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Como Fazer o Tratamento Da Labirintite

Tontura

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BVS Atenção Primária em Saúde

Traduzindo o conhecimento científico para a prática do cuidado à saúde

Home / SEGUNDA OPINIÃO FORMATIVA – SOF

Apoio ao Tratamento

Como fazer o tratamento da


labirintite na APS?
Núcleo de Telessaúde Santa Catarina | 6 janeiro 2016 | ID: sofs-21895

Solicitante: Médico
CIAP2: H29 Outros sinais / sintomas ouvido, H82 Síndromes vertiginosas, N17
Vertigens/tonturas
DeCS/MeSH: Labirintite
Graus da Evidência: D - Opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em
consensos/estudos fisiológicos/modelos animais

O tratamento da labirintite depende da etiologia. Assim, para ter êxito no


tratamento, é fundamental o diagnóstico correto da vertigem e, em
particular, do reconhecimento da causa subjacente. A terapêutica está
embasada no tratamento da causa, no uso de sintomáticos e na
reabilitação vestibular.

Em pacientes com quadros agudos, pode-se orientar repouso,


especialmente nos idosos, a fim de evitar quedas. Nos quadros
acompanhados de vômitos, pode-se orientar uma alimentação leve,
conforme a tolerância do paciente.¹

A reabilitação vestibular tem mostrado benefícios significativos em


pacientes com vertigem ou tonturas (A)². São exercícios com a cabeça,
olhos e corpo, com o objetivo de promover a compensação vestibular e
melhorar a habilidade e confiança no equilíbrio.

A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) pode ser tratada no


consultório através da manobra de Epley, cujo objetivo é reposicionar os
otólitos que se encontram no canal semicircular posterior novamente no
utrículo(A)²,3. Executa-se a manobra com o paciente, inicialmente,
sentado, com a cabeça voltada para a direita em um ângulo de 45°. Em
seguida, deve-se fazê-lo adotar a posição de decúbito ventral, ainda com
a cabeça voltada para a direita em 45°, depois com a cabeça para a
esquerda com o mesmo ângulo de inclinação. A seguir, adota-se o
decúbito lateral esquerdo, com a cabeça ainda voltada 45° para a
esquerda e, a seguir, o paciente é colocado sentado¹. Cada uma destas
posições deve ser mantida por 30 segundos. Há vários estudos que
demonstram sua eficácia e segurança e é executada apenas uma vez no
consultório, com taxas de cura descritas de 87% a 100%¹.

Tratamento farmacológico:

O tratamento farmacológico é desnecessário na VPPB devido ao curto


tempo que duram as crises¹.

O tratamento farmacológico deve ser usado com parcimônia e por um


breve período de tempo devido à sua interferência com a compensação
que ocorre naturalmente por parte do SNC, especialmente em quadros
vertiginosos durando mais do que alguns dias, e deve ser retirado
gradualmente dentro de poucos dias¹. Quadros vertiginosos que duram
mais do que alguns dias são sugestivos de dano vestibular permanente,
sendo necessário interromper as medicações a fim de favorecer a
compensação por parte do SNC.

– Uma dieta pobre em sal e associada a diuréticos é pode ser


recomendada para pacientes com doença de Ménière (B)³.

– No caso de enxaqueca vertiginosa o tratamento consiste em profilaxia


da enxaqueca (por exemplo, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores
beta, bloqueadores dos canais de cálcio), medicamentos abortivos da
enxaqueca (por exemplo, sumatriptan), e exercícios de reabilitação
vestibular (B)³.

– Bloqueadores de canal de cálcio: pode-se utilizar a flunarizina ou a


cinarizina. O uso dos bloqueadores de canal de cálcio na doença de
Ménière e algumas vestibulopatias periféricas é mais eficaz do que o
não uso da medicação. Ainda assim, é recomendado evitar o uso
indiscriminado e, quando indicado, usá-lo pelo menor período possível,
especialmente em pacientes idosos, pelo risco de indução de sintomas
extrapiramidais. Nestes casos, prefere-se o dimenidrato ¹.

– Benzodiazepínicos como o alprazolam, o clonazepam, e o diazepam


podem ser empregados, no entanto, seu uso deve ser cauteloso, evitado
nos idosos pelo maior risco de depressão do SNC, e por curtos períodos,
pois podem alterar o processo de compensação central do quadro
vertiginoso de forma mais acentuada, além da conhecida dependência
farmacológica.¹

– Betaistina: é uma droga vasoativa que também pode melhorar o


quadro clínico.¹

– Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina podem aliviar a


vertigem em pacientes com transtornos de ansiedade (B)³.

Se não houver controle dos sintomas, devem-se associar medicações


de classes diferentes, jamais da mesma classe, evitando-se a
polifarmácia. É importante lembrar que o uso abusivo de
antivertiginosos pode, por si só, levar ao agravamento do sintoma.¹

Para o controle de náuseas e vômitos, existem, como opções, a


domperidona, o difenidol, a ondansetrona e o dimenidrato (A)².

Na cinetose, é recomendado o uso de 50 mg de dimenidrato, 30 minutos


antes da viagem¹ (B)².

Grau de Recomendação: D

A reabiliatação vestibular tem mostrado benefícios significativos em


pacientes com vertigem ou tonturas (A)².

A VPPB pode ser tratada no consultório através da manobra de Epley,


cujo objetivo é reposicionar os otólitos que se encontram no canal
semicircular posterior novamente no utrículo(A)².

Para o controle de náuseas e vômitos, existem, como opções, a


domperidona, o difenidol, a ondansetrona e o dimenidrato (A)².
Na cinetose, é recomendado o uso de 50 mg de dimenidrato, 30 minutos
antes da viagem¹ (B)².

Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina podem aliviar a


vertigem em pacientes com transtornos de ansiedade (B)³.

Uma dieta pobre em sal e associada a diuréticos é pode ser


recomendada para pacientes com doença de Ménière (B)³.

No caso de enxaqueca vertiginosa o tratamento consiste em profilaxia


da enxaqueca (por exemplo, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores
beta, bloqueadores dos canais de cálcio), medicamentos abortivos da
enxaqueca (por exemplo, sumatriptan), e exercícios de reabilitação
vestibular (B)³.

SOF relacionadas:

1. Como fazer o diagnóstico da labirintite na APS?


2. Quais os sinais e sintomas de labirintite?
3. Quais são as causas da labirintite? Quais os cuidados que devemos
orientar aos pacientes?

Bibliografia Selecionada:
1. Bertol E, Rodríguez CA. Da tontura à vertigem: uma proposta
para o manejo do paciente vertiginoso na atenção primária.
Rev. APS. 2008; 11 (1):62-73.
2. Fernandes JG, Paglioli P. Vertigens e Tonturas. In: Duncan BB,
Schmidt MI, Giugliani ARJ, organizadores. Medicina
ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em
evidências. 3ed. Porto Alegre: Artmed. 2004. pp 1174-80.
3. Randy S, Paxton L. Treatment of Vertigo. Am Fam Physician.
2005 Mar 15;71(6):1115-1122.

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Uma iniciativa do Ministério da Saúde e BIREME/OPAS/OMS em parceria com as
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