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Recurso de Agravo de Instrumento em Ação de Alimentos

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
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DRA.

ANDREIA MANSANI
Advogada
Avenida Industrial, 780 – Conj.805/806 – Bairro Jardim
Santo André – SP – CEP 09080-510
Email: [email protected]
TEL.: (55) – 11 98555-2485

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE


DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ALEX CONCEIÇÃO SANTOS, brasileiro, casado, líder de usinagem, portador


do RG 48.382.635 e do CPF 330.071.838-47, residente e domiciliado na Rua
Propria, 38 – Parque João Ramalho - Santo André – São Paulo - CEP 09290-
240, nos autos da AÇÃO DE ALIMENTOS proposta por FELIPE RIBEIRO
SANTOS, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora AMANDA
SILVA RIBEIRO, vem, por sua advogada infra-assinada, inconformado com a
decisão do Juízo “a quo”, do presente processo que tramita perante a 1ª VARA
DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE RIBEIRÃO PIRES – SP, vem
perante uma das Colendas Câmaras desse Egrégio Tribunal interpor o
presente

RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO


COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO ATIVO

em consonância com o dispositivo nos artigos. 1015 e seguintes do Código de


Processo Civil, e com o pedido da imediata suspensão da obrigatoriedade de o
Agravante pagar os seguintes valores:

...” Assim, diante da informação que o réu possui outros filhos, defiro o
requerido

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DRA. ANDREIA MANSANI
Advogada
Avenida Industrial, 780 – Conj.805/806 – Bairro Jardim
Santo André – SP – CEP 09080-510
Email: [email protected]
TEL.: (55) – 11 98555-2485

pelos autores e fixo alimentos provisórios ao menor na proporção de 18%


(dezoito por cento) dos vencimentos líquidos do réu, para o caso de
trabalho com vínculo empregatício. Estão incluídos nos vencimentos líquidos
(base de cálculo do valor da pensão): o 13º (décimo terceiro) salário, o terço
constitucional de férias e horas extras. Por outro lado, não estão incluídos:
participação nos lucros, auxílio-acidente, vale-alimentação, verbas rescisórias e
FGTS. Salienta-se, também, que não devem ser excluídos da base de cálculo
da pensão os valores que sejam descontados do salário do alimentante para
cobrir gastos que o mesmo assuma, tais como farmácia, supermercado,
empréstimos etc (tais valores devem ser considerados como parte integrante
dos "vencimentos líquidos" do réu, devendo os descontos dos alimentos incidir
também sobre as referidas quantias).No caso de desemprego ou trabalho
autônomo, fixo os alimentos provisórios no valor equivalente a 30% (TRINTA
POR CENTO) DO SALÁRIO MÍNIMO, devendo tais valores serem pagos todo
dia 10 de cada mês, através de depósito na conta corrente em nome da
genitora do menor.

Desta forma, paralelamente e com URGÊNCIA, determinar a substituição de tal


valor para o percentual de 20% sobre o salário mínimo, em razão do
desemprego do agravante, bem como na proporção de 10% sobre os
rendimentos líquidos, na conformidade das razões de fato e de direito aduzidas
em anexos, REQUERENDO AINDA O PRESENTE RECURSO SEJA
RECEBIDO NO EFEITO SUSPENSIVO E PROCESSADO NA FORMA DA
LEI, POSTULANDO, DESDE JÁ, PELA JUNTADA DAS RAZÕES EM
ANEXO;

Informa o agravante, que deixa de recolher as custas processuais, tendo em


vista o pedido preliminar de justiça gratuita, juntando para tanto, a declaração
de pobreza e documentos comprobatórios dos gastos com a pensão da outra

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DRA. ANDREIA MANSANI
Advogada
Avenida Industrial, 780 – Conj.805/806 – Bairro Jardim
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filha e as despesas com a atual família, a fazer prova da sua hipossuficiência


financeira.

Para fins de atendimento à determinação do artigo 1.016, inciso IV, do CPC, o


Agravante informa o nome completo e endereço dos patronos das partes:

• AGRAVANTE: ALEX CONCEIÇÃO SANTOS, representado por sua


advogada, Dra. Andreia Aparecida Mansani, inscrita na OAB/SP sob o nº
372.774, com endereço comercial à Av Avenida Industrial, 780 – Conj.805/806
– Bairro Jardim -Santo André – SP – CEP 09080-510.

• AGRAVADO: FELIPE RIBEIRO SANTOS, menor impúbere, neste ato


representado por sua genitora AMANDA SILVA RIBEIRO, representados por
sua advogada, VALDETE DE ANDRADE RAMOS, OAB/SP Nº. 402.564, com
escritório na Rua João Domingues de Oliveira, 64, sala 5 – Ribeirão Pires –
São Paulo – CEP 09430-450.

Para os efeitos do artigo 1.017, I do Novo Código de Processo Civil, anexa ao


presente Recurso de Agravo de Instrumento as peças obrigatórias, bem como
outras facultativas, que passa a minudenciar:

a) cópia da petição inicial;


b) cópia do instrumento de mandato outorgado aos procuradores constantes ––
nos autos;
c) cópia da petição que ensejou a decisão agravada;
d) cópia da decisão agravada;
e) cópia da certidão de intimação da decisão agravada.

Ante o exposto, apresenta as razões em anexo e requer a juntada das inclusas


peças necessárias à formação do instrumento requerendo seja o presente

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Agravo de Instrumento distribuído, admitido e processado, intimando-se o


Agravado a apresentar, caso queira, a sua Contraminuta no prazo legal, para
que, então, seja o presente recurso julgado no mérito, dando-se provimento ao
pleito do Agravante, para reformar a respeitável decisão interlocutória proferida
pelo Juízo “a quo”.

O Agravante requer ainda que todas as notificações e publicações no Diário


Oficial sejam expedidas e encaminhadas aos cuidados da advogada Andreia
Aparecida Mansani OAB/SP nº 372.774, com escritório descrito no cabeçalho
desta exordial.

Termos em que,
Pede Deferimento
São Paulo, 18 de Outubro de 2024.

Andreia Aparecida Mansani


OAB/SP nº 372.774

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MINUTA DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

ORIGEM: 1003076-18.2024.8.26.0505 EM TRÂMITE NA 1ª VARA DE


FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE RIBEIRÃO PIRES - SP.

AGRAVANTE: ALEX CONCEIÇÃO SANTOS

AGRAVADO: FELIPE RIBEIRO SANTOS, menor impúbere, neste ato


representado por sua genitora AMANDA SILVA RIBEIRO

EGRÉGIO TRIBUNAL

COLENDA CÂMARA

DIGNÍSSIMOS JULGADORES

I - PRELIMINARMENTE

- DA CONCESSÃO DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer na presente via recursal a concessão do benefício mencionado, pois o


Agravante é pessoa pobre na acepção do termo e não possui condições
financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios
sem prejuízo do próprio sustento, razão pela qual desde já requer o benefício

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da Gratuidade de Justiça, assegurados pela Lei nº 1060/50 e consoante o art.


98, caput, do novo CPC/2015.

Mister frisar, ainda, que, em conformidade com o art. 99, § 1º, do novo
CPC/2015, o pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado por petição
simples e durante o curso do processo, tendo em vista a possibilidade de se
requerer em qualquer tempo e grau de jurisdição os benefícios da justiça
gratuita, ante a alteração do status econômico.

Assim sendo, resta evidente que a concessão do benefício é medida


necessária e amparada pela Lei e Jurisprudência.

Desta forma, vem liminarmente requerer a concessão da justiça gratuita ao


agravante, eis que restou devidamente comprovado que este não reúne
condições financeiras para custear quaisquer despesas processuais e
recursais, sob pena de violação ao princípio da ampla defesa assegurado no
inciso LV do art. 5º da Constituição Federal de 1988.

Caso seja indeferido o presente pedido, requer seja concedido prazo para o
pagamento de custas e demais despesas processuais do agravo ora
interposto.

II - DA DECISÃO AGRAVADA

Consoante se denota nos autos, não há qualquer prova das despesas mensais
alegadas pelo agravado a ensejar a fixação dos alimentos no montante de 18%
(dezoito por cento) dos vencimentos líquidos do réu, bem como 30% do
salário mínimo em caso de desemprego, bem como o agravado sequer
informou nos autos os ganhos mensais do agravante.

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Veja que o agravado apenas lançou de forma aleatória e sem qualquer


comprovante nos autos da inicial, supostos gastos que induziram o MM. Juízo
a quo a erro para este fixar os alimentos provisórios em percentual que foge e
muito a realidade financeira do agravante, mormente considerando que já
presta alimentos ao mesmo em quantia que o mesmo consegue suportar, além
de já prestar alimentos a outra filha menor e possuir outra família, mais 02
filhos que residem consigo e não possuir outra renda, conforme razões a
seguir.

Senão vejamos a r. decisão recorrida equivocada:

Vistos.

1.Defiro os benefícios da gratuidade processual. Anote-se.

2. Assim, diante da informação que o réu possui outros filhos, defiro o


requerido pelos autores e fixo alimentos provisórios ao menor na proporção de
18% (dezoito por cento) dos vencimentos líquidos do réu, para o caso de
trabalho com vínculo empregatício. Estão incluídos nos vencimentos líquidos
(base de cálculo do valor da pensão): o 13º (décimo terceiro) salário, o terço
constitucional de férias e horas extras. Por outro lado, não estão incluídos:
participação nos lucros, auxílio-acidente, vale-alimentação, verbas rescisórias e
FGTS. Salienta-se, também, que não devem ser excluídos da base de cálculo
da pensão os valores que sejam descontados do salário do alimentante para
cobrir gastos que o mesmo assuma, tais como farmácia, supermercado,
empréstimos etc (tais valores devem ser considerados como parte integrante
dos "vencimentos líquidos" do réu, devendo os descontos dos alimentos incidir
também sobre as referidas quantias).No caso de desemprego ou trabalho
autônomo, fixo os alimentos provisórios no valor equivalente a 30% (TRINTA

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POR CENTO) DO SALÁRIO MÍNIMO, devendo tais valores serem pagos todo
dia 10 de cada mês, através de depósito na conta corrente em nome da
genitora do menor.

Oras Excelências, não há qualquer prova nos autos a ensejar a fixação dos
alimentos nesta proporção de forma provisória, nem das despesas do
agravado, sem nenhum documento comprobatório, ônus que lhe competia por
força do que dispõe o art. 373, I do CPC.

Embora as despesas do agravado sejam presumidas, a fixação dever observar


as condições financeiras da pessoa obrigada, nos termos do art. 1694, 1695 do
CC.

Contudo, a MM. Juíz ao fixar o percentual de 18% dos rendimentos líquidos do


agravante e 30% do salário mínimo vigente, enquanto desempregado, violou os
dispositivos acima citados.

Desta forma, não pode prevalecer tal decisão e merece reparo, para fixar o
percentual de 30% do salário mínimo, em caso de desemprego e de 18% dos
rendimentos líquidos quando trabalho com vínculo empregatício.

III - DA URGÊNCIA PARA ANÁLISE RECURSAL

Excelências, conforme denota-se da decisão recorrida, o juiz a quo fixou


alimentos provisórios em 30% do salário mínimo, em caso de desemprego e de
18% dos rendimentos líquidos quando trabalho com vínculo empregatício.

Àquele que, em ação de fixação de alimentos, pugna pela minoração da verba


alimentar provisoriamente fixada, cumpre demonstrar, presumidas as
necessidades, a impossibilidade de arcar com o pagamento da obrigação no

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quantum arbitrado, por força do art. 333, II, do Código de Processo Civil. Se
assim não atua, caso observado, no juízo a quo, o binômio necessidades-
possibilidades, impõe-se a manutenção do arbitrado na origem.

Diante o exposto, evidente a urgência de análise deste recurso, tendo em vista


que o Requerido não possui condições de adimplir com os alimentos
provisórios fixados em 18% dos seus rendimentos, pois além de ter outros
filhos menores que o agravado, não dispõe de recursos para pagamento na
percentagem fixada, requer que seja reformado a r. decisão e seja fixado em
10% dos seus rendimentos líquidos, requerendo-se, desde já, A SUSPENSÃO
DA DECISÃO ORA AGRAVADA, ATÉ DECISÃO DO PRESENTE RECURSO.

IV – DA NECESSIDADE DE SUSPENSÃO DA DECISÃO RETRO ATÉ


JULGAMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO E DA NECESSIDADE DE
CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA PARA MINORAR OS
ALIMENTOS PROVISÓRIOS FIXADOS.

Excelências, conforme mencionado, o Agravante não possui condições alguma


de suportar o pagamento dos alimentos provisórios fixados em 18% dos seus
rendimentos não tem a possibilidade de arcar com tamanha porcentagem.

Necessário frisar que o agravante não se exime a sua obrigação, até porque
sempre pagou alimentos ao agravado, conforme afirmado na exordial, porém,
requer que seja reformada a decisão para que fixe em 10% dos seus
rendimentos líquidos, pois este percentual está dentro das suas atuais
condições financeiras.

Não se sabe porque o Agravado acredita que o Agravante possui outras rendas
do qual se exige o valor. Veja que sequer provam nos autos tais alegações.

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Porém, o magistrado a quo, mesmo diante da míngua de provas, deferiu


alimentos provisórios de 18% dos seus rendimentos, sendo que o mesmo
possui mais outros 03 filhos e ainda paga a um deles OUTRA pensão
alimentícia.

Veja que a não suspensão dos alimentos provisórios fixados em 18% dos
rendimentos líquidos, causará prejuízos sérios ao Agravante, inclusive com
risco de prisão civil, o que deve ser evitado, pois o Agravante comprova, DE
TODAS AS MANEIRAS a sua impossibilidade de arcar com alimentos
provisórios tão alto!!!!

Assim sendo, requer seja suspensa a determinação de pagamentos


provisórios, proferida pelo juízo a quo, permitindo-se que o Agravante efetue o
pagamento provisório de 10% do salário mínimo, equivalente a R$150,00
(cento e cinquenta reais), sendo que é o valor que a sua renda comporta
suportar.

Caso os alimentos provisórios não sejam suspensos até decisão do presente


recurso, requer seja concedida tutela de urgência ao Agravante, uma vez que,
conforme fundamentos expostos mais abaixo, o mesmo não possui condição
ALGUMA de arcar com 18% dos seus rendimentos a título de pensão
alimentícia.

Veja que o risco de dano grave ou irreparável resta presente no caso, pois uma
vez não tendo condições de pagar 18% dos seus rendimentos, poderá o
Agravado requerer a execução dos alimentos provisórios, inclusive sob pena
de prisão civil, ou seja, o risco de ser preso por não conseguir arcar com os
alimentos provisórios existe e é iminente.

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Assim sendo, alternativamente ao pedido retro, requer seja concedida a tutela


de urgência para que sejam minorados os alimentos provisórios fixados,
devendo o mesmo corresponder a 10% DOS SEUS RENDIMENTOS
LÍQUIDOS ou em caso de desemprego ou trabalho informal de 20% sobre
o salário mínimo, em razão do desemprego do agravante, equivalente a
R$150,00 (CENTO E CINQUENTA REAIS) mensais.

V - DO MÉRITO

Trata-se de ação de fixação de alimentos para o menor Felipe, proposta pelo


agravado, onde o mesmo deseja fixar a título de alimentos quando o
REQUERIDO exercer trabalho com vínculo empregatício (situação atual),
requer a fixação da pensão alimentícia no percentual de 18% (dezoito por
cento) dos rendimentos líquidos e acessórios.

- Em situação de desemprego, requer a fixação da pensão alimentícia no


percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente.

- Em virtude da profissão do REQUERIDO, quando em situação de trabalho


autônomo a fixação de 35% (trinta e cinco por cento) do salário mínimo vigente.

O Agravante foi citado e intimado, sendo que chocou-se com os valores


alegados e requeridos, tendo em vista sua real situação econômica e, para não
ficar inadimplente com sua obrigação alimentar, que nunca negou-se pagar,
intimou-se da decisão, conforme procuração em anexo, no dia 05/10/2024.

Estando em prazo para apresentar sua contestação, recorre a respeitada


colenda para que seja a r. decisão interlocutória reformada, a fim de evitar uma
injusta execução de valores elevados dos quais não suportará o pagamento.

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Porém, tendo em vista que tais peças não conseguirão ser analisada pelo
magistrado a quo antes da 1ª prestação de alimentos provisórios fixados,
necessário se faz a propositura do presente agravo, com pedido de tutela de
urgência, requerendo-se que seja minorado os alimentos provisórios, pelas
razões e fundamentos expostos a seguir.

VI - DO DIREITO

No que concerne à presente ação de fixação de alimentos, insurge o Agravante


contra o valor fixado pelo magistrado a quo, na importância de trabalho com
vínculo empregatício (situação atual), no percentual de 18% (dezoito por cento)
dos rendimentos líquidos e acessórios, em situação de desemprego, o
percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, à ser
depositado em conta da genitora do Agravado, pois não tem condições de
suportar este valor, como será demonstrado neste recurso.

Com efeito, o Agravante constituiu outra família, possui mais 03 filhos, paga
alimentos a um deles, paga aluguel e no momento somente o mesmo labora
para sustento de todos, (conforme demonstra nos documentos acostados ao
presente recurso, o mesmo nunca se eximiu da sua obrigação, sempre prestou
alimentos ao mesmo, porém, presta pela observância da sua possibilidade de
prestar alimentos, sendo o porcentual provisório alto do qual não tem
condições de prover tal obrigação sem prejudicar a sua sobrevivência.

Pois tem de suportar suas despesas básicas, como aluguel, água e luz que já
reduzem percentual significativo do seu rendimento mensal.

Veja, que o Agravante, com luz, água e internet, alimentação, aluguel e


pensões já possui um gasto em média de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

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GASTOS VALORES
PENSÃO FELIPE 250,00
PENSÃO HELENA 250,00
CONTA DE ENERGIA 167,97
CONTA DE ÁGUA 348,32
INTERNET 168,09
ALUGUEL 1.600,00
ALIMENTAÇÃO 1.300,00
TOTAL 4.084,38

Frisa-se, que o Agravante NUNCA SE EXIMIU DA OBRIGAÇÃO, porém,


requer que seja conforme a sua possibilidade.

As principais despesas do Agravante são as mesmas previstas no texto


constitucional, no seu art. 7º, inciso IV, e definidas como “necessidades vitais
básicas” aquelas destinadas a atender despesas com alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”.

Contudo, reconhece a obrigação de prestar alimentos ao Agravante menor,


mas não tem condições de suportar o valor fixado provisoriamente, em 18%
dos seus rendimentos líquidos, pois este valor irá leva-lo a decadência, pois
sua esposa atualmente o ajuda com faxinas que faz esporadicamente e com
"bicos", sem contar todas as demais contas que possui e despesas com a sua
sobrevivência.

Neste sentido, conforme dispõe o artigo 1.695 do Código Civil, os alimentos


devem ser prestados "quando quem os pretende não tem bens suficientes,
nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento".

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DRA. ANDREIA MANSANI
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E assim já compreende o r. Tribunal de Justiça do Distrito Federal por exemplo:

TJ-DF - AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI


20130020300222 DF 0030976-
67.2013.8.07.0000 (TJ-DF) data de publicação:
25/04/2014. 2. Na hipótese vertente,
considerando as possibilidades financeiras do
alimentante/agravante, demonstradas neste
juízo de cognição sumária, afigura-se razoável
reduzir o valor dos alimentos provisórios, ao
menos até o julgamento da ação originária,
oportunidade em que será apreciada de forma
mais detalhada as reais possibilidades do
alimentante.

No presente caso a Agravada, mãe do menor e ex-companheira do Agravante,


trouxe aos autos apenas alegações de valores que seriam auferidos pelo
genitor, não apresentando qualquer comprovação de suas alegações.

Da mesma forma, se mostra sem razão o pedido do agravado, pois se alega na


inicial, que os gastos mensais do menor são altos, e quer a fixação dos
alimentos provisoriamente para a fixação da pensão alimentícia no percentual
de 35% (trinta e cinco por cento) do salário mínimo vigente; em situação de
desemprego, requer a fixação da pensão alimentícia no percentual de 30%
(trinta por cento) do salário mínimo vigente; quando se encontrar com vínculo
empregatício, requer a fixação no percentual de 18% (dezoito por cento) de
seus rendimentos líquidos, incidindo sobre: as férias, 1/3 das férias, 13º salário,
horas-extras, verbas rescisórias, adicional noturno, adicional de insalubridade,
adicional de periculosidade, e demais adicionais não eventuais, ou seja, todas
as verbas com caráter salarial e remuneratório.

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Outrossim, vale arguimos que o sustento dos filhos é responsabilidade de


ambos os genitores, deste modo não pode o Agravante suportar os alimentos
provisórios fixados em quantidade que o pai não suporte.

E também, sendo a Genitora ora Agravada pessoa capaz, certamente possui


condições de ajudar com o sustento do filho, de modo que os alimentos
provisórios não têm cabimento de serem mantidos em patamar tão elevado.

Por todo o exposto o Agravante requer desde logo a Redução dos Alimentos
Provisórios arbitrados, fixando-se o valor em 10% sobre os rendimentos
líquidos e 20% do salário mínimo em caso de desemprego e trabalho informal.

VII - DAS CUSTAS DO RECURSO

Salienta-se que o Agravante requereu o benefício da assistência judiciária


gratuita, estando preenchido mais este pressuposto. Caso a mesma não seja
concedida, deverá ser dado prazo para a juntada das custas do presente
recurso.

VIII - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Ante o exposto, REQUER a esta Colenda Câmara que se digne em acolher as


razões acima explanadas, CONHECENDO e PROVENDO o presente Recurso
de Agravo de Instrumento, para o justo fim de ser reformada a r. decisão
agravada, no sentido minorar os alimentos provisórios fixados, para que estes
sejam no valor de de 20% sobre o salário mínimo, em razão do desemprego do
agravante, bem como na proporção de 10% sobre os rendimentos líquidos,
pelas razões expostas acima.

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Requer antecipadamente a suspensão da decisão do juiz a quo de fls. 22/23


que fixou 18% dos rendimentos líquidos e 30% salário mínimo em caso de
desemprego, como pensão provisória, até que seja julgado o presente recurso,
ou, alternativamente, caso não seja este o entendimento de Vossas
Excelências, que seja concedida tutela de urgência para que os alimentos
provisórios sejam minorados para de 20% sobre o salário mínimo, em razão do
desemprego do agravante, bem como na proporção de 10% sobre os
rendimentos líquidos, tendo em vista o prazo para pagamento da primeira
parcela vence dia 10/11/2024 e não ter o Agravante condições de arcar com o
valor proferido, correndo o risco de, em não cumprindo com os alimentos, ser
executado sob pena de prisão civil pelos agravados.

A teor do artigo 1.017 da Nova Lei Processual Civil, requer a juntada dos
documentos essenciais e dos demais, necessários para instruir o presente
recurso, tendo em vista que, conforme movimentação processual, não houve a
juntada da contestação e documentos até o presente momento.

Conforme previsão expressa no artigo 425, IV, do Novo Código de Processo


Civil, este procurador declara que as cópias do processo, anexas ao presente
recurso, são autênticas e conferem com as vias originais.

É o que confia poder esperar deste Proficiente Colegiado, em mais uma lição
de DIREITO e realização da JUSTIÇA!
Termos em que,
Pede Deferimento
São Paulo, 18 de Outubro de 2024

DRA. ANDREIA MANSANI


OAB/SP 372.774

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