Prod 001416 Sysno 1423608
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Cartografia Geotécnica
e Geoambiental
Conhecimento do Meio Físico: Base para a SustentabiUdade
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Pejon, O. J.
Zuquette, L. V.
Editores
5' Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica e Geoambiental
16 a 18 de novembro de 2004 São Carlos/SP
Editores
Osni José Pejon
Lázaro Valentin Zuquette
Escola de Engenharia de São Carlos
Universidade de São Paulo
Organização
Patrocínio
:PJFINEP ftCNPq
C4n .. lh9 N~l d. O.unvotl'ttTW~Io
f»tAHCIAOORA DE BIOOOS [ ,iOJUOS
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J.IHSIIIIO DA CÍHC\4 E nCNOI.OClA C A P E S
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Serviço Geológico do Brasil
rPOEU I UFSCat
Imagem da Capa: Modelo Numérico do Terreno- Caraguatatuba-SP (Prof. Dr. Oswaldo Augusto Filho-EESCIUSP)
5 Simpásio Brasileiro de Cartogrofhi GcotécnÍcii c Gcomnbicntal 16a IS/IIOTIM-SaoCarios/SP
Canil.K. ./ J . ; : '.
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Macedo, E.S.
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Gramani, M.F.
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Almeida Filho, G. S.
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Yoshikawa, N.K.
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Mirandola, F. A.
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Vieira, B.C
Universidade Estadual Paulista, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Baida, L.M.A.
Geóloga Autónoma, São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil, lilianbaidaOl @hotmail.com
Augusto Pilho, O.
Universidade São Paulo, São Carlos, São Paulo, Brasil, [email protected]
Shinohara, E.J.
Universidade São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Abstract: This papei- presents the results of landslides risk mapping in hillslopes and in the banks
river erosion in the 96 slums of the south and part of west áreas of São Paulo municipality. To show
the method adopted for risk mapping áreas, is was chosen one of lhe slums called Real Parque
located in Butantã quarter.
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• a contagem das edificações foi realizada selares foram cadastrados em grau muito alto de graus de risco: muito alto (7%), alto (10%), médio
l. INTRODUÇÃO risco, 27% em grau alto, 32% em grau médio e 25% (37%) e baixo (46%), sendo sugeridas apenas 48
principalmente com base nas fotos de
helicóptero e vertical, considerando como em grau baixo. Foram contadas cerca de 28.300 remoções imediatas.
edificação as áreas construídas contíguas moradias, situadas em setores com os seguintes
Este artigo apresenta os resultados do
mapeamento de riscos associados a sendo, portanto, aproximadas. Essa observação
escorregamentos em áreas de encostas e a vale principalmente nas áreas caracterizadas
solapamentos de margens de córregos em 96 como de graus de probabilidades média e
favelas das zonas sul (Subprefeitura do Campo baixa.
Limpo, M'Boi Mirim, Capela do Socorro, Tabela l - Síntese das áreas de risco mapeadas,
Parelheiros, Cidade Ademar) e parte da oeste Dessa forma, a seguir apresentam-se os resultados
(Subprefeitura do Butantã) do Município de São do mapeamento realizado, com o resumo da situação
Paulo, que foi realizado pela equipe técnica do das áreas, bem como um exemplo de área mapeada, Sub-Prefeituras
Agrupamento de Geologia Aplicada ao Meio conforme método adotado, por meio da ficha geral,
Ambiente, do Instituto de Pesquisas do Estado de das respectivas fichas dos setores mapeados, Butanla Capela do Campo M'Boi Parelheiros Cidade
São Paulo - IPT. Esse trabalho teve como incluindo fotografias aéreas, oblíquas e de campo. Socorro Limpo Ademar
objetivo a caracterização das áreas de risco com
indicação de medidas corretivas, subsidiando o
Programa de Gerenciamento de Riscos da
? Favelas 11 33 15 17 8 12
Prefeitura do Município de São Paulo.
? Setores 34 92 54 63 16 43
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Escorregamento 28 77 39 61 16 36
Processos
O mapeamento das áreas de risco, realizado em Solapamento de
seis regiões do município de São Paulo (Figura l), 5 15 15 2 7
Margens
está baseado no método e procedimento técnico
explicitado em artigo (CERRI et al. 2004)
MA 6 13 18 6 l 6
apresentado nesse 5" Simpósio de Cartografia
Geotécnica, além das considerações explicitadas
em Carvalho e Hachich (1997), Carvalho (2000), A 2 26 7 23 7 14
Graus de
Macedo (2001) e Nogueira (2002). tUBWBHJRADOBUTUfT* Risco
ï—-j tÜBPREFHIWA 00 CAMPO UNPO M 15 33 15 19 5 9
Com base nessas premissas, as etapas de trabalho [\\\\ lUWRffBIUUBACAfaAOOIOCOdRO
para o mapeamento das áreas consistiram em: nwRCfBruu D* CTMW Aoaun B II 20 14 15 3 14
P-rl tWfWBtlJRADOMBOtl
• elaboração de fotos oblíquas de baixa
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altitude, a partir de sobrevoo de helicóptero;
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SUB PREFEITURA DO BUTANTÃ ÁREA ?: 10 (R EAL PARQUE)
Equipe:
Data: 11/03/03
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Localização da Área: Ruas Conde de Itaguai (porção superior) e Paulo BorrouÍ (porção inferior).
Coordenadas: UTM 326.359 m Este; 7.388.087 m Norte.
Caracterização Geológica:
MÍgmatÍto estromatitico com paleossoma xistoso e ocorrência restrita de Terciário.
Caracterização Geomorfológica;
V.^'ÏiSSsi'aS,cïs'.f'ïi
Grau de ? de moradias
Setor n° Alternativa de intervenção
probabilidade ameaçadas
Foto l - Vista geral da área da favela Real Parque com a setorizaçâo de risco e a identificação dos principais
Remoção das moradias ameaçadas na crista e base acessos à iirea. (recorte da Foto Aérea 0036/Faixa017, escala 1:6.000 da PMSP/RESOLO).
do talude e execução de obras de drenagem e
R4- MUITO proteçâo superficial na encosta e/ou obras de
1 ALTO
25
terraplenagem de médio porte no talude de corte e
eventual reocupação da área mantendo uma faixa não
edificante na base e crista do talude.
Figura 2 - Modelo da ficha geral de campo utilizada no mapeamento das íireas de risco.
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pode ser observado a partir das Figuras 2, 3, 4 e 5
e das Fotos l, 2, 3 e 4
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Equipe:
Data: 11/03/03
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Localização da Área: Ruas Conde de Itaguai (porção superior) e Paulo BorrouÍ (porção inferior).
Coordenadas: UTM 326.359 m Este; 7.388.087 m Norte.
Caracterização Geológica:
MÍgmatÍto estromatitico com paleossoma xistoso e ocorrência restrita de Terciário.
Caracterização Geomorfológica;
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Grau de ? de moradias
Setor n° Alternativa de intervenção
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Foto l - Vista geral da área da favela Real Parque com a setorizaçâo de risco e a identificação dos principais
Remoção das moradias ameaçadas na crista e base acessos à iirea. (recorte da Foto Aérea 0036/Faixa017, escala 1:6.000 da PMSP/RESOLO).
do talude e execução de obras de drenagem e
R4- MUITO proteçâo superficial na encosta e/ou obras de
1 ALTO
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terraplenagem de médio porte no talude de corte e
eventual reocupação da área mantendo uma faixa não
edificante na base e crista do talude.
Figura 2 - Modelo da ficha geral de campo utilizada no mapeamento das íireas de risco.
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Foto 2 - Apresentação do setor l, a partir de fotografia de chão, com limite da área analisada. A respectiva ficha deste setor está ilustrada na Figura 3.
anteriormente apresentada.
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Foto 2 - Apresentação do setor l, a partir de fotografia de chão, com limite da área analisada. A respectiva ficha deste setor está ilustrada na Figura 3.
anteriormente apresentada.
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MAPBAMENTO DE RISCO
O Margem de Córrego
SUB PREFEITURA DO BUTANTÃ ÁREA N»: 10 (REAL PARQUE) SETOR 2
Equipe:
Data: 11/03/03
Alta potencialidade para deflagraçâo de processos erosivos lineares associados ao sistema de Foto 3 - Apresentação do setor 2, a partir de fotografia de helicóptero, com limite da área analisada
drenagem pluvial deficitàrio podendo afetar localmente as edificações. e descrição do setor.
Serviços de limpeza, obras de drenagem e proteçâo superficial nos taludes de corte e nos aterros
ineihorarão as condições gerais de estabilidade do setor.
A porção do Setor 2 junto a R. Conde de Itaguai (limite superior da área analisada) já sofreu
escorregamento, tendo sido realizada obra de contenção no local. Recomenda-se a verificação
periódica das condições dessa obra, pois existem edificações que seriam afetadas numa eventual
instabilizaçâo da mesma.
Figura 4 - Ficha do setor 2 da Favela Real Parque contendo o diagnóstico do setor, descrição do
processo de instabilizaçao identificado, observações relevantes sobre a área e a definição do grau de
probabilidade para o setor.
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MAPBAMENTO DE RISCO
O Margem de Córrego
SUB PREFEITURA DO BUTANTÃ ÁREA N»: 10 (REAL PARQUE) SETOR 2
Equipe:
Data: 11/03/03
Alta potencialidade para deflagraçâo de processos erosivos lineares associados ao sistema de Foto 3 - Apresentação do setor 2, a partir de fotografia de helicóptero, com limite da área analisada
drenagem pluvial deficitàrio podendo afetar localmente as edificações. e descrição do setor.
Serviços de limpeza, obras de drenagem e proteçâo superficial nos taludes de corte e nos aterros
ineihorarão as condições gerais de estabilidade do setor.
A porção do Setor 2 junto a R. Conde de Itaguai (limite superior da área analisada) já sofreu
escorregamento, tendo sido realizada obra de contenção no local. Recomenda-se a verificação
periódica das condições dessa obra, pois existem edificações que seriam afetadas numa eventual
instabilizaçâo da mesma.
Figura 4 - Ficha do setor 2 da Favela Real Parque contendo o diagnóstico do setor, descrição do
processo de instabilizaçao identificado, observações relevantes sobre a área e a definição do grau de
probabilidade para o setor.
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MAPEAMENTO DE RISCO
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àff Ficha cie Campo: X Encosta
D Margem de Córrego
^ -'^ Equipe: Oswaldo Augusto Filho. Bianca C. Vieira. Fabticio Miranctola (IPT).
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'sty:-^,".';'. ï. r ^^^re1* . ^Bf-&^ Sem evidências de processos de instabilizaçâo.
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Desorganização dos sistemas de drenagem pluvial e águas servidas.
Ausência de vegetação.
Figura 5 - Ficha do setor 3 da Favela Real Parque contendo o diagnóstico do setor, descrição do
processo de instabilizaçâo identificado, observações relevantes sobre a área e a definição do grau de
probabilidade para o setor.
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Desorganização dos sistemas de drenagem pluvial e águas servidas.
Ausência de vegetação.
Figura 5 - Ficha do setor 3 da Favela Real Parque contendo o diagnóstico do setor, descrição do
processo de instabilizaçâo identificado, observações relevantes sobre a área e a definição do grau de
probabilidade para o setor.
ambientais associados a escorregamentos em
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
áreas de ocupação subnormal. Tese de Doutorado,
Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
O mapeamento reali zado para as subprefeituras
elo Butantã, Campo Limpo, M'Boi Mirim, Capela Universidade Estadua l Paulista - Unesp, Rio
do Socorro, Parelheiros e Cidade Adernar foi C laro, 253 p.
fundamentado numa metodologia de wneamento
de áreas de risco e não em cadastro pontual de MACEDO, E. S. (2001) Elaboração de cadastro
moradias em situação de risco. de risco iminente relacionado a escorregamentos:
avali ação cons iderando experiência profissional,
Esse zoneamento possibilitará uma avaliação formação acadêmica e subjetividade. Tese de
das áreas, com objetivo de estabelecer soluções
Doutorado, Instituto de Geociências e Ciências
imediatas, de médio e longo prazo para as favelas
Exatas, Universidade Estadual Paulista - Unesp,
em situações mais críticas.
Rio Claro, 276 p.
Destaca-se também que, durante os trabalhos
de campo, observou-se que grande parte das
situações de risco é provocada por intervenções
antrópicas (cortes em altas declividades do
terreno) e ausência de infra-estrutura (obras de
drenagem e saneamento básico). A concentração
das águas plu viais e o vazamento em tubulações
constituem os principais fatores desencadeadores
dos processos.
6. REFERÊNCIAS
204