1
PLAQUECÊDIA
TEXTO E TEXTUALIDADE
LIC. EM ENSINO DE PORTUGUÊS
3.º ANO – PÓS-LABORAL
UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DE MAPUTO
MAPUTO
2024
2
Plaquecêdia
Texto e Textualidade
Lic. em Ensino de Português
3.º Ano – Pós-Laboral
Trabalho individual da cadeira de SSPP-II, intitulado
«Texto e Textualidade», do curso de Lic. em Ensino
de Português, orientado e a ser entregue ao:
Prof. Dr. Carlos Mutondo
Universidade Pedagógica De Maputo
Maputo
2024
4
Índice
Conteúdos Págs.
Introdução ......................................................................................................................... 5
1. Texto ........................................................................................................................... 6
1.1. Conceitos e definição do termo «Texto» ........................................................... 6
1.2. Texto e contexto .................................................................................................. 7
1.3. Texto verbal e texto não-verbal......................................................................... 9
1.4. Características do texto ..................................................................................... 9
2. Textualidade ............................................................................................................. 10
2.1. Coerência textual .............................................................................................. 10
2.2. Coesão textual ................................................................................................... 11
2.3. Intencionalidade ............................................................................................... 12
2.4. Aceitabilidade ................................................................................................... 12
2.5. Informatividade ................................................................................................ 13
Considerações finais........................................................................................................ 14
Referências bibliográficas .............................................................................................. 15
5
Introdução
Um dos grandes problemas enfrentados pelos professores de Língua Portuguesa diz
respeito à enorme dificuldade dos educandos em produzirem textos, tanto na modalidade
oral, quanto na escrita. Os orais, eles produzem naturalmente na informalidade das
conversas descontraídas com os colegas. Porém, quando o professor solicite que falem
formalmente sobre um determinado assunto são poucos os que conseguem falar
sequencialmente alguma coisa. Em relação aos escritos, a maioria dos alunos não possui
muita habilidade e, além das falhas ortográficas, de concordância nominal e verbal e dos
problemas da pontuação, as produções textuais apresentam inadequações quanto à
coerência.
Ademais, nos últimos anos, linguistas e outros estudiosos da língua, como por exemplo,
Antunes (2009), vêm reforçando as suas críticas com relação ao ensino tradicional da
gramática, que ainda acontece de forma arcaica, com exemplos artificiais, criados pelo
professor, de maneira descontextualizada, sem estabelecer sentido algum com a realidade
do corriqueira do educando. Ora, significa que se deve priorizar, assim, a prática de leitura
e produção oral e escrita dos mais variados textos, de uso corrente na sociedade, de forma
a ampliar a capacidade comunicativa dos aprendizes.
Dentro dessa tendência, alguns conceitos são de grande relevância, como o de texto e
aqueles relacionados aos factores de textualidade. A produção de textos e a prática da
leitura também são frisadas, tendo em vista a sua importância para a ampliação da
capacidade comunicativa dos educandos e do seu nível de compreensão dos variados
géneros textuais (orais e escritos) que circulam no contexto social.
É neste contexto que se nos propõe discorrer sobre «Texto e textualidade». O nosso
intento é que se seja capaz de (i) reconhecer-se o texto como uma unidade linguística
dotada de significado e que se presta a uma função comunicativa, (ii) citar os factores de
textualidade e (iii) apresentar-se alguns aspectos relevantes sobre a produção textual e a
prática da leitura.
6
Assim, para a produção deste trabalho várias obras foram consultadas, a citar: Cavalcante
(2011), Koch e Elias (2010), Marcuschi (2008), Antunes (2009) e Xavier (2011), dentre
outros, constituem uma boa fundamentação teórica para especialistas, professores de
Português e demais estudiosos da língua, interessados em um ensino mais prático e
dinâmico dentro das concepções linguísticas mais recentes.
1. Texto
1.1. Conceitos e definição do termo «Texto»
Vivemos em sociedade e, por isso mesmo, estamos sempre nos comunicando com as outras
pessoas e, nesse processo de interacção, utilizamos a língua para transmitir os nossos
pensamentos e ideias, para dar informações, expressar sentimentos, etc. Por meio da
linguagem oral ou escrita, estamos sempre a utilizar textos, de forma a que diferentes
sujeitos realizem seus discursos, de acordo com a sua ideologia e intencionalidade. Assim,
a nossa prática comunicativa realiza-se através de textos, o que significa que todos os
conhecimentos culturais adquiridos no meio social, além dos saberes linguísticos, são
essenciais para o processo de compreensão e produção textuais.
Etimologicamente, o termo “texto” é derivado do étimo
latino textus, que produz a significação de “tecido”, é
usado para referir «algo que pode ser lido para fazer
sentido». Desta forma, teoricamente, «o mundo é um
texto social» (CEIA, 2010).
Figura 3: tecido (significação original
do termo texto)
Assim, segundo Cavalcante (2011), entende-se por texto «qualquer unidade de linguagem
dotada de sentidos, que realiza uma função comunicativa destinada a certo grupo de
pessoas, levando-se em consideração as especificações de uso, a época e os aspectos
culturais dos envolvidos no processo de enunciação». Jota (1981: 324) acrescenta que texto
7
é «qualquer tipo de enunciado analisável, seja um simples monossílabo, seja todo o
material linguístico de uma comunidade».
Observe-se que ao escrever o conceito de texto, o Jota (1981) cita o nome de Louis
Hjelmslev, que foi um linguista dinamarquês, para quem o texto significava «qualquer
enunciado, mesmo que formado por apenas um monossílabo, contanto que dotado de
significação», como por exemplo, «Ai!», «Oi!», passível de análise.
O Dicionário de Termos Literários de Carlos ceia (2010) é exaustivo com relação à
analogia do termo texto com outras, conforme refere: «Segundo Greimas e Courtés, em
seu Dicionário de semiótica, texto e discurso equivalem-se, podendo, por conseguinte, “ser
empregados indiferentemente para designar o eixo sintagmático das semióticas não-
linguísticas: um ritual, um balé podem ser considerados como textos ou como discursos»
(CEIA, 2010 apud GREIMAS & COURTÉS, 2002: 460).
Outra analogia pode-se também fazer entre texto e fala (parole), no jargão saussureano, se
se concebe o texto como actualização do sistema específico da língua (ou langue, segundo
Saussure) (CEIA, 2010).
1.2. Texto e contexto
A despeito disso, Cavalcante (2011) menciona o facto de que a Linguística Textual já
defendeu várias concepções de texto, das quais cita as três básicas que são: (1) o Artefato
lógico do pensamento, porquanto concebia o texto como um simples artefato lógico do
pensamento do seu autor; (2) a Decodificação das ideias, na qual o texto é considerado
um produto em que há um emissor que codifica a ideia e um receptor que a decodifica,
sendo necessário apenas o domínio do código linguístico para a compreensão da
mensagem; e (3) o Processo de interacção, que é a concepção actualmente aceite, pois se
entende o texto como um evento da interacção social, uma vez que considera o contexto
socio-comunicativo, histórico e cultural dos sujeitos no processo de construção dos
sentidos.
8
Na realidade, é na interacção entre o locutor e o locutário (interlocutores), dentro de um
determinado contexto e, logicamente, levando-se em consideração os elementos
linguísticos, que estão os sentidos de um texto. O contexto é, assim, nada mais do que
«tudo o que leva à construção desses sentidos» (NASCIMENTO, 2014). E, durante o acto
interactivo, o sujeito é um agente importante e todos os conhecimentos por ele adquiridos
ao longo da vida são essenciais para a compreensão textual, conforme realça Koch e Elias
(2010), «os sentidos do texto não estão em si próprio e, por isso, devem ser construídos
utilizando-se os elementos textuais fornecidos pelo autor, juntamente com os
conhecimentos do leitor, durante a actividade da leitura».
Para muitas pessoas, produzir um texto não é tarefa fácil (e de facto não é). E lê-lo não se
restringe à descodificação dos seus sinais gráficos, pois envolve algo mais dinâmico,
profundo e complexo – compreensão.
Os processos que envolvem o acto de compreender o texto e obter os seus sentidos
dependem dos tipos de conhecimentos que foram adquiridos pelo leitor ao longo de sua
vida. Assim, podemos citar o conhecimento linguístico – que envolve tudo o que se sabe
sobre a língua, como as regras morfológicas e sintáticas, o uso do léxico, etc.; o
conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo – que é constituído por todos os
saberes adquiridos, formal ou informalmente, durante a vida do leitor e armazenados em
sua memória; e o conhecimento interacional – que consiste na mobilização dos saberes
relacionados às formas de interacção para podermos interagir por meio da linguagem, o
que nos possibilita realizar certas formas de comunicação.
Portanto, é necessário que o texto esteja inserido na cultura dos leitores/ouvintes e seja
escrito na língua que eles dominem para que produza os sentidos desejados, os efeitos
desejados pelo escritor/falante, tal qual frisa Marcischi: «O domínio da língua é também
uma condição da textualidade.» (MARCUSCHI, 2008: 90).
9
1.3. Texto verbal e texto não-verbal
No séc. XVIII, quando surgiu o cinema, os filmes eram mudos, isto é, não possuíam
diálogos falados devido à inexistência de tecnologias que permitissem tal feito, sendo estes
substituídos por músicas ou rudimentares efeitos sonoros durante a exibição.
Portanto, observa-se, a priori, a essência dos textos não-verbais – transmissão de
mensagem sem o uso da palavra. Exemplos: placas de trânsito, fotografias, quadros, apitos
do guarda, gesto do dedo indicador na frente dos lábios (silêncio). Observe-se:
Figura 1: Proibição de uso de aparelho sonoro Figura: Permissões e proibições de passagem
Assim, subtende-se, que o texto verbal é aquele cuja mensagem é transmitida por meio de
palavras. Exemplos: crônicas, relatórios, palestras, receitas e manuais de instrução,
diálogos de amigos numa chamada telefónica, etc.
1.4. Características do texto
Já se tinha tido que os textos, orais ou escritos, são unidades de linguagem de qualquer
extensão, dotada de unidade sócio-comunicativa, semântica e formal. Assim, Costa (1991)
refere que, em linhas gerais, só se está diante do texto quando essa unidade responda aos
três aspectos:
a) o pragmático, que tem a ver com o seu funcionamento enquanto atuação
informacional e comunicativa;
b) o semântico-conceitual, de que depende sua coerência;
c) o formal, que diz respeito à sua coesão.
10
2. Textualidade
Recordemo-nos a frase de MARCUSCHI (2008: 90): «O domínio da língua é também
uma condição da textualidade.», uma óptima frase para introduzirmos a ideia de que há
condições para que, de facto, os textos sejam realmente textos e não apenas amontoados
de palavras – textualidade.
De acordo com Nascimento (2012) citado por Beaugrande e Dressler (1983), aponta-se
sete factores responsáveis pela textualidade de qualquer que seja o discurso, a citar: a
coerência e a coesão (a conectividade), a intencionalidade, a informatividade, a
aceitabilidade, a situacionalidade, a informatividade e a intertextualidade.
2.1. Coerência textual
A coerência textual o factor relacionado aos sentidos do texto. É importante para o seu
entendimento, para a sua compreensão. Quando um texto é produzido, o seu autor tem em
mente o (s) possível (is) destinatário (s) e, é claro, deseja ser compreendido por ele (s).
“Todo texto tem, portanto, a sua coerência”. (CAVALCANTE, 2011: 28).
Para alcançar-se a compreensão textual, deve levar-se em consideração alguns aspectos
como o pragmático, o semântico-conceitual e o formal (como já dito).
A coerência não pode ser visualizada, sublinhado ou apontado no texto. É algo abstracto,
subjectivo, que o leitor capta com base em um conjunto de elementos a partir do co-texto1
e levando-se em consideração o contexto, a situação comunicativa, os seus conhecimentos
sócio-cognitivos e interaccionais, além do material linguístico.
Contudo, existem alguns textos que apresentam algumas inadequações com relação à
coerência. Para detectá-las, o professor de Língua Portuguesa, em uma de suas muitas
atribuições que é a correcção textual, deve estar atento às chamadas metarregras2.
________________
1
Co-texto – superfície de um texto.
2
Metarregras – são ferramentas que auxiliam na análise e avaliação das falhas na coerência de um texto
(CAVALCANTE, 2011).
11
Assim, de acordo com Nascimento (2012), são as metarregras as seguintes: a continuidade,
a progressão, a não contradição, a articulação.
(i) A continuidade – é a retoma das ideias que acontecem no decorrer de um texto,
isto é, o conjunto de elementos constantes, repetidos de forma que não
interfiram na elegância textual (estado agradável de ler o texto, tanto no que se
refere ao seu conteúdo, quanto à sua forma) nem canse o leitor, que
proporcionam a determinação do texto como um todo único;
(ii) A progressão – essa metarregra consiste no acréscimo de informações novas
aos elementos que foram retomados no texto, fazendo com que o seu sentido
progrida, evolua;
(iii) A não contradição – relaciona-se ao sentido do texto, de forma a que aquilo
que está sendo mencionado nele não se possa contradizer;
(iv) A articulação – é o modo como aquilo que está sendo dito no texto se relaciona
entre si, havendo, às vezes, a necessidade da utilização de conectores
adequados.
2.2. Coesão textual
Denomina-se coesão textual ao «sistema formado por elementos linguísticos dispostos na
superfície do texto, com o objectivo de estabelecer uma ligação entre as palavras, frases e
períodos, contribuindo, assim, para a organização dos seus parágrafos e para a
compreensão do leitor (na modalidade escrita) ou ouvinte (na modalidade oral)»
(NASCIMENTO, 2012: 35).
Koch (1994) divide a coesão em duas grandes modalidades: a coesão referencial e a
coesão sequencial. Assim se expressa a autora:
Chamo, pois, de coesão referencial aquela em que um componente da
superfície do texto faz remissão a outro (s) elemento(s) do universo
textual. Ao primeiro, denomino forma referencial ou remissiva e ao
segundo, elemento de referência ou referente textual.
A coesão sequencial diz respeito aos procedimentos linguísticos por meio
dos quais se estabelecem, entre segmentos do texto (enunciados, partes de
enunciados, parágrafos e mesmo sequências textuais), diversos tipos de
12
relações semânticas e/ou pragmáticas, à medida que se faz o texto
progredir. (KOCH, 1994, p. 49).
Para Koch (1994), portanto, a coesão referencial é aquela em que um determinado elemento
do texto refere a outro do mesmo texto. O primeiro elemento chama-se referencial e o
segundo, referente textual. Já a coesão sequencial é aquela que se refere às questões
linguísticas que estão dispostas em uma determinada sequência no interior do texto, entre
as quais são estabelecidas as relações semânticas e também as pragmáticas.
Em outras palavras, a coesão referencial é aquela que se realiza por meio de aspectos
semânticos, enquanto que a sequencial se realiza por meio de elementos conectores.
2.3. Intencionalidade
A intencionalidade é a intenção do autor do texto oral ou escrito de produzir uma
manifestação linguística com coesão e coerência, com a finalidade de alcançar algum
objectivo. O leitor/ouvinte deve compreender o objectivo do acto de fala do emissor, do
enunciado ou do texto produzido. E isso acontece com base na intencionalidade, que é o
factor de textualidade relacionado à pretensão do produtor do texto, o que ele realmente
deseja que o leitor/ouvinte faça, realize.
Ao produzir um texto oral ou escrito, o autor tem uma finalidade, possui certas intenções
que devem ser identificadas, compreendidas. E isso é importante para o processo da
textualização. Além dele, o leitor/ouvinte também tem suas intenções. Principalmente no
que diz respeito à produção escrita, existe certa intenção no ato de ler. Segundo Marcuschi
(2008: 127), «é difícil identificar a intencionalidade porque não se sabe ao certo o que
observar. Também não se sabe se ela se deve ao autor ou ao leitor, pois ambos têm
intenções.»
2.4. Aceitabilidade
A aceitabilidade é o factor de textualidade relacionado à recepção do texto pelo
leitor/ouvinte, considerando-o como uma configuração aceitável, coerente e coesa, isto é,
carregada de significado e, portanto, compreensível.
13
Para a Linguística Textual, a aceitabilidade não se limita ao plano das formas, pois se
estende, de maneira mais ampla, ao plano do sentido. Isso significa que um texto, mesmo
apresentando falhas gramaticais, pode ser aceitável desde que tenha sentido. A
aceitabilidade refere-se, portanto, ao facto do leitor/ouvinte aceitar as intenções pretendidas
pelo produtor do texto oral ou escrito.
2.5. Informatividade
Esse factor de textualidade refere-se às informações transmitidas pelo texto. Quando
um texto apresenta coerência, logicamente possui conteúdos. Portanto, o leitor/ouvinte
deve ser capaz de perceber a mensagem transmitida pelo texto, captar as suas informações.
Segundo Marcuschi (2008: 132):
O certo é que ninguém produz textos para não dizer absolutamente nada.
Contudo, não se pode confundir informação com conteúdo e sentido. A
informação é um tipo de conteúdo apresentado ao leitor/ouvinte, mas não
é algo óbvio. Perguntar pelos conteúdos de um texto não é o mesmo que
perguntar pelas informações por ele trazidas.
O que o autor pretende transmitir é que todo o texto comunica algo e, portanto, o
leitor/ouvinte não deve confundir informação com conteúdo e sentido, pois apresentam
conceitos distintos. Se alguém perguntar a um leitor pelo conteúdo do texto que acabou de
ler, por exemplo, não significa que esteja a perguntar pelas informações nele contidas.
Para tornar essa afirmação mais clara, o texto pode estar falando sobre a violência na cidade
de Maputo (conteúdo) e trazer uma série de informações bastante abrangentes sobre o
assunto, inclusive dados estatísticos que comprovem o que o autor afirmou, e até omitir
certas informações consideradas não relevantes. Outro texto pode falar sobre o mesmo
conteúdo, porém trazer informações diferentes. Isso demonstra que conteúdo e informação
não são a mesma coisa. Já os sentidos do texto vão sendo construídos pelo leitor no ato da
leitura e, logicamente, pelo ouvinte no caso específico do texto oral.
14
Considerações finais
Ao longo deste trabalho, buscamos aprofundar a compreensão dos conceitos de texto e
textualidade, evidenciando sua relevância para o ensino de Língua Portuguesa. A partir da
análise teórica, constatámos que a textualidade é um fenómeno complexo e multifacetado,
que envolve não apenas aspectos linguísticos, mas também sócio-culturais e cognitivos.
A compreensão da textualidade é fundamental para o desenvolvimento de habilidades de
leitura e escrita eficazes. Ao dominar os conceitos de coerência, coesão, intencionalidade
e outros factores de textualidade, os alunos podem produzir textos mais claros, coesos e
coerentes, além de interpretar textos com maior profundidade e criticidade.
No entanto, este trabalho apresenta algumas limitações. A abordagem teórica, embora
importante, não permite uma análise aprofundada da textualidade em contextos de sala de
aula, dado a natureza da disciplina (SSPP-II, não DP). Sugere-se, para futuras pesquisas,
investigar como os conceitos de textualidade podem ser aplicados em práticas pedagógicas
inovadoras e como eles podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades
linguísticas específicas.
Acreditamos que a compreensão da textualidade seja essencial para a formação de cidadãos
críticos e capazes de se comunicar de forma eficaz em diferentes situações. Ao investir no
ensino da língua portuguesa e na promoção da leitura e da escrita, contribuímos para a
construção de uma sociedade mais justa e democrática.
15
Referências bibliográficas
CAVALCANTE, Mônica M. Os sentidos do texto. 1ª ed., Contexto Editora, São Paulo,
2011.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 7ª ed., Contexto Editora, São Paulo, 1994.
________; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. 3ª ed., Contexto
Editora, 2010.
MARCUSCHI, Luiz António. Produção textual, análise de géneros e compreensão. 1ª
ed., Parábola editorial, São Paulo, 2008.
NASCIMENTO, Carlos Valmir do. Prática de leitura e produção textual: uma
abordagem dinâmica. (Trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Língua
Portuguesa). Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2004.