessoas de notórios e
desabonadores antecedentes ou apresentar-se publicamente com elas,
salvo se por motivo de serviço;
XXXV - manter relacionamento íntimo não recomendável ou
socialmente reprovável, com superiores, pares, subordinados ou civis;
XXXVI - não atender a observação de autoridade hierárquica superior
competente, para satisfazer débito já reclamado;
XXXVII - não atender à obrigação de dar assistência a sua família ou
dependente legalmente constituídos;
XXXVIII - não cumprir ordem recebida, quando manifestamente legal;
XXXIX - não se apresentar no final da licença, férias ou dispensa do
serviço, ou, ainda, depois de saber que qualquer delas lhe foi suspensa;
XL - ofender a moral por atos, gestos ou palavras;
XLI - ofender, provocar ou desafiar superior, seu igual ou
subordinado;
XLII - prestar informação a superior induzindo-o a erro deliberada ou
intencionalmente;
XLIII - procurar desacreditar seu igual ou subordinado;
XLIV - promover ou tomar parte em jogos proibidos;
XLV - promover escândalo ou nele envolver-se, comprometendo o
prestígio e a imagem da corporação;
XLVI - provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de origem de
alarme injustificável;
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XLVII - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos,
documentos ou assuntos policiais-militares que possam concorrer para o
desprestígio da Corporação ou firam a disciplina ou a segurança;
XLVIII - recusar-se o policial militar a identificar-se, quando
justificadamente solicitado;
XLIX - representar a OPM e mesmo a Corporação, em qualquer ato,
sem estar devidamente autorizado;
L - retardar ou prejudicar medidas ou ações de ordem judicial ou
policial de que esteja investido ou que deva promover;
LI - retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sob jurisdição policial
militar, material viatura ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem
do responsável ou proprietário;
LII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de qualquer
dever policial militar;
LIII - soltar preso ou detido ou dispensar Parte de ocorrência sem
ordem de autoridade competente;
LIV - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial
militar, tóxicos, entorpecentes ou drogas afins, a não ser mediante
prescrição de autoridade médica militar competente;
LV - ter em seu poder ou introduzir, em área policial militar ou sob a
jurisdição policial militar, inflamável ou explosivos sem permissão da
autoridade competente;
LVI - ter em seu poder ou introduzir, em área policial militar ou sob
jurisdição policial militar, bebidas alcoólicas, salvo quando devidamente
autorizado;
LVII - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial
militar ou sob a jurisdição policial militar publicações, estampas ou jornais
que atentem contra a disciplina ou a moral;
LVIII - trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção em
qualquer serviço ou instrução;
LIX - travar discussão, rixa ou luta corporal com seu igual ou
subordinado;
LX - usar violência desnecessária em ato de serviço;
LXI - utilizar-se do anonimato para qualquer fim;
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LXII - utilizar ou autorizar a utilização de subordinados para serviços
não previstos em regulamento;
LXIII - violar ou deixar de preservar local de crime.
Art. 33 - Serão ainda classificadas como graves:
I - as transgressões referidas no número II, letras a e b, do art. 27;
II - as transgressões mencionadas no número II, letra c, do mesmo
artigo, quando:
a) forem de natureza desonrosa;
b) forem ofensivas à dignidade policial militar e profissional;
c) forem atentatórias às instituições ou ao Estado;
d) atingirem gravemente o prestígio da corporação.
Parágrafo Único - A classificação das transgressões, às quais se refere
o número II deste artigo, será dada pela autoridade que a aplicar, levando-
se em consideração as circunstâncias e as consequências do fato, devendo
justificar seu proceder no próprio ato em que impuser a penalidade.
CAPÍTULO III
DO JULGAMENTO
Art. 34 - O julgamento das transgressões deve ser precedido de um
exame e de uma análise que considerem:
I - a culpabilidade;
II - os antecedentes do transgressor;
III - as causas que a determinaram;
IV - a natureza dos fatos ou os atos que a envolveram;
V - as consequências que dela possam advir;
VI - as causas que as justifiquem ou as circunstâncias que as atenuem
e/ou as agravem.
SEÇÃO I
DAS CAUSAS DE JUSTIFIÇÃO
Art. 35 - São causas de justificação:
I - ter sido cometida a transgressão na prática de ação meritória, no
interesse do serviço ou da segurança pública;
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II - ter sido praticada a transgressão em legítima defesa, própria ou
de outrem;
III - ter sido cometida a transgressão sob coação irresistível ou em
obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico;
IV - ter sido cometida a transgressão pelo uso imperativo de força
necessária, a fim de compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu
dever no caso de perigo, necessidade urgente, calamidade pública,
manutenção da ordem e da disciplina;
V - ter sido praticada a transgressão por erro plenamente justificado,
em circunstância que supôs situação de fato que, se existisse, tornaria a
ação legítima;
VI - ter sido praticada a transgressão para livrar de perigo atual ou
iminente, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se e não havia outro modo de fazê-lo.
§ 1.º - Não haverá punição quando for reconhecida qualquer causa
de justificação.
§ 2.º - Não há isenção de punição disciplinar quando o erro de que
trata o número V deste artigo deriva de culpa do transgressor.
§ 3.º - Em qualquer das hipóteses deste artigo, o agente responderá
pelos excessos praticados.
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SEÇÃO II
DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES
Art. 36 - São circunstâncias atenuantes:
I - estar no comportamento bom, ótimo ou excepcional;
II - relevâncias de serviços prestados, comprovados mediante
condecorações, medalhas, títulos, elogios individuais e outras disposições
contidas em leis, decretos e regulamentos;
III - falta de prática no serviço.
IV - ter o transgressor:
a) cometido o ato de indisciplina por motivo de relevante valor social
ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após
o ato de indisciplina, evitar ou diminuir as suas consequências, ou ter, antes
da solução da Parte ou Sindicância, reparado o dano;
c) cometido a transgressão sob coação a que podia resistir, ou sob a
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto de terceiro;
d) confessado, espontaneamente, perante a autoridade policial militar
competente, a autoria da transgressão ignorada ou imputada a outrem;
e) mais de setenta anos de idade, na data do fato.
SEÇÃO III
DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
Art. 37 - São circunstâncias agravantes:
I - comportamento mau ou insuficiente;
II - prática ou conexão de duas ou mais transgressões;
III - reincidência de transgressão;
IV - conluio de duas ou mais pessoas;
V - a embriaguez alcoólica preordenada;
VI - induzimento de outrem à coautoria;
VII - ter abusado o transgressor de sua autoridade hierárquica;
VIII - ser praticada a transgressão:
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a) com premeditação;
b) em presença de tropa ou de público;
c) em presença de subordinado;
d) durante a execução do serviço;
e) fora do quartel, estando o transgressor fardado;
f) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade
ou vantagem de outro ato de indisciplina;
g) mediante dissimulação, ou outro recurso que dificulte a
identificação da sua autoria;
§ 1.º - Ocorre a reincidência, quando o policial militar comete nova
transgressão, depois de punido por ato de indisciplina anterior.
§ 2.º - Para efeito de reincidência e agravamento da punição, não
prevalece a transgressão anterior, se entre a data do cumprimento da
punição a ela inerente e o ato de indisciplina posterior tiver decorrido
período de tempo superior a cinco anos.
SEÇÃO IV
DA ISENÇÃO DE PUNIÇÃO
Art. 38 - É isento de punição o transgressor que por um dos motivos
seguintes era, ao tempo da transgressão, inteiramente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento:
I - doença mental;
II - embriaguez acidental completa, advinda de caso fortuito ou força
maior;
III - embriaguez patológica completa.
§ 1.º - A embriaguez proveniente de caso fortuito é aquela em que o
agente não tem conhecimento do efeito da substância que está ingerindo
ou quando ignora condição própria, de modo a embriagar-se quando ingere
substância que contém álcool ou substância de efeitos análogos;
§ 2.º - A embriaguez proveniente de força maior é a que resulta de
situação fática em que o agente se vê em situação em que é obrigado a
beber substância de teor alcóolico.
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§ 3.º - Nos casos previstos neste artigo, o transgressor da disciplina,
quando a situação de fato o exigir, será submetido, a pedido da autoridade
julgadora, a exames médicos por junta competente e/ou a exames periciais
complementares.
TÍTULO III
DAS PUNIÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DA GRADAÇÃO E EXECUÇÃO
Art. 39 - A punição disciplinar visa o benefício educativo ao punido e
o fortalecimento da disciplina da Corporação.
Art. 40 - As punições disciplinares a que estão sujeitos os policiais
militares são as seguintes, em ordem de gravidade crescente:
I - advertência;
II - repreensão;
III - detenção;
IV - prisão;
V - licenciamento a bem da disciplina.
Art. 41 - Advertência - é a forma mais branda de punir. Consiste numa
admoestação feita verbalmente ao transgressor, podendo ser em caráter
particular ou ostensivamente.
§ 1.º - Quando ostensivamente, poderá ser na presença de
superiores, no círculo de seus pares, ou na presença de toda ou parte da
OPM.
§ 2.º - A advertência, por ser verbal, não deve constar das alterações
do punido, devendo, entretanto, ser registrada em sua ficha disciplinar,
para efeito de reincidência.
Art. 42 - Repreensão - consiste numa admoestação mais enérgica do
que a advertência e não priva o punido da liberdade.
Art. 43 - Detenção - consiste no cerceamento da liberdade do punido,
o qual deve permanecer no quartel da OPM onde serve, sem que fique, no
entanto, confinado.
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§ 1.º - O punido fica sujeito a todos os atos de instrução e serviço e
ao retorno às dependências do quartel nas horas de repouso, quando tratar-
se de atividades externas.
§ 2.º - Em casos especiais, e mediante justificativa da autoridade no
próprio ato em que aplicou a penalidade, o policial militar pode cumpri-la
em sua residência, ou em outro local que lhe for determinado.
Art. 44 - Prisão - consiste em manter o transgressor circunscrito às
dependências do alojamento de seus pares, ou em não as havendo, em
local determinado e adaptado, sem grades, na própria OPM do sancionado.
§ 1.º - O preso, a critério da autoridade que o puniu, fica sujeito, a
instrução e a trabalho interno na OPM, na conformidade das aptidões ou
ocupações anteriores, desde que compatíveis com a execução da punição e
sem prejuízo do disposto neste artigo.
§ 2.º - O punido que oferecer perigo a integridade física própria ou de
outrem, ou que se comportar de maneira nociva à disciplina, será recolhido
a compartimento fechado, na sua OPM, ou em local determinado.
§ 3.º - As condições previstas nos §§ 1.º e 2.º deste artigo devem ser
declaradas nos atos em que forem aplicadas as penalidades.
§ 4.º - Em casos especiais, pode ser aplicado o disposto no § 2.º do
artigo anterior.
Art. 45 - Quando a punição de detenção ou de prisão recair sobre
pessoal inativo, será esclarecido o local onde o punido cumprirá o corretivo.
Art. 46 - O punido com detenção ou prisão, a princípio, fará suas
refeições na OPM onde serve, salvo disposição em contrário de autoridade
competente.
Art. 47 - A prisão de qualquer transgressor, sem nota de punição
publicada em Boletim Interno da OPM, só poderá ocorrer por ordem das
autoridades referidas nos nºs I, II, III, IV e V do Art. 11.
Parágrafo Único - Excluem-se da aplicação deste artigo as disposições
contidas no art. 12.
Art. 48 - Licenciamento a bem da disciplina consiste no afastamento
“ex-offício”, do policial militar das fileiras da Corporação, conforme prescrito
no Estatuto dos Policiais militares.
§ 1.º O licenciamento a bem da disciplina deve ser aplicado à praça
sem estabilidade assegurada, mediante análise de suas alterações por
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iniciativa do Comandante, ou por ordem das autoridades relacionadas nos
itens I, II e III do Art. 11, quando:
I - a transgressão afeta o sentimento do dever, a honra pessoal, o
pundonor e o decoro policial militar, e como repressão imediata, assim se
torna absolutamente necessária à disciplina;
II - no comportamento MAU, se nesta condição sobrevir prática de
transgressão disciplinar de qualquer espécie e natureza.
§ 2.º - O licenciamento a bem da disciplina poderá ser aplicado às
praças com estabilidade assegurada quando, numa das situações previstas
no parágrafo anterior, for julgado culpado por decisão de
Conselho de Disciplina, se assim decidir o Comandante Geral.
§ 3.º - O licenciamento do aspirante a oficial, a bem da disciplina,
ocorrerá quando:
I - incluso numa das situações previstas no n.º I do § 1.º, for julgado
culpado por Conselho de Disciplina, se assim decidir o Comandante Geral;
II - perder ou houver perdido a nacionalidade brasileira.
§ 4.º - O ato de licenciamento “ex-offício”, a bem da disciplina, é da
competência do Comandante Geral da Corporação.
Art. 49 - A perda do posto e da patente dos oficiais, assim como a
perda da graduação das praças poderá resultar ainda por efeito de
condenação na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade por
sentença transitada em julgado, na conformidade do estabelecido na
Constituição Federal, Constituição Estadual e Estatuto dos Policiais
Militares.
CAPÍTULO II
DAS REGRAS DE APLICAÇÃO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 50 - A aplicação da punição compreende uma descrição sumária,
clara e precisa dos fatos e circunstâncias que determinaram a transgressão,
o enquadramento da punição e a decorrente publicação em Boletim da OPM.
Art. 51 - A aplicação da punição deve ser feita com justiça, serenidade
e imparcialidade, para que o punido fique consciente e convicto de que a
mesma se inspira no cumprimento exclusivo de um dever.
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Art. 52 - A aplicação da primeira punição classificada como “prisão” é
da competência das autoridades referidas nos n.ºs I, II, III, IV e V do art.
11.
Art. 53 - Nenhum policial militar deve ser interrogado ou ouvido em
estado de embriaguez ou sob ação de psicotrópicos.
Art. 54 - O tempo de detenção ou prisão, antes da respectiva
publicação em Boletim Interno da OPM, não deve ultrapassar de 72 horas
e só poderá ocorrer nas hipóteses previstas no art. 12.
Art. 55 - Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes,
ambas com ação disciplinar sobre o transgressor, conhecerem da
transgressão, à de nível mais elevado competirá punir, salvo se entender
que a punição está dentro dos limites de competência do menor nível, caso
em que esta comunicará ao superior a sanção disciplinar que aplicou.
Art. 56 - A punição disciplinar não exime o punido das
responsabilidades civil e penal que lhe couber.
SEÇÃO II
DOS LIMITES DA PUNIÇÃO
Art. 57 - A punição deve ser proporcional à gravidade da
transgressão, dentro dos seguintes limites, sem prejuízo do disposto nos
§§ 1.º, 2.º e 3.º do art. 48:
I - de advertência ou de repreensão para as transgressões leves;
II - de quatro a vinte dias de detenção para as transgressões médias;
III - de quatro a vinte dias de prisão para as transgressões graves.
§ 1.º - A punição não pode ultrapassar ao limite mínimo previsto neste
artigo, quando ocorrerem apenas circunstâncias atenuantes.
§ 2.º - A punição deve ser dosada quando ocorrerem circunstâncias
atenuantes e agravantes.
§ 3.º - Os limites máximos previstos para a detenção e a prisão
podem ser alterados, conforme o estabelecido no n° IV do art. 73.
§ 4.º - Por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de
uma punição.
§ 5.º - Quando a simultaneidade de transgressões resultar de
desígnios autônomos, a cada uma deve ser imposta a punição
correspondente. Em caso de conexão, aplicasse-lhe a punição disciplinar
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correspondente à transgressão mais grave, sendo consideradas as demais
como agravantes da principal.
§ 6.º - Sobrevindo sanção disciplinar de detenção ou de prisão por
fato posterior ao início do cumprimento da punição, far-se-á a unificação,
desprezando-se, para esse fim, o período de punição já cumprido. Hipótese
em que o punido, mesmo que da unificação resulte período superior, só
cumprirá o limite de trinta dias.
Art. 58 - Quando uma autoridade, ao julgar uma transgressão,
concluir que a punição a aplicar está além do limite máximo que lhe é
autorizado, cabe à mesma, por escrito, expor os motivos e por fim solicitar
à autoridade superior, com ação disciplinar sobre o transgressor, a
aplicação da punição devida.
Art. 59 - A punição máxima que cada autoridade referida no Art. 11
pode aplicar, acha-se especificada no quadro seguinte.
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SEÇÃO III
DO ENQUADRAMENTO
Art. 60 - Enquadramento - é a caracterização da transgressão
acrescida de outros detalhes relacionados com o comportamento do
transgressor, cumprimento da punição, justificação ou isenção. No
enquadramento são necessariamente mencionados:
I - a transgressão cometida, em termos precisos e sintéticos e a
especificação dos artigos deste Regulamento implicados. Não devem ser
emitidos comentários deprimentes e/ou ofensivos, sendo, porém,
permitidos os ensinamentos decorrentes, desde que não contenham
alusões pessoais;
II - os itens, artigos e parágrafos das circunstâncias atenuantes e/ou
agravantes, causas de justificação ou isenção;
III - a classificação da transgressão;
IV - a punição imposta;
V - o local de cumprimento da punição, se for o caso;
VI - a classificação do comportamento militar em que a praça punida
permaneça ou ingresse;
VII - a data do início do comprimento da punição, se o punido tiver
sido preso na conformidade do art. 12;
VIII - a determinação para posterior cumprimento, se o punido estiver
baixado, afastado do serviço ou à disposição de outra autoridade.
IX - o esclarecimento quanto ao uso do direito de defesa do punido.
Parágrafo Único - Quando ocorrer causa de justificação ou de isenção,
no enquadramento, menciona-se a justificação da falta ou o motivo da
isenção, em lugar da punição imposta.
SEÇÃO IV
DA PUBLICAÇÃO
Art. 61 - Publicação em Boletim - é o ato administrativo que formaliza
a aplicação da punição, sua justificação ou a sua isenção.
Art. 62 - As punições de repreensão, detenção e prisão devem ser
publicadas em Boletim da OPM, constar das alterações do punido e
registradas em sua ficha disciplinar.
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§ 1.º - A publicação da punição imposta a oficial ou aspirante a oficial,
em princípio, deve ser feita em Boletim Reservado, podendo ser em Boletim
Ostensivo, se as circunstâncias ou a natureza da transgressão assim o
recomendarem.
§ 2.º - Quando a autoridade que aplica a punição não dispuser de
Boletim para a sua aplicação, esta deve ser feita, mediante solicitação
escrita no da autoridade imediatamente superior.
SEÇÃO V
DA CONTAGEM DE TEMPO DE PUNIÇÃO
Art. 63 - O início do cumprimento da punição disciplinar deve ocorrer
com a distribuição do Boletim da OPM que publicar a aplicação da punição.
Parágrafo Único - A contagem do tempo de cumprimento da punição
vai do momento em que o punido for mantido detido ou preso até aquele
em que for posto em liberdade.
Art. 64 - A autoridade que necessitar punir subordinado, à disposição
ou a serviço de outra autoridade, deve a ela requisitar a sua apresentação
para a aplicação da punição.
Parágrafo Único - Quando o local determinado para o cumprimento
da punição não for a sua OPM, pode solicitar àquela autoridade que
determine a apresentação do punido diretamente ao local designado.
Art. 65 - O cumprimento de punição disciplinar, por policial militar
afastado temporariamente do serviço ou em gozo de qualquer tipo de
licença, deve ocorrer após a sua apresentação, pronto na OPM.
Parágrafo Único - Somente para o cumprimento de punição resultante
do cometimento de transgressão disciplinar classificada como grave, o
policial militar, por determinação das autoridades elencadas no n° I do art.
11, pode ter interrompido ou deixar de gozar, na época prevista, o período
de férias a que tiver direito.
Art. 66 - A interrupção da contagem de tempo de punição, nos casos
de baixa a hospital ou enfermaria e outros, vai do momento em que o
punido for retirado do local de cumprimento da punição até o seu retorno,
desde que fique comprovado que houve má fé por parte do transgressor.
Parágrafo Único - O afastamento e o retorno do punido ao local de
cumprimento da punição devem ser publicados em Boletim da OPM.
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CAPÍTULO III
DA MODIFICAÇÃO NA APLICAÇÃO DAS PUNIÇÕES
Art. 67 - A modificação da aplicação de punição pode ser realizada
pela autoridade que a aplicou ou por outra, superior e competente, quando
tiver conhecimento de fatos que recomendem tal procedimento.
Parágrafo Único - As modificações da aplicação de punição são:
I - Anulação;
II - relevação;
III - atenuação;
IV - agravação.
Art. 68 - A anulação da punição consiste em tornar sem efeito a
aplicação da mesma.
§ 1.º - Deve ser concedida quando for comprovado ter ocorrido
injustiça ou ilegalidade na sua aplicação, devendo ser concedido ao punido,
o dobro de dias de dispensa em que esteve sancionado disciplinarmente.
§ 2.º - Far-se-á em obediência aos prazos seguintes:
I - em qualquer tempo e em qualquer circunstância, pelas autoridades
especificadas no n° I do art.11;
II - no prazo de sessenta dias, pelas demais autoridades.
§ 3.º - A anulação sendo concedida ainda durante o cumprimento de
punição, importa em ser o punido posto em liberdade imediatamente.
Art. 69 - A anulação de punição deve eliminar toda e qualquer
anotação e/ou registro nas alterações do militar relativos à sua aplicação.
Art. 70 - A autoridade que tome conhecimento de comprovada
ilegalidade ou injustiça na aplicação de punição e não tenha competência
para anulá-la ou não disponha dos prazos referidos no § 2.º do art. 68,
deve propor a sua anulação à autoridade competente, devidamente
fundamentado, caso o prejudicado ainda não tenha impetrado recurso
disciplinar.
Art. 71 - A relevação de punição consiste na suspensão do
cumprimento da punição imposta.
Parágrafo Único - A relevação pode ser concedida quando já tiver sido
cumprida, pelo menos, metade da punição imposta, nos seguintes casos:
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I - quando ficar comprovado que foram atingidos os objetivos visados
com a aplicação da mesma;
II - por motivo de passagem de comando, data de aniversário da
Corporação, aniversário da OPM, ou data nacional.
Art. 72 - A atenuação consiste na diminuição ou na transformação da
punição proposta ou aplicada em uma menos rigorosa, se assim exigir o
interesse da disciplina e da ação educativa do punido, observadas as
disposições seguintes:
I - Em nenhuma hipótese, a atenuação modificará a classificação das
transgressões previstas neste Regulamento;
II - a repreensão pode ser atenuada para advertência;
III - nas punições de detenção e de prisão, a atenuação consiste na
redução do quantitativo de dias aplicados, sendo vedada quando a punição
proposta ou aplicada for a mínima estabelecida nos ns. II e III do art. 57.
Art. 73 - A agravação consiste no aumento ou na transformação da
punição proposta ou aplicada em uma mais rigorosa, se assim exigir o
interesse da disciplina e da ação educativa do punido, observadas as
disposições seguintes:
I - em nenhuma hipótese, a agravação modificará a classificação das
transgressões previstas neste Regulamento;
II - a advertência pode ser agravada para repreensão;
III - a repreensão pode ser agravada, no máximo, para três dias de
detenção, sem, no entanto, alterar-lhe a classificação;
IV - a detenção e a prisão podem ser agravadas até o limite máximo
de trinta dias.
Art. 74 - São competentes para anular, relevar, atenuar e agravar as
punições impostas por si ou por seus subordinados as autoridades
discriminadas no Art. 11, devendo esta decisão ser justificada em Boletim.
TÍTULO IV
DO COMPORTAMENTO POLICIAL MILITAR
CAPÍTULO ÚNICO
DA CLASSIFICAÇÃO
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Art. 75 - O comportamento das praças espelha o seu procedimento
civil e policial militar, e deve ser classificado nas seguintes categorias:
I - excepcional;
II - ótimo;
III - bom;
III - insuficiente; e
IV - mau.
§ 1.º - Ao ser incluída na Polícia Militar, a praça será classificada no
comportamento “BOM”.
§ 2.º - A melhoria e a degradação são da competência do Comandante
Geral e dos Comandantes de OPM, obedecido o disposto neste Capitulo e,
necessariamente, publicadas em Boletim.
§ 3.º - A punição de advertência não é considerada para efeito de
classificação de comportamento.
Art. 76 - A melhoria de comportamento far-se-á automaticamente e
começa a partir da data de inclusão da praça na Corporação ou, quando for
o caso, do dia subsequente ao de encerramento do cumprimento da última
punição, obedecidos os prazos seguintes, sem que a praça haja sofrido
qualquer punição disciplinar:
I - do mau para o insuficiente, um ano;
II - do insuficiente para o bom, um ano;
III - do bom para o ótimo, quatro anos;
IV - do ótimo para o excepcional, quatro anos.
Art. 77 - A degradação de comportamento é automática e ocorrerá,
nas condições e prazos seguintes:
I - do excepcional para o ótimo, quando a praça for punida pela prática
de transgressão disciplinar classificada como leve ou média;
II - do excepcional para o bom, quando a praça for punida pela prática
de transgressão disciplinar classificada como grave;
III - do ótimo para o bom, quando a praça, no período de quatro anos
consecutivos, for punida pela prática de mais de uma transgressão
disciplinar classificada como média;
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IV - do bom para o insuficiente, quando a praça, no período de um
ano, for punida pela prática de até duas transgressões disciplinares
classificadas como graves;
V - do bom para o mau, quando a praça, no período de um ano, for
punida pela prática de mais de duas transgressões disciplinares
classificadas como graves;
VI - do insuficiente para o mau, quando a praça, no período de um
ano, for punida pela prática de mais de duas transgressões disciplinares
classificadas como graves.
§ 1.º - os prazos a que se refere este artigo são contados em sentido
decrescente, tomando se como referência a data da punição da qual
resultará o ingresso da praça no comportamento inferior.
§ 2.º - Tão somente para aplicabilidade deste artigo, com exceção dos
ns. I e II, as transgressões de qualquer classe são conversíveis umas às
outras, conforme equivalência a seguir, bastando uma punição pela prática
de transgressão classificada como leve, além dos limites estabelecidos, para
alterar a categoria de comportamento:
I - duas transgressões classificadas como leves equivalem a uma
classificada como média;
II - quatro transgressões classificadas como leves equivalem a uma
classificada como grave;
III - duas transgressões classificadas como médias equivalem a uma
classificada como grave.
TÍTULO V
DOS DIREITOS E RECOMPENSAS
CAPÍTULO I
DO DIREITO DE DEFESA
Art. 78 - Ninguém será punido sem que lhe seja assegurado o direito
de defesa, sob pena de nulidade do ato administrativo.
Art. 79 - A autoridade, a quem o documento disciplinar é dirigido,
quando não instaurar sindicância em torno do assunto, providenciará para
que o policial tido como transgressor seja notificado do teor do mesmo para,
no prazo máximo de três dias úteis, apresentar defesa por escrito, podendo
arrolar até três testemunhas e fazer juntada das demais provas que lhe
convier, pertinentes ao feito.
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§ 1.º - A notificação será assinada pelo Oficial encarregado da
apuração e far-se-á acompanhar de cópia autêntica do documento ao qual
se refere;
§ 2.º - O policial militar, sobre o qual recai a acusação de transgressão
da disciplina, deve passar recibo na primeira via da notificação. Havendo
recusa em assiná-la, será expedida certidão relativa ao fato e publicada a
notificação em Boletim da OPM.
§ 3.º - Sendo apresentada a defesa escrita pelo transgressor, ou por
seu representante legal, nomeado por procuração, será certificado o seu
recebimento e feita a juntada da mesma ao processo para a competente
solução de Parte, no prazo estabelecido pelo art. 19.
§ 4.º - Decorrido o prazo, sem que haja a apresentação de defesa
escrita, os fatos constantes do documento disciplinar serão tidos como
verdadeiros, devendo ser certificada a carência e adotado os demais
procedimentos, conforme o previsto no parágrafo anterior.
§ 5. º - A apresentação de defesa escrita não exime o transgressor
de ser ouvido no processo, se assim entender o julgador; nem impede a
apuração mais acurado do fato mediante sindicância, se for necessário.
Art. 80 - Quando a punição disciplinar a ser imposta for a prevista no
n° V do art. 40, pelo motivo exposto no art. 48, § 1.º, II, o Comandante do
policial militar implicado, após determinar a consolidação da sua ficha
disciplinar em Libelo Disciplinar e adotar todas as medidas de defesa
elencadas no artigo anterior, encaminhará o processo contendo o Libelo
Acusatório ao Comandante Geral com o pedido de Licenciamento.
Parágrafo Único - Quando o motivo da punição resultar de causa
prevista no art. 48, § 1.º, I, deve conferir o direito de defesa ao
transgressor, conforme o previsto no artigo anterior, e encaminhar o
processo ao Comandante Geral com o pedido de Licenciamento.
Art. 81 - Os modelos de notificação, juntada de defesa, certidão de
recusa à notificação e notificação para publicação em Boletim, são aqueles
constantes no anexo I deste Regulamento.
CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO RECURSOS
SEÇÃO I
GENERALIDADES
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Art. 82 - Interpor recurso disciplinar é o direito concedido ao policial
militar que se julgue, ou julgue subordinado seu, prejudicado, ofendido ou
injustiçado por superior hierárquico, na esfera disciplinar, para provocar o
reexame do ato administrativo pertinente, visando a anulação ou a
modificação da punição.
Parágrafo Único - São recursos disciplinares:
I - o pedido de reconsideração de ato;
II - a queixa;
II - a representação.
Art. 83 - Não será prejudicado o recurso, que, por erro, falta ou
omissão causados pela administração da corporação, não tiver seguimento
ou não for apresentado dentro do prazo.
Art. 84 - O recurso, em termos respeitosos, precisará o objetivo que
o fundamenta de modo a esclarecer o fato, sem comentários nem
insinuações, podendo ser acompanhado de peças de documentos
comprobatórios, ou somente a eles fazer referência, quando se tratar de
documentos oficiais. Deve ser encaminhado por via hierárquica.
Art. 85 - A autoridade a quem couber solucionar o recurso disciplinar
deve proceder ou mandar proceder as averiguações que julgar necessárias,
decidindo no prazo regulamentar.
Art. 86 - Da solução de recurso só caberá interposição de novos
recursos às autoridades superiores até o Comandante Geral, como última
instância na esfera recursal.
Parágrafo Único - Quando a punição tiver sido imposta pelo
Comandante Geral, caberá recurso ao Governador do Estado.
Art. 87 - Não caberá recurso sobre fato já apreciado anteriormente e
decidido por via recursal, esgotadas as esferas de decisão.
Art. 88 - A autoridade, a quem é dirigido o recurso disciplinar, deve
solucioná-lo no prazo máximo de quatro dias úteis.
§ 1.º - A solução de que trata este artigo, deve ser publicada em
Boletim Interno ou Geral, se o recorrente for praça e em Boletim Reservado
se for oficial.
§ 2.º - Se o recurso for julgado inteira ou parcialmente procedente, a
modificação da punição será publicada no mesmo Boletim da solução.
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Art. 89 - O direito de recorrer prescreve no prazo estabelecido no art.
127, § 1.º, letra “b” do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,
contados a partir da publicação do ato punitivo, em Boletim.
SEÇÃO II
DA RECONSIDERAÇÃO DE ATO
Art. 90 - Reconsideração de ato é o recurso interposto à autoridade
que aplicou a punição, pelo meio do qual o policial militar, que se julgue
diretamente prejudicado, ofendido ou injustiçado, solicita à autoridade que
praticou o ato, que reexamine sua decisão, visando a anulação ou
modificação da punição aplicada.
Parágrafo Único - O recurso de que trata este artigo será interposto
mediante requerimento fundamentado do recorrente, ou de seu
representante nomeado por procuração, a contar da data em que
oficialmente tomar conhecimento dos fatos que o motivaram.
SEÇÃO III
DA QUEIXA DISCIPLINAR
Art. 91 - A queixa é o recurso disciplinar interposto pelo policial militar
que se julgue injustiçado, dirigido à autoridade superior imediata àquela
que tiver imposta a punição, pleiteando a sua anulação ou modificação.
Parágrafo Único - A apresentação de queixa:
I - só será cabível após ter sido publicada em Boletim a solução do
pedido de reconsideração de ato;
II - será interposta mediante requerimento fundamentado do
queixoso, ou de seu representante, nomeado por procuração;
Art. 92 - A íntegra da queixa deve ser precedida de comunicação, por
escrito, à autoridade de quem vai se queixar e encaminhada por via
hierárquica, em termos respeitosos, contando o objetivo desse recurso.
Art. 93 - Aplica-se à queixa, além das disposições contidas na Seção
I deste Capítulo, o disposto no § 2.º do art. 22 deste Regulamento.
SEÇÃO IV
DA REPRESENTAÇÃO
Art. 94 - Representação - é o recurso disciplinar redigido sob forma
de ofício, interposto por autoridade que julgue subordinado seu estar sendo
91
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vítima de injustiça ou prejudicado em seus direitos, por ato de autoridade
superior.
§ 1.º - Deve também impetrar representação o indivíduo que tenha
serviço sob seu comando ou jurisdição prejudicado por ato de autoridade
superior que repute irregular ou injusto.
§ 2.º - Não caberá representação quando o subordinado, que tem
como prejudicado, haja exercido o seu direito de recurso.
§ 3.º - A aplica-se à representação as mesmas disposições previstas
para a queixa.
CAPÍTULO III
DO CANCELAMENTO DE PUNIÇÃO
Art. 95 - Cancelamento de punição é o direito conferido ao policial
militar de ter cancelada a averbação de punição e outras notas a ela
relacionadas, em suas alterações.
§ 1.º - O cancelamento a que se refere este artigo:
I - será conferido, mediante requerimento, ao policial militar que
tenha completado cinco anos de efetivo serviço sem que haja sofrido
qualquer punição disciplinar, inclusive a de advertência;
II - anula todos os efeitos dela decorrentes, passando, inclusive, a
contagem de tempo para classificação de comportamento à data da última
punição sofrida, anterior à cancelada.
Art. 96 - A solução de requerimento de cancelamento de punição é da
competência do Comandante da OPM a que pertence o interessado.
Art. 97 - Todas as anotações relacionadas com as punições canceladas
devem ser tingidas de maneira que não seja possível a sua leitura. Na
margem onde for feito o cancelamento, deve ser anotado o número e a data
do Boletim da autoridade que concedeu o cancelamento, sendo esta
anotação rubricada pela autoridade competente para assinar as folhas de
alterações.
Parágrafo Único - nas OPM onde a ficha disciplinar for informatizada,
o espaço onde constava as anotações da punição ficará em branco, devendo
ser registrado, em local próprio, o número e a data do Boletim em que
publicou o cancelamento.
CAPÍTULO IV
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DAS RECOMPENSAS
SEÇÃO I
DA NATUREZA E COMPETÊNCIA PARA CONCESSÃO
Art. 98 - Recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços
prestados por policiais militares.
Art. 99 - Além de outras previstas em leis e regulamentos especiais,
são recompensas policiais militares:
I - o elogio;
II - as dispensas do serviço;
III - dispensa da revista do recolher e do pernoite.
Art. 100 - São competentes para conceder as recompensas de que
trata este Capítulo, as autoridades especificadas no Art. 11 deste
Regulamento.
Parágrafo Único - Quando o serviço prestado pelo subordinado der
lugar à recompensa que escape à alçada de uma autoridade, esta fará a
devida comunicação à autoridade imediatamente superior.
SEÇÃO II
DAS REGRAS PARA A CONCESSÃO
Art. 101 - O elogio pode ser individual ou coletivo.
§ 1.º - O elogio individual, que coloca em relevo as qualidades morais
e profissionais, somente poderá ser formulado a policiais militares que se
hajam destacado do resto da coletividade no desempenho de ato de serviço
ou ação meritória. Os aspectos principais que devem ser abordados são os
referentes ao caráter, à coragem e desprendimento, à inteligência, às
condutas civil e policial militar, às culturas profissional e geral, à capacidade
como instrutor, à capacidade como comandante e como administrador, e à
capacidade física.
§ 2.º - Só serão registrados nos assentamentos dos policiais militares
os elogios individuais obtidos no desempenho de funções próprias à policia
militar e concedidos por autoridades com atribuição para fazê-lo.
§ 3.º - O elogio coletivo visa a reconhecer e a ressaltar um grupo de
policiais militares ou fração de tropa ao cumprir destacadamente uma
determinada missão.
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§ 4.º - Quando a autoridade que elogiar não dispuser de Boletim para
a publicação, deve ser feita, mediante solicitação escrita, no da autoridade
imediatamente superior.
Art. 102 - As dispensas do serviço, como recompensas, podem ser:
I - dispensa total do serviço, que isenta de todos os trabalhos da OPM,
inclusive os de instrução;
II - dispensa parcial do serviço, quando isenta de alguns trabalhos,
que devem ser especificados na própria concessão.
§ 1.º - A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo máximo de
oito dias e não deve ultrapassar o total de dezesseis dias, no decorrer de
um ano civil. Esta dispensa não invalida o direito de férias.
§ 2.º - A dispensa total do serviço para ser gozada fora da sede, fica
subordinada às mesmas regras de concessão de férias.
§ 3.º - A dispensa total de serviço é regulada por períodos de 24
horas, contados de Boletim a Boletim. A sua publicação deve ser feita, no
mínimo 24 horas antes do seu início, salvo motivo de força maior.
Art. 103 - As dispensas da revista do recolher e de pernoitar no
quartel, podem ser incluídas em uma mesma concessão. Não justificam a
ausência do serviço para o qual o policial militar está ou for escalado e nem
da instrução a que deva comparecer.
SEÇÃO III
DA AMPLIAÇÃO, RESTRIÇÃO E ANULAÇÃO
Art. 104 - São competentes para anular, restringir ou ampliar as
recompensas concedidas por si ou por seus subordinados as autoridades
especificadas no Art. 11, devendo esta decisão ser justificada em Boletim.
Art. 105 - O afastamento total do serviço, bem como o seu gozo fora
da guarnição, pode ser cassado por exigência do serviço ou outro qualquer
motivo de interesse geral, a juízo do Comandante da OPM ou autoridade
superior, sendo, por isso, indispensável que o interessado deixe declarado,
no próprio OPM, o lugar onde pretende gozar a dispensa.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 106 - Os julgamentos que forem submetidos os policiais militares,
perante Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina, serão
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conduzidos segundo normas próprias ao funcionamento dos referidos
Conselhos.
Parágrafo Único - As causas determinantes que levam o policial militar
a ser submetido a um destes Conselhos, “ex-offício” ou a pedido, e as
condições para sua instauração, funcionamento e providências decorrentes,
estão estabelecidas na legislação peculiar.
Art. 107 - O Comandante Geral, se for o caso, baixará instruções
complementares necessárias à interpretação, orientação e aplicação deste
Regulamento.
Palácio Floriano Peixoto em Maceió/AL, 06 de novembro de 1996, 108º da
República
DIVALDO SURUAGY
Governador
JOÃO EVARISTO DOS SANTOS FILHO - Cel PM
Comandante Geral
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DECRETO-LEI Nº 2.848/1940 E SUAS ALTERAÇÕES (PARTE GERAL
DO CÓDIGO PENAL): TÍTULOS DE I A III.
PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Lei penal no tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais
da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-
se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 1984)
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 1984)
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território
nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza
pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
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bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada,
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço
aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no
Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
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§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí
cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro
motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições
previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando
idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira
produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no
Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros
efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - sujeitá-lo a medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com
o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de
tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se
os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Frações não computáveis da pena (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas
restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de
cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos
incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO II
DO CRIME
Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente
é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
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sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui
a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua
definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois
terços. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida
de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o
crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser
punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime
exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3 º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-
la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só
é punível o autor da coação ou da ordem. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(Vide ADPF 779)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular
de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia
de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1 º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever
legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 2 º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado,
a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legítima defesa
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Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779)
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste
artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança
pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém
durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vide ADPF 779)
TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente
capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação
especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Embriaguez
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II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de
efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1 º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa,
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2 º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía,
ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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QUESTÕES
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QUESTÕES
1. O Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas regula a situação,
deveres, direitos e prerrogativas dos servidores públicos militares do
estado.
( ) Certo ( ) Errado
2. A Polícia Militar do Estado de Alagoas é uma instituição subordinada
diretamente ao Governo Federal.
( ) Certo ( ) Errado
3. A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa.
( ) Certo ( ) Errado
4. São considerados militares de carreira aqueles que, oriundos do meio
civil, concluam cursos de formação policial militar em todos os níveis ou de
adaptação de oficiais.
( ) Certo ( ) Errado
5. A disciplina é a ordenação da autoridade nos diferentes níveis dentro da
estrutura policial militar.
( ) Certo ( ) Errado
6. O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é facultado a todos os
brasileiros mediante concurso público.
( ) Certo ( ) Errado
7. A hierarquia é estabelecida por postos e graduações, sendo a autoridade
e a responsabilidade decrescentes com o grau hierárquico.
( ) Certo ( ) Errado
107
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8. O policial militar reformado por alienação mental tem a sua remuneração
paga aos seus beneficiários desde que o tenham sob sua guarda e
responsabilidade e lhe dispensem tratamento adequado.
( ) Certo ( ) Errado
9. O comando é o exercício do cargo de chefia que habilita conduzir homens
ou dirigir uma Organização Policial Militar.
( ) Certo ( ) Errado
10. O policial militar que se alistar candidato a cargo eletivo, e contar com
mais de dez anos de serviço, será automaticamente agregado a partir da
data de registro como candidato até sua diplomação ou regresso à
Corporação.
( ) Certo ( ) Errado
11. As transgressões disciplinares são especificadas no Regulamento
Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas e as punições de detenção
ou prisão não poderão ultrapassar trinta dias.
( ) Certo ( ) Errado
12. A ética policial militar inclui o dever de exercer as funções que lhe
couberem com autoridade, eficiência e probidade.
( ) Certo ( ) Errado
13. A Polícia Militar do Estado de Alagoas deve estar adestrada para
desempenhar atividades de defesa interna diretamente subordinadas ao
Exército Brasileiro.
( ) Certo ( ) Errado
14. O policial militar da ativa julgado incapaz definitivamente para o serviço
policial será reformado, independentemente de sua condição de saúde.
( ) Certo ( ) Errado
108
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15. A transferência para a reserva remunerada pode ocorrer tanto a pedido
quanto ex offício.
( ) Certo ( ) Errado
16. O tempo de serviço do policial militar começa a ser contado a partir da
data de sua inclusão, matrícula em órgão de formação ou nomeação para
posto na Polícia Militar.
( ) Certo ( ) Errado
17. A demissão do oficial da Polícia Militar pode ocorrer apenas a pedido,
sem qualquer outra condição.
( ) Certo ( ) Errado
18. A licença especial é concedida por um período de três meses e pode ser
suspensa em caso de necessidade do serviço ou estado de defesa.
( ) Certo ( ) Errado
19. A promoção no âmbito da Polícia Militar é seletiva, gradual, sucessiva e
depende de aprovação em concurso público interno.
( ) Certo ( ) Errado
20. O policial militar fardado não possui nenhuma obrigação correspondente
aos uniformes, distintivos, insígnias ou emblemas que ostenta.
( ) Certo ( ) Errado
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GABARITO
QUESTÃO RESPOSTA
1° C
2° E
3° C
4° C
5° E
6° C
7° E
8° C
9° C
10° C
11° C
12° C
13° C
14° E
15° C
16° C
17° E
18° C
19° E
20° E
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“É impossível vencer alguém que não desiste.”
- Bebe Ruth
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